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DIREITO CIVIL

Bens

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO CIVIL
Bens

Sumário
Dicler Ferreira

Bens.................................................................................................................................................... 3
1. Considerações Iniciais. . ............................................................................................................... 3
2. Bens Considerados em Si Mesmos.......................................................................................... 4
2.1. Bens Imóveis X Bens Móveis.................................................................................................. 5
2.2. Bens Fungíveis X Bens Infungíveis..................................................................................... 10
2.3. Bens Consumíveis X Bens Inconsumíveis.......................................................................... 11
2.4. Bens Divisíveis X Bens Indivisíveis.. ....................................................................................12
2.4. Bens Singulares X Bens Coletivos.......................................................................................13
3. Bens Reciprocamente Considerados. . ....................................................................................15
3.1. Bens Principais X Bens Acessórios.. .....................................................................................15
4. Bens Públicos............................................................................................................................. 18
4.1. Características dos Bens Públicos.......................................................................................21
4.2. Terras Devolutas.................................................................................................................... 24
5. Bens Dentro e Fora do Comércio............................................................................................ 24
Resumo............................................................................................................................................. 26
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 29
Questões de Concursos................................................................................................................ 32
Gabarito............................................................................................................................................ 50
Gabarito comentado. . .....................................................................................................................51

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Bens
Dicler Ferreira

BENS
1. Considerações Iniciais
Já estudamos quem pode ser sujeito de direito em uma relação jurídica. Chegou a vez de
saber o que pode ser objeto em uma relação jurídica.

É tudo o que se pode submeter ao


Objeto da relação poder dos sujeitos de direito, como
jurídica instrumento de realização de suas
finalidades jurídicas.

Resumidamente, os bens (objeto dos direitos reais) e também as ações humanas denomi-
nadas prestações podem figurar como objeto de uma relação jurídica.
Dessa forma, bens são valores materiais (corpóreos) ou imateriais (incorpóreos) que têm
valor econômico e que podem servir de objeto a uma relação jurídica.
Para que o bem seja objeto de uma relação jurídica é preciso que ele apresente os seguin-
tes caracteres:
• idoneidade para satisfazer um interesse econômico;
• gestão econômica autônoma; e
• subordinação jurídica ao seu titular.

Coisas e bens são conceitos que não se confundem, embora a coisa represente espécie
da qual o bem é o gênero. A honra, a liberdade, a vida, entre outros, representam bens sem, no
entanto, serem consideradas coisas.

BEM

É aqui que se enquadra a


CORPÓREO
coisa.

INCORPÓREO

Bens, portanto, são coisas materiais, concretas, úteis aos homens e de expressão econô-
mica, suscetíveis de apropriação, bem como as de existência imaterial economicamente apre-
ciáveis (direitos autorais, de invenção etc.).
Faz-se interessante vermos alguns conceitos:

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• Res nullius: as coisas sem dono, que nunca foram apropriadas, como a caça solta, os
peixes, e, por isso, podem ser, pois se acham à disposição de quem as encontrar ou
apanhar, embora essa apropriação possa ser regulamentada para fins de proteção am-
biental.
• Res derelicta: coisa móvel abandonada, que o seu titular lançou fora, com a intenção de
não mais tê-la para si. Nesse caso, pode ser apropriada por qualquer outra pessoa.

Então tome cuidado, pois é comum as bancas tentarem confundir o candidato com esses
conceitos.
O Código Civil de 2002, no Livro II da Parte Geral, em título único, disciplina os bens em três
capítulos diferentes:
I – Dos bens considerados em si mesmos (arts. 79 a 91 do CC);
II – Dos bens reciprocamente considerados (arts. 92 a 97 do CC); e
III – Dos bens públicos (arts. 98 a 103 do CC).
O primeiro classifica os bens por si mesmos, não os comparando ou ligando com nenhum
outro. É o caso dos bens móveis e imóveis, fungíveis e infungíveis, divisíveis e indivisíveis, den-
tre outros. Já o segundo classifica os bens de forma recíproca fazendo uma comparação entre
dois bens (principais e acessórios). Por último, temos a conhecida classificação dos bens pú-
blicos, comumente estudada em Direito Administrativo.
Veja a tabela a seguir:

Bens Considerados em Si Bens Reciprocamente


Mesmos Considerados
- móveis e imóveis;
- fungíveis e infungíveis;
- consumíveis e inconsumíveis; - principais e acessórios.
- divisíveis e indivisíveis; e
- singulares e coletivos.

Não há uma comparação com outro Há uma comparação com outro


bem. bem.

2. Bens Considerados em Si Mesmos


A primeira classificação dos bens em si mesmos é a que divide os bens em móveis e imó-
veis. Creio ser a mais cobrada em provas de concursos.
Dentre os efeitos práticos dessa distinção, que denotam a sua importância, podem ser
mencionados:
• os bens móveis são adquiridos, em regra, por simples tradição, enquanto os imóveis
dependem de escritura pública e registro no Cartório de Registro de Imóveis;

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• a propriedade imóvel pode ser adquirida também pela acessão, pela usucapião e pelo
direito hereditário, e a mobiliária, pela usucapião, ocupação, achado de tesouro, espe-
cificação, confusão, comistão e adjunção.

O assunto é estudado de forma mais detalhada na aula sobre posse e propriedade.

2.1. Bens Imóveis X Bens Móveis


Bem imóvel é tudo que se incorpora naturalmente (acessão natural) ou artificialmente
(acessão artificial) ao solo. Ou seja, são os bens que não podem ser transportados sem des-
truição ou diminuição de valor de um lugar para outro.
A doutrina classificado o bem imóvel da seguinte forma:

Por natureza o solo

Natural
Bem Imóvel
Por acessão

Artificial
Por determinação
legal

• Bens imóveis por natureza: preliminarmente, consideram-se bens imóveis por natureza
o solo e seus acessórios e adjacências, ou seja, tudo aquilo que adere ao solo natural-
mente, a exemplo das árvores, frutos e subsolo. Alguns autores entendem que deveria
ser bem imóvel por natureza somente o solo; acessórios e adjacências deveriam ser
chamados bens imóveis por acessão natural.

Art. 79 do CC – São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
• Bens imóveis por acessão natural: incluem -se nessa categoria as árvores e os frutos
pendentes, bem como todos os acessórios e adjacências naturais. Compreende as pe-
dras, as fontes e os cursos de água, superficiais ou subterrâneos, que corram natural-
mente.
• Bens imóveis por acessão industrial (artificial): é definido como tudo aquilo que resulta
do trabalho do homem, tornando-se permanentemente incorporado ao solo. Tem como
exemplo as construções e as plantações.
• Bens imóveis por determinação legal: são determinados bens que somente são imóveis
porque o legislador resolveu enquadrá-los como tal, para que se possibilite, em regra,
maior segurança jurídica nas relações que os envolvam. Podemos citar o direito à su-

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cessão aberta, ainda que o acervo hereditário seja composto única e exclusivamente de
bens móveis (ex.: cinco carros); os direitos reais sobre imóveis e as ações que o asse-
guram; as apólices da dívida pública, quando oneradas com cláusula de inalienabilidade.

Art. 80 do CC – Consideram-se imóveis para os efeitos legais:


I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – o direito à sucessão aberta.

001. (CEBRASPE/SEFAZ-AL/AUDITOR FISCAL/2020) O direito à sucessão aberta é consi-


derado, para os efeitos legais, bem imóvel, ainda que os bens deixados pela pessoa falecida
sejam todos móveis.

Segundo o art. 80, II, do CC, o direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel por deter-
minação legal. Sendo assim, uma herança composta por cinco carros, enquanto não houver a
partilha, é considerada bem imóvel.
Certo.

002. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/GUARDA MUNICIPAL/2019) Gilberto, divorcia-


do, pai de três filhos, faleceu aos 81 anos, deixando três imóveis e dois veículos.
Segundo o Código Civil,
a) apenas os imóveis, individualmente considerados, são bens imóveis, diferentemente da to-
talidade do patrimônio do falecido.
b) todos os bens do patrimônio do falecido, inclusive os imóveis, são considerados bens
fungíveis.
c) não se considera o patrimônio total do falecido uma universalidade de direitos dotada de
valor econômico.
d) o direito à sucessão aberta, atribuído aos herdeiros de Gilberto em relação à universalidade
de patrimônio deste, é considerado bem imóvel.
e) não se pode dizer que os imóveis, considerados em si, são bens singulares.

Segundo o art. 80, II, do CC, o direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel por deter-
minação legal. Sendo assim, independentemente dos bens que compõem a herança, enquanto
não houver a partilha, eles serão considerados bem imóvel.
Letra d.

Para que nossa aula fique completa, devo mencionar os bens imóveis por acessão
intelectual.

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• Bens imóveis por acessão intelectual (por destinação do proprietário): a doutrina con-
sidera bem imóvel por acessão intelectual aqueles bens móveis que aderem a um bem
imóvel pela vontade do dono, para dar maior utilidade ao imóvel ou até mesmo para o
seu embelezamento, aformoseamento, a exemplo de um trator comprado para melhor
utilização em uma fazenda, pois, enquanto o trator estiver a serviço da fazenda, será
considerado como bem imóvel por acessão intelectual. São aqueles bens móveis incor-
porados ao bem imóvel pela vontade do dono. Assim como o proprietário imobilizou o
bem móvel, ele poderá, consequentemente, mobilizá-lo novamente quando não for utili-
zá-lo mais para aquilo a que se destinava.

A doutrina moderna entende que, a partir do Código Civil de 2002, essa classificação
não mais existe, pois tais bens agora são chamados de pertenças, classificação que
não existia anteriormente. Entretanto, fique atento, pois ainda é comum aparecer a
classificação bens imóveis por acessão intelectual em provas de concursos

O art. 81 do CC considera a finalidade e a destinação dos bens em sua classificação. Assim,


o que se tira de um prédio para novamente nele incorporar pertencerá ao imóvel e será imóvel.

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:


I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para
outro local;
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

Perceba que o inciso I trata de uma hipótese em que as pessoas mudam de cidade ou de
bairro e transportam a casa pré-fabricada para fixarem residência na nova localidade.

A casa
continua
sendo bem
IMÓVEL

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Por natureza o solo

Natural
tudo que incorporar
Por acessão
ao solo
Artificial

direitos reais sobre imóveis e ações que


Por os asseguram
Bem Imóvel determinação
legal direito à sucessão aberta

as edificações que, separadas do


forem removidas para
solo, mas conservando a sua
outro local
unidade

os materiais provisoriamente para nele se


separados de um prédio reempregarem

Sobre o inciso II, podemos exemplificar as telhas retiradas do telhado para conserto da
base de madeira que estava com cupim. Como as telhas serão reempregadas, elas conservam
a qualidade de bens imóveis.
Ampliando o esquema gráfico reproduzido anteriormente, temos o seguinte:
Sobre os bens móveis, segundo o art. 82 do CC, podemos considerar aqueles suscetíveis
de movimento próprio (semoventes), ou de remoção por força alheia, sem alteração da subs-
tância ou da destinação econômico-social.

Art. 82 do CC – São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força
alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.

Entretanto, ainda existem outras classificações a respeito dos bens móveis no CC. Vejamos:

móveis
Por natureza semoventes e propriamente
ditos

energias com valor econômico

Para os efeitos direitos reais sobre objetos móveis e as


Bem Móvel legais ações correspondentes
direitos pessoais de caráter patrimonial e
respectivas ações

Por antecipação árvores para corte

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Vamos tratar de cada uma dessas classificações:


• Bens móveis por natureza: são bens móveis por natureza não só aqueles que têm movi-
mento próprio (ex.: gado), como também aqueles que não têm movimento próprio (ex.:
uma caneta). Subdividem-se em bens móveis propriamente ditos (aqueles que não têm
movimento próprio) e bens semoventes (aqueles que têm movimento próprio).
• Bens móveis por determinação legal: são alguns bens imateriais que a lei considera
móveis por determinação legal, e consequentemente, aplicando as disposições sobre
bens móveis nas relações que os envolvam. São eles: as energias com valor econômico
(ex.: energia elétrica), os direitos reais sobre objetos móveis e respectivas ações (ex.:
propriedade, usufruto, etc.) e os direitos pessoais de caráter patrimonial (ex.: os direitos
do autor).

Veja o art. 83 do CC:

Art. 83 do CC – Consideram-se móveis para os efeitos legais:


I – as energias que tenham valor econômico;
II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

003. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/GUARDA MUNICIPAL/2019) A concessioná-


ria WYZ instalou algumas torres em imóvel concedido pelo Estado, as quais têm utilidade de
transmitir energia para as residências de determinado bairro.
A energia transmitida, segundo o que dispõe o Código Civil, é considerada
a) bem móvel.
b) bem dominical.
c) bem acessório às torres.
d) bem público de uso comum.
e) bem imóvel.

Segundo o art. 83, I, do CC, as energias que tenham valor econômico (ex.: energia elétrica) se-
rão consideradas bens móveis.
Letra a.

• Bens móveis por antecipação: aqueles bens imóveis que têm uma finalidade última
como móvel. Assim, mesmo temporariamente imóveis não perdem o caráter de bem
móvel, em razão de sua finalidade, a exemplo das árvores plantadas para corte.

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Sobre os navios e aeronaves, apesar de poderem ser dados em hipoteca


(instituto jurídico característico de bens imóveis), eles não perdem a
característica de bens móveis.

Sobre os bens móveis ainda temos o art. 84 do CC:

Art. 84 do CC – Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados,


conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de
algum prédio.

Ou seja, se eu compro um conjunto de telhas em uma loja de construção, enquanto eu não


empregar as telhas na obra elas serão consideradas bens móveis, porém, após o emprego,
serão consideradas bens imóveis por acessão industrial ou artificial. Caso ocorra a demolição
da casa a telha novamente será considerada bem móvel.

2.2. Bens Fungíveis X Bens Infungíveis


O art. 85 do CC distingue a classificação dos bens móveis em dois tipos:

Art. 85 do CC – São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade.
• bens fungíveis: são aqueles bens móveis que podem ser substituídos por outros da
mesma espécie, natureza e qualidade. Ex.: 1 kg de arroz.
• bens infungíveis: são os que possuem características especiais que os tornam distintos
de outros da mesma espécie e qualidade, não permitindo, dessa forma, a sua substitui-
ção. Ex.: a chuteira do Pelé utilizada na final da copa de 1970.

Espécie

Bem Fungível  pode ser substituído por outro de igual Qualidade

Quantidade

Ressalta-se que, excepcionalmente, bens imóveis podem ser considerados bens fungíveis,
a exemplo de várias pessoas proprietárias, em condomínio, de um conjunto de lotes ainda não
divididos, ocasião em que cada um é proprietário de um número determinado de lotes, fungí-
veis, posto que ainda não identificados os seus proprietários.

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BENS FUNGÍVEIS  podem ser substituídos.


BENS INFUNGÍVEIS  não podem ser substituídos (são únicos).

2.3. Bens Consumíveis X Bens Inconsumíveis


O art. 86 do CC, trata do bem consumível.

Art. 86 do CC – São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria
substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.

Ou seja, os bens que podem ser usados várias vezes são inconsumíveis e os que podem
ser usados apenas uma vez são consumíveis. Destaca-se o bem destinado à alienação que
é consumível de direito, ou seja, o vendedor não pode vender um bem para duas pessoas sob
pena de estelionato (art. 171 do CP). Conclui-se que o bem destinado à alienação só pode ser
vendido uma vez e, por isso, é considerado consumível.

BEM BEM DESTRUIÇÃO IMEDIATA COM


= +
CONSUMÍVEL MÓVEL O USO

só podem ser usados


Consumíveis de Fato
uma vez

Consumíveis de destinados à
Bens
Direito alienação

podem ser usados


Inconsumíveis
várias vezes

A infungilibilidade e a inconsuntibilidade do bem podem decorrer também da vontade das


partes, a exemplo de bens emprestados para ornamentação e posterior devolução, a que a
doutrina dá o nome de comodatum ad pompam vel ostentationem. Como exemplo de infungi-
bilidade e inconsuntibilidade decorrente da vontade das partes temos o empréstimo de frutas
ou garrafas de bebida para a ornamentação de uma festa com posterior devolução das frutas
ou garrafas emprestadas. Na hipótese em questão, as frutas ou as bebidas não poderão ser
trocadas (infungibilidade) e nem consumidas (inconsuntibilidade).

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COMODATUM AD o bem se torna infungível e


POMPAM VEL inconsumível em decorrência da
OSTENTATIONEM vontade das partes.

2.4. Bens Divisíveis X Bens Indivisíveis


Os arts. 87 e 88 do CC classificam os bens em divisíveis e indivisíveis. Interpretando o art.
87 do CC, são divisíveis as coisas que podem ser partidas em porções distintas, formando,
cada porção, um todo perfeito. Assim, o bem é divisível quando cada porção continua com as
características do todo.

Art. 87 do CC – Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância,
diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.

Nos termos do art. 88 do CC, a indivisibilidade pode resultar da natureza, da lei e da vonta-
de das partes:

Art. 88 do CC – Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da


lei ou por vontade das partes.
• Bem indivisível por natureza (indivisibilidade física ou material): é aquele que, se for
dividido, perde a característica do todo, a exemplo de um animal.
• Bem indivisível por lei (indivisibilidade jurídica ou legal): existem alguns bens que por
natureza talvez fossem considerados divisíveis, entretanto a lei os torna indivisíveis.

Como exemplo, podemos citar o Estatuto da Terra que, nos casos de área rural, exige que
os terrenos rurais tenham, no mínimo, três alqueires. Assim, numa área rural, o terreno de três
alqueires torna-se indivisível para evitar que se tenham partes de terra muito pequenas.
• Bem indivisível por vontade das partes (indivisibilidade convencional): há a possibilida-
de, nos casos de condomínio, das partes convencionarem a indivisibilidade do bem por
prazo não maior que cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.

Art. 1.320, § 1º do CC. Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo
não maior de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.

Veja o gráfico a seguir:

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Por Natureza ex.: um animal

Indivisibilidade Por Lei ex.: lote mínimo

convencional vontade das partes

2.4. Bens Singulares X Bens Coletivos


Os artigos 89, 90 e 91 do CC atribuem características aos bens singulares e coletivos.

Art. 89 do CC – São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independen-
temente dos demais.
Art. 90 do CC – Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à
mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas
próprias.
Art. 91 do CC – Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pes-
soa, dotadas de valor econômico.

Os bens singulares são considerados na sua individualidade, como é o caso de um livro.


Entretanto, quando o livro é observado no conjunto de uma biblioteca, agregado a outros, então
temos uma universalidade (bem plural).
As universalidades são bens coletivos e se dividem em dois tipos: universalidade de fato
(ex.: biblioteca) ou universalidade de direito (ex.: herança).

Universalidade de pluralidade de pertinentes à com destinação


Fato bens singulares mesma pessoa unitária

complexo de
Universalidade de dotadas de valor
relações de uma pessoa
Direito econômico
jurídicas

Na universalidade de fato, a formação do conjunto decorre da vontade do dono. Já na uni-


versalidade de direito, a formação do conjunto decorre de força legal.

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BENS SINGULARES Podem ser considerados individualmente


DE FATO pluralidade de bens singulares que,
vontade do pertinentes à mesma pessoa, tenham
UNIVERSALIDADES dono destinação unitária.
consideram o conjunto o complexo de relações jurídicas,
DE DIREITO
de uma pessoa, dotadas de valor
por força de lei
econômico.

004. (CEBRASPE/TJ-AM/AJAJ/2019) O espólio e a massa falida são exemplos de bens cole-


tivos classificados como universalidade de fato.

O espólio e a massa falida são exemplos de bens coletivos considerados universalidade


de direito.
Errado.

005. (FGV/TJ-RS/OFICIAL DE JUSTIÇA/2020) O direito civil identifica e classifica os diferen-


tes tipos de bens, com o objetivo de facilitar a aplicação do direito ao caso concreto.
a) fungíveis e móveis podem ser substituídos por outros de mesma espécie e quantidade;
b) singulares incluem os que se consideram de per si independentemente dos demais, embo-
ra reunidos;
c) imóveis incluem tudo que for incorporado ao solo, desde que seja de forma natural, inclusive
o próprio solo;
d) móveis são suscetíveis de movimento próprio sem alteração da substância ou destinação
econômica e social, exceto os bens de remoção por força alheia;
e) divisíveis podem ser fracionados sem alterar sua substância, mesmo com diminuição con-
siderável de valor, desde que sem prejuízo do uso a que se destina.

a) Errada. A alternativa A está incompleta, pois são bens fungíveis os móveis que podem subs-
tituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
b) Certa. A alternativa B representa a literalidade do art. 89 do CC.

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c) Errada. A alternativa C está em desacordo com o art. 79 do CC, pois também é imóvel o que
se incorpora ao solo de forma artificial.
d) Errada. A alternativa D está em desacordo com o art. 82 do CC, pois os bens de remoção por
força alheia também são considerados móveis.
e) Errada. A alternativa E afronta o art. 87 do CC, pois o fracionamento de bens divisíveis não
pode resultar em diminuição considerável de valor.
Letra b.

3. Bens Reciprocamente Considerados


Outra divisão dos bens utilizada pelo CC os separa em principais e acessórios. Trata-se da
classificação dos bens reciprocamente considerados.
Esta classificação, conforme mencionado inicialmente, leva em consideração uma compa-
ração entre dois bens. Para demonstrar isso, me responda a seguinte pergunta: a árvore é um
bem principal ou acessório?
Depende. Em relação ao solo a árvore é acessório, mas em relação ao fruto que ela produz
é principal.

3.1. Bens Principais X Bens Acessórios


Principais são os que existem em si e por si, abstrata ou concretamente; acessórios são
aqueles cuja existência supõe a existência do principal.

Art. 92 do CC – Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele
cuja existência supõe a do principal.

A acessoriedade pode existir entre coisas e entre direitos, pessoais ou reais. Os contratos
de locação e de compra e venda, por exemplo, são principais. A fiança e a cláusula penal neles
estipuladas são acessórios. A hipoteca e outros direitos reais são acessórios em relação ao
bem ou contrato principal.

Exemplos:
Principais - locação;
- compra e venda.
Bens reciprocamente
considerados
Exemplos:
Acessórios - fiança;
- clásula penal.

O art. 94 do CC consagra, o que a doutrina chama de princípio da gravitação jurídica.

Art. 94 do CC – Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as perten-
ças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

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Em um negócio jurídico que envolva o bem principal, a regra (art. 94 do CC) é que o bem
acessório também esteja envolvido (acessorium sequitur suum principale). Porém, essa regra
não inclui as pertenças, ou seja, se eu comprar a sua casa e o contrato nada dispuser a respei-
to, entende-se que o sofá que está na sua sala não faz parte no negócio.

Princípio da Gravitação o bem acessório segue a sorte do bem


Jurídica principal

Exceção: as pertenças

006. (CEBRASPE/TCDF/PROCURADOR/2021) Apesar de se destinarem, de modo duradouro,


ao uso de outro bem, as pertenças, em regra, não seguem a regra da gravitação jurídica.

O art. 94 do CC consagra o princípio da gravitação jurídica. Entretanto, as pertenças represen-


tam uma exceção ao referido princípio.
Certo.

As diversas espécies de bens acessórios são:

a percepção e o consumo não


Frutos alteram a substância da coisa
principal

consumo altera a substância da


Produtos
coisa principal

Espécies de Bens
Acessórios bens utilizados com o objetivo de
embelezar, melhorar ou conservar
Pertenças
a coisa principal, sem ser parte
integrante

obras ou despesas realizadas


para conservar, melhorar ou
Benfeitorias
embelezar o bem, passando a ser
parte integrante

Os frutos são aqueles bens acessórios produzidos periodicamente pela coisa, cuja percep-
ção e consumo não alteram a substância da coisa principal.

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A tabela a seguir mostra as diversas forma de se classificar os frutos:

Classificação dos Frutos


aqueles produzidos pela força orgânica (ex.: bezerro, carneiro,
Naturais
maçã, laranja)
Quanto à
Industriais os produzidos pela arte humana (ex.: tecido produzido pelo tear)
origem
aqueles produzidos pela coisa em razão da cessão remunerada da
Civis
posse (ex.: rendimentos, juros, aluguel)
Pendentes enquanto estão unidos à coisa que os produziu
Percebidos
estão separados do bem principal
ou colhidos
Quanto
ao estado Estantes estão separados e armazenados ou acondicionados para venda
Percipiendos deviam ser, mas não foram colhidos ou percebidos
Consumidos são aqueles que não mais existem porque foram utilizados
Podemos afirmar que os frutos se caracterizam por três elementos:
1) periodicidade;
2) inalterabilidade da substância da coisa principal; e
3) separabilidade desta.
Os produtos são acessórios que não se produzem com periodicidade e seu consumo alte-
ra a substância da coisa principal, reduzindo, portanto, o seu valor. Ex.: o petróleo, o ouro, as
pedras preciosas, etc.
Tanto os frutos, como os produtos, podem ser objetos de negócios jurídicos mesmo sem
estarem separados do bem principal. Ou seja, é possível vender uma safra de laranjas, mesmo
antes de efetuar a colheita.

Art. 95 do CC – Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser
objeto de negócio jurídico.

As pertenças são bens utilizados com o objetivo de embelezar, melhorar ou conservar a


coisa principal, sem ser parte integrante. Ex.: o sofá de uma casa.

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

As benfeitorias compreendem as obras ou despesas realizadas por uma pessoa que se fa-
zem em bem móvel ou imóvel para conservá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo. Passam a integrar
o bem principal. Se classificam em:

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têm por fim conservar o bem ou


Necessárias
evitar que se deteriore

aumentam ou facilitam o uso do


Úteis
Benfeitorias bem

são de mero deleite ou recreio,


não aumentam o uso habitual do
Voluptuárias bem, ainda que o tornem mais
agradável ou sejam de elevado
valor

• Necessárias: objetiva conservar a coisa ou evitar que ela se deteriore. Ex. substituição
de ligamentos podres no telhado.
• Úteis: aumentam ou facilitam o uso da coisa. Ex. construção de garagem.
• Voluptuárias: as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem,
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. Ex. piscina.

Art. 96 do CC – As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.


§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda
que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

Tal classificação não tem caráter absoluto, pois uma mesma benfeitoria pode enquadrar
-se em uma ou outra espécie, dependendo das circunstâncias. Uma piscina, por exemplo, pode
ser considerada benfeitoria voluptuária em uma casa ou condomínio, mas útil ou necessária
em uma escola de natação.

Art. 97 do CC – Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao


bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

Os acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário são considerados


acessões naturais. Nesses casos, não há benfeitorias, mas acréscimos decorrentes de fatos
eventuais e inteiramente fortuitos.

4. Bens Públicos
Classificados conforme os titulares de seu domínio, os bens se dividem em públicos e par-
ticulares. O artigo 98 do Código Civil considera públicos os bens que pertencem à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; todos os demais são considerados particulares.

Art. 98 do CC – São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de


direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

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são bens do domínio nacional


BENS PÚBLICOS pertencentes às pessoas jurídicas de
direito público

Entretanto, é interessante ressaltarmos o Enunciado 287 da IV Jornada de Direito Ci-


vil do CJF:

Enunciado 287 do CJF – Art. 98. O critério da classificação de bens indicado no art. 98 do Código
Civil não exaure a enumeração dos bens públicos, podendo ainda ser classificado como tal o bem
pertencente a pessoa jurídica de direito privado que esteja afetado à prestação de serviços públicos.

Ou seja, a doutrina entende que o critério exposto pelo Código Civil não é taxativo. Sendo
assim, se um imóvel particular for alugado para um determinado município para que nele fun-
cione uma escola pública municipal, o respectivo imóvel, por estar afetado a uma finalidade
pública, será considerado bem público.
Entretanto, fique atento, pois as bancas de concursos costumam reproduzir a íntegra do
art. 98 do CC nas alternativas das questões e considera-las corretas.
Os bens públicos dividem-se em (art. 99 do CC):

Art. 99 do CC – São bens públicos:


I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como ob-
jeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes
às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

Segue esquema gráfico para ajudar:

de Uso Comum do rios, mares, estradas, ruas e


Povo praças

edifícios ou terrenos destinados


Bens Públicos de Uso Especial a serviço ou estabelecimento da
administração

patrimônio disponível das


Dominical pessoas jurídicas de direito
público

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Vejamos os comentários sobre cada um dos bens públicos:


• de uso comum do povo: todos aqueles de utilização comum, sem maiores ônus, pela
coletividade, a exemplo das estradas, ruas, mares, praças; ressalte-se que é uma enume-
ração meramente exemplificava;
• de uso especial: bens destinados ao funcionamento e aprimoramento dos serviços
prestados pelo Estado, de utilização, por vezes, concedida aos particulares, em regra
mediante contraprestação. Temos como exemplo os edifícios onde funcionam os servi-
ços públicos;
• dominicais (ou dominiais): aqueles que pertencem ao domínio privado do poder público,
e desde que estejam desafetados de qualquer utilização pública, podem ser alienados,
de acordo com as regras previstas para alienação de bens da administração, a exemplo
da licitação. São exemplos o terreno baldio e as terras devolutas.

Sobre o § único, o legislador quis se referir aos bens das empresas estatais, cuja perso-
nalidade jurídica é de direito privado e referidos por parte da doutrina como domínio privado
do Estado.

007. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO/2019) O Prefeito do Município Alfa co-


municou à sua assessoria que almejava criar um serviço de assistência social destinado à
população carente. Ao analisar os três bens públicos disponíveis, consistentes em (I) uma pra-
ça pública; (II) uma repartição pública, vinculada à Secretaria Municipal de Fazenda, em pleno
funcionamento; e (III) um prédio desocupado, que há muitas décadas sediara uma inspetoria
fiscal, determinou que o serviço fosse instalado no bem dominical.
Preenche(m) a característica indicada pelo Prefeito Municipal o(s) bem(ns) referido(s)
somente em:
a) I;
b) II;
c) III;
d) I e II;
e) II e III.

A praça pública é considerada um bem de uso comum do povo (art. 99, I, do CC).
A repartição pública, vinculada à Secretaria Municipal de Fazenda, em pleno funcionamento é
considerada um bem de uso especial (art. 99, II, do CC).
O prédio desocupado, que há muitas décadas sediara uma inspetoria fiscal, é considerado um
bem dominical (art. 99, III, do CC).
Letra c.

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Cabe também a análise do art. 103 do CC.

Art. 103 do CC – O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

Conclui-se que os bens públicos podem ser utilizados gratuita ou onerosamente, confor-
me for estabelecido, por lei, pela entidade a cuja administração pertencerem. A regra geral é o
seu uso gratuito, dado que são destinados ao serviço do povo ou da comunidade, que para tan-
to paga uma carga extremamente alta de impostos. Todavia, não perderão a natureza de bens
públicos se leis ou regulamentos administrativos condicionarem ou restringirem o seu uso a
certos requisitos ou mesmo se instituírem pagamento de retribuição. Por exemplo, pedágio
nas estradas, venda de ingresso em museus, para contribuir com as despesas de conservação
ou custeio.

008. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/GUARDA MUNICIPAL/2019) O Código Civil con-


ceitua que são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de di-
reito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Neste sentido, o mesmo diploma legal estabelece que o uso comum dos bens públicos
a) deve ser necessariamente retribuído, por meio de tarifa por parte dos particulares usuários.
b) deve ser necessariamente gratuito, já que tais bens pertencem a toda a sociedade de for-
ma genérica.
c) deve ser necessariamente oneroso, a fim de que toda a coletividade se beneficie.
d) pode ser gratuito ou retribuído, conforme decidir arbitrariamente o Secretário Municipal
de Governo.
e) pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja
administração pertencerem.

Segundo o art. 103 do CC, o uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído,
conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
Letra e.

4.1. Características dos Bens Públicos


Os bens públicos apresentam a característica da inalienabilidade e, como consequência
desta, a imprescritibilidade, a impenhorabilidade e a impossibilidade de oneração.

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CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOS


- INALIENABILIDADE: trata-se de uma característica relativa, pois atinge somente os bens
públicos de uso comum do povo e de uso especial;
- IMPRESCRITIBILIDADE: os bens públicos são insuscetíveis de aquisição por usucapião;
- IMPENHORABILIDADE: os bens públicos não podem ser penhorados; e
- IMPOSSIBILIDADE DE ONERAÇÃO: o bem público não pode ser dado em garantia real
através de hipoteca, penhor e anticrese.

Os arts. 100 e 101 do CC dispõem que a inalienabilidade, característica peculiar dos bens
públicos, somente poderá ser afastada por lei, que por sua vez retira do bem a função pública
à qual este se liga. A tal procedimento dá-se o nome de desafetação.

Art. 100 do CC – Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis,
enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101 do CC – Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

Para esclarecer: o que é um bem afetado ou um bem desafetado?


Diz-se que um bem está afetado quando está sendo utilizado para um fim público determi-
nado, seja diretamente pelo Estado, seja pelo uso de particulares em geral.

Nesse contexto, faz-se necessário sabermos o que vem a ser a afetação ou a desafetação.
Trata-se de um processo que acarreta a mudança da forma de destinação do Bem.
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Em regra, a desafetação visa a incluir bens de uso comum ou do povo ou bens de uso
especial na categoria de bens dominicais. É feita com a autorização legislativa, através de Lei
Específica. Um dos propósitos para realizar a desafetação é a possibilidade de alienação, atra-
vés de concorrência pública ou licitação. Para ser alienado, o bem não poderá estar afetado a
um fim público.
A afetação é a atribuição a um bem público de sua destinação específica. Pode ocorrer
de modo explícito (Lei) ou de modo implícito (não determinado em Lei). Ex.: os bens de uso
comum o os bens de uso especial são bens afetados, pois têm em comum o fato de estarem
destinados a serviços específicos. Por outro lado, os bens dominicais são desafetados.
Finalizando o assunto bens públicos temos o art. 102 do CC.

Art. 102 do CC – Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Ou seja, além da inalienabilidade, os bens públicos também são imprescritíveis, pois não
estão sujeitos a usucapião que é uma espécie de prescrição aquisitiva.
Em linguagem objetiva, usucapião é o direito que o indivíduo adquire em relação à posse
de um bem móvel ou imóvel em decorrência da utilização do bem por determinado tempo,
contínuo e incontestadamente.
Dessa forma, um indivíduo pode ocupar um bem público por 30 anos que, mesmo assim,
não irá adquiri-lo por usucapião.
Diferentemente da inalienabilidade, que é relativa, a imprescritibilidade é absoluta, pois
atinge todos os bens públicos, inclusive os dominicais. Veja a Súmula 340 do STF:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 340 do STF: Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os
demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.

009. (CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2021) Os bens integrantes do acervo


patrimonial das sociedades de economia mista cuja destinação seja de natureza pública são
equiparados a bens públicos, sendo, portanto, sujeitos a usucapião.

Realmente, os bens de uma sociedade de economia mista que estão afetados a uma finalidade
pública são considerados bens públicos (vide Enunciado 287 das Jornadas de Direito Civil do
CJF). Entretanto, a assertiva está equivocada ao afirmar que tais bens estão sujeitos à usuca-
pião, por contrariar o art. 103 do CC.
Inclusive, temos jurisprudência do STJ sobre o assunto:

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JURISPRUCÊNCIA
Esta Corte Superior já manifestou o entendimento de que bens integrantes do acervo
patrimonial de sociedade de economia mista sujeitos a uma destinação pública podem
ser considerados bens públicos, insuscetíveis, portanto, de usucapião.” (AgInt no
REsp 1719589/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
06/11/2018, DJe 12/11/2018)

Errado.

010. (FGV/IMBEL/ADVOGADO/2021) Segundo o Código Civil, os bens que compõem o pa-


trimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, são
a) bens particulares afetados ao serviço público.
b) bens públicos de uso comum não sujeitos a usucapião.
c) bens públicos dominicais que estão sujeitos a usucapião.
d) bens públicos de uso especial que podem ser alienados, observadas as exigências legais.
e) bens públicos dominicais que podem ser alienados, observadas as exigências legais.

A questão tem como fundamentos o art. 99, III e o art. 101, ambos do Código Civil.

Art. 99. São bens públicos:


III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como ob-
jeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Letra e.

4.2. Terras Devolutas


Terras devolutas são terrenos públicos, ou seja, propriedades públicas que nunca pertence-
ram a um particular, mesmo estando ocupadas. Diferenciam-se destes por não estarem sendo
aplicadas a algum uso público federal, estadual ou municipal, que não hajam sido legitimamen-
te incorporadas ao domínio privado enquanto que as terras públicas pertencentes ao patrimô-
nio fundiário público são aquelas inscritas e reservadas para um determinado fim.
Dessa forma, por não estarem reservadas para um determinado fim, as terras devolutas
são bens públicos dominicais.

5. Bens Dentro e Fora do Comércio


A doutrina divide ainda os bens em dois tipos: bens que integram o comércio e bens que
estão fora do comércio.

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• Bens que integram o comércio: são os bens alienáveis, disponíveis, que se encontram
livres de quaisquer restrições que impossibilitem sua transferência ou apropriação, po-
dendo, portanto, passar, gratuita ou onerosamente, de um patrimônio a outro.

Bens que integram o são bens passíveis de serem vendidos,


comércio trocados, doados, emprestados, etc.

• Bens que estão fora do comércio: são coisas fora do comércio as insuscetíveis de apro-
priação, e as legalmente inalienáveis. Tipos de bens inalienáveis.

a) Bens inalienáveis por sua natureza: são os bens de uso inexaurível, como o ar, o mar, a
luz solar; porém a captação, por meio de aparelhagem, do ar atmosférico ou da água do mar
para extrair certos elementos com o escopo de atender determinadas finalidades, pode ser
objeto de comércio.
b) Bens legalmente inalienáveis: são os que, apesar de suscetíveis de apropriação pelo
homem, têm sua comercialidade excluída pela lei; tais como os bens públicos; os bens das
fundações; o terreno onde está edificado em edifício de condomínio por andares; o bem de
família; as terras ocupadas pelos índios, etc.
c) Bens inalienáveis pela vontade humana: são os que lhes impõe cláusula de inaliena-
bilidade, temporária ou vitalícia, nos casos e formas previstos em lei, por ato inter vivos ou
causa mortis. Como exemplo na doação com encargo, onde o doador estabelece cláusula de
inalienabilidade, gravando o bem doado, impossibilitando, com efeito, o donatário de transferir
o domínio do referido bem.
Finalizando a parte teórica da nossa aula, segue outro esquema gráfico para facilitar o
seu estudo.

Aqueles insuscetíveis de serem apropriados


Inalienáveis por
pelo homem ou de uso inexaurível, tais como
natureza luz do sol, água do mar, ar atmosférico.

Bens de uso comum e especial, suscetíveis de


Bens fora do uso pelo homem: os direitos de personalidade,
comércio Legalmente
os órgãos humanos, os bens dos incapazes, os
Inalienáveis bens públicos, o bem de família, as terras
ocupadas por índios, etc.

Bens em testamentos ou doados, com cláusula


Inalienáveis por de inalienabilidade, temporária ou vitalícia, nos
vontade humana casos e formas previstos em lei, por ato inter
vivos ou causa mortis.

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RESUMO
O Código Civil de 2002, no Livro II da Parte Geral, em título único, disciplina os bens em três
capítulos diferentes:
I – Dos bens considerados em si mesmos (arts. 79 a 91 do CC);
II – Dos bens reciprocamente considerados (arts. 92 a 97 do CC); e
III – Dos bens públicos (arts. 98 a 103 do CC).
O primeiro classifica os bens por si mesmos, não os comparando ou ligando com nenhum
outro. Já o segundo classifica os bens de forma recíproca fazendo uma comparação entre dois
bens (principais e acessórios). Por último, temos a conhecida classificação dos bens públicos,
comumente estudada em Direito Administrativo.
Veja a tabela a seguir:

Bens Considerados em Si Bens Reciprocamente


Mesmos Considerados
- móveis e imóveis;
- fungíveis e infungíveis;
- consumíveis e inconsumíveis; - principais e acessórios.
- divisíveis e indivisíveis; e
- singulares e coletivos.

Não há uma comparação com outro Há uma comparação com outro


bem. bem.

Bens Imóveis X Bens Móveis

Bem imóvel é tudo que se incorpora naturalmente (acessão natural) ou artificialmente


(acessão artificial) ao solo. Ou seja, são os bens que não podem ser transportados sem des-
truição ou diminuição de valor de um lugar para outro.
A doutrina classificado o bem imóvel da seguinte forma:
Podemos considerar como bens móveis aqueles suscetíveis de movimento próprio (se-
moventes), ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação
econômico-social.
Podem ser classificados da seguinte forma:

Bens Fungíveis X Bens Infungíveis

Vejamos as definições:
• bens fungíveis: são aqueles bens móveis que podem ser substituídos por outros da
mesma espécie, natureza e qualidade. Ex.: 1 kg de arroz.

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• bens infungíveis: são os que possuem características especiais que os tornam distintos
de outros da mesma espécie e qualidade, não permitindo, dessa forma, a sua substitui-
ção. Ex.: a chuteira do Pelé utilizada na final da copa de 1970.

Bens Consumíveis X Bens Inconsumíveis

Os bens que podem ser usados várias vezes são inconsumíveis e os que podem ser usa-
dos apenas uma vez são consumíveis. Destaca-se o bem destinado à alienação que é consu-
mível de direito.
A infungilibilidade e a inconsuntibilidade do bem podem decorrer também da vontade das
partes, a exemplo de bens emprestados para ornamentação e posterior devolução, a que a
doutrina dá o nome de comodatum ad pompam vel ostentationem.

Bens Divisíveis X Bens Indivisíveis

Veja o gráfico a seguir:

Bens Singulares X Bens Coletivos

Os bens singulares são considerados na sua individualidade, como é o caso de um livro.


As universalidades são bens coletivos e se dividem em dois tipos: universalidade de fato
(ex.: biblioteca) ou universalidade de direito (ex.: herança).

Bens Principais X Bens Acessórios

Principais são os bens que existem em si e por si, abstrata ou concretamente; acessórios
são aqueles cuja existência supõe a existência do principal.
O art. 94 do CC consagra, o que a doutrina chama de princípio da gravitação jurídica.

Princípio da Gravitação o bem acessório segue a sorte do bem


Jurídica principal

Exceção: as pertenças

As diversas espécies de bens acessórios são:


Os frutos são aqueles bens acessórios produzidos periodicamente pela coisa, cuja percep-
ção e consumo não alteram a substância da coisa principal.
Os produtos são acessórios que não se produzem com periodicidade e seu consumo alte-
ra a substância da coisa principal, reduzindo, portanto, o seu valor. Ex.: o petróleo, o ouro, as
pedras preciosas, etc.

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As pertenças são bens utilizados com o objetivo de embelezar, melhorar ou conservar a


coisa principal, sem ser parte integrante. Ex.: o sofá de uma casa.
As benfeitorias compreendem as obras ou despesas realizadas por uma pessoa que se fa-
zem em bem móvel ou imóvel para conservá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo. Passam a integrar
o bem principal. Se classificam em:

Bens Públicos

Os bens públicos dividem-se em:


Os bens públicos apresentam a característica da inalienabilidade e, como consequência
desta, a imprescritibilidade, a impenhorabilidade e a impossibilidade de oneração.

CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOS

- INALIENABILIDADE: trata-se de uma característica relativa, pois atinge somente os


bens públicos de uso comum do povo e de uso especial;
- IMPRESCRITIBILIDADE: os bens públicos são insuscetíveis de aquisição por
usucapião;
- IMPENHORABILIDADE: os bens públicos não podem ser penhorados; e
- IMPOSSIBILIDADE DE ONERAÇÃO: o bem público não pode ser dado em garantia
real através de hipoteca, penhor e anticrese.

Bens Dentro e Fora do Comércio

A doutrina divide ainda os bens em dois tipos: bens que integram o comércio e bens que
estão fora do comércio.
• Bens que integram o comércio: são os bens alienáveis, disponíveis, que se encontram
livres de quaisquer restrições que impossibilitem sua transferência ou apropriação, po-
dendo, portanto, passar, gratuita ou onerosamente, de um patrimônio a outro.
• Bens que estão fora do comércio: são coisas fora do comércio as insuscetíveis de apro-
priação, e as legalmente inalienáveis.

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (CEBRASPE/SEFAZ-AL/AUDITOR FISCAL/2020) O direito à sucessão aberta é consi-
derado, para os efeitos legais, bem imóvel, ainda que os bens deixados pela pessoa falecida
sejam todos móveis.

002. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/GUARDA MUNICIPAL/2019) Gilberto, divorcia-


do, pai de três filhos, faleceu aos 81 anos, deixando três imóveis e dois veículos.
Segundo o Código Civil,
a) apenas os imóveis, individualmente considerados, são bens imóveis, diferentemente da to-
talidade do patrimônio do falecido.
b) todos os bens do patrimônio do falecido, inclusive os imóveis, são considerados bens
fungíveis.
c) não se considera o patrimônio total do falecido uma universalidade de direitos dotada de
valor econômico.
d) o direito à sucessão aberta, atribuído aos herdeiros de Gilberto em relação à universalidade
de patrimônio deste, é considerado bem imóvel.
e) não se pode dizer que os imóveis, considerados em si, são bens singulares.

003. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/GUARDA MUNICIPAL/2019) A concessioná-


ria WYZ instalou algumas torres em imóvel concedido pelo Estado, as quais têm utilidade de
transmitir energia para as residências de determinado bairro.
A energia transmitida, segundo o que dispõe o Código Civil, é considerada
a) bem móvel.
b) bem dominical.
c) bem acessório às torres.
d) bem público de uso comum.
e) bem imóvel.

004. (CEBRASPE/TJ-AM/AJAJ/2019) O espólio e a massa falida são exemplos de bens cole-


tivos classificados como universalidade de fato.

005. (FGV/TJ-RS/OFICIAL DE JUSTIÇA/2020) O direito civil identifica e classifica os diferen-


tes tipos de bens, com o objetivo de facilitar a aplicação do direito ao caso concreto.
a) fungíveis e móveis podem ser substituídos por outros de mesma espécie e quantidade;
b) singulares incluem os que se consideram de per si independentemente dos demais, embo-
ra reunidos;
c) imóveis incluem tudo que for incorporado ao solo, desde que seja de forma natural, inclusive
o próprio solo;

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d) móveis são suscetíveis de movimento próprio sem alteração da substância ou destinação


econômica e social, exceto os bens de remoção por força alheia;
e) divisíveis podem ser fracionados sem alterar sua substância, mesmo com diminuição con-
siderável de valor, desde que sem prejuízo do uso a que se destina.

006. (CEBRASPE/TCDF/PROCURADOR/2021) Apesar de se destinarem, de modo duradouro,


ao uso de outro bem, as pertenças, em regra, não seguem a regra da gravitação jurídica.

007. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO/2019) O Prefeito do Município Alfa co-


municou à sua assessoria que almejava criar um serviço de assistência social destinado à
população carente. Ao analisar os três bens públicos disponíveis, consistentes em (I) uma pra-
ça pública; (II) uma repartição pública, vinculada à Secretaria Municipal de Fazenda, em pleno
funcionamento; e (III) um prédio desocupado, que há muitas décadas sediara uma inspetoria
fiscal, determinou que o serviço fosse instalado no bem dominical.
Preenche(m) a característica indicada pelo Prefeito Municipal o(s) bem(ns) referido(s)
somente em:
a) I;
b) II;
c) III;
d) I e II;
e) II e III.

008. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/GUARDA MUNICIPAL/2019) O Código Civil con-


ceitua que são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de di-
reito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Neste sentido, o mesmo diploma legal estabelece que o uso comum dos bens públicos
a) deve ser necessariamente retribuído, por meio de tarifa por parte dos particulares usuários.
b) deve ser necessariamente gratuito, já que tais bens pertencem a toda a sociedade de for-
ma genérica.
c) deve ser necessariamente oneroso, a fim de que toda a coletividade se beneficie.
d) pode ser gratuito ou retribuído, conforme decidir arbitrariamente o Secretário Municipal
de Governo.
e) pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja
administração pertencerem.

009. (CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2021) Os bens integrantes do acervo


patrimonial das sociedades de economia mista cuja destinação seja de natureza pública são
equiparados a bens públicos, sendo, portanto, sujeitos a usucapião.

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010. (FGV/IMBEL/ADVOGADO/2021) Segundo o Código Civil, os bens que compõem o pa-


trimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, são
a) bens particulares afetados ao serviço público.
b) bens públicos de uso comum não sujeitos a usucapião.
c) bens públicos dominicais que estão sujeitos a usucapião.
d) bens públicos de uso especial que podem ser alienados, observadas as exigências legais.
e) bens públicos dominicais que podem ser alienados, observadas as exigências legais.

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QUESTÕES DE CONCURSOS
011. (FCC/TRT 9A REGIÃO/AJAJ/2015) De acordo com o Código Civil,
a) é considerado imóvel o direito à sucessão aberta.
b) são considerados imóveis as energias que tenham valor econômico.
c) são considerados imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial.
d) são considerados imóveis os direitos reais sobre objetos móveis.
e) são consideradas imóveis as ações correspondentes a direitos reais sobre objetos móveis
ou imóveis.

012. (FCC/TRT 1A REGIÃO/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Relativamente aos bens, o Código Civil


estabelece que
a) constituem-se em bens móveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para
nele se reempregarem.
b) consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos pessoais de caráter patrimonial e
respectivas ações.
c) são consumíveis os bens móveis destinados à alienação.
d) consideram-se móveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta.
e) os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis pela vontade das partes,
mas apenas por força de lei.

013. (FCC/TRE-SE/AJAJ/2015) No tocante as diferentes classes de bens, considere:


I – Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens
imóveis para os efeitos legais.
II – As energias que possuam valor econômico são consideradas bens móveis para os efei-
tos legais.
III – Os títulos de dívida pública e de dívida particular são considerados bens móveis para os
efeitos legais.
IV – As árvores e os frutos pendentes não destinados ao corte são considerados bens imóveis
por acessão natural.
De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) II, III e IV
c) I e IV.
d) I, II e IV.
e) II e III.

014. (FCC/TJ-PI/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Nos termos do Código Civil, é consequência do


caráter de “uso comum do povo” de um bem público, por contraste com os bens dominicais, a

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a) possibilidade de integrar o patrimônio de pessoas jurídicas de direito público a que se tenha


dado estrutura de direito privado.
b) necessária gratuidade do uso.
c) impossibilidade de alienação.
d) insuscetibilidade à usucapião.
e) possibilidade de integrar o patrimônio de pessoas jurídicas da Administração Direta.

015. (FCC/TCE-PI/JORNALISTA/2014) Considere:


I – Dinheiro.
II – Sacos de Arroz.
III – Dois kilos de banana prata.
IV – Quadro do Pintor “X” já falecido.
De acordo com o Código Civil brasileiro, são considerados bens fungíveis os indica-
dos APENAS em
a) I, II e IV.
b) II e III.
c) I e IV.
d) I, II e III.
e) III e IV.

016. (FCC/TRT 14ª REGIÃO/AJAJ/2016) Nos termos preconizados pelo Código Civil são
considerados bens imóveis para os efeitos legais, dentre outros,
a) os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
b) o direito à sucessão aberta.
c) os direitos reais sobre objetos móveis e respectivas ações.
d) as energias que tenham valor econômico.
e) os materiais provenientes da demolição de algum prédio.

017. (FCC/TRF 5ª REGIÃO/AJOJ/2017) Considera-se bem imóvel, para os efeitos legais,


a) o direito à sucessão aberta.
b) o automóvel que, por defeito irreparável do motor, é insuscetível de movimento próprio.
c) a energia que tenha valor econômico.
d) o direito pessoal de caráter patrimonial.
e) o direito real sobre objetos móveis.

018. (FCC/TRT 11ª REGIÃO/AJOJ/2017) A respeito dos bens, é correto afirmar que
a) constitui universalidade de fato o complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas
de valor econômico.
b) os materiais provisoriamente separados de um prédio, mesmo que sejam nele reemprega-
dos, perdem o caráter de imóveis.
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c) constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mes-


ma pessoa, tenham destinação unitária.
d) os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por
vontade das partes.
e) as energias que tenham valor econômico são consideradas bens imóveis para os efei-
tos legais.

019. (FCC/TRT 20ª REGIÃO/AJAJ/2016) Marcos ganhou como presentes de casamento, um


quadro assinado por seu autor; um liquidificador de marca conhecida e disponível no mercado,
um relógio de parede, único, que havia pertencido a seu bisavô, e certa quantia em dinheiro.
São considerados bens infungíveis o
a) quadro, o relógio e o dinheiro.
b) dinheiro, apenas.
c) relógio, apenas.
d) relógio e o liquidificador.
e) quadro e o relógio.

020. (FCC/AL-MS/CONSULTOR DE PROCESSO LEGISLATIVO/2016) Donizete passou a re-


sidir no subsolo de prédio público onde funciona posto de atendimento de saúde, ali perma-
necendo por onze anos, com ânimo definitivo e sem oposição. O bem onde reside Donizete é
classificado como bem público
a) dominical, que não pode ser objeto de usucapião.
b) dominical, que pode, no caso, ser objeto de usucapião extraordinária, tendo em vista que
Donizete nele estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição.
c) de uso especial, que pode, no caso, ser objeto de usucapião extraordinária, tendo em vista
que Donizete nele estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição.
d) que pode, no caso, ser objeto de usucapião ordinária, tendo em vista que Donizete nele es-
tabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição.
e) de uso especial, que não pode ser objeto de usucapião.

021. (FCC/SEGEP-MA/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/2016) Um diamante de formato e


brilho únicos, exposto em museu de artes, e uma piscina que adorna uma casa de veraneio são
considerados, pelo Código Civil, respectivamente, um bem
a) fungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina.
b) fungível e divisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina.
c) fungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria útil, no caso da piscina.
d) infungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria útil, no caso da piscina.
e) infungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina.

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022. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Segundo o Código Civil de 2002, os bens


públicos são
I – inalienáveis, os dominicais.
II – alienáveis, desde que haja prévia justificativa e autorização do Poder Legislativo.
III – inalienáveis, os bens de uso comum, enquanto conservar a sua qualificação; e inalienáveis
os bens dominicais, observadas as determinações legais.
IV – alienáveis, os bens dominicais, observadas as determinações legais.
V – inalienáveis, os bens públicos de uso comum do povo na forma que a lei determinar.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e V.
b) I, II e III.
c) I, III e IV.
d) II e IV.
e) IV e V.

023. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/2016) Os bens


que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço
ou ao aformoseamento de outro bem, denominam-se
a) benfeitorias voluptuárias.
b) produtos.
c) benfeitorias necessárias.
d) benfeitorias úteis.
e) pertenças.

024. (FCC/TRT 15ª REGIÃO/AJAJ/2018) Em relação aos bens,


a) consideram-se como benfeitorias mesmo os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao
bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
b) os naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis somente por vontade das partes.
c) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal como regra abrangem as perten-
ças, salvo as exceções legais.
d) os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conser-
vam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de
algum prédio.
e) são consumíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade.

025. (FCC/TRT 6ª REGIÃO/AJOJ/2018) Em relação aos bens,


a) os materiais destinados a alguma construção, mesmo que ainda não empregados, já são
considerados imóveis em razão de sua finalidade.

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b) consideram-se imóveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta.


c) são consumíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade.
d) os naturalmente divisíveis conservam sua divisibilidade em qualquer situação, nada obstan-
te a lei ou a vontade das partes em sentido contrário.
e) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal como regra abrangem as perten-
ças, salvo disposição da lei ou do contrato em sentido diverso.

026. (FCC/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA – SE/ANALISTA/2018) De acordo com o Código Ci-


vil, uma praça, um quadro assinado por renomado pintor e as energias que tenham valor eco-
nômico são considerados, respectivamente, bem
a) público de uso especial, bem fungível e bem imóvel.
b) público de uso comum do povo, bem infungível e bem móvel.
c) particular dominical, bem infungível e bem imóvel.
d) público de uso comum do povo, bem infungível e bem imóvel.
e) público de uso comum do povo, bem fungível e bem móvel.

027. (FCC/TRT 6ª REGIÃO/AJOJ/2017) Considera-se bem imóvel, para os efeitos legais,


a) o direito à sucessão aberta.
b) o automóvel que, por defeito irreparável do motor, é insuscetível de movimento próprio.
c) a energia que tenha valor econômico.
d) o direito pessoal de caráter patrimonial.
e) o direito real sobre objetos móveis.

028. (FCC/TRT 1ª REGIÃO/AJOJ/2016) Sobre os bens reciprocamente considerados, e de


acordo com o que estabelece o Código Civil, considere:
I – São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo du-
radouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
II – Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal abrangem as pertenças de acor-
do com as circunstâncias do caso.
III – As benfeitorias úteis são aquelas que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o
tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
IV – Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem
sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e IV.
b) I e II.
c) I e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.

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029. (FCC/TRE-SE/AJAJ/2015) No tocante as diferentes classes de bens, considere:


I – Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens
imóveis para os efeitos legais.
II – As energias que possuam valor econômico são consideradas bens móveis para os efei-
tos legais.
III – Os títulos de dívida pública e de dívida particular são considerados bens móveis para os
efeitos legais.
IV – As árvores e os frutos pendentes não destinados ao corte são considerados bens imóveis
por acessão natural.
De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) II, III e IV
c) I e IV.
d) I, II e IV.
e) II e III.

030. (FCC/TJ-RR/JUIZ SUBSTITUTO/2015) NÃO podem ser objeto de alienação:


a) os imóveis considerados por lei como bem de família.
b) em nenhuma hipótese, os bens públicos de uso especial e os dominicais.
c) os frutos e produtos não separados do bem principal.
d) a herança de pessoa viva e os bens impenhoráveis por disposição testamentária.
e) os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial, enquanto conservarem legal-
mente essa qualificação.

031. (FCC/TCM-GO/PROCURADOR/2015) Quanto aos bens


a) materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam
sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de al-
gum prédio.
b) naturalmente divisíveis, podem tornar-se indivisíveis somente por determinação da lei.
c) imóveis, adquirem esta qualidade as energias que tenham valor econômico para os efei-
tos legais.
d) móveis ou imóveis, são fungíveis os que podem ser substituídos por outros da mesma es-
pécie, qualidade e quantidade.
e) imóveis, perdem este caráter as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua
unidade, forem removidas para outro local.

032. (FCC/TCM-GO/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2015) Em relação aos bens, considere as


afirmativas:
I – São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
II – Consideram-se bens imóveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta, bem como
os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram.

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III – Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econô-
mico, os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes, bem como os direi-
tos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Está correto o que se afirma em
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.

033. (FCC/TCM-GO/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2015) Carlos construiu uma casa em ter-


reno que recebeu de seu pai. Posteriormente, empreendeu reforma na casa, retirando-lhe as
portas a fim de pintá-las e reempregá-las na construção. No terreno, incorporou-se, natural-
mente, uma goiabeira. Consideram-se imóveis
a) a casa e a goiabeira.
b) o terreno, a casa e a goiabeira.
c) o terreno, apenas.
d) o terreno e a casa.
e) o terreno, a casa, as portas e a goiabeira.

034. (FCC/TRF 4ª REGIÃO/AJAJ/2014) Considere as seguintes hipóteses:


I – Mario removeu sua casa pré-fabricada para outro local, retirando-a do solo e colocando-a
em veículo especial.
II – Maria possui direito real sobre o veículo marca X, modelo Y, ano 2012.
III – Carmelita possui direito à sucessão aberta.
IV – Marta removeu as janelas de sua moradia e colocou-as, durante a realização de outros
serviços, em um depósito para posterior recolocação no local em que se encontravam.
Nestes casos, de acordo com o Código Civil brasileiro, são exemplos de bens imóveis os indi-
cados APENAS em
a) I, III e IV.
b) II e IV.
c) I e II.
d) II, III e IV.
e) I e III.

035. (FCC/MPC-MS/ANALISTA DE CONTAS/2013) A colheita de uma plantação é con-


siderada bem
a) móvel por antecipação.
b) imóvel por natureza.

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c) móvel por natureza ou essência.


d) móvel por destinação legal.
e) imóvel por destinação legal.

036. (FCC/SEAD-AP/ANALISTA JURÍDICO/2018) De acordo com o Código Civil, são


bens públicos:
a) os dominicais, tais como os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
b) os de uso comum do povo, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou esta-
belecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas
autarquias.
c) os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
d) os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito privado, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
e) os de uso comum do povo, apenas.

037. (FCC/CLDF/PROCURADOR LEGISLATIVO/2018) Em relação aos bens, sua classifica-


ção e espécies,
a) consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta.
b) conservam sua qualidade de bens móveis os materiais destinados a alguma construção,
enquanto não forem empregados; readquirem essa qualidade de bens móveis os provenientes
da demolição de algum prédio.
c) não perdem o caráter de bens móveis as edificações que, separadas do solo, mas conser-
vando sua unidade, forem removidas para outro local.
d) entre outros, consideram-se bens imóveis para efeitos legais os direitos pessoais de caráter
patrimonial e ações respectivas.
e) são divisíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância,
sendo também considerados tais os destinados à alienação.

038. (FCC/DPE-RS/DEFENSOR PÚBLICO/2018) Sobre os bens, é correto afirmar:


a) O direito de habitação é um bem móvel.
b) Segundo o Superior Tribunal de Justiça, os aparelhos de adaptação para direção por defi-
ciente físico são pertenças.
c) A energia extraída de uma usina hidrelétrica é um bem imóvel.
d) Não é possível convencionar a indivisibilidade de bens naturalmente divisíveis e fungíveis.
e) O imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação, de titularidade da Caixa Eco-
nômica Federal, mas ocupado por particular há mais de 15 (quinze) anos, considera-se bem
particular, consoante jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.

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039. (FCC/TRT 19ª REGIÃO/AJAJ/2014) Por ocasião da morte de Benedita, um de seus her-
deiros, Bento, propõe que seu anel de noivado, que compõe um dos bens da herança, seja
dividido entre ele e o irmão,
Sebastião, com o derretimento do ouro e o fracionamento de um grande diamante que o orna-
menta. Sebastião se opõe, no que
a) não está certo, pois os bens móveis são divisíveis por natureza.
b) está certo, pois os bens infungíveis não podem ser alienados.
c) não está certo, pois, com o emprego da técnica correta, este anel pode ser dividido em par-
tes iguais.
d) está certo, pois este anel é um bem indivisível, vez que o fracionamento causaria diminuição
considerável de seu valor.
e) não está certo, pois, com a morte de Benedita, este anel passou a ser um bem fungível.

040. (FCC/TRT 18ª REGIÃO/AJAJ/2013) Livro contendo dedicatória de um de seus auto-


res é um bem
a) móvel, infungível, indivisível e singular.
b) imóvel por equiparação, fungível, indivisível e singular.
c) móvel, infungível, divisível e coletivo.
d) móvel, fungível, divisível e singular.
e) imóvel por equiparação, infungível, indivisível e coletivo.

041. (FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/PROCURADOR/2016) Caio estabeleceu-se, com


animus domini, em praça pública abandonada pelo Município. Decorridos mais de 20 anos,
sem oposição das pessoas que frequentavam o local, requereu fosse declarada usucapida a
área. Tal praça constitui bem
a) de uso comum do povo, suscetível de usucapião, em caso de abandono pelo poder público.
b) de uso especial, insuscetível de usucapião, assim como os de uso comum do povo e os
dominicais.
c) dominical, suscetível de usucapião, ainda que conserve tal qualificação.
d) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, diferentemente dos bens de uso especial
e dos dominicais.
e) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os de uso especial e os
dominicais.

042. (FCC/TCE-SP/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS/2013) Em relação aos bens, é cor-


reto afirmar:
a) Os melhoramentos sobrevindos ao bem consideram- se benfeitorias, mesmo que sem a
intervenção do proprietário, do possuidor ou do detentor.
b) Os negócios atinentes ao principal sempre abrangem as pertenças.

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c) Os bens públicos dominicais podem ser alienados, atendidas as exigências da lei.


d) Os bens públicos estão sujeitos à usucapião.
e) As energias que tiverem valor econômico consideram-se imóveis.

043. (FCC/ARSETE/ADVOGADO/2016) Os bens que, não constituindo partes integrantes,


se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro bem,
denominam-se
a) benfeitorias voluptuárias.
b) produtos.
c) benfeitorias necessárias.
d) benfeitorias úteis.
e) pertenças.

044. (CEBRASPE/ANCINE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO ATIVIDADE CINEMATOGRÁ-


FICA E AUDIOVISUAL/2013) Para efeitos legais, são considerados bens móveis os direitos
pessoais de caráter patrimonial e bem imóvel, o direito à sucessão aberta.

045. (CEBRASPE/ANCINE/TODOS OS CARGOS/2013) A escola pública é exemplo de bem


de uso comum do povo.

046. (CEBRASPE/SEFAZ-RS/AUDITOR FISCAL/2019) De acordo com o Código Civil, terre-


no destinado ao estabelecimento de uma autarquia em determinado estado federado é um
bem público
a) de uso especial, que é inalienável enquanto conservar sua qualificação.
b) singular, que é alienável desde que observada a forma como a lei determinar que ocor-
ra esse ato.
c) dominical, que é alienável desde que observada a forma como a lei determinar que ocor-
ra esse ato.
d) de uso comum, que é inalienável enquanto conservar sua qualificação.
e) de uso restrito, que é inalienável enquanto conservar sua qualificação.

047. (CEBRASPE/MPE-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2019) A respeito da classificação dos


bens, é correto afirmar que
a) são fungíveis os bens móveis ou imóveis que possam ser substituídos por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade.
b) os bens podem ser divididos em consumíveis e não consumíveis; contudo, esses últimos,
quando sofrem deteriorações devido ao uso, passam a ser incluídos no conceito de bens
consumíveis.

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c) os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis apenas por determinação legal,
não se admitindo, assim, que um negócio jurídico estabeleça a indivisibilidade da coisa.
d) a lei, ao tratar dos bens reciprocamente considerados, determina que os seus frutos e pro-
dutos possam ser objeto de negócio jurídico desde que separados do bem principal.
e) a aquisição de bens móveis se dá por simples tradição, enquanto a de bens imóveis exige
escritura pública e registro em cartório, com exceção daqueles cujo valor atinja até trinta vezes
o maior salário-mínimo do país.

048. (CEBRASPE/TCE-RO/PROCURADOR DO MP DE CONTAS/2019) Em relação ao regime


jurídico dos bens públicos, julgue os itens a seguir.
I – Exceto os bens do domínio nacional pertencentes a pessoas jurídicas de direito público in-
terno, que são públicos, todos os demais bens são particulares, independentemente da pessoa
a que pertencerem.
II – O uso comum dos bens públicos, como estradas e edifícios públicos, pode ser gratuito ou
retribuído, conforme for estabelecido pela entidade a que pertencerem.
III – Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação.
IV – A alienação de bens móveis dependerá de autorização legislativa, de avaliação prévia e de
licitação, realizada na modalidade de concorrência.
Estão certos apenas os itens
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

049. (CEBRASPE/TJ-DFT/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – REMO-


ÇÃO/2019) Os terrenos de marinha são bens imóveis
a) privados e estão sujeitos à servidão administrativa referente ao pagamento do foro e
do laudêmio.
b) privados sujeitos à enfiteuse e seu domínio útil pertence à União.
c) dominicais da União sujeitos ao regime da anticrese, e seu domínio útil pertence à União.
d) da União sujeitos ao regime da anticrese, sujeitando o foreiro ao pagamento do foro e
do laudêmio.
e) da União sujeitos ao regime da enfiteuse e seu domínio útil pertence ao foreiro.

050. (CEBRASPE/TJ-BA/JUIZ SUBSTITUTO/2019) De acordo com o Código Civil, são


bens móveis
a) os direitos à sucessão aberta.
b) os materiais que estejam separados provisoriamente de um prédio, para nele serem re-
empregados.

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c) os materiais provenientes da demolição de um prédio.


d) as edificações que, estando separadas do solo, puderem ser movimentadas para outro local,
conservando sua unidade.
e) os materiais empregados em alguma construção.

051. (CEBRASPE/TCE-RN/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/2015) Com relação a


bens, fato e negócio jurídico, julgue o item seguinte.
A energia elétrica, considerada um bem móvel, é suscetível de apropriação alheia e passível de
causar dano patrimonial.

052. (CEBRASPE/TJDFT/JUIZ SUBSTITUTO/2015) A respeito dos bens, assinale a opção


correta à luz da jurisprudência pertinente.
a) Os bens naturalmente divisíveis não se podem tornar indivisíveis.
b) É possível a cobrança de retribuição pecuniária pelo uso comum dos bens públicos.
c) Considera-se bem infungível a produção agrícola tanto de pessoa física quanto de pes-
soa jurídica.
d) Com a abertura da sucessão, a herança incorpora-se ao patrimônio do herdeiro na qualidade
de bem imóvel divisível.
e) São considerados bens imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respec-
tivas ações.

053. (CEBRASPE/TRE-RS/AJAA/2015) No que diz respeito às diferentes espécies de bens e


as suas classificações, assinale a opção correta.
a) Os bens públicos de uso comum são considerados bens públicos por natureza, diferentemen-
te dos bens públicos de uso especial e dos dominicais que são equiparados aos bens privados.
b) Os animais, também denominados semoventes, são considerados espécies de bens móveis
por natureza, já que possuem movimento próprio.
c) A energia elétrica, embora possua valor econômico, não pode ser considerada como bem
móvel ou imóvel, sendo considerada res nullius.
d) Consideram-se bens incorpóreos aqueles bens que podem ser incorporados ao patrimônio
pessoal, pois, além de serem concretos, podem ser palpáveis e mensuráveis economicamente.
e) Diz-se infungíveis aqueles bens que podem ser substituídos por outros da mesma quantida-
de, qualidade e espécie, como é o caso do dinheiro.

054. (CEBRASPE/TCE-RN/ASSESSOR JURÍDICO/2015) A respeito das pessoas, dos bens e


dos fatos jurídicos, julgue o item a seguir.
As pertenças, em regra, não seguem o bem principal posto que não se constituem em partes
integrantes.

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055. (CEBRASPE/TJ-AM/JUIZ SUBSTITUTO/2016) A propósito dos bens e do domicílio, as-


sinale a opção correta com fundamento nos dispositivos legais, na doutrina e no entendimento
jurisprudencial pátrio.
a) Possuem domicílio necessário ou legal o militar, o incapaz, o servidor público, a pessoa jurí-
dica de direito privado e o preso.
b) Pelo princípio da gravitação jurídica, a propriedade dos bens acessórios segue a sorte do bem
principal, podendo, entretanto, haver disposição em contrário pela vontade da lei ou das partes.
c) O atributo da fungibilidade de um bem decorre exclusivamente de sua natureza.
d) Os rendimentos são considerados produto da coisa, já que sua extração e sua utilização não
diminuem a substância do bem principal.
e) Ao possuidor de boa-fé faculta-se o exercício do direito de retenção para ver-se indenizado
das benfeitorias úteis e voluptuárias, quando estas não puderem ser levantadas sem prejuízo
ao bem principal.

056. (CEBRASPE/DPE-AL/DEFENSOR PÚBLICO/2017) Assinale a opção que apresenta


exemplo de bem imóvel.
a) tijolo de casa demolida
b) hipoteca de um navio
c) penhor de joia rara
d) energia elétrica de uma fábrica de cimento
e) maçã pendente de colheita

057. (CEBRASPE/PGE-SE/PROCURADOR/2017) De acordo com a classificação doutrinária


dos bens, o valor pago a título de aluguel ao proprietário de um imóvel é denominado
a) fruto.
b) pertença.
c) benfeitoria.
d) imóvel por acessão.
e) produto.

058. (CEBRASPE/TCE-PA/AUXILIAR TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/2016) São consi-


derados bens particulares aqueles pertencentes a pessoas jurídicas de direito público interno
às quais se tenha dado estrutura de direito privado.

059. (CEBRASPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016) Para serem objeto de


negócio jurídico, os frutos devem estar já separados do bem principal.

060. (CEBRASPE/TRT 8ª REGIÃO/AJAJ/2016) Com referência aos bens, assinale a op-


ção correta.

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Bens
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a) As benfeitorias úteis são aquelas indispensáveis à conservação do bem ou para evitar sua
deterioração, acarretando ao mero possuidor que as realize o direito à indenização e retenção
do bem principal.
b) Um bem divisível por natureza não pode ser considerado indivisível pela simples vontade
das partes, devendo tal indivisibilidade ser determinada por lei.
c) O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que todos os bens deixados
pelo falecido sejam móveis.
d) Bens infungíveis são aqueles cujo uso importa sua destruição.
e) Os frutos são as utilidades que não se reproduzem periodicamente; por isso, se os frutos
são retirados da coisa, a sua quantidade diminui.

061. (CEBRASPE/TCU/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/2013) Julgue o próxi-


mo item, relativo a bens públicos.
Os edifícios destinados a serviço público são considerados bens de uso comum do povo, in-
suscetíveis de usucapião.

062. (CEBRASPE/TCE-SC/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/2016) Com rela-


ção à vigência das leis, às pessoas naturais, às pessoas jurídicas e aos bens, julgue o item
subsequente.
O valor decorrente do aluguel de determinado imóvel é considerado bem acessório.

063. (CEBRASPE/TCDF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2012) Julgue o item que se se-


gue, relativo à disciplina dos bens públicos.
Os bens públicos de uso especial, integrados no patrimônio do ente político e afetos à execu-
ção de um serviço público, são inalienáveis e imprescritíveis.

064. (CEBRASPE/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Determinado indivíduo tinha direito


de usufruto de uma casa. Tal direito era transmissível a seus sucessores que com ele habitas-
sem à época de sua morte. Além disso, ele era proprietário de um pequeno barco. Quando de
seu falecimento, foi aberta a sucessão.
De acordo com o Código Civil, os referidos bens — direito real de usufruto; direito real sobre o
barco; direito à sucessão aberta — são classificados, respectivamente, como bens
a) imóvel, móvel e imóvel.
b) móvel, imóvel e móvel.
c) imóvel, imóvel e imóvel.
d) móvel, móvel e móvel.
e) imóvel, móvel e móvel.

065. (CEBRASPE/TCE-PB/AGENTE DE DOCUMENTAÇÃO/2018) Bens que podem ser des-


locados de posição sem perda de sua constituição física e não podem ser transformados em
produtos finais para o mercado são classificados como bens

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a) intangíveis.
b) móveis.
c) semoventes.
d) imóveis.
e) depreciados.

066. (CEBRASPE/TRF 1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017) A respeito de bens públicos,


julgue o item subsequente.
Os bens públicos dominicais são inalienáveis.

(CEBRASPE/TJ-DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) A respeito de bens, julgue o item que se segue.

067. A energia elétrica é bem de uso comum do povo, divisível e imóvel, conforme determi-
nação legal.

068. Os mares classificam-se como bens públicos de uso comum do povo.

069. (CEBRASPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO/2015) Considerando a existência de relação ju-


rídica referente a determinado objeto envolvendo dois sujeitos, julgue o próximo item.
Caso a referida relação jurídica consista em um negócio jurídico de compra e venda e seu
objeto seja um bem imóvel, não havendo declaração expressa em contrário, será considerado
integrante desse imóvel seu mobiliário, uma vez que o acessório deve seguir o principal.

070. (CEBRASPE/TJ-SE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2014) Considerando que Francisco, José e


Luiz tenham-se reunido, em janeiro de 2014, para criar a Associação X, com a finalidade de
auxiliar pessoas carentes em projetos para aquisição de moradia, além de ajudar a executar
projetos de construção e cadastramento dos demais associados, no âmbito de programas
governamentais e assistenciais, julgue o item subsequente.
Em regra, os bens vinculados à Associação X adquiridos por Francisco, José e Luiz não se-
rão considerados bens públicos, ainda que a entidade venha a desenvolver atividade de
cunho social.

071. (CEBRASPE/MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) Julgue o item a seguir acerca de


direitos da personalidade, de registros públicos, de obrigações e de bens.
O uso comum dos bens públicos deve ser sempre gratuito; por isso, a cobrança de valores por
sua utilização caracteriza violação ao interesse social.

(CEBRASPE/CD/ANALISTA LEGISLATIVO/2014) Acerca das diferentes classes de bens, julgue


os itens a seguir.

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072. Os bens de uso especial, como escolas públicas, delegacias e fóruns, podem ser alienados;
ao passo que os bens dominicais são inalienáveis, enquanto conservarem sua qualificação.

073. Os bens móveis são divididos em três categorias: móveis por natureza, móveis por anteci-
pação e móveis por determinação legal, sendo exemplo desses últimos as energias que tenham
valor econômico, tais como a elétrica e a nuclear, e os direitos reais sobre objetos móveis.

074. (CEBRASPE/TJ-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO/2014) Julgue os itens a seguir, relativos a


pessoas, bens e negócios jurídicos.
Pertenças são bens individuais que podem ser produtos, frutos ou benfeitorias do bem principal.

(CEBRASPE/CD/ANALISTA LEGISLATIVO/2014) Julgue os itens subsequentes, relativos aos


bens jurídicos e aos negócios jurídicos.

075. As chamadas pertenças são os bens que, considerados parte integrante de outro bem, se
destinem ao uso, serviço ou aformoseamento desse bem.

076. O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel para os efeitos legais.

077. Há entendimento pacífico no Supremo Tribunal Federal no sentido de que os bens do-
minicais não podem ser adquiridos por usucapião, contudo, observadas as exigências de lei,
podem ser alienados.

078. Os acréscimos sobrevindos ao bem são considerados benfeitorias e passíveis de indeni-


zação, ainda que não haja a intervenção do proprietário, do possuidor ou do detentor.

079. Os frutos e os produtos, para que possam ser objeto de negócio jurídico, devem estar
separados do bem principal.

080. A indivisibilidade de um bem naturalmente divisível pode ser estabelecida por meio de
negócio jurídico.

081. (FGV/TJ-AL/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2018) Determinada sociedade empresarial recebeu


autorização do Poder Executivo municipal para manter uma praça pública, onde poderia, inclu-
sive, divulgar publicidade de sua marca.
Diante dessa situação, afirma-se que a praça é um bem público:
a) de uso comum;
b) alienável;
c) de uso especial;
d) dominical;
e) de uso privado.
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082. (FGV/ALERJ/ESPECIALISTA LEGISLATIVO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2017) O Código


Civil apresenta uma classificação dos bens públicos de acordo com a sua utilidade no âmbito
das atividades da Administração Pública.
De acordo com essa classificação:
a) o uso comum dos bens públicos deve ser sempre gratuito;
b) os bens de uso especial apresentam estrutura de direito privado;
c) os bens dominicais constituem objeto de direito pessoal das entidades públicas;
d) os bens de uso comum são alienáveis enquanto conservarem sua qualificação;
e) todos os bens de uso comum possuem significância histórica, cultural ou ambiental.

083. (FGV/TJ-PI/AJAJ/2015) Jurema comprou uma casa de Mariana. Quando ingressou no


imóvel e iniciou a arrumação de sua mudança, Jurema encontrou uma tela pintada por um
artista de renome mundial, inadvertidamente deixada por quem executou a mudança de Maria-
na. Procurada por Mariana, Jurema recusa-se a devolver a obra de arte em questão. Sobre os
fatos narrados, é correto afirmar que:
a) assiste razão a Jurema, pois o quadro é uma benfeitoria que segue a sorte do bem principal;
b) assiste razão a Jurema, pois o quadro é um produto da casa e, como tal, deve acompanhá-la;
c) não assiste razão a Jurema, pois o quadro, por ser uma acessão, não acompanha o bem
principal;
d) não assiste razão a Jurema, pois o quadro, considerado pertença, não segue a sorte do bem
principal;
e) assiste razão a Jurema, pois o quadro é um fruto do imóvel e dele pode ser destacado.

084. (FGV/TJ-PI/AJAA/2015) Margarida, artista plástica, contratou a compra de madeira de


demolição, proveniente de um prédio do centro histórico de Teresina.
Sobre a situação narrada, é correto afirmar que os bens são considerados:
a) imóveis, pois são materiais de obra pertencentes ao prédio histórico;
b) móveis, pois, por serem provenientes de demolição, não mais integram o prédio;
c) fora do comércio por falta de valor econômico;
d) coisas abandonadas, e é possível adquiri-los por ocupação;
e) imóveis, pois adquirem a natureza do prédio, bem principal.

085. (FGV/PREF. PAULINEA-SP/GUARDA MUNICIPAL/2015) Quanto à teoria dos bens, é


correto afirmar que:
a) são considerados bens móveis tudo aquilo que acede ao solo;
b) são indivisíveis os bens que, compostos por outros bens destacáveis, não têm comprometi-
da sua funcionalidade, quando separados;
c) o solo é considerado um bem imóvel artificial;
d) são considerados bens móveis as ações referentes à propriedade imobiliária;
e) são considerados bens móveis as ações que se referem a direito pessoal.

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086. (FGV/PREF. PAULINEA-SP/GUARDA MUNICIPAL/2015) Quanto à classificação dos


bens, é correto afirmar que:
a) um veículo é considerado uma universalidade de fato;
b) um jogo de pneus é considerado uma universalidade de direito;
c) uma frota de veículos, coletivamente considerada, é uma universalidade de fato;
d) um veículo emplacado e cadastrado individualmente, é um bem fungível;
e) um caminhão é considerado consumível.

087. (FGV/PREF. PAULINEA-SP/GUARDA MUNICIPAL/2015) Em matéria de bens públicos, o


Código Civil estabelece que o seu uso comum:
a) deve ser necessariamente gratuito, já que tais bens pertencem a toda a coletividade de for-
ma geral e abstrata;
b) deve ser necessariamente retribuído, por meio de contribuição econômica por parte dos
particulares beneficiados;
c) pode ser gratuito ou retribuído, conforme decidir arbitrariamente a autoridade competente;
d) pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja
administração pertencerem;
e) deve ser necessariamente oneroso, a fim de que toda a coletividade se beneficie.

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GABARITO
1. C 37. b 73. C
2. d 38. b 74. E
3. a 39. d 75. E
4. E 40. a 76. C
5. b 41. d 77. C
6. C 42. c 78. E
7. c 43. d 79. E
8. d 44. C 80. C
9. E 45. E 81. a
10. d 46. a 82. c
11. a 47. d 83. d
12. c 48. a 84. b
13. b 49. d 85. d
14. c 50. c 86. c
15. d 51. C 87. d
16. b 52. b
17. a 53. b
18. d 54. C
19. d 55. b
20. d 56. d
21. d 57. a
22. d 58. E
23. d 59. E
24. d 60. c
25. b 61. E
26. b 62. C
27. a 63. C
28. c 64. a
29. b 65. b
30. d 66. E
31. a 67. E
32. d 68. C
33. d 69. E
34. a 70. C
35. a 71. E
36. c 72. E

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GABARITO COMENTADO
011. (FCC/TRT 9ª REGIÃO/AJAJ/2015) De acordo com o Código Civil,
a) é considerado imóvel o direito à sucessão aberta.
b) são considerados imóveis as energias que tenham valor econômico.
c) são considerados imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial.
d) são considerados imóveis os direitos reais sobre objetos móveis.
e) são consideradas imóveis as ações correspondentes a direitos reais sobre objetos móveis
ou imóveis.

Análise das alternativas:


a) Certa. Conforme prevê o art. 80, II do CC.
b) Errada. Segundo o art. 83, I do CC, as energias que possuam valor econômico são conside-
radas bens móveis.
c) Errada. Segundo o art. 83, III do CC, os direitos pessoais de caráter patrimonial são conside-
rados bens móveis.
d) Errada. Segundo o art. 83, II do CC, os direitos reais sobre objetos móveis são consideradas
bens móveis.
e) Errada. Segundo o art. 83, II do CC, as ações correspondentes a direitos reais sobre objetos
móveis são consideradas bens móveis. Entretanto, segundo o art. 80, I do CC, as ações corres-
pondentes a direitos reais sobre objetos imóveis são consideradas bens imóveis.
Letra a.

012. (FCC/TRT 1A REGIÃO/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Relativamente aos bens, o Código Civil


estabelece que
a) constituem-se em bens móveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para
nele se reempregarem.
b) consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos pessoais de caráter patrimonial e
respectivas ações.
c) são consumíveis os bens móveis destinados à alienação.
d) consideram-se móveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta.
e) os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis pela vontade das partes,
mas apenas por força de lei.

Análise das alternativas:


a) Errada. Segundo o art. 81, II do CC, não perdem o caráter de imóveis os materiais provisoria-
mente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

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b) Errada. Segundo o art. 83, III do CC, os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respec-
tivas ações são considerados bens móveis.
c) Certa. Vale a pena recordarmos o art. 86 do CC.
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria
substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
d) Errada. Conforme prevê o art. 80, II do CC, o direito à sucessão aberta é considerado
bem imóvel.
e) Errada. Segundo o art. 88 do CC, os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisí-
veis por determinação da lei ou por vontade das partes.
Letra c.

013. (FCC/TRE-SE/AJAJ/2015) No tocante as diferentes classes de bens, considere:


I – Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens
imóveis para os efeitos legais.
II – As energias que possuam valor econômico são consideradas bens móveis para os efei-
tos legais.
III – Os títulos de dívida pública e de dívida particular são considerados bens móveis para os
efeitos legais.
IV – As árvores e os frutos pendentes não destinados ao corte são considerados bens imóveis
por acessão natural.
De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) II, III e IV
c) I e IV.
d) I, II e IV.
e) II e III.

Análise das afirmativas:


I – Errada. Segundo o art. 83, III do CC, os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respec-
tivas ações são considerados bens móveis.
II – Certa. Segundo o art. 83, I do CC, as energias que possuam valor econômico são conside-
radas bens móveis.
III – Certa. Segundo o art. 83, III do CC, os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respec-
tivas ações são considerados bens móveis.
IV – Certa. É considerado acessão natural tudo aquilo que adere ao solo naturalmente, a exem-
plo das árvores, frutos e subsolo.
Letra b.

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014. (FCC/TJ-PI/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Nos termos do Código Civil, é consequência do


caráter de “uso comum do povo” de um bem público, por contraste com os bens dominicais, a
a) possibilidade de integrar o patrimônio de pessoas jurídicas de direito público a que se tenha
dado estrutura de direito privado.
b) necessária gratuidade do uso.
c) impossibilidade de alienação.
d) insuscetibilidade à usucapião.
e) possibilidade de integrar o patrimônio de pessoas jurídicas da Administração Direta.

Tendo em vista que os bens públicos de uso comum do povo estão afetados a uma finalidade
pública e os bens dominicais não estão, a principal diferença entre eles é a possibilidade de
alienação dos bens desafetados (dominicais) e a inalienabilidade dos bens afetados (de uso
comum do povo e de uso especial).

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Letra c.

015. (FCC/TCE-PI/JORNALISTA/2014) Considere:


I – Dinheiro.
II – Sacos de Arroz.
III – Dois kilos de banana prata.
IV – Quadro do Pintor “X” já falecido.
De acordo com o Código Civil brasileiro, são considerados bens fungíveis os indica-
dos APENAS em
a) I, II e IV.
b) II e III.
c) I e IV.
d) I, II e III.
e) III e IV.

A possibilidade de substituição do bem por outro de mesma espécie, qualidade e quantidade


(art. 85 do CC) é uma característica dos bens fungíveis e aplicável aos itens I, II e III.
O quadro do pintor “X” é considerado infungível.
Letra d.

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016. (FCC/TRT 14ª REGIÃO/AJAJ/2016) Nos termos preconizados pelo Código Civil são
considerados bens imóveis para os efeitos legais, dentre outros,
a) os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
b) o direito à sucessão aberta.
c) os direitos reais sobre objetos móveis e respectivas ações.
d) as energias que tenham valor econômico.
e) os materiais provenientes da demolição de algum prédio.

Análise das alternativas:


a) Errada. Segundo o art. 83, III do CC, os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respec-
tivas ações são considerados bens móveis.
b) Certa. Conforme prevê o art. 80, II do CC.
c) Errada. Segundo o art. 83, II do CC, os direitos reais sobre objetos móveis e respectivas
ações são consideradas bens móveis.
d) Errada. Segundo o art. 83, I do CC, as energias que possuam valor econômico são conside-
radas bens móveis.
e) Errada. A assertiva tem como fundamento legal o art. 84 do CC.

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conser-
vam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum
prédio.
Letra b.

017. (FCC/TRF 5ª REGIÃO/AJOJ/2017) Considera-se bem imóvel, para os efeitos legais,


a) o direito à sucessão aberta.
b) o automóvel que, por defeito irreparável do motor, é insuscetível de movimento próprio.
c) a energia que tenha valor econômico.
d) o direito pessoal de caráter patrimonial.
e) o direito real sobre objetos móveis.

Questão com base no art. 80 do CC:

Art. 80 do CC – Consideram-se imóveis para os efeitos legais:


I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – o direito à sucessão aberta.
Letra a.

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018. (FCC/TRT 11ª REGIÃO/AJOJ/2017) A respeito dos bens, é correto afirmar que
a) constitui universalidade de fato o complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas
de valor econômico.
b) os materiais provisoriamente separados de um prédio, mesmo que sejam nele reemprega-
dos, perdem o caráter de imóveis.
c) constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mes-
ma pessoa, tenham destinação unitária.
d) os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por
vontade das partes.
e) as energias que tenham valor econômico são consideradas bens imóveis para os efei-
tos legais.

Análise das alternativas:


a) Errada. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas de uma pessoa,
dotadas de valor econômico.
b) Errada. Os materiais provisoriamente separados de um prédio, mesmo que sejam nele reem-
pregados, não perdem o caráter de imóveis.
c) Errada. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à
mesma pessoa, tenham destinação unitária.
d) Certa. De acordo com o art. 88 do CC.
e) Errada. As energias que tenham valor econômico são consideradas bens móveis para os
efeitos legais.
Letra d.

019. (FCC/TRT 20ª REGIÃO/AJAJ/2016) Marcos ganhou como presentes de casamento, um


quadro assinado por seu autor; um liquidificador de marca conhecida e disponível no mercado,
um relógio de parede, único, que havia pertencido a seu bisavô, e certa quantia em dinheiro.
São considerados bens infungíveis o
a) quadro, o relógio e o dinheiro.
b) dinheiro, apenas.
c) relógio, apenas.
d) relógio e o liquidificador.
e) quadro e o relógio.

Bens infungíveis: são os que possuem características especiais que os tornam distintos de
outros da mesma espécie e qualidade, não permitindo, dessa forma, a sua substituição.
Dessa forma, o quadro e o relógio se enquadrem nessas características.
Letra e.

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020. (FCC/AL-MS/CONSULTOR DE PROCESSO LEGISLATIVO/2016) Donizete passou a re-


sidir no subsolo de prédio público onde funciona posto de atendimento de saúde, ali perma-
necendo por onze anos, com ânimo definitivo e sem oposição. O bem onde reside Donizete é
classificado como bem público
a) dominical, que não pode ser objeto de usucapião.
b) dominical, que pode, no caso, ser objeto de usucapião extraordinária, tendo em vista que
Donizete nele estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição.
c) de uso especial, que pode, no caso, ser objeto de usucapião extraordinária, tendo em vista
que Donizete nele estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição.
d) que pode, no caso, ser objeto de usucapião ordinária, tendo em vista que Donizete nele es-
tabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição.
e) de uso especial, que não pode ser objeto de usucapião.

Como o prédio estava sendo ocupado e nele funciona um posto de atendimento de saúde, te-
mos um bem público de uso especial.

Art. 99 do CC – São bens públicos:


II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
Além disso, por sem um bem público, não é possível que ele seja adquirido por meio de
usucapião.

Art. 102 do CC – Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.


Letra e.

021. (FCC/SEGEP-MA/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/2016) Um diamante de formato e


brilho únicos, exposto em museu de artes, e uma piscina que adorna uma casa de veraneio são
considerados, pelo Código Civil, respectivamente, um bem
a) fungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina.
b) fungível e divisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina.
c) fungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria útil, no caso da piscina.
d) infungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria útil, no caso da piscina.
e) infungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina.

O diamante de formato e brilho únicos é considerado um bem infungível e indivisível. Já a pis-


cina é uma benfeitoria voluptuária, pois se destina a mero deleite ou recreio.
Letra e.

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022. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Segundo o Código Civil de 2002, os bens


públicos são
I – inalienáveis, os dominicais.
II – alienáveis, desde que haja prévia justificativa e autorização do Poder Legislativo.
III – inalienáveis, os bens de uso comum, enquanto conservar a sua qualificação; e inalienáveis
os bens dominicais, observadas as determinações legais.
IV – alienáveis, os bens dominicais, observadas as determinações legais.
V – inalienáveis, os bens públicos de uso comum do povo na forma que a lei determinar.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e V.
b) I, II e III.
c) I, III e IV.
d) II e IV.
e) IV e V.

Análise das afirmativas:


I – Errada. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
II – Errada. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis,
enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
III – Errada. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
IV – Certa. Vide art. 101 do CC.
V – Certa. Vide art. 100 do CC.
Letra e.

023. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/2016) Os bens


que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço
ou ao aformoseamento de outro bem, denominam-se
a) benfeitorias voluptuárias.
b) produtos.
c) benfeitorias necessárias.
d) benfeitorias úteis.
e) pertenças.

Veja o art. 93 do CC:

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Letra e.

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024. (FCC/TRT 15ª REGIÃO/AJAJ/2018) Em relação aos bens,


a) consideram-se como benfeitorias mesmo os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao
bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
b) os naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis somente por vontade das partes.
c) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal como regra abrangem as perten-
ças, salvo as exceções legais.
d) os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conser-
vam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de
algum prédio.
e) são consumíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade

Análise das alternativas:


a) Errada. Em desacordo com o art. 97 do CC:

Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem
a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
b) Errada. Segundo o art. 88 do CC, os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisí-
veis por determinação da lei ou por vontade das partes.
c) Errada. Segundo o art. 94 do CC, as pertenças são exceção ao princípio da gravitação jurídica.
d) Certa. Vide art. 84 do CC.
e) Errada. A assertiva descreve o conceito de bem fungível.
Letra d.

025. (FCC/TRT 6ª REGIÃO/AJOJ/2018) Em relação aos bens,


a) os materiais destinados a alguma construção, mesmo que ainda não empregados, já são
considerados imóveis em razão de sua finalidade.
b) consideram-se imóveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta.
c) são consumíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade.
d) os naturalmente divisíveis conservam sua divisibilidade em qualquer situação, nada obstan-
te a lei ou a vontade das partes em sentido contrário.
e) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal como regra abrangem as perten-
ças, salvo disposição da lei ou do contrato em sentido diverso.

Análise das alternativas:


a) Errada. Vide art. 84 do CC. Há necessidade dos materiais estarem empregados na constru-
ção para serem considerados imóveis.

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b) Certa. Vide art. 80, II do CC.


c) Errada. Vide art. 85 do CC. A definição é de bem fungível.
d) Errada. Vide art. 88 do CC. É possível um bem naturalmente divisível se torne indivisível pela
vontade das partes ou por força de lei.
e) Errada. Vide art. 94 do CC. Como regra, as pertenças não são envolvidas nos negócios que
possuem o bem principal como objeto.
Letra b.

026. (FCC/ASSEMBLEIA LEGISTLATIVA-SE/ANALISTA/2018) De acordo com o Código Ci-


vil, uma praça, um quadro assinado por renomado pintor e as energias que tenham valor eco-
nômico são considerados, respectivamente, bem
a) público de uso especial, bem fungível e bem imóvel.
b) público de uso comum do povo, bem infungível e bem móvel.
c) particular dominical, bem infungível e bem imóvel.
d) público de uso comum do povo, bem infungível e bem imóvel.
e) público de uso comum do povo, bem fungível e bem móvel.

Veja o art. 99, I do CC:

Art. 99. São bens públicos:


I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças
Bens infungíveis: são os que possuem características especiais que os tornam distintos de
outros da mesma espécie e qualidade, não permitindo, dessa forma, a sua substituição. Ex.: a
chuteira do Pelé utilizada na final da copa de 1070.
Finalizando, observe o art. 83, I do CC:

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:


I – as energias que tenham valor econômico;
Letra b.

027. (FCC/ TRT 6ª REGIÃO/AJOJ/2017) Considera-se bem imóvel, para os efeitos legais,
a) o direito à sucessão aberta.
b) o automóvel que, por defeito irreparável do motor, é insuscetível de movimento próprio.
c) a energia que tenha valor econômico.
d) o direito pessoal de caráter patrimonial.
e) o direito real sobre objetos móveis.

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A questão em como fundamento o art. 80, II do CC:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:


II – o direito à sucessão aberta.
Letra a.

028. (FCC/ TRT 1ª REGIÃO/AJOJ/2016) Sobre os bens reciprocamente considerados, e de


acordo com o que estabelece o Código Civil, considere:
I – São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo du-
radouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
II – Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal abrangem as pertenças de acor-
do com as circunstâncias do caso.
III – As benfeitorias úteis são aquelas que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o
tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
IV – Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem
sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e IV.
b) I e II.
c) I e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.

Análise das afirmativas:


I – Certa. Vide art. 93 do CC.
II – Errada. Vide art. 94 do CC. Como regra, as pertenças não são envolvidas nos negócios que
possuem o bem principal como objeto.
III – Errada. Vide art. 96 do CC. O erro está no advérbio “não”.
IV – Certa. Vide art. 97 do CC.
Letra c.

029. (FCC/TRE-SE/AJAJ/2015) No tocante as diferentes classes de bens, considere:


I – Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens
imóveis para os efeitos legais.
II – As energias que possuam valor econômico são consideradas bens móveis para os efei-
tos legais.

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III – Os títulos de dívida pública e de dívida particular são considerados bens móveis para os
efeitos legais.
IV – As árvores e os frutos pendentes não destinados ao corte são considerados bens imóveis
por acessão natural.
De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) II, III e IV
c) I e IV.
d) I, II e IV.
e) II e III.

Análise das afirmativas:


I – Errada. Vide art. 83, III do CC.
II – Certa. Vide art. 83, I do CC.
III – Certa. Trata-se de um bem móvel propriamente dito.
IV – Certa. Vide art. 79 do CC.
Letra b.

030. (FCC/TJ-RR/JUIZ SUBSTITUTO/2015) NÃO podem ser objeto de alienação:


a) os imóveis considerados por lei como bem de família.
b) em nenhuma hipótese, os bens públicos de uso especial e os dominicais.
c) os frutos e produtos não separados do bem principal.
d) a herança de pessoa viva e os bens impenhoráveis por disposição testamentária.
e) os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial, enquanto conservarem legal-
mente essa qualificação.

A questão tem como fundamento o art. 100 do CC:

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Letra e.

031. (FCC/TCM-GO/PROCURADOR/2015) Quanto aos bens


a) materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam
sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de al-
gum prédio.
b) naturalmente divisíveis, podem tornar-se indivisíveis somente por determinação da lei.

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c) imóveis, adquirem esta qualidade as energias que tenham valor econômico para os efei-
tos legais.
d) móveis ou imóveis, são fungíveis os que podem ser substituídos por outros da mesma es-
pécie, qualidade e quantidade.
e) imóveis, perdem este caráter as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua
unidade, forem removidas para outro local.

Análise das alternativas:


a) Certa. Fundamentada no art. 84 do CC:

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conser-
vam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum
prédio.
b) Errada. Vide art. 88 do CC.
c) Errada. Vide art. 83, I do CC.
d) Errada. Vide art. 85 do CC.
e) Errada. Vide art. 81, I do CC.
Letra a.

032. (FCC/TCM-GO/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2015) Em relação aos bens, considere as


afirmativas:
I – São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
II – Consideram-se bens imóveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta, bem como
os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram.
III – Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econô-
mico, os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes, bem como os direi-
tos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Está correto o que se afirma em
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.

Todas afirmativas estão corretas, fundamentando-se nos seguintes art. do CC:

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

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I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – o direito à sucessão aberta.
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Letra e.

033. (FCC/TCM-GO/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2015) Carlos construiu uma casa em ter-


reno que recebeu de seu pai. Posteriormente, empreendeu reforma na casa, retirando-lhe as
portas a fim de pintá-las e reempregá-las na construção. No terreno, incorporou-se, natural-
mente, uma goiabeira. Consideram-se imóveis
a) a casa e a goiabeira.
b) o terreno, a casa e a goiabeira.
c) o terreno, apenas.
d) o terreno e a casa.
e) o terreno, a casa, as portas e a goiabeira.

A questão tem como fundamento os seguintes art. do CC:

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – o direito à sucessão aberta.
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para
outro local;
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
Letra e.

034. (FCC/TRF 4ª REGIÃO/AJAJ/2014) Considere as seguintes hipóteses:


I – Mario removeu sua casa pré-fabricada para outro local, retirando-a do solo e colocando-a
em veículo especial.
II – Maria possui direito real sobre o veículo marca X, modelo Y, ano 2012.
III – Carmelita possui direito à sucessão aberta.
IV – Marta removeu as janelas de sua moradia e colocou-as, durante a realização de outros
serviços, em um depósito para posterior recolocação no local em que se encontravam.
Nestes casos, de acordo com o Código Civil brasileiro, são exemplos de bens imóveis os indi-
cados APENAS em

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a) I, III e IV.
b) II e IV.
c) I e II.
d) II, III e IV.
e) I e III.

A questão apoia-se nos mesmos artigos citados na Questão 23.


A única assertiva errada (II) trata de um direito real sobre bem móvel (veículo) que, por força de
lei, também é considerado bem móvel.
Letra a.

035. (FCC/MPC-MS/ANALISTA DE CONTAS/2013) A colheita de uma plantação é con-


siderada bem
a) móvel por antecipação.
b) imóvel por natureza.
c) móvel por natureza ou essência.
d) móvel por destinação legal.
e) imóvel por destinação legal.

São bens móveis por antecipação aqueles bens imóveis que têm uma finalidade última como
móvel. Assim, mesmo temporariamente imóveis não perdem o caráter de bem móvel, em ra-
zão de sua finalidade, a exemplo das árvores plantadas para corte.
Letra a.

036. (FCC/SEAD-AP/ANALISTA JURÍDICO/2018) De acordo com o Código Civil, são


bens públicos:
a) os dominicais, tais como os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
b) os de uso comum do povo, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou esta-
belecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas
autarquias.
c) os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
d) os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito privado, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
e) os de uso comum do povo, apenas.

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A questão tem como fundamento o art. 99 do CC:

Art. 99. São bens públicos:


I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como ob-
jeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes
às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Letra c.

037. (FCC/CLDF/PROCURADOR LEGISLATIVO/2018) Em relação aos bens, sua classifica-


ção e espécies,
a) consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta.
b) conservam sua qualidade de bens móveis os materiais destinados a alguma construção,
enquanto não forem empregados; readquirem essa qualidade de bens móveis os provenientes
da demolição de algum prédio.
c) não perdem o caráter de bens móveis as edificações que, separadas do solo, mas conser-
vando sua unidade, forem removidas para outro local.
d) entre outros, consideram-se bens imóveis para efeitos legais os direitos pessoais de caráter
patrimonial e ações respectivas.
e) são divisíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância,
sendo também considerados tais os destinados à alienação.

Análise das alternativas:


a) Errada. O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel.
b) Certa. Em conformidade com o art. 84 do CC:
c) Errada. As edificações que, separadas do solo, mas conservando sua unidade, forem remo-
vidas para outro local não perdem o caráter de bens imóveis.
d) Errada. Os direitos pessoais de caráter patrimonial são considerados bens móveis.
e) Errada. A assertiva descreve o conceito de bem consumível.
Letra b.

038. (FCC/DPE-RS/DEFENSOR PÚBLICO/2018) Sobre os bens, é correto afirmar:


a) O direito de habitação é um bem móvel.
b) Segundo o Superior Tribunal de Justiça, os aparelhos de adaptação para direção por defi-
ciente físico são pertenças.

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Bens
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c) A energia extraída de uma usina hidrelétrica é um bem imóvel.


d) Não é possível convencionar a indivisibilidade de bens naturalmente divisíveis e fungíveis.
e) O imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação, de titularidade da Caixa Eco-
nômica Federal, mas ocupado por particular há mais de 15 (quinze) anos, considera-se bem
particular, consoante jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.

Análise das alternativas:


a) ERRADA. O direito de habitação é um direito real sobre bem imóvel e, por isso, é considerado
bem imóvel.
b) CERTA. Em conformidade com a jurisprudência do STJ:

JURISPRUDÊNCIA
Devedor que perdeu o veículo tem direito de retirar aparelhos instalados no carro para
permitir a direção por deficiente físico. Havendo adaptação de veículo, em momento pos-
terior à celebração do pacto fiduciário, com aparelhos para direção por deficiente físico,
o devedor fiduciante tem direito a retirá-los quando houver o descumprimento do pacto e
a consequente busca e apreensão do bem.
STJ. 4ª Turma. REsp 1.305.183-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 18/10/2016
(Info 594).

c) ERRADA. A energia extraída de uma usina hidrelétrica é uma energia com valor econômico
sendo considerada bem móvel.
d) ERRADA. É possível convencionar a indivisibilidade de bens naturalmente divisíveis e fungí-
veis por meio do comodato ad pompam vel ostentationem.
e) ERRADA. Em desacordo com a jurisprudência do STJ.

JURISPRUDÊNCIA
IMÓVEIS VINCULADOS AO SFH NÃO SÃO SUSCETÍVEIS DE USUCAPIÃO
O imóvel da Caixa Econômica Federal vinculado ao Sistema Financeiro de Habitação,
como está afetado à prestação de um serviço público, deve ser tratado como bem público,
sendo, pois, imprescritível (insuscetível de usucapião).
STJ. 3ª Turma. REsp 1.448.026-PE, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 17/11/2016 (Info
594).

Letra b.

039. (FCC/TRT 19ª REGIÃO/AJAJ/2014) Por ocasião da morte de Benedita, um de seus her-
deiros, Bento, propõe que seu anel de noivado, que compõe um dos bens da herança, seja
dividido entre ele e o irmão,
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Bens
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Sebastião, com o derretimento do ouro e o fracionamento de um grande diamante que o orna-


menta. Sebastião se opõe, no que
a) não está certo, pois os bens móveis são divisíveis por natureza.
b) está certo, pois os bens infungíveis não podem ser alienados.
c) não está certo, pois, com o emprego da técnica correta, este anel pode ser dividido em par-
tes iguais.
d) está certo, pois este anel é um bem indivisível, vez que o fracionamento causaria diminuição
considerável de seu valor.
e) não está certo, pois, com a morte de Benedita, este anel passou a ser um bem fungível.

O art. 87 do CC conceitua o que vem a ser bem divisível:

Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Sendo assim, fazendo uma interpretação contrario sensu, o bem indivisível é aquele que não se
pode fracionar sem alteração na sua substância, sem diminuição considerável de valor, ou sem
prejuízo do uso a que se destinam.
Letra d.

040. (FCC/TRT 18ª REGIÃO/AJAJ/2013) Livro contendo dedicatória de um de seus auto-


res é um bem
a) móvel, infungível, indivisível e singular.
b) imóvel por equiparação, fungível, indivisível e singular.
c) móvel, infungível, divisível e coletivo.
d) móvel, fungível, divisível e singular.
e) imóvel por equiparação, infungível, indivisível e coletivo.

O livro é um bem móvel, mas a dedicatória o torna infungível. Além disso é indivisível e singular.
Letra a.

041. (FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/PROCURADOR/2016) Caio estabeleceu-se, com


animus domini, em praça pública abandonada pelo Município. Decorridos mais de 20 anos,
sem oposição das pessoas que frequentavam o local, requereu fosse declarada usucapida a
área. Tal praça constitui bem
a) de uso comum do povo, suscetível de usucapião, em caso de abandono pelo poder público.
b) de uso especial, insuscetível de usucapião, assim como os de uso comum do povo e os
dominicais.
c) dominical, suscetível de usucapião, ainda que conserve tal qualificação.

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Bens
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d) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, diferentemente dos bens de uso especial
e dos dominicais.
e) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os de uso especial e os
dominicais.

A questão tem como fundamento os arts. 99, I e 102 do CC:

Art. 99. São bens públicos:


I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Também é interessante mencionarmos a Súmula 340 do STF:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 340 do STF: Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os
demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.

Letra e.

042. (FCC/TCE-SP/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS/2013) Em relação aos bens, é cor-


reto afirmar:
a) Os melhoramentos sobrevindos ao bem consideram- se benfeitorias, mesmo que sem a
intervenção do proprietário, do possuidor ou do detentor.
b) Os negócios atinentes ao principal sempre abrangem as pertenças.
c) Os bens públicos dominicais podem ser alienados, atendidas as exigências da lei.
d) Os bens públicos estão sujeitos à usucapião.
e) As energias que tiverem valor econômico consideram-se imóveis.

Análise das alternativas:


a) Errada. Só é considerado benfeitoria o melhoramento proveniente da intervenção do proprie-
tário, do possuidor ou do detentor.
b) Errada. As pertenças representam uma exceção à regra de que o acessório segue o principal.
c) Certa. Em conformidade com o art. 101 do CC.
d) Errada. Os bens públicos não estão sujeitos à usucapião.
e) Errada. As energias que tiverem valor econômico consideram-se móveis.
Letra c.

043. (FCC/ARSETE/ADVOGADO/2016) Os bens que, não constituindo partes integrantes,


se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro bem,
denominam-se

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a) benfeitorias voluptuárias.
b) produtos.
c) benfeitorias necessárias.
d) benfeitorias úteis.
e) pertenças.

A questão tem como fundamento os art. 93 do CC:

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo du-
radouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Letra e.

044. (CEBRASPE/ANCINE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO ATIVIDADE CINEMATOGRÁ-


FICA E AUDIOVISUAL/2013) Para efeitos legais, são considerados bens móveis os direitos
pessoais de caráter patrimonial e bem imóvel, o direito à sucessão aberta.

Questão com fundamento nos arts. 80 e 83 do CC:

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:


I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – o direito à sucessão aberta.
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Certo.

045. (CEBRASPE/ANCINE/TODOS OS CARGOS/2013) A escola pública é exemplo de bem


de uso comum do povo.

Segundo a classificação dos bens públicos delineada pelo art. 99 do CC, a escola pública é um
bem de uso especial
Errado.

046. (CEBRASPE/SEFAZ-RS/AUDITOR FISCAL/2019) De acordo com o Código Civil, terre-


no destinado ao estabelecimento de uma autarquia em determinado estado federado é um
bem público

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Bens
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a) de uso especial, que é inalienável enquanto conservar sua qualificação.


b) singular, que é alienável desde que observada a forma como a lei determinar que ocor-
ra esse ato.
c) dominical, que é alienável desde que observada a forma como a lei determinar que ocor-
ra esse ato.
d) de uso comum, que é inalienável enquanto conservar sua qualificação.
e) de uso restrito, que é inalienável enquanto conservar sua qualificação.

De acordo com o art. 99, II do CC, são bens públicos de uso especial, tais como edifícios ou ter-
renos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial
ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
Letra a.

047. (CEBRASPE/MPE-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2019) A respeito da classificação dos


bens, é correto afirmar que
a) são fungíveis os bens móveis ou imóveis que possam ser substituídos por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade.
b) os bens podem ser divididos em consumíveis e não consumíveis; contudo, esses últimos,
quando sofrem deteriorações devido ao uso, passam a ser incluídos no conceito de bens
consumíveis.
c) os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis apenas por determinação legal,
não se admitindo, assim, que um negócio jurídico estabeleça a indivisibilidade da coisa.
d) a lei, ao tratar dos bens reciprocamente considerados, determina que os seus frutos e pro-
dutos possam ser objeto de negócio jurídico desde que separados do bem principal.
e) a aquisição de bens móveis se dá por simples tradição, enquanto a de bens imóveis exige
escritura pública e registro em cartório, com exceção daqueles cujo valor atinja até trinta vezes
o maior salário-mínimo do país.

Análise das afirmativas:


a) Errada. Imóvel não pode ser considerado um bem fungível.
b) Errada. Não há previsão legal de transformação do bem consumível em não consumível.
c) Errada. A indivisibilidade também pode ser convencionada pelas partes negociantes.
d) Errada. Não há necessidade de separação do bem principal para que um bem acessório seja
objeto de negócio jurídico.
e) Certa. Em conformidade com os arts. 108 e 1267 do CC:

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Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios
jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre
imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição.
Letra e.

048. (CEBRASPE/TCE-RO/PROCURADOR DO MP DE CONTAS/2019) Em relação ao regime


jurídico dos bens públicos, julgue os itens a seguir.
I – Exceto os bens do domínio nacional pertencentes a pessoas jurídicas de direito público in-
terno, que são públicos, todos os demais bens são particulares, independentemente da pessoa
a que pertencerem.
II – O uso comum dos bens públicos, como estradas e edifícios públicos, pode ser gratuito ou
retribuído, conforme for estabelecido pela entidade a que pertencerem.
III – Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação.
IV – A alienação de bens móveis dependerá de autorização legislativa, de avaliação prévia e de
licitação, realizada na modalidade de concorrência.
Estão certos apenas os itens
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

Análise das afirmativas:


I – Certa. Em conformidade com o art. 98 do CC.
II – Errada. O art. 103 do CC dispõe que o uso pode ser gratuito ou retribuído, conforme a lei e
não de acordo com a entidade.
III – Certa. Em conformidade com o art. 100 do CC.
IV – Errada. Em desacordo com o art. 17, I, da Lei n. 8.666/1993:

Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse públi-
co devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I – quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e en-
tidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de
avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência
Letra a.

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Bens
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049. (CEBRASPE/TJ-DFT/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – REMO-


ÇÃO/2019) Os terrenos de marinha são bens imóveis
a) privados e estão sujeitos à servidão administrativa referente ao pagamento do foro e
do laudêmio.
b) privados sujeitos à enfiteuse e seu domínio útil pertence à União.
c) dominicais da União sujeitos ao regime da anticrese, e seu domínio útil pertence à União.
d) da União sujeitos ao regime da anticrese, sujeitando o foreiro ao pagamento do foro e
do laudêmio.
e) da União sujeitos ao regime da enfiteuse e seu domínio útil pertence ao foreiro.

O art. 20, VII da CF dispõe que:

Art. 20. São bens da União:


(...)
VII – os terrenos de marinha e seus acrescidos;
Adicionalmente, o art. 4º do DL n. 3.438/1941 menciona:

Art. 4º Ficam sujeitos ao regime enfitêutico os terrenos de marinha e os seus acrescidos, exceto
aqueles necessários aos logradouros e aos serviços públicos ou quando houver disposição legal
em sentido diverso.
Letra e.

050. (CEBRASPE/TJ-BA/JUIZ SUBSTITUTO/2019) De acordo com o Código Civil, são


bens móveis
a) os direitos à sucessão aberta.
b) os materiais que estejam separados provisoriamente de um prédio, para nele serem re-
empregados.
c) os materiais provenientes da demolição de um prédio.
d) as edificações que, estando separadas do solo, puderem ser movimentadas para outro local,
conservando sua unidade.
e) os materiais empregados em alguma construção.

As alternativas, A, B, D e E descrevem bens imóveis, nos termos dos arts. 79, 80 e 81 do CC.
A alternativa C está fundamentada no art. 84 do CC:

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conser-
vam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum
prédio.
Letra c.

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051. (CEBRASPE/TCE-RN/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/2015) Com relação a


bens, fato e negócio jurídico, julgue o item seguinte.
A energia elétrica, considerada um bem móvel, é suscetível de apropriação alheia e passível de
causar dano patrimonial.

Segundo o art. 83, I do CC, as energias que possuam valor econômico são consideradas
bens móveis.
Certo.

052. (CEBRASPE/TJDFT/JUIZ SUBSTITUTO/2015) A respeito dos bens, assinale a opção


correta à luz da jurisprudência pertinente.
a) Os bens naturalmente divisíveis não se podem tornar indivisíveis.
b) É possível a cobrança de retribuição pecuniária pelo uso comum dos bens públicos.
c) Considera-se bem infungível a produção agrícola tanto de pessoa física quanto de pes-
soa jurídica.
d) Com a abertura da sucessão, a herança incorpora-se ao patrimônio do herdeiro na qualidade
de bem imóvel divisível.
e) São considerados bens imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respec-
tivas ações.

Análise das alternativas:


a) Errada. Segundo o art. 88 do CC, os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisí-
veis por determinação da lei ou por vontade das partes.
b) Certa. Dispõe o art. 103 do CC que o uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retri-
buído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
c) Errada. Se uma determinada produção agrícola pode ser substituída por outra de mesma es-
pécie, qualidade e quantidade, então ela deve ser considerada, segundo o art. 85 do CC, como
um bem fungível.
d) Errada. Segundo o art. 1791, § único do CC, desde a abertura da sucessão hereditária até o
momento da partilha, a herança será considerada, por força de lei, um bem indivisível.

Art. 1791, Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto à propriedade e posse
da herança, será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio.
e) Errada. Segundo o art. 83, III do CC, os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respec-
tivas ações são considerados bens móveis.
Letra b.

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053. (CEBRASPE/TRE-RS/AJAA/2015) No que diz respeito às diferentes espécies de bens e


as suas classificações, assinale a opção correta.
a) Os bens públicos de uso comum são considerados bens públicos por natureza, diferentemen-
te dos bens públicos de uso especial e dos dominicais que são equiparados aos bens privados.
b) Os animais, também denominados semoventes, são considerados espécies de bens móveis
por natureza, já que possuem movimento próprio.
c) A energia elétrica, embora possua valor econômico, não pode ser considerada como bem
móvel ou imóvel, sendo considerada res nullius.
d) Consideram-se bens incorpóreos aqueles bens que podem ser incorporados ao patrimônio
pessoal, pois, além de serem concretos, podem ser palpáveis e mensuráveis economicamente.
e) Diz-se infungíveis aqueles bens que podem ser substituídos por outros da mesma quantida-
de, qualidade e espécie, como é o caso do dinheiro.

Análise das alternativas:


a) Errada. O erro está na equiparação aos bens privados.
b) Certa. De acordo com o art. 82 do CC.
c) Errada. Res nulius é a designação em latim para coisa sem dono, o que não é o caso da
energia elétrica. Segundo o art. 83, I do CC, as energias que possuam valor econômico são
consideradas bens móveis.
d) Errada. Os bens incorpóreos não podem ser concretos, somente abstratos.
e) Errada. A possibilidade de substituição do bem por outro de mesma espécie, qualidade e
quantidade (art. 85 do CC) é uma característica dos bens fungíveis.
Letra b.

054. (CEBRASPE/TCE-RN/ASSESSOR JURÍDICO/2015) A respeito das pessoas, dos bens e


dos fatos jurídicos, julgue o item a seguir.
As pertenças, em regra, não seguem o bem principal posto que não se constituem em partes
integrantes.

A assertiva trata do princípio da gravitação jurídica previsto no art. 94 do CC.

Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, sal-
vo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
Ou seja, se uma casa de praia é vendida, entende-se que a piscina (benfeitoria) está incluída na
venda. Entretanto, o mesmo não se pode inferir do quadro (pertença) que estava na parede da
casa, pois as pertenças são exceção à regra de que o acessório segue o principal.
Certo.

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055. (CEBRASPE/TJ-AM/JUIZ SUBSTITUTO/2016) A propósito dos bens e do domicílio, as-


sinale a opção correta com fundamento nos dispositivos legais, na doutrina e no entendimento
jurisprudencial pátrio.
a) Possuem domicílio necessário ou legal o militar, o incapaz, o servidor público, a pessoa jurí-
dica de direito privado e o preso.
b) Pelo princípio da gravitação jurídica, a propriedade dos bens acessórios segue a sorte do bem
principal, podendo, entretanto, haver disposição em contrário pela vontade da lei ou das partes.
c) O atributo da fungibilidade de um bem decorre exclusivamente de sua natureza.
d) Os rendimentos são considerados produto da coisa, já que sua extração e sua utilização não
diminuem a substância do bem principal.
e) Ao possuidor de boa-fé faculta-se o exercício do direito de retenção para ver-se indenizado
das benfeitorias úteis e voluptuárias, quando estas não puderem ser levantadas sem prejuízo
ao bem principal.

Análise das alternativas:


a) Errada. Conforme estudado na aula anterior (art. 76 do CC), a pessoa jurídica de direito pri-
vado não tem domicílio necessário ou legal.
b) Certa. Conforme prevê o art. 94 do CC.
c) Errada. Estudamos que a fungibilidade e a consuntibilidade podem ser convencionadas pe-
las partes no caso do comodato ad pompam vel ostentationem.
d) Errada. Os rendimentos são considerados frutos da coisa, já que sua extração e sua utiliza-
ção não diminuem a substância do bem principal.
e) Errada. A assertiva trata de um assunto não compreendido nesta aula, mas, para não ficar
uma lacuna, segue o art. 1219 do CC que fundamenta a alternativa.

Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis,
bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem de-
trimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e
úteis.
Ou seja, o valor das benfeitorias necessárias e úteis são devidos ao possuidor de boa-fé, inde-
pendentemente da possibilidade de levantá-las.
Somente a benfeitoria voluptuária que gera indenização caso não possa ser levantada.
O assunto será estudado no tópico Posse e Propriedade.
Letra b.

056. (CEBRASPE/DPE-AL/DEFENSOR PÚBLICO/2017) Assinale a opção que apresenta


exemplo de bem imóvel.
a) tijolo de casa demolida
b) hipoteca de um navio

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c) penhor de joia rara


d) energia elétrica de uma fábrica de cimento
e) maçã pendente de colheita

Análise das alternativas:


a) Errada. O material proveniente de demolição é considerado bem móvel.
b) Errada. O navio é um bem móvel. Sendo assim, o direito real de hipoteca assegurando um
bem móvel também é considerado bem móvel.
Tenha cuidado, pois nem sempre a hipoteca tem como objeto bem imóvel.
c) Errada. Como a joia é um bem móvel, o direito real de penhor assegurando um bem móvel
também é considerado bem móvel.
d) Errada. A energia elétrica é considerada bem móvel.
e) Certa. A árvore, por estar ligada ao solo, é um bem imóvel por acessão natural. A maçã liga-
da à árvore também é considerada um bem imóvel por acessão natural.
Letra e.

057. (CEBRASPE/PGE-SE/PROCURADOR/2017) De acordo com a classificação doutrinária


dos bens, o valor pago a título de aluguel ao proprietário de um imóvel é denominado
a) fruto.
b) pertença.
c) benfeitoria.
d) imóvel por acessão.
e) produto.

Quanto à origem os frutos dividem-se em:


• frutos naturais: aqueles produzidos pela força orgânica (ex.: bezerro, carneiro, maçã,
laranja);
• frutos industriais: os produzidos pela arte humana (ex.: tecido produzido pelo tear); e
• frutos civis: aqueles produzidos pela coisa em razão da cessão remunerada da posse
(ex.: rendimentos, juros, aluguel).
Letra a.

058. (CEBRASPE/TCE-PA/AUXILIAR TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/2016) São consi-


derados bens particulares aqueles pertencentes a pessoas jurídicas de direito público interno
às quais se tenha dado estrutura de direito privado.

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Bens
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A questão tem como fundamento a péssima redação do art. 99, § único do CC:

Art. 99, Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens per-
tencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Errado.

059. (CEBRASPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016) Para serem objeto de


negócio jurídico, os frutos devem estar já separados do bem principal.

A questão tem como fundamento o art. 95 do CC:

Art. 95 do CC – Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser
objeto de negócio jurídico.
Errado.

060. (CEBRASPE/TRT 8ª REGIÃO/AJAJ/2016) Com referência aos bens, assinale a op-


ção correta.
a) As benfeitorias úteis são aquelas indispensáveis à conservação do bem ou para evitar sua
deterioração, acarretando ao mero possuidor que as realize o direito à indenização e retenção
do bem principal.
b) Um bem divisível por natureza não pode ser considerado indivisível pela simples vontade
das partes, devendo tal indivisibilidade ser determinada por lei.
c) O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que todos os bens deixados
pelo falecido sejam móveis.
d) Bens infungíveis são aqueles cujo uso importa sua destruição.
e) Os frutos são as utilidades que não se reproduzem periodicamente; por isso, se os frutos
são retirados da coisa, a sua quantidade diminui.

Análise das alternativas:


a) Errada. A assertiva define as benfeitorias necessárias.
b) Errada. É possível se convencionar a indivisibilidade.
c) Certa. Em conformidade com o art. 80, II do CC.
d) Errada. A assertiva define o que vem a ser bem consumível.
e) Errada. A assertiva define o que vem a ser produto.
Letra c.

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Bens
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061. (CEBRASPE/TCU/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/2013) Julgue o próxi-


mo item, relativo a bens públicos.
Os edifícios destinados a serviço público são considerados bens de uso comum do povo, in-
suscetíveis de usucapião.

Os edifícios destinados a serviço público são considerados bens de uso especial, insuscetíveis
de usucapião.
Quanto à impossibilidade de usucapião, tal característica atinge todos os bens públicos.

Art. 102 do CC – Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.


Errado.

062. (CEBRASPE/TCE-SC/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/2016) Com rela-


ção à vigência das leis, às pessoas naturais, às pessoas jurídicas e aos bens, julgue o item
subsequente.
O valor decorrente do aluguel de determinado imóvel é considerado bem acessório.

São bens acessórios os frutos, os produtos, as pertenças e as benfeitorias. Como o aluguel é


um fruto civil, então realmente é um bem acessório.
Certo.

063. (CEBRASPE/TCDF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2012) Julgue o item que se se-


gue, relativo à disciplina dos bens públicos.
Os bens públicos de uso especial, integrados no patrimônio do ente político e afetos à execu-
ção de um serviço público, são inalienáveis e imprescritíveis.

A assertiva trata da característica da inalienabilidade e da imprescritibilidade dos bens públicos.


Certo.

064. (CEBRASPE/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Determinado indivíduo tinha direito


de usufruto de uma casa. Tal direito era transmissível a seus sucessores que com ele habitas-
sem à época de sua morte. Além disso, ele era proprietário de um pequeno barco. Quando de
seu falecimento, foi aberta a sucessão.
De acordo com o Código Civil, os referidos bens — direito real de usufruto; direito real sobre o
barco; direito à sucessão aberta — são classificados, respectivamente, como bens
a) imóvel, móvel e imóvel.
b) móvel, imóvel e móvel.

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c) imóvel, imóvel e imóvel.


d) móvel, móvel e móvel.
e) imóvel, móvel e móvel.

Usufruto de uma casa é um direito real sobre bem imóvel, sendo considerado como bem imó-
vel por equiparação legal.
A propriedade do barco é considerada um bem móvel.
O direito à sucessão aberta, seja qual for o bem da herança, é classificado como bem imóvel
por equiparação legal.
Letra a.

065. (CEBRASPE/TCE-PB/AGENTE DE DOCUMENTAÇÃO/2018) Bens que podem ser des-


locados de posição sem perda de sua constituição física e não podem ser transformados em
produtos finais para o mercado são classificados como bens
a) intangíveis.
b) móveis.
c) semoventes.
d) imóveis.
e) depreciados.

Questão com fundamento no art. 82 do CC:

Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem
alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Letra b.

066. (CEBRASPE/TRF 1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017) A respeito de bens públicos,


julgue o item subsequente.
Os bens públicos dominicais são inalienáveis.

A assertiva está em desacordo com o art. 101 do CC:

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Errado.

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(CEBRASPE/TJ-DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) A respeito de bens, julgue o item que se segue.

067. A energia elétrica é bem de uso comum do povo, divisível e imóvel, conforme determi-
nação legal.

A energia elétrica não é um bem público de uso comum do povo e também não é imóvel.
Errado.

068. Os mares classificam-se como bens públicos de uso comum do povo.

Em conformidade com o art. 99, I do CC.


Certo.

069. (CEBRASPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO/2015) Considerando a existência de relação ju-


rídica referente a determinado objeto envolvendo dois sujeitos, julgue o próximo item.
Caso a referida relação jurídica consista em um negócio jurídico de compra e venda e seu
objeto seja um bem imóvel, não havendo declaração expressa em contrário, será considerado
integrante desse imóvel seu mobiliário, uma vez que o acessório deve seguir o principal.

A assertiva está em desacordo com o art. 94 do CC que trata do princípio da gravitação jurídica:

Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, sal-
vo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
Errado.

070. (CEBRASPE/TJ-SE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2014) Considerando que Francisco, José e


Luiz tenham-se reunido, em janeiro de 2014, para criar a Associação X, com a finalidade de
auxiliar pessoas carentes em projetos para aquisição de moradia, além de ajudar a executar
projetos de construção e cadastramento dos demais associados, no âmbito de programas
governamentais e assistenciais, julgue o item subsequente.
Em regra, os bens vinculados à Associação X adquiridos por Francisco, José e Luiz não se-
rão considerados bens públicos, ainda que a entidade venha a desenvolver atividade de
cunho social.

Tendo em vista que a Associação X é uma pessoa jurídica de direito privado, os bens a ela
pertencentes possuirão a mesma natureza jurídica.
Certo.

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071. (CEBRASPE/MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) Julgue o item a seguir acerca de


direitos da personalidade, de registros públicos, de obrigações e de bens.
O uso comum dos bens públicos deve ser sempre gratuito; por isso, a cobrança de valores por
sua utilização caracteriza violação ao interesse social.

A assertiva está em desacordo com o art. 103 do CC:

Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabeleci-
do legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
Errado.

(CEBRASPE/CD/ANALISTA LEGISLATIVO/2014) Acerca das diferentes classes de bens, julgue


os itens a seguir.

072. Os bens de uso especial, como escolas públicas, delegacias e fóruns, podem ser alienados;
ao passo que os bens dominicais são inalienáveis, enquanto conservarem sua qualificação.

A assertiva está em desacordo com o art. 100 e 101 do CC:

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Errado.

073. Os bens móveis são divididos em três categorias: móveis por natureza, móveis por anteci-
pação e móveis por determinação legal, sendo exemplo desses últimos as energias que tenham
valor econômico, tais como a elétrica e a nuclear, e os direitos reais sobre objetos móveis.

Segundo o art. 83, I e II do CC, as energias que possuam valor econômico e os direitos reais
sobre objetos móveis são consideradas bens móveis.
Certo.

074. (CEBRASPE/TJ-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO/2014) Julgue os itens a seguir, relativos a


pessoas, bens e negócios jurídicos.
Pertenças são bens individuais que podem ser produtos, frutos ou benfeitorias do bem principal.

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A assertiva refere-se ao art. 93 do CC.

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo du-
radouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Errado.

(CEBRASPE/CD/ANALISTA LEGISLATIVO/2014) Julgue os itens subsequentes, relativos aos


bens jurídicos e aos negócios jurídicos.

075. As chamadas pertenças são os bens que, considerados parte integrante de outro bem, se
destinem ao uso, serviço ou aformoseamento desse bem.

Mais uma assertiva que cobra conhecimento do art. 93 do CC.

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo du-
radouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Errado.

076. O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel para os efeitos legais.

Em consonância com o art. 80, II do CC.

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:


I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – o direito à sucessão aberta.
Certo.

077. Há entendimento pacífico no Supremo Tribunal Federal no sentido de que os bens do-
minicais não podem ser adquiridos por usucapião, contudo, observadas as exigências de lei,
podem ser alienados.

A assertiva cobra conhecimentos dos arts. 101 e 102 do CC e da Súmula 340 do STF.

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Súmula 340 do STF: Desde a vigência do código civil, os bens dominicais, como os demais bens
públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.
Certo.

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078. Os acréscimos sobrevindos ao bem são considerados benfeitorias e passíveis de indeni-


zação, ainda que não haja a intervenção do proprietário, do possuidor ou do detentor.

Em desacordo com o art. 97 do CC.

Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem
a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
Errado.

079. Os frutos e os produtos, para que possam ser objeto de negócio jurídico, devem estar
separados do bem principal.

Em desacordo com o art. 95 do CC.

Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de
negócio jurídico.
Errado.

080. A indivisibilidade de um bem naturalmente divisível pode ser estabelecida por meio de
negócio jurídico.

Em conformidade com o art. 88 do CC:

Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por
vontade das partes.
Certo.

081. (FGV/TJ-AL/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2018) Determinada sociedade empresarial recebeu


autorização do Poder Executivo municipal para manter uma praça pública, onde poderia, inclu-
sive, divulgar publicidade de sua marca.
Diante dessa situação, afirma-se que a praça é um bem público:
a) de uso comum;
b) alienável;
c) de uso especial;
d) dominical;
e) de uso privado.

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De acordo com o art. 99, I do CC, a praça é um bem público de uso comum do povo.
Letra a.

082. (FGV/ALERJ/ESPECIALISTA LEGISLATIVO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2017) O Código


Civil apresenta uma classificação dos bens públicos de acordo com a sua utilidade no âmbito
das atividades da Administração Pública.
De acordo com essa classificação:
a) o uso comum dos bens públicos deve ser sempre gratuito;
b) os bens de uso especial apresentam estrutura de direito privado;
c) os bens dominicais constituem objeto de direito pessoal das entidades públicas;
d) os bens de uso comum são alienáveis enquanto conservarem sua qualificação;
e) todos os bens de uso comum possuem significância histórica, cultural ou ambiental.

Análise das alternativas:


a) Errada. O uso comum dos bens públicos, segundo o art. 103 do CC, pode ser gratuito ou
retribuído.
b) Errada. A péssima redação do art. 99, § único do CC dispõe que não dispondo a lei em con-
trário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público
a que se tenha dado estrutura de direito privado.
c) Certa. Em conformidade com o art. 99, III do CC.
d) Errada. Os bens públicos de uso comum do povo são inalienáveis.
e) Errada. Não há essa necessidade.
Letra c.

083. (FGV/TJ-PI/AJAJ/2015) Jurema comprou uma casa de Mariana. Quando ingressou no


imóvel e iniciou a arrumação de sua mudança, Jurema encontrou uma tela pintada por um
artista de renome mundial, inadvertidamente deixada por quem executou a mudança de Maria-
na. Procurada por Mariana, Jurema recusa-se a devolver a obra de arte em questão. Sobre os
fatos narrados, é correto afirmar que:
a) assiste razão a Jurema, pois o quadro é uma benfeitoria que segue a sorte do bem principal;
b) assiste razão a Jurema, pois o quadro é um produto da casa e, como tal, deve acompanhá-la;
c) não assiste razão a Jurema, pois o quadro, por ser uma acessão, não acompanha o bem
principal;
d) não assiste razão a Jurema, pois o quadro, considerado pertença, não segue a sorte do bem
principal;
e) assiste razão a Jurema, pois o quadro é um fruto do imóvel e dele pode ser destacado.

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A assertiva trata do princípio da gravitação jurídica previsto no art. 94 do CC.

Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, sal-
vo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
O quadro, por ser uma pertença, em regra, não segue o bem principal.
Letra d.

084. (FGV/TJ-PI/AJAA/2015) Margarida, artista plástica, contratou a compra de madeira de


demolição, proveniente de um prédio do centro histórico de Teresina.
Sobre a situação narrada, é correto afirmar que os bens são considerados:
a) imóveis, pois são materiais de obra pertencentes ao prédio histórico;
b) móveis, pois, por serem provenientes de demolição, não mais integram o prédio;
c) fora do comércio por falta de valor econômico;
d) coisas abandonadas, e é possível adquiri-los por ocupação;
e) imóveis, pois adquirem a natureza do prédio, bem principal.

A questão tem como fundamento legal o art. 84 do CC.

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conser-
vam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum
prédio.
Letra b.

085. (FGV/PREF. PAULINEA-SP/GUARDA MUNICIPAL/2015) Quanto à teoria dos bens, é


correto afirmar que:
a) são considerados bens móveis tudo aquilo que acede ao solo;
b) são indivisíveis os bens que, compostos por outros bens destacáveis, não têm comprometi-
da sua funcionalidade, quando separados;
c) o solo é considerado um bem imóvel artificial;
d) são considerados bens móveis as ações referentes à propriedade imobiliária;
e) são considerados bens móveis as ações que se referem a direito pessoal.

Análise das alternativas:


a) Errada. Tudo que incorporar ao solo, seja de forma natural ou artificial, conforme prevê o art.
79 do CC, é considerado bem imóvel.

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b) Errada. Se o bem pode ser fracionado sem alterar a substância ou sem haver diminuição
considerável de valor, então, segundo o art. 87 do CC, ele é divisível.
c) Errada. Conforme o art. 79 do CC, o solo é bem imóvel natural.
d) Errada. Segundo o art. 80, I do CC, as ações referentes à propriedade imobiliária são consi-
deradas bens imóveis.
e) Certa. Segundo o art. 83, III do CC, os direitos pessoais de caráter patrimonial são conside-
rados bens móveis.
Letra e.

086. (FGV/PREF. PAULINEA-SP/GUARDA MUNICIPAL/2015) Quanto à classificação dos


bens, é correto afirmar que:
a) um veículo é considerado uma universalidade de fato;
b) um jogo de pneus é considerado uma universalidade de direito;
c) uma frota de veículos, coletivamente considerada, é uma universalidade de fato;
d) um veículo emplacado e cadastrado individualmente, é um bem fungível;
e) um caminhão é considerado consumível.

Análise das alternativas:


a) Errada. Um veículo é considerado um bem singular.
b) Errada. Um jogo de pneus é considerado uma universalidade de fato, pois representa uma
pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, possuem destinação unitária.
c) Certa. De acordo com a definição do art. 90 do CC.
d) Errada. A doutrina entende que, a partir do momento que um bem pode ser individualiza-
do, ou seja, possua características únicas, deverá ele ser considerado com infungível. Sendo
assim, se um determinado carro possui placa e número de chassi, então ele é considerado
infungível.
e) Errada. Como regra, um caminhão é considerado inconsumível, desde que não esteja desti-
nado à alienação.
Letra c.

087. (FGV/PREF. PAULINEA-SP/GUARDA MUNICIPAL/2015) Em matéria de bens públicos, o


Código Civil estabelece que o seu uso comum:
a) deve ser necessariamente gratuito, já que tais bens pertencem a toda a coletividade de for-
ma geral e abstrata;
b) deve ser necessariamente retribuído, por meio de contribuição econômica por parte dos
particulares beneficiados;
c) pode ser gratuito ou retribuído, conforme decidir arbitrariamente a autoridade competente;

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Bens
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d) pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja
administração pertencerem;
e) deve ser necessariamente oneroso, a fim de que toda a coletividade se beneficie.

Questão com fundamento no art. 103 do CC.

Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabeleci-
do legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
Letra d.

Dicler Ferreira
Ex-Auditor-Fiscal do Estado da Paraíba, Ex-Auditor-Fiscal de Tributos do Município de São Paulo e atual
Conselheiro Substituto do TCM-RJ (aprovado em 2º lugar). Também foi aprovado nos concursos de
Auditor-Fiscal do Estado do Rio Grande do Sul e Conselheiro Substituto do TCE-AM. Ministra aulas das
disciplinas Direito Civil, Direito Penal e Legislação Tributária Municipal.

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