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DIREITO TRIBUTÁRIO
OAB. XXII EXAME. 1ª FASE
AULA 3/4: CRÉDITO TRIBUTÁRIO
(SUSPENSÃO, EXCLUSÃO E EXTINÇÃO)
PROF. EDUARDO SABBAG
DOUTOR EM DIREITO TRIBUTÁRIO – PUC/SP
DOUTOR EM LÍNGUA PORTUGUESA – PUC/SP
PROFESSOR DE DIREITO TRIBUTÁRIO (UNIVERSIDADE MACKENZIE/SP)
ADVOGADO TRIBUTARISTA
DIREITO TRIBUTÁRIO
AULA 3/4
SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
DIREITO TRIBUTÁRIO
OAB. 1ª FASE. XXII EXAME
AULA 3/4
AULAS ANTERIORES (PARA CONTROLE):
AULA 1: RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
AULA 2: DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIAS; COBRANÇA JUDICIAL DO TRIBUTO.
UMA PERGUNTA PARA O INÍCIO DO RACIOCÍNIO NA MATÉRIA DE HOJE...
COMO O ESTADO CREDOR COBRA O TRIBUTO?
VAMOS CONHECER A NOSSA
“LINHA DO TEMPO”..
LINHA DO TEMPO
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ESTUDO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CT
(ART. 151, CTN)
“LINHA DO TEMPO”
(relembrar)
O artigo 151 do CTN trata das causas suspensivas da exigibilidade do CT. Exemplos: Parcelamento, discussão
administrativa ou judicial, entre outras adiante explicitadas.
Quando o CT está suspenso, há vantagens de ordem prática para o sujeito passivo da OT:
A suspensão da exigibilidade do CT impede a cobrança judicial do tributo. Portanto, se estou com o parcelamento
em dia, não pode haver inscrição em DA e consequente execução fiscal. O mesmo raciocínio vale para o período
de vigência de uma liminar ou tutela concedidas em uma ação judicial; ou, ainda, para o período de discussão
administrativa pendente de julgamento.
MO Moratória
DE Depósito do montante integral
RE Reclamação e Recursos administrativos
CO Concessão (liminar ou tutela)
PA Parcelamento
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Palavra mnemônica (para memorização):
Art. 151, CTN
As causas suspensivas acima indicam que o CT pode ser suspenso por iniciativa exclusiva do contribuinte (parce-
lamento) ou por iniciativa deste com o devido patrocínio do advogado (concessão de liminar/concessão da tutela).
Da mesma forma, a suspensão do CT pode se dar na órbita administrativa (reclamação e recursos administrati-
vos) ou na esfera judicial (depósito do montante integral).
Para o estudo das causas suspensivas, não seguiremos a ordem normal dos incisos do art. 151 do CTN, em prol
da melhor didática.
(...)
Simularemos, portanto, um cenário prático-profissional, tendo como pano de fundo a aplicação do dispositivo:
CASO PRÁTICO:
Na última semana, foi lavrado um AIIM/ICMS (Auto de Infração e Imposição de Multa), constituindo o CT. Diante
disso, o que o autuado poderá fazer?
É claro que as hipóteses do pagamento (extinção do CT) e do parcelamento (suspensão do CT) são viáveis, a
depender da intenção de quitação do devedor.
Por outro lado, se houver interesse no litígio, a disputa/discussão poderá ocorrer na órbita administrativa e, após,
na esfera judicial; ou, ainda, diretamente na esfera judicial.
A escolha da área judicial, "pulando-se a órbita administrativa", causa a chamada preclusão desta, conforme o
artigo 38, parágrafo único, da LEF (Lei 6.830/80):
“Art. 38. (...) Parágrafo Único - A propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo importa em renúncia
ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso interposto.”
ANÁLISE RECORTADA ("MO-DE-RE-CO-PA“):
A discussão administrativa se faz pelas chamadas "reclamações e recursos administrativos", com fulcro no inciso
III do art. 151 do CTN.
Frise-se que o prazo para a defesa é fatal (30 dias). Uma vez feita a defesa, após certo tempo, ocorrerá o julga-
mento em "primeira instância", o qual tende a ser ratificador do lançamento. Frise-se que o julgamento ocorre em
ambiente reservado (sem sustentação oral ou acesso a advogados) e é feito por fiscais julgadores que não se
confundem com aqueles que autuaram.
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Com o julgamento improcedente, o autuado poderá tentar manter a suspensão do CT interpondo um recurso ad-
ministrativo para os tribunais administrativos (TIT - Tribunal de Impostos e Taxas, em São Paulo, na órbita estadu-
al; CARF - Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, em Brasília, na órbita federal; entre outros).
Tais Tribunais são órgãos colegiados, formados por julgadores/conselheiros, representando o Fisco e o contribuin-
te, sempre com elevado nível técnico. Por fim, se o julgamento for improcedente, ainda, no próprio CARF, poderá
haver o recurso para a Câmara Superior de Recursos Fiscais. Se houver a derrota aqui, a órbita administrativa
estará encerrada.
I) Pagar;
II) Parcelar;
III) Levar a questão ao Poder Judiciário.
Mandado de Segurança com pedido de liminar; Ações ordinárias (declaratória e anulatória); etc. Veja que a ação,
em si, não suspende o CT, mas as tutelas de urgência deferidas no curso dessas ações, principalmente, "initio
litis". Enquanto a tutela viger, o CT estará suspenso, viabilizando a certidão positiva com efeito de negativa (art.
206 do CTN).
O que acontece se a tutela for denegada? Com a denegação da tutela de urgência (liminar/tutela), a gratuida-
de($$$) que prevalecia até agora na busca da suspensão do CT começará a "mudar de figura".
Temos agora a via onerosa do depósito do montante integral. O depósito não significa pagamento. Tanto é verda-
de que, ao término da demanda, sendo o contribuinte depositante vitorioso, ...
haverá o levantamento do depósito. Por outro lado, se o contribuinte depositante perder, haverá a "conversão do
depósito em renda" (art. 156, VI, CTN), extinguindo-se o CT.
Macete:
Depósito Suspende o CT
Conversão do depósito em renda
Extingue o CT
O depósito deve ser integral e em dinheiro (Súmula 112 do STJ), não se confundindo com as modalidades de
garantia no âmbito de uma execução fiscal (arts. 9°e 16 da LEF);
Súmula Vinculante 21: "É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens
para admissibilidade de recurso administrativo".
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Súmula Vinculante 28: "É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de
ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário".
Uma vez conhecidas as particularidades do Depósito do montante integral, restam apenas DUAS situações para
o encerramento do estudo das causas de suspensão da exigibilidade do CT: o Parcelamento e a Moratória (MO
DE RE CO PA).
(...)
O parcelamento é uma sistemática de pagamento fragmentado e, por isso mesmo, não pode ser causa extinti-
va do CT. (...)
Com efeito, se o fosse, seria convidativo pagar a primeira parcela e deixar de pagar o restante...
Enquanto a legislação admitir, quer na órbita administrativa, quer na judicial, será facultado ao contribuinte parce-
lar a dívida.
(...)
A Moratória, por sua vez, é tratada em alguns artigos no CTN, embora o tema seja pouco prático. Isso porque a
Moratória acabou sendo substituída pelo próprio Parcelamento – uma causa suspensiva que entrou no CTN com
a LC 104/2001. Antes dessa data, todos os parcelamentos feitos no Brasil suspendiam o CT pela via da Moratória.
(...)
Entretanto, a Moratória, mesmo reservada ao ambiente teórico, possui detalhes relevantes que constam dos arti-
gos 152 a 155, do CTN. Ali temos que a Moratória é uma dilatação legal do prazo para pagamento de tributo (de-
pendente de lei específica – art. 155-A, caput, CTN). Daí a sua semelhança com o Parcelamento. Ademais, deve
ser concedida pela Pessoa Jurídica competente para criar o tributo (Moratória Autonômica).
• União cria o tributo federal União concede Moratória para tributo federal
• Estados criam o tributo estadual Estados
CAUSAS DE EXCLUSÃO DO CT
Lei específica
(...) Art. 150. § 6º, CF: Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumi-
do, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei especí-
fica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspon-
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dente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993)
Observação: as isenções de ICMS são veiculadas por CONVÊNIOS interestaduais, celebrados no âmbito do
CONFAZ (Conselho de Política Fazendária). Os representantes dos Estados-membros (Secretários de Fazenda)
reúnem-se no Conselho para a deliberação acerca desse benefício no tocante ao ICMS. Em tese, tais convênios
precisariam ser ratificados por decreto legislativo, mas não é o que ocorre.
IV) Se atingem o ato de pagar, significa dizer que a isenção e a anistia afetam a OT principal, permanecendo inal-
teradas as OTs acessórias (art. 175, parágrafo único, CTN).
Exemplo: Transporte de mercadoria isenta de ICMS: sem pagamento do ICMS, mas devendo estar acompanhada
de Nota Fiscal (OT acessória). Veja que a máxima "o acessório segue o principal" não se aplica aqui.
Note que, na isenção/anistia, acaba se realizando o FG, fazendo-se surgir a OT, despontando-se o sujeito passi-
vo, entretanto, não se vê constituído o crédito tributário pelo lançamento.
Portanto, a isenção e a anistia são causas obstativas ou inibitórias do lançamento (visão do STF).
ESTUDO DA ISENÇÃO:
Conceito: a isenção é o instituto desonerativo de tributo por questões sociopolíticas. Exemplo: isenção de ICMS
para medicamentos; isenção de IR para aqueles que detêm enfermidades graves, etc.
Na concepção adotada pelo STF e pela corrente doutrinária clássica – a isenção, sendo concebida como uma
dispensa legal do tributo, hábil a inibir o lançamento –, haveria o FG, a OT, a sujeição passiva etc., só não ocor-
rendo o plano da exigibilidade do lançamento.
Não confunda Isenção com Imunidade: esta consta da CF, enquanto a Isenção está na lei. A Imunidade é justifi-
cada por elevados valores (liberdade religiosa, liberdade política, liberdade de expressão etc), enquanto a isenção
prende-se a valores de menor densidade axiológica.
“A norma constitucional de exoneração tributária, que, justificada no conjunto de caros valores proclamados na
Carta Magna, inibe negativamente a atribuição de competência impositiva e credita ao beneficiário o direito públi-
co subjetivo de ‘não incomodação’ perante o ente tributante”. (SABBAG, Eduardo de Moraes. Manual de Direito
Tributário. 8. ed., São Paulo: Saraiva, 2016, p. 298)
Art. 195. § 7º, CF - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência
social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Art. 184. § 5º, CF - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de
imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
ARTIGO:
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ANÁLISE: salvo disposição em contrário, a isenção NÃO é extensiva a duas situações. Note-as: (...)
(...)
- Taxas e contribuições de melhoria (Motivo: são tributos contraprestacionais ou bilaterais, e a isenção não se
coaduna com tal característica);
- Tributos cuja competência tributária não tenha ainda sido exercida ( Motivo: o poder de isentar é correlato ao
poder de criar. Exemplo: uma isenção de imposto s. grandes fortunas).
ARTIGO:
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revo-
gada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104.
ANÁLISE: o dispositivo, bastante cobrado em provas, versa sobre a revogação das isenções. Todavia, há um tipo
de isenção IRREVOGÁVEL
(isenção temporal + condicional), uma vez geradora de direito adquirido (ler, acerca do tema, a vetusta Súmula
544, STF).
ESTUDO DA ANISTIA:
Conceito: a anistia é o instituto desonerativo de multa, portanto, visa retirar o rótulo de "impontual" do infrator.
Lembre-se de que anistia não é para tributo. Será impropriedade afirmar que "o IPTU foi anistiado".
(...) Quanto à anistia, há um aspecto importante no plano da vigência da lei anistiadora. É que a lei de anistia,
devendo afastar uma penalidade, só poderá conter vigência retrospectiva, alcançando situações que lhe são pre-
téritas. Assim, não pode haver uma lei de anistia para alcançar o futuro.
ARTIGO:
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede,
não se aplicando:
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam
praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou
jurídicas.
ANÁLISE: o dispositivo, em total consonância com as ciências penais, demonstra que o Direito Tributário não
pode “afagar”, se aquelas se propõem a “perseguir”. Com efeito, a infração qualificada como crime, como contra-
venção ou cometida com dolo, fraude ou simulação NÃO poderá ser abrangida pelos efeitos benéficos da lei anis-
tiadora. O mesmo raciocínio se estende ao conluio ou à infração resultante de conluio, exceto se houver lei dis-
pondo de modo contrário.
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ESTUDO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
CAUSAS DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Causas de Extinção do CT
(Artigo 156, CTN) – 11 INCISOS
A EXTINÇÃO DO CT NO CTN
(Legenda: CaEx1 a CaEx11)
(ESTUDAMOS NA AULA 2)
O depósito ocorrido na órbita judicial, no âmbito de uma ação, poderá, ao término da lide, ser convertido em renda
do Fisco ("contribuinte perdendo").
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais pos-
sa ser objeto de ação anulatória (...)".
Trata-se de uma decisão favorável ao contribuinte, e não contrária a ele. De fato, se a decisão ali for contrária ao
contribuinte, este poderá levá-la para a órbita judicial. Veja que o Fisco, diante de uma decisão administrativa fa-
vorável ao contribuinte, de cuja elaboração ele efetivamente participou, não poderá tentar rever o que ele próprio
chancelou.
Veja que tal decisão é extintiva mesmo, independentemente de sua natureza, se favorável ao contribuinte, ou
contrária a ele.
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º
e 4º (...)".
Veja que, nos tributos lançados por homologação (ICMS, IR, ISS, PIS, COFINS e tantos outros), não é o paga-
mento que extingue o CT, mas a homologação do procedimento, sob pena de se admitir, por absurdo, que o pa-
gamento parcial promoveria a extinção do CT.
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Art. 156. "Extinguem o crédito tributário: (...)
Art. 164, CTN. "A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos
casos: (...)
IV – remissão (...)".
A remissão é um benefício fiscal que não se confunde com a isenção/anistia. Sabemos que essas duas são cau-
sas inibitórias de lançamento, excludentes do CT, conforme se estudou nesta aula. (...)
A remissão, por sua vez, sendo causa extintiva do CT, deve ocorrer após o lançamento, pressupondo uma notifi-
cação/auto de infração.
A remissão é um instituto jurídico que significa perdão, vale dizer, perdão do tributo/multa lançados. (...)
Exemplo: João recebe notificação de IPTU. Sobrevém uma lei que afasta o tributo/multa. Qual é a natureza dessa
desoneração?
A remissão indica que o Fisco, perdoando, irá remitir, sempre por meio de lei específica (art. 172 do CTN c/c art.
150, §6º, da CF).
A transação é um instituto jurídico previsto no art. 171 do CTN, com o conceito naturalmente oriundo do Direito
Civil.
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Art. 171."A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária
celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e consequente extinção
de crédito tributário.
Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso".
(...)
O civilista vê a transação como um acordo que se celebra mediante concessões recíprocas, pondo-se fim ao lití-
gio, ou seja, o Fisco cede, e o contribuinte também. Um bom exemplo está na legislação que prevê descontos (na
multa, geralmente) para casos de pagamento à vista. Tais descontos variam e representam uma espécie de tran-
sação legalmente prevista.
II - a compensação”.
A compensação é mais um instituto do Direito Civil apropriado pelo Direito Tributário (art. 170, CTN). O conceito é
o mesmo de sempre: instituto que permite um encontro de contas, reunindo-se na mesma pessoa as condições de
credor e devedor. (...)
O contribuinte, se pagar algo a maior ou indevidamente, passará a ser credor do Fisco. Sendo credor, terá direito
à restituição do indébito (a ser feita por meio de pedido administrativo ou judicial). Por outro lado, se ele, credor,
também for devedor, a lei poderá autorizar o tal encontro de contas, por meio da chamada "compensação de tribu-
tos". (...)
O procedimento pode ser pleiteado na órbita administrativa (por exemplo, por meio do PERDCOMP, na órbita
federal) ou por meio de ações judiciais pertinentes, com o balizamento de duas Súmulas do STJ:
Súmula nº 212: "A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida
liminar cautelar ou antecipatória".
Súmula nº 213: "O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação
tributária".
CaEex11) Pagamento - inciso I:
I - o pagamento (...)".
Neste ponto, afeto ao PAGAMENTO, o estudo de alguns artigos do CTN se faz necessário, com destaque para
alguns deles:
Pela leitura do artigo 158, percebe-se que não se admite presunção de pagamento no Direito Tributário.
Art. 160. “Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta
dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento.
Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições
que estabeleça”.
(...)
O prazo geral para pagamento é 30 dias, desde que a legislação tributária não disponha em contrário, podendo,
inclusive, ser menor.
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Art. 163. “Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma
pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pe-
cuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a res-
pectiva imputação, obedecidas as...
I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade
tributária;
II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos; (...)
III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;
IV - na ordem decrescente dos montantes”.
Comentários:
Inciso II: A lógica é que as Contribuições de Melhoria e as Taxas antecedam o imposto na ordem de imputação,
uma vez que são ...
tributos bilaterais (o Estado já realizou esforço, justamente por isso espera mais emergencialmente o retorno fi-
nanceiro). O imposto, entretanto, é um tributo unilateral.
Inciso III e IV: Memorize, de acordo com tais incisos, a ordem decrescente de montante e a crescente de prescri-
ção.
Muito obrigado!
#EstudeMais #EstudeSempre
Prof. Sabbag
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