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PROJETO DE PESQUISA DE MESTRADO

PROJETO DE PESQUISA DE MESTRADO

1. IDENTIFICAÇÃO

1.1 Título: Arte, mercado e Estado: uma analise das lutas de classes nos meios de
distribuição de obras no sistema das artes visuais no Brasil ou Crítica da
economia politica ao sistema da arte contemporânea no brasil: Uma analise das
lutas de classes nos sistemas de distribuição.

1.2 Grande Área: Linguística, Letras e Artes [80000002]

1.3 Área: Artes [80300006].

1.4 Sub-área: Fundamentos e Crítica das Artes [80301002]; Teoria da Arte [80301010]; Artes
Plásticas [80302009];

1.5 Area Interdisciplinar: Sociais e Humanidades [90192000].

1.6 Linha de Pesquisa: Práticas artísticas socioespaciais

1.7 Palavras-chave / Descritores:


1. Práticas artísticas contemporâneas; 2. Mercado de arte; 3. Fundamentos e crítica das
artes visuais; 4. Crítica do trabalho na arte; 5. Sociologia da arte; 6. Economia politica

1.8 Duração do Projeto: 4 semestres


Início: 1º / março / 2018

2. APRESENTAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

O presente projeto de pesquisa de mestrado propõe uma investigação acerca dos modos
de produção no sistema das artes visuais, enfocando as lutas de classes existentes no sistema
de distribuição de obras de arte. Tal recorte acadêmico visa problematizar as relações de
produção que decorrem desse sistema, por meio de uma abordagem conceitual da economia
politica. Dessa forma, a presente proposta de pesquisa de mestrado intenciona analisar, em
especial, o papel da exploração na reprodução socioeconômica e cultural do sistema da arte
contemporânea; bem como, analisar novos contextos socioeconômicos que surgem na
atualidade brasileira, com a perspectiva da pesquisa setorial Latitude
A motivação para essa pesquisa surge da pesquisa abordada no TCC do curso de artes
visuais sobre a estrutura e o funcionamento do mercado de arte no brasil e no mundo. Uma
das conclusões daquela pesquisa é que no sistema das artes, ficam ocultados os mecanismos
sociais que permitem a reprodução socioecômica e cultural das práticas e comportamentos
artísticos, por sua vez o insight para esse trabalho consiste no reconhecimento de que se a
obra de arte adquire a forma mercadoria no sistema das artes, então há lutas de classes neste
mesmo sistema de distribuição. Assim, o presente projeto de pesquisa de mestrado define seu
objeto de estudo, a partir da situação problema descrita acima que se encontra circunscrita às
relações entre arte, economia e sociedade, perpassando pela análise da arte contemporânea,
do mercado e das práticas artísticas profissionais.
Dessa forma, a presente proposta de investigação apresenta as seguintes perguntas que
nortearão o desenvolvimento dessa pesquisa de iniciação científica:

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Como se estrutura a reprodução das relações mercadológicas nas Artes Visuais?


Como se estabelece a formação de valor na Arte?
Quais são os meios de distribuição de obras de arte existentes no sistema das artes?

3. JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO

A Arte contemporânea e Lutas de classes nos mecanismos de distribuição.

Na terminologia do cientista politico Bastiat (p.18) No âmbito social, ações humanas assim
como hábitos e medidas institucionais não causam somente um efeito, causam vários efeitos.
Porém em uma analise descuidada de um cientista social pode levar sua atenção somente
para os efeitos imediatos de um evento. Já os efeitos posteriores ao ocorrido não são tão
nítidos como os efeitos imediatos. Para Bastiat o bom cientista social não é aquele atento as
variáveis visíveis de um fenômeno social, mas, aqueles que levam em conta os efeitos que
são visíveis e os que não são visíveis. Baseado nos dizeres de Bastiat buscarei explicitar os
efeitos que se vê e os que não se vê na produção da obra de arte.
Logo o que será explicito neste trabalho é a forma mercadoria. Uma forma que não se vê ao
confrontar a obra de arte enquanto objeto estético passível de apreciação ou de interação
como proposto por algumas estéticas contemporâneas. Porem, a forma mercadoria na arte se
torna visível pelos mecanismos de distribuição escolhido pelo artista em uma economia
capitalista.
A riqueza das sociedades onde reina o modo de produção capitalista
aparece como uma enorme coleção de mercadorias, e a mercadoria
individual como sua forma elementar. (...) A mercadoria é, antes de
tudo, um objeto externo, uma coisa que, por meio de suas propriedades,
satisfaz as necessidades humanas de um tipo qualquer. A origem
dessas necessidades – se, por exemplo, elas provêm do estomago ou
imaginação - não altera em nada a questão (p.158)

De acordo com Catani (p.20) O capitalismo na visão do filosofo Karl Marx é fundamentada
tanto pela propriedade privada quanto pela divisão do trabalho. Por outro lado as trocas são
características essenciais desse sistema, pois nesse tipo de sociedade os indivíduos não
possui todas as habilidade para satisfazer todas as suas necessidades. O individuo na
sociedade capitalista só possui uma profissão particular e por isso demanda produtos feitos
pelo trabalho de alguém, e assim nessa sociedade todos dependem um dos outros, e isso
decorre a produção pela divisão do trabalho. Logo o produto do trabalho na sociedade
capitalista é denominado de mercadoria. Tal produto só se torna mercadoria se as condições
sociais dominantes forem a divisão do trabalho e propriedade privada.

Dentro dessa visão econômica a arte por decorrer na sociedade capitalista adquire a forma
mercadoria, por outro lado o artista pode ser caracterizado como sendo uma profissão
especializada que busca satisfazer algumas necessidades humanas.

Por sua vez conforme a afirmação de Becker (p.99) os mecanismos de distribuição são vários
e serve para agregar o artista a economia da sociedade. Tal integração chama atenção dos
apreciadores concentrados à arte contemporânea pelos altos preços logrados por uma obra de
arte. Caso seja realizado por um artista ainda vivo, o panorama em torno dessa façanha será

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tão extenso, que seu nome tornará um instrumento de fetiche altamente reproduzido pelas
mídias especializadas nas artes.
Ou seja, na sociedade capitalista a integração entre artista e economia se dá pela
mercantilização em torno da figura do artista. Mas devo ressaltar que a integração entre artista
e economia pode fazer a obra de arte se comportar de maneira diferentemente de bens
essenciais como arroz, carros, roupas etc. E portanto tal teoria do valor trabalho desenvolvida
por Adam Smith, David Ricardo e Karl Marx não se aplica a este trabalho. A obra de arte no
sistema capitalista se comportam semelhante ao que os economistas chamam de bens de
Veblen que são bens de “status” na qual provam socialmente que os ricos são realmente ricos.
A obra de arte adquire esta característica pois no sistema capitalista global os maiores
demandantes de obras de arte são os muitos ricos como Charles Saatchi

Para Thompson(2012,p.17-24) Esse efeito na obra de arte só é possível devido a psicologia


dos multimilionários que investem em arte e estão em constante incerteza em relação a arte
contemporânea. Mas essa incerteza tem como coeficiente o perfil do comprador que são
muitos ricos e o tempo para essas pessoas é extremamente mais escasso e por isso de maior
valor ao cultivo do gosto pessoal que seria uma feitio de vencer essa indecisão. Desse aspecto
uma outra alternativa encontrada para vencer a insegurança dos compradores de arte não tem
nada haver com a obra mas sim com a convicção da demarcação. Na arte contemporânea o
que não é uma marca registrada não tem valor. O branding seria a construção e gestão de uma
marca registrada o que se capitaliza a produtos como Coca-Cola, Apple, Uber... ou seja uma
marca que tem agregada uma certa reputação que confere valor e discriminação ao
consumidor. E assim o que os demandantes de arte contemporânea fazem é “frequentar
galerias de marca, dar lance em casas de leilão de marca, visitam exposição de marca e
procuram artistas de marca”. A transfiguração de um produto em marca faz com que o produto
adquira uma mais valia adicional o que o autor chama de brand equity que é uma diferença de
preços que os compradores tem a propenção de pagar ao contrario de um produto similar
como por exemplo. A marca de y faz ele ter um valor adicional. O mesmo acontece na
formação dos preços do mercado da arte que tem como duas casas leiloeiras sendo elas
Christie’s e Sotheby’s que mais confere valor a uma obra, nos museus se tem as marcas
MOMA, Gugguenheim e a Tate que também dá uma procedência e oferecem ao comprador,
uma obra de arte que foi exposta em algum desses museus ou fizeram parte de sua coleção
tem maior valor e consequentemente maior preço devido a sua procedência. Já as galerias que
tem como marca que se destaca no mundo da arte se tem a Gagosian ou a White Cube que
diferenciam suas obras e artistas de outras centenas de galerias. Já um artista quando se torna
uma marca como Damian HIrst ou o Gonzales torres possui uma aceitação por parte do
mercado de qualquer coisa que esse artista apresente.
Dito isso o que se conclui ao analisar as estratégias da formação de valor na arte é que as
obras de arte dependem da construção de capital social, na qual os agentes busca obter a
posse de bens artísticos para sua integração como classe e distinção na sociedade. Logo
podemos afirmar que a arte não possui valor intrínseco mas seu valor decorre puramente do
jogo social e econômico.

Por sua vez essa economia da arte contemporânea tem a sua hierarquia conforme explicitado
por Sarah Thornton (2011, p.29-34) o mercado da arte contemporânea global é dividido entre
mercado primário e secundário. O primário, é o mercado que vai focar na implantação e na
consolidação da carreira do artista, ou seja, o mercado de arte primário, produz artistas como
mercadoria de acordo com as leis de oferta e procura. Porém é mais arriscado pois o artista
pode não arrancar na carreira. O marchand primário mercador desse mercado legitimará
estratégias com o artista para que o mesmo seja valorizado e mais visível na rede de galerias,
e os dois dividindo o lucro normalmente em 50% pra cada, a estratégia consiste em não vender

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para o primeiro comprador interessado mas em listar o conjunto de pessoas interessadas e


vender para o comprador que case perfeitamente com a obra a venda. Qualquer obra adquirida
se o agente chama a atenção no sistema da arte, o valor da obra aumenta, pois acaba
chamando atenção de vários agentes na rede além do mais a passagem de uma obra para o
colecionador com reputação alta, o nome de tal colecionador ficará agregado a obra, uma vez
que ele tem reputação, o que este colecionador esta comprando só pode ser coisa boa. Esse
mercado primário por ter essa característica de fazer uma listagem dos compradores em
potenciais acaba tornado as negociações mais demoradas o que levam muitos a preferir
comprar no mercado secundário. O mercado secundário é o mercado da revenda das obras de
arte, dos artistas em circulação no mercado primário, as obras que circulam no mercado
secundário, muitas vezes já sofreram o teste do mercado fazendo com que os riscos sejam
menores para o colecionador, esta área do mercado costuma-se trabalhar com casas de
leilões, e fazem vendas de forma cuidadosa, contudo as obras são mais caras, qualquer coisa
que aconteça nesse mercado influenciará o primeiro e vice e versa. or sua vez as casas de
leião Christie’s e Sotheby’s que controlam 98% do mercado mundial de leiloes, duas casas
leiloeiras que só de ter uma obra leiloada por ela agrega alto valor nas obras e na carreira do
artista. para a autora os leiloes dão a ilusão de liquidez.
Logo, o que se pode concluir perante a analise de Thornton é que o mercado de arte possui
uma hierarquia em sua distribuição, mas cabe ressaltar que tal mercado não é único. Existem
mercados paralelos ao descrito, mas somente aos artistas que seguem o mercado apontado
pela autorá possuem maior visibilidade.
Depois de tornar explicito a forma mercadoria presente na disstribuição das obras de arte e a
configuração desse mecanismo de distribuição existe outro mecanismo que não se vê mas que
faz parte do jogo social e economico na qual eu deixarei explicito nas seguintes teses
apontadas por Hans Herman Hoppe (2011) e que tem origem nos escritos políticos e
econômicos de Karl Marx.
(1) “A história da humanidade é a história da lutas de classe.” É a história
das lutas entre uma classe dominante relativamente pequena e uma
classe de explorados bastante numerosa. A principal forma de
exploração é econômica: a classe dominante expropria parte da
produção gerada pelos explorados — ou, como dizem os marxistas, a
classe dominante “se apropria da mais-valia social e a utiliza para seus
próprios propósitos de consumo.”
(2) A classe dominante é unida pelo seu interesse comum de manter
sua posição exploratória e maximizar sua mais-valia apropriada
espoliativamente. Ela nunca deliberadamente abre mão do poder
ou da renda advinda da exploração. Logo, qualquer perda de
poder ou de renda da classe exploradora só será alcançada por
meio de conflitos, cujos resultados efetivos vão depender, em
última instância, da consciência de classe dos explorados — isto
é, se os explorados estão cientes das suas próprias condições, o
quão cientes estão disso e, principalmente, se estão
conscientemente unidos aos outros membros da sua classe em
oposição conjunta à exploração.
(3) O domínio de classe se manifesta essencialmente através de
arranjos específicos que estão relacionados à forma como os
direitos de propriedade são estipulados — ou, na terminologia

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marxista, na forma de “relações de produção” específicas. Para


proteger esse arranjo ou essa relação de produção, a classe
dominante forma o estado e assume seu comando,
transformando-o em um aparato de compulsão e coerção. O
estado impõe uma determinada estrutura de classes e estimula a
sua reprodução através da administração de um sistema de
“justiça de classe”, e ajuda na criação e no sustento de uma
superestrutura ideológica voltada para dar legitimidade à
existência do domínio de classe.
(4) Internamente, o processo de competição dentro da classe
dominante gera uma tendência de crescente concentração e
centralização. Um sistema multipolar de exploração vai sendo
gradualmente substituído por um sistema oligárquico ou
monopolista. Um número cada vez menor de centros de
exploração continua em operação — e aqueles que continuam
estão cada vez mais integrados a uma ordem hierárquica.
Externamente (isto é, no que diz respeito ao sistema
internacional), esse processo de centralização levará a guerras
imperialistas entre estados e à expansão territorial do domínio
explorador. Quanto mais avançado estiver o processo de
centralização, mais intensas serão as guerras.
(5) Finalmente, com a centralização e a expansão do domínio
explorador gradualmente se aproximando do seu limite supremo
de dominação global, o domínio de classe irá se tornar
crescentemente incompatível com uma maior evolução e melhoria
das “forças produtivas”. Estagnações econômicas e crises se
tornam cada vez mais rotineiras, criando assim as “condições
objetivas” para o surgimento de uma revolucionária consciência
de classe dos explorados. A situação se torna propícia para a
criação de uma sociedade sem classes, para o “desaparecimento
do estado”, com o governo do homem sobre o homem sendo
substituído pela simples administração das coisas[3]. Como
resultado, haverá uma prosperidade econômica sem precedentes.
Logo o objetivo deste trabalho é verificar a ocorrência das teses exploratórias no
sistema de distribuição de obras de arte. Conforme explicitado pela tese (3) alem de
fornecer uma explicação sobre o mercado terei de explicitar o papel do estado na luta
de classes através da obra de arte pois esta entidade possui interesses na distribuição
de obras de arte. E segundo Hans Herman Hoppe (2013, p.11) o estado é um
monopolista territorial financiado compulsoriamente, ou seja, um monopolista na defesa
de um território e do fornecimento da lei e aplicação da ordem. E é no fornecimento da
lei que o estado desempenha sua função na produção de obras de arte. Assim por

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meio da força o Estado o estado expande sua função para outras aréas além da defesa
de um território.
Para Becker (p.152) os estados e seus representantes assim como os outros atores
sociais agem em função dos seus interesses. E esses interesses nem sempre
coincidem com os interesses da classe de produtores de obras de arte. O interesse do
estado na arte é aquele que fundamenta os interesses e ideologias de seus
representantes. Por sua vez esse interesse pode ser um obstáculo em certos tipos de
produção. No Brasil, as politicas publicas através do edital é um incentivo a produção,
mas em determinadas sociedade o estado pode utilizar a censura.
Assim, conforme afirmado por Hoppe na tese (3) fica a duvida de como o estado impõe
uma determinada lutas de classe se numa sociedade democrática como a sociedade
brasileira o estado estimula sua produção através de um mecanismo de distribuição
que lhe é próprio? Segundo o ministério da cultura, a lei 8313/91 1 foi uma referencia
para o incentivo à cultura brasileira, tendo chegado a investir cerca de 8 bilhões no
setor. Sendo seu principal meio de subsidio foi a renuncia fiscal. Porém de acordo com
os dados de 2007 o subsídio governamental concentra na região sul e sudeste atráves
de 80% da captação via incentivos fiscais. Porém segundo Hoppe a democracia
dispersa a consiencia de classe. Por outro lado, fica a duvida de que se essa tal
estratégia do estado é uma forma de domesticação do artista.

4. OBJETIVOS
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http://www.cultura.gov.br/leis/-/asset_publisher/aQ2oBvSJ2nH4/content/lei-de-fomento-a-cultura-
222272/10895

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4.1 Objetivo Geral:


Investigar as relações de produção existentes no sistema das artes, enfocando as lutas
de classes no sistema da arte contemporânea através do conceitualismo da economia politica .

4.2 Objetivos Específicos:


 Analisar a teoria da arte e fundamentos da crítica das artes visuais, frente à teorias
sociológicas e econômicas, confrontando em especial, as noções de criação poética com a
reprodução social, econômica e cultural do sistema da arte.
 Compreender as relações mercadológicas dominantes nas artes visuais e sua influência
na produção contemporânea.
 Refletir sobre a formação de valor na arte, a partir dos comportamentos dos artistas,
bem como das instituições do sistema da arte.
 Sistematizar as noções teóricas de sistema de arte, mercado de arte e de trabalho na
arte, para fins de compreensão das relações entre arte, economia e sociedade.

5. METODOLOGIA

A metodologia de pesquisa adotada para essa pesquisa de iniciação científica, busca


ampliar o conhecimento do campo social da arte, sistematizando o conjunto teórico e prático
em estudo, fundamentando as hipóteses, observações e análises, a partir de conceitos
operatórios apriori, em uma reflexão crítica relacionada ao objeto de pesquisa que enfoca
relações entre a arte e as relações de produção. Dessa forma, a pesquisa de mestrado
adotará, em especial, os conceitos metodológicos de Weber (2000), Hoppe(2002 e 2008) e
Elster(1998), configurando-se em uma pesquisa em arte, pautada em uma pesquisa teórica, de
abordagem sociológica que perpassa pela coleta dados classificados como pesquisa
bibliográfica, realizando a análise crítica de conceitos elaborados por autores relacionados ao
tema de pesquisa. Além disso, essa pesquisa de mestrado partirá de conceitos apriori da
economia politica de modo a construir tipos ideais que permite verificar os desvios
comportamentais que há no sistema da arte no brasil.

5.1 Diretrizes Metodológicas para o Estudante-Pesquisador:

5.1.1 Procedimentos da coleta de dados:

Pesquisa teórica (bibliográfica):


 Revisão da literatura acerca dos fundamentos artísticos, econômicos e sociológicos
relacionados ao tema em estudo.
 Levantamento bibliográfico e estudos qualitativos-interpretativos envolvendo leitura
seletiva, análise e síntese de conceitos teóricos operatórios.
 Elaboração de categorias de análise para os documentos de pesquisa.

5.1.2 Análise dos dados:


 elaboração de textos crítico-analíticos, a partir dos estrudos dos conceitos teóricos e
observações práticas.

5.1.3 Normalização Acadêmica:


 Normalização do trabalho acadêmico de pesquisa e de seus resultados, segundo as
normas da ABNT.

5.1.4 Difusão artística, científica e cultural:

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 publicação dos resultados da pesquisa em artigos científicos, pôsteres e comunicações


orais.

5.2 Diretrizes Metodológicas para o Professor-Orientador:


O Professor-Orientador deverá acompanhar periodicamente o desenvolvimento da
pesquisa de iniciação científica, comprometendo-se a:
 Realizar reuniões de orientação acadêmica para o devido andamento das atividades de
pesquisa.
 Estabelecer com o estudante de graduação as atividades, os métodos e as etapas
metodológicas da pesquisa.
 Auxiliar na preparação da publicação de seu trabalho de pesquisa para a difusão
artística, científica e cultural, orientando os aspectos de normalização acadêmica e as formas
de publicação dos resultados da pesquisa em artigos científicos, pôsteres, exposições e
comunicações orais.
 Auxiliar na apresentação dos resultados da pesquisa de iniciação científica, no evento
anual da Semana do Conhecimento da UFMG.

6. CRONOGRAMA

AGO / SET / OUT / NOV / DEZ /


ATIVIDADES 2013 2013 2013 2013 2013
Delimitação do objeto e preparação do projeto de

pesquisa.
Revisão bibliográfica acerca do tema de pesquisa. ▬ ▬
Organização das fontes de pesquisa: documentos
primários e secundários (impressos, fotografias, vídeos, ▬ ▬
sítios eletrônicos, estudos de caso, etc.)
Análise dos dados da pesquisa. ▬ ▬
Preparação de discussões e sistematização de resultados

da pesquisa.
Elaboração de artigo científico, pôster e comunicação. ▬ ▬
Elaboração relatório de conclusão da pesquisa. ▬
Apresentação dos resultados da pesquisa de iniciação científica, no evento anual da Semana do
Conhecimento da UFMG. (Conforme o calendário oficial da UFMG)

7. REFERÊNCIAS

8. BIBLIOGRAFIA
8.1
8.1.1
8.1.1.1

8.1.1.1.1

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9. CAPITULOS
10. ARTE COMO AÇÃO
10.1.1.1 AÇÃO SIMBÓLICA
10.1.1.2 CATEGORIAS DE MEIOS E FINS
1.2ARTE E VALOR DE USO SUBJETIVO
1.3 Arte como bem de Veblen

10.1.1.2.1 Arte e sociedade


2.1 DINHEIRO E A divisão do trabalho na sociedade
2.1.1 A propriedade privada E PROPRIEDADE PUBLICA
2.2 A divisão do trabalho na arte
2.1.1 A propriedade privada e as relções de produção

2.3 O sistema da arte


OS AGENTES DO SISTEMA
3- Meios de distribuição
3.1- o mercado
3.2- o estado
4- Ideologia E ALIENAÇÃO
4.1 alienação
5.1 mais valia E lutaS de classes
MEIOS DE INTERPRETAÇÃO E LUTAS DE CLASSE

6- um recorte no sistema brasileiro


O mercado no brasil
Leis de incentivo
Mais valia e exploração
conclusão

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