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INTRODUÇÃO AO MUNDO

CLÁSSICO: GRÉCIA
• Elementos básicos da religião grega antiga
• Era uma religião étnica
• Sem dogmas ou livros fundadores-sagrados e sem casta sacerdotal
• Não dependia de uma revelação e não ti há caráter doutrinal, estando
sempre aberto o contato entre o homem e a divindade. A crença nos
deuses não se chocva com um plano intelectual, o que permitiu o
desenvolvimento da filosofia e das ciências naturais.
• O panteão de deuses se revela articulado em um politeísmo funcional,
orgânico e pessoal, baseado em esquemas de gerações.
• As divindades não são transcendetes, eternas, oniscientes e
onipresentes.
• Os deuses são antropomórficos e diferenciados, se manifestam de
maneira pessoal, desempenhando determinadas funções e ocupam
esferas de ações circunscritas. Os deuses contribuem para dar forma ao
universo e estruturá-lo.
• A religião da cidade
• A cidade se colocava como única
mediadora enre o mundo divino e o
mundo humano. A celebração periódica
do culto e das festa, o próprio calendário
e a té a ortodoxia das narrativas míticas
estavam sob o contole da cidade, que
exercia seu poder por intermédio dos
magistrados.
• Cada cidade gozava de sua própria
autonomia politica e religiosa, pela qual
zelava, possuía calendário e festas
próprias, uma divindade tutelar e cultos
próprios. Mas os deuses eram os
mesmos.
• Santuários e templos
• A edificação mais importante num
santuário não é o templo, mas o
altar; os altares, pois pode haver
vários deles. O altar é a edificação
mais importante porque os
sacrifício constitui o ato mais
relevante de todo o culto. Houve
santuários desprovidos de
qualquer templo, mas não de altar.
As pessoas e os templos

As pessoas iam frequentemente


aos templos quando estavam
doentes, na esperança de que
os deuses as curassem. Os
santuários de Asclépio (ou
Esculápio), deus da saúde, eram
os mais populares
A doença era vivida como uma
alteração da rodem cósmica,
produzida por uma transgressão
do sistema normativo
tradicional, por causa da qual o
homem era retirado de sua
condição natural de pureza.
•Templos domésticos
• Um deus cultuado por uma família podia ter um
santuário num canto de uma casa. Os maiores eram
reservados aos grandes deuses.
• As mulheres casadas ou em idade de casar não
tinham o direito de entrar no santuário de Zeus, em
Olímpia, pois corriam o risco de despertar o ciúme de
Hera, a esposa do deus.
• A religião familiar e agrária
• Era o aspecto mais antigo da dimensão
religiosa grega.
• A vida familiar estava concentrada no culto
de Héstia, o fogo, que assegurava a
estabilidade na vida do oikos.
• Vários ritos que marcavam os estágios da
vida, como nascimentos e falecimentos, era
celebrados. O culto aos mortos erra tão
importante que a cidade controlava o seu
procedimento por meio da legislação. Os
cultos agrários eram apotropaicos e tinham
o principal objetivo de promover a
fecundidade. As principais divindades eram
Deméter e Dionisio.
• O rito
• O rito revela-se uma ação humana por excelência, que tinha a
tarefa de confirmar e edificar a coletividade civil. O rito
sancionava e renovava as formas as relações entre deuses e
homens como as relativas esferas fixadas pelo tempo do mito.

• Sacrifícios
• A vítima era dividida entre deuses e homens, segundo as regras
e hábitos do santuário. O corte da carne era realiado por um
especialista e a escolha do animal dependia da divindade –
macho para os deuses e fêmeas para as deusas – mas os mais
comuns eram ovinos e suínos.
• Existia um mercado de animais de sacrifício.
• Tipos de sacrifícios
• Enásgima – animal de pêlo escuro, destinado aos heróis,
mortos e deuses inferiores.
• Thysia – destinada aos deuses, om animais de pele clara.

• Hecatombe - sacrifício de cem bois


• Holocausto – sacrifício pelo fogo de um animal macho de cor
única
O festival da deusa Atena
• Começava em agosto com uma corrida de cavalos que ia das
muralhas até a acrópole. O vencedor carregava uma tocha. No dia
seguinte, toda a cidade seguia para a acrópole. As meninas
carregavam incenso e taças. Depois cem bois brancos eram
conduzidos para o sacrifício. Uma carruagem com a estátua da
deusa vinha atrás. Os sacerdotes, autoridades e cidadãos seguiam
atrás.
• Quando a população chegava no santuário, oferecia à deusa uma
túnica – o peplo, que era bordado ao longo de nove meses por
moças, as ergastinas, escolhidas entre as melhores famílias.
• Os bois eram abatidos e a carne assada. Todos festejavam.
Durante dois dias, os ateninenses celebravam os acontecimentos
com danças e poesias.
Oráculo de Delfos
Em Delfos o deus
Apolo falava
diretamente aos
homens através da
sacerdotisa, a Pítia.
Reis e governantes de
todo mundo vinham
sacrificar a uma cabra
junto ao templo e
pedir seus conselhos.
Só os sacerdotes
podiam se aproximar
da Pítia, que ficava em
êxtase, sentada atrás
de um cortinado no
templo.
• A morte
• A morte era considerada uma mácula que tornava impuras a casa do
defunto e sua família. A casa era lavada com água em abundância para a
eliminação dessa mácula. Os membros da família ser aspergiam
copiosamente com água.
• Em Messena, quando um sacerdote ou sacerdotisa tinham um filho que
morria, precisavam abandonar imediatamente suas funções.
• Os corpos só podiam ser enterrados em locais sagrados, com exceção
dos heróis.
• A ilha de Delos era um santuário de Apolo – onde era proibido morrer. As
pessoa à beira da morte, idosas ou doentes, eram levadas para uma ilha
próxima, Rínia.
• Em Delos também era proibido nascer. As mulheres prestes a dar à luz
deviam deixar a ilha.
• Os funerais
• O morto era lavado com óleos perfumados
e enrolado num manto branco, somente o
rosto ficava para fora. O morto deveria
ficar exposto diante da casa para que
todos pudessem prestar homenagens,
mas sem ser tocado. Carpideiras
profissionais mantinham manifestações
ruidosas, choros e gemidos todo o tempo.
Na madrugada seguinte bem cedo, o
corpo era transportado e enterrado antes
do sol nascer (transportado com o som do
oboé), para não haver conflito entre
escuridão do mundo dos mortos e a luz
solar. Em outros casos, o corpo era
queimado e as cinzas lacradas numa urna,
junto a cerveja e oferendas. Ao fim das
exéquias uma refeição fúnebre era
oferecida na casa de um amigo ou do
defunto.
• Os filhos tinham de oferecer belos
funerais aos pais e garantir a manutenção
das sepulturas.
• A visita à tumba se fazia no trigésimo dia
após a morte, na data de nascimento e de
morte.
• Adivinhação
• Antes de tomar uma decisão importante,
os gregos recorriam à adivinhações.
• O adivinho possuía um conhecimento
que podia vir de família e os sinais que
interpretava podiam ser provocados ou
espontâneo (fenômenos naturais, vôos
de pássaros, espirros, etc).
• Também recorriam aos as´ntuários
oraculares e utilizavam profecias.
• Clero
• Não existia clero no mundo
grego. Sacerdotes e
sacerdotisas eram
magistrados que prestavam
contas de sua gestão e
atividade. Havia dois grandes
tipos de sacerdócios: os que
pertenciam a uma família
sacerdotal e aqueles
escolhidos entre os
cidadãos. Parte dos
sacrifícios e peles das vítima
se destinavam aos
sacerdotes, o que lhes valia
uma boa renda.
• Eles tinha obrigações de
pureza ritual antes dos ritos
e raramente se exigia
castidade ou virgindade, pois
eram cidadãos como os
outros e tinha família.
Boneca de vodu, 3 d.C.

Boneco de vodu em caixão


Placa de
maldição,
chumbo
Livro de magia
Gema com símbolos
mágicos

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