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COMUNICAÇÃO

ORAL E ESCRITA
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

Conselho Nacional

Robson Braga de Andrade


Presidente

SENAI – Departamento Nacional

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor-Geral

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA - FIESC

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL DE SANTA CATARINA - SENAI

Conselho Regional

Glauco José Côrte


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Mauricio Cappra Pauletti


Diretor Técnico
COMUNICAÇÃO
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© 2016. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina

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nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.

SENAI Departamento Regional de Santa Catarina

FICHA CATALOGRÁFICA

C741

Comunicação oral e escrita / Fabiana Silva Piazera Fontana et al... ; [revisão e


atualização de] Rosemary Aparecida Scharf . - Florianópolis : SENAI/DR, 2016.
103 p. : il. ; 30 cm

ISBN

1. Língua Portuguesa. 2. Comunicação oral. 3. Redação técnica. I. Fontana,


Fabiana Silva Piazera. II. Scharf, Rosemary Aparecida. III. Título.

CDU: 811.134.3(81)

SENAI/SC Sede

Serviço Nacional de Rodovia Admar Gonzaga • 2.765 • Itacorubi


Aprendizagem Industrial Florianópolis/SC • 88.034-001 • (48) 0800 48 12 12
de Santa Catarina http://www.sc.senai.br
Lista de figuras, quadros e tabelas
Figura 1 -  Pintura rupestre.............................................................................................................................................18
Figura 2 -  Lácio - Itália......................................................................................................................................................21
Figura 3 -  Tipo de comunicação...................................................................................................................................38
Figura 4 -  Tabela de dados.............................................................................................................................................64
Figura 5 -  Tabela de texto...............................................................................................................................................64
Figura 6 -  Área de trabalho do sistema operacional............................................................................................71
Figura 7 -  Menu iniciar.....................................................................................................................................................71
Figura 8 -  Barra de tarefas..............................................................................................................................................72
Figura 9 -  Área de notificação.......................................................................................................................................72
Figura 10 -  Janela do software Internet Explorer................................................................................................... 72
Figura 11 -  Barra de rolagem.........................................................................................................................................73
Figura 12 -  Arquivo selecionado em um ambiente virtual................................................................................73
Figura 13 -  Barra de menu superior............................................................................................................................74
Figura 14 -  Barra de inicialização rápida...................................................................................................................74
Figura 15 -  Botão inicializador do grupo..................................................................................................................75
Figura 16 -  Guia Formatar imagem.............................................................................................................................75
Figura 17 -  Área de transferência................................................................................................................................76
Figura 18 -  Estilos de formatação................................................................................................................................78
Figura 19 -  Criação de tabela........................................................................................................................................79
Figura 20 -  Guias design e layout............................................................................................................................... 79
Figura 21 -  Guia design................................................................................................................................................. 79
Figura 22 -  Guia layout................................................................................................................................................. 80
Figura 23 -  Caixa de seleção de imagem..................................................................................................................80
Figura 24 -  Guia Formatar imagem.............................................................................................................................81
Figura 25 -  Design do cabeçalho.................................................................................................................................81
Figura 26 -  Usando o WordArt.................................................................................................................................... 82
Figura 27 -  Usando o Word......................................................................................................................................... 83
Figura 28 -  Usando o Word......................................................................................................................................... 83
Figura 29 -  Usando o Word......................................................................................................................................... 84
Figura 30 -  Células da planilha eletrônica................................................................................................................85
Figura 31 -  Separação de informações por colunas e tipos de dados diferentes......................................86
Figura 32 -  Exemplo de uma planilha contendo dados......................................................................................86
Figura 33 -  Selecionando informações para criar um gráfico...........................................................................87
Figura 34 -  Exemplo de gráfico simples....................................................................................................................87
Figura 35 -  Planilha do Excel....................................................................................................................................... 88
Figura 36 -  Tela inicial do PowerPoint...................................................................................................................... 89
Figura 37 -  Criação de novo slide.............................................................................................................................. 89
Figura 38 -  Novo slide vazio...........................................................................................................................................90
Figura 39 -  Guia inserir....................................................................................................................................................90
Figura 40 -  Guia design................................................................................................................................................. 90
Figura 41 -  Guia formatar...............................................................................................................................................91
Figura 42 -  Guia animações...........................................................................................................................................91
Figura 43 -  Opções de animação.................................................................................................................................92
Figura 44 -  Formatação da animação........................................................................................................................92
Figura 45 -  Início da apresentação..............................................................................................................................92
Figura 46 -  Impressão de slides de apresentação..................................................................................................93
Figura 47 -  Quantidade de computadores conectados à grande rede.........................................................94
Figura 48 -  Navegadores da web............................................................................................................................... 95
Figura 49 -  Site de pesquisa do Google................................................................................................................... 96
Figura 50 -  Página inicial do Gmail........................................................................................................................... 98

Quadro 1 - Elementos de comunicação.....................................................................................................................19


Quadro 2 - Linguagem culta e coloquial...................................................................................................................21
Quadro 1 - Formações discursivas................................................................................................................................49
Quadro 2 - Tipos de texto................................................................................................................................................51
Quadro 3 - Características dos gêneros......................................................................................................................51
Quadro 4 - Opções de formatação de fonte.............................................................................................................77
Quadro 5 - Categoria dos softwares maliciosos.......................................................................................................99
Sumário
1 Introdução.........................................................................................................................................................................13

2 Linguagem como expressão histórica e cultural................................................................................................17


2.1 Linguagem......................................................................................................................................................18
2.2 Comunicação.................................................................................................................................................19
2.3 Língua escrita e falada e as especificidades da situação comunicativa...................................20
2.4 Estrangeirismo, neologismo, gírias e regionalismo.........................................................................22
2.4.1 Estrangerismos...........................................................................................................................22
2.4.2 Neologismos................................................................................................................................23
2.4.3 Gírias...............................................................................................................................................24
2.4.4 Jargão.............................................................................................................................................25
2.4.5 Regionalismo...............................................................................................................................25
2.5 Fatores de textualidade..............................................................................................................................26
2.5.1 Coesão textual............................................................................................................................28
2.5.2 Coerência textual.......................................................................................................................29
2.5.3 Ambiguidade...............................................................................................................................30
2.5.4 Redundância................................................................................................................................31
2.5.5 Intencionalidade........................................................................................................................31
2.5.6 Aceitabilidade.............................................................................................................................32
2.5.7 Informatividade..........................................................................................................................32
2.5.8 Situacionalidade.........................................................................................................................32
2.5.9 Intertextualidade.......................................................................................................................33

3 Leitura e interpretação de texto ...............................................................................................................................35


3.1 Processamento e estratégias de leitura................................................................................................36
3.1.1 Denotação....................................................................................................................................37
3.1.2 Conotação....................................................................................................................................37
3.2 Variação linguística e recursos linguísticos.........................................................................................38
3.3 Análise textual e interpretação de textos............................................................................................41

4 Tipos de Textos................................................................................................................................................................45
4.1 Gênero discursivos.......................................................................................................................................46
4.1.1 Formação discursiva jornalística, jurídica, literária, acadêmica e publicitária.....49
4.2 Gêneros textuais: narração, descrição e dissertação........................................................50
4.2.1 Regras dissertativas...................................................................................................................52
4.2.2 Resumo..........................................................................................................................................56
4.3 Produção de textos técnicos....................................................................................................................57
4.3.1 Relatório........................................................................................................................................57
4.3.2 Parecer...........................................................................................................................................58
4.3.3 Normas técnicas.........................................................................................................................59
4.3.4 Manuais técnicos........................................................................................................................61
4.3.5 Catálogos......................................................................................................................................62
4.3.6 Tabelas...........................................................................................................................................63
4.3.7 Procedimentos............................................................................................................................65
4.3.8 Ordem de serviço.......................................................................................................................66

5 Informática........................................................................................................................................................................69
5.1 Conceitos básicos.........................................................................................................................................70
5.2 Editor de textos.............................................................................................................................................74
5.2.1 Guia início.....................................................................................................................................75
5.2.2 Guia inserir...................................................................................................................................78
5.2.3 Guia layout da página...............................................................................................................82
5.2.4 Impressão.....................................................................................................................................83
5.2.5 Verificar ortografia.....................................................................................................................83
5.2.6 Inserir índice................................................................................................................................84
5.3 Planilhas eletrônicas....................................................................................................................................84
5.3.1 Impressão.....................................................................................................................................88
5.4 Apresentação multimídia..........................................................................................................................88
5.4.1 Impressão.....................................................................................................................................93
5.5 Internet e segurança...................................................................................................................................93
5.5.1 Como pesquisar informação na internet?...................................................................... 102
Introdução

Caro estudante!
Ao elaborar este material, teve-se a preocupação de aapresentar, de forma simples e objetiva,
os principais aspectos que se relacionam à aplicação correta da Língua Portuguesa no dia a dia.
Escrever textos coerentes, com sentido e gramaticalmente proficientes, aparentemente não é
uma tarefa fácil. Porém, o uso da linguagem, tanto falada quanto escrita, é, sem dúvida, uma
ferramenta de trabalho que você, futuro Técnico, precisa dominar para desempenhar o seu
papel profissional.
“Duas pessoas na mesma janela têm percepções diferentes” (MOTTA, 2009, p. 38). É nesse
sentido que é apresentada esta proposta de estudo. Este material não tem a pretensão de
apresentar todas as repostas para suas dúvidas sobre a comunicação oral e escrita. O que se quer
é que você perceba os mesmos conteúdos estudados na escola regular de maneira diferente.
Portanto, o objetivo deste material é levar você, estudante, a compreender a comunicação
a partir de um novo olhar, apresentando as regras para elaboração de seus textos de forma
simples, sem que isso se torne um martírio.
No corpo deste material, você encontrará também capítulos que abordam aspectos sobre
a comunicação oral e escrita, fazendo uso dos recursos da informática. Eles têm o objetivo de
auxiliá-lo a elaborar e formatar textos, slides e gráficos, de forma clara e completa. Que este
material seja fonte de inspiração para o seu início ou continuação no mundo maravilhoso das
letras.
Faça bom uso deste material!
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
14
1 INTRODUÇÃO
15

Anotações:
LINGUAGEM COMO EXPRESSÃO
HISTÓRICA E CULTURAL

De acordo com Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN “a linguagem é a capacidade


humana de articular significados coletivos e compartilhá-los […]. A principal razão de qualquer
ato de linguagem é a produção de sentido (1999 p. 125).
Esta unidade de estudos vai ajudá-lo a definir e compreender a linguagem humana como
todo sistema que, por meio de sinais, permite ao homem expressar-se ou representar suas
ideias. Saberá também por que a linguagem é tida como uma expressão histórica e cultural
que resultou da necessidade do homem vive rem comunidade.
Ao final, você será capaz de:
• Identificar tipos, meios e formas de textos, visando reconhecer os recursos linguísticos
para uma comunicação oral e escrita de forma clara e objetiva;
• comunicar-se e interagir com colegas e professores;
• ser observador;
• ter senso investigativo;
• ser analítico;
• manter-se atualizado tecnicamente.
Você já parou para pensar por que o homem precisa falar? O que diferencia o ser humano
dos animais? O que desencadeou o processo de evolução humana? Ficou interessado? Siga em
frente e descubra a resposta para essas e a muitas outras questões.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
18

1 MANIFESTAÇÕES 2.1 LINGUAGUEM


CULTURAIS
Você já imaginou o que seria do homem se ele não soubesse se comunicar?
São as formas encontradas
pelo homem para expressar Provavelmente não passaria de mais uma espécie animal sobre a face da terra e
o que ele pensa, deseja
fazer ou modificar. Ex.: os conhecimentos que adquiriu ao longo dos anos, pela experiência ou através
pinturas, esculturas, música, de pesquisa, não teriam sido transmitidos de geração para geração. A transmissão
teatro, dança, literatura etc.
do conhecimento ocorre, porque o homem tem a capacidade de criar formas e
2 CULTURA linguagens.

São os padrões de
comportamento, as crenças,
as instituições e valores
espirituais e materiais A linguagem possibilita a comunicação e [...] “O
transmitidos coletivamente homem é um ser que se criou ao criar uma linguagem.”
e característicos de uma CURIOSI (PAZ, 1982, p. 67). Segundo Ferreira (1986, p.1035), a
sociedade. (FERREIRA, 1986,
p. 508). DADES linguagem é “o uso da palavra articulada ou escrita
como meio de expressão e de comunicação entre
pessoas.”

Os primeiros sinais de comunicação foram encontrados nas paredes de caver-


nas: são as pinturas rupestres. Essas pinturas representam cenas do cotidiano dos
homens pré-históricos, que queriam reforçar as histórias contadas. As pinturas
eram feitas com sangue de animais, carvão, rochas e até mesmo extrato de plan-
tas. Thinckstock ([20-?])

Figura 1 -  Pintura rupestre


2 LINGUAGEM COMO EXPRESSÃO HISTÓRICA E CULTURAL
19

A escrita passou por uma série de transformações até chegar ao sistema atual.
O homem saiu dos desenhos nas cavernas e passou para a junção de elementos
e para o sistema de sinais até chegar à escrita, como ela se encontra hoje. Afinal,
umas das principais funções da escrita é registrar fatos históricos e culturais ao
longo da história. Ao relatar, através da linguagem, os fatos históricos e as mani-
festações culturais1 ao longo dos anos, o homem construiu a sua cultura2.
Por ter a capacidade de transmitir suas ideias e pensamentos por meio da lin-
guagem, o homem evoluiu e se diferenciou das outras espécies de animais. O
ser humano é tão complexo e capaz que desenvolveu uma série de formas de
comunicar. Em seus primórdios, a escrita se desenvolveu de forma independente
em várias regiões do planeta, possibilitando ao homem o registro de suas ideias,
além de permitir que ele se comunicasse não apenas através de gestos e da fala.

2.2 COMUNICAÇÃO

Comunicação é a transmissão de uma mensagem que é decodificada porque


foi compreendida. (Sarmento, 2012, p.21). Ocorre comunicação quando há efeito
de sentido entre os usuários – o falante, ouvinte, mensagem, canal, código e
referente.
É importante que os interlocutores saibam empregar com adequação os
recursos da língua, principalmente na produção de textos, já que na oralidade
pode-se usar de gestos e outros sinais e na escrita esses recursos são menos
utilizados.
Para entender o processo de comunicação, observe o quadro a seguir.

ELEMENTO O QUE É?

• Emissor • É quem emite a mensagem.


• Receptor • É quem recebe a mensagem.
• Mensagem • É o conteúdo da informação transmitida.
• Canal • É o meio utilizado para transmitir a mensagem.
• Código • São as palavras, sinais ou gestos utilizados na mensagem.
• Referente • É o contexto a situação e os objetos aos quais a mensagem se refere.
Quadro 1 - Elementos de comunicação
Fonte: SENAI/DN, 2012
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
20

3 SIGNO Como você pôde notar, o processo de comunicação não é estático, é uma
cadeia comunicativa.
[...] elemento utilizado para
representar o objeto. É É importante ressaltar que o emissor (falante) utiliza um código (palavras ou
composto de duas partes: o
significante (parte material sinais) para transmitir a mensagem (informação) sobre um referente (assunto)
ou objeto) e o significado
(ideia que desejamos por meio de um canal (meio utilizado) para chegar ao receptor (ouvinte).
representar). (GRIFFI, 1991,
p. 9).

4 LATIM

Língua indo-europeia
do grupo itálico,
primitivamente falada no
Lácio, antiga região da

Thinckstock ([20-?])
Itália.

Fácil não é? Agora que você compreendeu como se dá o processo comunicativo,


vamos a outro contexto.
Você já parou para pensar quantos idiomas são falados no mundo e como
surgiu a língua portuguesa? A próxima seção abordará a questão da língua falada
e da língua escrita. Siga em frente!

2.3 LÍNGUA ESCRITA E FALADA E AS ESPECIFICIDADES DA SITUAÇÃO


COMUNICATIVA

Para comunicar suas ideia e seus sentimentos, os falantes se utilizam de uma


língua, que é um sistema de signos3 (falado ou escrito) empregados por um grupo
de pessoas. Segundo Ferreira (1986, p. 1034), língua é “[...] o conjunto de palavras
e expressões usadas por um povo.” Ou, como afirma Maia (2005, p. 22), língua “[...]
é um conjunto de signos e de regras de combinação desses signos, que consti-
tuem a linguagem oral ou escrita de uma coletividade.”
A Língua Portuguesa tem sua origem no Latim4, que era a língua falada no
Estado do Lácio (Séc. VIII a.C), região onde atualmente fica a cidade de Roma, na
Itália. Em função da expansão do Império Romano (entre 27 a. C. e 476 d. C.), o
latim se espalhou por grande parte da Europa, dando origem, posteriormente, ao
Português, ao Espanhol, ao Catalão, ao Francês, ao Italiano e ao Romeno.
2 LINGUAGEM COMO EXPRESSÃO HISTÓRICA E CULTURAL
21

Figura 2 -  Lácio - Itália Thinckstock ([20-?])

VOCÊ O Vaticano (sede da Igreja Católica e uma cidade-Estado


soberana) é o único local onde o latim é o idioma oficial
SABIA? atualmente, juntamente com o italiano.

No Império Romano, havia duas modalidades do latim: o latim clássico, que


era falado pela elite dominante e escritores, e o latim vulgar, que era usado pelo
povo. Da mesma forma, temos atualmente na Língua Portuguesa duas formas de
expressão com características distintas: a linguagem culta e a coloquial. Observe.

A LINGUAGEM CULTA: A LINGUAGEM COLOQUIAL:


• Segue a norma culta. • É empregada no cotidiano.
• É usada em situações formais. • Não obedece, necessariamente, à norma
• É polida. culta.
• Há a seleção cuidadosa das palavras. • É solta, com construções mais simples.
• É ensinada nas escolas. • Permite abreviaturas, diminutivos, gírias,
etc.
Quadro 2 - Linguagem culta e coloquial
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
22

Como você pode observar, a linguagem culta é empregada na comunicação


formal e, normalmente, na vida profissional. Já a linguagem coloquial é a que se
emprega no dia a dia, com amigos e familiares.
É muito difícil precisar quantos idiomas são falados no mundo, entretanto,
estima-se que existam 6.912 línguas. Oficialmente existem cerca de 2.700 idiomas
falados e mais de 7.000 dialetos.
A língua é dinâmica e está sempre se modificando, pois algumas palavras são
inseridas, outras entram em desuso e, ainda, existem aquelas que mudam de
significado, conforme sua utilização.
Você sabia que outras culturas exercem influência comportamental inclusive
na maneira de se vestir, na culinária, música, dança, arte e na própria língua? Siga
em frente e perceba essas variedades.

2.4 ESTRANGEIRISMO, NEOLOGISMO, GÍRIAS E REGIONALISMO

A Língua Portuguesa sofre influência também de outras línguas, de grupos


sociais, de regionalismos e da criação de novas palavras (neologismos).

2.4.1 Estrangerismos

Existem palavras estrangeiras que foram incorporadas ao Português sem mo-


dificar a sua forma original ou a pronúncia. Já outras foram aportuguesadas. É
bem provável que você já tenha usado muitos desses vocábulos sem ter percebi-
do que eles são oriundos de outras línguas. Acompanhe, a seguir, alguns exem-
plos de palavras que foram incorporados à Língua Portuguesa.
Do Francês: Omelete, vitrine, toalete.
Do Inglês: Almoço e futebol (lunch e football – inglês), desing, case, job, show,
feedback.
Do Árabe: Álgebra, arroz, alecrim.
Do Japonês: Quimono, samurai, gueixa.
Do Italiano: Lasanha, piano, maestro.
2 LINGUAGEM COMO EXPRESSÃO HISTÓRICA E CULTURAL
23

Thinckstock ([20-?])
Provavelmente você já comeu lasanha ou se encantou com roupas expostas
emu ma vitrine. Sem saber, você empregou duas palavras estrangeiras: a primeira
oriunda do italiano e outra do francês. Como é possível perceber, a língua não é
estática. Ela é viva e dinâmica, porque está em constante transformação.

2.4.2 Neologismos

O neologismo é um fenômeno linguístico criado para suprir a necessidade


do usuário quando não há, no vocabulário, palavra equivalente ao que deseja
transmitir. Alguns neologismos são criados a partir de palavras já existentes mas
com sentido diferente e, após algum tempo, são incorporadas ao vocabulário.
Você já ouviu alguém dizer que fez um gato para ter luz em casa? Há muitos
exemplos desses neologismos e, provavelmente, você já os tenha empregado
alguma vez na sua comunicação. Veja alguns exemplos:
A laranja estava azeda. (sentido original: fruta cítrica)
Ele usou um laranja para abrir uma nova empresa. (sentido figurado: falso
proprietário)
ou
O gato é muito preguiçoso. (sentido original: animal felino)
O pedreiro fez um gato na obra para ter luz e poder continuar trabalhando à
noite. (sentido figurado: ligação clandestina)
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
24

Thinckstock ([20-?])
A área da informática está repleta de neologismos e muitos desses já foram
inseridos ao nosso vocabulário. Alguns exemlos:
Deletar = eliminar, apagar.
Becapear = fazer cópia de arquivo.
Inicializar = iniciar, dar partida.
Zipar = compactar arquivos.
Vale ressaltar que nem todas os neologismos estão dicionarizados, ou seja,
transcritos nos dicionários da língua portuguesa. Nos textos escritos é necessário
ter muita cautela ao usar os neologismos pois algumas palavras podem causar
“estranhamento” para o leitor já que, nem sempre transmitem plenamente seu
significado original.

2.4.3 Gírias

As gírias, em sua maioria, são criadas por um grupo social como roqueiros,
hippies, grafiteiros, surfistas, skatistas, policiais etc. e passam a fazer parte da
linguagem. Ao ouvir uma pessoa falar, é possível identificar sua idade e a sua
procedência. Por exemplo, se alguém diz que faz parte da patota, provavelmente
tem mais de 40 anos atualmente. É fácil perceber isso, porque não se emprega
mais patota, se diz tribo. Você já deve ter ouvido a expressão: “Mas bah, Tchê!”.
Com certeza, essa pessoa faz parte do grupo social situado no sul do Brasil. Já
aquele que diz: “ele está mangando de mim”, faz parte do grupo que vive no
norte do Brasil. Percebeu como a gíria pode identificar um grupo? Acompanhe, a
seguir, outros exemplos.
Anos 50: cafona, joia, prafrentex.
Atualmente: parada sinistra, responsa, tá ligado.
2 LINGUAGEM COMO EXPRESSÃO HISTÓRICA E CULTURAL
25

2.4.4 Jargão

O jargão também é um tipo de gíria, porém, restrita a grupos profissionais,


é o caso de expressões próprias de advogados, médicos, jornalistas, policiais,
apresentadores e outros.
Exemplos:
Médicos – “O uso excessivo do medicamento “X” tem levado à pesquisas
importantes.”
Policial – “Não adianta passar panos quentes nos culpados.”

2.4.5 Regionalismo

A influência de várias culturas deixou no Brasil muitas marcas que acentuaram


a riqueza do vocabulário. O regionalismo linguístico também apresenta diferenças
no sotaque e na pronúncia das palavras, sem necessariamente, constituir-se em
um erro. Um objeto pode receber um nome em uma região e, em outra, um
completamente diferente.
Exemplos:
Pipa, papagaio, pandora.
Semáforo, farol, sinaleiro.
Mandioca, aipim, macaxera.
Thinckstock ([20-?])
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
26

Como você pode perceber, o estrangeirismo, o neologismo, as gírias, jargões


e o regionalismo fazem com que a língua fique cada vez mais rica e diversificada.
O novo acordo ortográfico é outra prova de que a língua está em constante
transformação, que é viva e dinâmica.
Vimos até aqui o quão diversificado é o processo comunicativo de uma
língua e agora passaremos para a a escrita. Para iniciar, pergunte-se: Será que é
preciso conhecer o significado das palavras para organizá-las adequadamente na
comunicação escrita? Siga em frente e descubra.

2.5 FATORES DE TEXTUALIDADE

Você já analisou por que as pessoas têm tanta dificuldade para escrever, se é
tão simples falar? Isso ocorre porque quando conversamos com alguém usamos
também gestos, expressões corporais e faciais, além da entonação da voz para
transmitir a mensagem. Já quando escrevemos, esses elementos não se fazem
presentes e precisam ser substituídos por palavras para que o contexto da
mensagem fique claro e organizado. Portanto, o texto não é a soma ou sequência
de frases isoladas, é uma mensagem construída que forma um todo significativo.
“A palavra texto origina-se do verbo tecer: trata-se de um particípio – o mesmo
que tecido. Assim, um texto é um tecido de palavras”, com sentido completo.
(CAMPEDELLI; SOUZA, 1999, p. 13).
Thinckstock ([20-?])
2 LINGUAGEM COMO EXPRESSÃO HISTÓRICA E CULTURAL
27

A linguagem possibilita a comunicação e [...] “O


homem é um ser que se criou ao criar uma linguagem.”
CURIOSI (PAZ, 1982, p. 67). Segundo Ferreira (1986, p.1035), a
DADES linguagem é “o uso da palavra articulada ou escrita
como meio de expressão e de comunicação entre
pessoas.”

Para entender melhor, observe a frase.


Fazendo sucesso com seu novo restaurante que oferece pratos típicos, o
empresário José da Silva, está localizado na Rua dos Andradas, 265.

Thinckstock ([20-?])

Confuso, não é mesmo? Quem está localizado à Rua doa Antares, o empresário
ou o restaurante? Da maneira como a frase foi escrita, fica difícil saber.
No entanto, se fosse escrita assim:
Oferecendo pratos típicos, o empresário José da Silva faz sucesso com seu novo
restaurante, localizado na Rua dos Andradas, 265, a frase teria coerência.
A clareza de um texto é resultado do uso adequado de palavras e da construção
das ideias de maneira bem elaborada. “A maneira como são articuladas as ideias
por meio das palavras e das frases é que determina se há unidade de sentido ou
apenas um amontoado de frases desconexas.” (SARMENTO; TUFANO, 2004, p. 371).
Segundo Cegalla (2000, p. 590), os textos, de forma geral, devem observar:
Correção gramatical: respeito às normas linguísticas;
Ser conciso: dizer muito em poucas palavras;
Ser claro;
Ser preciso: empregar o termo adequado e de forma acertada;
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
28

5 TEMPOS VERBAIS Ser natural: evitar empregar termos rebuscados e desconhecidos ao leitor;
“situam o fato ou a
ação verbal dentro de Ser original: evitar a vulgaridade e a imitação;
determinado momento
(presente, pretérito e Ser nobre: evitar o uso de termos chulos;
futuro).” (CEGALLA, 2000,
p.182). Ter harmonia: ser elegante (uso criterioso de figuras de linguagem).
6 MODOS VERBAIS
“Indicam as diferentes
maneiras de um fato
se realizar indicativo, 2.5.1 Coesão textual
imperativo e subjuntivo”
7 ARTIGO
Segundo Ferreira (1986, p. 426), coesão significa “união íntima entre as partes.
“é uma palavra que
antepomos aos substantivos Harmonia, concordância, união.” Isso acontece com um texto. Todas as frases e
para dar aos seres um
sentido determinado ou parágrafos devem formar um todo, como se estivessem costurados uns aos outros.
indeterminado. (o, a, um, Não há ideias isoladas, mas, sim, um tecido de palavras com sentido completo.
etc.)” (CEGALLA, 2000,
p.153). Para que um texto tenha coesão, é necessário que sejam empregados
8 CONJUNÇÃO
adequadamente os seguintes elementos.
“é a palavra que liga orações
ou palavras de função
semelhante numa mesma
oração.” (SARMENTO;
TUFANO, 2004, p. 266).
9 PREPOSIÇÃO
“é a palavra que liga orações
ou palavras de função
semelhante numa mesma
oração.” (SARMENTO;
TUFANO, 2004, p. 257).
10 PRONOME
“são palavras que
acompanham ou
substituem o nome,
designando-o como a
pessoa do discurso.”
(SARMENTO; TUFANO, 2004,
p. 217).
Thinckstock ([20-?])

11 ADVÉRBIO
“é a palavra que modifica
um verbo, outro adjetivo e,
às vezes, um substantivo,
expressando a circunstância
em que determinado
fato ocorre.” (SARMENTO;
TUFANO, 2004, p. 253). a) Emprego adequado de tempos5 e modos6 verbais;
12 PERÍODO
b) Emprego adequado de pronomes, conjunções, preposições e artigos7;
“é a frase formada por uma
ou mais orações.”
c) Emprego adequado de construções por coordenação e subordinação;
d) Emprego adequado dos discursos direto, indireto e indireto livre.
Há também vários fatores que podem contribuir para que um texto perca a
sua coesão textual:
a) Regências incorretas;
2 LINGUAGEM COMO EXPRESSÃO HISTÓRICA E CULTURAL
29

b) Concordâncias incorretas;
c) Frases inacabadas;
d) Inadequação ou ambiguidade no emprego de pronomes.
Para que um texto tenha unidade textual, faz-se necessário lançar mão de
vários recursos linguísticos para unir orações e parágrafos. Os mais conhecidos
são:
• Conjunção8: e, nem, mas, também, porém, entretanto, ou, logo, portanto,
pois, como, embora, desde que, se, conforme, de modo que etc.
• Preposições9: a, ante, após, até, com, em, entre, para, perante, segundo, etc.
• Pronomes10: eu, nós, me, mim, comigo, consigo, te, lhe etc.
• Advérbios11: sim, certamente, realmente, talvez, muito pouco, abaixo, além,
não, agora, hoje, cedo, antes, ora, afinal etc.

Thinckstock ([20-?])

Além desses fatores, para que um texto tenha coesão e coerência, também
deve-se evitar períodos12 muito longos, vocabulário rebuscado, pontuação
inadequada, ambiguidade e redundância.

2.5.2 Coerência textual

Segundo Ferreira (1986, p. 426), coerência significa “ligação ou harmonia entre


situações, acontecimentos ou ideias; relação harmônica, conexão, nexo, lógica.”
O mesmo ocorre com um texto, que, para ter coerência, precisa ter lógica.
A coerência textual ocorre quando há uma relação harmoniosa entre as ideias
apresentadas pelo autor. Cada ideia deve complementar a outra, sem que haja
contradição entre suas partes.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
30

Um texto coerente deve apresentar o conteúdo de forma ordenada, com início,


meio e fim, sem contradições, e a linguagem deve ser adequada e compreensível
ao leitor.

FIQUE Coerência: refere-se à unidade do tema. Coesão: é a


ALERTA conexão entre os elementos ou as partes do texto.

Se os recursos linguísticos forem mal empregados, o texto pode se tornar


ambíguo ou incoerente.

2.5.3 AMBIGUIDADE

Ambiguidade é a duplicidade de sentidos que pode haver em um texto, verbal


ou não verbal, normalmente causada pelo uso inadequado da pontuação ou pelo
emprego de palavras com duplo sentido. Quando empregada intencionalmente,
pode ser um excelente recurso de expressão. Porém, quando empregada
inadequadamente, ela provoca falhas na comunicação provocando dúvida
quanto à clareza e, muitas vezes, causando dupla interpretação.
Diferentemente da linguagem oral, que conta com recursos tais como gestos,
expressão facial e repetições, a linguagem escrita conta apenas com as palavras.
Por isso, temos que empregá-las com clareza e precisão.
Veja exemplos de frases ambíguas:
“José, seu tio saiu com sua secretária”. (A secretária é de José ou do tio?)
“Ele assistiu ao incêndio do banco”. (O banco pegou fogo ou ele estava sentado
no banco, e dali viu o incêndio? O banco referido é uma instituição financeira ou
um objeto usado para sentar?)
Note que o emprego do pronome SUA, no primeiro exemplo, e a falta de
informações sobre a qual banco se referia, no segundo exemplo, causou duplo
sentido, portanto, ambiguidade.
2 LINGUAGEM COMO EXPRESSÃO HISTÓRICA E CULTURAL
31

2.5.4 Redundância

Não é incomum usar palavras ou expressões, principalmente na língua falada,


sem prestar muita atenção naquilo que elas realmente significam e acabamos por
cometer redundâncias, ou seja, repetição desnecessária de palavras ou termos.
Vejamos alguns exemplos:
• Acabamento final – se é acabamento, pressupõe-se que seja final.
• Conclusão final – uma conclusão só pode ser final.
• Repetir de novo – repetir já significa fazer de novo.
• Conviver junto – conviver já encerra a ideia de companhia.

2.5.5 Intencionalidade

Segundo Ferreira (1986, p. 956), intenção é “o ato de tender, intento, tenção,


vontade, desejo, pensamento.” Então, intencionado é o que se faz com intenção.
Intencional é aquilo em que há ou revela intenção. Assim, toda a comunicação
possui intencionalidade, ou seja, não é neutra, pois sempre revela a intenção do
autor. Não se escreve ou se fala sem um objetivo ou motivo para tal. Note que a
intencionalidade está centrada no autor do texto.
Uma vez definida qual é a intenção de um texto, parte-se para sua estruturação.
Por exemplo, um convite para um casamento tem uma estrutura e uma articulação
completamente diferente de um e-mail que descreve o problema ocorrido em
uma peça produzida pelo setor ‘X’.
Thinckstock ([20-?])
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
32

2.5.6 Aceitabilidade

Para Ferreira (1986, p. 25), a aceitabilidade “é a qualidade de aceitável.” A


aceitabilidade está centrada no leitor ou receptor da mensagem. Ao ler um
texto, o leitor analisa e julga se ele é coerente ou não. Uma vez identificadas as
ocorrências que possibilitam o entendimento geral do texto, o receptor se esforça
para compreender as informações recebidas, ou seja, procura identificar/descobrir
a intencionalidade colocado no texto ou na fala pelo emissor.

2.5.7 Informatividade

Informatividade relaciona-se à quantidade e à qualidade das informações e


de situações novas e inesperadas que existem em um texto. Um texto com boa
informatividade cativa o leitor, pois o arranjo e a seleção das informações novas
e inesperadas permitem-lhe a identificação do sentido da mensagem a partir
de seus conhecimentos do assunto. Diz respeito à seleção e à apresentação das
informações que o texto transmite.

2.5.8 Situacionalidade

O objetivo e o momento histórico em que um texto é escrito constituem


a situação ou contexto, ou seja, a situacionalidade. Note que todo o texto é
elaborado em um determinado momento e para um determinado fim. Portanto,
não se empregam palavras como satisfação, júbilo, regozijo ou prazer ao dar os
pêsames a alguém em um velório.
Thinckstock ([20-?])
2 LINGUAGEM COMO EXPRESSÃO HISTÓRICA E CULTURAL
33

2.5.9 Intertextualidade

Diz respeito à relação que um texto tem com outro, que se constituem na
experiência compartilhada pelo emissor e o receptor. Pode ser entendida como
sendo a criação de um texto a partir de outros já existentes.

Para ler mais sobre como elaborar bons textos e aplicar


SAIBA corretamente os elementos da textualidade, consulte:
MAIS SERAFINI, Maria Teresa. Como escrever textos. 11 ed.
São Paulo: Globo, c1985. 221 p. É uma boa dica.

RECAPITULANDO

Concluímos a primeira unidade, que se dedicou ao estudo da linguagem


como expressão histórica e cultural. As pessoas expressam seus
pensamentos através da linguagem, principalmente por meio da palavra
falada e escrita. A escrita passou por uma série de transformações até
chegar ao sistema atual. Saímos dos desenhos nas cavernas, passamos
para a junção de elementos e para o sistema de sinais, até chegarmos à
escrita, como a encontramos hoje.
A Língua Portuguesa tem sua origem no Latim. Antigamente a elite
dominante e os escritores usavam o latim clássico e o povo falava o
latim vulgar. Da mesma forma, encontramos na Língua Portuguesa duas
formas de expressão: a linguagem culta e a linguagem coloquial. Cada
uma possui características definidas. Identificamos também que a língua
sofre influência de outras línguas, de grupos sociais, de regionalismos e
também da criação de novas palavras.
Outro aspecto estudado nessa unidade foi a textualidade.
Compreendemos que um texto é um tecido de palavras com sentido
completo e, para elaborar bons textos, é preciso usar coesão e coerência.
Essa, refere-se à unidade do tema e aquela à conexão entre os elementos
ou as partes do texto. Além disso, compreendemos que um texto bem
escrito não possui ambiguidade ou redundância.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Este capítulo de estudos abordará a questão da leitura e interpretação de textos. Nela, você
terá a oportunidade de conhecer os recursos linguísticos mais empregados, bem como as
variações linguísticas existentes e como se processa a análise e a interpretação de um texto.
Para tanto, ao final dessa unidade de estudos, você será capaz de:
• interpretar textos, figuras, gráficos e tabelas para a compreensão de normas, procedimentos
e documentação técnica (catálogos, manuais, ordem de serviço), pertinentes à área de
atuação;
• identificar tipos, meios e formas de textos, visando reconhecer os recursos linguísticos
para uma comunicação oral e escrita de forma clara e objetiva;
• comunicar-se e interagir com colegas e professores;
• demonstrar organização;
• ter senso crítico;
• ter raciocínio lógico;
• ser observador;
• ser analítico.
Nem sempre há clareza em tudo o que se lê e, por vezes, é difícil compreender a ideia central
de um texto, pois parece que falta alguma explicação.
Leia a frase: “Os pés de café são soldados verdes enfileirados na colina”, o que você entende?
Há sentido completo?
Em alguns casos o autor usa propositalmente artifícios para enfatizar suas ideias, outras
vezes, por exagero, o texto fica “pesado” e sem criatividade dificultando a interpretação.
Na próxima unidade, você perceberá que a leitura e a compreensão textuais são cruciais
para a aprendizagem e o bom desempenho profissional. Siga em frente e conheça algumas
dicas de como ler e interpretar textos maneira proficiente.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
36

3.1 PROCESSAMENTO E ESTRATÉGIAS DE LEITURA

Quando se lê um texto, imagina-se as cenas segundo a própria experiência ou


vivência e, a partir delas, interpreta-se a realidade.
Normalmente os textos escritos são mais valorizados que as manifestações
orais. Porém, ao observar as duas formas de expressão, percebe-se que ambas
são carregadas de cultura e tradições.
Se não houver compreensão ao que se lê, não há apreensão do que está sendo
transmitido. Se quiser estudar, por exemplo, novas tecnologias, novos conteúdos
ou novas culturas, terá que entender aquilo que está sendo dito nos diferentes
textos publicados. Ou seja: “[...] a leitura é o meio que dispomos para adquirir
informações e desenvolver reflexões críticas sobre a realidade.” (IN- FANTE, 1998,
p. 46).

Thinckstock ([20-?])

Ler e compreender o que se lê é uma competência indispensável para quem


deseja aprender e, por isso, não se pode apenas identificar as letras e construir
palavras. É preciso compreender e refletir sobre a informação para depois formar
uma opinião sobre o que foi lido.
Não existe só uma maneira de ler pois, o que constiui-se “leitura” para um,
pode não ser para outro; uma palavra pode ter um significado em uma frase e, em
outra, um completamente diferente. Além disso existem as leituras de imagens,
símbolos, sinais e não necessariamente só de palavras escritas.
3 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
37

Há outras estratégias de leitura tais como a denotação e a conotação, essa


muito usada em textos literários e a anterior em sentido mais objetivo; ambas
serão abordadas a seguir.

3.1.1 Denotação

Ao empregar uma palavra no seu sentido denotativo, o emissor busca


objetividade de expressão da mensagem, ou seja, as palavras mantêm vínculo
direto de significação com o que representam; diz-se que é o sentido do dicionário,
próprio, preciso, habitual, usual, literal. A denotação é predominantemente usada
em textos de natureza informativa como os jornalísticos, manuais de instrução
ou científicos, por exemplo, visto que o emissor busca informar objetivamente o
receptor.

Para ter mais exemplos de textos predominantemente


SAIBA denotativos acesse o site: http://www.soportugues.com.
MAIS br . O site oferece subsídios para fazer comparações entre
denotação e conotação.

3.1.2 Conotação

Por outro lado, quando o emissor emprega um termo em um sentido


figurado, circunstancial, que sempre depende do contexto, ele está usando o
termo conotativamente. A conotação está associada à subjetividade, ou seja,
são as ampliações ou alterações que uma palavra agrega ao seu sentido literal
(denotativo), que remetem a vários outros sentidos, virtuais, que são apenas
sugeridos, evocando outras ideias associadas, de ordem abstrata. Este recurso é
explorado muito pela literatura e pela publicidade.
Para entender um texto, muitas vezes, é necessário considerar e identificar
aquilo que não está escrito. Esse processo de compreensão e decodificação dos
sinais, juntamente com a identificação do que não está dito, permite ao leitor
interpretar a mensagem.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
38

1 IMPLÍCITA

“é algo que está envolvido


naquele contexto, mas
não está claro, é deixado
subentendido.” (FERREIRA,
1986, p. 923).

Thinckstock ([20-?])
Figura 3 -  Tipo de comunicação
Fonte: Dik Browne, Hagar

Na tira, existe um fato que é conhecido pelas duas personagens – que o ma-
rido de Irma bebia (alcoólatra inveterado). Essa informação é considerada como
antecedente e necessária para que o diálogo ocorresse. Além disso, também sa-
biam que o marido de Irma somente pararia de beber quando morresse. Essa
informação não está escrita, mas está implícita1.
Compreender a informação implícita (apenas sugerida) é importante para que
se tenha um bom nível de leitura. Além disso, o leitor deve confrontar a informa-
ção lida com a realidade, para, só então, tirar as suas conclusões.

3.2 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E RECURSOS LINGUÍSTICOS

Muitos textos apresentam uma série de recursos para chamar a atenção do


leitor, além de realçar e de dar expressividade às palavras. Esses recursos são
conhecidos como figuras de linguagem. Há uma série de figuras de linguagem e
as mais conhecidas e empregadas são: comparação, metáfora, eufemismo, ironia
e hipérbole..
Comparação: Estabelece uma relação de comparação entre dois elementos:
o comparante e o comparado, ligados por um termo de comparação (como, tal,
qual, assim como, parecia etc). Exemplo: Seu olhos são como dois brilhantes
lapidados. Neste caso, temos: olhos – termo comparado; como – termo de com-
paração; brilhantes – termo comparante.
3 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
39

Thinckstock ([20-?])
Metáfora: É uma comparação implícita baseada na associação de ideias
subjetivas. Exemplo: Seu olhos são dois brilhantes lapidados. É uma comparação
implícita, em que não aparece o elemento comparativo.
Eufemismo: É emprego de uma palavra ou uma expressão desagradável em
substituição a outra mais suaves, a fim de amenizar seu impacto. Exemplo: Esta
manhã João deu seu último suspiro. No exemplo, palavra morreu foi substituída
pela expressão último suspiro, amenizando seu efeito.

Você sabia que é possível expressar-se de forma mais


leve e menos ofensiva? Por exemplo, em vez de dizer:
‘Você foi estúpido na sua observação’, pode-se dizer,
‘Você não foi feliz na sua observação’. Ou então, em vez
de empregar ‘Ele é uma ladrão incontido’, use-se ‘Ele
VOCÊ frequentemente se apodera do alheio’. Uma boa dica é
SABIA? encontrar sinônimos das palavras que podem denotar
uma agressão. Experimente, sua comunicação pode
ficar mais harmoniosa e mais agradável para quem a
ouve ou a lê. Use o dicionário, porque substituir uma
palavra por outra sem analisar o contexto em que ela foi
empregada não é garantia de acerto.

Paradoxo: “É a apresentação de ideias aparentemente contrárias, mas que, no


contexto, não constituem contrassenso. Exemplo: Curto minha solidão no meio
da multidão.” (GRIFFI, 1991, p. 48).
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
40

Ironia: Consiste em expressar um sentido contrário ao significado habitual, ou


seja, dizer o contrário do que se pretende ou satirizar, questionar certo tipo de
pensamento, com a intenção de ridicularizá-lo. Além disso, ainda é usada para
ressaltar algum aspecto passível de crítica. A ironia deve ser muito bem construída
para que cumpra a sua finalidade. Se for mal construída, pode passar uma ideia
exatamente oposta à desejada pelo emissor. Exemplo: Aquele menino parece um
anjinho, briga com todos que estão por perto.
Hipérbole: É o emprego de palavras ou expressões que consiste em exagerar
uma ideia e dar mais ênfase à frase. Exemplo: A chuva se agigantou só por poucos
minutos e causou um dilúvio.

Thinckstock ([20-?])

Para aprofundar seus conhecimentos sobre as figuras de


linguagem, acesse o link a seguir e se divirta com a leitura
SAIBA das informações postadas pela professora Sônia Sulei Berti
MAIS Santos, disponível em: http://www.faccamp.br/apoio/
SoniaSueliBertiSantos/comunicacaoSocial/FIGURAS_
LINGUAGEM_COMPLETO.pdf
3 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
41

3.3 ANÁLISE TEXTUAL E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

O objetivo da análise textual é permitir ao leitor fazer um levantamento dos


elementos do texto que permitem a sua compreensão para depois se fazer o
julgamento crítico.
Existe uma grande diferença entre compreender e interpretar um texto. Para
compreender o texto, o leitor deve localizar informações, perceber como o texto
se organiza gramaticalmente, verificar o significado exato das palavras, identificar
as referências históricas, políticas, ou geográficas etc., usadas pelo autor para
situar o texto. Por outro lado, interpretar é concluir ou deduzir o que o autor do
texto quis transmitir, julgando ou opinando sobre o seu conteúdo.
A interpretação de um texto não é absoluta, uma vez que depende do leitor
para atribuir-lhe sentido. Há sempre a possibilidade de argumentar a favor ou
contra uma interpretação, é possível confrontar interpretações ou mesmo julgá-
-las. Além disso, da mesma forma que ler não se restringe apenas a extrair senti-
dos, interpretar não é simplesmente atribuir qualquer sentido ao texto, uma vez
que há gêneros mais objetivos e outros menos.
Para interpretar adequadamente um texto, o ideal é seguir algumas regras:
• fazer uma leitura prévia, procurando ter uma visão geral do assunto;
• identificar as palavras desconhecidas e descobrir seu significado;
• reler o texto várias vezes, procurando compreender o que o autor está ten-
tando transmitir;
• identificar aquilo que não está explícito no texto, as ironias, as sutilezas e
eventuais malícias;
• não criticar as ideias do autor;
• ler cada parágrafo separadamente, identificar a ideia central de cada uma
deles, para formar a ideia geral do texto;
• quando o autor apresentar suas ideias, procure por fundamentos lógicos
que ele empregou.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
42

RECAPITULANDO

Nesse capítulo do livro de Comunicação Oral e Escrita você percebeu


que ler e compreender são habilidades distintas e competências
indispensáveis para quem deseja aprender e, por isso, não se pode
apenas identificar as letras e construir palavras. É preciso compreender e
refletir sobre a informação para poder formar uma opinião a respeito do
que foi lido.
Aprendeu que muitos textos apresentam uma série de recursos para
chamar a atenção do leitor e para realçar bem como dar expressividade às
palavras. Esses recursos são conhecidos como figuras de linguagem e as
mais empregadas, dependendo do objetivo do texto, são: comparação,
metáfora, eufemismo, ironia e hipérbole.
Observou também, que existe diferença entre compreender e interpretar.
Para compreender um texto, o leitor deve identificar o significado exato
das palavras, as referências históricas, políticas ou geográficas usadas
pelo autor para situar o texto. Por outro lado, interpretar é concluir ou
deduzir o que o autor do texto quis transmitir, julgando ou opinando
sobre o seu conteúdo.
3 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
43
TIPOS DE TEXTOS

4
Este capítulo abordará as características e peculiaridades da descrição, dissertação e narração,
além dos principais tipos de documentos empregados no meio empresarial. Para tanto, ao final
dessa unidade de estudos, você será capaz de:
• elaborar textos técnicos (procedimento, pareceres, ordem de serviço, entre outros),
utilizando técnicas de produção de textos, de resumo, de síntese e recursos informatizados
no desenvolvimento de suas atividades;
• interpretar textos, figuras, gráficos e tabelas para a compreensão de normas, procedimentos
e documentação técnica (catálogos, manuais, ordem de serviço), pertinentes à área de
atuação;
• analisar textos, figuras, gráficos e tabelas específicas da ocupação, inferindo na produção
de textos técnicos;
• comunicar-se e interagir com colegas e professores;
• demonstrar coordenação no desenvolvimento do planejamento das suas atividades;
• demonstrar organização;
• ser responsável;
• ter raciocínio lógico;
• ser observador;
• manter-se atualizado tecnicamente;
• ter visão sistêmica.
Muitos estudantes afirmam que é difícil escrever uma redação. Esse é o seu caso? Reflita:
quando você conversa com seus amigos, eles entendem o que você quer dizer? É bem provável
que sua resposta seja afirmativa, pois não é difícil conduzir uma conversa, no entanto, transferir
o diálogo para o papel é uma tarefa mais complexa, que exige alguns conhecimentos e técnicas.
E, ao relatar criteriosamente as características físicas ou da roupa que a pessoa que você
conheceu na festa estava usando, estará empregando um dos tipos de textos mais comuns: a
descrição.
Este capítulo o ajudará a elaborar textos de diferentes gêneros e você perceberá que é mais
fácil do que imagina.
Que tal começar?
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
46

4.1 GÊNERO DISCURSIVOS

Você já deve ter observado que há uma série de textos diferentes com os quais
mantém contato diariamente. Ao comprar um remédio, por exemplo, você lê a
bula para conhecer um pouco mais sobre a medicação que lhe foi prescrita. Ou,
ao fazer aquele bolo de chocolate, para não errar, relê a receita.

Thinckstock ([20-?])
Ao assinar o contrato de uma prestação de serviços ou da compra de um
imóvel, também terá o cuidado de ler criteriosamente o documento. Esses textos
são completamente diferentes em sua estrutura, conteúdo, características, layout
e organização. Ou seja, possuem gêneros discursivos diferentes.
De acordo com Sarmento (2004, p. 380), “discurso é a atividade comunicativa
entre interlocutores que apresenta sentido e está inserida em um contexto.” As
estratégias discursivas se dividem em três grupos: discurso direto, discurso
indireto e discurso indireto livre.
No discurso direto, quem narra, faz referência ao personagem e finaliza
a frase com dois pontos. Em seguida, inicia um parágrafo novo, colocando um
travessão seguido da fala do personagem, ou seja, faz a transcrição exata da fala
das personagens.
É normal haver um verbo de elocução (verbo este que introduz a fala do
personagem: pedir, perguntar, dizer, responder, falar etc.), que pode ser usado
depois ou entre as falas. Observe:
Pedro perguntou:
- Onde você mora, José?
- Em Florianópolis, na Vila Maria.
4 TIPOS DE TEXTOS
47

O discurso indireto “pressupõe um tipo de relato predominantemente de


caráter informativo e intelectivo, sem a feição teatral e atualizadora do discurso
direto.” (CUNHA, 1970, p. 452 apud AZEREDO, 2003, p. 139). O narrador se utiliza
de suas palavras para reproduzir aquilo que foi dito pela personagem.
Exemplo:
José disse a Pedro que mora na Vila Maria, em Florianópolis.
Já no discurso indireto livre não há marcas que indiquem a separação da fala
do narrador e da fala da personagem pois este mistura o discurso indireto com o
discurso direto.
Observe:
Meu primo andava de um lado para o outro da sala, irritado e zangado. Eu
estou furioso com essa situação, não sei o que fazer para acalmá-lo.
Com relação aos discursos, Costa (2006) apresenta um quadro com as
principais formações discursivas (esferas de comunicação) e respectivos gêneros
do dircurso. Acompanhe.

DISCURSOS (FORMAÇÕES DISCURSIVAS/ GÊNEROS DO DISCURSO/GÊNEROS


DOMÍNIO DISCURSIVO) TEXTUAIS

Prece/oração
Ladainha
Reza
RELIGIOSO Sermão
Hagiografia
Parábola
Homilia etc
Notícia
Reportagem
Editorial
Crônica
Tirinha
JORNALISMO Breves/curtas
Artigo jornalístico
Carta de leitor
Entrevista
Debate
Manchete etc.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
48

DISCURSOS (FORMAÇÕES DISCURSIVAS/ GÊNEROS DO DISCURSO/GÊNEROS


DOMÍNIO DISCURSIVO) TEXTUAIS

Dissertação
Tese
Ensaio
Resumo
Resenha
Artigo científico
ACADÊMICO
Paper
Sumário
Hand-out
Abstrato
Palestra
Conferência etc.
Conto
Romance
Novela
Poema
Tragédia
Comédia
Folhetim
LITERÁRIO Dedicatória
Crônica
Diário
Fábula
Epopéia
Lenda
Biografia
Autobiografia etc.
Chat/bate/papo virtual
Aulachat
Email/endereço eletrônico
ELETRÔNICO / DIGITAL Blog
Fotoblog
Banner
Barra etc.
Anúncio
Cartaz
Filmete
PUBLICITÁRIO Jingle
Outdoor/Busdoor/ Bikedoor/Taxidoor
Panfleto
Spot
4 TIPOS DE TEXTOS
49

DISCURSOS (FORMAÇÕES DISCURSIVAS/ GÊNEROS DO DISCURSO/GÊNEROS


DOMÍNIO DISCURSIVO) TEXTUAIS

Conversação e seus tipos


Bilhete
Diário
Anedota
COTIDIANO
Piada
Anotação
Recado
Convite etc.
Aula
Prova (escrita/oral)
ESCOLAR Ditado
Protocolo
Resumo etc.
Quadro 1 - Formações discursivas
Fonte: Costa (2006)

Dependendo do contexto de comunicação e não necessariamente as mais


empregadas, algumas das formações discursivas bem conhecidas estão ligadas
às esferas jornalística, jurídica, literária, publicitária e acadêmica. A seguir, serão
apresentadas as características de cada tipo de discurso. Acompanhe!

4.1.1 Formação discursiva jornalística, jurídica, literária, acadêmica e


publicitária

Os textos ligados à esfera jornalística estabelecem um diálogo com os leitores,


tendo como principais características informar fatos e acontecimentos além de
desenvolver argumentos baseados em uma ideia central, já que expõem um
ponto de vista (editoriais, as crônicas esportivas, as reportagens).
No campo jurídico há uma grande variedade de textos, entre eles: contratos,
leis, regulamentos, estatutos, certidão de batismo, certidão de casamento,
certidão de óbito, documentos pessoais, autorização de funcionamento, sentença
de condenação, medida provisória, editais, dentre outros.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
50

Thinckstock ([20-?])
A esfera literária refere-se ao conjunto de obras de reconhecido valor estético
e cultural, pertencentes a um país, época, gênero etc., sendo um instrumento
de comunicação e de interação social. Os textos literários são divididos em dois
grupos: textos em verso e textos em prosa. Os textos em verso são os poemas
formados por versos e os textos em prosa são aqueles construídos em linha reta,
organizados em frases, parágrafos ou capítulos, tais como os romances, contos,
crônicas e outros.
O texto acadêmico é, antes de tudo, o seu objeto: ele divulga o resultado de
uma investigação científica, filosófica ou artística. Deve, pois, refletir o rigor, a
perspectiva crítica, a preocupação constante com a objetividade e a clareza, que
são parte inerente da pesquisa acadêmica. Os textos acadêmicos (teses, resumos,
artigos científicos, dissertações etc.), frequentemente, são frutos da extração de
ideias, de um exercício de leitura e de posicionamento crítico de uma ou mais
obras.
A esfera publicitária reúne textos que visam chamar a atenção de potenciais
consumidores quanto a um produto ou serviço, persuadindo-os ou convencen-
do-os a adquirir o produto. Esse objetivo pode ser alcançado através de textos
argumentativos , narrativos ou descritivos, que serão explicados a seguir.

4.2 GÊNEROS TEXTUAIS: NARRAÇÃO, DESCRIÇÃO E DISSERTAÇÃO

Há três formas básicas de se organizar um texto: com sequências narrativas,


descritivas e dissertativas. Uma única formação discursiva (texto) pode englobar
variadas tipologias. Ou seja, o emissor, com frequência, tem a necessidade de
contextualizar imagens e fatos, argumentos e sensações nos textos que produz.
Por exemplo, ele narra, ao mesmo tempo que descreve e disserta para convencer,
provocar reações, direcionar opiniões, evocar emoções e despertar fantasias,
imaginações e criatividade.
4 TIPOS DE TEXTOS
51

NARRAÇÃO DESCRIÇÃO DISSERTAÇÃO


Quem fala? Narrador Observador Argumentador
Conteúdo Ações e Seres, objetos, cenas, Opiniões, argumentos
acontecimentos processos
Objetivo Relatar Identificar, localizar, Discutir, informar, expor
qualificar
Quadro 2 - Tipos de texto
Fonte - Adaptado de Sarmento e Tufano (2004)

O próximo quadro o auxiliará na identificação das características de cada


formatação.

NARRAÇÃO
Relato de fatos;
Presença de narrador, personagens, enredo, cenário, tempo;
Apresentação de um conflito;
Uso de verbos de ação;
Geralmente, é mesclada de descrições;
O discurso direto e o indireto são frequentes.
DESCRIÇÃO
Retrato verbal (representação oral ou escrita) de pessoas, ambientes, objetos;
Predomínio de atributos (adjetivos e locuções adjetivas);
Uso predominantemente de verbos de ligação (flexionados no presente ou no pretérito);
Frequente emprego de enumerações e comparações;
Tem como resultado a imagem física e/ou propriedades psicológicas (pessoas).
DISSERTAÇÃO
Exposição ou defesa de um argumento;
Tempo verbal mais usado é o Presente Atemporal;
É escrito de forma impessoal;
Segue a ordem lógica;
Predomínio da linguagem objetiva;
Prevalece a denotação.
Quadro 3 - Características dos gêneros
Fonte: Adaptado de Saramento e Tufano (2004)

A narração é uma exposição de um acontecimento (fato, ocorrência) ou de


uma série de acontecimentos mais ou menos encadeados, reais ou imaginários,
por meio de palavras ou de imagens. O texto é dinâmico, uma vez que apresenta
relações de anterioridade e de posterioridade. Além disso, segue ordem
cronológica na apresentação dos acontecimentos contados (começo, meio e fim).
Pode ser narrado em primeira pessoa (narrador participa dos fatos) ou terceira
pessoa (narrador não participa dos fatos). Os tempos verbais mais utilizados são:
presente, pretérito imperfeito, pretérito perfeito e futuro.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
52

Na descrição, são expostas características de pessoas, objetos, situações,


lugares e outros. A descrição normalmente ocorre dentro de um texto narrative
e auxilia o leitor a imaginar a cena ou o local. Num texto descritivo, não há uma
relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases. Além disso, os verbos
não estabelecem uma progressão no tempo, não se encadeiam, como na narração.
A descrição pode ser objetiva (descreve os aspectos físicos e tangíveis de
algo, como altura, largura, peso, cor etc.) ou subjetiva (participação maior da
emotividade de quem escreve, ou seja, tem foco nas impressões causadas pelo
emissor, nem sempre sendo comprovável por meio da observação).
A dissertação consiste na exposição de um assunto de modo sistemático,
abrangente e profundo. Ou seja, o emissor expõe uma ideia sobre um
determinado assunto em que ele defende um posicionamento ou um
questionamento, apresentando argumentos que embasam seu ponto de vista.
Há duas modalidades dissertativas: o texto dissertativo expositivo (exposição de
ideias, teorias, conceitos sem necessariamente tentar convencer o leitor) e o texto
dissertativo argumentativo (tem o objetivo de persuadir o leitor, convencê-lo de
sua tese – ideia central – a partir de boa argumentação, exemplos e fatos).

4.2.1 Regras dissertativas

A dissertação é um tipo de texto largamente utilizado no meio acadêmico.


Por sua característica argumentativa, precisa ser embasado em fatos, provas,
exemplos, que servem de recurso para convencer alguém, para alterar-lhe a
opinião ou o comportamento.
Segundo Campedelli e Souza (2000, p.187), um texto dissertativo possui as
seguintes características:
• é um texto temático – tudo nele evolui a partir de um raciocínio;
• é um texto que analisa e interpreta;
• apresenta relações lógicas de ideias – faz comparações, mostra
correspondências, analisa consequências.
4 TIPOS DE TEXTOS
53

Thinckstock ([20-?])
A dissertação se divide em três partes:
• Introdução
Define a questão, situa o problema e descreve a tese que será defendida no
desenvolvimento; indica o caminho a seguir.
• Desenvolvimento
Apresenta os argumentos para defender e justificar a tese ou ideia proposta
na introdução, apontando semelhanças de ideias, divergências, comparações e
ligações a fim de comprovar a tese.
• Conclusão
É breve e marcante, retoma a tese, propõe uma intervenção e recapitula as
ideias apresentadas no desenvolvimento, dando um fechamento ao texto.

Como você pôde perceber, o texto dissertativo


CURIOSI apresenta argumentos, ou seja, defende uma ideia. No
nosso dia a dia, precisamos defender seguidamente
DADES nosso ponto de vista e, para isso, é fundamental saber
argumentar.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
54

Segundo Sarmento e Tufano (2004, p. 412), existem quatro tipos de argumentos,


que são:
a) Argumento com base em citação: usa uma frase de alguém conceituado
o assunto para amparar a argumentação, ou seja, utiliza a citação de outro
autor para fundamentar a argumentação e dar credibilidade e prestígio ao
texto.
b) Argumento com base no senso comum: apoia a argumentação em
conceitos reconhecidos pela sociedade como um todo.
c) Argumento com base em evidências: utiliza dados ou estatísticas que
comprovem a tese dando credibilidade ao texto.
d) Argumento com base no raciocínio lógico: estabelece uma sequência
lógica na apresentação dos fatos: primeiro as causas e depois os efeitos.

Thinckstock ([20-?])

Conforme Serafini (1977), para elaborar um texto, deve-se seguir algumas


regras, que são:

Primeira regra: Tenha um plano:


• distribua adequadamente o tempo estipulado à redação entre as etapas.
• identifique as características da redação que são:
destinatário;
objetivo do texto;
gênero do texto (conto, diálogo, poesia, de opinião, etc.);
extensão do texto;
critérios de avaliação.
4 TIPOS DE TEXTOS
55

Thinckstock ([20-?])

Segunda regra: Ordene as ideias:


• selecione as informações;
• registre os seus pensamentos:
Não se preocupe inicialmente se as ideias não têm ligação entre si.
Faça a associação de ideias:
• organize as ideias em mapas conceituais;
• faça um roteiro;
• defina a sua tese ou pontos de vista a serem apresentados no texto.

Terceira regra: Organize o texto e redija:


• o parágrafo é composto por vários períodos explorando uma única ideia do
roteiro;
• faça a conexão dos parágrafos;
• observe a pontuação;
• elabore a introdução e a conclusão.

Quarta regra: Revisão:


• faça a revisão do conteúdo;
• reveja a ortografia e a pontuação;
• redija o texto sem erros e sem rasuras.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
56

4.2.2 Resumo

Muitas pessoas acreditam que resumir significa fazer um recorte das frases
principais de um texto fazendo uma “colagem”. Porém, resumir é apresentar
os pontos principais do texto original, mantendo a ideia do autor. Para isso, é
necessário selecionar apenas o conteúdo fundamental, a fim de oferecer ao leitor
uma visão geral do seu conteúdo. Ao resumir, deve-se tomar o cuidado para não
inserir exemplos ou outras citações, nem as opiniões pessoais ou conclusões de
quem está elaborando o resumo.
De acordo com a NBR 6028/2003, resumo é uma “apresentação concisa dos
pontos relevantes de um documento”. Além disso, estabelece que o resumo é
classificado em três tipos:
• resumo informativo: “informa ao leitor finalidades, metodologia, resultados
e conclusões do documento, de tal forma que este possa, inclusive, dispensar
a consulta ao original”.
• resumo indicativo: “indica apenas os pontos principais do documento,
não apresentando dados qualitativos, quantitativos etc. De modo geral, não
dispensa a consulta ao original.
• resumo crítico: refere-se ao resumo “redigido por especialistas com análise
crítica de um documento. Também chamado de resenha. Quando analisa
apenas uma determinada edição entre várias, denomina-se recensão”.

Thinckstock ([20-?])

Para escrever resumos, você deve seguir algumas etapas:


• conhecer as regras do resumo (quantidade de palavras e sua finalidade);
4 TIPOS DE TEXTOS
57

• ler o texto atentamente;


• destacar no texto com marcadores luminosos as partes essenciais do texto;
• compreender o texto, ser capaz de responder perguntas como: Qual é o
tema?
Qual é a intenção do autor? Qual é a tese defendida pelo autor? Quem? O quê?
Onde? Quando? Como? Por quê?;
• redigir o texto;
• revisar o texto, fazendo as correções e adaptações que se fizerem necessárias.
Segundo Serafini (1997, p. 188), há quatro regras para se elaborar bons resumos:
• cancelamento: É possível evitar as palavras que se referem a detalhes
desnecessários à compreensão do texto;
• generalização: É possível substituir elementos particulares por outros mais
gerais que os incluem;
• seleção: É possível eliminar elementos que exprimem detalhes óbvios e
normais no contexto;
• construção: É possível substituir um conjunto de orações por uma nova, que
inclua todas as demais informações.

4.3 PRODUÇÃO DE TEXTOS TÉCNICOS

Para escrever textos técnicos é preciso levar em consideração que a linguagem


deve ser objetiva, lógica, formal e clara. Deve-se também, focar no leitor pois, se
usar termos muito difíceis não será prático, portanto, mesmo formal, não quer
dizer que tenha que ser complicado mas deve transmitir sem rodeios os dados
que o leitor precisa saber.
Dentre os textos técnicos existem os documentos técnicos e esses normalmente
tratam de assuntos científicos, profissionais, instrucionais e normativos.

4.3.1 Relatório

Relatório é a exposição dos resultados de uma atividade e permite a quem lê


acompanhar o desempenho e como ela ocorreu. O relatório deve ser objetivo
e informativo, apresentando as situações e problemas encontrados na execução
da atividade relatada. Sempre que possível, evite relatórios muito extensos
e sua linguagem deve ser objetiva, precisa, clara e concisa, sem omitir dados
importantes.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
58

A redação deve ser simples, com ortografia correta e com a pontuação


adequada.

Antes de começar a escrever um relatório, é preciso


estabelecer um plano ordenando as ideias, para que
SAIBA fiquem em uma sequência lógica e respondam às
MAIS perguntas: O quê? Por quê? Quem? Onde? Quando?
Como? Quanto? E daí?

Normalmente inicia-se o relato pela descrição dos elementos (situação


encontrada, ou, num experimento de laboratório, esses elementos podem ser
os materiais, as máquinas, os produtos químicos e o objetivo da atividade). Em
seguida, descreve-se as causas, depois seus efeitos, as providências tomadas e,
por último, as conclusões ou resultados alcançados.

Thinckstock ([20-?])

4.3.2 Parecer

O parecer fornece os fatos analisando um caso e apontando uma solução


favorável ou contrária, mediante justificativa.
Segundo Martins e Zilberknop (2003, p. 238), o parecer possui a seguinte
estrutura:
• timbre;
4 TIPOS DE TEXTOS
59

• número do parecer e ano;


• assunto;
• contexto (exposição e apreciação do assunto);
• conclusão (parecer do relator ou comissão);
• data e assinatura.

Thinckstock ([20-?])

Você sabia que qualquer pessoa é capaz de elaborar um


parecer? Um parecer pode ser um despacho decisório
VOCÊ de procedimento jurídico, oficial ou particular,
SABIA sobre algum assunto. Um parecer é um comunicado
por escrito de uma opinião técnica de alguma ação
realizada e indica a conclusão do processo.

4.3.3 Normas técnicas

Normas técnicas são documentos que têm a função de estabelecer regras ou


normas a respeito de um material, produto, processo ou serviço. A obediência a
uma norma técnica ou a adoção de uma delas só é obrigatória se for especificada
por uma norma jurídica. Acompanhe, a seguir, a definição internacional de norma.

Uma norma técnica é um documento estabelecido por


consenso e aprovado por um organismo reconhecido que
fornece, para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou
características para atividades ou para seus resultados, visando
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
60

à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado


contexto (ABNT ISO/IEC GUIA 2 apud INMETRO, 2012).

No Brasil, existem as Normas Brasileiras, conhecidas pela sigla NBR. Vale


ressaltar que elas são homologadas pelo Foro Nacional de Normalização, que, no
Brasil, é representado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Deve ser realçado o aspecto de que as normas técnicas são


estabelecidas por consenso entre os interessados e aprovadas
por um organismo reconhecido. Acrescente-se ainda que são
desenvolvidas para o benefício e com a cooperação de todos
os interessados, e, em particular, para a promoção da economia
global ótima, levando-se em conta as condições funcionais e
os requisitos de segurança. (MARIANI, 2006, p. 1).

A elaboração de normas técnicas auxilia a organização do mercado, melhora a


qualidade dos produtos e serviços oferecidos, aumenta a produtividade e reduz
os custos de produção com a padronização dos processos de fabricação e de
atendimento, no caso de prestação de serviços.
A linguagem empregada nas normas é única, tanto para o produtor como para
o consumidor. As normas normalmente empregam:
a) frases impositivas;
b) orações na ordem direta;
c) uniformidade no tempo verbal;
d) pontuação correta;
e) expressões destituídas de duplo sentido e de adjetivações.

As normas são elaboradas de forma a apresentar regras


CURIOSI e procedimentos simples e acessíveis, que garantam a
DADES coerência, a rapidez e a qualidade no desenvolvimento
e implementação das normas (ABNT, 2012).
4 TIPOS DE TEXTOS
61

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 14724
Terceira edição
17.03.2011

Válida a partir de
17.04.2011

Informação e documentação — Trabalhos


acadêmicos — Apresentação
Information and documentation — Academic work — Presentation
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

ICS 01.120; 01.140; 01.140.40 ISBN 978-85-07-02680-8

Número de referência
ABNT NBR 14724:2011
11 páginas

© ABNT 2011
Impresso por: PETROBRAS

Fonte: ©ABNT 2005

As estruturas das normas possuem a seguinte organização:


a) prefácio;
b) escopo;
c) referência normativa;
d) termos e definições;
e) detalhamento da norma.

4.3.4 Manuais técnicos

Manuais técnicos são livros, revistas ou folhetos que trazem informações


técnicas sobre um determinado produto. Essas informações contemplam desde o
formato, cor e dimensões até funções do produto em questão.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
62

Thinckstock ([20-?])
Infelizmente, muitos manuais não levam em consideração o público que entrará
em contato com as informações nele contidas, apresentando termos de difícil
compreensão, letras pequenas demais e até mesmo informações redundantes.
Por isso, assim como os catálogos, os manuais devem levar em consideração o
público a que se destinam e usar termos adequados ao perfil do consumidor.

4.3.5 Catálogos

Catálogo é uma espécie de livro, guia ou sumário que contém informações


sobre lugares, pessoas e/ou produtos. Serve para escolher a melhor opção entre
itens selecionados de acordo com o interesse do cliente. Cada empresa elabora o
seu catálogo de produtos ou serviços, procurando apresentar, de forma simples
e direta, as principais informações sobre eles. Veja um exemplo de catálogo na
ilustração a seguir.
Thinckstock ([20-?])
4 TIPOS DE TEXTOS
63

Um catálogo de produtos precisa apresentar seu produto ou serviço de


forma atraente e com informações relevantes aos clientes. No entanto, é comum
encontrá-los com informações em excesso ou de pouca utilidade. Lembre-se de
que os catálogos são feitos para os clientes, os verdadeiros tomadores de decisão,
para os quais eles devem ser direcionados. Para que um catálogo cumpra o
objetivo desejado, que é “vender” o produto ou serviço, é preciso que ele seja
elaborado de forma a atender ao perfil do público-alvo. Fique atento, porque, além
da aparência visual e das informações técnicas relevantes, a correção ortográfica
deve ser primada.

4.3.6 Tabelas

A tabela é um instrumento que possibilita apresentar informações de forma


resumida e, ainda assim, muito completa. Conforme Crespo (2002, p. 25), “tabela
é um quadro que resume um conjunto de observações”. Portanto, por meio dela é
possível apresentar resultados, fazer comparações e enriquecer pesquisas.
Segundo Crespo (2002, p. 25), uma tabela é composta por:
a) corpo: Conjunto de linhas e colunas que contém informações sobre a
variável em estudo;
b) cabeçalho: Parte superior da tabela, que especifica o conteúdo das colunas;
c) coluna indicadora: Parte da tabela que especifica o conteúdo das linhas;
d) linhas: Retas imaginárias que facilitam a leitura;
e) casa ou célula: Espaço destinado a um só número ou informação;
f) título: Conjunto de informações que se localizam no topo da tabela e
responde às perguntas: O quê? Quando? Onde?
Os dois tipos de tabelas a serem apresentados nesta seção são: tabela de
dados e tabela de textos. As tabelas são representações ilustrativas que servem
para organizar e possibilitar a interpretação de dados de forma clara e objetiva.
Elas devem ser usadas quando for importante apresentar valores precisos, e não
apenas tendências, e quando a quantidade de dados for muito grande, exigindo
que eles sejam sumarizados.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
64

Veja os exemplos a seguir.

TRANSCRIÇÕES DE SÉRIE EM 1982, TAXAS OFICIAIS


Série Repetência Promoção Evasão
1 0,296 0,449 0,255
2 0,207 0,703 0,090
3 0,169 0,738 0,093
4 0,134 0,818 0,048
5 0,227 0,634 0,138
6 0,199 0,700 0,102
7 0,170 0,730 0,100
8 0,123 0,764 0,114
Figura 4 -  Tabela de dados
Fonte: Adaptado de Serviço de Estatística da Educação e Cultura (1984)

FREQUÊNCIAS E PERCENTAGENS DE REPRESENTAÇÃO DE FAMÍLIA NOS MATERIAIS


DIDÁTICOS DA 1ª A 4ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS PARTICULARES
DA ZONE CENTRO DA CIDADE DE RECIFE - SETEMBRO DE 2005 A MAIO DE 2006
Modelos de família fr %
Família nuclear 191 63,20
Família extensa 71 23,52
Família monoparental 22 7,28
Família abrangente 9 3,00
Casal sem filhos 3 1,00
Família fraterna 3 1,00
Família recasada 3 1,00
Total 302 100
Figura 5 -  Tabela de texto
Fonte: Adaptado de AMAZONAS et al. (2008, p. 239)

Para saber se uma tabela está bem elaborada, verifique se ela:


a) é suficientemente completa para ser entendida, dispensando consulta ao
texto;
b) contém somente os dados necessários ao seu entendimento;
c) é estruturada de forma simples e objetiva;
d) inclui os dados logicamente ordenados;
e) apresenta dados, unidades e símbolos consistentes com o texto.
Finalmente, observe que a fonte da informação deve vir disposta logo abaixo
da tabela, no seu rodapé.
4 TIPOS DE TEXTOS
65

Você sabia que quadro e tabela tem uma formatação


diferente? A tabela segue a normatização da NBR
14724 e deve ser confeccionada segundo o que está
estabelecido na Norma Tabular do IBGE (1993), ou seja,
VOCÊ possui um título, um cabeçalho, um corpo contendo
SABIA? as infor- mações, uma linha de fechamento, uma fonte
e, se for o caso, uma nota explicativa. Observe que as
laterais da tabela não são fechadas. Os quadros, por
sua vez, possuem as mesmas especificações citadas na
tabela, porém suas laterais fechadas.

SAIBA Para saber mais em relação à elaboração de tabelas,


acesse o site: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/
MAIS monografias/ GEBIS%20-%20RJ/normastabular.pdf>.

4.3.7 Procedimentos

Procedimentos são instruções elaboradas a fim de minimizar ou evitar o


“potencial de risco” de um trabalho ou de uma tarefa, além de, ainda, potencializar
a sua produtividade, sem comprometer a qualidade.
O conhecimento específico relacionado à tarefa e às medidas preventivas para
evitar eventuais acidentes é essencial para a execução de qualquer trabalho ou
tarefa. Por isso, os procedimentos mais conhecidos e exigidos nas empresas são
os procedimentos de segurança. Veja a seguir algumas considerações sobre eles.

O fato de estarmos tecnicamente qualificados ou acostumados


com a execução de determinada tarefa não garante que
não estaremos correndo riscos ou colocando outras pessoas
em risco. O procedimento de segurança funciona como um
instrumento de planejamento das etapas do trabalho e da
prevenção dos riscos envolvidos em cada uma destas etapas.
Um bom procedimento de segurança deve ser simples e
utilizar linguagem que seja claramente entendida e sem dar
oportunidade a mais de uma interpretação. No procedimento
de segurança devem ser incluídas todas as etapas necessárias
para a execução de determinado trabalho. O procedimento
deverá abordar os eventuais riscos que os executantes
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
66

estarão sujeitos e também eventuais riscos que os usuários do


trabalho em foco possam vir a ser expostos. Um procedimento
de segurança adequado e eficaz deve promover uma análise
sistêmica do processo onde o trabalho irá ser executado. Os
procedimentos de segurança podem ser usados em ambientes
industriais bem como em trabalhos de menor porte. (VDF
ASSESSORIA EMPRESARIAL, 2009, p. 95).

4.3.8 Ordem de serviço

Uma ordem de serviço é elaborada com a finalidade de apontar as


necessidades de materiais, equipamentos e mão de obra que serão utilizados
em um determinado serviço. Por meio dos apontamentos elencados na ordem
de serviço, pode-se acompanhar o andamento dos pedidos e dar feedbacks aos
clientes sobre sua compra. O status de uma ordem de serviço pode ser: A=Aberto,
E=Execução, F=Finalizado e P=Pedido gerado.
Na ordem de serviço, devem ser colocados todos os detalhes que ocorreram
no processo, porque são eles que colaboram para o bom desenvolvimento do
serviço e da qualidade do produto.
Outra informação importante na ordem de serviço é o preenchimento dos
campos atendido e encerrado, porque é preciso informar ao setor de programação
se o lote encerrado fechou a quantidade pedida. Isso ajuda na antecipação da
informação junto ao cliente sobre a necessidade ou não de voltar com o lote para
complemento ou entrega do saldo que, por ventura, tenha sobrado.
Thinckstock ([20-?])
4 TIPOS DE TEXTOS
67

Na ordem de serviço também se pode incluir o número de série, lote dos


materiais usados, caso haja a necessidade de rastrear o produto. Além disso, ela
pode conter outras informações relevantes à fabricação do produto, de acordo
com a realidade de cada empresa.

RECAPITULANDO

Neste capítulo, você percebeu que há diferença entre os vários tipos


de textos e que, dependendo do seu objetivo e contexto, apresentam
características completamente distintas. Estudou também algumas das
esferas discursivas bem conhecidas tais como a jornalística, a jurídica,
literária, acadêmica e a publicitária; notou que é muito importante
ser claro e objetivo nas construções textuais pois a falta de clareza
compromete a interpretação.
Viu também que escrever bons textos não é complicado, basta colocar
em prática os subsídios e critérios oferecidos.
Além disso, aprendeu a elaborar e produzir textos técnicos, como os
relatórios, pareceres, normas, catálagos, tabelas e as ordens de serviço
e que esses, devem usar vocabulário técnico próprio, ser impessoais e
objetivos.
Portanto, este material é rico e foi desenvolvido para ajudá-lo nas relações
pessoais e principalmente, profissionais. Aplique os conhecimentos
adquiridos no seu cotidiano e, com certeza, terá sucesso nos seus
empreendimentos educacionais e interpessoais.
INFORMÁTICA

Essa unidade de estudos apresentará os principais procedimentos para se elaborar textos e


planilhas eletrônicas de forma adequada. Para tanto, ao final dessa unidade de estudos, você
será capaz de:
• Utilizar recursos informatizados (e-mail, internet, intranet, editores de texto, planilha
eletrônica, software de apresentação multimídia, entre outros) para auxiliar a comunicação
virtual no ambiente profissional;
• Comunicar-se e interagir com colegas e professores;
• Demonstrar organização;
• Demonstrar planejamento das atividades em grupo;
• Ser responsável;
• Ter senso crítico;
• Ter raciocínio lógico;
• Ser observador;
• Ter senso investigativo;
• Ter comportamento ético;
• Responsabilizar-se pela conservação dos equipamentos;
• Interagir via mídia eletrônica.
Atualmente quase tudo o que fazemos tem algum recurso da informática envolvido. Quando
vamos ao banco para sacar dinheiro ou pagar uma conta no supermercado com o cartão
eletrônico, por exemplo, estamos utilizando recursos da informática. Assim como as transações
financeiras atualmente são feitas via sistema informatizado, a maioria das atividades realizadas
nas organizações e ambientes escolares também o são. Saber e dominar essa tecnologia permite
que a pessoa desenvolva novas competências, tão necessárias à vida pessoal e profissional na
atualidade. Você sabe a diferença entre hardware e software? Ou então o que é um documento
escrito no word, uma planilha elaborada no excel e uma apresentação em power point? Não?
Então, siga em frente e assimile esses conhecimentos para aplicá-los no seu dia a dia. Pronto
para iniciar o estudo?
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
70

5.1 CONCEITOS BÁSICOS

A utilização de computadores é uma excelente receita para o sucesso em


inúmeras áreas, porém pode apresentar alguns riscos relacionados à privacidade
dos dados e informações de seus usuários. Por conta disso, você vai conhecer
quais são os cuidados necessários para evitar que ocorra roubo de informações
como senhas de banco, cópia de arquivos pessoais etc.

Thinckstock ([20-?])
Basicamente, o computador ou sistema computacional é um dispositivo
eletrônico capaz de processar informações e apresentar resultados ao usuário. Ele
é dividido em duas partes de funcionamento distinto: hardware e software. Você
sabe o que são hardware e software? Então, vamos conhecê-los!

a) Hardware: é a parte física do computador, ou seja, é o conjunto de


componentes eletrônicos, circuitos integrados e placas, que se comunicam
por meio de barramentos.
b) Software: é a parte lógica, ou seja, o conjunto de instruções e dados
processado pelos circuitos eletrônicos do hardware.

Toda e qualquer solicitação realizada pelo usuário é feita a partir de um


software, cuja principal função é permitir que o usuário possa realizar suas tarefas.
Por exemplo, se há a necessidade de criar um documento de texto que contenha
uma formatação adequada, será necessária a utilização de um software como o
Microsoft Word para realizar essa tarefa com certa eficiência e eficácia.
Os softwares se dividem em diferentes categorias e possuem características
distintas. Por exemplo, o sistema operacional (Windows XP, Windows 7 etc.) é um
tipo de software cuja função é gerenciar os recursos de hardware e permitir que os
usuários utilizem as funcionalidades disponíveis e acessem seus dados.
5 INFORMÁTICA
71

Quando ligamos o computador e começamos a trabalhar com o sistema,


estamos interagindo diretamente com o sistema operacional. Ao iniciarmos o
sistema, geralmente a primeira tela de interação é a área de trabalho, onde são
encontrados alguns dos principais ícones de acesso a recursos e a softwares.

Figura 6 -  Área de trabalho do sistema operacional


Fonte - Microsoft (2013)

Outra categoria de software largamente utilizada são os aplicativos. Os


aplicativos têm como principal função a realização de uma tarefa específica para
o usuário. Como exemplo, podemos entender que, quando se necessita acessar
a internet, utilizamos um software aplicativo chamado navegador web, como
Internet Explorer ou Mozilla Firefox.
Quando for necessário encontrar um aplicativo instalado no sistema, utilizamos
o atalho Todos os Programas, encontrado no menu Iniciar. Para acessá-lo, você
deve clicar sobre o seu ícone, encontrado no canto inferior esquerdo (em alguns
casos, o botão Iniciar é encontrado na forma de um círculo com o símbolo do
Windows dentro).

Figura 7 -  Menu Iniciar


Fonte - Microsoft (2013)
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
72

Na parte inferior da tela, está localizada uma área denominada Barra de Tarefas,
conforme demonstrado na figura a seguir, na qual são apresentados todos os
aplicativos, pastas e arquivos abertos.

Figura 8 -  Barra de tarefas


Fonte - Microsoft (2013)

Ainda na parte inferior, do lado direito da área de trabalho, encontramos a


Área de Notificação, demonstrada na figura a seguir. Lá são apresentados alguns
ícones de aviso dos softwares, além do relógio do sistema.

Figura 9 -  Área de notificação


Fonte - Microsoft (2013)

Quando iniciado um aplicativo, ele geralmente aparece disposto em uma


janela, o que permite a sua interação com o usuário. Grande parte dos aplicativos
é constituída de elementos do próprio sistema operacional, por isso, a maioria das
janelas é constituída dos mesmos recursos. Dentre esses elementos presentes,
destacam-se os botões de Fechar, Minimizar e Restaurar o tamanho da janela,
encontrados no canto superior direito em uma área denominada Barra de Título.

Figura 10 -  Janela do software Internet Explorer


Fonte - SENAI (2012)

Outro elemento comumente encontrado em janelas são as barras de rolagem,


tanto na lateral direita da janela como na parte inferior. Note que a barra de
rolagem tem a função de permitir a visualização do conteúdo de uma janela.
Quando esse conteúdo não cabe na tela do monitor, essas barras são ativadas
para permi- tir que o conteúdo possa ser acessado (visualizado).
5 INFORMÁTICA
73

Figura 11 -  Barra de rolagem


Fonte - Microsoft (2013)

Um recurso bastante interessante é o botão de rolagem, encontrado em


grande parte dos mouses. Girando o botão de rolagem, é possível interagir com
as barras de rolagem da janela.
Algumas operações facilitam o trabalho e a manipulação dos ambientes
virtuais. Para facilitar o trabalho com um ou mais objetos, necessitamos utilizar um
recurso chamado seleção. Para selecionar um arquivo, clicamos uma vez sobre
ele utilizando o botão esquerdo do mouse; logo veremos que o seu ícone muda
sua cor, ficando diferente dos demais, conforme demonstra a figura a seguir.

Figura 12 -  Arquivo selecionado em um ambiente virtual


Fonte - Microsoft (2013)

Para apagar um arquivo, por exemplo, devemos selecioná-lo e pressionar


a tecla Delete do teclado. Além da seleção de um arquivo, também é possível
realizar a seleção de vários arquivos simultaneamente ou, ainda, selecionar
trechos de textos.
Outra operação interessante é a possibilidade de movimentar objetos de um
lugar para outro. Para tanto, utilizamos um recurso conhecido como “arrastar
e soltar”. Para arrastar um objeto, é necessário pressionar o botão esquerdo do
mouse sobre o objeto e mantê-lo pressionado, movimentando o mouse para o
local onde desejamos que o objeto permaneça; feito isso, soltamos o botão do
mouse e o objeto fica posicionado onde o deixamos.
Os botões do mouse podem ser configurados pelo usuário, dependendo dos
recursos do sistema operacional e do modelo do mouse. Você pode acessar essa
configuração na opção Mouse, no Painel de Controle.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
74

5.2 EDITOR DE TEXTOS

Neste tópico, você conhecerá um pouco mais sobre o Microsoft Word, um


poderoso editor de texto que faz parte do pacote de aplicações do Microsoft
Office. Aqui, aprenderemos como empregar os principais recursos de formatação
de textos, com o intuito de habilitar o leitor a utilizar o editor em seu trabalho
diário.
Os recursos que serão explorados aqui são os distribuídos nas guias Início,
Inserir e Exibição. Porém, é preciso destacar que a versão 2007 do Word, que
será apresentada aqui, contém significativas alterações em relação à sua versão
anterior, principalmente no seu visual, em que os tradicionais menus distribuídos
em guias de acesso rápido, usados anteriormente, foram substituídos por ícones
maiores, com o objetivo de facilitar seu uso. Quando iniciamos o Word, um novo
arquivo em branco é criado. A seguir, é demonstrada a barra de menu superior.

Figura 13 -  Barra de menu superior


Fonte - Microsoft (2013)

No botão Office, que é encontrado na extrema esquerda, é possível efetuar


manipulações de arquivos, como criar um novo documento, Abrir, Salvar,
Imprimir e Fechar; além destas, outras opções gerais são apresentadas. A barra de
Inicialização Rápida apresenta algumas funcionalidades comumente utilizadas
no dia a dia, como salvar, desfazer ou repetir. Essa barra permite que outras
funcionalidades sejam inseridas quando a seta lateral direita é clicada e algum
recurso é selecionado na lista exibida.

Figura 14 -  Barra de inicialização rápida


Fonte - Microsoft (2015)

O padrão que encontramos apresenta sete guias de menu principais: Guia


Início, Inserir, Layout da Página, Referências, Correspondências, Revisão e Exibição.
Em cada uma das guias, são apresentados grupos que organizam logicamente os
ícones; por exemplo, na guia Inserir, é encontrado o grupo Tabela, que mostra
como uma tabela pode ser criada, modificada e configurada no Word.
Geralmente, no canto inferior direito de cada grupo, é apresentado um botão
conhecido como Inicializador da caixa de diálogo, que tem como função expandir
as opções desse grupo, permitindo acesso a funções adicionais.
5 INFORMÁTICA
75

Figura 15 -  Botão inicializador do grupo


Fonte - Microsoft (2013)

Em algumas situações, poderão aparecer novas guias, como, por exemplo,


quando clicamos sobre uma imagem, e a guia Formatar aparece automaticamente,
apresentando recursos para trabalhar com imagens.

Figura 16 -  Guia Formatar imagem


Fonte - Microsoft (2013)

Outro recurso muito útil é a régua, pois ela tem a finalidade de efetuar ajustes
nas margens e tabulações, posicionamento de imagens, tabelas e demais objetos.
Pelo padrão, a régua encontra-se oculta, deixando a área de texto mais visível, e
para ativá-la, basta clicar na guia Exibição, grupo Mostrar/Ocultar, opção Régua,
e ela aparecerá.

5.2.1 Guia início

O Word é uma ferramenta para manipulação, ajuste e edição de textos.


Portanto, deve prover uma forma satisfatória de alterar blocos de textos e prover
formas facilitadas (automatizadas) de realizar formatações. Para utilizar essa
ferramenta plenamente, você precisa conhecer as suas principais funcionalidades.
O primeiro grupo da guia Início é o grupo Área de Transferência, que permite
guardar trechos (ou até mesmo textos inteiros) em uma área da memória do
computador para que possam ser utilizados depois.
A área de transferência permite que sejam guardados até 24 trechos diferentes
de textos, que podem ser novamente selecionados de acordo com a necessidade
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
76

do usuário. Para abrir os textos disponíveis na área de transferência, deve-se clicar


sobre o Inicializador localizado no grupo Área de Transferência.

Figura 17 -  Área de transferência


Fonte - Microsoft (2013)

Um bom editor de texto deve possuir funções que permitam que o texto seja
formatado de forma adequada, como o tipo de fonte que será aplicado, tamanho
da fonte, cores, entre outras. Grande parte dos recursos necessários para a
formatação das fontes é apresentada na guia Início, grupo Fonte.

O recurso Fonte permite a modificação do tipo da


fonte utilizada.
A opção Tamanho da Fonte permite que seja
modificado o tamanho da letra que será aplicada
ao texto.
As opções Aumentar e Diminuir Fonte permitem
alterar o tamanho da fonte a partir do tamanho
atual.
O recurso de Limpar Formatação faz com que a
formatação da fonte volte à formatação padrão
inicial.
5 INFORMÁTICA
77

Os botões de Negrito, Itálico, Sublinhado e


Tachado permitem estilizar a fonte do texto de
diferentes formas.
Os botões de Subscrito e Sobrescrito permitem
adicionar textos abaixo ou acima da linha base de
outro texto.
O recurso de Maiúsculas e Minúsculas traz uma
série de formatações predefinidas para alterar a
forma da fonte (maiúscula e minúscula).
A opção de Cor de Realce do Texto permite a
modificação da cor de marcação de um texto
(semelhantemente às canetas marca- -textos
utilizadas em meios físicos).
O botão Cor da Fonte permite modificar a cor dos
textos apresentados em um documento.
Quadro 4 - Opções de formatação de fonte
Fonte - dos autores

Além da formatação realizada nas fontes do texto, muitas vezes também


é necessário formatar parágrafos. A formatação de parágrafos é de extrema
importância para a organização e visualização do texto. As opções de configuração
estão disponíveis na guia Início, grupo Parágrafo.
Um dos principais recursos de formatação de parágrafos é o alinhamento do
texto, no qual é possível alinhar o texto conforme a necessidade: alinhamento
à margem direita, centralizado, junto à margem esquerda ou justificado
(alinhamento tanto à margem esquerda como à direita, dando um aspecto de
organização uniforme do texto).
Quando for necessário alterar os espaços entre as linhas de um texto, o recurso
de Espaçamento deve ser utilizado. Ele permite a alteração e a configuração
desses espaços, inclusive com espaçamentos predefinidos, chamados de espaço
simples e duplo, além de permitir a escolha de um tamanho personalizado.
O recurso de Recuo permite a configuração da distância entre o parágrafo (ou
o início dele) e a margem da folha, permitindo que o usuário organize o bloco de
texto da maneira que ele precisar.
A compreensão de um texto está muito relacionada à forma como ele é
apresentado. Assim, podem ser utilizados alguns recursos que disponibilizam a
informação de uma maneira mais clara, como em listagens.
Um recurso muito utilizado são os marcadores, que são pequenas
representações gráficas que organizam o texto em forma de lista, facilitando a
visualização, já que disponibiliza as informações por meio de tópicos.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
78

Para inserir um marcador, selecione a lista que deseja organizar e clique no


ícone Marcadores, dentro do grupo Parágrafo. Também é possível organizar
listas utilizando o recurso de numeração, no qual serão apresentados números
sequenciais em vez das imagens dos marcadores. Ainda em relação às listas, outro
recurso interessante é o Classificar – ele permite que uma lista seja organizada em
ordem alfabética ou numérica.
Além da própria formatação do texto e do parágrafo, o Word traz uma
quantidade de formatações predefinidas, que facilitam a tarefa de configurar um
texto. Essa coletânea de formatações é conhecida como Estilos e tem a função
principal de padronizar alguns elementos do texto, como títulos, subtítulos,
citações, entre outros.

Figura 18 -  Estilos de formatação


Fonte - Microsoft (2013)

Outro recurso interessante no Word é o trabalho com a edição e pesquisa


dentro de textos. O grupo Edição traz recursos para localizar palavras dentro do
texto, bem como para substituir palavras ou frases por outros textos. Além disso,
permite a seleção personalizada de trechos do texto.

5.2.2 Guia inserir

A guia Inserir auxilia na configuração e no posicionamento de objetos que não


são textuais, como figuras, tabelas, marcações, entre outros.
O primeiro grupo dessa guia é o grupo Página, que tem como principal função
adicionar alguns recursos relacionados à sequência de páginas dos documentos.
Entre os recursos apresentados nesse grupo encontram-se ferramentas para
acriação de Folhas de Rosto personalizadas, inserção de Páginas em Branco
e Quebras de Páginas, as quais definem o final de um texto em uma página,
indicando ao leitor que o tema daquela página se encerrou e que ele pode passar
para a página seguinte, na qual se inicia um novo tópico temático.
Um dos grupos mais utilizados da guia Inserir é o grupo Tabela, que insere ou
ajusta uma tabela no próprio documento. Ao clicar no comando, é apresentado
um esboço, permitindo, assim, selecionar rapidamente o tamanho da tabela
em linhas e colunas. Outra forma de inserção possível é a opção por Tabelas
Rápidas,que mostra uma opção pré-formatada.
5 INFORMÁTICA
79

Figura 19 -  Criação de tabela


Fonte - Microsoft (2013)

Quando uma tabela é selecionada, as guias Design e Layout são adicionadas ao


menu, como mostra a figura a seguir.

Figura 20 -  Guias Design e Layout


Fonte - Microsoft (2013)

A guia Design possui vários estilos de formas e cores para aplicação nas
tabelas. O interessante é que, ao percorrermos o cursor do mouse sobre eles, o
estilo é aplicado temporariamente à tabela, permitindo que o usuário visualize
rapidamente a sua tabela em vários modelos disponíveis, facilitando a escolha do
modelo desejado.

Figura 21 -  Guia Design


Fonte - Microsoft (2013)

Outras funcionalidades também compõem o grupo Estilos da Tabela na guia


Design, entre elas a de Sombreamento, que permite a alteração da cor do fundo
das células, e a ferramenta Bordas, com a qual é possível a remoção ou a inserção
de bordas dos mais variados estilos. No grupo Desenhar Bordas, são encontradas
as ferramentas de alteração das características das bordas, como o estilo, a
espessura e a cor.
A outra guia que surge ao selecionarmos uma tabela é a guia Layout,
demonstrada na imagem a seguir. Ela possibilita a seleção, exibição da caixa de
Propriedades, adição e exclusão de linhas e colunas da tabela. O grupo Mesclar
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
80

permite a união entre células selecionadas, tornando-as uma só; e o comando


Dividir permite a separação de células anteriormente mescladas.

Figura 22 -  Guia Layout


Fonte - Microsoft (2013)

O grupo Tamanho da Célula possibilita a definição de dimensões, como


largura da coluna e altura da linha. Porém, é possível formatar os tamanhos
automaticamente, ao usar o botão Auto ajuste. O grupo Alinhamento permite
alterar a disposição do texto do interior da célula ou células selecionadas.
Ainda na guia Inserir, o grupo Ilustrações permite a inclusão de diversos tipos
de ilustrações no documento. Na primeira opção, está a ferramenta de inclusão de
imagens, que podem ser de diversos formatos: .bmp, .jpeg, .gif, .png etc. Quando
essa opção é selecionada, uma nova janela é aberta, e a imagem desejada deve
ser escolhida entre os arquivos no computador.

Figura 23 -  Caixa de seleção de imagem


Fonte - Microsoft (2013)

Há outras opções no grupo de Ilustrações, como a inserção de Clip-arts,


que são desenhos disponíveis (imagens que já vêm com o Word) para compor
o documento. Outra opção de ilustração são as autoformas, que também são
desenhos prontos, como linhas, setas, formas geométricas etc.
Quando o usuário clica em uma imagem ou um elemento gráfico, a guia
Formatar aparece. Os recursos desse grupo, que são demonstrados na figura a
seguir, permitem, por exemplo, ajustar opções de sombra, borda, alinhamento ou
fundo da imagem, bem como suas dimensões dentro do documento.
5 INFORMÁTICA
81

Figura 24 -  Guia Formatar imagem


Fonte - Microsoft (2013)

Ainda na guia Inserir, encontra-se o grupo Cabeçalho e Rodapé, que tem a


função de padronizar alguns objetos dentro do texto, os quais se repetirão em
todas as páginas da seção.
Para que as ferramentas correspondentes às configurações de cabeçalho e
rodapé sejam ativadas, é necessário dar um duplo clique no espaço em branco
entre o início da página e a primeira linha. Outra maneira é clicar na guia Inserir, em
seguida, em Cabeçalho e, finalmente, em Editar Cabeçalho. Após ter selecionado
o cabeçalho, a guia Design será exibida e, então, será possível inserir elementos
como: Número de Página, Data e Hora, Partes Rápidas, Imagens, entre outros.

Figura 25 -  Design do cabeçalho


Fonte - Microsoft (2013)

A numeração das páginas é comumente encontrada na parte superior do


documento, dentro do cabeçalho, o qual precisa estar ativo para que seja feita
a inserção da numeração nas páginas. Para isso, você deve clicar em Número da
Página, optando em seguida pelo seu alinhamento.
Na opção Formatar Números de Página, são configurados o formato do
número, os estilos dos algarismos e se a numeração vai continuar da página ou
seção anterior até o final do documento.
Ainda na guia Inserir, são encontradas as ferramentas relacionadas à
manipulação e à apresentação de textos, como o recurso Caixa de Texto, cuja
função é permitir a inserção de blocos de textos em caixas desenhadas, conforme
a necessidade do usuário.
O recurso Caixa de Texto traz opções predefinidas de caixas com texturas
e com estilos de fontes diferentes. Outro recurso interessante é a utilização do
Word- Art para criar títulos e estilizações diferentes de textos para apresentação,
pois, com essa ferramenta, você cria efeitos em palavras e frases para descontrair
o visual de qualquer documento. É possível, por exemplo, criar textos sombreados
ou espelhados. Veja alguns exemplos na figura a seguir.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
82

Figura 26 -  Usando o WordArt


Fonte - Microsoft (2013)

5.2.3 Guia layout da página

A guia Layout da Página apresenta ferramentas para configurar as características


da página, de acordo com as suas necessidades. Confira as possibilidades que o
Word oferece.
O grupo Tema permite a modificação dos temas da página, com cores, fontes
e efeitos diferentes para cada um desses temas. É uma ótima ferramenta para
criar documentos com estilos diferentes.
O grupo Configurar Página permite a modificação da página que será apresen-
tada. Entre os recursos dispostos nesse grupo, os mais importantes são: o dimen-
sionamento das margens, a modificação do tamanho da página e a orientação
da página – se ela será apresentada em modo paisagem (horizontal) ou retrato
(vertical).
Outro grupo relacionado à modificação da página é o grupo Plano de Fundo
da Página, com opções de modificação da cor das páginas, de configuração de
bordas e até mesmo de inserção de marca d’água.
O Word apresenta diversos recursos, e os mais importantes relacionados à
formatação de textos foram tratados dentro desta seção, mas ainda é possível ir
mais longe com essa poderosa ferramenta. Utilizando esse aplicativo diariamente,
alguns recursos são facilmente encontrados. Caso necessário, isto é, se ainda
houver dúvida, devemos procurar materiais ainda mais avançados para conhecer
sua aplicação com profundidade.
5 INFORMÁTICA
83

5.2.4 Impressão

A impressão de documentos do Word pode ser feita, selecionando-se o campo


“arquivo” e, em seguida, “imprimir”, conforme exemplo a seguir. O campo imprimir
permite que você escolha a quantidade de cópias que pretende imprimir ou a(s)
página(s) que se deseja imprimir.

Figura 27 -  Usando o Word


Fonte - Microsoft (2013)

5.2.5 Verificar ortografia

O Word oferece o recurso de correção da ortografia, gramática e espaçamento.

Figura 28 -  Usando o Word


Fonte - Microsoft (2013)

Clicando no campo revisão, na régua de comando, e, em seguida, na opção


ortografia, espaçamento e gramática, o editor de texto fará as correções
ortográficas de acordo com seu banco de dados ortográficos.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
84

5.2.6 Inserir índice

Figura 29 -  Usando o Word


Fonte - Microsoft (2013)

O índice é uma lista de palavras-chave encontradas no documento, juntamente


com o número das páginas em que as palavras aparecem. Para gerar o índice,
deve-se clicar em referências, na barra de ferramentas, e, em seguida, em inserir
índice.

5.3 PLANILHAS ELETRÔNICAS

Uma importante ferramenta para o trabalho em uma empresa são os editores


de planilhas eletrônicas. Por isso, nesta seção, iremos conhecer um pouco do
trabalho com o aplicativo Microsoft Excel (que também é encontrado no conjunto
de aplicativos do Microsoft Office).
Com ele, é possível trabalhar com diversos dados simultaneamente,
organizando-os em tabelas, o que permite uma melhor visualização. Além
disso, é uma excelente ferramenta para efetuar cálculos, pois possui diversas
possibilidades de organização e fórmulas predefinidas, automatizando diversas
funções e, consequentemente, facilitando o trabalho.
Antes de tudo, vamos entender o que é uma planilha eletrônica. Uma planilha
eletrônica é uma tabela (com linhas e colunas), e cada posição de uma determinada
linha e coluna é denominada célula. Cada linha e cada coluna são encontradas
por meio de seus endereços. O endereço de uma coluna é representado por
letras (A, B, C etc.) e o endereço de uma linha é representado por números (1, 2,
3 etc.). Dessa forma, é possível encontrar uma determinada célula usando seu
endereço. Por exemplo, para localizar uma célula da terceira coluna e da quinta
5 INFORMÁTICA
85

linha, usamos o endereço C5. Observe a visualização das células de uma planilha
a seguir.

Figura 30 -  Células da planilha eletrônica


Fonte - Microsoft (2013)

As referências (endereços) das células são importantes para usar os valores


das planilhas em cálculos ao usar fórmulas ou funções para gerar gráficos, por
exemplo, bem como para usar muitos outros recursos do aplicativo.
Cada arquivo possui várias planilhas e é denominado de Pasta de Trabalho. Em
uma pasta de trabalho, podemos criar várias planilhas, facilitando a organização
dos dados. Por exemplo, em uma planilha, podemos armazenar os dados sobre
a produtividade mensal e, em outra, podemos criar um gráfico com o resumo
desses dados.
Para que você entenda melhor, tente colocar seus conhecimentos em prática
diretamente no programa. Vamos lá? Para iniciar, em um novo arquivo, digite seu
nome em uma célula de uma planilha. Observe que o conteúdo digitado pode
ultrapassar o tamanho da célula, no entanto, ele continua dentro da célula na
qual foi digitado; isso acontece apenas para permitir a visualização do dado. Para
alterar o conteúdo de uma célula, clique sobre ela e pressione a tecla F2, ou dê um
duplo clique sobre a célula.
Para apagar o conteúdo de uma célula, selecione a célula e pressione a tecla
Delete (ou Del). A maior parte do conjunto de formatações que você aprendeu
no editor de textos também pode ser utilizada nesse aplicativo, tais como:
formatação de fontes (tipo, tamanho, cor etc.), alinhamento etc. Porém, esse
aplicativo também possui outras formatações para organizar o conjunto de dados
das células (tamanho, bordas, cor de fundo e outras que serão apresentadas ainda
nesta seção).
Um recurso interessante para formatar o conteúdo de uma planilha é a
utilização de estilos. Existem formatos predefinidos que facilitam a criação de um
visual mais apropriado ao conteúdo. Para experimentar, selecione um conjunto
de células e clique sobre a aba Início e sobre o botão Formatar como Tabela. Agora
clique sobre um estilo de que você goste e observe as alterações na seleção.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
86

O aplicativo reconhece os dados digitados conforme seu tipo. Por exemplo,


quando você digitar um valor numérico, a planilha permite realizar operações
matemáticas utilizando esse valor. Já quando você digita uma data, o aplicativo
permite usar o valor da data em determinadas funções. Experimente!
Observe a seguir uma planilha com diferentes tipos de dados em cada célula.

Figura 31 -  Separação de informações por colunas e tipos de dados diferentes


Fonte - Microsoft (2013)

Nessa planilha, podemos, por exemplo, filtrar ou classificar os dados usando


as opções correspondentes no grupo Edição da guia Início. Nesse caso, podemos
classificar todos os dados, por exemplo, pela coluna B, em ordem crescente, como
mostra a figura.
Para que os recursos do aplicativo possam ser mais bem utilizados, é necessário
construir uma planilha organizando os dados da melhor forma possível. No
exemplo a seguir, precisamos organizar os dados referentes ao número de pro-
dutos fabricados mensalmente. Observe a sugestão de organização mostrada na
figura.

Figura 32 -  Exemplo de uma planilha contendo dados


Fonte - Microsoft (2013)

Para complementar, vamos utilizar o recurso da função Soma, que irá calcular
a soma dos números de itens produzidos em cada coluna. Para isso, siga o exem-
plo, digitando: =SOMA(B2:B5).
5 INFORMÁTICA
87

B2 é a célula que inicia o intervalo de valores a serem calculados, e B5 é a célula


que finaliza o intervalo. Ao pressionar a tecla Enter, você poderá observar que o
resultado é exibido na célula que possui a função. Faça o mesmo com as demais
colunas.
Podemos realizar outras diversas operações ao iniciar com o caractere
= (igual).Caso seja necessário diminuir o valor de um total em estoque, por
exemplo, você também pode fazer: =B2-B3-B4-B5. Combinando as operações
matemáticas adição, subtração, multiplicação ou divisão, use os símbolos +, -, *
ou /, respectivamente.
Além das operações matemáticas, existem muitas funções com operações
predefinidas. Para conhecer um pouco mais, acesse a guia Fórmulas e clique
sobre o botão Inserir Função.
Com os dados de uma planilha eletrônica, também é possível criar gráficos.
Para mostrar um exemplo, utilizaremos os dados sobre o volume trimestral de
vendas, demonstrados na figura a seguir.

Figura 33 -  Selecionando informações para criar um gráfico


Fonte - Microsoft (2013)

Após digitar os dados conforme a organização do exemplo, selecione-os


e localize a guia Inserir e, em seguida, o grupo de opções Gráficos. Nesse caso,
escolhemos um gráfico de colunas em 3D. O visual fica semelhante ao da figura
a seguir.

Figura 34 -  Exemplo de gráfico simples


Fonte - dos autores
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
88

Existem diferentes tipos de gráficos adequados a tipos de dados. Experimente


criar um gráfico diferente usando outro conjunto de dados.

5.3.1 Impressão

A impressão de planilhas eletrônicas do Microsoft Excel podem ser feitas,


selecionando-se o campo “arquivo” e em seguida “imprimir”, conforme exemplo
a seguir. O campo imprimir permite que você escolha a quantidade de cópias que
pretende imprimir ou a(s) página(s) que se deseja imprimir.

Figura 35 -  Planilha do Excel


Fonte - Microsoft (2013)

5.4 APRESENTAÇÃO MULTIMÍDIA

Multimédia (português europeu) ou multimídia (português brasileiro) é a


combinação, controlada por computador, de pelo menos um tipo de mídia
estática (texto, fotografia, gráfico), com pelo menos um tipo de mídia dinâmica
(vídeo, áudio, animação) (CHAPMAN & CHAPMAN, 2000). Quando se afirma que
a apresentação ou recuperação da informação se faz de maneira multissensorial,
pretende-se dizer que mais de um sentido humano está envolvido no processo,
fato que pode exigir a utilização de meios de comunicação que, até há pouco
tempo, raramente eram empregados de maneira coordenada, a saber:
• Som (voz humana, música, efeitos especiais);
• Fotografia (imagem estática);
• Vídeo (imagens em pleno movimento);
• Animação (desenho animado);
5 INFORMÁTICA
89

• Gráficos;
• Textos (incluindo números, tabelas, etc.).
Esta seção vai apresentar o PowerPoint, um software do pacote Office da
Microsoft para criar apresentações multimídia. Em diversos projetos ou trabalhos
elaborados, é necessário realizar uma apresentação de seu conteúdo. Por isso
iremos aprender a fazer apresentações criando slides.
Para usar o PowerPoint, clique no botão Iniciar – Todos os Programas –
Microsoft Office – Microsoft Office PowerPoint. Veja na imagem a seguir a tela inicial
do programa.

Figura 36 -  Tela inicial do PowerPoint


Fonte - Microsoft (2013)

As guias de edição dos slides irão se adequando conforme as informações


expostas nos slides. A seguir, vamos conhecer os recursos disponíveis em cada
uma delas. Acompanhe!
Na guia Início, podem ser selecionados os temas para seu slide, conforme você
pode observar na figura seguinte. Clicando no botão Novo Slide, irão aparecer
diversas opções de temas e você pode selecionar o tema conforme a necessidade
da informação que deseja apresentar.

Figura 37 -  Criação de novo slide


Fonte - Microsoft (2013)
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
90

Para inserir uma imagem, vídeo, gráfico ou uma tabela, basta clicar na opção
desejada na área de edição do slide, conforme mostra a figura a seguir. Lembre-se
de que uma apresentação com imagens, vídeos e demais ilustrações tornam o
trabalho mais atraente para as pessoas que estão assistindo.

Figura 38 -  Novo slide vazio


Fonte - Microsoft (2013)

Outra maneira de inserir ilustrações e outros recursos na apresentação é


pela guia Inserir, onde você encontra diversas opções para abrilhantar a sua
apresentação.

Figura 39 -  Guia Inserir


Fonte - Microsoft (2013)

Você pode definir um design padrão para a sua apresentação na guia Design,
onde é possível selecionar um estilo já pré-formatado, com cores e fontes definidas.
Automaticamente, todos os slides assumirão a configuração selecionada. Essa
função proporciona maior agilidade na hora de formatar sua apresentação.

Figura 40 -  Guia Design


Fonte - Microsoft (2013)
5 INFORMÁTICA
91

Na guia Formatar, é possível formatar o texto de acordo com o seu gosto,


aplicando diversas formas, formatos e cores ao texto. Veja um exemplo na
imagem seguinte.

Figura 41 -  Guia Formatar


Fonte - Microsoft (2013)

Para tornar sua apresentação ainda mais interessante, é possível definir uma
animação de entrada para o slide, para que, quando você trocar de slide, ele
apareça na tela de uma forma mais interativa. Você pode realizar essa ação na
guia Animações.
Observe a imagem a seguir para ter uma ideia da quantidade de animações
diferentes que estão disponíveis.

Figura 42 -  Guia Animações


Fonte - Microsoft (2013)

Também é possível realizar uma animação com o texto do slide ou até mesmo
com uma imagem ou forma que foi adicionada. Essa opção também pode ser
utilizada na mesma guia, habilitando o menu de animação personalizada, como
você pode ver na imagem a seguir.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
92

Figura 43 -  Opções de animação


Fonte - Microsoft (2013)

A animação pode ser realizada na entrada, ênfase ou saída do objeto ou texto


selecionado. Também é possível realizar uma trajetória de animação, ou seja,
definir no slide o caminho que o texto ou objeto deve seguir.
Ainda na guia de Animações, é possível configurar o modo de avanço do slide.
O padrão de avanço é “Ao clicar com o mouse”, mas também é possível definir um
tempo para que o slide mude automaticamente.

Figura 44 -  Formatação da animação


Fonte - Microsoft (2013)

Para iniciar a apresentação, basta abrir a guia Exibição e clicar na opção


Apresentação de slides. Também é possível iniciar a apresentação utilizando a
tecla de atalho F5.

Figura 45 -  Início da apresentação


Fonte - Microsoft (2013)
5 INFORMÁTICA
93

5.4.1 Impressão

Figura 46 -  Impressão de slides de apresentação


Fonte - Microsoft (2013)

Conforme a figura anterior, a forma imprimir um documento desta ferramenta


se dá através da seleção do campo “arquivo” em seguida “imprimir”. Existem
algumas opções em que você escolhe o número de cópias, somente slide atual,
slides em página inteira ou slides agrupados, entre outras opções.

Para conhecer um pouco mais sobre o mundo da informát-


ca, que tal ler o livro: SILVA, Mário Gomes da. Informática:
SAIBA terminologia básica: Microsoft Windows XP, Microsoft Office
MAIS Word 2007, Microsoft Office Excel 2007, Microsoft Office
Access 2007, Microsoft Office Powerpoint 2007. 2. ed. São
Paulo: Érica, 2009.

5.5 INTERNET E SEGURANÇA

Nesta seção, iremos abordar as principais definições relacionadas à internet, ao


acesso a sites e à utilização de ferramentas para busca de informações na grande
rede, além de explicar alguns dos principais conceitos do trabalho com e-mails.
A internet passou a ser largamente difundida na década de 1990, após o
desenvolvimento de algumas tecnologias e padronização de alguns conceitos
importantes, tornando-se uma das principais ferramentas no dia a dia de muitas
pessoas ao redor do mundo.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
94

Antes disso, era largamente utilizada apenas por órgãos ligados aos meios
militares e meios acadêmicos, além de algumas empresas que já utilizavam
métodos primitivos de compartilhamento de recursos e troca de informações.
A possibilidade de troca de informações, bem como de compra e venda
de produtos, de acesso a entretenimento, entre outras atividades, fizeram da
internet um dos meios mais poderosos de comunicação. A figura, a seguir, mostra
um gráfico com a quantidade de usuários acessando a internet ao longo de um
determinado período.

Figura 47 -  Quantidade de computadores conectados à grande rede


Fonte - do Autor

Outro aspecto positivo relacionado à utilização da internet é a comodidade


incorporada à vida das pessoas. Muitos dos serviços antes realizados pessoalmente
podem, hoje, ser realizados via internet: compra de produtos, contratação de
serviços, comunicação entre pessoas, movimentações bancárias, visualização de
notícias etc.
Atualmente, a internet está cada vez mais próxima das pessoas e o acesso à
grande rede mais facilitado. Para navegar na internet, basta estar conectado a ela
em algum local que permita o seu acesso. Além disso, é necessária a utilização
de um software aplicativo chamado navegador web – por isso é muito comum
utilizarmos a expressão “navegar na internet”. Ou seja, utilizando um aplicativo de
navegação, é possível visualizar conteúdos (sites) espalhados pelo mundo todo.
Os navegadores web mais conhecidos são o Internet Explorer, o Mozilla Firefox
e o Google Chrome.
5 INFORMÁTICA
95

Figura 48 -  Navegadores da web


Fonte - Google (2012)

Deve-se entender também que a internet é composta de milhões de sites


(páginas para acesso que possuem conteúdos), pertencentes a empresas e
pessoas que querem apresentar seu conteúdo ao mundo.
Cada uma das páginas possui um endereço que informa ao computador como
chegar até ela. Então, para acessar um site, é preciso saber o endereço dele. Se
alguém deseja acessar o site do Google, por exemplo, precisa conhecer o seu
endereço (www.google.com) e digitá-lo na barra de endereço, que fica geralmente
localizada na parte superior do aplicativo.
Outra característica importante de um site está relacionada à sua
disponibilidade. Os sites devem ficar permanentemente on-line (acessíveis),
porém algumas panes ou falhas podem acarretar uma parada, deixando o site off-
-line (fora do ar, indisponível), e os usuários sem acesso às informações contidas
nele.
Existem diversas categorias de sites, que são classificados conforme o
seu conteúdo. Entre os principais, temos os sites de notícias, redes sociais e
buscadores. Por exemplo, um site de notícias como o do jornal The New York
Times (www. nytimes.com) concentra informações relacionadas a acontecimentos
recentes no mundo todo e que são atualizadas constantemente pela sua equipe
de profissionais. Isto é, são páginas cujo teor é informativo, como os jornais
impressos, com a vantagem de armazenarem tanto notícias recentes como
antigas, facilitando a pesquisa.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
96

Os sites buscadores, como o nome já diz, servem essencialmente para


pesquisas. Por exemplo, quando você não souber o endereço de um site ou quiser
procurar um determinado conteúdo e não tem ideia de onde está localizado,
pode utilizar os sites buscadores para auxiliá-lo. Digita-se uma palavra ou frase
em um site buscador, e este, por sua vez, apresenta vários endereços eletrônicos
relacionados ao assunto pesquisado.
O buscador mais conhecido é o Google, mas existem outros, tais como: Bing,
Yahoo! e o Altavista. Geralmente, nesses sites há um campo para digitarmos
aquilo que desejamos encontrar e, para obtermos o resultado da busca, devemos
pressionar o botão Pesquisar, conforme a imagem a seguir.

Figura 49 -  Site de pesquisa do Google


Fonte - Google (2012)

Outra possibilidade importante da grande rede é a comunicação e troca


de informações entre pessoas. Peça aos seus colegas e/ou ao seu professor o
endereço de e-mail deles para que vocês possam trocar mensagens. Assim, você
pode praticar e verificar como é simples e prático manter contato com outras
pessoas por meio da rede mundial de computadores.

É fundamental que você não confunda site com e-mail, pois muitas pessoas
ainda cometem esse tipo de equívoco. Lembre-se de que um site é um
conjunto de páginas que concentram um determinado conteúdo, e isso não
tem nada a ver com o e-mail, que nada mais é do que um endereço virtual.
Assim como uma correspondência é enviada ao seu endereço residencial,
deve ser criado um endereço de e-mail para que você possa receber uma
mensagem virtual.
5 INFORMÁTICA
97

Thinckstock ([20-?])
Para enviar um e-mail, é necessário que você tenha uma conta, ou seja, um
endereço de e-mail próprio. Alguns sites na internet prestam esse serviço de
forma gratuita. Entre os sites mais conhecidos para a criação de e-mail estão:
a) www.hotmail.com;
b) www.gmail.com;
c) www.yahoo.com.
Para criar a conta de e-mail, você deve acessar o site de sua preferência e
buscar por um link que indique onde você poderá realizar o seu cadastro para
criar uma conta.
Durante o cadastro, será solicitado (ou gerado) um login que o identificará. Por
exemplo, o Sr. José da Silva criou uma nova conta, e seu login é “jose_silva”. Para
que você identifique seu e-mail, é necessário fazer a união do seu login, o símbolo
arroba (@) e o site no qual você criou o e-mail. Seguindo o exemplo anterior, se o
Sr. José criar um e-mail no site do Hotmail, seu endereço de e-mail será: jose_sil-
va@hotmail.com; entretanto, se ele se cadastrar no site do Gmail, será jose_silva@
gmail.com.
Durante o preenchimento de seu cadastro, também será solicitada a criação de
uma senha para que você possa acessá-lo posteriormente. Memorize essa senha
e tome cuidado para que ninguém a descubra. Alguém que conhece a sua senha
pode ler todas as suas mensagens enviadas e recebidas e até mesmo mandar
e-mails como se fosse você.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
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Figura 50 -  Página inicial do Gmail


Fonte - Google (2012)

Agora que já conhecemos as possibilidades que a internet nos proporciona,


veremos como devemos nos proteger nesse meio, pois, apesar de ser uma
excelente ferramenta no mundo atual, a massificação da sua utilização faz com
que riscos estejam presentes até mesmo no mundo virtual. Vamos em frente?
Ao utilizar a internet, deve-se ter o cuidado e o bom senso de não clicar em
qualquer mensagem que aparece, pois no momento em que você clicar em um
desses anúncios, alguns softwares maliciosos (vírus) podem ser instalados no seu
computador, comprometendo alguma parte do seu funcionamento. Esses tipos
de anúncio se aproveitam da ingenuidade das pessoas que possuem menor
conhecimento, oferecendo vantagens incríveis.
Alguns softwares são desenvolvidos unicamente com o intuito de causar
danos ao computador e geralmente são instalados sem o consentimento do
usuário. Estes são os chamados softwares maliciosos, que podem ser classificados
em algumas categorias, conforme apresentado no quadro a seguir. Confira com
atenção!
5 INFORMÁTICA
99

É um software que é inserido dentro de arquivos ou até mesmo de outros softwares


e tem como função retardar o funcionamento do computador, prejudicando o seu
VÍRUS desempenho. Com o tempo, os vírus vão criando cópias dele mesmo e a execução
de diversos arquivos infectados faz com que o funcionamento do computador
fique comprometido.
Tem como principal característica a propagação de cópias de si mesmo de um
computador para outro a partir de uma rede. Diferentemente dos vírus, os Worms
WORM
não precisam de outro arquivo ou software para ativá-los. Sua execução acontece de
forma direta.
Possui características de propagação semelhante à dos worms, porém ele pode
BOT ser controlado de forma remota pelo atacante, ou seja, um usuário malicioso pode
controlar, à distância, do seu próprio computador, as ações do bot.
Também conhecido como “Cavalo de Troia”, é um software que aparentemente foi
desenvolvido para uma finalidade, mas, secretamente, acaba executando uma série
TROJAN
de outros recursos (geralmente maliciosos), com o objetivo de causar danos ao
computador atacado.
O spyware tem a função de alocar-se em um computador e monitorar as ações
geradas nele, mandando informações para terceiros. Ele faz um levantamento de
SPYWARE
informações relacionadas às ações realizadas por um usuário e as envia para outra
pessoa remotamente que deseja coletar essas informações.
O backdoor tem como característica manter uma porta aberta para retorno de
BACKDOOR outros invasores. Geralmente é instalado com a instalação de outro software
malicioso a fim de manter uma porta aberta para a entrada de outros desses.
Rootkit é um conjunto de softwares e técnicas para que a presença dos softwares
ROOTKIT maliciosos instalados no computador não sejam identificados, ou seja, os rootkits
não permitem que os vírus, worms, trojans e spywares sejam reconhecidos.
Quadro 5 - Categoria dos softwares maliciosos
Fonte - dos autores

Portanto, é necessário ter bastante cuidado, pois os principais golpes aplicados


na internet são: roubo de senhas, roubo de identidade e roubo de informações,
a partir de formulários que solicitam que você se cadastre. A maioria deles é
bastante semelhante aos formulários de sites seguros, como os de banco ou de
instituições governamentais. Por esse motivo, é importantíssimo que você só
forneça dados pessoais em sites confiáveis e que realmente tenha certeza do que
está fazendo.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
100

Um exemplo que pode ser citado é o da movimentação bancária. Toda pessoa


que vai a um banco realizar um saque de uma determinada quantia de dinheiro
tem medo de sofrer um assalto ou qualquer outro tipo de ação criminosa. Ato
criminoso que também pode ser realizado pela internet, a partir do roubo de
senha e sessão de usuários que acessam um portal de serviços bancários, por
exemplo.
Assim, fica claro que, em um ato criminoso físico, acabamos expondo nossas
vidas ao risco, mas a utilização da internet para fins criminosos também pode
causar danos grandiosos.
Outro ponto negativo está relacionado ao conteúdo publicado em certos sites.
Esse conteúdo é definido pela pessoa que o administra e pode acabar
envolvendo assuntos desrespeitosos, que ferem a dignidade das pessoas.
Você deve estar se perguntando: então, como fazer para participar desse mundo
virtual sem correr tanto risco? Com tantas ameaças, devemos ter maneiras de
nos proteger, certo? Como comentado anteriormente, devemos adotar algumas
práticas como, por exemplo, ter bastante cuidado ao postar algumas informações
na internet, não clicar em anúncios muito chamativos e com propostas que saltem
aos olhos.

Thinckstock ([20-?])

Outra medida importante é a utilização de um software conhecido como


antivírus, mas, ainda assim, é preciso mantê-lo sempre atualizado para garantir
que novas ameaças não penetrem em seu computador.
5 INFORMÁTICA
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Lembre-se de que o antivírus não permite que muitos desses softwares


maliciosos se proliferem, além de isolá-los, colocando-os em quarentena,
com o intuito de não permitir a sua execução.

É importante saber que, a cada dia, novas ameaças são desenvolvidas,


explorando as vulnerabilidades encontradas nos sistemas. Por isso, é de extrema
importância manter o antivírus atualizado, ou seja, ele é atualizado para que
tenha conhecimento de como essas novas ameaças se comportam.

Você sabia que uma ameaça comumente encontrada


na internet são os spams? Os spams são mensagens não
VOCÊ solicitadas e que são enviadas por e-mail (geralmente
para muitas pessoas) com o intuito de fazer com que os
SABIA? usuários acessem sites com conteúdo contaminado por
vírus ou então fazer com que o usuário passe informa-
ções importantes a um atacante.

Quando encontrar mensagens no seu e-mail relacionadas a recadastramento


de documentos ou então solicitando informações pessoais, assim como infor-
mações bancárias, fique atento, pois pode ser um golpe! Portanto, antes de
repassar qualquer informação, é importante consultar seu banco para saber
se ele envia e-mails solicitando dados. Geralmente, a política dos bancos é de
não se comunicar com seus usuários por e-mail.

Para nos proteger dessa série de ameaças, devemos entender que a internet
pode ser um ambiente hostil para quem não segue algumas recomendações
e cuidados. Somente tendo cuidado nas suas ações na internet você poderá se
prevenir contra possíveis perigos. Portanto, podemos concluir que, aliados à
comodidade, também existem aspectos negativos na utilização da internet, e o
desconhecimento de algumas medidas de segurança podem facilmente expor
algumas pessoas à perda de informações importantes e até mesmo à perda de
dinheiro.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
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5.5.1 Como pesquisar informação na internet?

Realizar pesquisas na Internet não é tão fácil quanto parece, porque encontrar
aquilo que se procura pode exigir certa dose de paciência. É preciso ter consciência
de que não há receitas milagrosas para ser bem sucedido na pesquisa. No Brasil,
os principais sites de busca são: Google, Yahoo e Altavista. Estes sites de busca
ajudam a pesquisar qualquer informação na internet, entretanto é preciso
considerar que cada site de busca funciona de maneira diferente e, por isso,
torna-se imprescindível conhecer e compreender as diferenças existentes entre
eles, bem como saber avaliar as virtualidades e as limitações de cada um.
Por exemplo, quando se digita uma palavra-chave em um site de busca,
normalmente são apresentados muitos sites cuja informação solicitada está
disponível. Por causa do tempo, é preciso agilizar a pesquisa, portanto, sugere-
-se que se explorem os registros que parecem mais pertinentes a partir da leitura
do texto que aparece logo abaixo do endereço eletrônico. Outra dica é restringir
mais a busca. Em vez de digitarmos palavras genéricas, pesquisar assuntos mais
específicos e solicitar uma busca mais avançada.

Thinckstock ([20-?])

Na maioria dos sites de busca pode utilizar-se o sinal de adição (+) antes da(s)
palavra(s). Este sinal indica que essa(s) palavra(s) deve(m) aparecer no texto. O
sinal de subtração (-) exclui o termo. Para procurar por uma frase exata, coloque-a
entre aspas (“ “).
5 INFORMÁTICA
103

RECAPITULANDO

O computador foi a tecnologia que abriu as portas para uma


comunicação global, desde facilitar a escrita e o desenvolvimento de
um texto, até as formas práticas de apresentar esta informação para o
receptor. Juntamente com a tecnologia do computador, veio a internet,
que é a mais nova forma de comunicação que existe entre nós. Através
dos dispositivos e aplicativos de informática ficou fácil a disseminação
da comunicação. Hoje a informação gira o mundo em segundos, algo
impossível há quatro ou cinco décadas. A tecnologia não substitui as
regras de escrita da comunicação, pode até inovar a comunicação que é
totalmente aceitável, mas deve-se manter a forma do texto, com intuito
de melhor interpretar e compreendê-lo.
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linguagem: curso de redação. 2 ed. São Paulo, SP: Saraiva, 1999. 288 p.
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VICENTE, Marcelo Alvares. Legislação tributária. Disponível em: <http://www.tributario.pro.br/
aulas/instr.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2012.
MINICURRÍCULO DOS AUTORES

FABIANA SILVA PIAZERA FONTANA: Especialista em Psicopedagogia pela Universidade Castelo


Banco e licenciada em Letras (Português – Inglês e Literaturas) pela Universidade Regional de
Jaraguá do Sul. Atuou como professora de Inglês e Português em escolas de idiomas, em escolas
públicas e particulares de ensino regular, assim como no SENAI/SC, na unidade de Jaraguá do Sul,
onde, exerceu sua atividade profissional nos cursos de aprendizagem industrial, cursos técnicos
e cursos superiores. Orientou Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) dos cursos técnicos e
superiores.

LILIAN ELCI CLAAS: graduada em Pedagogia com habilitação em Supervisão Escolar, pós-
-graduada em Administração de Recursos Humanos (FAE/UNERJ) e em Consultoria Empresarial
(UFSC/SENAI). Participou de mais de 1100 h/aula de capacitações e treinamentos empresariais
em diversas áreas de formação técnica profissional e de relacionamento interpessoal. Atua,
desde 1988, com a formação e o desenvolvimento de lideranças, melhoria das relações humanas,
resolução de conflitos, melhoria nos métodos de trabalho e no ensino correto de um trabalho.
Atualmente, é instrutora no SENAI-SC, na unidade de Jaraguá do Sul, ministrando as disciplinas
de Comunicação Oral e Escrita, Metodologia Científica, Metodologia da Pesquisa e Gestão de
Processos. Desenvolve trabalho de Consultoria Empresarial na área de gestão de pessoas e
treinamento; orienta TCCs nos cursos Técnicos e de Tecnologia; e, elabora materiais didáticos para
os cursos técnicos presenciais e a distância do SENAI.

PEDRO CÉSAR BITTENCOURT DE AZEVEDO FILHO: Graduado em Redes de Computadores pela


Faculdade de Tecnologia do SENAI, na unidade de Florianópolis. Atualmente, trabalha no SENAI, na
unidade de Jaraguá do Sul, atuando como docente dos cursos técnicos e qualificação profissional
dessa unidade. Possui experiência na área de redes de computadores, redes convergentes,
sistemas Unix/Linux e desenvolve competência em sistemas distribuídos. Já participou de
cursos de qualificação na área de infraestruturas de rede CISCO (CCNA) e atua como instrutor da
academia CISCO para o SENAI/SC.

ROSEMARY APARECIDA SCHARF: Graduada em Letras – Português/Inglês e Literaturas, pela UNISC


- Universidade de Santa Cruz do Sul – RS, e pós-graduada em Práticas Pedagógicas da Língua
Portuguesa e Inglesa, pelo Instituto Sociedade Educacional Portal das Missões – RS. Participou de
mais de 1500 h/aula em capacitações, treinamentos educacionais, planejamento e letramento.
Atuou, desde 1984, como professora de Português e Inglês no Ensino Fundamental e Médio em
escolas Municipais, Estaduais e Particulares. Desenvolveu e implantou projeto-piloto na língua
inglesa em escolas municipais.Ministrou aulas de redação e gramática em curso pré-vestibular.
Foi tutora no curso de Letras/licenciatura, na UNIASSELVI – FAMEBLU (Centro Universitário
Leonardo da Vinci). Desde 2011 ministra aulas preparatórias para o ENEM e vestibulares para
alunos no Ensino Médio e recuperação paralela em língua portuguesa para Ensino Fundamental
final. Atualmente, é professora de Produção de Textos no Ensino Médio do Colégio Bom Jesus de
Jaraguá do Sul – SC e, no SENAI –SC, unidade de Jaraguá do Sul, trabalha com as disciplinas de LPL
e Comunicação e Expressão, com ênfase nas produções textuais. Desenvolve material didático, e
é revisora técnica e gramatical na área de EAD-SENAI-SC, Jaraguá do Sul.

ROBERTO BAUMGARTEL: Formado em Técnico em Informática com habilitação em Redes pelo


SENAI/SC na unidade de Jaraguá do Sul e Tecnólogo em Desenvolvimento de Sistemas pela
Universidade Regional de Jaraguá do Sul. Atuou como desenvolvedor e suporte de sistema em
uma empresa da região. Atualmente leciona para os cursos de aprendizagem industrial e cursos
técnicos no SENAI/SC na unidade de Jaraguá do Sul.
SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINA

Morgana Machado Tezza


Coordenação do Projeto

Fabiana Silva Piazera Fontana


Lilian Elci Claas
Pedro César Bittencourt de Azevedo Filho
Rosemary Aparecida Scharf
Roberto Baumgartel
Elaboração

Airton Júlio Reiter


Revisão Técnica

Marilene Elisabet Perkowski


Normalização, Revisão Ortográfica e Gramatical

Andressa Vieira
Jean Carlos Klann
Ilustrações e Tratamento de Imagens

Ana Cristina de Borba


Diagramação

Ana Cristina de Borba


Fechamento de Arquivos

Patrícia Correa Ciciliano


CRB-14/752
Ficha Catalográfica

i-Comunicação
Projeto Gráfico

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