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arte ista

2ª p r Dias Bapt
a
Cés
dio
Cláu

Na sequência da apresentação definitiva


de seu Sintetizador para Instrumentos Musicais
e Vozes, o autor continua expondo módulos, interligações
e “dicas” para a utilização do mesmo.

Como funciona! que caracteriza o som desse instrumento. lar um VCA, ou amplificador controlado
Cada instrumento possui um envelope di- por tensão, por onde passa o sinal de áu-
Observe a figura 4 novamente (veja a ferente, e mesmo uma corda no mesmo dio, gerado por osciladores também acio-
primeira parte, na NE nº 55). Um sinal de instrumento ou uma nota na mesma cor- nados pelo teclado.
áudio polifônico é gerado por uma gui- da é um pouco diferente da outra em en- Em nosso Sintetizador, o sinal de áu-
tarra, ou um contrabaixo, ou um piano velope. dio vindo da guitarra separa-se em dois
elétrico, ou qualquer outra fonte adequa- Para “sintetizarmos” ou criarmos um caminhos; um, o do sinal de áudio a ser
da, inclusive um microfone. Chamarei es- novo som a partir do som de determinado processado, trabalhado pelos VCA e VCF
sa fonte de guitarra, simplesmente, daqui instrumento, somos obrigados a progra- e pedais modificadores; outro, o do sinal
em diante, mas aproveito para afirmar mar um envelope para o novo som, “dis- de áudio que desaparecerá, servindo uni-
que nem um terço das possibilidades do parado” pelo primeiro e independente camente para acionar um ou vários dispa-
Sintetizador foram exploradas no LP de desse primeiro. radores, que agirão como chaves eletrôni-
Sérgio Dias. Observando a figura 6 e imaginando cas para detectar a existência ou não de
Com a amplitude de poucos milivolts, ouvirmos um som, vemos que este atinge sinal de áudio vindo da guitarra e dispa-
esse sinal tem uma duração, em geral, de um máximo de amplitude, no período rar os geradores de contorno ou envelo-
no máximo uns 12 segundos, antes de se chamado attack e designado por “A”, pe. Estes geradores de contorno possuem
confundir com o ronco e o ruído, que tem depois, decai no período chamado decay três controles cada um, denominados A,
amplitudes ao redor de 1 ou 2 milivolts, (“D”), atingindo temporariamente um D e S (Attack, Decay e Sustain), sendo o
para guitarras comuns, nesse ponto, a en- nível mais ou menos constante, de sustain Release-R automaticamente comandado
trada do sistema Sintetizador. Uma gui- (“S”), e finalmente, desaparecendo em re- pelo disparador, que corta o envelope ao
tarra comum entrega um pico de uns 120 lease (“R”). final do sinal da guitarra.
milivolts, que decai para 80 milivolts no Nos sintetizadores com teclados, geral- Os controles dos geradores de envelope
primeiro segundo após a palhetada na mente importados, o envelope é progra- agem sobre a duração do tempo progra-
corda. Colocado em um gráfico em fun- mado e gerado por um aparelho chamado mado de A, D e S, modificando a forma
ção do tempo, o “envelope” ou “contor- Gerador de Contorno, Contour Genera- do envelope-tensão de controle e, daí, a
no” que corresponde à tensão CA de áu- tor, gerador de envelope, CG ou amplitude do sinal de áudio, ao coman-
dio gerada pelos captadores da guitarra “ADSR”. O disparo desse gerador de en- darem o VCA, próximo à saída do Sinte-
aparece como na figura 6. velopes é feito por meio do teclado, que tizador CCDB.
Sabemos que o “envelope” da ampli- nosso Sintetizador CCDB não possui. O Como o sinal da guitarra e da maioria
tude ou intensidade sonora de cada ins- envelope é gerado em forma de uma ten- dos instrumentos musicais têm envelopes
trumento musical é um dos parâmetros são contínua de controle, que vai contro- semelhantes ao da figura 6, devemos fa-

NOVA ELETRÔNICA — nº. 56 61


ra, principalmente utilizando uma guitar- pletará o envelope e ficará impossibilita-
ra comum sem pré-amplificação em seu do de dar novo envelope. Um meio termo
próprio interior. Mesmo estas, ao incluir- entre os dois ajustes dará a sensibilidade
mos também o dobrador de frequências, adequada para o disparador, permitindo
acabarão por apresentar o problema, se o técnica rápida de execução musical. Evi-
dobrador estiver com ganho propositada- dentemente, para técnica rápida pelo me-
mente exagerado. A realimentação acús- nos o Attack deverá ser ajustado para
tica, quando se toca a níveis suficientes, ação rápida, para que chegue a haver al-
vem ajudar a manter o sinal a um nível gum som antes de nova palhetada ser da-
maior que o ruído, provocando o som da à corda.
contínuo, de duração ilimitada; mas, Um LED, ou vários indicadores de
zer algo para, antes de agir sobre sua am- mesmo neste caso, ao segurarmos as cor- “disparo existente” podem ser acoplados
plitude com um novo envelope progra- das para uma pausa, o ruído apareceria a ao sistema, até diretamente às saídas dos
mado pelos geradores de envelopes mais máximo nível. CG, mas é preferível usar prés-separado-
VCAs, tornar a amplitude desse sinal o O disparador, justamente, com seu res ou aparecerão pequenos clicks no áu-
mais constante e durável possível. Aqui controle “limiar” vem resolver este pro- dio...
está uma área importante e delicada de blema. O Sintetizador CCDB, como na figura
trabalho! Ajustando-se a sensibilidade do dispa- 4, possui 4 disparadores independentes,
O sustainer e também o distorcedor são rador para um nível ou limiar logo acima que recebem sinal de áudio, retificando-o
os responsáveis pela transformação da do nível do ruído, e isto se faz “de ouvi- e disparando 4 geradores de envelope,
amplitude do sinal de áudio em amplitude do” facilmente, o disparador comanda o “CG”, que por sua vez comandam o
constante, a ser processada pelo novo en- gerador de envelope, daqui para frente VCF, o Ring Modulator, o VCA que tra-
velope. Constante até certo ponto, mas denominado simplesmente CG, e este balha como e com o pedal de volume e
não indefinidamente. Quando o nível do “abre” o VCA, deixando passar o sinal um último VCA, que trabalha como noi-
sinal está diminuindo, o sustainer vai au- de áudio enquanto este for “útil”, isto é, se-gate sofisticado, ou seja, elimina o si-
mentando seu ganho, recuperando o ní- maior em amplitude que o ruído. Se a nal de áudio quando este se deteriora ao
vel original. É assim que funciona. Mas, programação do tempo de Attack e De- final dos envelopes, com a presença do
quando o nível do sinal vai se tornando cay for excessivamente longa, a sensibili- ruído, deixando em silêncio total o Sinte-
mínimo, o ruído, que tem amplitude dade do disparador sendo ajustada em ní- tizador nas pausas, por mais aparelhos
constante, começa a ser amplificado por vel excessivamente alto, o disparador des- malucos e distorcedores que estejam no
um ganho cada vez maior, até tornar-se ligará o CG antes de estar completo o en- circuito.
equivalente em amplitude ao próprio si- velope, mas sempre recolocando (e isto é Um terceiro caminho é seguido pelo si-
nal. E exagero dizer isto quando apenas o importantíssimo!) o CG imediatamente nal de áudio. É o caminho direto, onde o
sustainer está no circuito, mas, com sus- pronto para novo envelope. Um ajuste sinal não sofre alterações, e vai se mistu-
tainer e distorcedor ligados, o ganho é tão excessivamente sensível do limiar fará rar através do “balanço”, com o sinal
grande que o ruído chega mesmo a igua- com que o próprio ruído mantenha dispa- sintetizado para, quando este último esti-
lar o sinal ao final do envelope da guitar- rado o disparador, enquanto o CG com- ver programado com exagero de ruídos

AMPLITUDE

120 mV

80 mV

1 ou 2 mV RUÍDO

0 mV
0 TEMPO
1 SEGUNDO APROX.
6 A 12 SEGUNDOS

ATTACK DECAY SUSTAIN RELEASE


A D S R

Fig. 6

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ou efeitos, manter a inteligibilidade, ou Para os insistentes (e os suspeitosos) o
também, para fazer com que o sinal sinte- endereço da “360 Systems” é 18730 Ox-
tizado acrescente apenas um “gosto”, nard Street – 215 Tarzana, California
uma sutil expressão ao sinal normal. 91356 – USA. E os integrados utilizados
são: para o coração do aparelho, os CD
Polifônico! 4532, CD 4094 e CD 4098. Some-se mon-
Notamos, portanto, que o Sintetizador tes de 1458, 4016, 741, 3140, 4011, FETs,
CCDB é POLIFÔNICO, pois é o sinal do etc., tudo numa caixinha de 20 ¥ 20 ¥ 15
próprio instrumento que aparece na saí- centímetros, e você terá o “Slavedriver”.
da, podendo ser executados acordes! Para obter o circuito, escreva para a fá-
brica... (Hê!... Hê!... Hê!...)
instrumentos e vozes do conjunto musi-
PVC Polifônico mesmo! cal!... Se você incluir a seção de teclados
Existem, mais recentemente, outros ti- e osciladores de um Mini-Moog, terá tu-
pos de sintetizadores para guitarras, que Passado o susto com os PVCs, coloca- do o que nesse sintetizador existe e muito
permitem controlar, também, um grupo dos lado a lado, o CCDB e o Slavedriver mais ainda.
de osciladores e gerar sinteticamente a mais Mini-Moog, o CCDB é melhor. A
frequência e a forma de onda do sinal. polifonia é importante; as oitavas acima, Voltando aos blocos
Não é mais o sinal da guitarra que apare- o “Dobrador” faz; as abaixo, o “Divi-
ce modificado na saída, mas o sinal de sor” faz; as terças, você faz nas cordas, Por falar em blocos, hoje, no momen-
um sintetizador convencional de teclado, juntamente com os portamentos na ala- to em que redijo, é terça-feira de carnaval
um Mini-Moog ou Oberheim, por exem- vanca; e os timbres do CCDB e pedais e a Imperatriz Leopoldinense aguarda an-
plo, que é controlado por um aparelho acessórios têm mais “garra”. Nota: não siosa a vitória. Como diz Monteiro Loba-
chamado Slavedriver, fabricado pela publiquei o circuito do divisor neste arti- to, “parece mentira cabeluda”, mas, in-
“360 Systems”, nos USA. O coração des- go, porque consta apenas do primeiro terrompendo a redação, após o último
se aparelho é o “PVC”, ou Pitch to Vol- Sintetizador que construi e não do que parágrafo, ligo o FM para Ana Maria e,
tage Converter, que transforma a fre- aqui apresento, e também por ter circuito adivinhe o que está tocando na Rádio Ci-
quência do sinal da guitarra em tensão de extremamente complexo, digno de todo dade... “Neste Palco Iluminado...” Só
controle, que por sua vez comanda os um artigo, futuro. dá Lalá!... São 12 e 54 de 03/02/81, pode
VCO, ou osciladores controlados por ten- O “VCF” faz milagres e, com distorce- confirmar! Acho que de tanto lidar com
são dos próprios sintetizadores de tecla- dor e sustainer, imita perfeitamente o som eletrônica, já estou ouvindo rádio direta-
dos, que necessariamente tem de lhe ser do Mini-Moog e outros sintetizadores. mente com a cuca!...
interconectados. Também, qualquer guitarra comum, con- Voltando ao diagrama de blocos, agora
As vantagens são: controle sobre a fre- trabaixo, piano, microfone, etc., excita o passo a passo, siga comigo o processa-
quência da nota, inclusive ajustável em CCDB (ambos...), que inclusive pode ser mento do sinal. Ah! O cafezinho! Pois
terças, quintas, oitavas, ou quaisquer ou- ligado ao mestre de efeitos (eco) de uma não, é boa a hora, não?
tros intervalos; controle sobre o porta- mesa de som e receber sinal de todos os Revoltando ao diagrama, vemos, na
mento, ou passagem progressiva de uma
nota para outra.
As desvantagens: são MONÓDICOS,
isto é, tocam apenas uma nota por vez,
não são polifônicos, ou, quando o são, PRÉ 1
precisam de vários sintetizadores de tecla-
do, um para cada nota. Exigem a posse PRÉ 2
de um sintetizador convencional de tecla-
dos, que custa não menos de 1.000 dóla- TRIM
47k
TRIM
47k
TRIM
47k
TRIM
47k
res. Custam caro! Exigem captadores es-
peciais fixados na guitarra, e cabo separa-
do da guitarra ao aparelho, e a regulagem
dos captadores é critica. Não sendo da
“360 Systems”, todos os demais, inclusi-
(REPETIR OS CIRCUITOS)
ve o famoso “Avatar” não têm qualida- VÃO AOS PONTOS
de sonora que valha a pena a despesa e o 0,1mF 2, 3 e 4 NOS CG DO RING E DOS 2 VCAs
R
trabalho envolvidos.
Possuo o circuito do 360 Systems — +10
2,2k
Slavedriver, mas não recomendo a mon- 7
tagem pelos leitores. Sua tecnologia digi- 2
6
tal e componentes inexistentes no merca- 741 1 ao CG do VCF

do tornam o trabalho digno de empresa 3 4


especializada que, no Brasil, estaria fada- –10
da ao insucesso, devido à escassez de mer-
cado. Quantos guitarristas daqui pode-
riam adquirir um Mini-moog para servir R = 1,5 MW no disparador do VCF, para menor sensibilidade. Nos outros 3 dis-
como “mais um pedal”?... paradores, R = 8 ou 10 MW // 20 MW (experimente para otimizar).
Ficam pois para o futuro brasileiro... Nota: Variando o valor de R para mais, a sensibilidade aumenta. Um valor exces-
Quem sabe se você mesmo não os poderá sivo de R irá disparar o circuito com ruído ou ronco. Valor insuficiente de R for-
desenvolver em bases aceitáveis para o necerá envelopes curtos. Fig. 7
nosso mercado?

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“ATTACK” “DECAY” BC208
BC548 EM503
+9,3VA 100W BC558 27k
+9,3VA +10V
1M 1M +9,3
560W 10k LIN LIN VA 4k7
10k 4k7 LIN
EM503 “SUSTAIN”
BC558
150k
4k7
BC208 100W
3k3 BC548 3k3
33k
10k
5k6 10k
–10V
1N34 10mF
0,01mF 1N4148
10k –10V

3k3 BC208 BC208 TRIM 1N4148


BC548 BC548 22k

10k
–10V
1N34 OU
10k 10k 1N4148
+9,3VA 560W
10k
+9,3VA
2N5321 47k 100k 1N4148
BC548 1 EM503
No 1º gerador duplo: saída do
VEM DO
BC558 envelope ao pot. “Quant. de
BC208 DISPARADOR BC208
BC548 0,1mF FIG. 7 BC548 SEGUIDOR
envelope” do filtro VCF

No 2º gerador duplo: ao ring


modulator, via “Quant. de en-
velope” (ver fig. 5).

EM503
“ATTACK” “DECAY” BC208
BC558 BC548 EM503
+9,3VB 100W BC558 27k
+9,3VB
+10V
1M 1M +9,3
560W LIN LIN VB 4k7
10k 10k 4k7 LIN
“SUSTAIN”
BC208 4k7
100W 4k7
3k3 BC548
33k
10k
10k
1N34 6k8
10mF
0,01mF 1N4148
10k
–10V
3k3 BC208 TRIM
BC208 1N4148
BC548 BC548 22k

10k 1N34 OU 1N4148


–10V
10k 10k
+9,3VB 560W
10k +9,3VB
2N5321 47k 100k 1N4148
BC548 2
VEM DO No 1º gerador duplo: saída do
BC208 DISPARADOR BC208 BC208
BC548
0,1mF FIG. 7 BC548 BC548 SEGUIDOR envelope ao VCA “pedal”

No 2º gerador duplo: saída do


envelope ao VCA “ruído”
Os transistores usados no meu projeto são:
BC548 e BC549 para o tipo NPN e
BC558 e BC559 para o tipo PNP
Todos os diodos são: 1N4148
Não há necessidade deste circuito
100pF 15W desacoplador, ligue direto à tensão
5W 1k positiva da fonte sem problemas!

+24Vcc

100W
Note que os circuitos do CG
de cima e de baixo são dife-
+10Vcc EM3439 * Faça 2 circuitos destes, sen- rentes!
100pF do um para o 9,3A e outro para
o 9,3B, que ficam desacopla-
p/ 9,3V * dos
Fig. 8

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famosa figura 4, o sinal partindo do jack completamente diferente, conforme o nú-
de entrada para duas direções. Desce para mero de pedais ligados. Não convém fa-
o pré e dai para o banco de disparadores, zê-los fixos, internos, pois diferentes re-
onde desaparece e é retificado como já gulagens nos outros controles de cada pe-
expus. Horizontalmente, do jack de en- dal alteram um pouco o volume e a soma-
trada, segue, sempre por cabos blindados tória seria desastrosa sem os reajustes.
os mais curtos possível, para a chave “li- De volta à chave na pedaleira, vindo da
ga-sustainer”. Note que a conexão da saída do sustainer, ou da saída do segun-
chave é diferente das subsequentes, para do pré-amplificador de áudio, lá no con-
poder jogar à terra a entrada do sustainer sole, via cabo e conector, pinos J e C, o
quando desligado, evitando irradiações e sinal de áudio vai à chave “liga e desliga o phaser publicado não está incluído na fi-
oscilações em RF, que apareceriam caso distorcedor”, que é auto-explicativa. O gura 4. Preferi usá-lo fora do Sintetiza-
ficasse aberta, mesmo com a saída desli- distorcedor e o sustainer já foram publi- dor, no protótipo CCDB que montei para
gada. cados nas revistas NE indicadas e seus es- meu irmão, mas poderá ser incluído entre
Passando pelo sustainer, vindo direto quemas são repetidos aqui para integrali- o dobrador e o VCF, no ponto indicado
da guitarra, atravessa um controle de vo- zar o artigo. O dobrador é o pedal ligado para inserção de pedais, os quais podem
lume, que deve ficar no painel do Sinteti- à próxima chave. Note que coloquei o ser colocados em qualquer quantidade e
zador, e que existe também na maioria distorcedor na própria pedaleira para ma- modelo que se adapte ao sistema, em ní-
dos outros módulos. Estes controles têm ximizar a relação sinal/ruído, enquanto o veis de tensão e ruído. A tensão de áudio
que ser ajustados para que o nível do si- sustainer e o dobrador estão no console poderá ser recuperada, caso seja atenua-
nal seja o mesmo com e sem o respectivo para comodidade de operação de seus da pela inserção de pedais, por pré-ampli-
pedal ligado. Caso não existissem, ao fi- controles. O dobrador terá seu circuito ficador igual ao número 1 ou com qual-
nal da cadeia de pedais, o nível estaria também reproduzido aqui. Note que o quer outro circuito que você prefira e que

+10V

47W
220W +10V

BC208 80mF
BC549

0,22mF BC208
BC549
150W
180W 10mF SAÍDA
DO
BC208
BC549 VCF
ÁUDIO
BC208
0,22mF BC549 1k
150W BC208 BC208 0,22mF
0,22mF BC549 BC549
BC208
BC549
* Ao pot. volume 10kW linear
150W
0,22mF BC208
BC549 (ver fig. 4);
BC208 BC208
BC208 BC549 BC549 * Vai também à entrada de por-
1k 220k 47k
BC549 47k
220k tadora carrier do Ring (ver fig.
BC208
BC549 4).
150W 0,22mF

BC208 –10Vcc
NODO DA
ENTRADA
470W BC549
DO ÁUDIO BC208
10mF BC549
150W
10mF
Os transistores usados no meu projeto são:
200mF 1k
200W 680W BC548 e BC549 para o tipo NPN e
TRIM BC558 e BC559 para o tipo PNP
CALIBRAÇÃO Funcionam sem problemas!
DA ENVELOPE
ÊNFASE VEM DO CG 47k LIN
BC208 BC548 NPN amplificador
+10Vcc BC549 DO RING “ÊNFASE” BC549 NPN pré amplificador baixo ruído
120k BC550 NPN pré amplificador ultra baixo ruído
10k
EM503 BC558 PNP amplificador
NODO
BC559 BC559 PNP pré amplificador baixo ruído
CONTROLE CC
BC560 PNP pré amplificador ultra baixo ruído
330W 47k ver fig. 5

4k7 4k7 LIN C


–10Vcc LIN “QUANTIDADE

ENVELOPE
DE ENVELOPE
DO RING”
NPN B
VEM DO E
100pF 2k4 CG DO RING
“QUANTI-
VCF VCF C
DADE
DE E
ENVELOPE
DO VCF”
C B
PNP B
E
Chave dupla inversora no pai-
nel liga a portadora carrier pa-
ra o Ring e o CG do mesmo.
Fig. 9

NOVA ELETRÔNICA — nº. 56 67


CG e disparador bem ajustados, mesmo derado, superando mil vezes pedais carís-
em rápida sequência de palhetadas. simos e complexos com sua flexibilidade e
Além da possibilidade do controle au- qualidade sonora insuperável. (MES-
tomático pelo envelope do sinal de áudio MO!) Espero ter a gratificante sensação
admitido ao Sintetizador, o VCF tem o de ver o mercado brasileiro afetado por
pedal de controle, que lhe envia uma ten- mais esta humilde sugestão CCDB, o que
são de controle vinda da fonte de alimen- já aconteceu no caso das caixas acústicas
tação, tanto mais alta, positiva, quanto nacionais, que vêm agora com a sensibili-
mais comprimido o pedal. Esse pedal dade corretamente publicada (mas não
produz muito mais perfeitamente o efeito ainda os baixo-falantes...), e com os cine-
possa ser alimentado por ± 10 volts. Cir- wah-wah que o pedal desse nome. Co- mas com sistema Dolby Estéreo, que es-
cuitos integrados são bem-vindos, mas de mo um terceiro controle da tensão de tão sendo pressionados pelos instaladores
baixo ruído... controle existe no painel, o pedal pode para usarem corretamente esses apare-
O dobrador recebeu um pré-amplifica- “partir” de qualquer ponto entre “U” e lhos...
dor que permite sua saturação, o que pro- “A” (grave e agudo) para diante, em di- Estude bastante o VCF e estará otima-
duz um som muito penetrante e o trans- reção aos agudos. mente encaminhado em síntese sonora!
forma em mais um distorcedor à disposi- O controle de 1M-linear Pedal-Range, O Ring Modulator é um tanto crítico
ção. Um potenciômetro duplo de 10k li- também no painel de controle, faz a atua- em seu ajuste. A dificuldade, dado o cir-
near controla o ganho e a amplitude de ção do pedal ser mais ou menos violenta, cuito simples, é eliminar completamente a
saída, para melhorar a relação sinal/ruí- podendo, em máxima atuação, cair abai- portadora, ou carrier, uma oscilação se-
do. Lute sempre nesse sentido, caso utili- xo do “U” comum dos wah-wahs e su- noidal gerada pelo próprio VCF como já
ze pré com integrados, de circuito mais bir até “I”, acima do “Á” desses pedais, expus, e que é modulada pelo sinal de áu-
recente. Nenhum esforço é demasiado produzindo sons como o de chicotadas! dio, criando sons não harmônicos, soma
para reduzir qualquer mínimo ruído e o Produz também o exato som do Wah- e diferença, que produzem efeitos interes-
benefício será, mais que compensador Wah, quando desejado. O controle de santíssimos. A confecção do Ring Modu-
quando seu aparelho complexo fizer si- “Ênfase” coloca um pico de ressonância lator é indicada, no entanto, para quem
lêncio e paz profundos, após os sons mais no ponto de corte de frequência, que po- deseja efeitos violentos e não se incomoda
violentos, olhando de cima e com com- de ser tornado cada vez mais estreito, res- muito com a presença de sinais espúrios e
preensão para qualquer grupo de pedais sonante, a ponto de selecionar harmônico para quem se recorda que o Sintetizador
importados combinados em pedaleiras... por harmônico de um acorde! Avançado possui o controle de “Balanço”, lá no fi-
Benefício para o som e para o seu ego, o até o limite, entra propositadamente em nal dos blocos, para poder dosar a quan-
qual, crescendo, alcançará algo maior oscilação senoidal, e o silvo pode ser con- tidade de efeitos misturados ao sinal nor-
que ele mesmo, se já não o fez, tornando- trolado pelo pedal ou pela palhetada! O mal. É um pedal bravo, pois! A ele,
se ferramenta mais útil para esse Algo... controle “quantidade de Envelope” do rockeiros!...
A chave “liga VCF e Ring”, liga dois filtro dá a excursão entre os graves e os O conjunto disparador-gerador de con-
efeitos a serem escolhidos pela chave agudos provocada pelo CG sobre o VCF, torno, destinado especialmente a ele, per-
“Ring ou VCF”, que em meu Sintetiza- e o controle “quantidade de envelope” mite que a portadora tenha sua frequên-
dor CCDB coloquei dentro do próprio do Ring, dá a excursão entre graves e agu- cia variada na medida desejada. Geral-
pedal que controla o VCF. dos do silvo do VCF posto propositada- mente, muito menos variação que a fre-
Não entrei em detalhes sobre os pedais mente em oscilação senoidal para excitar quência do VCF é desejável para os efei-
ou efeitos precedentes que já publiquei o Ring Modulator, o que veremos mais tos serem aproveitáveis, daí não ter usado
em artigos específicos. Os circuitos aqui tarde. o mesmo CG do VCF, que fica com sua
apresentados são suficientes. O VCF e o A chave “liga Carrier” (ou portadora), regulagem exclusivamente para este.
Ring Modulator merecem explicação ago- coloca o controle “ênfase” no máximo, Um outro VCF poderia ser montado
ra. coisa necessária para a oscilação senoidal para servir exclusivamente como oscila-
ser produzida, e deve ser acionada em dor para a portadora do Ring Modulator
VCF conjunto com a ligação pelo pé, do Ring e fiz assim mesmo em meu primeiro sinte-
Modulator, para que este funcione. Tem tizador-protótipo. Você mesmo apreciará
O VCF, mais que o VCA que já expli- de ser desligada ao utilizarmos apenas o as vantagens e desvantagens e decidirá.
quei, é o coração do Sintetizador. Os en- VCF, ou a oscilação não cessará. Os co- O VCF ainda recebe, pelo “nodo de
velopes de tensão contínua de controle mandos são semelhantes aos do Mini- entrada de áudio”, o sinal gerado pelo
gerados pelos CG não controlam apenas Moog e quem o conhece não terá proble- módulo oscilador, visto na figura 5, não
a amplitude do sinal de áudio, mas ape- mas em operá-los. Esta semelhança com tão famosa, e o sinal ou ruído gerado pe-
nas os VCA. Aplicado um envelope de os sintetizadores convencionais me fez lo gerador Noise, que pode ser “branco”
controle vindo de um CG especialmente optar pela nomenclatura inglesa aqui uti- ou “rosa”. Esses sinais, principalmente o
destinado ao VCF, este último, um filtro lizada (já que estes, na maioria, são im- ruído, são úteis para efeitos de “vento”,
passa-baixas sofisticado, varia a frequên- portados e têm os dizeres em inglês), e pe- sibilância, sopro, trovoada, etc.
cia de corte; quanto mais alta a tensão de la nomenclatura em “português-inglês” Pelo “nodo de controle CC”, ainda
controle, mais alta a frequência de corte, híbrida, para facilidade de quem já se “vindo da figura 5”, o VCF é controlado
mais harmônicos, agudos, atravessam o acostumou a esses sintetizadores. pelo próprio módulo oscilador, outro for-
filtro “VCF”. O som característico do O pedal VCF sozinho, com a quantida- te componente do sistema, que faz o VCF
Sintetizador de Teclados, “Puuaaauu- de mínima de módulos necessários para variar periódica e ritmicamente em sua
ummm” é justamente produzido por ele, que funcione automaticamente (um dis- frequência de corte, produzindo mil efei-
VCF. “Puuaá” é o ataque; “Áauu”, é o parador, um gerador de contorno e um tos, como wah-wah automático, harmô-
Decay, “Ummm” é o Sustain. pedal, mais fonte de alimentação e, se nicos cadentes, silvos de sirene, etc., etc.,
A cada palhetada, uma guitarra produ- possível, também o oscilador), é um apa- etc.
zirá o som do Sintetizador, com sustainer relho respeitabilíssimo e, se produzido em O módulo Noise também controla, com
mais distorcedor mais VCF ligados e o série, terá ampla aceitação e a preço mo- ruído rosa ou vermelho, o VCF, produ-

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zindo mais uma gama de efeitos só expli- ção, o defeito é mais teórico que pertur-
cáveis ao vivo! O Modulation-Mix é um bador, na prática.
módulo que aparece na agora famosa fi-
gura 5, e serve para dosar a quantidade de A operação
controle endereçado ao VCF pelo Oscila-
dor e pelo Noise. Montado o Sintetizador, sendo o pró-
Na figura 5 (...) aparece ainda o pedal prio montador o músico que o utilizará,
de modulação, que dosa a quantidade de tudo bem — logo aprenderá a fazê-lo.
tensão de controle enviada pelo M. Mix Quando um músico inexperiente em ele-
ao VCF, tornando mais forte ou mais fra- trônica adquirir o aparelho, como acon-
ca a modulação (por exemplo, a pulsação teceu com meu amigo, o Braz, é necessá- mãos! O primeiro circuito aqui está. Ob-
do wah-wah automático). Além do con- ria uma explicação passo a passo de cada serve, e concentre-se na figura 7!
trole pelo pé, no pedal, existe um controle função e aparelho do Sintetizador
otimizador do curso do pedal, no painel, CCDB. O disparador
o Range do pedal de modulação. Duas seções de explicação, com uma Utilizei um circuito complexíssimo,
hora cada, foram dadas por mim a ele e com prés, diodos e transformadores nos
Os VCAs gravadas em cassete. Foi suficiente este primeiros Sintetizadores. Após o apareci-
trabalho para transmitir toda a informa- mento dos integrados e seu uso em larga
Passando pelo VCF (ufa!), o sinal de ção necessária e sem a presença física do escala, um único 741 faz o serviço de am-
áudio prossegue em direção aos dois Sintetizador, que foi operado pelo pró- plificação do sinal e é ligado ao CG, onde
VCAs ligados em série. O primeiro deles é prio Braz, sozinho em seu estúdio, com se processa agora a retificação.
controlado pelo grupo “disparador mais sucesso. Após seu estudo e convivência de
CG de VCA pedal” e pelo pedal de volu- uma semana com o aparelho, recebi uma O CG ou gerador de envelopes
me propriamente dito. Este pedal de vo- carta muito agradável do Braz sobre a ex-
lume, como trabalha com tensão contí- celência do aparelho e os novos horizon- Veja na figura 8 a próxima pedra pre-
nua de áudio, que controla o VCA, não tes que lhe foram abertos. Fica demons- ciosa e alguns sacos de ouro!...
tem os problemas de ruído e limitação de trada, pois, a viabilidade de operação do Cada circuito como o da figura 8 con-
curso de potenciômetro dos pedais de vo- Sintetizador pelo músico não-técnico, tém dois geradores de envelope comple-
lume convencionais. O sinal de áudio não com uma dose de trabalho equivalente à tos. Para o Sintetizador CCDB usei dois
passa por ele, nem de longe... que dispenderia para aprender a operar circuitos e, portanto, 4 geradores.
O primeiro VCA deve ter os controles um Mini-Moog, por exemplo, se fosse já Note que os dois circuitos são ligeira-
de seu CG ajustados para ataques rápi- tecladista. mente diferentes. Um serve para o filtro e
dos, se não desejarmos efeito de “fita to- Hoje, o Braz possui um sistema com- o outro para o VCA. Usando dois gera-
cada ao contrário”, que é o mais utiliza- pleto de PA, montado por mim, e faz ser- dores duplos, respeite a figura 8, fazendo
do neste CG mais VCA. Um ataque ex- viços de Sonorização no Rio de Janeiro, e a saída do circuito superior ir, no primei-
tremamente rápido produzirá uma per- não pode mais ser chamado de “inexpe- ro gerador duplo, ao potenciômetro
cussão no início do som, que pode ser de- riente” em eletrônica! “quantidade de envelope” do VCF e, no
sejável ou não. Para eliminá-la, basta Convém sugerir a operação e o reco- segundo gerador duplo, ao potenciôme-
avançar um mínimo o controle de Attack. nhecimento dos efeitos de cada pedal em tro “quantidade de envelope” do Ring
Decay e Sustain são geralmente usados separado, sozinho e, depois, a experimen- Modulator. Para evitar interação dos cir-
no máximo, isto é, são pouco usados nos tação com os módulos “sintetizadores”, cuitos, é necessário usar, para cada um
VCAs. os VCF e VCAs e, finalmente, a combi- deles, um circuito desacoplador (visto
No VCA seguinte, que controla o ruí- nação de diversos efeitos e a misturação também na figura 8), um deles fornecen-
do, quem realmente manda é o controle do sinal normal ao sintetizado. do 9,3V para “A”, e o outro, para “B”.
de “limiar” do disparador, como expus
no início. Quando se deseja eliminar o Nota Ajuste
chaveamento, basta avançar para máxi- Existe um único ajuste, e é importante,
ma sensibilidade o limiar desse dispara- Pequenos pedais, como o Micro-Sinte- nos CG.
dor, que geralmente ficará aberto então tizador da Electro-Harmonix, apesar de É o trimpot 22k, que deve dar um valor
pelo ruído, mesmo que isto não aconteça, interessantes, “nada tem a ver”. O tal que, se a sua resistência estiver abaixo
usando-se attack rápido, decay e sustain “CCDB” é “da pesada”, dá conta ma- dele, o potenciômetro sustain não funcio-
máximos, o sinal de áudio se mantém pre- gistralmente do recado e só a seção nará. Se estiver acima, ficaremos sempre
sente por tempo muito mais longo que o “VCF” ligada como expus, arrasa com com todo o sustain, isto é, sempre com
necessário para qualquer execução musi- qualquer pedal pretendente ao título de máxima saída CC no CG, mesmo que
cal. Sintetizador... tentemos regular os potenciômetros sus-
Tempos exatos e envelopes precisos de A operação de cada pedal será descrita tain e decay.
corte do sinal, ao final de seu tempo útil, na medida em que aparecerem os circui- Regulando corretamente o trimpot de
podem ser encontrados com os ajustes do tos, que vêm a seguir! 22k, obteremos um attack imediatamente
CG (A, D, S) e uma grande limpidez no seguido de decay e chegando ao nível de-
som atingida, imbatível por qualquer A porta aberta! sejado de sustain durante a presença do
aparelho existente no mercado mundial. sinal de disparo.
Um pequeno retorno do sinal após o De dentro do portal já aberto, luzem os É possível ter de colocar um resistor de
corte, isto é, um “redisparo” às vezes primeiros brilhos do ouro, dos diamantes 10k em série com o trimpot de 22k, para
acontece, no VCF, ou no VCA, e deve-se e dos rubis, iluminados pela aura do ma- poder chegar ao ajuste ideal. Isto aconte-
aos picos presentes, positivos, no próprio go visitante, que pronunciou a Palavra! ceu em um dos CGs para VCA do Sinteti-
sinal de áudio, ao atravessarem o Antigos são os segredos, mas iluminam zador CCDB.
“limiar” quando a amplitude vem cain- como as Verdades, eternas. Importante: O nível mínimo de sinal
do. Com cuidado no ajuste e na execu- A Primeira pedra é colhida e cintila nas de disparo é de 1,5V. Verifique se tudo

NOVA ELETRÔNICA — nº. 56 69


Os transistores usados no meu projeto são:
BC549 para o tipo NPN e
120W 150W 120W BC559 para o tipo PNP
+10Vcc
Os 2 diodos 1N4148 não são necessários
o circuito funciona sem problemas!

BC548 NPN amplificador


BC549 NPN pré amplificador baixo ruído
100W 200mF BC550 NPN pré amplificador ultra baixo ruído
62W
BC558 PNP amplificador
BC559 PNP pré amplificador baixo ruído
330W 330W BC560 PNP pré amplificador ultra baixo ruído
EM503
BC559 C
25W

27W 27W
NPN B
100W 100W 120W BC208 BC208 E
BC549 BC549
C
EM503 EM503 E
C B
BC559 BC559 PNP B
+10Vcc E
ENTRADA DO
ÁUDIO 47k 1N4148 1N4148
470W
ver fig. 4
0,33mF
BC208 BC208 680W 680W 10mF
BC549 BC549
Saída ao próximo VCA e, des-
820W BC208 500W te ao pot. de balanço (ver fig.
1k BC549 4).
33k
BC208 10k LIN PRÉ
BC549

VEM DO 68k 3k3 150k VOLUME


CG DO VCA ver fig. 4
x 200
270k 6k8 510W
mF –10Vcc
ver fig. 4
Jack controle externo, ou, co-
mo na fig. 4, CC vinda do pedal
–10Vcc
de controle: usei esta última
+10V
33k configuração com o pedal fixo
na pedaleira e eliminei esse
jack.

*Apesar de não ser obrigató-


rio, seria interessante usar pa- No Sintetizador CCDB utilizei
res casados de transistores. dois VCAs iguais a este.
Fig. 10

+24Vcc

68k 4k7
+23V
0,1mF EM503
ENTRADA BC208 BC559
BC549
10k Saída (carga com potenciôme-
470k tro, resistor ou impedância de
+13,4V 470pF 4,7mF entrada de 10kW).
25V

25mF/25V
Para ganho máximo, ligar à
terra o de 470W; para ganho
100pF 180k 4,7mF mínimo, ligar apenas a 10kW.
25V
Um pot. de 10kW, em série
10k 2k2
com o resistor de 470W contro-
lará o ganho progressivamen-
te.

Na fig. 4, HI subentende máxi-


mo ganho e LO, ganho míni-
470W
mo; onde se lê “2 k” deve ser
usado este valor fixo no lugar
de 10kW a terra, e teremos o
ganho adequado.
Fig. 11

70 nº. 56 — OUTUBRO DE 1981


vem corretamente, desde os disparadores
aos pontos “1” e “2” da figura 8.
O cofre do tesouro!
Um pesado baú, marchetado de pedra-
rias encerra a peça mais importante do te-
souro. A figura 9 encerra o circuito do
VCF!
Um único ajuste, de calibração da ên-
fase, pode até ser eliminado, ligando-se atravessa cada módulo modificador.
direto para máxima ênfase. Apenas traz Quanto menos ganho você usar, nos resis-
comodidade à utilização do potenciôme- tores de controle de ganho, e mais aberto
tro e precisão aos dizeres do painel. estiver o controle de volume, que geral-
Note que o VCF é utilizado como osci- mente precede ou segue cada pré, menor
lador, para gerar a portadora para o Ring o ruído desenvolvido pelo próprio pré e
Modulator, o que é conseguido pela cha- melhor sua resposta a frequências que,
ve dupla inversora, que também muda o para qualquer valor de ganho, no entan-
Gerador de Contorno do VCF para o to, é sempre suficiente. A solução ideal é,
Ring, pré-programado. portanto, nos ajustes, abrir todo o con-
A frequência do VCF varia de 180Hz a trole de volume, usando o mínimo ganho
12kHz, com os valores mostrados na fi- e, depois, aumentar o ganho apenas o ne-
gura 9. A amplitude do sinal de áudio cessário para obter o nível de sinal deseja-
varia na saída, conforme o ajuste do con- do.
trole de ênfase e, para a entrada, a máxi- No caso do pré anterior ao dobrador,
ma amplitude sem distorção será ao redor como se deseja desde mínimo até máximo
de 60 milivolts. A saída fica ao redor de ganho, desde um som puro até um som
1,5 volt máximo. Como fiz, você poderá, com extremo ganho e distorção, não seria
se quiser, traçar as interessantes curvas de possível obter um sinal muito pequeno e
resposta obtidas com o VCF nas diversas limpo estando o pré a máximo ganho,
regulagens! usando apenas o potenciômetro de volu-
Experimente bastante com o VCF, an- me, pois o ruído seria demasiado. Para
tes de prosseguir! O campo é VASTO! conciliar os extremos, usei um controle
duplo, com potenciômetro em tandem.
O VCA Uma seção controla o volume, e a outra, anúncio
O próximo circuito, também precioso, o ganho. Você mesmo descobrirá a posi-
é o do VCA. A figura 10 mostra-o com- ção correta para a conexão do potenciô-
pleto. Os trimpots ajustam o balanço en- metro, com os dados já fornecidos sobre página 62
tre os transistores. Você deverá procurar os ajustes de ganho e o ajuste de volume, página 63
o ponto de mínima distorção no sinal. nas figuras e no texto. são anúncios
Cabe fazer mais uma consideração so- Um pré com circuito integrado tem a
bre a utilidade do VCA. Uma delas é per- vantagem de poder ser controlado pelo
mitir a utilização do gerador de ruído pa- elo de realimentação entre a saída e a en-
ra diversos efeitos. Procure trabalhar trada inversora, bastando abaixar o valor
com isto! Sozinho, sem o VCF, também de um resistor, aí colocado para reduzir o
produz interessantes efeitos, de amplitu- ganho. Cuidado com ganhos mínimos —
de. tem de existir compensação com capaci-
Há necessidade de usar um pré-amplifi- tores na realimentação ou nos pinos, às
cador na saída do VCA, como mostra a vezes existentes nos integrados para essa
figura 10, pois a amplitude máxima de finalidade; caso contrário, o integrado
saída, antes da distorção, está entre 150 e poderá entrar em oscilação de RF que,
200 milivolts, para o VCA sem pré. mesmo pequena, produz distorções no
som e até estraga amplificadores e alto-
O pré falantes! Mesmo os integados “interna-
O pré-amplificador que usei nos pri- mente compensados” requerem atenção
meiros Sintetizadores é mostrado na figu- a esse detalhe. Evite os integrados com
ra 11. O circuito é um tanto obsoleto, e excessivo ruído, como os 741, por exem-
você pode substituí-lo por integrados. plo, como o que forneço neste artigo
Mas funciona bem! Se não quiser perder (mais para ilustração que para uso direto,
tempo com projetos e testes, monte-o e mas que funciona apesar disso), onde ne-
terá um circuito seguro, barato e sem dis- cessitar ganho elevado. Existe coisa mui-
torção, para os níveis de tensão do Sinte- to melhor, mas deixo a você o trabalho de
tizador. As explicações sobre o ganho es- pesquisar este “pulo do gato”... (Minhas
tão na própria figura 11 e na figura 4, mesas de som estão me olhando torto,
também, se vê anotações a respeito, pró- para ver se abro mão de seu segredo!
ximas dos símbolos dos prés. Quem sabe um dia esta nova porta será
O objetivo principal desse pré, confor- aberta... Talvez você a encontre no fundo Vetorizado com Adobe Illustrator 8, 9, 10
Dionisio Coda, São Bernardo do Campo, SP
me a posição no circuito, é o de recuperar da caverna de César, digo, Sésamo...). Coelho Aimoré 2001
perdas do nível do sinal, quando este (Conclui no próximo número.)

NOVA ELETRÔNICA — nº. 56 71

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