Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Objetivos
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
1. Analisar um desenho e identificá-lo segundo algumas das classificações das
normas técnicas brasileiras;
2.Reproduzir caracteres normalizados de desenho à mão livre;
3. Reconhecer e empregar tipos de linhas, folhas de desenho e escalas
normalizadas na execução de desenhos à mão livre e com instrumentos
4. Reproduzir desenhos em esboço (à mão livre) e com instrumentos de
desenho técnico, em papel.
5. Aplicar alguns conhecimentos de desenho técnico à representação em
esboço e com instrumentos, de um objeto real.
1
2
Pré-requisitos:
Nesta aula, você terá uma atividade em que precisará dispor dos seguintes
materiais de desenho:
● Lapiseira 0,7 ponta de aço (grafite 2B); Lapiseira 0,3 ponta de aço (grafite
HB);
● Esquadros 60º e 45º; Régua de 30 cm ou escalímetro; Borracha;
● Bloco de papel (liso e com margem);
● Fita crepe; Compasso, Guardanapo, Pano ou flanela;
● Álcool;
● Acessórios Opcionais: “mata-gato”, gabarito de círculos, papel quadriculado
e isométrico, vassoura de mão com cerdas macias.
E, de uma caixa de fósforos.
1 Introdução
Assim como uma linguagem se valida socialmente, ou seja, é preciso que haja um
acordo sobre o significado de símbolos, sons, gestos ou outras formas de
comunicação, para que o desenho técnico seja uma linguagem técnica, também, é
preciso que se desenvolva em um ambiente de acordo entre os seus usuários. O
acordo pode ser restrito aos profissionais de uma organização, pode envolver
seus fornecedores e clientes, ou uma associação de organizações. Pode
acontecer, também, de ser nacional ou internacional. Historicamente, desde o
início da Revolução Industrial, em alguma medida, esses processos vêm
acontecendo e, nos últimos cento e quinze anos, pelo menos, a existência e o uso
de normas técnicas, assim como a evolução dos recursos tecnológicos, têm sido a
base e o impulso para esse acordo, que torna o desenho técnico uma linguagem
global.
2
3
2 Padronização e normalização
A norma técnica é um documento gerado por um acordo entre os setores que
atuam em determinada área que serve de referência para todos os que produzem
ou utilizam produtos nesta mesma área, como por exemplo papel e embalagens.
O Reino Unido foi pioneiro, em 1901 na adoção de normas técnicas para o aço e
seções de peças para emprego em pontes, estradas de ferro e navios, a partir do
trabalho de um comitê constituído por representantes de várias associações de
profissionais britânicos. Em 1840 foram inventadas as cópias heliográficas
(obtidas pelo contato do desenho original com um material sensível em um
ambiente vedado e com gás de amônia) o que permitiu que várias pessoas
pudessem usar cópias do mesmo desenho e se viabilizasse a criação e uso de
normas técnicas (ABNT, 2011). No Brasil, a aplicação sistemática das normas
começou em 1940, com a criação da Associação Brasileira de Normas
Técnicas(ABNT) que é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil,
fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.
3
4
As normas técnicas não são livros, nem têm um estilo, intencionalmente, didático.
Assim é preciso você se acostumar com este tipo de documento, geralmente,
usado para consulta, para quem domina os conceitos da área. Em desenho,
recomendamos que você nunca desenhe sem, antes, olhar a norma. Isso porque
muitas escolhas nos parecem lógicas, mas elas nem sempre estão de acordo com
a norma e, por isto, devem ser evitadas. Isso acontece porque estamos
começando a conhecer uma área, mas na elaboração da norma, décadas de
experiência de profissionais de diversas áreas foram usadas e, aquilo que foi
adotado, está consolidado pelo uso, evitando problemas que ainda não
identificamos em nossas escolhas. Se você se habitua a desenhar de forma
incorreta, depois para corrigir é bem mais difícil, assim, consulte a norma antes e
aprenda o certo, de uma vez!
4
5
Há outras normas que serão apresentadas adiante. Os conteúdos das normas são
de propriedade da ABNT, mas suas diretrizes vão ser explicadas ao longo deste
texto e todo o conteúdo deste material didático está de acordo com as normas
brasileiras ou, quando não houver, de acordo com as normas internacionais mais
usadas. Assim os exemplos e exercícios ajudam a conhecer, entender e aplicar as
normas.
Cabe destacar que um desenho pode ser classificado de acordo com alguns
critérios e que, em função desta classificação, pode-se adotar ou reconhecer o
tipo que melhor se aplica a cada situação. Assim, a NBR (Norma BRasileira)
10647 de abril de 1989, quando trata de Terminologia, determina que há seis
categorias de classificação quanto:
ao aspecto geométrico,
ao grau de elaboração,
ao grau de pormenorização,
ao material empregado,
à técnica de execução e
ao modo de obtenção.
5
6
Nas figuras 2.1 a 2.5 essas classificações são ilustradas e, em seguida, comentadas.
Desenhos Não
Projetivos
Diagramas
Usa informações
Gráficos baseadas em
cálculos. As figuras
não provêm de
projeções
Esquemas
Organogramas
Ábacos
Aspecto
Geométrico
Desenhos
Projetivos
Desenho de
tubulações Usa projeções da
forma em planos ou
Desenho com perspectivas. As
mecânico figuras são projeções
dos objetos.
Desenho de
estruturas
Desenho elétrico-
Desenho
eletrônico
arquitetônico
Vistas ortográficas ou perspectivas (cônicas, isométricas)
Figura 2.1 Classificação dos desenhos quanto ao aspecto geométrico. Elaboração dos
autores.
6
7
Nos desenhos projetivos, cada ponto ou linha tem uma compromisso visível com
um ponto ou aresta de um objeto. Isso porque eles são alguma forma de projeção
em algum plano de algo que existe no objeto real. Nos desenhos não projetivos,
há uma variedade de construções possíveis, mas todas elas guardam uma lógica
estável que permite associar um símbolo a uma situação ou objeto do mundo real.
Um exemplo disto são os códigos de trânsito. As placas e outras formas de
sinalização estão previstas na legislação e indicam, claramente, o que o condutor
ou pedestre pode, não pode ou deve fazer. Nenhum símbolo provém da
representação projetiva de um objeto, mas se refere a ele com uma associação
inequívoca. Para dirigir, é preciso conhecer os símbolos e as regras e saber ler
seu significado e tomar decisões em cada situação.
1 Desenho de
A
Componente 1
A Detalhe A
(ampliado)
Legenda Legenda
Desenho de Conjunto
8
9
capítulos, itens e sub-itens. Para lidar com essa realidade, os desenhos podem
ser mais ou menos detalhados. Nos desenhos de conjunto, por exemplo, não há
interesse em mostrar cada parte, mas sim as dimensões e a forma do todo.
Quando há necessidade de se mostrar as suas partes, usa-se um desenho de
componente, geralmente representado fazendo referência ao desenho de conjunto
usando alguma forma de numeração e conexão (linhas com extremidades na
forma de seta ou de ponto). Algumas vezes, há detalhes muito pequenos de um
componente que não podem ser caracterizados adequadamente no seu desenho
e, então, faz-se um desenho ampliado desse detalhe. A associação entre o
detalhe e o componente é realizado usando-se letras, como a figura 2.4 ilustra.
Legenda
9
10
Manual
Com máquina
10
11
Original
Reprodução
2
3
Figura 2.6 Classificação do desenho quanto à forma de obtenção (1) Cópia igual ao
original; (2) Cópia com redução do original e (3) Cópia com ampliação do original. Fonte:
Autores.
Os desenhos podem ser originais ou cópias. Nas cópias pode-se manter a mesma
proporção entre o objeto e o desenho, ampliar ou reduzir essa proporção, como
sugere a figura 2.6.
11
12
12
13
13
14
A4
14
15
Quadro
(espaço para desenho)
Marcas
Legenda
Margens
Nos desenhos realizados em folhas grandes como as A1 e A0, como ocorre com
desenhos de prédios, instalações, navios e outros, é comum ser necessário
identificar uma determinada parte para depois reproduzi-la em detalhe ampliado.
As marcações na folha de desenho, da mesma forma que as coordenadas em um
mapa, vão ser usadas para localizar e definir um componente ou área. Assim A2,
por exemplo, será um par de coordenadas de referência. Já as marcas de centro e
outras nas margens servem para posicionar o papel para cópias e para cortar o
papel, a partir de formatos maiores, respectivamente.
Além disto, essa norma define as dimensões das folhas, as espessuras das linhas
usadas na impressão dos elementos já descritos. Na Tabela 1 essas informações
15
16
Você vai precisar destas informações se for produzir uma folha de desenho,
partindo de uma folha em branco, mas também, para escolher folhas pré-
impressas (com margens, legenda, quadro, marcas) que estejam de acordo com
ABNT.
17
18
Qual o tamanho de papel que devo usar? No caso deste curso, você usará, em
geral, folhas A4 e A3. Mas, você, para fazer esta escolha no contexto profissional,
deverá pensar, no mínimo, em alguns itens. Você pode estar desenhando objetos
muito grandes no mundo real, como um navio, e precisará usar uma
representação reduzida deles, para caber em uma folha, por maior que seja. Se
reduzir demais, a compreensão pode ser comprometida. Pode acontecer o
contrário, você pode estar usando uma representação ampliada de um objeto
muito pequeno no mundo real, para poder caracterizar seus detalhes, como no
caso de um mecanismo de um relógio, e vai precisar de espaço para isso. É
preciso fazer um balanço entre tamanho e "resolução" adequada. Outra questão é
que, quanto maior o desenho, maior o tempo de execução, o custo de impressão,
reprodução, armazenamento e transporte. Folhas A4 cabem em pastas ou podem
ser enroladas e guardadas em tubos, as A3 são fáceis de dobrar e, também,
podem ficar em tubos pequenos. O manuseio das demais é mais trabalhoso. Você
deve sempre ter atenção para o dobramento correto, que é muito importante
principalmente para o arquivamento destes documentos. Uma boa organização
dos seus documentos é vital para que futuramente tenha facilidade em utilizá-los
para tirar dúvidas.
C- Limites de vistas
(linha contínua estreita
feita à mão)
H- Linha de corte (linha traço e ponto estreita, larga G- Trajetória (linha traço e
nas extremidades e nas mudanças de direção ponto estreita)
20
21
legibilidade;
uniformidade e
adequação à processos de reprodução.
21
22
Você que está acostumado a digitar, em editores de texto e, já quase esqueceu como se
escreve com caneta, ou ainda, acha que sua caligrafia não é boa, vai precisar praticar a
execução desses caracteres. Isso vai ajudar Você a melhorar sua coordenação motora,
senso de proporção e vai habilitar Você a preencher documentos, de desenho ou não,
com letra legível. Cuidado com as letras e os algarismos, para oferecer informações
confusas. No caso do uso de algum CAD, haverá recursos para escolher os caracteres e
ajustar as condições de impressão de acordo com vários padrões e normas.
Atividade 2
Atende ao objetivo 2
Primeira Parte :Exercício à mão livre. Antes de usar as linhas e os símbolos normalizados
com desenhos mais complexos, Você deve praticar a coordenação motora, com os dois
22
23
Uma sugestão: não prenda o papel, para poder girá-lo, de acordo com sua conveniência.
Trace as linhas da esquerda para a direita, começando de cima para baixo. Apoie a
extremidade da mão, próxima ao pulso, no papel e desloque a lapiseira presa pela pinça
dos dedos indicador e polegar, fazendo um curso curto e confortável. Para prosseguir
com o traçado, desloque a mão para o lado direito, sempre apoiando bem antes de traçar
23
24
24
25
25
26
26
27
Nome e sobrenome
Engenharia de Produção
Dia/mês/ano
Atividade 3
27
28
Base Coluna
esquerda
Base
direita
Aba esquerda
Aba direita
papel? Ah! com desenho podemos ajudar a imaginação a montar coisas complexas,
podendo pensar em cada etapa, através do que estamos vendo no papel, assim tudo fica
mais fácil!Vamos ver como o desenho técnico poderia ser uma rota alternativa para o que
você fez?
Primeiro Passo: Para treinar, use uma folha A4 sem pré-impressão e desenhe as
margens, o quadro, a legenda e as marcas conforme a ABNT. Separe uma folha A4
auxiliar, sem legenda.
Quarto Passo: Para sua escolha, no passo anterior, prepare os instrumentos e recursos
de desenho.
Quinto Passo: Observe atentamente que tipo de desenho projetivo você recebeu, como
informação de referência. Ele pode ser considerado um desenho definitivo? Responda no
espaço indicado.
29
30
Sugestão: de quais informações você dispõe? Com elas, que tipo de desenho será
possível fazer? Reveja as classificações apresentadas antes, para poder classificar seu
projeto, nesta etapa.
Sexto Passo: Desenhe! Observe a forma e a posição da coluna e desenhe, uma de cada
vez, as quatro peças restantes, na posição e na ordem indicada. Como todas as peças
são transparentes, a peça colocada por cima de outra, não impede a visão através delas.
Sugestão: examine as formas e as proporções das peças. Você não dispõe de "suas
medidas" (dimensões em cm ou mm, por exemplo), mas se desenhar uma aresta,
livremente, as demais serão definidas pela proporção em relação à primeira. Você pode
seguir por vários caminhos, mas a montagem final será a mesma! Experimente!
Sétimo Passo: Examine com atenção o segundo desenho fornecido. Ele é um desenho
definitivo? Responda no espaço indicado.
Neste desenho, já com todas as peças nas devidas posições, o que está faltando para
esse conjunto ser fabricado? Pense nisso, para classificar esse desenho. Observe que a
forma das peças está diferente do primeiro desenho. Se você considerar que as
proporções do primeiro desenho devam ser respeitadas, esse segundo conjunto será um
outro, bem diferente do primeiro. Se você considerar que o primeiro desenho foi feito
antes do segundo, as modificações são um processo normal, à medida que o projetista
vai refinando a concepção do projeto, que fica registrado em desenhos mais cada vez
mais precisos e detalhados, até ser feito o desenho definitivo. Depois dele a peça será
fabricada ou o conjunto será montado, conforme indicado.
30
31
Observe que há dois tipos de linhas em todo o desenho. Compare este desenho com o
seu. Há alguma semelhança? Seriam duas representações do mesmo conjunto, formado
pelas mesmas cinco peças? Responda essas questões no espaço indicado.
Oitavo Passo: Considere que as peças que você uniu, ficaram opacas, ou seja não é
possível enxergar através de uma peça e, quando uma peça está sobre outra, não é
possível vê-la, como ocorria antes. Refaça seu desenho com essas considerações.
Nono Passo: Compare seu novo desenho com o segundo desenho fornecido. Há alguma
correlação? Responda no espaço indicado.
Décimo Passo: Pense em seu conjunto opaco girando, no espaço, até que o perfil das
suas linhas se alinhe com uma das três representações do segundo desenho. Observe,
então, como as arestas de sua peça estão desenhadas no segundo desenho. Não foram
usadas linhas estreitas tracejadas, Você consegue explicar por quê? Quando você
desenhou, precisou usar escalímetro ou régua? Por quê? Responda as questões no
espaço indicado
Veja que o desenho da direita representa o mesmo conjunto, visto por três posições
diferentes, mas como se ele estivesse fixo no espaço. Lembre-se do que cada tipo de
linha normalizado significa e quando deve ser usado, para examinar e "ler" o desenho.
Resposta comentada
Para responder as questões propostas você precisa dos conceitos sobre as diversas
classificações dos desenhos. Uma questão central é que os desenhos definitivos devem
ter todas as informações para atender a finalidade de uso. E, as dimensões da peça ou
das peças de um conjunto são itens essenciais, sempre. Para analisar os desenhos é
31
32
Dois exemplos desta necessidade de indicação da escala estão ilustrados na figura. 2.14.
São duas fotografias tiradas de imagens de microscópios. Olhe a imagem e ignore as
indicações de dimensões nos cantos inferiores de cada imagem. Você não concordaria,
nesse caso, que a imagem da esquerda poderia ser a de um mapa ou um relevo
rochoso? E a da direita, não poderia ser a lua vista atrás de um muro, em noite escura?
Mas, quando vemos a indicação de 5,0mm/1.000.000 e 1mm, respectivamente,
entendemos que essas interpretações não são viáveis.
32
33
Revestimento
Trinca
Escala Escala
Observe, agora, o desenho da figura 2.15. O objeto é o mesmo, mas suas representações
foram feitas com redução progressivamente maior. A partir de certo ponto não é mais
possível identificar certos detalhes com a desejável nitidez. Assim, percebe-se a
importância prática da escolha da escala para a execução do desenho.
A palavra escala se refere a uma série de razões de proporções, como a escala de cores,
a escala de notas musicais, por exemplo. Em desenho técnico, a escala indica a razão
entre a dimensão do desenho e a dimensão do objeto real. Assim, quando se diz que foi
33
34
usada uma escala de "2 para 1" ou "2:1", significa que se for medido um segmento com
100 mm no desenho, o segmento equivalente do objeto real representado pelo desenho,
medirá 50mm. De outro modo, se for usada uma escala 1:5, um segmento de 500mm,
medido em um objeto real, será desenhado com 100mm. Se for usada uma escala 1:1, ou
natural, as medidas do desenho e do objeto serão idênticas. Assim, pode-se ampliar,
reduzir ou manter as dimensões de um objeto na sua representação através da escala
usada no desenho.
Há escalas normalizadas que devem ser preferidas a outras escalas quaisquer. Isso
permite racionalizar recursos e processos de produção, arquivamento, reprodução e,
ainda, explorar efeitos estéticos e técnicos consagrados pelo uso. Na Tabela 2 estão as
principais escalas conforme a NBR8196.
34
35
Real 1:1
Figura 2.16 Simulação com modelos 3D de Ferrari F40 sendo elevada e transportada em
protótipo de equipamento rodoviário em desenvolvimento (Xavier, L.S©).
36
37
(a)
(b)
37
38
(c)
Nas Figuras 2.16 e 2.17, estão indicadas diversas fases de desenho usadas no projeto de
um equipamento. Os modelos 3D foram criados a partir dos esboços cotados e de outros
muitos desenhos não apresentados aqui, para, em seguida, ser possível fazer simulações
como de montagem, movimentação e análise de tensões e de deformações nos
componentes, como ocorreria com o veículo em movimento e carregado. Analise que as
imagens permitem visualizar um modelo numérico complexo, em que foram incorporadas
propriedades geométricas, mecânicas, condições de carregamento e de apoio das peças,
entre outros. As cores (ou tons de cinza) indicam escalas de valores para as variáveis
físicas de interesse como, por exemplo, tensões e deformações. Nos dois extremos da
escala, estão cores quentes, como o vermelho, que indicam valores mais elevados (e
38
39
perigosos) e as cores frias, os valores menores. Setas, com cores diferentes, indicam
pontos de carregamento ou de apoio dos componentes.
Esse tipo de trabalho envolve muito tempo de vários profissionais, informações de origens
diferentes, contatos com fornecedores e fabricantes, pesquisa de produtos e materiais e,
para integrar e processar todas essas informações, foi usado o desenho, na concepção
ampla proposta, de desenho-inteligência, com apoio de softwares de engenharia.
Atividade 4
Peque uma caixa de fósforos, segure dos lados, em que se pode riscar o fósforo, com o
indicador e com o polegar da sua mão direita, fazendo uma garra, de modo que a unha do
polegar esteja de frente para você, na altura do seu nariz. Se você fosse desenhar,
apenas, a caixa na posição "de lado" atual, era seria um retângulo, aproximadamente, do
tamanho da lixa lateral, usada para fazer o fósforo queimar, não é mesmo? Desenhe essa
imagem em esboço em uma folha de papel qualquer, respeitando as proporções entre os
lados do retângulo que você visualiza. Agora, fazendo uma rotação com o pulso, gire a
face da caixa que tem a marca do fabricante de modo que fique na vertical e de frente
para você e a unha do seu polegar direito fique virada para baixo. Você está vendo um
retângulo maior e, fazendo um canto com ele, está o retângulo menor com a lixa, virado
para baixo, não é ? Você fez um arco para baixo com seus dedos no espaço, para poder
girar a caixa. A partir da posição em que desenhou, no papel, o retângulo com a lixa,
procure reproduzir essa mesma distância e, desenhe, agora o retângulo maior com a
marca do fabricante, fazendo o canto que mencionamos. Nesse processo, seus olhos
ficaram na mesma posição e o objeto se deslocou em relação a eles. Vamos testar um
outro processo, em que você se desloca em relação ao objeto.
39
40
prédios, em volta de uma praça com piso elevado. As dimensões estão indicadas em
metros.
a)Imagine que a câmera se moveu e está, agora, exatamente na vertical sobre esse
conjunto de prédios, como o Sol ao meio-dia, sem sombras. O que Você veria?
b)Agora imagine que a câmera girou, como o Sol, e se posicionou alinhada com a seta, e.
Nesta situação a câmera está perpendicular aos prédios.
40
41
68,00
30,00
32,00
Altura
25,00
60 m
21,50 21,50
5,85
6,50
5,00
5,00
65,00
68,00
Altura 1m
25,00
118,00
Alturas não
indicadas 40 m
Resposta comentada
41
42
Conclusão
Resumo
Na primeira aula, foi proposta uma analogia entre o desenho técnico e outras
linguagens, de modo a explorar a lógica de comunicação que todos usamos no
dia-a-dia, para pensar na lógica de regras, símbolos e propósitos específicos de
desenho técnico.
42
43
Referências Bibliográficas
http://www.academia.edu/1552755/O_REI_DE_JUSTI%C3%87A_SOBERANIA_E
_ORDENAMENTO_NA_ANTIGA_MESOPOT%C3%82MIA
https://en.wikipedia.org/wiki/William_Farish_(chemist)
43
44
44