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Técnicas Aplicadas na Delimitação de UT Planejamento e Construção da Delimitação em

em Áreas Irregulares Áreas Florestais (UPAs e UTs)


Importante!
Mensuração das trilhas de orientação

E em áreas com terreno íngreme Passo 1 Passo 4


m áreas irregulares, as UTs devem A partir da última baliza

A
seguir um formato de construção/ colocada antes do obstá- unidade de produção auxiliar técnico e três ajudantes. Para garantir bom gerenciamen-

Obstáculo Durante Abertura de Trilha


Deve se ter cuidado quando a medição for em terrenos Já de volta à trilha
delimitação de acordo com as íngremes para que não haja diferenças de medições entre
culo, e com uso da bús- original, colocam-se Anual (UPA) e Unidade Na fase de planejamento da UPA to de campo é necessário que o
condições do terreno, ou seja, áreas sola; formar um ângulo de Trabalho (UT) fazem

Técnica Aplicada para Transpor


as linhas de uma faixa. Pois, as medições de um ponto A de 90 graus com a trilha duas balizas, uma e UTs, variáveis como a localiza- responsável entenda e aplique as
acidentadas, rios, igarapés e limites para o ponto B em terrenos íngremes são maiores que em atrás da outra, de for- parte da etapa Pré-Exploratória do ção da UPA e distribuição, nú- ferramentas Gerenciais (adminis-
que não permitem a delimitação na que está sendo aberta, Manejo Florestal com Exploração
terrenos planos. colocando uma outra ma a seguir abrindo mero e tamanho das UTs influen- trativas) e Operacionais:
forma quadrada ou retangular. Em baliza (1ª baliza da linha a trilha original no de Impacto Reduzido. É onde ciarão nas distâncias de extração
áreas irregulares nem sempre é possível Em terrenos íngremes fazer a medição das trilhas com a mesmo azimute an- ocorre o MICROPLANEJA-
trena esticada na horizontal, para que não haja diferenças paralela) a uma distância (Arraste de toras) entre as árvores
esquadrejar todo o perímetro (contorno) da que seja suficiente para terior até encontrar MENTO do manejo. O Micropla-
de medições em relação ao comprimento das trilhas sejam outro obstáculo ou e os pátios e na otimização do »Gerencial: Ferramenta importante
UT. em terrenos planos quanto nos íngremes.
passar pela lateral desse nejamento viabiliza as operações tráfego (transporte de toras) entre
Nos locais onde o terreno permite, a obstáculo. até chegar ao ponto anuais do manejo florestal, onde é para o planejamento adequado da
final. os pátios e a indústria.
delimitação usará a mesma metodologia realizado o planejamento ao nível atividade, maximizando o
das áreas regulares, e quando as trilhas não da UPA e de UTs para estimar Na fase de “Construção da UPA desempenho e evitando acidentes
puderem prosseguir devido a existência recursos humanos, produção, e das UTs” ocorre as instalações e contratempos. Entre tais aspec-
de rios, morros, limite da propriedade, maquinário e investimentos no físicas ou coleta de informações
etc; nesse ponto, será o limite da trilha e A partir da 1ª baliza da Passo 2 Passo 3 período de um ano. O planeja- virtuais, como: picadas base, pica-
tos, estão:
•Gerenciamento da carga horária
perímetro natural UT. linha paralela, e com o Em seguida, a mento e construção das UPAs e das de orientação, colocação de pi-
quetes de referência e orientações, do trabalho, evitando cargas eleva-
uso da bússola; é preciso partir da 2ª baliza UTs visa, também, preparar a área
Figura: Serviço Florestal Brasileiro. balizar uma linha para- localização de obstáculos naturais das (> 8 horas por dia);
da linha paralela, para o levantamento do potencial
lela à trilha original com também utilizando (grota, igarapés, áreas inacessíveis, •Transporte adequado e seguro
florestal por meio do inventario
o mesmo azimute desta, a bússola, deve-se etc.) entre outras informações de para a distribuição de pessoal e
Definição e abertura do perímetro da UT Abertura das trilhas de orientação em colocando outra baliza à formar novamente
florestal a 100%.
campo. apoio à atividade;
em áreas irregulares áreas irregulares frente, de forma a passar um ângulo de 90 Durante a atividade de “Plane-
A realização dessas atividades •Disponibilidade de equipamen-
o obstáculo (2ª baliza da graus para retornar jamento da UPA e das UTs”; a
linha paralela). exige mão de obra qualificada e tos adequados e EPIs;
à trilha original. disposição, tamanho e formato,
Importante: utili- atenção à Segurança e Saúde no •Alimentação de qualidade e
quase sempre, será determinada
zar uma trena para medir e manter a mesma distância entre em função da topografia, hidro- Trabalho, em virtude de riscos aquisição de insumos para as
a trilha original e a 1ª e 2ª balizas da trilha que estar sendo grafia e existência de acessos (es- quanto a se perder na floresta, atividades;
aberta no trecho antes e pós obstáculo. tradas) dentro da área de manejo ataque de animais peçonhentos e •Alojamento adequado para a
florestal (AMF). Preferencialmen- queda de galhos e frutos quando equipe de campo.
te as atividades devem ser inicia- estiver no interior da floresta.

Outras Técnicas Aplicadas na Preparação


São variações técnicas com o propósito de acelerar
o processo de execução das atividades das pelo menos um ano antes das Portanto, estas atividades devem
atividades da fase exploratória e estar sempre acompanhadas de um »Operacional: Ferramenta com-
Técnicas de Amarração: É uma das mais comuns. Consiste necessitam de um técnico e/ou coordenador credenciado. posta por um conjunto de respon-

de UTS para o Manejo Florestal


em usar a bússola apenas para abrir a Linha Base e a linha
Importante! Lateral ou todo perímetro (quadrante) da UT; enquanto sabilidades que a equipe de campo
as demais trilhas de orientação serão abertas com uma deve seguir, tais como:
associação de várias metodologias mistas (uso do grito para •Utilização do mapa da área de

S
e a área for muito íngreme que se Croqui gerado durante o microzoneamento. se comunicar, uso de bússola e, principalmente, realização manejo florestal - AMF ou unida-
caracteriza como área inacessível de constantes amarrações (verificações de distância) entre a
trilha existente e a que está sendo aberta. de de manejo florestal – UMF que
a exploração, Área de Preservação
permita um planejamento opera-
Permanente (APP); nessas áreas, não é
recomendado abrir trilhas de orientação, Delimitação para inventário com uso de GPS cional adequado;
ou seja, apenas será delimitada as áreas •Controle dos materiais necessá-
Neste caso são coletadas as coordenadas geográficas dos
acessíveis a exploração. 4 vértices (cantos) da UT. E, quando possível, feita a rios para a execução da atividade.
abertura de trilha de todo o perímetro (limite) da UT. Não Veículo de apoio durante a ativi-
Microzoneamento: consiste no é feito a abertura de trilhas de orientação. No escritório, dade.
levantamento minucioso das condições o técnico florestal vai trabalhar as informações das •Plano de ação de emergência em
do terreno da UT delimitada. Com papel coordenadas de campo, e gerar um desenho com a inserção Macroplanejamento da propriedade para o Definição e alocação da UPA e UTs do caso de acidentes.
milimetrado em mãos, o coordenador da de trilhas virtuais da UT. Essas informações de desenho manejo florestal. manejo florestal
atividade de delimitação anota a ocorrência e trilhas virtuais são passadas para o GPS, e com ele será
de baixadas ou grotas, igarapés, olhos possível realizar o inventário da área sem a necessidade da
abertura das trilhas de orientação.
d´água, área de cipoal, entre outras
condições locais. Deve ser feito um Materiais e equipamentos necessários
croqui e posteriormente transferir essas
informações para o mapa da área. Bússola, clinômetro, mapa da área, GPS, trena métrica; giz de cera ou placa de alumínio, prancheta, papel
milimetrado, lápis com borracha, facão, lima chata e EPIs.

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Técnicas Aplicadas no Planejamento da UPA e UTs Fluxograma dos passos Operacionais da
Delimitação da Unidade de Trabalho
Encarte Técnico
Notas... Passo 1 Passo 9 Autores
As demais trilhas de
O planejamento da UPA e UTs acontece na etapa Unidade de Manejo Florestal - UMF. O tamanho orientações internas são
abertas partindo dos
de Macroplanejamento do manejo, quando há da UPA é definido a partir do tamanho da UMF, Antes de ir ao campo, deve- piquetes da linha base, e César de Souza Pinheiro
a definição da localização e tamanho da UPA e do potencial florestal e da capacidade de produção se obter um mapa da área seguindo paralelas (lado a Técnico Florestal
com a localização da UT lado) à trilha de orientação
o número ideal de UTs a serem delimitadas na do empreendimento florestal. e o pré-planejamento com anteriormente aberta até Instrutor Sênior do IFT
a definição do Azimute da chegar na linha base oposta.
E, assim seguir abrindo as Paulo Ferreira da Costa
linha base da UT. demais trilhas de orientação
e colocando piquetes de 25 Operador-Instrutor Sênior do IFT
Delimitação em 25 metros.
A delimitação é a atividade que limita fisicamente a como UPA) pode ter somente uma ou várias UTs, Marcelo Galdino
área na qual será executada a exploração. No manejo
florestal, essa área delimitada chama-se Unidade de
dependendo do tamanho da área florestal. Para fins
de entendimento, é comum (embora não seja uma
No campo, encontrar o
ângulo (azimute) que dá a
Passo 2 A segunda trilha de Passo 8 Engenheiro Florestal
direção da linha base da deli- orientação (linha lateral) Coordenador Operacional e Instrutor do IFT
Trabalho, ou UT. Nos empreendimentos florestais, a regra) que as UTs possuam uma área de 100 ha, o que
mitação da UT a ser aberta. seguirá paralela à primei-
área de floresta que será manejada a cada ano (definida equivale a medida de 1000 m por 1000 m. Com o mapa e bússola em ra já aberta (conclusão Iran Paz Pires
mãos, é feita uma linha do esquadrejamento da Engenheiro Florestal / Me. em Ciências Florestais
imaginária que será conside- UT). Também, enume-
rar os piquetes a cada 25 Gerente Técnico e Instrutor do IFT
rada a linha base (preferen-
cialmente Norte-Sul) para o metros da mesma forma
desenho da UT. que na primeira trilha de Projeto Gráfico e Editoração
orientação. Elias Serejo | Jornalista SRTE/PA - 2258
Posicionar um piquete no
canto da futura UT (pi-
quete 0 metro) e anotar a
Passo 3 A segunda linha base
Passo 7 Ilustrações
coordenada geográfica. A seguirá paralela à primei- Acervo do IFT
bússola deve ser colocada ra já aberta. Uma vez
em cima deste piquete – definido o novo ângulo
que é como um marco zero (Azimute), colocam-se Fotos
da delimitação – com o duas balizas na direção Acervo de imagens digitais do IFT
ângulo (azimute) da linha desejada e segue-se abrin-
base já definido. do e balizando a segunda Belém-PA, agosto de 2020
linha base até seu final.
Recomendações para executar um bom estradas existentes. www.ift.org.br
planejamento para definir a disposição da
Colocar duas balizas no
rumo desejado e, daí em
Passo 4 Na trilha de orienta- Passo 6 e-mail: geral@ift.org.br | Twitter: @IFTAmazonia
3) Com mapa e GPS de navegação em
UPA e UTs na área de manejo: diante segue-se abrindo e ção, a cada 25 metros, Facebook:/institutoflorestatropical | Tel: +55 91 3202-8300 Travessa
mãos, enviar equipe em campo para fazer são colocados piquetes São Pedro, 566 - Batista Campos | Edifício Carajás, sala 602. CEP:
balizando a linha base até a
1) Fazer uma boa análise crítica durante reconhecimento prévio das áreas de interesse. distância estabelecida para a numerados de acordo 66023-705 – Belém – Pará – Brasil
o macrozoneamento. Em resumo: conhecer UT. Na linha base (Ex: ini- com a distância do ponto
4) Com o retorno da avaliação de campo,
o histórico de uso da floresta ao longo do ciando em 0 finalizando em de partida (0 metro, 25
a equipe técnica definirá os ângulos (azimute) metros, 50 metros, 75
tempo, com uso de imagens de satélite fazer 1.000 metros) são colocados
a avaliação temporal para acompanhar as
para a abertura da picada base e lateral da piquetes numerados a cada metros, 100 metros, 125 APOIO
UPA e o ângulo (azimute) das picadas de 50 metros. metros até 1.000 metros).
mudanças que a área sofreu durante anos
orientação no interior da UT.
passados (fogo, desmatamento e exploração
madeireira), avaliar os tipos de uso do solo 5) Na definição dos ângulos (azimutes) Passo 5
e possíveis fronteiras entre a áreas a ser das trilhas de orientações das UTs; escolher Concluída a abertura da Importante: O que é a abertura das trilhas de
manejada e as áreas vizinhas. azimutes que apontem em direção Leste- linha base (piquetes de 0 a orientação?
Oeste. Pois, esse direcionamento possibilitará 1.000 metros) deve-se obter
2) Fazer mapas para ilustrar os aspectos um ângulo no qual será aber- É a divisão interna da UT por meio da abertura APOIO IN KIND
planejar e construir estradas secundárias na de trilhas ou picadas perpendiculares à linha
hidrográficos (rios, igarapés, nascentes), ta a trilha lateral da UT ou
direção Leste-Oeste, favorecendo a ventilação base, formando faixas; que vão facilitar o in-
topográficos (divisores de águas e grotas) e trilha de orientação. Nova-
e maior incidência de raios solares. mente deve-se posicionar um ventário florestal 100%, a exploração florestal e
piquete no canto da UT. outras atividades do manejo florestal.

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