Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Turma E21/Grupo VI
Produção de Energia Eléctrica II
Tema: Centrais termoeléctricas de turbinas a gás
Discentes: Docentes:
Gito Ussalo Eng.o Maxcêncio Tamele
Nelson José Rufino Eng.º Félx Mateus /MSc/
Pestaloze Mandrasse
Sérgio Adelino José
06 de Junho de 2020
1
1. Introdução
A primeira turbina a gás foi desenvolvida a cerca de 150 anos, a partir dos
conhecimentos adquiridos com a evolução dos motores térmicos. A turbina a gás é
uma máquina térmica na qual se aproveita directamente a energia liberada na
combustão, armazenada nos gases produzidos que se expandem, de forma parecida
com o vapor nas turbinas a vapor, sobre as palhetas móveis de um rotor.
O grande avanço nas turbinas a gás ocorreu na época da 2ª Guerra Mundial devido a
aeronáutica, que tinha necessidade de aumentar a velocidade de seus aviões e
continuou com a industrialização após a 2ª Guerra, com a instalação de potência a
gás. Por fim, com o desenvolvimento da metalurgia nos últimos 30 anos foi possível
obter materiais que suportam temperaturas mais elevadas (superiores a 500ºC) e que
permitiram o desenvolvimento das turbinas a gás modernas.
2
1.1. Objectivos:
1.1.1. Obectivo geral
3
2. Turbina a gás
2.1. Definição
2.2. Constituição
A turbina a gás é mais simples que podemos imaginar, tal como mostra a figura 1, é
constituída basicamente pelos seguintes elementos:
4
Cont.
Legenda
I- Turbo compressor;
IV- Alternador;
5
a) Compressor de ar
6
Figura 2: Compressor centrífugo para
turbina a gás. G - rotor; D - difusor e A
- entrada de ar (Fonte: Internet)
É óbvio que a cada um destes processos não corresponde precisamente uma zona
(região) determinada da câmara de combustão.
As câmaras de combustão tubulares se adaptam melhor aos compressores centrífugos
e as câmaras de combustão anulares aos compressores axiais.
Legenda:
A - conduto de entrada de combustível;
V - câmara anterior à entrada ;
T - orifícios de entrada à câmara V;
U e R - orifícios para refluxo de combustível.
Figura 8: Pulverizador de refluxo para
turbina de gás. (Fonte: Internet).
A Turbina a gás propriamente dita pode ser axial ou radial. As axiais são as mais
utilizadas. São constituídas de forma parecida com as turbinas a vapor e podem ser de
acção ou reacção.
13
e) Trocador de Calor (Regenerador)
São utilizados para aquecer o ar que sai do compressor e que se injecta na câmara
de combustão, às custas do calor contido nos gases de escape que saem da turbina a
gás, aumentando o rendimento. A construção é bastante parecida com a dos
radiadores normais; neles as correntes quente e fria estão separadas por paredes
condutoras, através das quais se realiza diretamente o intercâmbio de calor. Podem
ser do tipo tubular simples, tubular com chicanas ou de placas onduladas.
Figura 12: Corte longitudinal de um trocador Escher Wyss, para uma central de 12 MW. (Fonte:
Internet) 14
Figura 14: Parede de placas onduladas:
Figura 13: Esquema do trocador de calor com 1 - condutos de gás; 2 - condutos de ar.
placas de desvio do fluxo. (Fonte: Internet) (Fonte: Internet)
Segundo o sentido relativo da circulação dos fluidos podem ser de corrente directa, de
contra-corrente ou de corrente cruzada.
(e)
Figura 15: Diversos esquemas de fluxo de ar e de gás em um trocador de calor: (a) de corrente
direta; (b) de contracorrente; (c) de corrente cruzada; (d) e (e) correntes cruzadas Reversas.
(Fonte: Internet). 15
Cont.
A figura 16 mostra a variação de temperatura ao longo do regenerador.
O calor de compressão, assim como o resto do calor dos gases que saem do trocador de
calor, são eliminados nos refrigeradores. Normalmente, a superfície de troca de calor
está formada por tubos de aletas helicoidais, percorridos por água de refrigeração. Eles
são montados em conjunto dentro de uma envoltura (carcaça), perpendicularmente a
corrente de ar.
20
Cont.
Para uma boa combustão, a relação
Ar/Combustão deve ser próxima da
estequiométrica na zona da queima.
Uma combustão com o oxigênio
estritamente necessário para uma dada
quantidade de combustão é
denominada estequiométrica. O
oxigênio necessário a tal combustão
denominase oxigênio mínimo, e, em
correspondência, temos o ar mínimo.
Figura 18: Corte esquemático - câmara de combustão
Nesta combustão todos os produtos de (Fonte: Internet)
combustão estão completamente
oxidados.
21
c) Combustíveis
Gás Natural: é um combustível ideal para uso nas turbinas a gás. A única
restrição é que esteja limpo.
22
Cont.
23
Cont.
Algumas das principais características que devem ter os combustíveis para as
turbinas a gás são:
não atacar as partes que estão em contacto com ele ou com os seus produtos de
combustão.
24
d) Formas de Construção
Qualquer que seja a aplicação a que se destina, quando uma turbina a gás produz
potência mecânica, há duas formas básicas de construção:
Turbina Livre: uma Turbina a gás é usada só para acionar o compressor, uma
segunda Turbina a gás, sem acoplamento mecânico com a unidade geradora de gás
(compressão + câmara de combustão + turbina a gás para acionar compressor) produz
a energia útil. Permite a operação numa dada faixa de rotação.
25
2.4. Classificação
26
2.5. Ciclos de Funcionamento
2.5.1. Ciclos Abertos
Neste tipo de ciclo não há recirculação do agente de transformação nos limites da
central, estando a entrada e a saída do conjunto, abertas à atmosfera. São os mais
freqüentes. Entre eles podemos destacar:
27
Figura 21: Representação esquemática de uma turbina a
gás de ciclo aberto simples. C - compressor; CC - câmara
de combustão; T - turbina; A – alternador (Fonte: Internet).
Figura 22: Representação do ciclo aberto
em um diagrama entrópico (Fonte: Internet).
31
Cont.
32
c) Ciclos com Regeneração e Arrefecimento
33
Figura 27: Representação esquemática de uma
turbina a gás de ciclo aberto com arrefecimento
e regeneração (Fonte: Internet) Figura 28: Ciclo no plano Ts (Fonte: Internet)
A Figura 29 (pág. 36) mostra esquematicamente uma turbina a gás operando num
ciclo aberto com regeneração e reaquecimento, e a Figura 30 (pág. 36) mostra o
ciclo termodinâmico T-s desta instalação.
35
Cont.
Figura 29: Esquema de ciclo aberto Figura 30: Ciclo real regenerativo com uma
regenerativo de turbina a gás com um etapa de reaquecimento no plano Ts
reaquecimento intermediário (Fonte: Internet) (Fonte: Internet)
36
e) Ciclos com Regeneração, Arrefecimento e
Reaquecimento
É uma combinação dos dois ciclos apresentados nos ítens anteriores (c e d) que
permite alcançar elevados rendimentos térmicos (>30%). A Figura 31 (pág. 38)
mostra esquematicamente uma instalação de turbina a gás operando num ciclo
aberto com regeneração, arrefecimento e reaquecimento:
37
Cont.
• Legenda:
43
Cont.
2.6.2. Desvantagens (Inconvenientes):
Baixo rendimento;
44
2.7. Rendimento e cálculo da potência eléctrica
a) Potência
Considerando um ciclo aberto simples de Brayton, podemos definir os trabalhos
como segue:
Trabalho de compressor (𝜏𝑐 ):
𝜏𝑐 = 𝐶𝑝 (𝑇1 − 𝑇2 )
Trabalho da turbina a gás 𝜏 𝑇 :
𝜏 𝑇 = 𝐶𝑝 (𝑇3 − 𝑇4 )
Trabalho útil (𝜏):
𝜏 = 𝜏 𝑇 − 𝜏𝑐 = 𝐶𝑝 𝑇3 − 𝑇4 − 𝐶𝑝 𝑇1 − 𝑇2 = 𝐶𝑝 (𝑇3 − 𝑇4 − 𝑇1 + 𝑇2 )
45
b) Rendimento interno de turbina a gás (𝜼𝒊 )
𝑊𝑠𝑐
𝑊𝑖 = 𝜂𝑖𝑇 ∗ 𝑊𝑠𝑇 −
𝜂𝑖𝑐
• Onde:
• 𝜂𝑖𝑇 = rendimento interno da Turbina a Gás propiamente dita;
• 𝜂𝑖𝑐 = rendimento interno do compressor;
• 𝑊𝑠𝑇 = Trab. isoent. da Turbina a Gás;
• 𝑊𝑠𝑐 = Trab. isoent. do compressor.
46
Cont.
47
Conclusão
48
Obrigado
pela atenção dispensada!
49