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Pavimentação e Drenagem

Profa.: Me. Rossana Valadares


AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Métodos e técnicas de avaliação da qualidade do pavimento.
AVALIAÇÃO DOS
PAVIMENTOS

A avaliação do pavimento flexível, tem como princípio


revelar o grau de deterioração do revestimento asfáltico,
com a identificação das patologias que afetam a segurança
e conforto dos usuários.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
DOS PAVIMENTOS
A condição de superfície de um pavimento asfáltico deve ser levantada, por meio de análise de seus
defeitos e causas, e atribuição de indicadores numéricos que classifiquem seu estado geral.
SERVENTIA

• Um pavimento bem projetado e construído, apresenta ao usuário, logo após sua conclusão, um alto grau de
serventia traduzido pelo binômio: segurança e conforto.

• Com o passar do tempo, sob o efeito do tráfego e das intempéries, o pavimento vai diminuindo seu grau de
serventia, devido ao aparecimento de:
• Deformações no seu perfil longitudinal e transversal devido à afundamentos diferenciais e em trilhas de
roda;
• A presença de remendos que, em um bom serviço de conservação rotineira vão substituindo as inevitáveis
fissuras, afundamentos localizados e panelas.

A classificação da Serventia Atual (P.S.I – Present Serviciability Index) é uma nota de comportamento atribuída ao
pavimento em um dado momento.
SERVENTIA
• O PSI foi estabelecido de forma subjetiva, em que pelo menos 5 membros, previamente treinados, percorrem em condições normais de
tráfego, uma certa extensão da rodovia. Cada membro, atribui uma nota ao pavimento, variando de 1 a 5.

• É avaliado apenas o conforto oferecido pelo pavimento, observando os ressaltos, as variações locais nos perfis longitudinal e transversal,
principalmente os provocados pelos sulcos nas trilhas de roda.
𝑷𝑺𝑰 = 𝟓, 𝟎𝟑 − 𝟏, 𝟗𝟏𝒍𝒐𝒈 𝟏 + 𝑺𝑽 − 𝟎, 𝟎𝟏 𝑪 + 𝑷 − 𝟏, 𝟑𝟖𝑹𝑫²
PSI= 1,5 retrata um pavimento em péssimo
• SV: a variância das inclinações do perfil longitudinal medidas com o perfilômetro da AASHTO; estado funcional, requerendo até a sua

• C: a proporção de 1 para 1.000 de áreas com fendas de classe 2 e 3; reconstrução total.

• P: a proporção de 1 para 1.000 de áreas remendadas; • PSI= 2,5 caracteriza o estado mínimo
admissível de funcionalidade, necessitando de
• RD: profundidade média dos afundamentos nas trilhas de roda.
imediata restauração, de modo a leva-lo a
valores próximos dos iniciais.
DNIT-PRO 009/2003
AVALIAÇÃO
SUBJETIVA- VSA Conceito VSA
Péssimo 0a1
serventia
• 5 avaliadores Ruim 1a2 medida da qualidade

• Consideração somente do estado atual da


superfície Regular 2a3 desempenho
serventia ao longo do tempo
• Trechos homogêneos com 2 km de extensão Bom 3a4
• Admitir rodovia de tráfego intenso Ótimo 4a5
• Deslocamento na velocidade máxima (vdir) pi
• Condições climáticas favoráveis Ótimo
5
4
• Não considerar resistência à derrapagem Bom
3
• Ignorar aspectos do projeto geométrico VSA ou PSI Regular
2
Ruim
• Ignorar recalques (bueiros e acessos a pontes) Péssimo
1
DNIT 0
PRO 009/2003 AASHTO N ou t
VSA (Valor de Serventia Atual) = média das 5
avaliações
MÉTODO - VSA
o Anota-se a frequência – Altas (A), Médias (M) ou Baixas (B) – e as severidades, em ordem crescente de graduação (1), (2) ou (3).

o É atribuída uma nota de 0 a 5 ao trecho, relativa ao conforto e à segurança do usuário, denominado Índice de Condição do Pavimento
Flexível (ICPF) – conceito de péssimo a excelente.

Conceito Descrição ICPF


Excelente Necessita de conservação rotineira. 4,5 a 5,0
Aplicação de micro revestimento – desgaste superficial, trincas não muito severas em áreas
Bom 3,5 a 4,0
não muito extensas.

Correção de pontos localizados ou recapeamento – pavimento trincado, com panelas pouco


Regular 2,5 a 3,0
frequentes e com irregularidade longitudinal e/ou transversal.

Recapeamento com correções previas – defeitos generalizados com correções prévias em


Mau 1,5 a 2,0
áreas localizadas – remendos superficiais ou profundos.

Reconstrução – defeitos generalizados com correções prévias em toda a extensão.


Péssimo Deterioração do revestimento e das demais camadas – infiltração de água e descompactação 0,0 a 1,0
da base.
AVALIAÇÃO
OBJETIVA- IGG

DNIT – PRO 008/2003 - Levantamento Visual


Contínuo para Avaliação da Superfície

• Tem por objetivo analisar a condição de superfície


dos pavimentos de modo contínuo, com base nos
defeitos.

• A frequência dos defeitos e os pesos


correspondentes proporcionam o cálculo do Índice
de Gravidade Global Expedito (IGGE), que associado
ao valor da Serventia Atual, estabelece o Índice de
Estado de Sperfície (IES).
MÉTODO - IGG
• É um procedimento que fixa as condições de
avaliação da superfície de pavimentos,
mediante a contagem e classificação de IRIf
ocorrências de defeitos e da medida de
deformações permanentes nas trilhas de roda. IGG ou IRI

IRIi
• Retrata o grau de deterioração atingido pela DNIT
superfície do pavimento. PRO 006/2003 AASHTO
N ou t
• Os defeitos considerados são: trincas,
ondulações, remendos, exsudações,
afundamentos plásticos, desgastes e buracos.

• As deformações permanentes são verificadas


nas trilhas de roda da superfície do pavimento
– aparelhagem específica.
MÉTODO - IGG

• Prevê a implantação de estações de ensaio afastadas de


20 m, alternando as faixas de tráfego direita e esquerda
de uma rodovia em pista simples.

• A amostragem é realizada em cada uma das estações de


ensaio, considerando-se uma superfície de avaliação
delimitada por uma seção transversal situada a 3,0 m à ré
da estação, por outra situada a 3,0 m avante, e pelo eixo
da pista de rolamento.

• Cada estação corresponde uma área de cerca de 6,0 m


por 3,5 m ou 21 m² – 15% da área total do pavimento
analisado.

• Nas rodovias de pistas duplas costuma-se analisar as


faixas de tráfego externas.
MÉTODO - IGG
Ocorrência Tipo Defeitos Fator de ponderação (fp)
1 FC-1 FeT 0,2
2 FC-2 J e TB 0,5
3 FC-3 JE e TBE 0,8
4 ALP e ATP 0,9
5 OeP 1,0
6 EX 0,5
7 D 0,3
8 R 0,6
𝒇𝒂
𝒇𝒓 = 𝟏𝟎𝟎 𝑰𝑮𝑰 = 𝒇𝒓 × 𝒇𝒑 𝑰𝑮𝑮 = ෍ 𝑰𝑮𝑰
𝒏
Fa: Frequência absoluta – número de defeitos de cada tipo no trecho
Fr: Frequência relativa / n: número de estações
ÍNDICE DE
IRREGULARIDADE
INTERNACIONAL - IRI

• É o conjunto dos desvios da superfície viária em relação a um plano de referência, desvios estes que afetam a
qualidade do rolamento, drenagem superficial, a dinâmica dos veículos e a ação dinâmica das cargas sobre a
via.

• A irregularidade é um fenômeno que pode ter sua origem congênita – decorrer de imperfeições no processo
construtivo, assim como pode resultar de problemas ocorridos após a construção, como resultado da atuação
do tráfego e do clima, pe.

• A irregularidade influi na interação da superfície da via com os veículos que a utilizam, gerando efeitos sobre os
próprios veículo, sobre os passageiros e o motorista e sobre a carga transportada.

• Os movimentos e esforços indesejáveis produzidos pela irregularidade longitudinal conduzem a uma condição
de rolamento desconfortável, insegura e antieconômica.
ÍNDICE DE
IRREGULARIDADE
INTERNACIONAL - IRI
A irregularidade pode ser levantada com medidas topográficas ou por equipamentos medidores do perfil longitudinal com
ou sem contato, ou ainda indiretamente avaliada por equipamentos do tipo “resposta”, que fornecem um somatório de
desvios do eixo de um veículo em relação à suspensão

• Sistemas de medida direta do perfil: método de nível e mira; Abay Beam do TRRL (Transport Road Research
Laboratory);

• Sistemas de medida indireta do perfil: perfilômetro dinâmico de superfície GMR; perfilógrafo AASHTO; APL
(Analisador do perfil Longitudial - Frânces); perfilômetro Chloe; Merlim do TRL - Inglês;

• Sistema do tipo resposta: Rugosímetro BPR; Bum Integrator; Maysmeter; sistema IPR/USP;

• Sistema de medida de sonda em contato: Perfilômetro laser do TRRL; perfilômetro acústico FELT; perfilômetro K. J.
Law Inc.
ÍNDICE DE
IRREGULARIDADE
INTERNACIONAL - IRI
Levantamento topográfico do perfil longitudinal feito por nível e mira (DNER-ES 173/86). Abay Beam do TRRL
É realizado nas trilhas de roda externa e interna a cada 0,50m
TRRL - Rolling Straight Edge 3 m

Perfilógrafo AASHTO
ÍNDICE DE
IRREGULARIDADE
INTERNACIONAL - IRI Merlin medidor de irregularidade
ÍNDICE DE
IRREGULARIDADE
INTERNACIONAL - IRI
Medidores de irregularidades do tipo-
resposta – BUMP INTEGRATOR /
Integrador IPR/USP

DNER-PRO 182/90 Medição de


irregularidades de superfície de
pavimentos com sistemas
integradores IPR/USP4
ÍNDICE DE
IRREGULARIDADE
INTERNACIONAL - IRI
Equipamentos tipo-resposta são muito utilizados pela sua praticidade.
São sistemas de simples operação e relativamente de baixo custo, com uma
unidade sensora/transmissora que registra os movimentos da carroceria do
veículo em relação ao eixo traseiro, por meio de um sistema sensível a uma
fotocélula, e transmite essas vibrações do movimento a uma unidade de
processamento.
Um registrador mostra a contagem de movimentos verticais em um trecho de
via de determinada extensão (em geral de 80 a 320m)
Os equipamentos tipo-resposta fornecem um valor de QI (quociente de
irregularidade) que numericamente pode ser relacionado com o IRI através
da seguinte expressão

IRI - relação entre os movimentos


acumulados da suspensão do veículo e QI = 13 x IRI
a distância percorrida (m/km) -
definido matematicamente de um
perfil levantado por nível e mira (0,5 -
0,5 m)
ÍNDICE DE
IRREGULARIDADE
INTERNACIONAL - IRI

O DNER especifica o procedimento de


calibração e manutenção dos equipamentos
Maysmeter e do IPR/USP

DNER-PRO 164/94

DNER-PRO 229/94

DNIT 1994a, 1994c


"Os cientistas estudam o mundo como ele é.
Os engenheiros criam um mundo como ele nunca havia sido".
Theodore Von Karman

UM ABRAÇO E ATÉ A PRÓXIMA AULA!

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