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TUCURUÍ – PARÁ
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
TUCURUÍ
JUNHO / 2010
ESTUDO E AVALIAÇÃO DAS PROTEÇÕES DE LINHAS DE
TRANSMISSÃO 500 kV DA ELETROBRÁS-ELETRONORTE
LOCALIZADAS NA SUBESTAÇÃO DE TUCURUÍ
_______________________________________
ORIENTADOR – FEE/CTUC/UFPA
_______________________________________
MEMBRO – FEE/CTUC/UFPA
_______________________________________
MEMBRO – ELETROBÁS-ELETRONORTE
_______________________________________
DIRETOR DA FACULDADE DE
ENGENHARIA ELÉTRICA
DEDICATÓRIA
À Deus, que me deu além da vida, inteligência, saúde e força para realização
de qualquer trabalho.
Aos meus pais que mesmo estando longe, sempre me deram forças, sempre
acreditaram em mim e sem o apoio deles nada disto seria possível.
À minha esposa e filhos que sempre estiveram junto de mim nesta caminhada
e sem eles nada disto teria sentido.
Ao meu grande amigo Édson Lopes que nunca mediu esforços para me
ajudar e sempre me deu enorme apoio.
À todos os amigos da nossa turma de engenharia pelos momentos de
descontração e pela amizade que foi vinculada, em especial ao amigo Marcelo Sales
que ao longo do curso sempre se dispôs a me ajudar.
LISTA DE FIGURAS ix
RESUMO xiv
CAPÍTULO 1 Introdução 01
1.4.3 Disjuntores 14
1.4.4 Relé 18
1.6 Objetivos 22
Relé de Impedância 55
2.4.2.2 Relés de Admitância 56
Relé de Admitância 60
Relés de Distância 65
Relés de Distância 67
2.5 Teleproteção 67
3.1 A Eletronorte 70
APÊNDICES 110
Apêndice A 110
Respectivamente 12
Relés de Sobrecorrente 30
Elemento Instantâneo 34
Elemento Instantâneo 35
Determinado SEP 37
Direcional 39
FIGURA 2.17 Polarização com Conexão a 0° 40
Relé Direcional 41
Sobrecorrente e Direcional 44
Falta Trifásica 46
do Curto Fase-Fase-Terra 46
do Curto Fase-Fase 47
do Curto Fase-Terra 48
Eletromagnético 50
FIGURA 2.32 Esquema no Plano R-X do Relé de Impedância 51
Direcionalidade 52
Admitância 58
Direcionalidade ao Sistema 59
do Relé de Reatância 62
de Admitância 64
Elétrico de Potência 73
da Eletrobrás-Eletronorte 81
Capacitor Série 90
Elétrico 91
FIGURA 4.7 Diagrama R-X dos Valores Ajustados no Relé 7SA612 100
Adaptativa 107
Digitais 31
Marabá 85
bibliográficas que abordam este tema ou alguns dos tópicos deste trabalho.
proteções de linhas utilizadas pela referida empresa, assim como, para efetuar os
principal função dos relés digitais, implantados especificamente para proteção das
Thévenim e na análise nodal. Saber como estes valores de ajustes são calculados e
entender como eles são utilizados para traçar o diagrama R-X do relé é de extrema
importância.
utilizados para sua parametrização, não são muito precisos, no que diz respeito à
função de localização de defeitos e a função de distância quando esta fica
INTRODUÇÃO
Fase-Terra
Fase-Fase
Carga
Fase-Fase-Terra
Trifásico
Tempo
onde:
Fs à é o fator de sensibilidade;
g. Zonas de proteção – São definidas como uma parte do SEP que possui
uma região definida por linhas imaginárias limitadas pelos disjuntores, as
quais devem ser protegidas contra eventuais anormalidades que podem vir
a ocorrer. Um sistema de proteção possui uma ou mais zonas de proteção,
que são identificadas pelos dispositivos a ser protegidos por elas. A figura
1.6 mostra parte de um SEP dividido em várias zonas de proteção.
Proteção do
Proteção Proteção do Proteção da Proteção do Proteção da
Equipamento Proteção do
do Barramento de Linha de Barramento Linha de
de manobra e Transformador
Gerador Alta Tensão Transmissão Intermediário Transmissão
controle
TC TC TC TC
Dj Dj Dj Dj
TP TP TP TP
Re Re Re Re
Re Re Re Re
ReàRelé
onde:
Ip à é a corrente no primário;
Is à é a corrente no secundário.
onde:
Vs à é a tensão no secundário.
1.4.3 – Disjuntores
Disjuntor
1.4.4 – Relé
Fase - Terra 81 %
Fase - Fase 10 %
Equipamento Porcentagem
Distribuição 9,2 %
Barramentos 6,7 %
Geradores 4,7 %
Consumidor 0,4 %
Outra 5,7 %
c. A causa da falta – Na tabela 1.3 pode-se verificar que a maior causa dos
defeitos é decorrente dos fenômenos naturais.
Causa Porcentagem
CAPÍTULO 2
PROTEÇÕES DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
Ib
onde:
à{
ta
t (s)
I (A)
I (A)
Neste tipo de relé, não se escolhe o tempo de atuação, mas sim a sua curva
de atuação. Esta curva é fisicamente escolhida, dependendo das características e
condições da coordenação dos relés presentes na proteção, na qual estão inter-
relacionados.
Ajustável
Ajustável
I (A)
Figura 2.6 – Curvas de atuação da família normal inversa para relés de sobrecorrente.
Estes relés têm como ajustes a corrente de pickup (onde deve haver uma
diferença segura entre a corrente de carga máxima e a Icc mínima) e o tempo
(parâmetro de ajuste independente, cujo objetivo é propiciar a coordenação entre
relés). Para ajustar o valor da corrente, usa-se a expressão 2.1 já descrita
anteriormente. Para o ajuste das curvas de tempo em relés digitais usa-se a
expressão 2.2
k
T M * E (2.2)
I
1
I disparo
onde:
b. Muito Inversa – Possui uma característica mais íngreme, que faz com que
ele opere lentamente para baixos valores de Icc e opere rapidamente para
altos valores de Icc;
Característica k E
A figura 2.7 mostra curvas típicas de atuação para cada tipo de família,
verificam-se também ajustes de pickup e de tempo para um relé de sobrecorrente.
Figura 2.7 – Curvas típicas de atuação para cada tipo de família.
onde:
Δ à é o tempo de coordenação.
tA
t
tB
t
tC
A B C
TC TC TC
Dj Dj Dj
51 Re 51 Re 51 Re
51A
tA
t 51B
tB
t
tC 51C
A B C
D
TC 50A TC 50B TC 50C
Dj Dj Dj
50 50 50
Re Re Re
51 51 51
Figura 2.9 – Coordenação de relés de tempo definido com elemento instantâneo.
A
relé
a do
Curv lé B
a do re
Cu rv r el é
C
a do
A B Δt C Cur v D
a 1/ 2
Cur v
Dj Dj Dj Dj
51 Re 51 Re 51 Re Re 51
Pode-se notar que, devido à curva de tempo ser inversa, prouduz-se uma
proteção coordenada mais adequada de acordo com a filosofia de proteção, ou seja,
os curtos-circuitos e maiores intensidades são rapidamente eliminados [1].
5 1A
51B
51C
A B C D
TC
50A TC
50B 50C
TC
Dj Dj Dj
50 50 50
Re Re Re
51 51 51
Dj TP
32
indústria 5 % In TC Re
Circuito
TC Protegido
Dj
I da fase A Bobina de
Corrente
I de
TP polarização Bobina de
67 Tensão
Figura 2.13 – Diagrama do relé de sobrecorrente direcional.
Subestação A Subestação A
TC TC
Dj Dj Dj Dj
TP TP
Re Re
Re
Re
(2.4)
onde:
θ à é o ângulo entre os sinais de entrada E1 e E2, que podem ser: duas correntes,
duas tensões ou uma tensão e uma corrente.
Normal
era
op
era
o op
Nã
r
Im
Vpolarização =V bc
Polarização à 90°
Limiar da Operação
̇ (2.5)
I1 2
TC
1
I3 I1
V1
V3 TP
I2 Relé
V2
V1 V13 3
I1
30° V3 TC
2
V13
1
V23 TP
V3 I1
Relé
V2
V3 I1
V2 Relé
Figura 2.19 – Polarização com conexão a 60º.
V1 3
I1 2
TC V23
1
V23 TP
V3 I1
Relé
V2
B Barra
TP
C
TC
67 T
c b a
52
Disjuntor
Eixo
51 Disco
Falta
Circuito Protegido
Figura 2.21 – Esquema com relé de sobrecorrente monitorado pelo relé direcional.
Como o próprio nome indica, este relé deve ter sua bobina magnetizante de
corrente energizada pela corrente de seqüência zero (I 0) do curto-circuito ou da
carga aterrada, mas desequilibrada. Este relé também deve possuir uma tensão
polarizante de seqüência zero (V0), que aparece no momento do curto-circuito ou do
desequilíbrio das cargas aterradas atendidas [1]. A figura 2.22 mostra uma conexão
do elemento direcional de terra polarizado por 3V0.
TP
TP
TC Relé
Disjuntor
Figura 2.22 – Esquema geral da ligação do relé de neutro.
Im
Falta na direção
reversa
Re
3V0
60°
I terra = 3 I 0
Falta a frente
Dj Dj Dj Dj Dj Dj
TC TC TC TC TC TC
RA Re Re R3 RB Re Re R2 RC Re Re R1
R3
rva
Cu
R2
rva
Cu R1
rv a
Cu
Z1 i1
rede a ia
b ib
c ic E1 Zg
Zg Zg Zg
(a) (b)
Figura 2.26 – (a) diagrama esquemático e (b) equivalente de fase de uma falta trifásica.
Para este tipo de curto-circuito a corrente de falta pode ser calculada usando
a expressão 2.6.
onde:
E1 à é a tensão de pré-falta;
Zg à é a impedância de falta.
Z1 Zf i1 i0 3Zg
rede a ia = 0
i2
b ib Zf
Zf Zf
c ic
ib + ic E1
Zf Z2 Z0
Zg
(a) (b)
Figura 2.27 – (a) diagrama esquemático e (b) conexão das seqüências do curto fase-fase-
terra.
( )
onde:
E1 à é a tensão de pré-falta;
Zg à é a impedância de falta.
2.4.1.3 – Curtos-Circuitos Fase-Fase
Z1 i1 Zf
rede a ia = 0
i2
b ib
ic Zf E1
c Z2
(a) (b)
Figura 2.28 – (a) diagrama esquemático e (b) conexão das seqüências do curto fase-fase.
onde:
E1 à é a tensão de pré-falta;
Z1 i1 3Zg Z0 i0
rede a ia
b ib = 0
Z2
c ic = 0 Zg E1
i2
(a) (b)
Figura 2.29 – (a) diagrama esquemático e (b) conexão das seqüências do curto fase-terra.
onde:
E1 à é a tensão de pré-falta;
Zg à é a impedância de falta.
TC
Dj
21 Relé
TP
Batente
Vem do TP Km
τ- τ+ Circuito DC
Vem do TC Bobina de
Bobina de
Operação
Retenção
(τ +)
(τ -)
Figura 2.31 – Princípio de funcionamento do relé de impedância eletromagnético.
onde:
( )
que o termo da expressão 2.12 pode ser desprezado. Feito esta consideração e
( ) √
Da teoria de circuitos elétricos, a impedância pode ser representada por um
número complexo, dado por:
jX
Região Região
De Não De Não
Operação Operação
Região
de K
Operação R
Região Região
De Não De Não
Operação Operação
jX
C
B ƟBC
80% LT BC
80% LT AB
ƟAB
A R
Normal
jX (Máximo
Não Atua Torque)
Atua Limiar do
Relé de
Impedância
R
Não Atua
Limiar do
Relé
Direcional
Figura 2.34 – Relé de impedância em conjunto com o relé direcional.
jX
C
B ƟBC
80% LT BC
80% LT AB
AA R
Figura 2.35 – Esquema com dois relés de impedância em conjunto com o relé direcional.
onde:
jX
Z3
Z4
Z2
Z1
Limiar do
Relé
Direcional
a. 1ª zona – Para esta zona, o ajuste do relé de impedância deve possuir valor
de 80% da LT a jusante do relé, como também, deve disparar
instantaneamente, ou seja, (T1 = 0) para qualquer defeito que ocorra na
linha protegida.
b. 2ª zona – Para esta zona, o ajuste do relé de impedância deve possuir valor
de 100% da LT a jusante do relé somado a 50-60% da LT seguinte, como
também, deve possuir uma temporização (T2 = T1+Δt = 0+Δt = Δt) para
qualquer defeito que ocorra na linha protegida.
c. 3ª zona – Para esta zona, o ajuste do relé de impedância deve possuir valor
de 100% da LT a jusante do relé, somado a 100% da LT seguinte, somado
a 20-30% da próxima LT, como também, deve possuir uma temporização
(T3 = T2+Δt = 2Δt) para qualquer defeito que ocorra na linha protegida.
2ª Zona
1ª Zona
A C D
TC
B
Dj Dj Dj Dj Dj Dj
21 Re
TP
80% LT AB 50% LT BC 30% LT CD
onde:
consideração, obtém-se:
θ θ
Opera Normal
jX
Z Máx
Opera
r
R
passa pela origem, seu diâmetro têm ângulo r com valor de ( ) e possui
jX C
80% LT AB
Limiar da 1ª
B BC Zona do Relé B
80% LT AB
Limiar da 1ª
AB Zona do Relé A
A R
Figura 2.40 – Esquema com dois relés de admitância conferindo direcionalidade ao sistema.
Nã
Zona 3 Z Máx
Zona 2
30% LT CD
jX
C CD
50% LT BC Z3 zona
jX B
80% LT AB
BC Z2 zona
B
Z Ajuste
2 3
C
AB
r Limiar do Relé
de Admitância AB
r
A A R
R
Figura 2.42 – Ajustes das zonas de atuação do relé de admitância.
onde:
θ2 à é o ângulo da impedância .
| |
onde:
θ3 à é o ângulo da impedância .
obtém-se:
E considerando que:
Portanto, a expressão 2.29 acaba se transformando na expressão 2.30, que
representa o lugar geométrico do limiar de operação do relé de reatância.
jX
Limiar de
Operação
Opera
jX B
Resistência do
Arco Elétrico
A
R
Impedância
vista pelo Relé
A R
Figura 2.45 – Redução no alcance dos relés de Impedância e Admitância pela resistência
de arco.
Relé de
Admitância
jX
3ª Zona
Relé de
2ª Zona Reatância
1ª Zona
Figura 2.46 – Relé de reatância com duas zonas acoplado ao relé de admitância.
Com o acoplamento dos dois relés (Reatância e Admitância) fica garantida a
imunidade em relação à flutuação da carga para qualquer situação, conforme mostra
a figura 2.47.
Lugar Geométrico
das Cargas
jX
Z Cidade
B
R
A
Z Vista pelo Relé
Relé de
Admitância
jX
3ª Zona
80% LT AB B 2ª Zona
CIDADE
Relé de
Reatância
1ª Zona
A R
A R A R
jX B jX B
A R A R
(d) Relé 21 Tipo
(c) Relé 21 Tipo Poligonal
Paralelogramo jX B
A R
(e) Relé 21 Tipo
Blinder
2.5 – Teleproteção
Dj Dj
RA RB
Re Via de Comunicação Re
Figura 2.50 – Esquema simplificado de teleproteção.
Onda Portadora
Linha de transmissão. AC (30 kHz a 600 kHz)
(Carrier)
3.1 – A Eletronorte
Barra 1 Barra 2
Linha de Linha de
Entrada Saída
Dj Dj Dj
Linha de Linha de
Entrada Saída
Dj Dj Dj
Essa função de proteção possui seis zonas de atuação, onde existem três
zonas independentes habilitadas para operar apenas para defeitos na direção da LT
(direcionais), uma zona independente habilitada para operar para defeitos em ambas
as direções da LT (bidirecional), uma zona controlada habilitada para operar apenas
para defeitos na direção da LT (direcional) e uma zona desabilitada. A figura
geométrica adotada para representar essas zonas de proteção é a poligonal [16].
Como as características das proteções de distâncias já foram abordadas no capítulo
2, não será dado ênfase a tal assunto neste capítulo. Mas são calculados todos os
parâmetros de ajustes da referida proteção no capítulo seguinte.
Lugar Geométrico
das Cargas
jX
R
A
Para este tipo de proteção a Empresa usa como canal piloto o esquema de
Ondas Portadoras Sobre Linha de Alta Tensão (OPLAT). Isto é, ela utiliza o próprio
cabo condutor da LT para propagação do sinal de comunicação. Este esquema
também é conhecido como sistema Carrier, ele é muito econômico para um pequeno
número de canais a longas distâncias, tem um baixo custo de manutenção e não
necessita de estações repetidoras para transmissão a longa distância [11]. Os
componentes básicos do sistema Carrier são:
A função do esquema POTT (85) faz uso da zona controlada (Z1B) do relé
de distância. Ou seja, ocorrendo uma falta dentro desta zona, um sinal permissivo é
enviado para a outra ponta da linha (terminal remoto), a qual se desligará se houver
detecção de falta dentro de sua Z1B. Além dessa unidade, também se emprega
nesse esquema de teleproteção a unidade de sobrecorrente direcional contra faltas
a terra (67N) de alta sensibilidade. A característica de permissividade desse
esquema se deve ao fato de sua atuação efetiva em cada terminal (disparo do
disjuntor) requerer uma permissão do relé do terminal remoto. A estrutura do
esquema POTT encontra-se ilustrado na figura 3.4.
Equipamentos de
Teleproteção
Atuação da
Barra 1 proteção Barra 2
Stub Bus
Linha de Linha de
Entrada Saída
Dj Dj Dj
TC 3000 – 1 A 3000:1
TP √ 4500:1
Utilizando os valores de base (Pbase = 100 MVA e Vbase = 500 kV), podem-se
obter os valores das impedâncias primárias em Ohms, na forma cartesiana e polar,
aplicando-se as expressões:
Onde os valores percentuais da resistência e reatância das expressões 4.2 e
4.2 foram obtidos através de estudo e testes de curto-circuito no sistema em
questão, e possui valores iguais a:
( )
√ θ θ ( )
√ θ ( )
√ θ θ ( )
√ θ ( )
( )
( )
( ) ( )
√ √
30,0°
Não-Direcional
Para Frente
22,0° R
Reversa
Não-Direcional
É definida uma geometria no formato de polígono para cada uma das zonas
de atuação da função de distância. São cinco zonas independentes e uma
controlada, num total de seis. Em geral o polígono é definido por meio de um
paralelogramo que intersecta os eixos com os valores de R e X, juntamente com o
ângulo da Linha (φlinha). Um trapézio de carga com os ajustes da resistência de carga
(Rcarga secundário) e o ângulo da carga (φcarga) será usado para interceptar fora do
polígono à área da impedância de carga. Os parâmetros da linha e da carga são
comuns para todas as zonas. O paralelogramo é simétrico com relação à origem do
sistema de coordenadas R-X, contudo a característica direcional limita o alcance nos
quadrantes desejados [16].
X
Característica da
Pa
linha
ra
Fre
ten
Z5
Z4
Z2
Z1B
α
R e ve Z1
rsa
Para
Fren
te
Z3
R
ev
er
sa
Reversa Direcional
TC
Dj
21 Re
TP
Tucuruí Marabá
ZF
onde:
k à é o fator de sobrealcance;
Banco de Capacitor
MOV – Varistor de
Metal Óxido
GAP
desta forma:
onde:
onde:
RF à é a resistência de falta;
RE à é a resistência de terra;
RL à é a resistência da linha;
IE à é a corrente de terra.
Para o cálculo da resistência de falta medida pelo relé, vamos considerar que
a corrente de contribuição da barra remota é igual à corrente de contribuição da
barra local, como também a corrente de neutro é igual à corrente de fase. Desta
forma tem-se:
Substituindo os devidos valores na expressão 4.11 temos que:
Como na zona (Z1), a zona (Z1B) também terá o mesmo valor de ajuste para
os alcances resistivos de fase e de neutro, onde eles serão ajustados mantendo a
proporção R/X dos valores parametrizados na da primeira zona, logo:
Aplicando o valor da proporção acima nos cálculos de ajuste da zona (Z1B),
obtém-se:
Como na zona (Z1), a zona (Z2) também terá o mesmo valor de ajuste para
os alcances resistivos de fase e de neutro, sendo convencionado que esses ajustes
terão valor igual aos da zona controlada. Ou seja, elas terão o mesmo alcance em
termos de resistência. Os valores dessa zona serão ajustados mantendo a
proporção R/X dos valores parametrizados na da primeira zona, logo:
Como na zona (Z1), a zona (Z3) também terá o mesmo valor de ajuste para s
alcances resistivos de fase e de neutro, onde eles serão ajustados mantendo a
proporção R/X dos valores parametrizados na da primeira zona, logo:
Adota-se o ajuste de tempo da terceira zona, para faltas à terra e faltas entre
fases em:
Como na zona (Z1), a zona (Z5) também terá o mesmo valor de ajuste para
os alcances resistivos de fase e de neutro, onde eles serão ajustados mantendo a
proporção R/X dos valores parametrizados na da primeira zona, logo:
Adota-se o ajuste de tempo da quinta zona, para faltas à terra e faltas entre
fases em:
Isto porque, de acordo com o projeto, esta zona é utilizada apenas para
supervisionar as outras zonas do relé de distância.
110
Z5
100
90 Z3
80
45º 45º
Z2
70
60
Z1B
50
40
ÁREA
CARGA
30
86,37°
20
α =10°
Z1
DE
10
R (Ω)
CARGA
-10
ÁREA
-20
-30
-40
-50
-60
-70
A B
Dj Dj
Curto- circuito
Figura 5.2 – Exemplo de um sistema que usa ondas viajantes para localização de defeitos.
Figura 5.3 – Sistema que usa ondas viajantes integrado com o Google Earth.
A tabela 5.1 mostra alguns valores medidos por equipamentos que usam
ondas viajantes para estimação da distância da falta.
Como foi visto anteriormente, a função de distância dos relés digitais que a
empresa utiliza para proteções de suas linhas de 500 kV, trabalha com a
proporcionalidade observada entre a impedância da LT e o seu comprimento.
Portanto, o que o relé de distância mede não é a distância propriamente dita, mas os
parâmetros da linha de transmissão.
A proteção adaptativa (PA) é uma filosofia que busca realizar ajuste dinâmico
no sistema de proteção, permitindo um adequado desempenho deste, mesmo diante
das condições variáveis de operação do SEP. O principal argumento desta filosofia é
a possibilidade de alteração dos parâmetros do sistema de proteção, visando
adequar a característica de tomada de decisão, tendo como base as alterações das
condições de operação do SEP. Estas alterações são decorrentes, normalmente dos
chaveamentos sobre a rede, da inserção ou retirada de banco de capacitores do
sistema, da dinâmica das cargas e/ou das situações de faltas incidentes sobre o
SEP.
CONCLUSÃO
[2] - ANDERSON, Paul M., Power System Protection - ed. McGraw Hill / IEEE Press,
1ª edição, New York - USA, 2002.
[3] - CAMINHA, Amadeu C., Introdução à Proteção dos Sistemas Elétricos - ed.
Edgard Blucher LTDA., São Paulo, 1977.
[4] – D’AJUZ, Ary, Equipamentos Elétricos - ed. Furnas, 1ª edição, Rio de Janeiro,
1985.
[5] - GHENDY, Cardoso Jr., Proteção dos Sistemas Elétricos – Apostila da UFPA.
[7] - HOROWITZ, Stanley H. & PHADKE, Arun G., Power System Relaying - ed.
Research Studies Press Ltd, second edition , Baldock, 1995.
[8] - ALMEIDA, Wilson G. de & FREITAS, Francisco D., Circuitos Polifásicos - ed.
Finatec, 1ª edição, Brasília, 1995.
[9] – JÚNIOR, Willian D. S., Elementos de Análise de Sistemas de Potência - ed.
McGRAW-HILL, 1ª edição brasileira, Rio de Janeiro, 1974.
[10] SCHWEITZER, Edmund. O., GUZMAN, A. & ROBERTS, J., Z=V/I não faz um
relé de distância - 20th Annual Western Protective Relay Conference, Spokane, WA,
1993.