Você está na página 1de 23

DIREITO DAS COISAS

A P R E S E N TA Ç Ã O :

EVANDRO MELO
CURSO DE DIREITO
SER EDUCACIONAL

DIREITO DAS COISAS

• Regulamentação das relações jurídicas


referentes às coisas suscetíveis de
apropriação pelo homem.
• Móveis ou imóveis.
• Propriedade e seus desmembramentos.
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

Agenda
3

1. UNIDADE I 2. UNIDADE II

1. DIREITOS REAIS. 1. DIREITOS AUTORAIS

2. DA POSSE. 2. DIREITO REAIS SOBRE AS COISAS ALHEIAS

3. AÇÕES POSSESSÓRIAS E AÇÕES AFINS PARA DEFESA 3. DIREITOS REAIS DE FRUIÇÃO


DA POSSE.
4. DIREITOS REAIS DE GARANTIA
4. DA PROPRIEDADE EM GERAL.

5. AQUISIÇÃO E PERDA DA PROPRIEDADE


SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

Ementa

• Direitos Reais: conceito, fundamentos históricos e constitucionais.


Distinção entre Posse e Propriedade. Da posse: conceito,
fundamentos, elementos, características, formas de aquisição e
perda. Efeitos e Proteção possessória. Propriedade em geral.
Conceito, elementos constitutivos e características. Evolução do
direito de propriedade e fundamento jurídico. Função social e
limitações ao exercício do direito de propriedade. Direito de
Vizinhança. Condomínio. Aquisição e perda da propriedade. Formas
de aquisição e perda da propriedade móvel e imóvel. Propriedade
resolúvel, promessa de compra e venda com eficácia real e o direito
do promitente comprador. Alienação fiduciária. Registro de imóveis,
princípios concernentes e efeitos do registro. Defesa da propriedade.
Direitos autorais: propriedade literária, científica e artística. O direito
do promitente comprador. Direitos reais sobre as coisas alheias.
Servidões. Superfície. Usufruto. Uso. Habitação. Penhor. Hipoteca.
Anticrese.
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

Livros

• Carlos Roberto Gonçalves 


• Silvio de Salvo Venosa
• Maria Helena Diniz
• Flavio Tartuce
• Orlando Gomes
• Washington de Barros Monteiro 
• Pablo Stoze
• Arnaldo Rizzardo
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

ARTIGOS
CC/02

6
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

Conceitos iniciais

• Direito das coisas


– Tem como conteúdo as relações de domínio entre pessoas e coisas (tudo aquilo que não é
humano) e as normas que as regulamentam.
– Mais amplo
• Direitos reais
– Conjunto de normas relacionadas a propriedade.
– Mais restrito
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

Atenção!!
O U R C O M PA N Y ABOUT US C O N TA C T
8

Bem corpóreo

objeto
de Mundo
relações
Coisa
Físico
jurídicas

Excluído Tangível
o pelo
Homem Homem
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

Atenção!!
O U R C O M PA N Y ABOUT US C O N TA C T
9

são úteis e
coisas raras

suscetíveis
valor
econômico
Bens de
apropriação

vínculo
domínio
jurídico
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

DIREITO DAS COISAS

• Segundo a clássica definição de CLÓVIS BEVILÁQUA, direito das coisas “é o


complexo de normas reguladoras das relações jurídicas referentes às coisas
suscetíveis de apropriação pelo homem. Tais coisas são, ordinariamente, do
mundo físico, porque sobre elas é que é possível exercer o poder de domínio”
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

COISA X BEM

• Coisa é o gênero do qual bem é espécie. É tudo o que existe objetivamente, com
exclusão do homem.
• Segundo o art. 202 do Código Civil português, “diz-se coisa tudo aquilo que pode
ser objeto de relações jurídicas”. Coisas são bens corpóreos: existem no mundo
físico e hão de ser tangíveis pelo homem (CC alemão, § 90; CC grego, art. 999).
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

ATENÇÃO

• Bens são coisas que, por serem úteis e raras, são suscetíveis de apropriação e
contêm valor econômico. Somente interessam ao direito coisas suscetíveis de
apropriação exclusiva pelo homem, sobre as quais possa existir um vínculo
jurídico, que é o domínio.
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

PONTO DE CUIDADO
O U R C O M PA N Y ABOUT US C O N TA C T
13

COISA BEM
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

CLÓVIS BEVILÁQUA

• “A palavra coisa, ainda que, sob certas relações, corresponda, na técnica


jurídica, ao termo bem, todavia dele se distingue. Há bens jurídicos, que
não são coisas: a liberdade, a honra, a vida, por exemplo. E, embora o
vocábulo coisa seja, no domínio do direito, tomado em sentido mais ou
menos amplo, podemos afirmar que designa, mais particularmente, os
bens que são, ou podem ser, objeto de direitos reais (propriedade). Neste
sentido dizemos direito das coisas”
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

RESUMO

• Pode-se afirmar que, tomado nos seus lineamentos


básicos, o direito das coisas resume-se em regular o
poder dos homens, no aspecto jurídico, sobre a
natureza física, nas suas variadas manifestações, mais
precisamente sobre os bens e os modos de sua
utilização econômica. Para enfatizar a sua importância
basta relembrar que se trata da parte do direito civil
que rege a propriedade, instituto de significativa
influência na estrutura da sociedade.
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

16

•DIREITOS REAIS X DIREITOS PESSOAIS


SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

Direitos Reais X Direitos Pessoais

• Direitos Reais
• O direito das coisas, como visto, trata das relações jurídicas concernentes aos bens corpóreos suscetíveis de
apropriação pelo homem. Incluem-se no seu âmbito somente os direitos reais.

• Segundo a concepção clássica, o direito real consiste no poder jurídico, direto e imediato, do titular sobre a coisa,
com exclusividade e contra todos (o direito real é o que afeta a coisa direta e imediatamente, sob todos ou sob
certos aspectos).
• Os direitos reais têm, por outro lado, como elementos essenciais: o sujeito ativo, a coisa e a relação ou poder do
sujeito sobre a coisa, chamado domínio.

• Direitos pessoais
• O direito pessoal, por sua vez, consiste numa relação jurídica pela qual o sujeito ativo pode exigir do sujeito
passivo determinada prestação. Constitui uma relação de pessoa a pessoa e tem, como elementos, o sujeito ativo, o
sujeito passivo e a prestação.
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

Princípios

ADERÊNCIA - art. 1.228 ABSOLUTISMO


• Princípio do absolutismo. Os direitos reais se exercem
• Princípio da aderência, especialização ou inerência. erga omnes, ou seja, contra todos, que devem abster-
Estabelece um vínculo, uma relação de senhoria entre se de molestar o titular. Surge, daí, o direito de
o sujeito e a coisa, não dependendo da colaboração de sequela ou jus persequendi, isto é, de perseguir a
nenhum sujeito passivo para existir. O direito real coisa e de reivindicá-la em poder de quem quer que
gera, pois, entre a pessoa e a coisa, como foi dito, esteja (ação real), bem como o jus praeferendi ou
uma relação direta e imediata. Esta característica é direito de preferência. Direito de sequela, segundo a
alheia aos direitos pessoais, nos quais o vínculo lição de Orlando Gomes, “é o que tem o titular de
obrigacional existente entre credor e devedor confere direito real de seguir a coisa em poder de todo e
ao primeiro somente o direito de exigir a prestação qualquer detentor ou possuidor. Para significá-lo, em
prometida. toda a sua intensidade, diz-se que o direito real adere
à coisa como a lepra ao corpo (uti lepra cuti). Não
importam usurpações; acompanhará sempre a coisa.
Se grava determinado bem, como no caso de servidão,
nenhuma transmissão o afetará, pois, seja qual for o
proprietário do prédio serviente, terá de suportar o
encargo”.
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

Princípios

PUBLICIDADE - art. 1.227 TAXATIVIDADE - art. 1.225


• Princípio da publicidade ou da visibilidade. Os
direitos reais sobre imóveis só se adquirem com o
registro, no Cartório de Registro de Imóveis, do
respectivo título (CC, art. 1.227); os sobre móveis, só
depois da tradição (CC, arts. 1.226 e 1.267). Sendo • Princípio da taxatividade ou numerus clausus. Os
oponíveis erga omnes, faz-se necessário que todos direitos reais são criados pelo direito positivo por
possam conhecer os seus titulares, para não molestá- meio da técnica denominada numerus clausus. A lei
los. O registro e a tradição atuam como meios de os enumera de forma taxativa, não ensejando, assim,
publicidade da titularidade dos direitos reais. Os aplicação analógica da lei. O número dos direitos
pessoais ou obrigacionais seguem o princípio do reais é, pois, limitado, taxativo, sendo assim
consensualismo: aperfeiçoam-se com o acordo de considerados somente os elencados na lei (numerus
vontades. A relatividade que os caracteriza faz com clausus).
que dispensem a publicidade.
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

Princípios

TIPICIDADE PERPETUIDADE
• Princípio da tipicidade. Os direitos reais existem de
acordo com os tipos legais. São definidos e
enumerados determinados tipos pela norma, e só a
estes correspondem os direitos reais, sendo, pois, seus
modelos. Somente os direitos “constituídos e • Princípio da perpetuidade. A propriedade é um direito
configurados à luz dos tipos rígidos (modelos) perpétuo, pois não se perde pelo não uso, mas
consagrados no texto positivo é que poderão ser tidos somente pelos meios e formas legais:
como reais. Estes tipos são previstos pela lei de forma • desapropriação, usucapião, renúncia, abandono etc. Já
taxativa”. Nos direitos obrigacionais, ao contrário, os direitos obrigacionais, pela sua natureza, são
admitem-se, ao lado dos contratos típicos, os atípicos, eminentemente transitórios: cumprida a obrigação,
em número ilimitado. extinguem-se. Não exigido o seu cumprimento dentro
de certo lapso de tempo, prescrevem.
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

Princípios

EXCLUSIVIDADE DESMEMBRAMENTO
• Princípio da exclusividade. Não pode haver dois
direitos reais, de igual conteúdo, sobre a mesma coisa.
Duas pessoas não ocupam o mesmo espaço jurídico,
deferido com exclusividade a alguém, que é o sujeito • Princípio do desmembramento. Conquanto os direitos
do direito real. Assim, não é possível instalar-se reais sobre coisas alheias tenham normalmente mais
direito real onde outro já exista. No condomínio, cada estabilidade do que os obrigacionais, são também
consorte tem direito a porções ideais, distintas e transitórios, pois, como exposto, desmembram-se do
exclusivas. direito-matriz, que é a propriedade. Quando se
extinguem, como no caso de morte do usufrutuário,
por exemplo, o poder que existia em mão de seus
titulares retorna às mãos do proprietário, em virtude
do princípio da consolidação. Este, embora seja o
inverso daquele, o complementa e com ele convive.
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

• Art. 1.225. São direitos reais:


• I - a propriedade;
• II - a superfície;
• III - as servidões;
• IV - o usufruto;
• V - o uso;
• VI - a habitação;
• VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
• VIII - o penhor;
• IX - a hipoteca;
• X - a anticrese.
• XI - a concessão de uso especial para fins de moradia;     
• XII - a concessão de direito real de uso; e 
• XIII - a laje. 
Obrigado
E-mail: evandroj_melo@hotmail.com

Te l : 8 1 . 9 9 1 2 6 - 9 9 9 2

Você também pode gostar