Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Direito Civil II
Coisas, Posse e Propriedade
Livro Eletrônico
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
SUMÁRIO
Posse e Propriedade.....................................................................................5
1. Posse.....................................................................................................7
1.1. Teorias sobre a Posse............................................................................7
1.2. Espécies de Posse.................................................................................9
1.3. Aquisição da Posse.............................................................................. 15
1.4. Efeitos da Posse.................................................................................. 17
1.5. Perda da Posse................................................................................... 25
2. Propriedade.......................................................................................... 25
2.1. A Propriedade do Subsolo, do Solo e do Espaço Aéreo.............................. 28
2.2. Características do Direito de Propriedade................................................ 29
2.3. Classificação da Propriedade................................................................. 30
2.4. A Descoberta...................................................................................... 30
2.5. Formas de Aquisição da Propriedade Imóvel........................................... 32
2.6. Aquisição da Propriedade Móvel............................................................ 40
2.7. Perda da Propriedade Imóvel................................................................ 45
3. Direito de Vizinhança.............................................................................. 47
Questões de Concurso................................................................................ 53
Gabarito................................................................................................... 79
Questões Comentadas................................................................................ 80
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 2 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Introdução
cípio de São Paulo (ISS-SP). Fui aprovado em São Paulo no concurso de 2006 e
entrei em exercício no ano de 2007. Antes desse concurso, também exerci o cargo
da Marinha do Brasil durante doze anos e meio; além de ter sido aprovado em 6º
(ICMS-RS, 2006). Após algum tempo somente dando aulas, retomei os estudos e
Por ter sido aprovado em alguns excelentes concursos, creio ter condições de
mostrar a melhor forma para conseguir tal sucesso. Entretanto, nem só de glórias
cursos, ou seja, também sei o que não deve ser feito para ser reprovado.
Além de ter escrito dois livros de Direito Penal, sou coautor de dois livros de
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Com isso, espero poder ajudá-lo(a) nessa árdua caminhada que é a preparação
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
POSSE E PROPRIEDADE
O direito das coisas é o complexo das normas reguladoras das relações jurí-
Código Civil divide a matéria em duas partes: posse e direitos reais, dedicando, a
a posse, pois esta (posse) representa parte dos poderes da primeira (propriedade).
de, não está elencada no rol apresentado. Com isso, conclui-se que a posse é um
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
A posse não é um direito real, apesar de ser um instituto jurídico estudado dentro
• Direito pessoal: consiste em uma relação jurídica pela qual o sujeito ativo pode
guir, uma tabela em que consta a divisão feita pela doutrina sobre os direitos reais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Direitos reais
sobre coisa • propriedade.
própria
• enfiteuse;
• superfície;
• servidão predial;
De gozo ou fruição
• usufruto;
• uso;
• habitação.
Sobre o Direito de Laje, que foi recentemente inserido no rol dos Direitos Reais,
há quem diga que se trata de um Direito Real sobre Coisa Própria por derivar da
1. Posse
Duas teorias relevantes conceituam o que vem a ser a posse: a teoria subjetiva
e a teoria objetiva.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Teoria Subjetiva
Tendo Savigny como principal responsável, define a posse como um poder fí-
sico sobre a coisa, com a intenção de tê-la para si. Dessa forma, podemos apontar
físico com a coisa, isto é, a detenção, ao passo que o animus seria a intenção de
suidores, pois eles detêm a coisa em nome alheio, sem a intenção de permanecer
Teoria Objetiva
res, pois eles detêm a coisa e possuem contato físico com ela.
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou
não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
A posse é uma situação de fato que, por aparentar ser uma situação de Direito,
recebe proteção da lei. Ou seja, pode-se dizer que a posse é o efetivo exercício de
alguns dos poderes da propriedade (gozar, reaver, usar e dispor da coisa) por aque-
Nem sempre a aparência de dono revela a existência da posse. É o que ocorre com
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
aquele que se acha em relação de dependência para com outro e conserva a posse em
nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas, bem como aquele que
pratica os atos por mera permissão ou tolerância. Vide o art. 1.198 do CC:
que tomam conta; o motorista, com relação ao carro que dirige etc.
Conceito de Posse
a coisa).
O Código Civil adotou a teoria objetiva, portanto, para haver posse, não precisa
ter a coisa).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente,
em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida,
podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.
Quando duas pessoas têm a posse sobre a mesma coisa, mas em graus dife-
locatário de um bem).
o inquilino (locatário); e
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
O artigo em análise trata a posse justa como aquela que não apresenta vícios,
dessa forma, a contrario sensu, a posse injusta é aquela que apresenta vícios.
Ex.: um movimento popular invade, à noite e sem violência, uma propriedade rural
que está sendo utilizada pelo proprietário, cumprindo a sua função social.
Ex.: o locatário de um bem móvel que não devolve o veículo ao final do contrato
de locação.
de tempo)?
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como
não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de ces-
sar a violência ou a clandestinidade.
clandestinidade?
para reaver o bem que foi tomado de forma violenta ou clandestina deve ser pro-
posta no prazo de ano e dia. Após esse período, a posse injusta pela violência ou
1.203 do CC.
Art. 1.203. Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter
com que foi adquirida.
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que im-
pede a aquisição da coisa.
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo
prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Terá boa-fé o possuidor que estiver convicto de que a coisa realmente lhe per-
tence, sem saber que está prejudicando o direito de outra pessoa, por ignorar a
-fé. Por outro lado, se o vício é de seu conhecimento, então a posse é de má-fé.
Não se deve confundir a posse de boa-fé com a posse justa. Para verificar se a pos-
se é de boa-fé, temos um critério psicológico (subjetivo). Por outro lado, para veri-
Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que
as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente.
o locatário de um apartamento.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
nitivo (animus domini), devendo também ser mansa, pacífica, ininterrupta, justa e
se nova é a que conta menos de ano e dia, ao passo que a posse velha é a que
Este assunto está relacionado com a composse, ou seja, quando há uma posse
em comum e do mesmo grau entre duas ou mais pessoas. É o que ocorre com os
Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer
sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores.
dor tem o direito de exercer a posse sobre o todo, não podendo um excluir a posse do
outro. Caso ocorra tal exclusão, o compossuidor turbado ou esbulhado poderá mover
Ex.: quando um casal mora em uma casa, um não pode limitar o outro a transitar
em determinadas partes da casa, pois os dois exercem uma posse pro indiviso.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
A posse pro diviso é a composse de direito, mas não de fato, na qual cada
à sua área. Na prática, existe uma divisão fática, mas no título de propriedade não
há tal divisão.
Ex.: quando dois irmãos possuem uma fazenda e um planta beterrabas na sua
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício,
em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.
nome próprio, alguns dos poderes inerentes à propriedade (Gozar, Reaver, Usar e
Dispor – GRUD).
um representante;
tante convencional;
• o terceiro sem mandato – quando alguém, sem procuração, adquire a posse para
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
ou qualidades).
titular primitivo na totalidade dos bens ou numa quota ideal deles. Como exemplo
Nesse caso, o sucessor irá continuar a posse que já havia sido iniciada.
do antecessor se lhe convier. Caso a faculdade de opção seja exercida, a posse per-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
ses (anterior e posterior) podem ser utilizadas para conduzir a aquisição da pro-
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como
não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de ces-
sar a violência ou a clandestinidade.
Atos de mera permissão ou tolerância, tal como o caseiro que mora na fa-
zenda, não caracterizam uma posse, mas apenas uma mera detenção.
Art. 1.209. A posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas móveis
que nele estiverem.
• defesa direta;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído
no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
Os interditos são as ações possessórias. Tais ações são cabíveis quando a posse
(perda da posse), pouco importando se total ou parcial, e para que seja re-
fico para que o possuidor retome uma posse que lhe tenha sido tomada por
sem perder a sua posse, vem a ser perturbado nela. Tem o objetivo de fazer
cessar o ato do turbador, que molesta o exercício da posse, contudo sem de-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
é do que uma ordem judicial proibitória (daí o seu nome), para impedir que
Existem ainda outros tipos de ações possessórias, mas o assunto será estudado
• Nunciação de obra nova: utilizada para impedir que nova obra em prédio
defender os bens possuídos, não sendo parte no feito, sofre turbação ou esbu-
lho na posse de seus bens, por efeito de penhora, depósito, arresto, sequestro,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.210
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua pró-
pria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir
além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
Por meio do referido dispositivo, o legislador admite dois meios hábeis para a
proteção possessória:
• legítima defesa da posse – é a reação imediata (logo) e moderada (não
pode ir além da violência necessária à manutenção ou restituição da posse) à
turbação (moléstia) da posse; e
• desforço imediato – é a reação imediata (logo) e moderada (não pode ir
além da violência necessária à manutenção ou restituição da posse) ao es-
bulho (perda) da posse.
Ainda no art. 1.210 do CC, o fato de outra pessoa estar questionando a pro-
priedade ou outro direito sobre a coisa turbada ou esbulhada não impede que o
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebi-
dos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser res-
tituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também
restituídos os frutos colhidos com antecipação.
O possuidor de boa-fé, nos termos do art. 1.214 do CC, tem direito aos frutos
percebidos ou colhidos de forma tempestiva. Ou seja, o possuidor de boa-fé não
é obrigado a devolver os frutos que colher durante a posse. Entretanto, os frutos
pendentes, que ainda não foram separados do bem principal, devem ser devolvidos
ou ter o valor compensado com as despesas de produção e custeio.
Como exemplo, se o possuidor de boa-fé plantar e colher, então terá direito
ao que for colhido (fruto percebido), porém, a plantação que ainda não foi colhida
(fruto pendente), como regra, terá de ser devolvida, caso ocorra o fim da posse.
Os frutos que, fraudulentamente, forem colhidos de forma antecipada, também
devem ser restituídos, sob pena de locupletação da coisa alheia.
Conclui-se que a lei ampara o interesse do possuidor de boa-fé, por ser mais
próximo do interesse social, pois explorando a coisa, o possuidor de boa-fé dá uma
destinação econômico-social para o bem.
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que
são separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Como exemplo, temos as frutas separadas do pé, o tecido que sai do tear etc.
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos,
bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se
constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
ele responda por todos os danos que causou com os frutos colhidos e percebidos.
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessá-
rias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las,
quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo
valor das benfeitorias necessárias e úteis.
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessá-
rias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar
as voluptuárias.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
necessárias e úteis, será cabível o direito de retenção (meio de defesa pelo o qual o
credor continua a deter o bem até que ocorra a indenização). Tal direito de retenção
ou seja, levá-las consigo. Entretanto, tal direito não assiste ao possuidor de má-fé.
Caso o possuidor esteja obrigado a ressarcir alguma coisa, poderá haver a com-
pensação entre o valor utilizado com as benfeitorias e o valor a ser pago a título de
ressarcimento.
legislador faculta que o reivindicante escolha entre o valor atual e o valor de custo,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa a
que não der causa.
ou deterioração do bem a que não der causa, pois a responsabilidade existirá so-
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda
que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse
do reivindicante.
postulante (“reivindicante”).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o
poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196.
O possuidor perde a posse quando não há mais, contra sua vontade, poder fático
busca a reintegração dentro do período de ano e dia, que passa a funcionar como
Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho,
quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é
violentamente repelido.
O dispositivo legal quer dizer que a simples ausência não importa na perda da pos-
se, podendo o possuidor, embora ausente, continuar a posse solo animo, ainda que a
coisa possuída por ele tenha sido ocupada por um terceiro, durante a sua ausência.
2. Propriedade
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direi-
to de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.228, § 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas
finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade
com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio eco-
lógico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.
dade, preconizado no art. 5º, XXIII, da Constituição Federal, que visa coibir abusos
uma função social é dizer que a ela é dada uma forma de conceito do habitante de
vel, seja ele usado para moradia ou para fins comerciais, diz-se que ele atende
Não basta a titularidade, o proprietário deve estar sensibilizado para com o dever
Art. 1.228, § 2o São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodi-
dade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.
propriedade, atos com a intenção de causar dano a outrem e não de satisfazer uma
Dessa forma, não se pode construir uma chaminé falsa para única e exclusivamente
bloquear o sol da piscina do vizinho, pois tal conduta representa um ato emulativo. Os
atos emulativos são considerados atos ilícitos e, por isso, são vedados.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.228, § 3o O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropria-
ção, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisi-
ção, em caso de perigo público iminente.
ária pela qual o Poder Público, compulsoriamente, despoja alguém de uma proprie-
Art. 1.228
§ 4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado con-
sistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos,
de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto
ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e
econômico relevante.
§ 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao
proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em
nome dos possuidores.
pecial proteção à posse trabalho, isto é, à posse ininterrupta e de boa-fé por mais
considerável de pessoas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
a do espaço aéreo acima do solo. Entretanto, o proprietário não pode se opor à uti-
lização do seu subsolo e do seu espaço aéreo quando por terceiros, caso não tenha
um interesse legítimo.
avião por cima de seu terreno a 2.000 metros de altura; ou então, ou impedir que
Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos
minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros
bens referidos por leis especiais.
Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de explorar os recursos minerais
de emprego imediato na construção civil, desde que não submetidos a transformação
industrial, obedecido o disposto em lei especial.
aéreo correspondentes, ele não será proprietário das minas. Jazidas e energia hi-
dráulica que, pelo art. 176 da CF, pertencem ao patrimônio da União, para efeito de
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
cursos minerais que puderem ser utilizados imediatamente na construção civil são
A seguir, temos uma tabela que resume o assunto. Ressalto que já vi várias
questões das bancas FCC e CESPE/UnB que tratam destes conceitos. Como as de-
Propriedade do Solo
Subsolo e espaço aéreo correspondentes Abrange, porém o proprietário não pode se opor a ati-
vidades de terceiros que não tenha interesse legítimo.
Jazidas, minas e demais recursos mine- Não abrange, mas é assegurado ao proprietário parti-
rais, os potenciais de energia hidráu- cipação nos resultados da lavra.
lica, os monumentos arqueológicos e
outros bens referidos por leis especiais
Recursos minerais de emprego ime- Podem ser explorados pelo proprietário, desde que
diato na construção civil não sejam submetidos à transformação industrial.
• Absoluto: é o mais completo dos direitos reais; o seu titular pode utilizar o
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
• plena (ou alodial) – quando o proprietário tem o direito de uso, gozo e dis-
posição plena enfeixados em suas mãos, sem que terceiros tenham qual-
quer direito sobre àquele bem. Todos os elementos estão reunidos nas
gum ônus (ex.: hipoteca, servidão, usufruto etc.), ou quando for resolúvel
rio etc. Dessa forma, uma pessoa pode ser o titular, o proprietário, ter o bem
registrado em seu nome e outra pessoa pode ter direitos de usar, gozar e até
2.4. A Descoberta
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legí-
timo possuidor.
Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor fará por encontrá-lo, e, se não o en-
contrar, entregará a coisa achada à autoridade competente.
possui dono e, por isso, deve ser devolvida a este ou a uma autoridade competente.
Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa achada, nos termos do artigo antecedente, terá
direito a uma recompensa não inferior a cinco por cento do seu valor, e à indenização
pelas despesas que houver feito com a conservação e transporte da coisa, se o dono
não preferir abandoná-la.
Parágrafo único. Na determinação do montante da recompensa, considerar-se-á o es-
forço desenvolvido pelo descobridor para encontrar o dono, ou o legítimo possuidor, as
possibilidades que teria este de encontrar a coisa e a situação econômica de ambos.
O descobridor que vier a restituir o objeto achado terá direito a receber uma re-
sado dolosamente.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Por fim, os arts. 1.236 e 1.237 do CC tratam dos procedimentos que devem
objeto achado.
Cabe ressaltar que a não devolução de um objeto achado tipifica o crime previs-
priedade imóvel:
faz seu o bem sem que este lhe tenha sido transmitido por alguém.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
• Ilhas formadas por força natural (art. 1.249 do CC) – trata-se do acú-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.
Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários dife-
rentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem.
mento das águas que descobrem parte das margens (álveo) do rio.
tando-se a outro.
Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um
prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar
o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono do prédio a que se
juntou a porção de terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida.
Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas
margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem
novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo.
truções etc. Possui caráter oneroso e se submete à regra de que tudo aquilo
que se incorpora ao bem em razão de uma ação qualquer, cai sob o domínio
de seu proprietário.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
rior. Ocorre quando alguém detém a posse de uma coisa com ânimo de dono (posse
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.238 do CC – Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, pos-
suir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e
boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de
título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o pos-
suidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras
ou serviços de caráter produtivo.
lado, desde que seja estabelecida a moradia no imóvel ou tenha sido reali-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Por justo título, deve ser entendido um título idôneo, mesmo que apresente
vício de forma, capaz de operar a transferência da propriedade, tal como uma es-
Art. 1.240 do CC - Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e
cinquenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição,
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que
não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher,
ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo pos-
suidor mais de uma vez.
Tendo em vista que o solo urbano não pode ficar sem um adequado aproveitamen-
seguintes requisitos:
Cabe ressaltar que a Lei n. 13.105/2015 inseriu o art. 216-A na Lei de Registros
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.239 do CC – Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, pos-
sua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona
rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou
de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Se o possuidor tornar uma área de terra em zona rural produtiva com o seu tra-
balho e/ou de sua família, não sendo proprietário de outro imóvel urbano ou rural
seguintes requisitos:
Familiar
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição,
posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e
cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-com-
panheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, ad-
quirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano
ou rural. (Incluído pela Lei n. 12.424, de 2011)
§ 1o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei n. 12.424, de 2011)
Temos aqui uma nova modalidade de usucapião de bem imóvel (usucapião fa-
miliar), inserida no Código Civil em 2011, cujo prazo é o menor de todos (2 anos).
Art. 1.241. Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida, mediante usu-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
A sentença judicial que consagra a usucapião não tem valor constitutivo, mas
• Pelo registro do título (arts. 1.227 e 1.245 a 1.247 do CC) – “SÓ É DONO
O registro imobiliário é o poder legal de agentes do ofício público para efetuar todas
liária, por fornecer meios probatórios fidedignos da situação do imóvel, sob o ponto
de vista da respectiva titularidade e dos ônus reais que o gravam, e por revestir-se
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre
vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos refe-
ridos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código.
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título trans-
lativo no Registro de Imóveis.
§ 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido
como dono do imóvel.
§ 2o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invali-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.784 do CC – Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdei-
ros legítimos e testamentários.
Modo Originário
Ocupação (art. 1.263 do CC)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
É o assenhoramento de coisa móvel (inclui semoventes) sem dono, por não ter
sido ainda apropriada (res nullius) ou por ter sido abandonada (res derelictae),
desde que essa apropriação não seja proibida pela lei.
Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a proprieda-
de, não sendo essa ocupação defesa por lei.
vendo, aquele que achou, devolver a res para a autoridade competente, conforme
Usucapião
Não só os bens imóveis podem ser adquiridos pela usucapião, pois tal instituto
Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usuca-
pião, independentemente de título ou boa-fé.
Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente
durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Achado de tesouro
Esta situação, comumente descrita em filmes, está prevista nos arts. 1.264
a 1.266 do CC. São quatro os requisitos do tesouro: ser antigo; estar escondido
Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja me-
mória, será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro
casualmente.
Art. 1.265. O tesouro pertencerá por inteiro ao proprietário do prédio, se for achado por
ele, ou em pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autorizado.
Art. 1.266. Achando-se em terreno aforado, o tesouro será dividido por igual entre o desco-
bridor e o enfiteuta, ou será deste por inteiro quando ele mesmo seja o descobridor.
Modo Derivado
Art. 1.269. Aquele que, trabalhando em matéria-prima em parte alheia, obtiver espécie
nova, desta será proprietário, se não se puder restituir à forma anterior.
Art. 1.270. Se toda a matéria for alheia, e não se puder reduzir à forma precedente,
será do especificador de boa-fé a espécie nova.
§ 1o Sendo praticável a redução, ou quando impraticável, se a espécie nova se obteve
de má-fé, pertencerá ao dono da matéria-prima.
§ 2o Em qualquer caso, inclusive o da pintura em relação à tela, da escultura, escritura
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade:
I – por alienação;
II – pela renúncia;
III – por abandono;
IV – por perecimento da coisa;
V – por desapropriação.
Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda da propriedade imóvel
serão subordinados ao registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro
de Imóveis.
São elas:
direito, por sua própria vontade, transmite a outrem, de forma onerosa (ex.:
contrato de compra e venda) ou gratuita (ex.: doação) bem móvel (por meio
• Renúncia: ato unilateral pelo qual o titular declara, expressamente, sua in-
que não precisará manifestar sua concordância (ex.: dois irmãos são os úni-
cos herdeiros de um pai que faleceu, sendo que um deles tem uma situação
econômica bem superior ao outro; dessa forma, se o “irmão rico” abrir mão
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
mente, do seu bem móvel ou imóvel, isso porque, já não deseja mais conti-
sem haver objeto. Dessa forma, se o objeto perece (deixa de existir), então
ou interesse social.
Abandono de Imóvel
Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de não mais
o conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser
arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade do Município ou
à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas circunscrições.
§ 1o O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, poderá ser
arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade da União, onde
quer que ele se localize.
§ 2o Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se refere este artigo, quando,
cessados os atos de posse, deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
INTENÇÃO DE ABANDONAR
DECURSO DE 3 ANOS
Se você tem intimidade com o Direito Tributário, poderá perceber que se o imóvel
estiver situado em zona rural, passará para o domínio da União. Entretanto, se o imóvel
estiver situado em zona urbana, passará para o domínio do Município. Tal fato tem rela-
3. Direito de Vizinhança
Neste tópico veremos regras que limitam o direito de propriedade a fim de evi-
• as árvores limítrofes;
• a passagem forçada;
• as águas;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
• o direito de construir.
Art. 1.282. A árvore, cujo tronco estiver na linha divisória, presume-se pertencer em
comum aos donos dos prédios confinantes.
Art. 1.283. As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, po-
derão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido.
Art. 1.284. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo
onde caíram, se este for de propriedade particular.
renos que não possuem acesso à via pública. Nesse caso, o assunto é tratado pelo
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso à via pública, nascente ou porto,
pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar pas-
sagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
§ 1o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se
prestar à passagem.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
§ 2o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso
à via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem.
§ 3o Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da alienação,
existia passagem através de imóvel vizinho, não estando o proprietário deste constran-
gido, depois, a dar uma outra.
Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas que
correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que embaracem o seu
fluxo; porém a condição natural e anterior do prédio inferior não pode ser agravada por
obras feitas pelo dono ou possuidor do prédio superior.
Art. 1.289. Quando as águas, artificialmente levadas ao prédio superior, ou aí colhidas,
correrem dele para o inferior, poderá o dono deste reclamar que se desviem, ou se lhe
indenize o prejuízo que sofrer.
Parágrafo único. Da indenização será deduzido o valor do benefício obtido.
Art. 1.290. O proprietário de nascente, ou do solo onde caem águas pluviais, satisfei-
tas as necessidades de seu consumo, não pode impedir, ou desviar o curso natural das
águas remanescentes pelos prédios inferiores.
Art. 1.291. O possuidor do imóvel superior não poderá poluir as águas indispensáveis às
primeiras necessidades da vida dos possuidores dos imóveis inferiores; as demais, que
poluir, deverá recuperar, ressarcindo os danos que estes sofrerem, se não for possível a
recuperação ou o desvio do curso artificial das águas.
Art. 1.292. O proprietário tem direito de construir barragens, açudes, ou outras obras para
represamento de água em seu prédio; se as águas represadas invadirem prédio alheio, será
o seu proprietário indenizado pelo dano sofrido, deduzido o valor do benefício obtido.
Art. 1.293. É permitido a quem quer que seja, mediante prévia indenização aos proprie-
tários prejudicados, construir canais, através de prédios alheios, para receber as águas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
a que tenha direito, indispensáveis às primeiras necessidades da vida, e, desde que não
cause prejuízo considerável à agricultura e à indústria, bem como para o escoamento de
águas supérfluas ou acumuladas, ou a drenagem de terrenos.
§ 1o Ao proprietário prejudicado, em tal caso, também assiste direito a ressarcimento
pelos danos que de futuro lhe advenham da infiltração ou irrupção das águas, bem como
da deterioração das obras destinadas a canalizá-las.
§ 2o O proprietário prejudicado poderá exigir que seja subterrânea a canalização que
atravessa áreas edificadas, pátios, hortas, jardins ou quintais.
§ 3o O aqueduto será construído de maneira que cause o menor prejuízo aos proprie-
tários dos imóveis vizinhos, e a expensas do seu dono, a quem incumbem também as
despesas de conservação.
Art. 1.294. Aplica-se ao direito de aqueduto o disposto nos arts. 1.286 e 1.287.
Art. 1.295. O aqueduto não impedirá que os proprietários cerquem os imóveis e cons-
truam sobre ele, sem prejuízo para a sua segurança e conservação; os proprietários dos
imóveis poderão usar das águas do aqueduto para as primeiras necessidades da vida.
Art. 1.296. Havendo no aqueduto águas supérfluas, outros poderão canalizá-las, para
os fins previstos no art. 1.293, mediante pagamento de indenização aos proprietários
prejudicados e ao dono do aqueduto, de importância equivalente às despesas que então
seriam necessárias para a condução das águas até o ponto de derivação.
Parágrafo único. Têm preferência os proprietários dos imóveis atravessados pelo aqueduto.
Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo
o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com ele
à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos
destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as
respectivas despesas.
§ 1o Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais como sebes vivas, cercas
de arame ou de madeira, valas ou banquetas, presumem-se, até prova em contrário,
pertencer a ambos os proprietários confinantes, sendo estes obrigados, de conformida-
de com os costumes da localidade, a concorrer, em partes iguais, para as despesas de
sua construção e conservação.
§ 2o As sebes vivas, as árvores, ou plantas quaisquer, que servem de marco divisório, só
podem ser cortadas, ou arrancadas, de comum acordo entre proprietários.
§ 3o A construção de tapumes especiais para impedir a passagem de animais de peque-
no porte, ou para outro fim, pode ser exigida de quem provocou a necessidade deles,
pelo proprietário, que não está obrigado a concorrer para as despesas.
Art. 1.298. Sendo confusos, os limites, em falta de outro meio, se determinarão de con-
formidade com a posse justa; e, não se achando ela provada, o terreno contestado se
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 50 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
dividirá por partes iguais entre os prédios, ou, não sendo possível a divisão cômoda, se
adjudicará a um deles, mediante indenização ao outro.
Por fim, os arts. 1.299 a 1.313 traçam regras para que os vizinhos exerçam de
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 51 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
truindo-a, para suportar o alteamento; arcará com todas as despesas, inclusive de conser-
vação, ou com metade, se o vizinho adquirir meação também na parte aumentada.
Art. 1.308. Não é lícito encostar à parede divisória chaminés, fogões, fornos ou quais-
quer aparelhos ou depósitos suscetíveis de produzir infiltrações ou interferências preju-
diciais ao vizinho.
Parágrafo único. A disposição anterior não abrange as chaminés ordinárias e os fogões
de cozinha.
Art. 1.309. São proibidas construções capazes de poluir, ou inutilizar, para uso ordinário,
a água do poço, ou nascente alheia, a elas preexistentes.
Art. 1.310. Não é permitido fazer escavações ou quaisquer obras que tirem ao poço ou
à nascente de outrem a água indispensável às suas necessidades normais.
Art. 1.311. Não é permitida a execução de qualquer obra ou serviço suscetível de pro-
vocar desmoronamento ou deslocação de terra, ou que comprometa a segurança do
prédio vizinho, senão após haverem sido feitas as obras acautelatórias.
Parágrafo único. O proprietário do prédio vizinho tem direito a ressarcimento pelos pre-
juízos que sofrer, não obstante haverem sido realizadas as obras acautelatórias.
Art. 1.312. Todo aquele que violar as proibições estabelecidas nesta Seção é obrigado a
demolir as construções feitas, respondendo por perdas e danos.
Art. 1.313. O proprietário ou ocupante do imóvel é obrigado a tolerar que o vizinho en-
tre no prédio, mediante prévio aviso, para:
I – dele temporariamente usar, quando indispensável à reparação, construção, recons-
trução ou limpeza de sua casa ou do muro divisório;
II – apoderar-se de coisas suas, inclusive animais que aí se encontrem casualmente.
§ 1o O disposto neste artigo aplica-se aos casos de limpeza ou reparação de esgotos,
goteiras, aparelhos higiênicos, poços e nascentes e ao aparo de cerca viva.
§ 2o Na hipótese do inciso II, uma vez entregues as coisas buscadas pelo vizinho, poderá
ser impedida a sua entrada no imóvel.
§ 3o Se do exercício do direito assegurado neste artigo provier dano, terá o prejudicado
direito a ressarcimento.
Essas regras inerentes ao direito de vizinhança são de fácil compreensão, não ha-
vendo a necessidade de maiores explicações. Além disso, você verá no tópico das
questões de provas anteriores que o assunto costuma ser cobrado em sua literalidade.
Dicler.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 52 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
QUESTÕES DE CONCURSO
reitos que ostentam a natureza jurídica de Direito Real, à exceção de uma. Assinale-a.
b) Usufruto.
c) Penhora.
e) Habitação.
a) pessoal ou real anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possui-
dor direto defender a sua posse contra o indireto, não podendo, porém, defender
b) real não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor dire-
to defender a sua posse contra o indireto, mas esse mesmo direito não terá, se a
c) pessoal ou real não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o pos-
d) pessoal não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor
direto defender a sua posse contra o indireto, mas esse mesmo direito não terá se
e) pessoal ou real anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possui-
dor direto defender a sua posse contra o indireto, bem como defender a sua posse
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 53 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
tar aparentemente abandonado, ele ocupou, cercou e mantém como área de lazer.
a) mero detentor;
b) possuidor pleno;
rias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de
levantar as voluptuárias.
ordens ou instruções.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 54 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
a) III, IV e V.
b) I, II e III.
c) I, IV e V.
e) II, III e V.
referentes à posse.
virtude de direito pessoal, anula a indireta, de quem aquela foi havida, por isso
II – Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer so-
bre ela atos possessórios, desde que não excluam os dos outros compossuidores.
a aquisição da coisa.
a) II, IV e V.
b) I, II e III.
d) III, IV e V.
e) I, II, e V.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 55 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
direito e permanece na posse direta da coisa, de modo que aquele que possuía em
b) A posse do imóvel não faz presumir a das coisas móveis que nele estiverem.
considerada justa.
instruções suas.
não pode defender a sua posse contra o possuidor indireto desse mesmo bem.
der causa.
d) II e III, apenas.
e) I, II e IV, apenas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 56 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
b) de boa-fé não tem direito, enquanto durar a boa-fé, aos frutos percebidos.
c) de má-fé não responde por todos os frutos colhidos e percebidos, desde o mo-
e) de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa.
havendo, quanto a elas, o direito de retenção, sendo vedado, por outro lado, o le-
legitimidade para ajuizar ação possessória contra atos de terceiros e contra atos dos
aquisição da posse.
das as atividades que sejam realizadas por terceiros no espaço aéreo e no subsolo
de sua propriedade.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 57 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
a) pode ela ser adquirida pela própria pessoa que a pretende ou por seu represen-
tante, ou ainda por terceiro sem mandato, nesse caso dependendo de ratificação.
cessor singular não pode unir sua posse à do antecessor, dada a natureza de sua
condição jurídica.
d) a posse do imóvel não tem qualquer vinculação com a posse das coisas móveis
a) da boa-fé do agente.
c) da posse indireta.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 58 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
e) A posse pode ser adquirida por terceiro, sem mandato do pretendente, caso em
TO afirmar que
mente com sua família, ocupou, cercou e construiu uma casa, um curral e um pe-
queno lago artificial em uma terra pública situada em área rural. O poder público,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 59 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Roberto alegou que a posse se dera de boa-fé e que ele já havia feito um pedido
caso o pedido do poder público fosse procedente, ele deveria ser indenizado pelas
a) Com exceção do lago artificial, Roberto fará jus a indenização pelas demais ben-
b) Roberto terá direito à indenização pela casa, mas lhe será descontado o valor
d) A posse não pode ser considerada de má-fé, o que torna indenizáveis as benfei-
e) A indenização pelo curral depende de prova de utilidade pelo poder público após
a retomada do imóvel.
II – O possuidor de boa-fé não tem direito aos frutos percebidos enquanto durar
a posse.
a benfeitoria necessária.
Assinale:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 60 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
dade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que
sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha
c) não abrange a do subsolo, por isso o proprietário não pode opor-se a ativi-
dades que sejam realizadas por terceiros no subsolo, ainda que tenha interesse
em impedi-las.
autorização administrativa para sua utilização, desde que não prejudique terceiros
ou o interesse público.
compra e venda.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 61 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
compra e venda.
da coisa.
jurídico nulo.
interesse público.
a) II e III, apenas.
b) I, II e III.
c) I e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, apenas.
conservar como seu. Logo depois, notando o abandono, Abílio invade o imóvel e o
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 62 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
possui por mais de 15 anos, sem interrupção nem oposição, embora sem satisfazer
Município do Recife.
Município do Recife.
24. (CESPE/TJ-DFT/AJAJ/2015) Se um indivíduo possui como seu, por doze anos, sem
oposição de quem quer que seja, possui, como seu, imóvel no qual estabeleceu
Considerando que Rita não possui qualquer título referente à titularidade proprie-
juiz declaração por sentença, que servirá como título para o registro no Cartório de
Registro de Imóveis.
dade do bem imóvel por meio de ação de usucapião, na qual requeira ao juiz
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 63 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
declaração por sentença, que servirá como título para o registro no Cartório de
Registro de Imóveis.
do bem imóvel por não ter atingido ainda o tempo mínimo da prescrição aquisitiva,
direito de superfície do bem imóvel por ter atingido o tempo mínimo para a titula-
do bem imóvel por não haver realizado nele obras ou serviços de caráter produtivo.
I – Mariana, por onze anos, sem interrupção e nem oposição, possui, como sua,
II – Gleison não é proprietário de imóvel urbano ou rural, mas possui, como sua,
uma casa de 150 metros quadrados por sete anos ininterruptos e sem opo-
De acordo com o Código Civil brasileiro, em razão da posse, poderá adquirir a pro-
a) Mariana, apenas.
c) Gleison, apenas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 64 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
cendo posse mansa e pacífica, com animus domini, de área de trinta e três mil metros
quadrados, Irani ajuizou ação de usucapião do imóvel. Considerando que foi proferida
sentença julgando procedente o pedido, a qual transitou em julgado, vindo a ser devi-
a) continuará sendo mero possuidor por mais três anos, tornando-se proprietário
campo de experiências e pesquisas agropecuárias, nele passou a cultivar com sua fa-
mília. Passados 20 anos, o Estado ajuizou ação reivindicatória, para reaver a posse do
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 65 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
c) procedente, porque aquela área não era passível de aquisição por usucapião.
20 anos, sem oposição das pessoas que frequentavam o local, requereu fosse de-
poder público.
povo e os dominicais.
cial e os dominicais.
sendo cuidado por Juliano, que residia no mesmo imóvel e era remunerado
permitiram, por contrato escrito, que Juliano permanecesse por mais 5 anos
no imóvel. Durante este prazo, Juliano utilizou o bem para sua moradia, em
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 66 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 67 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
te, tendo ajuizado ação de natureza cominatória, para fazer cessar a emissão de
a) não poderá exigir a redução das emissões poluentes, mas se alienar seu imóvel,
b) não poderá exigir a redução das emissões poluentes, porque prevalece a coisa
imóvel, Silvio necessariamente tem que passar tubulação subterrânea pelo imóvel
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 68 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
diretos do imóvel.
a afirmativa correta.
demolição ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste
c) O dono do prédio que não tiver acesso à via pública pode constranger o vizinho
perdas e danos.
do terreno vizinho.
um bairro tranquilo. Alguns meses depois de se instalar, Rita foi surpreendida com a
inauguração de uma casa noturna no imóvel em frente ao seu. Não bastasse, o primei-
passou a utilizar a calçada para colocar suas mesas. Com o sucesso do empreendimen-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 69 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
a) Rita deve vender seu imóvel e se mudar para outro lugar, uma vez que a música
c) Ainda que Rita comprove o sofrimento e os prejuízos que esse fato vem lhe cau-
sando, além do excesso de ruído, não lhe serão devidos danos morais.
morando no mesmo bairro, tornando-se vizinhos. Tudo corria bem até que alguns
a invadir o terreno de Luiz, este poderá cortá-la até o ponto divisório, devendo res-
b) Se o prédio de Gerson não tiver acesso à rua, poderá ele, mediante pagamento
c) Se não for mais possível determinar onde começa o terreno de Luiz e onde acaba o
terreno de Gerson, um pode exigir do outro que proceda, com ele, à demarcação entre
d) Gerson está obrigado a aceitar que Luiz, independente de aviso prévio, entre
em seu terreno para buscar suas coisas, bem como quando for necessário realizar
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 70 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
e) Se Gerson resolver criar porcos e galinhas em seu terreno, tal fato não gera o
direito de Luiz exigir a construção de tapumes especiais para impedir a passagem
dos animais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 71 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
nheira, Francisca, no Recife – PE e foi para São Paulo – SP, deixando um imóvel urbano
cartório de imóveis apenas no nome de Roberto. Francisca não tinha outra propriedade
imóvel e residiu no local ininterruptamente e sem oposição. Após três anos, Roberto
a) Francisca não terá direito ao imóvel, uma vez que o bem estava registrado ape-
b) Francisca terá direito à metade do imóvel caso comprove que contribuiu finan-
c) Roberto, por ter abandonado o lar, não terá direito ao imóvel, porque Francisca
usucapiu o bem.
d) Roberto terá direito ao imóvel, porque, para Francisca usucapir o bem, ela teria
respeito dos requisitos para a usucapião familiar, inserida no Código Civil pela Lei
n° 12.424/2011.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 72 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
III – posse direta e com exclusividade sobre imóvel urbano de até 250 m2 (duzen-
a) II, IV e V.
c) II, III, IV e V.
d) I, II, IV e V.
certo afirmar:
I – A posse somente pode ser adquirida pela própria pessoa que a pretende ou
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 73 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
alternativa INCORRETA.
virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida,
ceiro, que recebeu a coisa esbulhada mesmo sem saber que o era.
cessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais.
ou instruções suas.
tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é vio-
lentamente repelido.
lia, por mais de quinze anos, sem interrupção nem oposição, em um imóvel, de
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 74 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
-fé quanto à posse, Pedro ajuizou ação por meio da qual pleiteia que seja julgado
a) pró-família.
b) habitacional.
c) extraordinária.
d) pró-labore.
sucessor singular, é facultado unir sua posse à do antecessor para os efeitos legais.
eles podem, assim como a qualquer sucessor a título singular é facultado, unir sua
c) transmite-se de pleno direito aos sucessores a título universal e a título singular, não
se permitindo a este recusar a união de sua posse à do antecessor, para efeitos legais.
res, tendo, cada novo possuidor, de provar seus requisitos para os efeitos legais.
e) só pode ser adquirida pela própria pessoa que a pretende, mas não por repre-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 75 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 76 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
c) Como fâmulo da posse, tem mera detenção, de forma que não pode arguir usu-
capião, independentemente do lapso temporal da posse.
d) Desde que não tenha João Silva nenhum outro imóvel em seu nome, tem ele o
direito de usucapir o imóvel em questão em face da posse pacífica e sem interrupção.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 77 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
a) tem direito aos frutos percebidos, porém responde pela perda ou deterioração
provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante.
c) responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por
úteis, somente.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 78 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
GABARITO
1. c 26. b
2. c 27. e
3. b 28. c
4. b 29. e
5. c 30. e
6. a 31. d
7. b 32. c
8. e 33. d
9. E 34. b
10. C 35. d
11. C 36. c
12. E 37. c
13. a 38. e
14. b 39. c
15. e 40. c
16. a 41. b
17. E 42. b
18. c 43. c
19. a 44. a
20. b 45. a
21. c 46. d
22. e 47. c
23. b 48. d
24. C 49. a
25. b 50. d
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 79 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
QUESTÕES COMENTADAS
reitos que ostentam a natureza jurídica de Direito Real, à exceção de uma. Assinale-a.
b) Usufruto.
c) Penhora.
e) Habitação.
Letra c.
Estudamos que o art. 1.225 do CC, que apresenta uma listagem taxativa dos
direitos reais:
Dessa forma, não se pode confundir o penhor com a penhora. Penhor e penhora são
institutos jurídicos totalmente diferentes, mas por serem palavras muito parecidas,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 80 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Penhor é uma garantia dada pelo devedor, espontânea ou por imposição legal, de
obrigação assumida. O devedor entrega uma coisa móvel sua ou de outra pessoa
(desde que autorizada por esta) como forma de garantir que a obrigação por ele
mento é uma espécie de penhor, ou seja, caso o paciente não efetue o pagamento
A penhora por sua vez, é um ato judicial, emitido por um juiz e promovido por um
Ex.: Maria deve a João o valor de R$ 500,00 representados por meio de uma nota
promissória. Maria não paga João no prazo por eles acordado e João move uma
Ação de Execução contra Maria. Maria possui duas alternativas antes que o oficial
a) pessoal ou real anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possui-
dor direto defender a sua posse contra o indireto, não podendo, porém, defender
b) real não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor dire-
to defender a sua posse contra o indireto, mas esse mesmo direito não terá, se a
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 81 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
c) pessoal ou real não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o pos-
d) pessoal não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor
direto defender a sua posse contra o indireto, mas esse mesmo direito não terá se
e) pessoal ou real anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possui-
dor direto defender a sua posse contra o indireto, bem como defender a sua posse
Letra c.
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente,
em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi
havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.
1) a posse direta não anula a indireta: dessa forma, se algumas pessoas inva-
dem um imóvel alugado, o locador (possuidor indireto) pode mover ações possessó-
rias contra os invasores, mesmo que o possuidor direto seja o inquilino (locatário); e
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 82 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
tar aparentemente abandonado, ele ocupou, cercou e mantém como área de lazer.
a) mero detentor;
b) possuidor pleno;
Letra b.
Tendo em vista que Maurício ocupou, cercou e mantém o terreno como área de la-
rias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de
levantar as voluptuárias.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 83 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
ordens ou instruções.
a) III, IV e V.
b) I, II e III.
c) I, IV e V.
e) II, III e V.
Letra b.
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que
são separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 84 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Caso o possuidor esteja obrigado a ressarcir alguma coisa, poderá haver a com-
pensação entre o valor utilizado com as benfeitorias e o valor a ser pago a título de
ressarcimento.
V. Errado. A afirmativa descreve o conceito de detenção previsto no art. 1.198 do
CC, e não de posse.
e) I, II, e V.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 85 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Letra c.
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente,
em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida,
podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.
Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer
sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores.
Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede
a aquisição da coisa.
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou
não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
direito e permanece na posse direta da coisa, de modo que aquele que possuía em
b) A posse do imóvel não faz presumir a das coisas móveis que nele estiverem.
considerada justa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 86 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
ou de instruções suas.
não pode defender a sua posse contra o possuidor indireto desse mesmo bem.
Letra a.
passa a possuir em nome alheio (ex.: vender o seu imóvel e continuar morando
Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição.
Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir
pelo constituto possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coi-
sa, que se encontra em poder de terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da
coisa, por ocasião do negócio jurídico.
Art. 1.209. A posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas móveis que
nele estiverem.
Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 87 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente,
em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida,
podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.
der causa.
d) II e III, apenas.
e) I, II e IV, apenas.
Letra b.
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente,
em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida,
podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.
II. Errado. Em desacordo com o art. 557 do Novo CPC e com o art. 1.210, § 2º, do CC.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 88 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 557. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu,
propor ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face
de terceira pessoa.
Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação
de propriedade ou de outro direito sobre a coisa.
Art. 1.210, § 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de
propriedade, ou de outro direito sobre a coisa.
direito sobre a coisa turbada ou esbulhada não impede que o possuidor intente
Art. 1.211. Quando mais de uma pessoa se disser possuidora, manter-se-á provisoria-
mente a que tiver a coisa, se não estiver manifesto que a obteve de alguma das outras
por modo vicioso.
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a
que não der causa.
b) de boa-fé não tem direito, enquanto durar a boa-fé, aos frutos percebidos.
c) de má-fé não responde por todos os frutos colhidos e percebidos, desde o mo-
e) de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 89 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Letra e.
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a
que não der causa.
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda
que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse
do reivindicante.
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos,
bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se
constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
havendo, quanto a elas, o direito de retenção, sendo vedado, por outro lado, o le-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 90 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Errado.
legitimidade para ajuizar ação possessória contra atos de terceiros e contra atos dos
Certo.
Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer
sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores.
dor tem o direito de exercer a posse sobre o todo, não podendo um excluir a posse
Ex.: quando um casal mora em uma casa, um não pode limitar o outro a transitar
em determinadas partes da casa, pois os dois exercem uma posse pro indiviso.
aquisição da posse.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 91 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Certo.
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício,
em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.
das as atividades que sejam realizadas por terceiros no espaço aéreo e no subsolo
de sua propriedade.
Errado.
a) pode ela ser adquirida pela própria pessoa que a pretende ou por seu represen-
tante, ou ainda por terceiro sem mandato, nesse caso dependendo de ratificação.
cessor singular não pode unir sua posse à do antecessor, dada a natureza de sua
condição jurídica.
d) a posse do imóvel não tem qualquer vinculação com a posse das coisas móveis
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 92 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Letra a.
Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao su-
cessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais.
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como
não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de ces-
sar a violência ou a clandestinidade.
Art. 1.209. A posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas móveis que
nele estiverem.
e) Errado. Em desacordo com o art. 557 do Novo CPC e com o art. 1.210, § 2º, do CC.
Art. 557. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu,
propor ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face
de terceira pessoa.
Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação
de propriedade ou de outro direito sobre a coisa.
Art. 1.210, § 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de
propriedade, ou de outro direito sobre a coisa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 93 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Letra b.
A posse está definida no art. 1.196 do CC:
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou
não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 94 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
e) A posse pode ser adquirida por terceiro, sem mandato do pretendente, caso em
Letra e.
dente da vontade do titular anterior. Ocorre quando alguém detém a posse de uma
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 95 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Por meio do art. 1.238 do CC, percebe-se que a propriedade é adquirida quando se
cumpre os requisitos que ensejam a usucapião.
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como
seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé;
podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para
o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Letra a.
Análise das alternativas:
a) Errado. A assertiva descreve a posse de má-fé.
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede
a aquisição da coisa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 96 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
de boa-fé. Por outro lado, se o vício é de seu conhecimento, então a posse é de má-fé.
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como
não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de ces-
sar a violência ou a clandestinidade.
Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessá-
rias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las,
quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo
valor das benfeitorias necessárias e úteis.
Mas a pergunta que não quer calar é: pode haver posse injusta e de boa-fé?
posse injusta de boa-fé (ex.: comprar coisa roubada). Nesse caso, a posse é injusta
porque nasceu da violência, mas o comprador não sabia que era roubada. Admite-se
também a posse justa de má-fé (ex.: o tutor comprar bem do órfão; o juiz comprar
o bem que ele mandou penhorar, mesmo pagando o preço correto, é vedado pelo
art. 497 do CC). Nesse caso, a posse é justa porque foi pago o preço correto, mas é
de má-fé porque tem vício, viola a ética, a moral e a própria lei, afinal tanto para o
tutor quanto para o Juiz não basta ser honesto, também tem que parecer honesto.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 97 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 98 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
necessária. Artigo 1.219 e 1.220 do Código Civil. AGRAVO RETIDO CONHECIDO E DES-
PROVIDO. APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA para; i) decretar a reintegração de posse
do autor no imóvel objeto da lide, concedendo ao réu o prazo de quinze dias a partir da
publicação deste acórdão para a desocupação do imóvel, sob pena de multa diária de
R$500,00 (quinhentos reais); ii) declarar a perda das benfeitorias e acessão em favor
do autor; e inverter os ônus sucumbenciais.
(TJ-RJ - APL: 00132831720128190212 RJ 0013283-17.2012.8.19.0212, Relator: DES.
CEZAR AUGUSTO RODRIGUES COSTA, Data de Julgamento: 04/11/2014, OITAVA CA-
MARA CIVEL, Data de Publicação: 07/11/2014 13:08).
mente com sua família, ocupou, cercou e construiu uma casa, um curral e um pe-
queno lago artificial em uma terra pública situada em área rural. O poder público,
Roberto alegou que a posse se dera de boa-fé e que ele já havia feito um pedido
caso o pedido do poder público fosse procedente, ele deveria ser indenizado pelas
a) Com exceção do lago artificial, Roberto fará jus a indenização pelas demais ben-
b) Roberto terá direito à indenização pela casa, mas lhe será descontado o valor
d) A posse não pode ser considerada de má-fé, o que torna indenizáveis as benfei-
e) A indenização pelo curral depende de prova de utilidade pelo poder público após
a retomada do imóvel.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 99 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Letra c.
Aqui temos mais uma questão da banca CESPE com base na jurisprudência:
II – O possuidor de boa-fé não tem direito aos frutos percebidos enquanto durar
a posse.
a benfeitoria necessária.
Assinale:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 100 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Letra a.
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
III. Errado. A benfeitoria necessária não é considerada um direito real, mas sim
dade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 101 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha
ele interesse legítimo em impedi-las.
c) não abrange a do subsolo, por isso o proprietário não pode opor-se a atividades que
sejam realizadas por terceiros no subsolo, ainda que tenha interesse em impedi-las.
autorização administrativa para sua utilização, desde que não prejudique terceiros
ou o interesse público.
Letra b.
pra e venda.
compra e venda.
da coisa.
d) A tradição transfere a propriedade ainda que tenha por título negócio jurídico nulo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 102 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Letra c.
Art. 1.232. Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao
seu proprietário, salvo se, por preceito jurídico especial, couberem a outrem.
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título trans-
lativo no Registro de Imóveis.
Art. 1.268, § 2o Não transfere a propriedade a tradição, quando tiver por título um ne-
gócio jurídico nulo.
Tendo em vista que o negócio jurídico nulo padece de invalidade total, não tem
como a tradição produzir efeitos se tiver uma nulidade absoluta como origem. Res-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 103 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
a) II e III, apenas.
b) I, II e III.
c) I e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, apenas
Letra e.
I. Certo. Os atos emulativos são proibidos por meio do art. 1.228, § 2º, do CC:
Art. 1.228, § 2o São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodida-
de, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.
II. Errado. Realmente, presume-se que a propriedade seja plena e exclusiva, mas
Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos
minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros
bens referidos por leis especiais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 104 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
conservar como seu. Logo depois, notando o abandono, Abílio invade o imóvel e o
possui por mais de 15 anos, sem interrupção nem oposição, embora sem satisfazer
Município do Recife.
Município do Recife.
Letra b.
Tendo em vista que Abílio possuiu o imóvel por mais de 15 anos, sem interrupção
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como
seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; po-
dendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o
registro no Cartório de Registro de Imóveis.
24. (CESPE/TJ-DFT/AJAJ/2015) Se um indivíduo possui como seu, por doze anos, sem
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 105 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Certo.
A situação descrita, por ter transcorrido mais de 10 anos, representa uma hipótese
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como
seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; po-
dendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o
registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o
possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado
obras ou serviços de caráter produtivo.
sição de quem quer que seja, possui, como seu, imóvel no qual estabeleceu a sua
moradia habitual.
Considerando que Rita não possui qualquer título referente à titularidade proprie-
juiz declaração por sentença, que servirá como título para o registro no Cartório de
Registro de Imóveis.
bem imóvel por meio de ação de usucapião, na qual requeira ao juiz declaração por
sentença, que servirá como título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
do bem imóvel por não ter atingido ainda o tempo mínimo da prescrição aquisitiva,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 106 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
o direito de superfície do bem imóvel por ter atingido o tempo mínimo para a
do bem imóvel por não haver realizado nele obras ou serviços de caráter produtivo.
Letra b.
A situação descrita, por ter transcorrido mais de 10 anos, representa uma hipótese
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como
seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; po-
dendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o
registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o
possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado
obras ou serviços de caráter produtivo.
I – Mariana, por onze anos, sem interrupção e nem oposição, possui, como sua,
II – Gleison não é proprietário de imóvel urbano ou rural, mas possui, como sua,
uma casa de 150 metros quadrados por sete anos ininterruptos e sem opo-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 107 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
De acordo com o Código Civil brasileiro, em razão da posse, poderá adquirir a pro-
priedade dos imóveis acima mencionados
a) Mariana, apenas.
b) Mariana e Gleison, apenas.
c) Gleison, apenas.
d) Mariana, Gleison e Benício.
e) Gleison e Benício, apenas.
Letra b.
Nesse tipo de questão, devem ser feitas as seguintes análises, na ordem abaixo:
• verificar o tamanho do imóvel (até 250m2 ou até 50ha) para tentar enquadrar
a hipótese de usucapião constitucional;
• se o tamanho do imóvel cumprir o requisito do item anterior, devemos
observar se o prazo de cinco anos foi cumprido para consumação da usu-
capião constitucional;
• para ocorrer usucapião constitucional rural, o possuidor não pode ter outro imóvel;
• se a questão não mencionar a metragem do imóvel ou se for superior ao
limite do item 1, esqueça a usucapião constitucional e verifique a existên-
cia ou não de junto título e boa-fé para enquadrar a usucapião em ordi-
nária ou extraordinária;
• por fim, verifica-se o tempo de posse para verificar a consumação da usuca-
pião ordinária ou extraordinária.
Análise das afirmativas:
I. Como a metragem é de 300 m2, descarta-se a usucapião constitucional. Não é
citado que Mariana possui justo título e boa-fé, sendo assim, entende-se pela usu-
capião extraordinária. Analisando o período de tempo de 11 anos, entende-se que
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 108 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
II. Como a metragem é de 150 m2, verifica-se, a depender do tempo de posse, a possi-
III. Benício não irá adquirir a propriedade do terreno rural em decorrência da usu-
Tempo: 15 anos. Não é necessário haver boa-fé e nem justo título. Os principais
de de haver justo título nem boa-fé. Entretanto, para o autor conseguir a redução
de cinco anos, é necessário que tenha feito no imóvel obras ou serviços de caráter
Tempo: 10 anos. Deve estar de boa-fé, ou seja, ignora qualquer obstáculo impedi-
Tempo: 5 anos. Bem adquirido onerosamente e teve registro cancelado, mas havia bo-
a-fé do possuidor. Para valer-se dessa espécie, o possuidor deve comprovar que man-
Tempo: 5 anos. Imóvel até 50 ha. O possuidor deve comprovar que fez da proprie-
dade um bem produtivo, estabelecendo ali sua morada. O usucapiente não pode
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 109 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Tempo: 5 anos. Não é necessário justo título nem boa-fé. O imóvel deve ser de até
250m2. Aqui também o possuidor não pode ser proprietário ou possuidor direto de
USUCAPIÃO COLETIVA – Art. 1.228, § 4.º, CC; e art. 10, Lei n. 10.257/2001,
Estatuto da Cidade.
Tempo: 5 anos. Caberá esta espécie quando se tratar de áreas urbanas com mais
de 250m2, ocupadas por população de baixa renda, não se sabendo precisar a de-
limitação de cada um. Referido prazo deve ser sem interrupção e nem oposição.
Tempo: 2 anos, a contar do abandono do imóvel pelo cônjuge. O imóvel que per-
tencia ao casal ou a um deles deve ser de até 250m2. Importante mencionar que o
consorte possuidor do imóvel não pode, para efeitos dessa usucapião, ser possui-
cendo posse mansa e pacífica, com animus domini, de área de trinta e três mil metros
quadrados, Irani ajuizou ação de usucapião do imóvel. Considerando que foi proferida
sentença julgando procedente o pedido, a qual transitou em julgado, vindo a ser devi-
a) continuará sendo mero possuidor por mais três anos, tornando-se proprietário
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 110 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Letra e.
Como Irani cumpria os requisitos para usucapir a área citada, podemos afirmar
que ele se tronou proprietário antes mesmo de ser proferida a sentença, já que ela
campo de experiências e pesquisas agropecuárias, nele passou a cultivar com sua fa-
mília. Passados 20 anos, o Estado ajuizou ação reivindicatória, para reaver a posse do
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 111 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
c) procedente, porque aquela área não era passível de aquisição por usucapião.
Letra c.
20 anos, sem oposição das pessoas que frequentavam o local, requereu fosse de-
povo e os dominicais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 112 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
especial e os dominicais.
Letra e.
A praça pública, por força do art. 99, I, do CC, é um bem público de uso comum do povo:
cuidado por Juliano, que residia no mesmo imóvel e era remunerado para tal fim. Com
escrito, que Juliano permanecesse por mais 5 anos no imóvel. Durante este prazo, Ju-
liano utilizou o bem para sua moradia, em caráter ininterrupto e sem oposição. Trans-
urbano menor que 250 m² e Juliano não possui bens imóveis. Juliano está
imóvel menor que 250 m², sem oposição, utilizando-o para sua moradia.
c) correto, pois teve posse do imóvel por mais de 10 anos, estabelecendo sua mo-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 113 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Letra e.
Durante o período de 8 anos em que cuidava de Péricles, Juliano não tinha a posse
Nos 5 anos após a morte de Péricles, a posse exercida por Juliano era do tipo ad
sego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha,
público, exceto se houver previa e justa indenização pelo Poder Público, porque
das por interesse público, cabendo ao vizinho reclamar indenização apenas do Po-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 114 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Letra d.
te, tendo ajuizado ação de natureza cominatória, para fazer cessar a emissão de
a) não poderá exigir a redução das emissões poluentes, mas se alienar seu imóvel,
b) não poderá exigir a redução das emissões poluentes, porque prevalece a coisa
sões poluentes.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 115 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Letra c.
Art. 1.279. Ainda que por decisão judicial devam ser toleradas as interferências, poderá
o vizinho exigir a sua redução, ou eliminação, quando estas se tornarem possíveis.
imóvel, Silvio necessariamente tem que passar tubulação subterrânea pelo imóvel
Letra d.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 116 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
a afirmativa correta.
demolição ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste
c) O dono do prédio que não tiver acesso à via pública pode constranger o vizinho
terreno vizinho.
Letra b.
Art. 1.280. O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prédio vizinho
a demolição, ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste
caução pelo dano iminente.
Art. 1.284. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo
onde caíram, se este for de propriedade particular.
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso à via pública, nascente ou porto,
pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar
passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 117 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.312. Todo aquele que violar as proibições estabelecidas nesta Seção é obrigado a
demolir as construções feitas, respondendo por perdas e danos.
Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de me-
tro e meio do terreno vizinho.
um bairro tranquilo. Alguns meses depois de se instalar, Rita foi surpreendida com a
inauguração de uma casa noturna no imóvel em frente ao seu. Não bastasse, o primei-
passou a utilizar a calçada para colocar suas mesas. Com o sucesso do empreendimen-
a) Rita deve vender seu imóvel e se mudar para outro lugar, uma vez que a música
c) Ainda que Rita comprove o sofrimento e os prejuízos que esse fato vem lhe cau-
sando, além do excesso de ruído, não lhe serão devidos danos morais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 118 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Letra d.
Esta questão pode ser resolvida pelo simples bom senso diante da situação.
A base legal é o art. 1.277 do CC:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 119 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
d) Gerson está obrigado a aceitar que Luiz, independente de aviso prévio, entre
em seu terreno para buscar suas coisas, bem como quando for necessário realizar
e) Se Gerson resolver criar porcos e galinhas em seu terreno, tal fato não
Letra c.
Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo o
seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com
ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar mar-
cos destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as
respectivas despesas.
Art. 1.298. Sendo confusos, os limites, em falta de outro meio, se determinarão de con-
formidade com a posse justa; e, não se achando ela provada, o terreno contestado se
dividirá por partes iguais entre os prédios, ou, não sendo possível a divisão cômoda, se
adjudicará a um deles, mediante indenização ao outro.
Art. 1.283. As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, po-
derão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido.
Art. 1.284. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo
onde caíram, se este for de propriedade particular.
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso à via pública, nascente ou porto,
pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar pas-
sagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 120 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
A passagem forçada é direito de vizinhança que não exige registro, enquanto que
a servidão é um direito real sobre coisa alheia e tem sua constituição com o re-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 121 de 122
DIREITO CIVIL II
Coisas, Posse e Propriedade
Prof. Dicler Forestieri
Art. 1.313. O proprietário ou ocupante do imóvel é obrigado a tolerar que o vizinho en-
tre no prédio, mediante prévio aviso, para:
I – dele temporariamente usar, quando indispensável à reparação, construção, recons-
trução ou limpeza de sua casa ou do muro divisório;
II – apoderar-se de coisas suas, inclusive animais que aí se encontrem casualmente.
Creio que, com as questões, você tenha percebido que a parte referente ao Di-
Por hoje é só. Continue firma na luta, no final tudo valerá a pena.
Bons estudos!!!
Prof. Dicler
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 122 de 122