Você está na página 1de 2

I - O PAI MODELO TEM RESPEITO PELA AUTONOMIA INDIVIDUAL.

Qual seria sua reação se um de seus filhos viesse até você, exigindo que lhe desse total
liberdade e sua parte justa para financiar sua rebelião?
Era fato que a herança era naturalmente distribuída na morte do chefe da família; mas, ele
podia caso quisesse deixar a administração de seus bens e se aposentar... hoje temos em geral um
modo de distribuição de herança – viúva 50% e o restante dividido entre os filhos... naquele tempo a
herança era dividido apenas entre os filhos, sendo que ao filho mais velho cabia porção dobrada...
A atitude do filho mais novo é inesperada – ele tem pressa em viver a vida, desfrutar de sua
liberdade...
A atitude do pai em simplesmente atender ao pedido é por demais significativa – ele não diz
não, ele não tenta manter o filho em casa contra a vontade dele... Ele não mostra o filho mais velho
como um modelo a ser seguido: Por que você não é como seu irmão mais velho? Que não me dá
trabalho... que estuda de verdade...
Por que não? Por que simplesmente o deixa ir?
a- Tinha que confiar no que ensinou para ele durante a infância e juventude... muitas vezes
citamos Pv 22.6 como um mantra, mas, na verdade o pai que de fato ensinou seu filho ele tem que
confiar que fez se trabalho – os pais não estarão sempre com seus filhos, terão que confiar que
passou o ensino correto
b- Tinha que respeitar a individualidade – sabemos o quão ruim é ser comparado (porque já
o fomos) e quando estamos diante de uma situação de aperto a primeira coisa que fazemos é a
terrível comparação... ou quão difícil é ser chantageado emocionalmente... quando pais e mães se
veem em situação de aperto a velha chantagem emocional surge...

II- O PAI MODELO NÃO VAI ATRAPALHAR AS CONSEQUÊNCIAS.

Aparentemente, ele tinha dinheiro e tinha servos. Ele poderia ter designado um de seus
servos para sombrear o garoto rebelde, carregando vários disfarces, indo aonde quer que fosse,
certificando-se de que não fazia ideia de que estava lá, vigiando-o e relatando o que estava
acontecendo, informando-o. se as coisas correram bem ou se as coisas correram mal.
Ele poderia ter mantido o controle de suas ações, para não desperdiçar a fortuna... Ele
poderia mandado cartas, e-mails, mensagem de zapp – não faça nada que vá se arrepender depois,
cuidado com as más companhias, se não der certo, lembre-se que em casa você tem cama quente e
prato de comida sempre, conte conosco, não passe necessidades...
Muitos pais erram por que estão cercando seus filhos... não permitindo que eles colham as
consequências de seus atos, suas decisões...
Estamos dispostos a deixá-los se afastar de nós, não mais nutridos e controlados por nós,
mas livres para viver em um mundo difícil e mau, desprotegido?

A realidade é que não temos muita escolha. Se não os deixarmos ir, eles vão se rebelar de
qualquer maneira, não são? Quão melhor é tomar a iniciativa e dizer: “Ei, essa é sua vida. Eu fiz o
melhor que posso. Não tem sido tão bom em alguns momentos. Você conhece minhas fraquezas e
meus erros.
Você sabe que eu te amo, e eu sempre amarei. Talvez eu nem sempre tenha lidado com você
corretamente e cometerei meus erros no futuro. Mas eu sou seu pai.
III - O PAI MODELO TEM UM AMOR QUE SE RECUSA A DESISTIR.

A maioria de nós tem um ponto de ruptura. Podemos aguentar tanta bobagem. Somos
pacientes até certo ponto. Temos esperança até certo ponto. Estamos dispostos a ser tolerantes até
certo ponto.

O fato é que nossos filhos têm a liberdade de Deus de seguir seus próprios caminhos e nunca
mais voltar. Não podemos forçá-los a nos mostrar honra.
Mas, nada é mais difícil ou terrível que um pai que desiste, que joga a toalha...E como
ouvimos isso em nossos dias...
Este pai da parábola podia ter dito: é assim que ele quer? É assim que vai ser... nunca mais
quero ver sua cara de novo, seu ingrato, irresponsável... não me chame mais de pai...

Em vez disso, vemos o pai cumprindo fielmente suas responsabilidades contínuas. Ele não
está perseguindo o filho pródigo. Mas ele está diariamente consciente de seu coração partido.
A ideia de que o pai não desistiu está presente no verso 20: Vinha ele ainda longe, quando
seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.
O que nos faz pensar que mesmo dando continuidade à sua vida, ao seu trabalho, seus
afazeres – ele continuava olhando para a estrada na esperança de que seu filho voltasse. Pai modelo
é assim, não desiste, espera sempre, mesmo quando parece que nada vai mudar...

IV. O PAI MODELO É MISERICORDIOSO.

Qual seria sua reação se seu filho fizesse com você o que o pródigo fez com o pai? Quem
sabe o esperássemos na estrada só pra dizer: “Eu te disse!”
O pai na história de Jesus evita uma atitude vingativa. Em vez disso, o amor explode dentro
dele. Ele tem compaixão. Ele corre, abraça o filho e o beija. Quantos filhos queriam ser abraçados e
beijados hoje? Quantos pais que acreditam que demonstração de amor assim vai enfraquecer a
masculinidade de seus filhos...
Mesmo com o discurso preparado pelo filho: “Pai, pequei contra o céu e diante de ti; Já não
sou digno de ser chamado seu filho ”(Lucas 15:18). O pai não demora nem um minuto sobre a
pecaminosidade e indignidade reconhecidas do filho. Ele não está interessado em dizer: "Eu te
disse!" Em vez disso, ele é dominado por uma alegria que flui através de seu sistema. Ele não pode
fazer nada além de se alegrar.

Conclusão
É verdade que teremos algumas alegrias que advêm da amizade esperada com nossos filhos.
Mas a recompensa final será quando o verdadeiro pai modelo, o próprio Deus, nos olhar nos olhos e
disser: “Muito bem, servo bom e fiel. Entre no seu descanso eterno.
Lembre-se de que o modelo é Deus. Você e eu não somos Deus. Nós não somos perfeitos. A
chave é que estou disposto a dizer "desculpe" quando estou errado. A chave é que estou disposto a
apoiar as crianças que Deus me deu quando estão erradas.

Você também pode gostar