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QUÍMICA

DOS MATERIAIS
(EM009)
Capítulo 04
Forças intermoleculares e
Estrutura de Sólidos

Prof. Dr. Marcelo O. Santiago

2018 Química do Materiais Capítulo 04


LIGAÇÃO METÁLICA

2018 Química do Materiais Capítulo 04


Ligações Metálica

2018 Química dos Materiais Capítulo 04


Ligações Metálica

2018 Química dos Materiais Capítulo 04


Ligações Metálica

• Se a cadeia se tornar muito longa, haverá tantos orbitais moleculares


que a separação de energia entre eles será muito pequena. À medida
que o comprimento da cadeia se tornar infinito, os estados permitidos
de energia formarão uma banda contínua.
• Assim, ao invés de termos orbitais ligantes e antiligantes, teremos
uma estrutura com a banda ligante ou de valência e a banda
antiligante ou de condução;
• Nem todos os orbitais da banda ligante serão preenchidos com
elétrons, mas devido a diferença muito pequena em energia entre
estes orbitais, o deslocamento do elétron entre estes orbitais é
permitido e traduz o processo de condutividade elétrica em metais, e
resultando também orbitais intermediários vazios;

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Ligações Metálica

• Outra consequência é a possibilidade de absorção e emissão de luz


em valores de dado intervalo de energia, resultando em superfícies
refletoras e lustrosas;
• As estruturas eletrônicas da maioria dos metais são mais complicadas
que as mostradas na figura anterior. Isso ocorre porque precisamos
considerar mais de um tipo de orbital atômico em cada átomo. Como
cada tipo de orbital pode dar origem a sua própria banda, a estrutura
eletrônica de um sólido geralmente consiste em uma série de bandas.
A estrutura eletrônica de um sólido macroscópico é chamada de
estrutura de banda. Vejamos um exemplo a seguir.

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Ligações Metálica

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Semicondutores

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Semicondutores
• Diferentemente dos metais, nos semicondutores surge um intervalo de energia
entre os estados ocupados e não ocupados, semelhante ao intervalo de
energia entre os orbitais ligantes e antiligantes. A banda formada a partir dos
orbitais moleculares ligantes é chamada de banda de valência, e a formada
a partir dos orbitais moleculares antiligantes, banda de condução. Em um
semicondutor, a banda de valência é preenchida com elétrons, e a banda de
condução está vazia. Essas duas bandas são separadas pela banda proibida
de energia Eg. Quando a banda proibida é superior a ~3,5 eV, o material não é
um semicondutor, mas um isolante, e não conduz eletricidade.

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Semicondutores

• A condutividade elétrica de um semicondutor é influenciada pela


presença de um pequeno número de átomos de impureza. O
processo de adição de quantidades controladas de átomos de
impureza a um material é conhecido como dopagem.
• O semicondutor do tipo n significa que o número de cargas negativas
presentes na banda de condução aumentou. Esses elétrons extras
podem se mover com facilidade na banda de condução.
• O semicondutor do tipo p significa que o número de buracos
positivos no material aumentou. Buracos (ou lacunas) são espaços
sem elétrons. Uma vez que a espécie de carga negativa não está
presente, pode-se considerar que o buraco tem uma carga positiva.

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ESTADOS DA MATÉRIA

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Uma comparação entre
Estados da Matéria

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Uma comparação entre
Estados da Matéria

As forças que mantêm os sólidos e líquidos unidos são denominadas


forças intermoleculares.
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Forças Intermoleculares

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Forças intermoleculares

• A ligação covalente que mantém uma molécula unida é uma força


intramolecular.
• A atração entre moléculas é uma força intermolecular.
• Forças intermoleculares são muito mais fracas do que as forças
intramoleculares (por exemplo, 16 kJ mol-1 versus 431 kJ mol-1
para o HCl).
• Quando uma substância funde ou entra em ebulição, forças
intermoleculares são quebradas (não as ligações covalentes).

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Forças intermoleculares

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CLASSIFICAÇÃO

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Forças intermoleculares

Forças íon-dipolo
• A interação entre um íon e um dipolo (por exemplo, água).
• A mais forte de todas as forças intermoleculares, exceto pela
atração eletrostática exercida entre íons.

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Forças intermoleculares

Forças dipolo-dipolo
• As forças dipolo-dipolo existem entre moléculas polares neutras.
• As moléculas polares necessitam ficar muito unidas.
• Mais fracas do que as forças íon-dipolo.
• Há uma mistura de forças dipolo-dipolo atrativas e repulsivas
quando as moléculas se viram.
• Se duas moléculas têm aproximadamente a mesma massa e o
mesmo tamanho, as forças dipolo-dipolo aumentam com o
aumento da polaridade.

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Forças intermoleculares

Forças dipolo-dipolo

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Forças intermoleculares

Forças dipolo-dipolo

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Forças intermoleculares

Forças de dispersão de London


• A mais fraça de todas as forças intermoleculares.
• É possível que duas moléculas adjacentes neutras se afetem.
• O núcleo de uma molécula (ou átomo) atrai os elétrons da
molécula adjacente (ou átomo).
• Por um instante, as nuvens eletrônicas ficam distorcidas.
• Nesse instante, forma-se um dipolo (denominado dipolo
instantâneo).

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Forças intermoleculares

Forças de dispersão de London


• Um dipolo instantâneo pode induzir outro dipolo instantâneo em
uma molécula (ou átomo) adjacente.
• As forças entre dipolos instantâneos são chamadas forças de
dispersão de London.

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Forças intermoleculares

Forças de dispersão de London


• Polarizabilidade é a facilidade com que a distribuição de cargas em
uma molécula pode ser distorcida por um campo elétrico externo.
• Quanto maior é a molécula (quanto maior o número de elétrons)
mais polarizável ela é.
• As forças de dispersão de London aumentam à medida que a massa
molecular aumenta.
• Existem forças de dispersão de London entre todas as moléculas.
• As forças de dispersão de London dependem da forma da
molécula.

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Forças intermoleculares

Forças de dispersão de London


• Quanto maior for a área de superfície disponível para contato,
maiores são as forças de dispersão.
• As forças de dispersão de London entre moléculas esféricas são
menores do que entre as moléculas com formato de lingüiça.

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Forças intermoleculares

Forças de dispersão de London

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Forças intermoleculares

Forças de dispersão de London

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Forças intermoleculares

Ligação de hidrogênio
• Caso especial de forças dipolo-dipolo.
• A partir de experimentos: os pontos de ebulição de compostos com
ligações H-F, H-O e H-N são anomalamente altos.
• Forças intermoleculares são anomalamente fortes.

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Forças intermoleculares

Ligação de hidrogênio
• A ligação de H necessita do H ligado a um elemento eletronegativo
(mais importante para compostos de F, O e N).
– Os elétrons na H-X (X = elemento eletronegativo) encontram-
se muito mais próximos do X do que do H.
– O H tem apenas um elétron, dessa forma, na ligação H-X, o H
+ apresenta um próton quase descoberto.
– Conseqüentemente, as ligações de H são fortes.

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Forças intermoleculares
Ligação de hidrogênio

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Forças intermoleculares
Ligação de hidrogênio

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Forças intermoleculares

Ligação de hidrogênio
• As ligações de hidrogênio são responsáveis pela:
– Flutuação do gelo
• Os sólidos são normalmente mais unidos do que os líquidos;
• Portanto, os sólidos são mais densos do que os líquidos.
• O gelo é ordenado com uma estrutura aberta para otimizar a
ligação H.
• Conseqüentemente, o gelo é menos denso do que a água.
• Na água, o comprimento da ligaçao H-O é 1,0 Å.
• O comprimento da ligação de hidrogênio O…H é 1,8 Å.
• O gelo tem águas ordenadas em um hexágono regular
aberto.
• Cada + H aponta no sentido de um par solitário no O.
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Forças intermoleculares
Ligação de hidrogênio

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IDENTIFICAÇÃO

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Forças intermoleculares

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ESTRUTURAS DE SÓLIDOS

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Estruturas dos sólidos

Células unitárias
• Sólido cristalino: arranjo definido e bem ordenado de moléculas,
átomos ou íons.
• Os cristais têm uma estrutura ordenada, que se repete.
• A menor unidade que se repete em um cristal é uma célula unitária.
• A célula unitária é a menor unidade com toda a simetria de um
cristal inteiro.
• Uma pilha tridimensional de células unitárias é a rede cristalina.

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Estruturas dos sólidos
Célula unitária

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Estruturas dos sólidos
Células unitárias
• Três tipos comuns de células unitárias.
– Cúbica primitiva, átomos nas extremidades de um cubo simples,
• cada átomo é compartilhado por oito células unitárias.
– Cúbica de corpo centrado (ccc), átomos nos vértices de um cubo mais
um no centro do corpo do cubo.
• Os átomos das extremidades são compartilhados por oito células
unitárias, e o átomo central está completamente incluso em uma
célula unitária.
– Cúbica de face centrada (cfc), átomos nas extremidades de um cubo
mais um átomo no centro de cada face do cubo.
• os átomos das extremidades são compartilhados por oito células
unitárias, e os átomos das faces são compartilhados por duas células
unitárias.

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Estruturas dos sólidos
Células unitárias

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Estruturas Bravais

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CONTRIBUIÇÃO DE SÓLIDOS
NAS CÉLULAS UNITÁRIAS

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Estruturas dos sólidos
Células unitárias

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Estruturas dos sólidos
Células unitárias

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Estruturas dos sólidos
A estrutura cristalina do cloreto de sódio
• Duas maneiras equivalentes de definir a célula unitária:
– os íons de Cl- (maiores) estão nas extremidades da célula, ou
– os íons de Na+ (menores) estão nas extremidades da célula.
• A proporção cátion-ânion em uma célula unitária é a mesma para o
cristal. No NaCl, cada célula unitária contém o mesmo número de
íons de Na+ e de Cl-.
• Observe que a célula unitária para o CaCl2 precisa de duas vezes
mais íons Cl- do que íons Ca2+.

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Estruturas dos sólidos
A estrutura cristalina do cloreto de sódio

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Estruturas dos sólidos
A estrutura cristalina do cloreto de sódio

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Estruturas dos sólidos
Outras estruturas cristalinas

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CONTRIBUIÇÃO DE SÓLIDOS
NAS CÉLULAS UNITÁRIAS

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Ligações nos sólidos
Existem quatro tipos de sólidos:
– Moleculares (formados a partir de moléculas interagindo
através de Forças Intermoleculares) – normalmente macios,
com pontos de ebulição baixos e condutividade ruim;
– Rede covalente (formada de átomos ligados covalentemente) –
muito duros, com pontos de fusão muito altos e condutividade
ruim;
– Iônicos (formados de íons) – duros, quebradiços, com pontos de
ebulição altos e condutividade ruim;
– Metálicos (formados a partir de ligação metálica) – macios ou
duros, pontos de ebulição altos, boa condutividade, maleáveis e
dúcteis com largas faixas de propriedades dependentes do
número de elétrons envolvidos.
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Ligações nos sólidos

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Ligações nos sólidos
Sólidos covalentes

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Ligações nos sólidos
Sólidos iônicos

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Ligações nos sólidos
Sólidos metálicos

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PROPRIEDADES DE
ESTRUTURAS DE SÓLIDOS

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ALOTROPIA
Propriedade que possuem alguns elementos químicos
de se apresentarem com formas e propriedades físicas
diferentes, tais como densidade, organização espacial,
condutividade elétrica.

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ALOTROPIA

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POLIMORFISMO
É a propriedade de materiais sólidos poderem existir
sob mais de uma forma cristalina. Pode ser
encontrado em qualquer material cristalino incluindo
polímeros e metais.

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POLIMORFISMO

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ISOMORFISMO
Fenômeno pelo qual duas ou mais substâncias de
composição química diferente se apresentam com a
mesma estrutura cristalina.

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SÓLIDOS AMORFOS
Sólido amorfo, material amorfo ou substância amorfa
é a designação dada à estrutura que não têm
ordenação espacial a longa distância (em termos
atómicos), como os sólidos regulares.

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LIGAS METÁLICAS
São materiais com propriedades metálicas que contêm
dois ou mais elementos químicos sendo que pelo
menos um deles é metal.

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Defeitos em Sólidos

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DEFEITOS EM SÓLLIDOS

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DEFEITOS EM SÓLIDOS

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TAMANHO, CONTORNO E FORMA DE
GRÃO

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