Você está na página 1de 3

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO DE ENSINO OCTÁVIO BASTOS

CURSO DE DIREITO

2º MÓDULO A

Felipe Teixeira Pastre 20001805


Helena Coracini Mendes 20001726
Isamara Fernandes de Moraes 20001804
Nathália Torres Elias Delcaro 20001862

TEORIA GERAL DO PROCESSO

SUJEITOS DO PROCESSO: OFICIAL DE JUSTIÇA

SÃO JOÃO DA BOA VISTA – SP

2021
RESUMO

Este trabalho ocupou-se em realizar uma pesquisa sobre a importância da profissão do Oficial
de Justiça para o Direito brasileiro. Assim, foram analisados seus principais aspectos
históricos, bem como seu conceito, importância e disciplina legal.
Palavras-chave: Oficial de Justiça. Direito Processual Penal.

1. ASPECTOS HISTÓRICOS NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO

Observando-se a história da profissão do Oficial de Justiça no Direito brasileiro, constata-


se que foram várias as legislações que modificaram os procedimentos criminais e, por
conseguinte, alteraram a atuação deste profissional. Nesse sentido, antes do Código de
Processo Penal de 1941, estava em vigor o Código de Processo Criminal de 1832, no qual as
figuras do juiz e do policial se equivaliam. Ademais, os delegados eram magistrados que
exerciam a persecução criminal. Igualmente, os oficiais de justiça como auxiliares destes,
também eram responsáveis por tal competência. Isto é, combatiam o crime e exerciam a
atividade judicante. Desse modo, cumpre destacar que após a separação da atividade judicial
da policial, pelas legislações seguintes, juntamente com o fortalecimento da atuação do
Ministério Público (como titular da ação penal), bem como com a criação dos órgãos policiais
(civis e militares), cujas atribuições estão consagradas na Constituição Federal de 1988, aos
poucos, os juízes e os oficiais de justiça foram posicionados mais à atividade jurisdicional do
que à atividade policial, consolidando-se, assim, o princípio processual da imparcialidade do
magistrado e de seus auxiliares (CARMO, 2015).

2. CONCEITO E IMPORTÂNCIA PARA O DIREITO BRASILEIRO

O Oficial de Justiça pertence ao esquema fixo da Justiça, ou seja, ele é um auxiliar


permanente desta, e tem os seus deveres instituídos em lei. Ademais ele é hierarquicamente
subordinado ao juiz e passível de responsabilidade por danos eventualmente causados às
partes, no exercício de suas funções. Além disso, o Oficial de Justiça goza de fé pública e sua
atividade é de suma importância para a garantia da ampla defesa e do contraditório das partes
acusadas de terem a autoria delitiva. Isto é, sem a citação válida, não há a materialização do
processo. Nesse sentido, para que o réu tenha plena ciência de que contra ele foi imputado um
crime, deverá ser citado pessoalmente, exceto quando a lei dispuser o contrário. Portanto,
cumpre ressaltar que somente o juiz e as partes (autor e réu), não são suficientes para o
desenvolvimento do processo, pois a participação do Oficial de Justiça na realização dos atos
processuais (citações, intimações, penhoras, remoções, avaliações e outras diligências
determinadas pelo juiz) é indispensável. (ALVIM, 2017).

3. DISCIPLINA LEGAL

A profissão do Oficial de Justiça está prevista no Art. 149 do Código de Processo Civil, de
2015. Ademais, a sua importância está consagrada nos artigos 150 e 151 do mesmo Código, e
dispõem a respeito da quantidade de profissionais necessários a cada subseção judiciária.
Além disso, suas funções exclusivas estão dispostas no Art. 154 do CPC. São elas: citações,
intimações, penhoras e outros atos constritivos sobre bens ou pessoas, certificando o ocorrido,
além de realizar certas avaliações e "auxiliar o juiz na manutenção da ordem”.
Por fim, a Resolução nº 48 do CNJ, que exige a conclusão de curso superior como
requisito para ingresso no cargo de Oficial de Justiça, foi revogada em 2010. Assim, ficou
estabelecido o critério determinado nas legislações estaduais quanto à escolaridade para o
ingresso no cargo de oficial de justiça, seja ele de nível médio ou superior, com base nas
necessidades orçamentárias ou de recursos humanos especificas de cada tribunal. Igualmente,
o Oficial de Justiça tem papel indispensável em sessões do Tribunal do Júri, conforme
disposto no Código de Processo Penal: Artigo 463, onde este é o responsável por fazer o
pregão; Artigo 466, § 2°, onde este é responsável por certificar a incomunicabilidade durante
a sessão; Artigos 485 e 487, como parte integrante do processo de votação.

BIBLIOGRAFIA

ALVIM, J. E. Carreira. Teoria Geral do Processo. 2017. Rio de Janeiro: Forense. BRASIL.
CARMO, Jonathan Porto Galdino. A história dos oficiais de justiça no Direito Processual
Penal Brasileiro. 2015.
DINAMARCO, Cândido Rangel; LOPES, Bruno Vasconcelos Carrilho. Teoria geral do novo
processo civil. 3.ed. São Paulo: Malheiros, 2018.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Lei nº 13.105/15. Brasília, 2015. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm>

Você também pode gostar