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1 CONCEITO DE MÉTODO
pode-se afirmar que as premissas de um argumento indutivo correto sustentam ou atribuem certa
verossimilhan a sua conclus o. Assim, quando as premissas s o verdadeiras, o melhor que se pode
dizer que a sua conclus o , provavelmente, verdadeira.
se bem que nunca podemos estar completamente seguros de que um caso verificado seja uma amostra
imparcial de todos os casos poss veis, em algumas circunstâncias a probabilidade de que isto seja
verdade muito alta. Tal acontece quando o objeto de investiga o homog neo em certos aspectos
importantes. Por m, em tais ocasi es, torna-se desnecessário repetir um grande n mero de vezes o
experimento confirmat rio de generaliza o, pois, se o caso verificado representativo de todos os
casos poss veis, todos eles s o igualmente bons. Dois casos que n o diferem em sua natureza
representativa contam simplesmente como um s caso.
4 MÉTODO DEDUTIVO
4.1 Argumentos dedutivos e indutivos
4.2 Argumentos condicionais
5 MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO
[…] Eu gostaria de resumir este esquema, dizendo que a ci ncia come a e termina com problemas.
eu tenho tentado desenvolver a tese de que o m todo cient fico consiste na escolha de problemas
interessantes e na cr tica de nossas permanentes tentativas experimentais e provis rias de solucioná-los
(1975, p. 14).
Meu ponto de vista […] de que a ci ncia parte de problemas; que esses problemas aparecem nas
tentativas que fazemos para compreender o mundo da nossa “‘experi ncia” (“experi ncia” que
consiste em grande parte de expectativas ou teorias, e tamb m em parte em conhecimento derivado da
observa o – embora ache que n o existe conhecimento derivado da observa o pura, sem mescla de
teorias e expectativas) (POPPER, [197-], p. 181).
5.1.2 Conjecturas
grande ideia fundamental segundo a qual o mundo n o deve ser considerado como um complexo de
coisas acabadas, mas como um complexo de processos em que as coisas, na apar ncia estáveis, do
mesmo modo que os seus reflexos intelectuais no nosso c rebro, as ideias, passam por uma mudan a
ininterrupta de devir e decad ncia, em que, finalmente, apesar de todos os insucessos aparentes e
retrocessos momentâneos, um desenvolvimento progressivo acaba por se fazer hoje.
que o m todo dial tico considera que nenhum fen meno da natureza pode ser compreendido,
quando encarado isoladamente, fora dos fen menos circundantes; porque, qualquer fen meno, n o
importa em que dom nio da natureza, pode ser convertido num contrassenso quando considerado fora
das condi es que o cercam, quando destacado destas condi es; ao contrário, qualquer fen meno
pode ser compreendido e explicado, quando considerado do ponto de vista de sua liga o
indissol vel com os fen menos que o rodeiam, quando considerado tal como ele , condicionado
pelos fen menos que o circundam.
6.1.2 Mudança dialética
para a dial tica n o há nada de definitivo, de absoluto, de sagrado; apresenta a caducidade de todas
as coisas e em todas as coisas e, para ela, nada existe al m do processo ininterrupto do devir e do
transit rio.
6.1.3 Passagem da quantidade à qualidade
em oposi o metaf sica, a dial tica considera o processo de desenvolvimento, n o como um simples
processo de crescimento, em que as mudan as quantitativas n o chegam a se tornar mudan as
qualitativas, mas como um desenvolvimento que passa, das mudan as quantitativas insignificantes e
latentes, para as mudan as aparentes e radicais, as mudan as qualitativas. Por vezes, as mudan as
qualitativas n o s o graduais, mas rápidas, s bitas, e se operam por saltos de um estado a outro; essas
mudan as n o s o contingentes, mas necessárias; s o o resultado da acumula o de mudan as
quantitativas insens veis e graduais.
Essa unidade dos contrários, essa liga o rec proca dos contrários, assume um sentido particularmente
importante quando, em dado momento do processo os contrários se convertem um no outro [o dia se
transforma em noite e vice-versa]; […] a unidade dos contrários condicionada, temporária,
passageira, relativa. A luta dos contrários, que, reciprocamente, se excluem, absoluta, como
absolutos s o o desenvolvimento e o movimento.
Partindo do princ pio de que as atuais formas de vida social, as institui es e os costumes t m origem
no passado, importante pesquisar suas ra zes, para compreender sua natureza e fun o. Assim, o
m todo hist rico consiste em investigar acontecimentos, processos e institui es do passado para
verificar a sua influ ncia na sociedade de hoje, pois as institui es alcan aram sua forma atual atrav s
de altera es de suas partes componentes, ao longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural
particular de cada poca. Seu estudo, para uma melhor compreens o do papel que atualmente
desempenham na sociedade, deve remontar aos per odos de sua forma o e de suas modifica es.
Este m todo realiza compara es, com a finalidade de verificar similitudes e explicar diverg ncias. O
m todo comparativo usado tanto para compara es de grupos no presente, no passado, ou entre os
existentes e os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes estágios de
desenvolvimento.
E emplos: Modo de vida rural e urbano no Estado de S o Paulo; caracter sticas sociais da coloniza o
portuguesa e espanhola na Am rica Latina; classes sociais no Brasil, na poca colonial e atualmente;
organiza o de empresas norte-americanas e japonesas; a educa o entre os povos ágrafos e os
tecnologicamente desenvolvidos.
7.2.3 Método monográfico
que o empregou ao estudar fam lias operárias na Europa. Partindo do princ pio de que qualquer caso
que se estude em profundidade pode ser considerado representativo de muitos outros ou at de todos
os casos semelhantes, o m todo monográfico consiste no estudo de determinados indiv duos,
profiss es, condi es, institui es, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generaliza es.
A investiga o deve examinar o tema escolhido, observando todos os fatores que o influenciaram e
analisando-o em todos os seus aspectos.
E emplos: Estudo de delinquentes juvenis; da m o de obra volante; do papel social da mulher ou dos
idosos na sociedade; de cooperativas; de um grupo de ndios; de bairro rurais.
Os processos estat sticos permitem obter, de conjuntos complexos, representa es simples e constatar
se essas verifica es simplificadas t m rela es entre si. Assim, o m todo estat stico significa redu o
de fen menos sociol gicos, pol ticos, econ micos etc. a termos quantitativos e a manipula o
estat stica, que permite comprovar as rela es dos fen menos entre si e obter generaliza es sobre sua
natureza, ocorr ncia ou significado.
E emplos: Verificar a correla o entre n vel de escolaridade e n mero de filhos; pesquisar as classes
sociais dos estudantes universitários e o tipo de lazer preferido pelos estudantes de 1º e 2º graus
[estudo fundamental e m dio].
apresenta certas semelhan as com o m todo comparativo. Ao comparar fen menos sociais complexos,
o pesquisador cria tipos ou modelos ideais, constru dos a partir da análise de aspectos essenciais do
fen meno. A caracter stica principal do tipo ideal n o existir na realidade, mas servir de modelo para
a análise e compreens o de casos concretos, realmente existentes. Weber, atrav s da classifica o e
compara o de diversos tipos de cidades, determinou as caracter sticas essenciais da cidade; da
mesma maneira, pesquisou as diferentes formas de capitalismo para estabelecer a caracteriza o ideal
do capitalismo moderno; e, partindo do exame dos tipos de organiza o, apresentou o tipo ideal de
organiza o burocrática.
E emplo: Estudo de todos os tipos de governo democrático, do presente e do passado, para estabelecer
as caracter sticas t picas ideais da democracia.
E emplos: Análise das principais diferencia es de fun es que devem existir num pequeno grupo
isolado, para que o mesmo sobreviva; averigua o da fun o dos usos e costumes no sentido de
assegurar a identidade cultural de um grupo.
7.2.7 Método estruturalista
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