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Boa Vista, RR
2014
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Boa Vista, RR
2014
2
CDU – 613.87
3
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
The organization and expansion of the dairy industry in the state of Roraima, still
represents a challenge for entrepreneurs in dairy industry, and for those considering
entering the activity. The lack of information and monitoring causes a large number of
small entrepreneurs produce dairy products without regard to current legislation,
encouraging the informal market and generating a public health problem due to the low
quality of products. The aim of this study was to establish a guide for the
implementation of a dairy processing milk and dairy products, in Boa Vista, which
meets federal law and, among other things, exemplify, through an ongoing project, the
steps for obtaining a dairy product in SIF. A sifado dairy industry with high daily
processing capacity will result in positive impacts on dairy farming in the state.
Although Roraima not produce milk in sufficient quantity and quality required to meet
only the demand for dairy of this size, the setting for this sector in the coming years,
not in that state, but in Brazil is promising, therefore, justified investments in the
agribusiness sector.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 13
2 OBJETIVOS ............................................................................................... 15
2.1 Geral .......................................................................................................... 15
2.2 Específicos ............................................................................................... 15
2.3 Metodologia .............................................................................................. 15
3 PERSPECTIVAS PARA O AGRONEGÓCIO DE LEITE
E DERIVADOS DO BRASIL ..................................................................... 17
4 HISTÓRICO DA INDUSTRIALIZAÇÃO EM RORAIMA ............................ 20
5 SITUAÇÃO ATUAL DA INDUSTRIALIZAÇÃO DE LEITE EM
RORAIMA .................................................................................................. 22
6 EXIGÊNCIAS PARA A OBTENÇÃO DO SIM, SIE E SIF ......................... 26
6.1 Serviço de inspeção sanitária de empreendimentos de produtos
de origem animal ...................................................................................... 26
6.1.1 Serviço de Inspeção Federal – SIF ......................................................... 27
6.1.1.1 Procedimentos para obtenção do SIF .................................................... 27
6.1.1.1.1 Pedido de aprovação do terreno ............................................................. 28
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
2.2 Específicos
2.3 Metodologia
2014). Como a produção nacional de leite não é suficiente para atender a demanda
interna, países como Uruguai e Argentina acabam sendo favorecidos pelas
exportação. Essas, no entanto, aviltam os preços e inviabilizam a produção nacional,
tornando ainda mais difícil a permanência dos produtores na atividade, principalmente
os pequenos, onde na maioria das vezes são obrigados a vender seus planteis e, os
grandes acabam ampliando seu rebanho. Nessas condições, a tecnificação é a única
forma de ter alguma margem de lucro com a atividade, assim, a tendência é de um
número maior de grandes produtores e o desaparecimento dos pequenos. Em 2013,
o aumento de 20% no custo de produção atribuído a alta dos insumos e a ausência
de política regulatória de importação decretou a falência de muitos produtores de leite
no Brasil. O governo federal precisa rever sua postura sobre as restrições das
importações de lácteos, pois a falta de controle sobre os volumes de leite e derivados
importados prejudica o mercado interno (PORTAL LÁCTEO, 2013).
Com a estimativa de crescimento da população brasileira até 2023, de
aproximadamente 201 milhões para 216 milhões de habitantes, o volume de leite
produzido deverá ser de 45,3 bilhões de litros/ano. As projeções indicam que em 2023
o país exportará cerca de 150 milhões de litros de leite ao ano.
A produção brasileira de leite vem crescendo a cada ano, porém grande parte
desse crescimento se deve mais ao aumento do número de vacas ordenhadas do que
ao aumento da produtividade. A produtividade do rebanho nacional cresceu
aproximadamente 23% nos últimos 10 anos, enquanto a produção total cresceu quase
50% (IBGE, 2013). Nesse aspecto, o MAPA está debatendo com as cadeias
produtivas do leite, o Plano Mais Pecuária, que terá entre outras vertentes, a
campanha Mais Leite que será lançado com o objetivo de aumentar as exportações e
produtividade do setor. A criação de uma política nacional para o leite é no sentido de
articular alternativas para os produtores que atualmente estão fragmentadas, tendo
crédito com o Plano Safra e assistência técnica com a Embrapa. O Plano Mais
Pecuária terá projetos e ações desenvolvidos dentro de quatro eixos estruturantes,
sendo eles: Genético; Ampliação de mercado; Incorporação de tecnologia; e
Segurança e qualidade dos produtos. Com atuação direta, o Plano Mais Pecuária
deverá aumentar a produção e a produtividade da pecuária de leite em 40%
(AGÊNCIA BRASIL, 2013).
Diante das possibilidades de crescimento, o referido programa buscará fazer
com que o País se torne um ator no comércio internacional de lácteos e para isso
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projeta aumento de dez vezes no total de leite a ser exportado, alcançando a marca
de 1,5 bilhão de litros, no seu limite superior. A produtividade média do rebanho
brasileiro em 2012 foi de 1.417 kg/vaca/ano, e como o foco do programa é o aumento
de produtividade, a meta a ser alcançada deve ser de aproximadamente 2.000
kg/vaca/ano, o que totalizaria uma produção de 47 bilhões de litros ao final de 10 anos.
Essa produtividade corresponde a um aumento de aproximadamente 40% nos valores
de 2012 e praticamente ao dobro do ritmo normal de ganho de produtividade
observado nos últimos 10 anos (PORTAL BRASIL, 2014).
O governo também deve investir, articular e apoiar financeiramente ações de
marketing do leite no mercado interno e a criação de produtos com indicação
geográfica e com sinais distintivos. Além disso, está previsto o lançamento de editais
de pesquisa para o desenvolvimento de novos produtos lácteos com maior valor
agregado, como produtos não alergênicos e os funcionais (PORTAL BRASIL, 2014).
Além do projeto supracitado, para tentar fortalecer e alavancar ainda mais a
cadeia do leite, em fevereiro de 2013 foi assinado um acordo entre a Organização das
Cooperativas Brasileiras (OCB), o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). As
três instituições agora são parceiras na execução de um projeto ambicioso, que visa
ampliar a exportação de lácteos em cerca de 30% nos próximos dois anos: o Projeto
Setorial de Promoção de Exportações de Produtos Lácteos (PS-Lácteos). Atualmente,
mais de 40% da produção brasileira de lácteos passa, de alguma maneira, por uma
cooperativa. Além disso, dentre as doze maiores captadoras de leite do país, quatro
pertencem ao setor. Dessa forma, as cooperativas tem papel fundamental nesse
cenário (BRASIL COOPERATIVO, 2013).
Aberto a cooperativas de laticínios e empresas individuais de todos os portes,
o PS-Lácteos prevê ações de fortalecimento da imagem e a melhoria da qualidade da
produção do setor. Estão previstas missões de prospecção de novos mercados, em
eventos e feiras internacionais. Também pretende-se trazer importadores, jornalistas
e formadores de opinião estrangeiros para conhecer as empresas do setor e
estabelecer negócios. Com esse projeto, o Brasil poderá recuperar seu espaço no
mercado internacional, onde até 2008 era exportador de lácteos, mas depois da crise
internacional transformou-se em importador do produto, apesar da produção ter
crescido muito (BRASIL COOPERATIVO, 2013).
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Após o término das obras deve ser solicitado ao SIPOA, SISA ou SIFISA da
SFA-UF uma visita para então ser realizado o Laudo Técnico Sanitário do
Estabelecimento, o qual também deve ser incluído no processo de pedido de Registro.
Caso o técnico verifique que todas as edificações, instalações e equipamentos
propostos no projeto inicial foram executados de acordo serão solicitadas ao industrial
mais três (03) vias do projeto original, com vistas à obtenção do registro definitivo.
Se o técnico verificar que as edificações, instalações e equipamentos não estão
concluídos ou que falhas porventura existentes não prejudicarão a manipulação do
produto, estando as obras em andamento para conclusão breve, poderá ser fornecido
ao empresário a reserva do SIF, ficando protelado o registro definitivo.
Ao proceder à vistoria do estabelecimento, o técnico solicitará análise completa
da água de abastecimento, condição básica necessária para uma indústria operar com
manipulação de produtos de origem animal. Solicitará ainda a licença de operação
emitida pelo órgão estadual do meio ambiente.
Faculta-se a autorização de formulários e demais documentos do SIF, bem
como aprovação prévia de rotulagens dos produtos a serem elaborados, após a
Reserva do SIF pelo DIPOA.
Para efeito de Reserva do SIF ou Registro, o processo deverá ser
encaminhamento ao DIPOA com o Laudo de Inspeção Final, detalhando as
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qual é adquirido a matéria prima, deve ser atestada por médico veterinário em relação
a controle sistemático de parasitoses, de mastites, brucelose (Brucella abortus) e
tuberculose (Mycobacterium bovis). Admite-se o transporte desse tipo de leite em
latões ou tarros e em temperatura ambiente, desde que a matéria-prima atinja os
padrões de qualidade; o leite deve ser entregue ao estabelecimento processador no
máximo até 2h (duas horas) após a conclusão da ordenha; o estabelecimento
industrial que receber leite em latões deverá realizar todas as análises exigidas para
leite de conjunto, como temperatura, teste do álcool/alizarol na concentração mínima
de 72% v/v (setenta e dois por cento volume/volume), acidez titulável, densidade
relativa, a 15/15ºC, teor de gordura, outras pesquisas que se façam necessárias. O
tempo transcorrido entre a ordenha inicial e seu recebimento no estabelecimento que
irá beneficiá-lo deve ser no máximo de 48h (quarenta e oito horas), no entanto,
recomenda-se como ideal um período de tempo não superior a 24h (vinte e quatro
horas) (IN 62, 2011).
de tipo inócuo e estar protegidas contra rompimentos. A iluminação não deve alterar
as cores. As instalações elétricas devem ser embutidas ou aparentes e, neste caso,
estar perfeitamente recobertas por canos isolantes e apoiadas nas paredes e tetos,
não se permitindo cabos pendurados sobre as áreas de manipulação de alimentos.
Em relação à ventilação do local, torna-se necessário que exista ventilação
suficiente para evitar o calor excessivo, a condensação de vapor, a acumulação de
pó, para eliminar o ar contaminado. A corrente de ar nunca deve fluir de uma zona
suja para uma zona limpa. As aberturas que permitem a ventilação devem ser dotadas
de dispositivos que protejam contra a entrada de agentes contaminantes.
Além do descrito acima, nas instalações deverão existir meios para o
armazenamento dos resíduos e materiais não comestíveis, antes da sua eliminação
pelo estabelecimento, de forma que se impeça a presença de pragas nos resíduos de
matérias não comestíveis e se evite a contaminação da matéria prima, da água
potável, do equipamento, dos prédios e vias internas de acesso.
recebiam volume diário de leite acima de 20 mil litros. Esse total correspondeu a100%
dos laticínios do referido estado nessas condições. Vinte e um (21) laticínios
responderam ao questionário, o que corresponde a uma amostra de 42% das
empresas. Baseadas nas informações coletadas, os autores chegaram ao seguinte
resultado: Dentre as ações de qualidade dos laticínios (inspeção no recebimento, por
meio de análises microbiológicas e físico-químicas; assistência técnica e orientação
aos fornecedores; transporte de leite a granel refrigerado; pagamento pela qualidade
do leite; e financiamento de tanques de expansão para resfriamento do leite),em
ordem de prioridade em relação às etapas da cadeia de produção, a matéria-prima
principal dos laticínios (o leite), foi considerado por 81% das empresas como fator
crítico primordial para a qualidade do produto, já que muitas vezes ele chega ao
laticínio com acidez alta ou adulterado, o que dificulta seu aproveitamento. Em 47,6%
das empresas, a principal ação para assegurar a qualidade do leite são as inspeções
microbiológicas e físico-químicas no recebimento do produto. Apenas 33,3% dos
laticínios utilizam a assistência técnica e a orientação aos produtores de leite como
principal ação para controlar a qualidade do leite, mesmo assim, sua atuação é mais
corretiva do que preventiva. Dentre essas empresas, estão 100% das empresas
estrangeiras e 50% das nacionais de grande porte, o que evidencia que apenas as
grandes e as multinacionais recorrem a medidas mais preventivas em relação à
matéria-prima.
O transporte de leite a granel refrigerado é a segunda prioridade em apenas
38,1% das empresas. O pagamento pela qualidade do leite é considerado como ação
prioritária, em terceira ordem, em apenas 27,8% das empresas. Percebe-se, assim,
que boa parte dos laticínios está mais preocupada em verificar os padrões do leite
(acidez, resíduos químicos, adulteração, etc.) na plataforma de recebimento(pós-
porteira), do que em agir na fonte do problema, ou seja, o produtor. Os laticínios de
capital estrangeiro enfocam com maior intensidade as atividades mais próximas da
produção rural do leite. Ainda não são significativas as atividades que promovam a
garantia da qualidade do leite recebido, como sistemáticas assistências preventivas
ao produtor, pagamento diferenciado pela qualidade do leite e financiamentos de
tanques de resfriamento ao produtor, para que ele tenha melhores condições de
produzir leite em quantidade e com qualidade.
Com o objetivo de reduzir custos, as empresas estão recorrendo ao processo
de granelização do transporte de leite cru (sob refrigeração) para as indústrias e,
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Scalco e Toledo (2002) mostrou que 71,4% das empresas controlam a qualidade no
ponto de venda por meio de orientações aos atacadistas ou varejistas quanto à forma
de acondicionar seus produtos nas prateleiras de exposição, como empilhamento,
manuseio e temperatura de armazenagem. Outras 14,3%, realizam vistorias em
pontos de venda escolhidos aleatoriamente, sendo essa atividade mais representativa
em laticínios que atuam no mercado local. A atividade de orientação no ponto de
venda é importante, já que os laticínios desejam que seu produto chegue aos
consumidores com as mesmas propriedades iniciais.
Pode-se identificar por meio do trabalho dos autores supracitados, vários
gargalos em toda a cadeia, desde a baixa qualidade da matéria-prima e a pouca ação
para melhorá-la, a mão-de-obra não qualificada e as poucas ações de capacitação,
até a distribuição inadequada, comprometendo significativamente a qualidade do
produto final. A fim de atenuar esses pontos fracos, e possivelmente melhorar a gestão
da qualidade em todas as etapas, algumas recomendações podem ser feitas, como:
Estimular os produtores de leite a produzir com mais qualidade e produtividade, por
meio de pagamento pela qualidade do leite, assistência técnica com atuação mais
preventiva, financiamentos de tanques de refrigeração nas unidades produtivas de
leite, participação dos produtores nos programas de gestão da qualidade nas
empresas que os possuem coleta de leite a granel; capacitação dos funcionários,
treinamento nas operações básicas de produção, implantação das metodologias e
ferramentas de apoio à gestão da qualidade, particularmente as específicas do setor
alimentício (BPF, BPH, MIP, 5S e APPCC); maior comprometimento com a qualidade
do produto na distribuição e no ponto de venda, utilizando transporte seguro e eficiente
e maior fiscalização no ponto de venda.
Dentre as principais práticas e controles do setor alimentício, as Boas Práticas
de Fabricação (BPF) e a Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC)
merecem destaque. As BPF abrangem um conjunto de medidas que devem ser
adotadas pelas indústrias de alimentos a fim de garantir a qualidade sanitária e a
conformidade dos produtos alimentícios com os regulamentos técnicos. A legislação
sanitária federal regulamenta essas medidas em caráter geral, aplicável a todo o tipo
de indústria de alimentos e específico, voltadas às indústrias que processam
determinadas categorias de alimentos. Por sua vez, a APPCC é a plataforma principal
para a legislação internacional e as boas práticas de fabricação para todos os setores
da indústria alimentícia; forma um componente chave para algumas normas de
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são críticos para a qualidade do produto até o consumidor, e devem ser tratados pela
empresa com a mesma importância dada à etapa de processamento.
Com relação ao ponto 1, a importância do papel do carreteiro na qualidade da
matéria-prima é clara e deve ser melhor abordada pelas empresas. Para tal, propõe-
se: a) Política de treinamento: a qualidade da matéria-prima que chega no laticínio
depende da atuação dos carreteiros. A conscientização do produtor rural sobre a
importância da qualidade pouco agrega se um trabalho com o mesmo intuito não for
feito com o responsável pela captação do leite. Dessa forma, assim como na planta
produtiva, os colaboradores responsáveis pela recepção do leite também devem ser
conscientizados sobre a importância da adoção de atitudes e de métodos que
contribuam para a qualidade, tais como o 5S e as BPH (BANKUTI, S. M. S.; BANKUTI,
F. I.; TOLEDO, J. C., s.d.).
Além disso, programas específicos de treinamento para os carreteiros devem
ser criados, como intuito de efetivar com eles a mesma atuação de busca da qualidade
que é realizada dentro da planta produtiva; b) Revisão da política de remuneração: a
remuneração por quilometragem incentiva os carreteiros a aumentarem o número de
propriedades captadas por eles e consequentemente a realizarem o serviço com mais
rapidez em cada produtor. Quanto maior o número de produtores rurais visitados por
um carreteiro, em tese menor o tempo disponível para captação em cada propriedade.
Isso leva à tendência de execução do serviço com menos cuidados, o que pode
comprometer a qualidade do leite. Propõe-se uma política de remuneração que leve
em conta não somente a distância percorrida pelo motorista e o volume de leite
captado por ele, como também a qualidade do leite trazido por ele. Nesse aspecto, é
proposto o pagamento de premiações por bons índices de qualidade, por tipo de
problema (adição de água, contaminação, etc.). Dessa forma, os carreteiros atuarão
também como agentes conscientizadores dos produtores rurais; c) Outras políticas de
motivação à qualidade: a introdução de prêmios monetários e não monetários aos
melhores carreteiros em qualidade, bem como a criação de concursos da qualidade
do leite entre os carreteiros, são medidas que podem estimular os carreteiros a
adotarem melhores práticas para a qualidade;
Com relação ao ponto 2, por se tratar de produto que depende de refrigeração,
o transporte até o ponto de venda merece atenção especial para garantir a qualidade
do leite e derivados. Assim, para solucionar os problemas com a entrega do produto,
uma vez que a responsabilidade pelo produto até a chegada ao consumidor é da
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10 ESTUDO DE CASO
10.1.1 A história
seria mais fácil: transporte, energia elétrica segura e confiável, e em razão do mercado
que era bem maior.
Toda produção do leite do Rancho Octávio Portella vai direto para a fábrica,
transformando-se em sorvetes, iogurtes, totós e picolés, o que por sua vez tem muita
saída pelo fato de no estado fazer muito calor.
Tudo estava ocorrendo dentro do esperado, mas poderia ficar muito melhor. No
primeiro momento, quando a família chegou em Roraima trabalhavam com 140
animais, ordenha manual, sendo o trabalho realizado por seis vaqueiros ordenhando
80 vacas em aproximadamente seis horas. Com a implantação da ordenha
mecanizada, apenas dois vaqueiros ordenham 80 vacas em um tempo de quatro
horas.
Depois da implantação do projeto de bovinocultura o proprietário investiu 60 mil
reais para implantar a ordenha mecanizada. Esse processo diminuiu o número de
animais; apenas 70 vacas para produzir o leite e, o número de pessoas trabalhando
também foi reduzido; o tempo de ordenha caiu para duas horas, aumentando por sua
vez a produção para 500 litros.
Para extrair o “ouro branco” todo cuidado é tomado: higienização dos bicos da
ordenhadeira mecânica; todos são lavados rotineiramente e recebem tratamento de
assepsia. O pessoal foi treinado e também houve investimento alto na estrutura do
curral. Na hora de armazenar o leite, há mais cuidados para não contaminar o produto
com sujeiras, por isso o controle é rígido e fiscalizado.
Antigamente, na propriedade era retirado leite de animais da raça Nelore, sem
expectativa de alta produtividade, em barracões sem cobertura, sem higienização
adequada. Atualmente, as vacas de genética alcançam produções de 10-12 litros, em
sistema a pasto com suplementação, com o auxílio da ordenhadeira mecânica,
resfriador de leite e alto grau de higienização. Hoje a fazenda vende não somente
leite, mas qualidade.
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A Fazenda Rancho Octávio Portella conta com boa estrutura, um curral bem
montado e conservado. O mesmo é bem limpo e iluminado para os animais, revelando
o cuidado com o manejo do gado.
Apesar de na fazenda existirem outros tipos de animais, como carneiros e
ovelhas da raça Dorper, peixes e equídeos, o foco da produção é o gado de leite.
Outra prática adotada na fazenda é a doma racional de equídeos. Mulas,
cavalos e pôneis passam por treinamentos.
No rancho também se pratica inseminação artificial. Todos os procedimentos
de higiene e segurança são adotados: avental, luvas e técnicas. Ao final do
procedimento, os dados são anotados rigorosamente. O gado é catalogado com
identificação e as vacas permanecem com o exame ginecológico em dia. Proveniente
de inseminação existem 50 animais, que saltam a produção de 5 Kg para 12 Kg de
leite.
Para a sanidade ficar completa, a fazenda conta com a consultoria de um
Zootecnista especializado na área de bovinocultura e pastagens e uma Médica
Veterinária.
Com a melhoria das técnicas e um horizonte ampliado da visão empresarial
dos proprietários, o resultado não poderia ser outro: um produto de qualidade. Tanto
que a sorveteria Ropo é o maior sucesso na cidade de Boa Vista, a mais de 20 anos
no ramo. A sorveteria é sinônimo de qualidade com mais de 50 sabores regionais e
ainda trabalha com o disque entrega de sorvetes em baldes.
Para o futuro, os proprietários estão estudando a expansão do negócio,
pretendem implantar a produção de queijo e construir um laticínio para dobrar a
produção. Dentre as ações a serem realizadas na fazenda no curto e médio prazos
estão previstas a intensificação da produção a pasto com uso de irrigação e maior
número de divisões dos piquetes com cerca elétrica, construção de uma sala de
ordenha com fosso em sistema fila-indiana, com sistema de ordenha canalizado,
produção de volumosos conservados (cana-de-açúcar e silagem de capim) para
suplementação dos animais no período seco do ano, recuperação progressiva das
pastagens degradas com integração lavoura-pecuária, intensificação do
melhoramento genético do rebanho com uso da inseminação artificial convencional e
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em tempo fixo e padronização dos animais da raça girolando no grau de sangue 5/8
holandês, 3/8 gir.
metálicas e o telhamento será com telha metálica na cor natural. As calhas serão de
chapa galvanizada nº 26, dobradas com dobradeira mecânica, contendo as saídas
pluviais de 75 mm e embutidas nas alvenarias.
As portas internas da área administrativa serão em material tipo MDF, e todas
as demais em alumínio, pintadas eletrostaticamente na cor branco. As ferragens
serão do tipo cromadas e oxidadas, de boa qualidade, cujas fechaduras deverão
conter cilindro para chave estreita e maçaneta. Todos os trabalhos de serralheria
deverão ser executados com perfeição, por profissionais exímios.
Com relação ao revestimento, as superfícies internas da ampliação que não
levarem revestimentos especiais (argamassa) serão chapiscadas, emboçadas e
rebocadas; o chapisco será de cimento e areia traço 1:3 e o emboço de cimento, areia
e cal em pó traço igual a 1:5:0,20, perfeitamente prumadas para receberem o reboco.
As paredes do fechamento da indústria serão executadas com tijolos de 6 furos de
boa qualidade, assentes com massa de cimento e as paredes dos sanitários, mais
especificamente as dos chuveiros serão revestidas com azulejos, assentados com
argamassa colante, a uma altura de 2,10 m do piso, com juntas ao prumo. As demais
paredes internas receberão revestimento com reboco e pintura acrílica.
Na pavimentação do local, a camada impermeabilizadora dos contra pisos será
lançada de forma contínua sobre lastro de brita nº 1 de espessura igual a 6 cm. O
concreto deverá ter espessura mínima a 5 cm e, conter impermeabilizante. Os pisos
cerâmicos, nas dependências indicadas em planta baixa serão nas dimensões 30x30
cm, esmaltadas, PI-V, de 1ª A, assentes com juntas retas e rejuntadas com cimento e
corantes.
Logo próximo a conclusão da estrutura da indústria de laticínio, será dado início
a remoção de todo entulho existente, sendo cuidadosamente limpos todos acessos,
havendo particular cuidado em remover salpicos de argamassa e tintas.
Os vidros da obra serão lisos e transparentes, de espessura igual a 8 mm,
assentes com silicone. Os vidros dos banheiros e vestiários serão do tipo canelado,
assentes com massa de vidraceiro.
A pintura acrílica será feita na cor escolhida em duas demãos, sobre o selador
acrílico pigmentado, em todas as alvenarias rebocadas. A pintura esmalte será feita
em duas demãos sobre fundo antioxidante, na cor escolhida, em todas as superfícies
metálicas da estrutura metálica. Por outro lado, a tinta acrílica, na cor escolhida, em
duas demãos será feita sobre selador acrílico pigmentado em todas as alvenarias
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internas e, a tinta automotiva na cor escolhida em duas demãos, será feita sobre fundo
fosfatizante, nas calhas.
Na finalização, será procedida cuidadosa verificação, por parte da Fiscalização,
das perfeitas condições de funcionamento e segurança de todas as instalações de
esgotos pluviais, elétricas, equipamentos e ferragens. Também serão procedidas as
baixas das art’s e as ligações definitivas. Além disso, a proteção contra incêndios será
atendida em todo projeto; além de serem construídas rampas de acesso nas entradas
da obra, sem rebaixos, com inclinação máxima de 8%, para servir também de acesso
aos deficientes físicos.
Posteriormente ao Memorial Descritivo, procedeu-se com a parte do Memorial
Econômico Sanitário da indústria de laticínio Ropo, também sendo necessário para o
registro do estabelecimento no SIF.
Sendo assim, o estabelecimento é identificado pela razão social de Portella &
Portella LTDA, com denominação social de Indústria de laticínios Ropo. O mesmo
será localizado Av. DI – H, quadra XL, lotes 06 e 07, bairro Distrito Industrial– Boa
Vista – Roraima/RR.
O referido laticínio tem como denominação a Fabricação de Laticínios e como
gerente e RT, o Sr. Robinson Romulo Portella e o médico veterinário Anaximandro
Soares Coimbra, respectivamente. A capacidade aproximadamente de recebimento
de leite no laticínio será de 10.000 L/dia, sendo considerada esta mesma quantidade
na estocagem estática, e o mercado consumidor visualizado pela empresa são o
municipal, estadual e interestadual.
Os produtos que a indústria de laticínios Ropo pretende produzir são: leite
liquido envasado em saco plástico ou garrafa plástica (produção de 2.000 L/dia;
unidade média de 1.000 mL); queijo de coalho (produção de 300 L/dia; unidade média
de 250 g); queijo de coalho (produção de 250 L/dia; unidade média de 250 g); queijo
de coalho (produção de 250 L/dia; unidade média de 1.000 g); queijo minas frescal
(produção de 300 L/dia; unidade média de 200 g); queijo muçarela (produção de 300
L/dia; unidade média de 3.000 g); queijo muçarela (produção de 200 L/dia; unidade
média de 1.000 g); queijo muçarela (produção de 250 L/dia; unidade média de 500 g);
ricota (produção de 200 L/dia; unidade média de 250 g); coalhada (produção de 200
L/dia; unidade média de 250 g); coalhada (produção de 200 L/dia; unidade média de
500 g); coalhada (produção de 100 L/dia; unidade média de 1.000 g); manteiga comum
(produção de 200 L/dia; unidade média de 100 g); manteiga comum (produção de 400
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L/dia; unidade média de 200 g); manteiga comum (produção de 400 L/dia; unidade
média de 500 g); iogurte (produção de 250 L/dia; unidade média de 100 g); iogurte
(produção de 250 L/dia; unidade média de 200 g); iogurte (produção de 250 L/dia;
unidade média de 500 g); iogurte (produção de 250 L/dia; unidade média de 1.000 g);
doce de leite (produção de 250 L/dia; unidade média de 100 g); doce de leite
(produção de 250 L/dia; unidade média de 200 g).
O pré-beneficiamento e o beneficiamento dos produtos será feito por meio de
pasteurização, com uma capacidade de 10.000 L/dia. O transporte da matéria prima
será realizado em caminhão tanque refrigerado. Parte do leite utilizado será
procedente de produtores rurais participantes do projeto balde cheio e de outros
produtores da região central e sul do estado de Roraima. E parte será produzida na
fazenda da própria empresa que pratica ordenha mecânica, possuindo tanque
refrigerado para estocagem do leite até o momento de coleta.
Algo muito importante para se comentar está relacionado as máquinas e
equipamentos que serão utilizadas no estabelecimento de laticínio. Para o
processamento de todos os produtos descritos acima serão necessários: 2 tanques
de recebimento de leite cada um com capacidade de 5.000 L; 1 pasteurizador de
placas com capacidade de 5.000 L/h; 2 envasadoras de leite líquido com capacidade
de 2.000 L/h; 2 iogurteiras com capacidade de 500 L cada; 1 batedeira de manteiga
com capacidade de 200 L; 1 tacho de fundo reto com capacidade de 500 L; 1 tacho
para doce com capacidade de 500 L; 1 desnatadeira com capacidade de 500 L/h; 2
caldeiras com capacidade de 500 Kg cada; 1 banco de gelo com capacidade de 3.000
L; 2 tanques de salga com capacidade de 3 m; 1 seladora a vácuo modelo mesa com
capacidade de 2 a 3 ciclos/min; e 2 tanques de fabricação de queijo com capacidade
de 1.000 L.
O estabelecimento não possuirá dependências para elaboração de produtos
não comestíveis; estes serão adquiridos no mercado. Com relação a mão de obra
contratada, inicialmente serão 10 funcionários: cinco mulheres e cinco homens.
Nas instalações da referida indústria, o piso utilizado será do tipo Korodur com
todo o rodapé aboleado; as paredes externas e internas serão construídas em
alvenaria, rebocadas e pintadas com tinta acrílica lavável; os ralos serão com sistema
de abre e fecha; o forro será de laje pintado com tinta acrílica lavável, principalmente,
o teto das salas de elaboração dos produtos comestíveis. As salas de produção terão
aberturas de vidro para a área externa entre as salas e, estes serão vedados, ou seja,
59
instalações dos sanitários as paredes internas serão com tinta acrílica lavável e nos
locais destinados aos chuveiros serão com azulejo do piso ao forro. As paredes
externas dos sanitários serão com tinta acrílica lavável e o forro desta área será de
laje pintado com tinta acrílica lavável. Os cantos e rodapés serão aboleados e todas
as caixas sifonadas possuirão tela de proteção contra insetos e roedores. Todos os
banheiros possuirão caixa de inspeção independentes.
A água é outro ponto de grande importância a se comentar e deve estar
presente no Memorial para a obtenção do SIF. Desse modo, a água utilizada na
indústria será procedente de poço artesiano. Serão instalados dois reservatórios de
3.000 mL cada com sistema de cloragem independentes e, as águas servidas serão
destinadas para fossas assépticas.
Outro ponto bastante relevante é a separação entre áreas suja e limpa. Essa
separação será feita por meio de parede construída em alvenaria, rebocada e pintada
com tinta lavável.
A empresa também possuirá abertura para a área externa (janelas com sistema
abre e fecha) com telas milimétricas a prova de insetos e exaustor com tela a prova
de insetos na sala de pasteurização (sala 01). As demais salas de produção e áreas
da empresa possuirão janelas de vidro, como já comentado, sem sistema abre e
fecha, ou seja, permanecerão sempre fechadas, e portanto, não precisarão de telas
milimétrica a prova de insetos. As portas serão de alumínio com vidro, com mola de
vai-e-vem, permanecendo sempre fechadas e, as salas de produção 02 e 03 serão
climatizadas com condicionadores de ar.
Cabe destacar que a empresa não possui em suas imediações nenhum foco
ou empresa produtores de mau cheiro.
Algumas observações são necessárias, no caso, ressaltar que: a empresa
produzirá sorvetes e picolés em sala especifica (sala 04), com média de produção de
2.000 litros/dia; que o armazenamento dos produtos prontos e leite pasteurizado será
em câmaras frias independentes; que a câmara-fria 01 atenderá as salas 01
(pasteurização) e 02 (envase do leite líquido e produção de iogurte); a câmara fria 02
atenderá a sala 03 (produção de queijos, manteiga e doces de leite); já a câmara de
congelamento 03 atenderá a sala 04 (produção de sorvetes e picolés) e; a temperatura
das câmaras 01 e 02 será em torno de 1 a 5 ºC.
61
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGÊNCIA BRASIL. Governo está debatendo Plano Mais Pecuária para incentivar
produção e exportação de carne e leite. Disponível em:
<http://memoria.ebc.com.br>. Acesso em: 29 abril 2014.
IBGE. Estados. Disponível em: < www.ibge.gov.br>. Acesso em: 05 abril 2014.
SOUZA, C. F. et. al. Instalações para gado de leite. Disponível em: <www.ufv.br>.
Acesso em: 18 mar 2014.
SEPLAN. SEPLAN divulga o PIB dos Municípios de Roraima 2011. Disponível em:
<www.seplan.rr.gov.br>. Acesso em: 31 mar 2014.
ANEXOS
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__________________________________
Assinatura e Carimbo do Requerente
__________________________________
Local e data
70
____________________________________
Assinatura e Carimbo do Requerente
___________________________________
Local e data
71
_________________________________________
Assinatura do Responsável pela obra
CREA Nº
_______________________________
Local e data
72
______________________________________
Assinatura do Responsável Legal da Firma
_____________________________________
Assinatura do Responsável Técnico
______________________________________
Local e data
74
_______________________________________
Assinatura do Diretor ou Presidente da Firma
______________________________________
Local e data
75
_________________________________
Assinatura e Carimbo do Requerente
________________________________
Local e data
76
____________________________________
Assinatura e Carimbo do Requerente
____________________________________
Local e data
77
12- Destino dado às águas servidas, esgotos, meios empregados para depuração das
águas servidas.
13- Sistema de iluminação e ventilação (natural/artificial) nas diversas dependências.
14- Informar a natureza do material das portas e janelas, e o sistema de proteção
contra insetos.
15- Natureza do piso e material de revestimento.
16- Teto. Informar a existência ou não de forro e a natureza do material.
17- Paredes. Informar a natureza do material e o tipo de revestimento ou de
impermeabilização.
18- Laboratório de análises. Informar sobre sua existência e relacionar as análises
que serão realizadas.
19- Natureza do material das mesas e seu revestimento.
79
___________________________________________________
______________________________
Local, data
___________________________________
Méd. Vet. Fiscal Federal Agropecuário
(Assinatura e carimbo)
85
(Local, data)
Nestes termos
Pede deferimento
_____________________________
Assinatura do requerente
86
3. Natureza do estabelecimento:
5. Área do terreno:
7. Área útil:
10. Argamassa:
11. Fundações:
12. Pé direito:
14. Forros:
17. Pavimentação:
18. Esquadrias:
21. Sistema de esgoto (detalhes sobre o modo e processo de depuração antes de ser
lançado na corrente d’água):
87
_______________________________
Local, data
________________________________________________
Nome do Engenheiro responsável
CREA nº
Assinatura e carimbo do Engenheiro responsável
88
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
SECRETARIA DE INSPEÇÃO DE PRODUTO ANIMAL
SISTEMA DE CADASTRAMENTO DE ESTABELECIMENTO E PRODUTO
MEMORIAL ECONÔMICO SANITÁRIO
DO ESTABELECIMENTO (10)
RESERVADO A SECINF/MA
SSN015BLD110
1. CONTROLE
01. Folhas:
02. Atuação:
03. NAT.SLC:
2. IDENTIFICAÇÃO
06. Descrição:
89
4 - DESCRIÇÕES COMPLEMENTARES
07. Descrição:
5. AUTENTIFICAÇÃO
_______________________
Data
______________________________________
Carimbo e assinatura do responsável técnico
90
RAZÃO SOCIAL, CNPJ, firma com sede em ENDEREÇO COMPLETO, por seu
Diretor Presidente, (nome, CPF, identidade, estado civil, endereço), concorda em
acatar as exigências contidas no Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de
Produtos de Origem Animal "RIISPOA", de acordo com o Decreto n° 30.691, de março
de 1952 e alterado pelo Decreto n° 1.255, de 25 de junho de 1962, combinado com o
Decreto n° 73.116, de 08 de dezembro de 1973, sem prejuízos de outros que venham
a ser determinados, estando ciente de que quaisquer obras só poderão concretizar-
se após a aprovação prévia do projeto pelo órgão competente do Ministério da
Agricultura.
_________________________________
Diretor Presidente
91
ANEXO Q
92
Poligonal: 4 x 3.
96
Rotativa 8.
97
LEGENDA:
98
LEGENDA:
99
LEGENDA PARTE 1:
101
LEGENDA GERAL:
102
LEGENDA:
103
104
LEGENDA:
105
LEGENDA:
107
LEGENDA GERAL:
108
LEGENDA:
111
LEGENDA:
112
LEGENDA PARTE 1:
LEGENDA GERAL: