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Direitos da Personalidade – Bens e Negócios Jurídicos

Felipe Teixeira Pastre. RA20001805. Direito. Noturno A

FICHAMENTO: BENS ACESSÓRIOS

Conforme art. 92 do Código Civil de 2002, bem jurídico acessório é aquele onde
a sua existência supõe a do principal. São eles:

a) os frutos (são utilidades que a coisa principal periodicamente produz, cuja


percepção não diminui a sua substância, como o bezerro, os juros, o aluguel, etc.) Todavia,
se esta percepção causar a destruição total ou parcial da coisa principal, então não há de se
fala, em frutos. Podem ser classificados quanto à sua natureza em: a) naturais: quando são
gerados pelo bem principal sem necessidade da intervenção humana direta, como soja ou
crias de um rebanho; b) industriais: gerados pela atividade humana; c) civis quando gera
uma renda, como juros. Quanto à ligação com a coisa principal podem ser: a) colhidos ou
percebidos; b) pendentes: c) percipiendos, aqueles frutos que deveriam ser colhidos, mas
não forma; d) estantes estocados para a venda; e) consumidos.

b) os produtos (são utilidades que a coisa principal produz, cuja percepção ou


extração diminui a sua substância, como pedras e metais que se extraem das minas e das
pedreiras. Cumpre salientar, que a alterabilidade da substância principal é o ponto distintivo
entre os frutos e os produtos. Vale referir que o Novo Código Civil, dando ênfase à
permutabilidade e economicidade dos frutos e produtos, admite que sejam os mesmos
objeto de negócio jurídico, mesmo que ainda não destacados da coisa principal (art. 95).

c) os rendimentos (também chamados de frutos civis, são os rendimentos


extraídos da utilização da coisa frugífera por outrem que não o proprietário, como as rendas,
aluguéis, foros e juros).

d) as pertenças (Segundo o Novo Código Civil, art. 93: “São pertenças os bens
que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao
serviço ou ao aformoseamento de outro”. E tem como características: um vínculo, material
ou ideal, mas sempre intencional estabelecido por quem faz uso da coisa e o fim em virtude
do qual a põe a serviço da coisa principal; um destino não transitório da coisa principal; uma
destinação de fato e concreta da pertença colocada a serviço do bem principal.

e) as benfeitorias (Pode-se definir a benfeitoria como sendo a obra realizada


pelo homem, na estrutura da coisa principal, com o propósito de conservá-la, melhorá-la ou
embelezá-la. Consideram-se necessárias as benfeitorias realizadas para evitar um estrago
iminente ou a deterioração da coisa principal, como reparos realizados em uma viga. Note-
se que toda benfeitoria é artificial, fruto de uma atividade humana, razão por que não se
confunde com os acessórios naturais do solo (art. 97 do CC/2002). Em suma, interessa
sublinhar a importância da matéria, não só no campo dos direitos reais, mas também no
Direito das Obrigações. O possuidor de boa-fé tem direito de ser indenizado pelas
benfeitorias necessárias e úteis, valendo-se inclusive do direito de retenção, facultando-lhe
ainda levantar as voluptuárias, se puder fazê-lo sem prejuízo da coisa principal. Estando de
má-fé, assiste-lhe apenas direito de ser indenizado pelas benfeitorias necessárias (arts.
1.219 e 1.220 do CC/2002).

f) as partes integrantes (entende-se por partes integrantes os bens que, unidos


a um principal, formam com ele um todo, sendo desprovidos de existência material própria,
embora mantenham sua identidade. É o caso, por exemplo, de uma lâmpada em relação a
um lustre, pois, mesmo admitindo-se a sua identidade autônoma, carece a lâmpada de
qualquer utilidade individual).

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