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ACOMPANHAMENTO DA EQUIPE UNIVERISTÁRIO RUGBY SANTA MARIA NA PRIMEIRA

DIVISÃO DO CAMPEONATO GAÚCHO DE 2017 E COPA RS DO MESMO ANO: VISÃO DA


FISIOTERAPIA

Mateus Marques1, Bruno Correa1, Airton Alonço Júnior1 , Michele Saccol1, Rodolfo Miletto2,

INTRODUÇÃO
O Rugby é um esporte olímpico criado na segunda década do século XIX na Inglaterra, porém
apenas na segunda metade do século XX começou a ser praticado no Brasil (CBRu, [s.d.]). Caracterizado
pela demanda de habilidades variadas e jogadores com diferentes composições corporais e valências
físicas, ressalta-se o contato físico realizado durante as jogadas de ataque e defesa como principal
responsável pela alta e variada taxa de lesões (GABBETT, 2000). Apesar de ser um esporte amador no
país, no Rio Grande do Sul essa modalidade conta com um campeonato estadual desde 2006 (Federação
Gaúcha de Rugby, [s.d.])).

OBJETIVO
Descrever a experiência de dois acadêmicos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de
Santa Maria no acompanhamento da equipe citadina durante o Campeonato Gaúcho de Rugby XV (CGR)
e na Copa RS de Rugby XV (CRS), ambas na categoria adulto principal desta modalidade.

MATERIAIS E METODOS
Este é um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, de dois acadêmicos pertencentes à Liga
de Avaliação, Prevenção e Reabilitação Esportiva (LAPRE). Estes acompanharam durante 18 semanas os
jogos e treinamentos da equipe Universitário Rugby Santa Maria (URSM), composta por 23 atletas e 5
dirigentes técnicos (Treinador, Preparador Físico, Médico e Fisioterapeuta). Para capacitar e potencializar
a experiência dos acadêmicos, reuniões expositivas com discussão de literatura científica atualizada foram
realizas durante o ano antecedente ao evento (2016).

RESULTADOS
Foram 5 jogos no CGR (3 como visitante e 2 como local) e mais e 4 jogos na CRS (2 como visitante
e 2 como local), com participação da equipe principal em que os acadêmicos puderam realizar técnicas de
cinesioterapia visando proporcionar ao atleta a melhor condição para a prática esportiva bem como
desenvolver e aprimorar raciocínio clínico perante as lesões resultantes de treinos e jogos. Os
procedimentos fisioterapêuticos durante os pré-jogos e pós-jogos constaram de liberação miofascial,
terapia manual, aplicação de bandagem rígida e proprioceptiva, crioterapia, alongamento muscular,
estratégia de recuperação ativa e passiva (PRENTICE, 2012), entre outros, conforme necessidade dos
atletas e com a supervisão direta de um profissional da área. A partir dessa experiência os acadêmicos
foram capazes de vivenciar a rotina de preparação e jogos, bem como conheceram um esporte ainda
pouco praticado no país e que erroneamente é identificado como violento.

CONCLUSÃO
Foi possível evidenciar uma grande demanda de condicionamento físico, psicológico e nutricional
nesta modalidade esportiva, sendo o papel do fisioterapeuta à disposição dos atletas de grande
importância na sua recuperação, manutenção e educação sobre a sua saúde. Assim, recomenda-se com
uma equipe multidisciplinar abordar nessas equipes inicialmente o conceito de educação em saúde com
cuidados básicos de treino, gasto energético e metabólico, hidratação e recuperação pós-treino. Essas
estratégias podem gerar melhorias na vida pessoal, prevenindo lesões, proporcionando melhor
recuperação pós carga de jogos e treinos, mantendo bom rendimento dos atletas nos treinos e durante as
partidas, bem como proporcionar melhor qualidade de vida com a integração e prática crônica do exercício
físico na vida do atleta embora seja ele amador.

PALAVRAS-CHAVE
Fisioterapia, Fisioterapia Esportiva, Rugby.

1
Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Santa Maria; 2Universitário Rugby Santa Maria.
REFERENCIAS
CBRu. ([s.d.]). CBRu - Sobre Nós. Recuperado 20 de março de 2018, de
https://ww2.brasilrugby.com.br/pages/sobre-nos
Federação Gaúcha de Rugby. ([s.d.]). Institucional – Federação Gaúcha de Rugby. Recuperado 20 de
março de 2018, de http://www.fgrugby.com.br/home/wordpress/institucional/
GABBETT, T. Incidence, site, and nature of injuries in amateur rugby league over three consecutive
seasons. Br J Sports Med. 2000;34(2):98-103.
PRENTICE, W. E. Fisioterapia na prática esportiva: uma abordagem baseada em competências. 14. ed.
Porto Alegre: AMGH, 2012. 880 p.

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