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Universidade Federal do Ceará

Centro de Ciências
Departamento de Física
Laboratório de Física Experimental Para Engenharia
Engenharia de Energias e Meio Ambiente

PRÁTICA 9: DILATAÇÃO TÉRMICA (VIRTUAL)

Aluna: Lino Souza Filho


Matrícula:403968
Turma: 28
Data:22/01/2021
Curso: Engenharia de petróleo
Professor: Dr. JOAO HERIQUE

Fortaleza – 2021
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OBJETIVOS

- Estudar a dilatação térmica em função da temperatura.


- Determinar o coeficiente de dilatação linear de sólidos.
- Verificar o comportamento de uma lâmina bimetálica.

MATERIAL

Filme sobre o comportamento de uma lâmina bimetálica ao ser aquecida:


https://www.youtube.com/watch?v=5FeNbSG9sDE
Animação para exercitar a leitura de um relógio comparador:
https://www.stefanelli.eng.br/relogio-comparador-virtual-simulador-milimetro/
Link para a simulação para a realização dessa prática:
https://www.geogebra.org/m/qbcjk4at

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INTRODUÇÃO

Dilatação térmica é o nome que se dá ao aumento do volume de um corpo ocasionado pelo


aumento de sua temperatura, o que causa o aumento no grau de agitação de suas moléculas, que e
consequência do aumento da energia cinética
Pelas leis da termodinâmica, a sua energia interna também sofrerá alterações.

Tipos de dilatação:

A dilatação linear é quando há variação considerável de apenas uma dimensão (comprimento),


essa variação é calculada por: ΔL = L0 . α . Δt.

A dilatação superficial é quando há variação considerável de duas dimensões (área), essa variação
é dada por: ΔA = A0 . β . Δt,

A dilatação volumétrica é quando há variação considerável nas três dimensões do corpo (volume),
essa variação é calculada por: ΔV = V0 . γ . Δt,.

Podemos determinar, experimentalmente, o coeficiente de dilatação linear de alguns materiais,


para isso, usaremos um dilatômetro, onde um “tubo” oco feito do material no qual será aquecido
por vapor d’água que percorrerá seu interior e se porá em equilíbrio térmico com o “tubo”.

https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.didaticasp.com.br
%2Fdilatometro-linear-de-
precisao&psig=AOvVaw3GcZS85YkTVEyLBZxZjdFc&ust=1612056249876000&source=image
s&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCMCphNa_wu4CFQAAAAAdAAAAABAJ

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Sabendo que: ΔL = α L0 . Δt

α = ΔL/(L0 . Δt).

L0 é o comprimento, à temperatura inicial, da porção do tubo considerada na dilatação, isto é, o


comprimento do tubo entre o ponto de fixação (Haste 1) e a extremidade que toca o relógio
comparador;

Δt = t’ – t = Variação de temperatura do tubo, onde t’ é a temperatura medida do vapor d’água e t


a temperatura ambiente inicial.

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PROCEDIMENTO
Para a realização do experimento virtual sobre DILATAÇÃO TÉRMICA acessei à
simulação: https://www.geogebra.org/m/qbcjk4at

Na Figura 9.2 temos a tela principal da simulação. À esquerda temos um BANHO TÉRMICO
que nada mais é do que um aparelho que pode aquecer um líquido, representado em azul, e faze-lo
circular no interior de um tubo oco. O BANHO TÉRMICO indica sempre a temperatura do líquido em
um dado instante (consideraremos que a temperatura do tubo oco do material em estudo é sempre
igual à temperatura indicada no BANHO TÉRMICO). A temperatura pode variar de 25 oC
(temperatura ambiente) até uma temperatura máxima de 150 oC. Um tubo oco pode ser escolhido
dentre as 5 amostras indicadas. Cada amostra é fixa no dilatômetro no ponto indicado pela seta
vermelha e tem sua extremidade direita tocando um RELÓGIO COMPARADOR. Assim, o
comprimento inicial (Lo) do tubo oco que se dilatará de modo a influenciar o RELÓGIO
COMPARADOR, corresponde à medida do ponto indicado pela seta vermelha à extremidade direita
onde o TUBO OCO toca o RELÓGIO COMPARADOR.

Figura 9.2. Tela inicial da simulação: Dilatação Térmica.

O RELÓGIO COMPARADOR aparece inicialmente com sua face voltada para cima. Para visualizar a
face do RELÓGIO COMPARADOR de modo a fazer as leituras, clique em MOSTRAR RELÓGIO;
assim a simulação mostrará o RELÓGIO COMPARADOR, Figura 9.3.

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Figura 9.3. Visão do RELÓGIO COMPARADOR. Observe o botão para parar/continuar.

Ao escolher uma nova amostra, a mesma será aquecida da temperatura ambiente (25 oC) até a
temperatura máxima de 150 oC. Observe que ao escolher uma amostra, a mesma é posicionada no
dilatômetro e ao observar o mostrador do RELÓGIO COMPARADOR, o mesmo pode não está
zerado. Para zerá-lo, clique no ponto vermelho na borda do relógio comparador e gire a escala
até que o zero da escala coincida com a posição do ponteiro maior.
Para fazer as leituras de ΔL, tenha sempre em mente que a menor divisão da escala no
RELÓGIO COMPARADOR representa 0,01 mm e que cada volta completa corresponde a 1,00
mm. O número de voltas que correspondente ao número de mm, é indicado pelo ponteiro menor
do RELÓGIO COMPARADOR. Observe que o ponteiro menor gira no sentido anti-horário
seguindo a numeração em sequência.
Para exercitar a leitura de um relógio comparador, acesse:
https://www.stefanelli.eng.br/relogio-comparador-virtual-simulador-milimetro/

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PROCEDIMENTO 1: Determinação do coeficiente de dilatação térmica do AÇO.

1.1 Escolhi a mostra de AÇO.


1.2 Cliquei em MOSTRAR RELÓGIO e verifiquei se o mesmo está zerado
1.3 Medi com a RÉGUA (graduada em cm) da simulação o comprimento L 0, à temperatura inicial, da
porção do tubo considerado na dilatação (comprimento do tubo entre o ponto de fixação indicado pela
seta vermelha e a extremidade fechada do tubo que toca o relógio comparador). Anotei:L 0 = 61,0cm..
1.4 Anotei os valores de ΔL (leitura do RELÓGIO COMPARADOR) para os valores de temperatura
indicadas na Tabela 9.1.
1.5 Calcule os valores de Δt (oC) sempre em relação à temperatura inicial 25 oC. Anotei na Tabela
9.1. Tabela 9.1. Resultados “experimentais” para o tubo de AÇO.
T (oC) 25,0 50, 75,0 100,0 12 150,0
0 5,0
ΔL 0,00 0,18 0,36 0,53 0,71 0,89
(mm)
1.6 Repeti os procedimentos anteriores para o LATÃO e anotei na Tabela 9.2.

Tabela 9.2. Resultados “experimentais” para o tubo de LATÃO.


T (oC) 25,0 50, 75,0 100,0 12 150,0
0 5,0
ΔL 0,00 0,30 0,59 0,89 1,19 1,48
(mm)
ΔT 0,0 25, 50,0 75,0 10 125,0
(oC) 0 0,0

1.7 Repiti os procedimentos anteriores para o CHUMBO e anotei na Tabela 9.3.

Tabela 9.3. Resultados “experimentais” para o tubo de CHUMBO.


T (oC) 25,0 50, 75,0 100,0 12 150,0
0 5,0
ΔL 0,00 0,43 0,86 1,29 1,72 2,15
(mm)
ΔT 0,0 25, 50,0 75,0 10 125,0
(oC) 0 0,0

PROCEDIMENTO 2: Comportamento de uma lâmina bimetálica com a variação da temperatura.

Lâminas bimetálicas são dispositivos formados por duas lâminas de metais com diferentes
coeficientes de dilatação unidas fortemente, Figura 9.4.

Figura 9.4. Lâmina bimetálica formada por latão e invar (invar é uma liga de níquel e ferro com baixo
coeficiente de dilatação térmica).

Fonte da figura: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lamina-bimetalica.htm. Acesso em 23 de setembro de


2020.
Na Figura 9.4 temos representada uma lâmina bimetálica formada por latão e invar. A lâmina
se mantém retilínea na temperatura em que foi fabricada. Se a temperatura aumenta, o latão que tem
coeficiente de dilatação térmica maior do que o do invar tende a se curvar como mostra a Figura 9.4.
Se a temperatura diminuir, o latão teria uma contração maior do que a do invar e a curvatura da lâmina
bimetálica seria ao contrário do que mostra a Figura 9.4, com o invar se curvando por sobre o latão.
Essa propriedade é muito usada para fabricar dispositivos chamados de termostatos, capazes de fechar
e abrir circuitos elétricos, regulando assim a temperatura.

Observe o comportamento de uma lâmina bimetálica ao ser aquecida:


https://www.youtube.com/watch?v=5FeNbSG9sDE

Os termostatos dos aparelhos eletrodomésticos que trabalham com temperatura (ferro elétrico,
geladeira, ar-condicionado, grill, etc) usam essa propriedade das lâminas bimetálicas para regular a
temperatura desejada.

Assista ao filme: https://www.youtube.com/watch?v=-L87D5HfXhc. Neste filme é possível ver


em primeiro plano uma lâmina bimetálica sendo aquecida por uma vela. Explique o que está
ocorrendo no filme:

A lâmina bimetálica é composta por dois metais diferentes, por isso tem dois coeficientes de
expansão linear diferentes. Quando aquecida, a mudança de temperatura atua uniformemente em
ambos os lados. Este metal tem uma maior O coeficiente será maior do que os outros
coeficientes, fazendo com que a lâmina se curve e, portanto, um mecanismo importante para
mudanças de temperatura, porque dobrar a uma determinada temperatura acionará certos
dispositivos.
QUESTIONÁRIO

1- Trace em um mesmo gráfico a dilatação térmica (ΔL) em função da variação da


temperatura (ΔT) para os resultados encontrados para o Aço e para o Chumbo.

ΔL (mm) X ΔT (°C)

2- O que representa o coeficiente angular do gráfico da questão anterior? Justifique.

variação do comprimento com a temperatura

3- Calcule (mostrar os cálculos) o coeficiente de dilatação linear de cada material estudado


nesta prática e compare com os valores respectivos da literatura (citar a fonte). Indique o erro
percentual em cada caso.

L = L0T

Aço: Latão: Chumbo:

0,53/(610x75)=1,15x10^-5 0,89/(610x75)=1,94x10^-5 1,29/(610x75)=


2,81x10^-5
https://www.google.com.br/search?
q=tabela+dilatacao+termica&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj7_Kv6rKHaAhWGGp
AKHZE_C8YQ_AUIDCgD&biw=1366&bih=662#imgrc=gJ9lnWW9wRRAqM:

Aço:
𝐸𝑟𝑟𝑜= [(1,1×10^−5−1,15×10^−5)/(1,1x10^-5)] x 100= 4,54%

Latão:
𝐸𝑟𝑟𝑜= [(2,0×10^−5−1,94×10^−5)/(2,0x10^-5)] x 100= 3,00%

Chumbo:
𝐸𝑟𝑟𝑜= [(2,9×10^−5−2,81×10^−5)/(2,9x10^-5)] x 100= 3,10%
4- Na figura abaixo vemos uma junta de dilatação em uma ponte. Justifique a necessidade de
juntas de dilatação em pontes e outras estruturas em função dos resultados da prática
realizada.

Disponível em: https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/juntas-de-dilatacao-ajudam-a-evitar-fadiga-estrutural-


de-pontes-e-viadutos_14462_10_0. Acesso em 09 jan

Para evitar rachaduras estruturais, portanto, são utilizadas em pontes que sofrem com
dilatação térmica, encolhem e expandem com a temperatura.

5- Uma lâmina bimetálica consiste de duas tiras metálicas rebitadas. A tira superior é de aço e
a tira inferior é de latão. O que aconteceria com a lâmina bimetálica em um dia muito frio?
Justifique.

Vai curva devido aos coeficientes dilatação lineares diferentes porque um vai contrair mais
que o outro.

6- Explique o que ocorre ao período de um relógio de pêndulo com o aumento da


temperatura. Com o aumento da temperatura, o relógio de pêndulo passa a adiantar,
atrasar ou permanece marcando as horas corretamente?

Conforme a temperatura sobe, o pêndulo se expande, fazendo com que o comprimento do


pêndulo aumente, então o período também aumenta, fazendo com que o relógio seja atrasado
porque leva um segundo para realizar o mesmo movimento.

7- Uma pequena esfera de alumínio pode atravessar um anel de aço. Entretanto, aquecendo a
esfera, ela não conseguirá mais atravessar o anel. (a) O que aconteceria se aquecêssemos o
anel e não a esfera? (b) O que aconteceria se aquecêssemos igualmente o anel e a esfera?

A) O anel iria se dilatar linearmente, fazendo assim com que a esfera passasse da com mais
facilidade por ele.

B) Como o coeficiente de expansão linear do alumínio é maior do que o do aço, a razão de


. expansão da esfera será maior do que a do anel, de modo que a esfera não pode mais passar.
CONCLUSÃO

Na prática foi possível assimilar os conhecimentos sobre dilatação linear dos corpos e através do
seu coeficiente de dilatação linear específico é possível verificar o comportamento quando há
variações de temperatura, possibilitando que ao manusear qualquer material no futuro, possa-se
prever qual será o seu comportamento em casos de mudança na temperatura ambiente no qual ele
se encontra.

Durante a prática foi possível verificar que os valores encontrados se aproximam bastante dos que
estão registados na literatura, o que prova que os testes foram validos, já que a diferença de
valores pode ser explicada por um erro de leitura durante o experimento, seja esse erro na leitura
da temperatura, no posicionamento do cano oco ou em alguma outra aferição que possibilita a
falha humana.

REFERÊNCIAS
DIAS, Nildo Loiola. Roteiros de aulas práticas de física. Fortaleza: 2020

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 9. ed. Rio de
Janeiro : Ltc, c2012. 2 v.

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