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Boa Vista - RR
2014
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Boa Vista - RR
2014
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CDU – 631.8
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Prof. Dsc. Jalison Lopes
Orientador / Curso de Zootecnia – UFRR
____________________________________________
Dsc. Caio Augustus Fortes
Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Roraima – IACTI/RR
___________________________________________
Profª. Msc. Raimifranca Maria Sales Véras
Co-orientadora/Curso de Zootecnia – UFRR
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por me dar forças nos momentos mais difíceis,
possibilitando, assim, que eu não desistisse ao longo desta caminhada.
Aos meus pais Francisco e Sebastiana, que muito se dedicaram para manter os meus
estudos e nunca mediram esforços para me ajudar.
Todo apoio dos meus irmãos Fredson e Nayara, que sempre acreditaram na minha
vitória.
À Universidade Federal de Roraima pela criação, do curso de Bacharelado em
Zootecnia.
Ao meu orientador, Professor Jalison, por acreditar em mim e me ajudar a realizar
esse sonho, juntamente com a Professora Ramifranca, por quem tenho um imenso carinho.
Agradeço ao Dr. Caio por ter aceitado participar da banca e por suas sugestões para a
melhoria do trabalho realizado.
À todos os professores do curso de Zootecnia e Agronomia, que contribuíram
imensamente pra minha formação profissional e pessoal.
Aos anjos que Deus coloca em nossas vidas em forma de amigos: Jouse, Andreia,
Rafaelly, Dieny, Amanda, José Wilker, Renan, Durval, Rairon, Vandré, pessoas que tive o
prazer de conhecer ao longo da vida acadêmica, as quais vou levar para o resto da vida.
Às amigas que sempre me apoiaram e alegraram meu final de semana, quando não
tinha prova na segunda-feira.
Agradeço ao meu namorado Joziel, pelo amor, paciência. ajuda e compreensão nos
momentos que mais precisei.
Agradeço também ao Sr. Sebastião Portella e família, por terem permitido realizar o
levantamento em sua propriedade.
Muito obrigada à todos que torceram por mim e acreditaram em minha capacidade.
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Meu Deus,
Autores:
Zootecnistas: Fabrício de Morais
Ribeiro e Celso Pontes.
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RESUMO
Na pecuária extensiva e semi-extensiva, as plantas tóxicas são uns dos principais problemas
que trazem grandes perdas econômicas à produção animal. Assim, o objetivo deste trabalho
foi realizar um levantamento visando identificar a presença de plantas tóxicas de interesse
pecuário em dois locais de estudos, sendo o primeiro na área de savana do Centro de Ciências
Agrárias da Universidade Federal de Roraima, localizada no Município de Boa Vista e na
Fazenda Racho Octávio Portella, localizado no Município de Iracema, caracterizada como
área de transição de savana para floresta amazônica. Para a identificação das plantas tóxicas
foram realizadas visitas nos locais de estudo entre os meses de novembro de 2013 a janeiro de
2014, foi realizado uma coleta das possíveis plantas tóxicas e realizada a analise através de
fotografias e consulta bibliográfica para uma possível identificação botânica. Foram
identificadas as seguintes plantas tóxicas: Palicourea marcgravii, que causa morte súbita em
bovinos, Ipomoea asarifolia com sinais clínicos neurológicos em bovinos, a Arrabidaea
bilabiata, Arrabidaea japurensis, sendo Arrabidaea japurensisa segunda em importância
relacionada com morte de bovinos para o Estado de Roraima. Lantana spp, Palicourea
grandiflora, entre outras. Concluiu que ambos os locais de estudo apresentam um quantitativo
considerável de plantas tóxicas de importância pecuária, podendo até ocorrer alguma
intoxicação nos animais, que estão presentes nos locais onde foi realizada a pesquisa.
ABSTRACT
In extensive and semi-extensive livestock, toxic plants are major problems which bring great
economic losses to livestock production ones. The objective of this study was to conduct a
survey to identify the presence of toxic plants for livestock interests in two study sites, the
first being in the area of the Savannah Center for Agrarian Sciences, Federal University of
Roraima, located in the municipality of Boa Vista Farm and Racho Octavio Portella, located
in the municipality of Iracema, characterized as a transition area of the Amazon rainforest to
savannah. For the identification of toxic plants were visited in the study sites between the
months of November 2013 to January 2014 a collection was made possible toxic plants and
the analysis performed through photographs and bibliographic research for a possible
botanical identification. The following toxic plants were identified: Palicourea marcgravii,
which causes sudden death in cattle, Ipomoea asarifolia with neurological clinical signs in
cattle, the Arrabidaea bilabiata, Arrabidaea japurensis , with Arrabidaea japurensisa the
second in connection with death of cattle in the State of Roraima importance. Lantana spp
Palicourea grandiflora, among others. Concluded that both study sites have a considerable
quantity of toxic plants importance of livestock, poisoning may even occur in some animals,
which are present in the places where the survey was conducted.
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 10
2 OBJETIVO ...................................................................................................................... 12
2.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 12
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................... 12
3 REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................... 13
3.1 PLANTAS QUE CAUSAM MORTALIDADE SÚBITA ........................................ 13
3.1.1 Palicourea marcgravii ........................................................................................ 13
3.1.2 Arrabidaea bilabiata .......................................................................................... 15
3.1.3 Arrabidaea japurensis ........................................................................................ 16
4 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................ 18
4.1 Localização da pesquisa ............................................................................................. 18
4.2 Critérios de escolha para os locais da pesquisa ......................................................... 19
5 RESULTADOS E DISCUSÕES .................................................................................... 19
5.1 Plantas que causam fotossensibilização secundária (hepatógena) ............................. 19
5.1.1 Lantana camara.................................................................................................. 19
5.2. Plantas que causam síndrome tremorgênica .............................................................. 23
5.2.1. Ipomoea asarifolia.............................................................................................. 23
5.3. Plantas que causam neurolipidose ............................................................................. 26
5.3.1. Solanum spp........................................................................................................ 26
5.4. Plantas que causam lesões mecânicas traumáticas .................................................... 28
5.4.1. Mimosa pudica e Mimosa debilis ....................................................................... 28
5.5. Plantas que causam degeneração e necrose muscular................................................ 30
5.5.1. Senna occidentalis .............................................................................................. 30
5.6. Plantas que afetam o funcionamento do coração ....................................................... 32
5.6.1. Palicourea marcgravii ........................................................................................ 32
5.6.2. Palicourea grandiflora ....................................................................................... 35
5.6.3. Arrabidaea bilabiata .......................................................................................... 37
5.6.4. Arrabidae japurensis .......................................................................................... 40
5.7. Plantas que, sob condições naturais, causam cirrose hepática ................................... 42
10
1 INTRODUÇÃO
somente três as plantas tóxicas responsáveis por quase todas as mortes, em terra firme. Quase
todas as mortes são causadas por uma só planta, Palicourea marcgravii (“cafezinho”, “erva de
rato”), da família Rubiaceae. Por outro lado, na várzea, na área do Rio Amazonas, a principal
planta responsável pelas mortes é Arrabidaea bilabiata (“gibata”) é na área do Rio Branco e
seus afluentes é Arrabidae japurensis (sem nome popular), ambas da família Bignoniaceae.
Considerando a falta de informação sobre o significativo impacto das intoxicações
por plantas em animais de produção no Estado de Roraima precisamente na área de savana e
na área de transição de savana para floresta Amazônica nos municípios de Boa Vista e
Iracema, este trabalho tem como objetivo, levantar e identificar as plantas tóxicas que
ocorrem nestas regiões, sugerida e/ou confirmadas como causadoras de mortalidades de
ruminantes.
12
2 OBJETIVO
3 REVISÃO DE LITERATURA
aceitabilidade, pois os bovinos a ingerem em qualquer época do ano, mesmo com forragens
abundantes, sem necessidade da presença do fator fome. São tóxicas as folha e as sementes.
Para bovinos, a dose letal das folhas frescas é ao redor de 0,6g/kg, a dose também é
semelhante para ovinos, caprinos e equinos.
Para bovinos o início dos sintomas se dá poucas horas após a ingestão da dose letal e
o exercício físico pode precipitar ou provocar os sintomas e a morte (TOKARNIA;
DÖBEREINER, 1986). A sintomatologia clínica em bovinos consiste basicamente em pulso
venoso positivo, instabilidade, tremores musculares seguidos por convulsões tônicas e morte.
A evolução é superaguda, para bovinos e ovinos, já em caprinos, varia entre minutos a dias
(SOTO-BLANCO et al., 2004).
O princípio ativo presente na P. marcgravii e responsável pelas mortes é o ácido
monofluoroacético que não é tóxico diretamente, mas o fluorcitrato, produto do seu
metabolismo, é o responsável pela toxicidade, cujo mecanismo de ação é semelhante ao
descrito na A. bilabiata (GÓRNIAK, 2008).
Ainda não há tratamento satisfatório para a intoxicação de ruminantes pela P.
marcgravii, em virtude de evolução superaguda. Experimentalmente, administrações de
xilazina, hidrato de cloral e acetamina (doadora de acetato) foram realizados em ratos com
bons resultados, mas não foram eficazes na reversão desta intoxicação em bovinos
(GÓRNIAK, 2008)
O único meio atualmente disponível para se evitar mortes dos animais por esta planta
é a remoção dela ou a restrição total do acesso dos animais a áreas onde ela esteja presente
(POTT et al., 2006; SOTO-BLANCO et al., 2004).
desembarque dos animais em áreas onde não haja A bilabiata e movimentar os bovinos só o
essencialmente necessário. Tentar o combate da planta com herbicidas (TOKARNIA et al.,
2007).
japurensis sobe pelas árvores ficando assim, em grande parte, fora do alcance de bovinos
(TOKARNIA et al., 2007).
A dose que causa a morte em bovinos é bastante variável: 10 gramas de brotação de
Arrabidaea japurensis por Kg de peso animal, ingerido de uma só vez, porém, quantidades
decrescentes, até 1,25g/kg, ainda causam a morte de parte dos bovinos, não possui efeito
acumulativo. Os primeiros sintomas de intoxicação experimental por essas plantas foram de
aproximadamente de 6 a 22 horas após a sua ingestão. Os principais sintomas foram: andar
cambaleando, tremores musculares, súbita perda de equilíbrio, queda do animal, movimentos
de pedalagem, ás vezes berros e forte cerramento das pálpebras, seguindo-se de morte súbita
(TOKARNIA et al., 2007).
Não se conhece o principio tóxico da planta. Também não se conhece tratamentos
para esta intoxicação, deixar o animal em repouso à manifestação dos primeiros sintomas é a
única medida que se pode aconselhar. A profilaxia é problemática, pois, não se pode evitar o
pastejo dos animais nas margens dos rios na época da seca, pois essas são as únicas áreas
onde há verde, dado o regime de criação extensiva. Talvez a medida mais indicada seja o
combate à planta através de herbicidas (TOKARNIA et al., 2007).
4 MATERIAL E MÉTODOS
Um dos principais critérios da escolha dos locais de coletas das plantas tóxicas foi
devido à constatação da presença das plantas indesejáveis, porém, não se tinha uma possível
identificação das mesmas que estão presentes nos locais pesquisados e houve relatos de
mortes desconhecidas de bovinos na propriedade do município de Iracema.
Para a determinação da identificação de plantas tóxicas no Campus do Cauamé e na
Fazenda Rancho Octávio Portella, foi realizado visitas nas propriedades, todas as pastagens
foram visitadas a pé. Foi realizada a coleta das possíveis plantas tóxicas e feita a análise
através de fotografias e consulta bibliográfica para uma possível identificação botânica.
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5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
São plantas perene, subarbustivas ou arbusto com todas as partes aromáticas, até 1-2
(2,5)m de altura, bastante ramificada, caule e ramos tetrangulares, pubescentes, lisos ou
esparsamente aculeados. Folhas oposto-decussadas, obovado-oblongas ou ovais, pecioladas,
cartáceas, áspero-rugosas na face superior , pubescentes na inferior, ápice agudo ou curto-
acuminado , raramente obtuso, margem crenado-serreada , rede de nervuras proeminentes na
face inferior. Inflorescência em capítulos umbeliformes, axilares, longo-pedunculados,
pedúnculo anguloso, brácteas involucrais lanceoladas, longas e delgadas, de ápice agudo,
corola amarela, alaranjada, depois vermelha, ou branca, amarela, depois violácea, tubulosa,
com 6-8 (10)mm de comprimento, um pouco abaulada lateralmente, na base, e os lobos
truncados na parte superior. Fruto drupa globosa, lisa, de superfície brilhante, com 3mm de
diâmetro, reunidos em infrutescências densas, roxo-escuros ou pretos quando maduro
(MOLDENKE, 1955).
Distribuição e habitat
o Rio Grande do Sul. Ocorrem em lugares abertos e em solos argilosos (TOKARNIA et al,
2007).
Sob condições naturais se intoxicam bovinos e ovinos. Pode-se concluir que são
necessárias duas condições naturais para que ocorra a intoxicação natural por Lantana spp; é
necessário que os animais estejam com fome e que sejam transferidos de pasto ou de região.
(TOKARNIA et al, 2000).
TUBET (1931) observa que, além da intoxicação ocorrer em animais de qualquer
idade trazidos de fora, com fome, também seriam afetados bovinos jovens nascidos e criados
nas áreas onde há a planta..
São tóxicas as folhas, tanto frescas quanto dessecadas. A planta não perde a toxidez
durante o processo de dessecagem e a mantém durante pelo menos um ano (BRITO &
TOKARNIA, 1995).
As quantidades de Lantana spp, necessárias para causar intoxicação em bovinos e
ovinos, têm sido bastante variáveis. Em experimento realizado em Pernambuco, a
administração de L. camara fresca ou dessecada, por via oral, a oito bovinos, nas doses de 10
a 40g/kg/dia, durante 15 a 30 dias, só provocou leves sinais de fotossensibilização (SILVA &
COUTO, 1971).
Em outro experimento realizado no município de Quatis, Rio de Janeiro, foi
disponibilizado para bovinos uma dose única de 40g/kg de planta fresca, por via oral,
causando intoxicação grave com êxito letal, quando ofereceu a dose única de 20g/kg, também
provocou intoxicação grave, porém, sem êxito letal já na dose única de 10g/kg, determinou
apenas leve intoxicação ou ausência de sinais clínicos. A planta apresentou efeito acumulativo
quando ingerida em quatro doses diárias de 10g/kg (1/4 da dose letal). A administração de
quatro doses diárias de 5g/kg (1/8 da dose letal) ou de 8 doses de 2,5 g/kg (1/16 da dose letal)
reproduziu grave intoxicação em partes dos animais. Doses de 1,25 g/kg (1/32 da dose letal)
administradas durante 34 dias, não produziram quaisquer sinais clínicos (TOKARNIA et al,
1999).
23
Quadro clínico
Os sinais clínicos descritos para a intoxicação por Lantana spp, tanto em bovinos
quanto em ovinos, são muito uniformes.
Em uma série de experimentos em bovinos, os sinais clínicos se iniciaram com
anorexia e diminuição ou parada dos movimentos do rúmen, quando colocados ao sol os
animais procuravam a sombra e apresentavam manifestações de fotossensibilização (reação
química de queimadura exercida pelos raios solares à pele) sob forma de eritema, edema e
necrose das partes despigmentadas da pele, inquietação, icterícia, urina de cor amarela escura
até marrom, fezes ressecadas e em pequena quantidade. Parte dos animais morreram neste
período de intoxicação. Nos animais que adoeceram gravemente e sobreviveram a esta
primeira fase de aproximadamente 15 dias, seguiu-se uma segunda fase caracterizada por
aparecimento de fendas cutâneas com desprendimento de pedaços de pele (gangrena
seca/mumificada) e formação de feridas abertas e com mau cheiro. Nesta fase, os animais
tinham bom apetite, o rúmen funcionava bem, as fezes eram normais, não havia mais
inquietação, icterícia ou alterações na cor da urina (TOKARNIA et al, 1984).
Tratamento e profilaxia
No Brasil, Ipomoea asarifolia, ocorrem nas regiões Norte e Nordeste, podem ser
encontradas nas margens de rios e lagoas, nas praias marítimas, em terrenos abandonados e
nas margens de estradas (TOKARNIA et al, 2012).
Quadro clínico
uma das três espécies animais. Em bovinos observam-se balanço da cabeça, tremores
musculares, desequilíbrio do posterior e queda do animal ao solo. Esses sinais, em geral,
aparecem sem a movimentação dos animais, mas são por elas intensificados e, algumas vezes,
só são observados quando os animais são tangidos, o apetite é mantido. Interrompida a
ingestão da planta, os sinais clínicos desaparecem em poucos dias, exceto quando ingeridas
doses muito elevadas. Os ovinos mostram tremores musculares e perturbações na locomoção,
o apetite é mantido quando interrompida a ingestão da planta, os sinais clínicos duram ainda
vários dias e só morrem os animais que continuam a ingerir a planta depois de mostrarem os
sinais clínicos. Já os caprinos intoxicados por I. asarifolia, apresentam sonolência, letargia
(perda temporária ou completa da sensibilidade e do movimento) e poucas vezes tremores
musculares e opistótono (arqueamento do corpo com a cabeça curvada para trás), o apetite é
mantido, porém uma vez que tenha apresentados sinais clínicos, quase sempre os animais
morrem, mesmo suspendendo-se imediatamente a ingestão da planta.
Tratamento e profilaxia
No caso dos bovinos e dos ovinos, é suficiente retirá-los do pasto invadido pela
planta. Segundo DÖBEREINER et al. (1960), os caprinos, em geral, não mais se recuperam
após terem exibido sinais clínicos. Em relação aos caprinos, pelos experimentos realizados
por MEDEIROS et al. (2004), ao contrário do verificado por DÖBEREINER et al. (1960),
estes também podem se recuperar.
A profilaxia consiste em evitar que durante a época de seca, os animais sejam
colocados em pastagens ou tenham acesso a áreas muito invadidas por I. asarifolia.
27
Características gerais
Distribuição e habitat
28
Sobre condições naturais, a intoxicação por esta planta só tem sido observada em
bovinos (TOKARNIA et al, 2012).
Quadro clínico
Tratamento e profilaxia
Fonte: Arquivo pessoal – Mimosa pudica Fonte: Arquivo pessoal – Mimosa debilis
Centro de Ciências Agrárias Centro de Ciências Agrárias
30
Distribuição e habitat
Sinais clínicos
As lesões determinadas pelo contato surgem poucos dias após os animais serem
colocados em pasto onde existem grande quantidades dessa planta. Em bovinos e equinos
observa-se ulceras na pele, em alguns casos recoberto por crostas. Essas lesões localizam-se
principalmente na superfície anterior das quartelas e dos boletos e na cabeça. Em ovinos as
lesões são semelhante a dos bovinos. (TOKARNIA et al, 2012).
31
Tratamento e profilaxia
Com a retirada dos animais das pastagens invadidas pela planta as lesões
desaparecem (TOKARNIA et al, 2012).
Características gerais
32
São plantas anuais, arbustiva, lenhosa, muito ramificada, de 1-8m de altura, com
tronco de 20-30 cm de diâmetros. Folhas compostas de 2 pares de folíolos opostos. Propaga-
se exclusivamente por sementes (LORENZI, 2000).
Distribuição e habitat
Intoxicação natural por essa planta foi visto em suínos (MATINS et al, 1986) e,
provavelmente em equinos (BARROS et al, 1990). Experimentalmente, a intoxicação foi
reproduzida em bovinos (BARROS et al, 1990), caprinos (BARBOSA et al, 2003), equinos
(IRIGOYER, GRAÇA & BARROS 1991), suínos (MARTINS et al, 1986, RODRIGUES,
RIET-CORREA & MORES, 1993) e aves (TORRES et al, 1971, BUTOLO et al, 1972).
Quadro clínico
Tratamento e profilaxia
Esta erva foi encontrada no Rancho Octávio Portella, somente esta planta da imagem
foi encontrada, a mesma estava na pastagem utilizada pelos bovinos adultos (Figura 10).
Esta planta é muito apreciada pelos bovinos em geral, sendo consumida mesmo com
os pastos fartos (LORENZI, 2000).
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Planta perene, arbusto de até 4m de altura, com caule lenhoso, nodoso e quebradiço.
Folhas opostas, oblongo-lanceoladas, cartáceas, quando jovem às vezes arroxeada no dorso,
tanto o caule quanto as folhas exalam nítido odor do salicilato de metila, cheiro característico
do balsamo bengué, quando esmagados, nervação peninérvea. Estipulas interpeciolares
subtriangulares, agudas, com base saldada. A inflorescência em panículas terminais, tendo
pêndulos e pedicelas alaranjadas ou vermelhos, flores tubulosas, amarelas na base, suferinas
na metade superior e purpúreas no ápice, externamente subvilosas, internamente com anel de
pelos, estames com anteras brancas, inseridas mais ou menos na região mediana do tubo.
Fruto baga arredondada de superfície costada, inicialmente avermelhada passando a roxo-
escuro, quase preto na maduração (SAIND-HILAIRI, 1824).
Nativa do Brasil. Propaga-se apenas por sementes (LORENZI, 2000).
Distribuição e habitat
É umas das plantas tóxicas de mais larga distribuição geográfica no Brasil. Ela é
encontrada em quase todo país. A planta tem como habitat áreas de terra firme, com boa
pluviosidade, mais jamais ocorre na várzea (TOKARNIA et al, 2012).
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P. marcgravii não sobrevive durante muito tempo em pastagens limpas, onde fica
exposta ao sol. Ela precisa de sombra, porém não de sombra fechada, pode ocorrer na mata
fechada, porém, não tem um bom desenvolvimento, assim cresce bem em beiras de mata, em
capoeiras fechadas e ainda em pastos recém formados (TOKARNIA et al, 2012).
Sob condições naturais a intoxicação por esta planta ocorre, sobretudo em bovinos e,
com menor frequência em búfalos. Não se conhece a intoxicação por esta P. marcgravii em
ovinos e há raros históricos sugestivos de intoxicação em caprinos (TOKARNIA et al, 2012).
São tóxicas as folhas e os frutos para bovinos 0,6g/kg das folhas frescas tem sido
estabelecido como dose letal. Para ovinos, caprinos e equinos, a dose letal é semelhante. Na
maioria dos experimentos, a planta demostrou acentuado efeito acumulativo nas
administrações diárias de 1/5 da dose letal e se fez sentir ainda com 1/10, mais não com 1/20
da dose letal. A ingestão semanal de 1/5 da dose letal, não mais causou sinais de intoxicação
(PACHECO et al, 1932; TOKARNIA et al, 1986; TOKARNIA et al, 1991; TOKARNIA et al,
1993).
Quadro clínico
Para bovinos, o início dos sinais clínicos se dá poucas horas após a ingestão da dose
tóxica.
O exercício físico, como andar ou correr pode precipitar ou mesmo provocar os
sinais clínicos e a morte dos bovinos. Os vaqueiros dizem que os animais morrem ao “sentir a
poeira do curral”, na realidade não é a poeira o fator decisivo e sim a movimentação e o calor
que sobrecarregam o coração (TOKARNIA & DÖBEREINER, 1986).
Os sinais clínicos da intoxicação em bovinos e búfalos consistem em pulso nervoso
positivo, instabilidade, tremores musculares, o animal deita-se ou cai em decúbito esterno-
abdominal e depois lateral, faz movimentos de pedalagem. Muge e finalmente entra em
convulsão tônica. Alguns animais mostram, anteriormente, sinais clínicos menos evidentes
36
Tratamento e profilaxia
É uma planta tóxica de menor importância, não possui nome popular (Figura 11).
Esta planta tóxica foi encontrada somente no Racho Octávio Portella, no piquete
maternidade no meio da pastagem.
37
Características gerais
Distribuição e habitat
No Brasil, tem sido comprovada intoxicação por esta planta apenas no estado de
Rondônia. Seu habitat é a mata (TOKARNIA et al, 2012).
38
Em condições naturais a única espécie que tem se comprovado morte por Palicourea
grandiflora é a bovina.
A dose letal das folhas frescas de Palicourea grandiflora varia entre 1 e 2g/kg. A
planta possui poder acumulativo quando ingerida em doses diárias de 1/5 ou 1/10 da dose
letal (TOKARNIA et al, 2012).
Quadro clínico
Tratamento e profilaxia
Não se conhece tratamento para essa intoxicação. Como o exercício pode precipitar,
ou mesmo provocar os sinais clínicos e a morte do animal, deve-se evitar ao máximo a
movimentação de animais intoxicados. A profilaxia consiste em não deixar que os bovinos
penetrem em locais onde existam essas plantas (TOKARNIA et al, 2012).
Está planta foi encontrada somente no Racho Octávio Portella, em menor quantidade
somente no piquete onde ficam os bovinos adultos (Figura 12).
39
Distribuição e habitat
40
A toxidez desta planta foi descoberta na Venezuela onde sua ocorrência é as margens
do Rio Orinoco e de alguns de seus afluentes (CORTES 1969/1971).
Espécies animais sensíveis
Tratamento e profilaxia
Distribuição e habitat
Quadro clínico
Tratamento e profilaxia
essa planta tenha causado surtos de intoxicações em bovinos em Cuba (MARRERO et al.,
2004).
Quadro clínico
Características gerais
Distribuição e habitat
No Brasil, B. radicans tem como habitat brejos ou solos úmidos, isto é, as partes
baixas das pastagens (TOKARNIA et al, 2000).
Quadro clínico
Tratamento e profilaxia
48
6.1 Prevenção
pastagens limpas. Esses animais devem ser temporariamente colocados em áreas específicas,
a fim que sejam excretados, através das fezes, as sementes destas plantas invasoras
necessitando de um período de até 7 dias para serem excretadas.
O produtor deverá estar atento, para evitar uma possível produção de sementes
destas plantas invasoras consideradas problemáticas.
Evitar que as plantas invasoras, produtoras de frutos apreciados por pássaros e
morcegos, frutifiquem em áreas de pastagem (DIAS FILHO, 1990).
A erradicação das plantas invasoras caracteriza-se, pela eliminação de toda parte viva
e das sementes desta planta, embora na teoria esta prática seja bastante desejável, na prática é
muito cara, principalmente em locais que as plantas invasoras já estejam disseminadas por
grandes áreas.
A principal limitação biológica para a erradicação de plantas invasoras perene, além
da prevenção de produção das sementes, será a destruição das partes subterrâneas (rizomas,
bulbos). Esta destruição pode, no entanto, ser teoricamente conseguida com a aplicação de
herbicidas sistêmicos ou com roçagens frequentes visando esgotar as reservas internas de
alimento da planta.
Devido a uma série de fatores, a erradicação de uma determinada planta não poderá
ser alcançada somente em um único ano, sendo necessário esperar outras estações de
crescimento.
O controle de uma planta invasora consiste na redução da população desta planta a
tal ponto que sua presença não possa comprometer seriamente e economicamente a pastagem.
Ao contrário da erradicação, um programa de controle é mais viável e possível de ser
executado em nível de fazenda. Em situações onde a planta invasora já esteja bastante
disseminada, o controle é a única alternativa a ser executada.
Os principais métodos de controle de plantas invasoras que poderão ser utilizados em
pastagens cultivadas são:
Manejo das pastagens - Estimular o desenvolvimento das plantas desejáveis é o
principal método de controle das plantas invasoras, uma pastagem competitiva reduz os
espaços para germinação e desenvolvimento das plantas invasoras. O raleamento excessivo da
cobertura da pastagem, fogo etc, além de modificar as condições de luz, também provoca
50
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALUJA, A. S. Further investigation regarding the toxicity of members of the genus Lantana
in México. XIX Congresso Mundial Veterinária, México, 1971, vol.1, p.337-331.
BARROS, C. S. L.; PILATI, C.; ANDUJAR, M. B.; GRAÇA, D. L.; IRIGOYEN, L. F.;
LOPES, S. T.; SANTOS, C. F. Intoxicação por Cassia occidentales (Leg. Caesalpinoideae)
em bovinos em pastoreio. Pesq. Vet. Bras. 1999, p. 68-70.
BUTOLO, J. E.; TORRES, W. L. N.; NAKANO, M.; SALIBA, A.M.; GRECCHI, R.;
BOTTINO J. A.; YSEY, T. Intoxication in layers (Gallus gallus domesticus) caused by
Cassia occidentalis. L. 2 World Congr. Animal Feeding, Madrid, 5 Section, Vol 2,. p. 647-
653, 1972.
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