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rio de janeiro
2011
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
PROURB Programa de Pós-graduação em Urbanismo
Orientador
Prof. Dr. José Barki
____________________________________________________
Prof. Dr. José Barki
(PROURB FAU - UFRJ), orientador
____________________________________________________
Prof. Dr. Flavio Oliveira Ferreira
(PROURB FAU - UFRJ)
____________________________________________________
Prof. Dr. Roberto Segre
(PROURB FAU - UFRJ)
____________________________________________________
Prof. Dr. James Shoiti Miyamoto
(PROURB FAU - UFRJ)
I
II
P364
CDU 712.3(043)
III
IV
Agradecimentos
V
VI
Resumo
This work results from situations observed in the city and se-
eks to exploit the close and continuous relationship between
people and the spaces they inhabit. Assuming the city as a
complex whole, the study seeks to recognize patterns of or-
ganization defining limits and boundaries between its parts,
revealed in the built form.
Introdução
a cidade como um imenso mosaico
Capítulo 1
a discussão teórica
limites físicos e fronteiras territoriais
Apresentação pg.32
1I Território pg.33
2I Limites e Fronteiras pg.42
3I Limites físicos pg.52
4I Limites físicos: outros autores pg.54
5I Fronteiras territoriais: outros autores pg.64
Capítulo 2
o método
a análise e a representação dos
limites físicos e fronteiras territoriais
Apresentação pg.70
1I É difícil se afastar pg.71
2I Da coleção de objetos para pg.73
uma rede de relações
3I De McHarg a Habraken pg.78
4I De um lugar para um tema pg.88
5I Reconhecendo a estrutura pg.90
6I Escalas de observação pg.101
7I Entre o mapa e o rés-do-chão pg.105
8I Procedimentos metodológicos pg.112
X
Capítulo 3
a análise estrutural
alguns casos no Rio de Janeiro
Apresentação pg.146
1I Alguns abairramentos cariocas pg.147
2I Sob níveis mais profundos: pg.175
Barra da Tijuca
3IDe um continuum natural para pg.185
um continuum recortado
4I Das palafitas ao Voisin pg.192
5I Terra de Ninguém pg.206
6I Selva de Pedra pg.213
7I Limites e acessos da cruzada pg.218
8I Espaços de transição pg.221
9I Barão da Torre pg.239
10I A escadaria do Municipal pg.242
11I Até onde se varre pg.243
Conclusão
Anexo
1I O muro pg.255
2I Aberturas pg.257
Bibliografia pg.271
XI
XII
“”… como propôs o filósofo, “do lado de dentro”
desta experiência para dizer do mundo – digo aqui,
da cidade -, trazendo essa compreensão para o lu-
gar do ordinário, do comum, do contingente, do que
passa pelas relações do cotidiano, do dia-a-dia, do
uso, que é característico da cidade e, ainda assim,
revelar o maravilhoso que esta por trás disso, dessa
grande trama orgânica. E, a saber, percorrer também
os incidentes, as tensões que se desenham, todas
as linhas de sinuosidades, os desvios que as formas
de vida revelam dentro do espaço citadino, no den-
tro ainda das relações mais habituais. “”
Júlia Studart
Wittgenstein e Will Eisner: se numa
cidade suas formas de vida.
XIII
apresentação
O bruxo do Cosme Velho
e a forma da cidade
Machado de Assis
A Semana, 1893.
XVI
a área central da cidade, Machado descreve de forma ma-
gistral a estreita correspondência entre seus aspectos espa-
ciais, seu uso e sua imagem. Nas palavras do autor, a rua era
o rosto da cidade fluminense, “rosto eloqüente que exprime
todos os sentimentos e todas as idéias.”1
1
Trecho retirado do conto “Tempo de crise”,
publicado no Jornal das Famílias em abril de 1873.
XVII
Com este olhar atento à vida urbana, Machado percebe que
existe uma estreita relação de dependência entre o espaço
construído e as ações humanas que nele acontecem e podem
ser geradas. A proximidade entre as fachadas contínuas do
casario, defendida pelo escritor, dá forma ao interstício que
condiciona e mantêm as relações cotidianas da rua. Como
notado, talvez, se este estreito espaço fosse esvaecido em
ruas largas e amplas, essas relações deixariam de ocorrer.
XVIII
INTRODUÇÃO
introdução
a cidade como um imenso mosaico
21
INTRODUÇÃO
1
ROSSI, Aldo. A arquitetura da Cidade.
São Paulo: Martins Fontes. 1998.p.13.
2
HABRAKEN, N.J.. Structure of Ordinary.
Massachusetts: The MIT Press. 1998.p.7.
22
INTRODUÇÃO
1
Essa visão é discutida com maior profundidade
no segundo capitulo deste trabalho.
23
INTRODUÇÃO
Cabe, neste trabalho, justamente, observar a forma e procu- ”O mundo não se descortina
rar reconhecer essas configurações, para como isso, buscar mais, como nas perspectivas
identificar os padrões que as estruturam e as mantém. tradicionais, num horizonte
sem fim (...) No horizonte,
Portanto, a percepção da cidade como um organismo vivo e um mundo cada vez mais
integrado, sustentado pela sua intrínseca capacidade de se opaco. A paisagem é um
transformar e se adaptar, parece ser a visão mais apropria- muro. (...) Através dessas
da para qualquer tentativa de compreensão desta imensa e paisagens, redescobrir a
complexa organização. cidade”.
0.02
Reconstrução do Templo de
Jerusalém, século XIII
Guillaume de Tyr
24
INTRODUÇÃO
0.03
Mosaico de territórios.
Loteamento na cidade de São
Pedro da Aldeia.
25
INTRODUÇÃO
1
Ao discorrer sobre os arranjos espaciais das cidades regulares e irre-
gulares, Cristovão Duarte em seu livro “Forma e Movimento” (2002)
trata deste assunto. p.48.
26
INTRODUÇÃO
27
INTRODUÇÃO
1
O primeiro capítulo trata de alguns conceitos fundamentais
para o embasamento teórico da pesquisa. Estes conceitos
são discutidos a partir dos estudos de alguns autores que
abordam o tema, formando assim o seu referencial teórico.
2
O segundo capítulo trata da análise e da representação dos
limites e das fronteiras. Neste capítulo são discutidas ques-
tões pertinentes à busca de uma abordagem metodológica
que melhor colabore para o entendimento de como os limi-
tes e as fronteiras se estruturam no ambiente urbano.
28
INTRODUÇÃO
3
No último capítulo são realizadas investigações na cidade
do Rio de Janeiro. Procurou-se perceber como as ações hu-
manas estruturam a forma onde vivem, pressupondo assim,
uma melhor compreensão das relações estabelecidas entre
eles.
29
Capítulo 1
discussão teórica
limites físicos e fronteiras territoriais
DISCUSSÃO TEóRICA
Apresentação
“Um edifício é
um porto de abrigo.”
32
DISCUSSÃO TEóRICA
1I Território
33
DISCUSSÃO TEóRICA
espaço físico.
2
LYNCH, Kevin. Managing the Sense of a Region.
Massachusetts: The MIT Press. 1976.p.21
34
DISCUSSÃO TEóRICA
1.04
nização ou uma instituição.
O posicionamento de objetos no espaço
pode adquirir um significado territorial.
Tal definição foi fundamental para o presente estudo, pois, a
Abaixo: Praia de Ipanema. partir dela, pôde-se fazer uma abordagem mais direcionada
As bandeiras e as barracas de cores dife-
rentes demarcam territórios distintos às questões que envolvem a constituição de limites e de
na faixa contínua de areia.
fronteiras dentro da cidade.
3
HABRAKEN, N.J.. Structure of Ordinary.
Massachusetts: The MIT Press. 1998.p.136.
4
Idem. p.127.
35
DISCUSSÃO TEóRICA
Território e espaço
36
DISCUSSÃO TEóRICA
1.06
Superstudio:
paisagem com ilustração, 1970
5
A definição de território utilizada neste trabalho pode ser associada
ao conceito de espaço topológico. Segundo Fritjof Capra, Topologia
é uma matemática de padrões e de relações, onde todos os aspectos
dimensionais de uma forma podem ser distorcidos sem que se per-
cam suas propriedades essenciais (2006:109). O que interessa nesta
geometria são as relações e os padrões internos que permanecem
inalterados. Assim como em topologia, um território não depende
de aspectos dimensionais, pois sua essência está nos padrões de
ocupação do espaço.
37
DISCUSSÃO TEóRICA
Território e percepção
38
DISCUSSÃO TEóRICA
1.08
Mapas de Kevin Lynch mencionados
no texto.
39
DISCUSSÃO TEóRICA
8
JACOBS, Jane. Morte e vida nas grandes cidades.
São Paulo: Martins Fontes. 2007.p.35.
40
DISCUSSÃO TEóRICA
41
DISCUSSÃO TEóRICA
2I Limites e Fronteiras
1
HABRAKEN, N.J.. The Structure of Ordinary.
Massachusetts: The MIT Press. 1998.p.126.
2
Idem.p.127.
42
DISCUSSÃO TEóRICA
“As cidades são sistemas de Neste sentido, o presente estudo se concentra em demar-
acesso que passam por mosaicos cações que possuam algum tipo de significado territorial e,
de território. Acesso aos locais por isso, procura observar situações onde existam mais de
LYNCH, Kevin. Managing the Sense ção estruturada por um complexo sistema de espaços, onde
of a Region. Massachusetts: The MIT
cada um deles está sob o controle de um agente.
Press.1976.p.21.
3
As ordens, assim como outros conceitos postulados
por Habraken, serão discutidos com maior
profundidade no segundo capítulo desta pesquisa.
43
DISCUSSÃO TEóRICA
4
HABRAKEN, N.J.. The Structure of Ordinary.
Massachusetts: The MIT Press. 1998.p.129.
44
DISCUSSÃO TEóRICA
5
Ver segundo capitulo da pesquisa.
45
DISCUSSÃO TEóRICA
organização estruturada
por um complexo padrão
de hierarquia de controle
46
DISCUSSÃO TEóRICA
6
HABRAKEN, N.J.. The Structure of Ordinary.
Massachusetts: The MIT Press. 1998.p.29.
7
Idem.p.148.
47
DISCUSSÃO TEóRICA
Habraken observa que em situações de conflito entre agen- “O jogo ambiental começa com
tes, onde o consenso não é alcançado ou onde os usos tor- uma simples e desequilibrada situ-
nam-se incompatíveis, ocorre uma reestruturação que busca ação e procura, por meio de trans-
a estabilidade. formações graduais, chegarem a
um crescente e complexo equilí-
Nestes casos, fronteiras territoriais “ganham” forma física, brio entre muitos jogadores.”
surgem novos limites, ou ainda, uma “força” territorial supe-
N.J. Habraken
8
Ibidem.p.29.
48
DISCUSSÃO TEóRICA
rior toma voz, como por exemplo, uma associação, uma ins-
tituição, ou a direção de um estabelecimento. Estes agentes
mantêm a ordem - territorial e física - em um local onde
existam conflitos entre agentes em um nível inferior.
1.12
É interessante observar como as ações humanas estruturam
MUBE, São Paulo
Fronteira=Limite o espaço através do controle, e como os limites e fronteiras
Toda a “fluidez do espaço” é barrada pelo
se articulam entre si.
gradeamento no encontro com a calçada.
1.14
Loja em Ipanema
Fronteira>Limite
O tapete sobre a calçada demarca um
território.
49
DISCUSSÃO TEóRICA
50
DISCUSSÃO TEóRICA
1.15
Ao lado: Memorial da Améria Latina em São Paulo e
Complexo de Favelas do Morro do Alemão no Rio de
Janeiro. Ambos na mesma escala.
51
DISCUSSÃO TEóRICA
1.16
Croqui de Le Corbusier.
3I Limites físicos
1
VENTURI, Robert. Complexidade e contradições
em arquitetura. São Paulo: Martins Fontes. 2004.p.78.
52
DISCUSSÃO TEóRICA
2
ROWE, Colin e KOETTER, Fred. Ciudad Collage.
Barcelona: Gustavo Gilli. 1998.p.50.
53
DISCUSSÃO TEóRICA
1.18
Frente de hipermercado na
Barra da Tijuca.
1
LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. A marcação de limites pode ser utilizada
São Paulo: Martins Fontes. 2006.p.51. para reforça a identidade de um local.
2
Os bairros serão discutidos mais adiante, quando forem
tratados alguns aspectos pertinentes às fronteiras territoriais.
54
DISCUSSÃO TEóRICA
55
DISCUSSÃO TEóRICA
Jacobs
3
JACOBS, Jane. Morte e vida nas grandes cidades.
São Paulo: Martins Fontes. 2007. p.285.
56
DISCUSSÃO TEóRICA
Alexander
4
ALEXANDER, Christopher. A Pattern Language.
New York: Oxford University Press. 1977. p.599.
57
DISCUSSÃO TEóRICA
5
Idem.p.276.
58
DISCUSSÃO TEóRICA
Palácio de Quirinal em Roma. Como apontado por Venturi, o Poché é um espaço residual,
Hobin Hood Garden de Alison and Peter
Smithson em Londres.
de entremeio, resultado da “acomodação de um interior di-
ferente do exterior” de uma construção. Pode-se dizer que
ele surge da tensão entre a forma arquitetônica exterior e o
formato do espaço interno. O Poché é um espaço vazio.
6
VENTURI, Robert. Complexidade e contradições
em arquitetura. São Paulo: Martins Fontes. 2004.p.111.
7
ROWE, Colin e KOETTER, Fred. Ciudad Collage.
Barcelona: Gustavo Gilli. 1998.p.78.
59
DISCUSSÃO TEóRICA
1.23
Ao lado: VitraHaus, de Herzog & De Meuron.
3.07
Biblioteca de Seattle de Rem Koolhaas.
A forma exterior “revela” as
configurações complexas
do espaço interior.
60
DISCUSSÃO TEóRICA
desta tensão.8
1.25
Bonecas russas Matrioshka
8
VENTURI, Robert. Complexidade e contradições
em arquitetura. São Paulo: Martins Fontes. 2004.p.119.
9
Ver segundo capitulo da pesquisa.
61
DISCUSSÃO TEóRICA
10
Os estudos destes autores serão discutidos com maior profundidade
no próximo capítulo da pesquisa.
11
No caso, o termo fronteira está sendo empregado pelos
autores como um limite fisico.
62
DISCUSSÃO TEóRICA
“a fronteira ao mesmo tempo cria gradações de controle nas relações entre as pessoas. Vê-se
uma categoria de espaço – o inte- ai uma forte semelhança com os estudos de Habraken a res-
rior – e uma forma de controle – a peito do controle territorial, a qual será discutida no próximo
fronteira mesma.” capítulo.
63
DISCUSSÃO TEóRICA
1.27
Fronteiras incertas.
5I Fronteiras territoriais:
outros autores
12
Este termo é ligado à definição de território,
discutido no início deste capítulo.
64
DISCUSSÃO TEóRICA
Lynch
1.28
Fronteiras variáveis.
Mapa de Kevin Lynch.
13
LYNCH, Kevin. A imagem da cidade.
São Paulo: Martins Fontes. 2006.p.51.
65
DISCUSSÃO TEóRICA
Alexander
1.29
Pattern 8
Croqui de Christopher Alexander
66
DISCUSSÃO TEóRICA
14
ALEXANDER, Christopher. A Pattern Language.
New York: Oxford University Press. 1977. p.87.
67
Capítulo 2
O método:
a análise e a representação
dos limites e fronteiras
O MÉTODO
Apresentação
Página anterior:
Mapas de nolli com e sem cercamento do mesmo trecho
da rua Barão da Torre, Ipanema, Rio de Janeiro.
70
O MÉTODO
1I É difícil se afastar
1
HABRAKEN, N.J.. The Structure of Ordinary.
Massachusetts: The MITPress. 1998.p.7
71
O MÉTODO
2
JACOBS, Jane. Morte e vida nas grandes cidades.
São Paulo: Martins Fontes. 2007.p.5.
3
ALEXANDER, Christopher. A Pattern Language.
New York: Oxford University Press. 1977.
72
O MÉTODO
73
O MÉTODO
rede. A B
coleção de objetos rede de relações
visão mecanicista visão sistêmica
Nesta perspectiva, Capra6 demonstra que, de acordo com ênfase nos objetos ênfase nas relações
o objeto como figura as relações como figura
o pensamento sistêmico, para se entender um determinado não contextual contextual
Deste modo, na visão sistêmica, os próprios objetos são re- classes e padrões.”
des de relações, embutidas em redes maiores. Assim, os LYNCH, Kevin. A Boa Forma da Cidade.
Lisboa: Edições 70. 2007. p.152.
6
CAPRA, Fritjof. A teia da vida. São Paulo: Cultrix. 2006.
7
Segundo Capra (2006:46), as propriedades essenciais, ou ‘sistêmi-
cas’ são propriedades do todo, que nenhuma das partes possui.
74
O MÉTODO
2.03
lações estabelecidas entre forma construída e seus usuários.
A B Como o próprio autor cita: “os padrões têm o poder de gerar
conjunto de objetos Pattern 8
Ville Contemporaine Mosaic of subcultures milhões de formas e uma infinita variedade de detalhes.” 9
Le Corbusier Christopher Alexander
75
O MÉTODO
sequência linear
partes isoladas
limites definidos
x
simultaneidade
padrões interligados
fronteiras vagas
11
HABRAKEN, N.J.. Structure of Ordinary.
Massachusetts: The MIT Press. 1998.p.7.
76
O MÉTODO
1
Demonstra que qualquer abordagem metodológica que pro-
cure entender a realidade urbana não deve considerar seus
problemas de forma isolada, mas sim de forma contextual.
2
Demonstrar que o método deve ser qualitativo, ao invés de
quantitativo, e portanto, deve abordar qualidades na cons-
trução do espaço urbano.
12
ALEXANDER, Christopher. A Pattern Language.
New York: Oxford University Press. 1977.
77
O MÉTODO
2.05
Arpoador: encontro dos
bairros de Copacabana e
Ipanema, Rio de Janeiro.
3I De McHarg a Habraken
78
O MÉTODO
79
O MÉTODO
2.06
Mapeamento de McHarg
retirados do livro
Design with Nature.
1
McHARG, Ian. Design with Nature. New York: Natural History Press.
1992.
80
O MÉTODO
2.07
Mapeamento de Rem Koolhaas
para o concurso Ville Nouvelle
Melun-Sénart, 1987.
2
idem.p114.
81
O MÉTODO
3
KOOLHAAS, R. e MAU,B.. SMLXL. New York. Monacelli Press.1995.
4
LUKEZ, Paul. Suburban Transformation. New York: Princeton Architec-
tural Press. 2007.p.17.
82
O MÉTODO
5
LYNCH, Kevin. A imagem da cidade.
São Paulo: Martins Fontes. 2006.p.75.
83
O MÉTODO
6
idem.p.78. 2.10
Mapas isolados de características
7
físicas do Arpoador: construções,
ROSSI, Aldo. A arquitetura da Cidade. São Paulo: Martins Fontes.
topografia, nolli, uso do solo e vias.
1998.
84
O MÉTODO
2.11
Mapas e plantas cadastrais levantados
8
por Pecly: estudo das permanências na
PECLY, Maria Lúcia. Arpoador: uma paisagem oculta. Dissertação de
área do Arpoador.
Mestrado. Rio de Janeiro: UFRJ/PROURB. 2004.
85
O MÉTODO
Presente
mapeamento
características fícicas do
local em mapas isolados
McHarg
86
O MÉTODO
Passado
estudo das permanências
mapas históricos e
plantas cadastrais
Rossi
87
O MÉTODO
88
O MÉTODO
a forma da cidade.
1
Ver sub-título: Da coleção de objetos para uma rede de relações.
89
O MÉTODO
5I Reconhecendo a estrutura
1
Os conceitos construídos por N. J. Habraken já foram abordados du-
rante a discussão teórica realizada no capítulo anterior desta pesquisa.
No entanto, será necessário retornar à alguns destes conceitos, por
serem intrínsecos ao seu embasamento metodológico.
2
HABRAKEN, N.J.. Structure of Ordinary.
Massachusetts: The MITPress. 1998.p.8.
90
O MÉTODO
91
O MÉTODO
configuração 1
distribuição de apartamentos
dentro do perímetro
de um edifício
configuração 2
distribuição dos cômodos
dentro do perímetro do
apartamento
configuração 3
distribuição do mobiliário
dentro do perímetro
dos cômodos
92
O MÉTODO
3
HABRAKEN, N.J.. Structure of Ordinary. Massachusetts: The MIT-
Press. 1998.p.23
93
O MÉTODO
94
O MÉTODO
95
O MÉTODO
2.16
Praça dos Três Poderes, Brasília.
96
O MÉTODO
97
O MÉTODO
2.17
De cima para baixo:
um pequeno apartamento, uma tenda
mongol e uma tenda beduína.
98
O MÉTODO
99
O MÉTODO
3.00
Diagrama resumo
da teoria de N. J. Habraken
100
O MÉTODO
6I Escalas de observação
“A realidade aparece dife- realidade urbana através da forma da cidade, porém se utili-
rente segundo a escala das zam de escalas de observação distintas para descrevê-la.
101
O MÉTODO
102
O MÉTODO
103
O MÉTODO
104
O MÉTODO
“Um mapa não é o território que Cabe dizer que a escala, como prática de observação, nun-
representa, mas, para ser correto, ca alcança a concretude do real, ela apenas satisfaz certo
tem uma estrutura similar ao ter- grau de pertinência para uma determinada compreensão da
ritório, razão pela qual se resulta realidade. Sendo assim, qualquer descrição da cidade, ou
útil. Se o mapa pudesse ser ideal- de qualquer outro objeto, será sempre uma representação,
mente correto, incluiria (em escala segundo uma determinada percepção e segundo uma deter-
KORZYBSKI, A. Science
O Aleph4
105
O MÉTODO
estrutura - mas também às pessoas que atuam nestas formas, “A interação íntima e incessante entre
imbuindo-as de vida e de “espírito de lugar”5. Este modo de pessoas e as formas que elas habitam
olhar a cidade, já discutido no início deste capítulo, faz com é um fundamental e fascinante aspec-
que ela seja percebida não mais como um conjunto de par- to do ambiente construído’’.
tes isoladas, mas sim, como uma rede de partes interligadas
HABRAKEN
e interdependentes que formam um todo.
3.17
Loja próxima à esquina da
rua Visconde de Pirajá com a
rua Vinícius de Morais,
em Ipanema.
5
HABRAKEN, N.J.. Structure of Ordinary. Massachusetts: The MIT
Press. 1998.
106
O MÉTODO
6
FERREIRA, Flavio. Sobre a forma das Cidades Mineiras Antigas. Tese
de Doutorado. Rio de janeiro: UFRJ/POURB. 2006.p.19.
107
O MÉTODO
“Como transmitir aos outros o infinito de Aleph?”7 CASTAÑEDA, Carlos. Uma estra-
nha Realidade. São Paulo: Círculo.
1985.p.20.
Ao encontrar Aleph – “um ponto do espaço que contém to-
dos os outros pontos” – e tentar descrevê-lo, p personagem
de Borges se vê em desespero, pois ao fazer isso, estaria
contaminando “o informe de literatura”. Ele considera a li-
mitação da linguagem um problema insolúvel. Essa cons-
tatação abrange a descrição de todas as coisas, inclusive a
descrição da cidade.
Ressurreição.
7
Rio de Janeiro: Martin
BORGES, Jorge Luis. O Aleph. São Paulo:
Claret. 1995.p.17.
Companhia Das Letras. 2008.p.148.
108
O MÉTODO
109
O MÉTODO
2.23
Outros exemplos da mesma
situação do exemplo anterior
110
O MÉTODO
111
O MÉTODO
8I Procedimentos metodológicos
112
O MÉTODO
1
Observação do
ambiente urbano
2
Figura e fundo
mapeamento de figura e
fundo e mapa de Nolli
3
Delineando
configurações
mapeamento das
configurações existentes
4
Níveis de
profundidade
diagramas da estrutura
física e territorial
113
O MÉTODO
114
O MÉTODO
Instrumentos de investigação
2.24
Do Google Earth para o local.
Selva de Pedra no bairro do Leblon.
1
http://earth.google.com/intl/pt/
115
O MÉTODO
2.25
Em muitos casos, a leitura de Projetos de Alinhamentos
pequenos filmes realizados com o
Aprovados (PAA) e mapas, assim como a pesquisa carto- auxílio de uma bicicleta ao longo
de trechos de calçada
gráfica e documental, foram importantes recursos para a
compreensão da constituição da forma urbana estabelecida.
O entrelaçamento e a sobreposição das informações decor-
rentes tanto da percepção no local quanto desta documen-
tação foram de grande importância para o entendimento de
algumas situações presentes na forma da cidade.
2.26
Google View from Street
2
http://www.google.com/intl/en_us/help/maps/streetview/
116
O MÉTODO
2.27
Google View from Street
veículo adaptado com
um recurso disponível no Google Earth que possibilita vi-
equipamento fotográfico
sadas ao nível da rua a partir de pontos específicos. Este
recurso gera vistas panorâmicas com aberturas de 360° na
horizontal e 290° na vertical. As imagens são obtidas por
meio de fotografia, feitas a partir de um veículo adaptado
que percorre as ruas das cidades. Curiosamente, muitas co-
munidades se negam a receber este veículo por razões de
privacidade.
117
O MÉTODO
Escalas de aproximação
118
O MÉTODO
2.28
da parábola. Quando este ponto estiver coincidente com o
Alguns exemplos de diferentes escalas de apro- vértice da parábola, o observador se encontra ao rés-do-
ximação. A parábola azul corresponde à análise e
a parábola vermelha corresponde à representação chão. Ao passo que o ponto se afasta do vértice, o observa-
do objeto.
119
O MÉTODO
120
O MÉTODO
121
O MÉTODO
122
O MÉTODO
2.29
Mapas de figura e fundo da praça
de São Marcos feitos por Lamas.
Figura e fundo
123
O MÉTODO
2
idem.p. 62.
3 2.32
Gestalt (Apud BARKI, J.; MIYAMOTO, J.; AZEVEDO, G.N.; CONDE, M.. Reversivilidade
Caderno Didático da disciplina de Analise e representação grafica.
Departamento de Análise e Representação da Forma – FAU / UFRJ. Comparação entre Uffizi (Vasari) e
2008.) Unité d’ Habitation (Le corbusier)
124
O MÉTODO
4
idem.
125
O MÉTODO
2.33
Mapa de Nolli
126
O MÉTODO
Delineando configurações
127
O MÉTODO
2.34
Delineando configurações
a partir de observação no local
1
HABRAKEN, N.J.. Structure of Ordinary. Massachusetts: The MITPress.
1998. p.20.
2
idem. p.28.
128
O MÉTODO
129
O MÉTODO
Página oposta:
1 Apartamento quarto e sala e
HILLIER, Bill. Space is the machine. Cambridge: desenho do interior de um iglú.
Cambridge University Press. 1996. p. xi.
130
O MÉTODO
sistema2.
2
PAULA, Viviane. Espaço e sociedade: apartamentos
no Rio de Janeiro no século XX. Tese de doutorado.
Rio de Janeiro: UFRJ/PROARQ. 2002.p.99.
3
HILLIER, Bill. Space is the machine. Cambridge:
Cambridge University Press. 1996. p.40.
131
O MÉTODO
4
HILLIER, B. ,HANSON, J..The Social Logic of Space.
Cambridge: Cambridge University Press. 1984. p.146.
132
O MÉTODO
5
idem.p.108.
133
O MÉTODO
6
HABRAKEN, N.J.. Structure of Ordinary.
Massachusetts: The MIT Press. 1998.p.127.
7
idem. p.136.
134
O MÉTODO
2.38
Diagramas de plantas imaginárias de contru-
ções com pátio e seus respectivos grafos de
acessos feitos por Bill Hillier
135
O MÉTODO
terminado território.
8
ibidem.
136
O MÉTODO
137
O MÉTODO
2.40
Desenho de diagrama de
profundidade territorial a ser
empregado nesta pesquisa.
138
O MÉTODO
2.41
Dois diagramas territoriais (a) e (e)
construídos por N. J. Habraken representando
variações territoriais de uma quadra.
139
O MÉTODO
140
O MÉTODO
141
O MÉTODO
142
O MÉTODO
143
Capítulo 3
a análise estrutural
alguns casos no Rio de Janeiro
A ANÁLISE ESTRUTURAL
Apresentação
Página anterior:
Diagramas de profundidade territorial
de frente de lojas em Ipanema.
146
A ANÁLISE ESTRUTURAL
147
A ANÁLISE ESTRUTURAL
2
JACOBS, Jane. Morte e vida nas grandes cidades.
São Paulo: Martins Fontes. 2007. p.131.
3
LYNCH, Kevin. A Boa Forma da Cidade. Lisboa:
Edições 70. 2007. p.249.
148
A ANÁLISE ESTRUTURAL
Urca
Os bairros da zona sul carioca têm suas bordas
como principal característica do abairramento,
devido principalmente à topografia acidentada.
Limites podem reforçar a identidade de um bairro?
4
FERREIRA, Flavio. Notas de aula.
PROURB/UFRJ, 2008.
5
LYNCH, Kevin. A Boa Forma da Cidade.
Lisboa: Edições 70. 2007. p.127.
149
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.04
Urca
Bairro com limites bem
definidos e centro fraco.
150
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.05
Manifestaçãoes de moradores da Urca
contra a implantação do IED (Instituto
do Design Europeu) no antigo cassino
da Urca.
São Conrado
3.06
Bairro de São Conrado
na década de 1970.
151
A ANÁLISE ESTRUTURAL
152
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.07
textura Plano Vosion X textura favela
na mesma escala.
153
A ANÁLISE ESTRUTURAL
6
Em “Morte e Vida de Grandes Cidades”, Jacobs descreve os ma- 3.08
Autopista Lagoa-Barra,
lefícios causados pelas zonas de fronteira desérticas e as grandes
São Conrado
quadras nas relações de vizinhança dentro da cidade. p.284.
154
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.09
São Conrado
Bairro com limites definidos
e duas texturas distintas
155
A ANÁLISE ESTRUTURAL
Méier
7 3.10
CARDEMAN, David e CARDEMAN, Rogério G. O Rio de Gradiente temático
Janeiro nas Alturas. Rio de Janeiro: Mauad, 2004. p.102. croqui de Kevin Lynch
8
LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. São Paulo:
Martins Fontes. 2006. p.51.
156
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.11
Méier
Bairro com liimites
indefinidos e centro forte.
157
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.12
O gradiente temático faz com que os limites físicos deixem Linha férrea no Méier,
forte limite visual.
de ser claros ou simplesmente desapareçam. Deste modo,
as características físicas de um local vão perdendo sua força,
se misturando às características de locais vizinhos, surgindo
assim uma zona de transição gradual, que pode ser caracte-
rizada como uma zona de fronteira. No bairro do Méier, como
seu núcleo é forte, as fronteiras perdem a importância como
elementos de reforço do sentido de lugar.
3.13
Pagina ao lado:
Plano de retificação do curso do
rio Comprido, inicio do século XX.
158
A ANÁLISE ESTRUTURAL
Rio Comprido
159
A ANÁLISE ESTRUTURAL
9
GERSON, Brasil. Histórias das ruas do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro: Editora Souza. 1954.
160
A ANÁLISE ESTRUTURAL
161
A ANÁLISE ESTRUTURAL
10
MAGALHÃES, Sérgio. Notas de aula.
PROURB/UFRJ, 2008.
162
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.17
Rio Comprido
Bairro com limites definidos e centro fraco. Manchas de inflência do conjunto de
favelas e do Elevado Paulo de Frontain sobre a textura do bairro. A linha vermelha
representa os limites do bairro indicados pela Prefeitura da Cidade.
163
A ANÁLISE ESTRUTURAL
11
FERREIRA, Flavio. Notas de aula.
PROURB/UFRJ, 2008.
164
A ANÁLISE ESTRUTURAL
Arpoador
165
A ANÁLISE ESTRUTURAL
também envolve aspectos ligados à definição de limites e à De modo geral, a grande maioria dos
entrevistados teve dificuldade em definir
nitidez do local.
que bairro estavam. Alguns, inclusive,
demoravam em dar sua resposta. De
vinte entrevistados, somente um morador
A ocupação do bairro de Copacabana teve início no final do
respondeu que estava no Arpoador, o que
século XIX e foi intensificada com a expansão das linhas pode facilmente constatar uma certa falta
de identidade e clareza no local.
de bonde1, sobretudo após a abertura do túnel Velho. Sua
ocupação se deu de forma gradual, estabelecida a partir do
primeiro eixo de circulação do bairro, a atual Avenida Nossa
Senhora de Copacabana, por onde a iniciativa privada - for-
mada pelos grandes proprietários de terra – conduzia o sen-
tido da expansão na região.
1
GERSON, Brasil. Historias das ruas do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro: Editora Souza. 1954.
166
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.20
Vila de Ipanema no inicio do século XX.
O bairro de Ipanema começou a tomar forma no início do
É possivel ver a rua dos Telégrafos, atual século XX. Assim como aconteceu em Copacabana, a atua-
rua Francisco Otaviano.
ção conjunta da iniciativa privada e das linhas de bonde foi
fundamental para a sua ocupação. No entanto, diferente de
Copacabana, a maioria de suas terras pertenciam a um único
dono.2
3.21 2
Pagina ao lado: idem.
Posto 6, Copacabana. 3
Os mapas e plantas cadastrais utilizados neste trabalho foram
Aos poucos os grandes terrenos iam sendo levantados por Maria Lucia Pecly. Em sua dissertação de mestrado,
loteados, de acordo com a demanda imobi- a autora emprega o método investigativo de Aldo Rossi à procura de
liaria na região. compreender a constituição da forma urbana da área do Arpoador.
167
A ANÁLISE ESTRUTURAL
168
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.22
Mapa de intensidade do fluxo viario na região. na e Ipanema. Naturalmente, a difícil geometria do traçado,
As ruas estreitas passaram a receber o trafego
viário de importantes eixos de circulação
assim como as dimensões se suas caixas de rua, não con-
dos bairros de Copacabana e Ipanema. Nos seguiu comportar o alto tráfego, afunilando o fluxo e ocasio-
horarios de pico algumas vias trocam de mão
no sentido do centro da cidade. nando o congestionamento das vias de acesso à região.
4
ASCHER, François. Metápolis: Acerca do futuro da
cidade. Oeiras: Celta Editora. 1998.p.17.
169
A ANÁLISE ESTRUTURAL
1
quadra no Posto 6
comprimento de 90 metros
2
quadra em Ipanema
comprimento de 200 metros
3
quadra no Arpoador
comprimento de 440 metros
4
quadra em Manhattan, NY
comprimento de 270 metros
5
JACOBS, Jane. Morte e vida nas grandes cidades.
São Paulo: Martins Fontes. 2007. p.197.
170
A ANÁLISE ESTRUTURAL
171
A ANÁLISE ESTRUTURAL
172
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.26
Portal do bairro chinês em São Francisco, Esta-
dos Unidos. Autores como Alexander, Jacobs e Lynch propõe a utilização
de preciosos recursos de valorização e de reestruturação in-
3.27 terna de regiões que necessitam de alguma identidade, pois
Pagina ao lado:
A fronteira indefinida e incerta entre os bair-
entendem que um local reconhecível é mais propenso ao
ros de Copacabana e Ipanema. Este trecho é controle interno de sua comunidade.
percebido como um local “embaçado” e carente
de identidade.
173
A ANÁLISE ESTRUTURAL
174
A ANÁLISE ESTRUTURAL
O bairro que você sonhou para o Rio e para sua família já existe: Cidade
Jardim.
3.29
Trecho de texto retirado de propa- Uma grande área de 512.000 m² junto a tudo que a Barra tem de melhor. Um
lugar com muita área verde, segurança, ruas largas e soluções infra-estruturais
ganda feita pelo incorporador do
modernas. O novo bairro do Rio de Janeiro já nasce atento à preservação dos
empreendimento. recursos naturais e focado no bem-estar das pessoas.
No intramuros tenta-se resgatar “o Mais do que um modelo de evolução, Cidade Jardim busca resgatar as boas
viver bem de antigamente” perdido coisas da vida, o viver bem como antigamente, mas com o olhar voltado para
na memória e nos antigos cartões o futuro. O Rio de Janeiro ganha um bairro-jardim.
Você ganha um lugar melhor para viver.
postais da cidade.
3.30
quadras. Deste modo, a ordem territorial que anteriormente
Página ao lado: possuía o maior nível hierárquico, em termos de controle,
Pórtico de entrada do Cidade Jardim.
passou a ser exercida dentro dos limites físicos de cada qua-
Imagem de maior destaque exibida em um dra e posteriormente, dentro dos limites de cada lote que
panfleto publicitário do empreendimento
Cidade Jardim na Barra da Tijuca. vinha a ser ocupado.
175
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.31
Diagrama esquemático de ocupação
de uma gleba em Copacabana.
176
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.32
Diagrama esquemático de ocupação
de um terreno para condomínio fechado.
177
A ANÁLISE ESTRUTURAL
Sistemas isolados
178
A ANÁLISE ESTRUTURAL
179
A ANÁLISE ESTRUTURAL
180
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.34
Logomarca da Cidade Jardim e planta
baixa de uma presídio panótico, mode-
lo em Cuba.
3.36
Página ao lado:
3
Vista aérea das áreas de uso comum de con-
MOREIRA, Clarissa. A cidade Contemporânea entre a Tabula Rasa e a
dominios na Barra da Tijuca e no Recreio dos
Preservação: Cenários para o porto do Rio. Dissertação de Mestrado.
Bandeirantes.
Rio de Janeiro: UFRJ/PROURB. 2002. p.50.
181
A ANÁLISE ESTRUTURAL
interior.
182
A ANÁLISE ESTRUTURAL
A borda da península
“O Península é um dos lugares mais bem
guardados e seguros do Rio e do Brasil. Sua
área perimetral é protegida por sistema de Outro diferencial do Península em relação aos condomínios
infravermelho, que impede o acesso não mais antigos pode ser observado em sua borda com a cida-
identificado pela lagoa. É guarnecida por
de. Embora sua área seja maior do que a maioria dos con-
duas entradas e saídas dotadas de guari-
tas com agentes, catracas para pedestres, domínios existentes na Barra, a extensão de muros e cercas
cancelas para controle de acesso veículos e em seu limite externo é muitas vezes inferior. Ao se dividir o
cadastro de visitantes e prestadores de ser-
valor da metragem linear de cercamento externo pelo valor
viços. Possui também seguranças motoriza-
dos e câmeras em constante monitoramento da área ocupada pelo condomínio, é possível perceber que
das vias, áreas de parques, jardins e trilha.
ele possui 100 vezes menos muros e cercas do que con-
Além disso, cada condomínio da Península
possui seu sistema de monitoramento de domínios como Nova Ipanema, Golden Green e Riviera Del
CFTV, controle de acesso de veículos, de Fiori, também situados no mesmo bairro.
visitantes e prestadores de serviços, sendo
o acesso permitido apenas com autorização
expressa do morador”. Esta característica se deve basicamente à sua localização.
Situado em uma península na Lagoa da Tijuca, o condomínio
Publicidade
faz uso da faixa costeira como fronteira perimetral do empre-
Imóvel SA
183
A ANÁLISE ESTRUTURAL
184
A ANÁLISE ESTRUTURAL
Barreira de infravermelho ativo: endimento, sem o emprego usual de barreiras físicas. Com
Assim como as cercas elétricas con-
isso, ao invés de muros altos, a vegetação nativa - recom-
vencionais, são utilizadas como prote-
ção perimetral em muros e divisas. O posta pelo paisagismo - funciona como limite perimetral do
alarme é gerado quando os feixes infra- empreendimento. No entanto, essa faixa é protegida por um
vermelhos entre os elementos recepto-
sistema de infravermelho, que controla o acesso pela lagoa.
res e emissores são interrompidos pelo
calor ou massa corporal de alguém que Os muros e cercas são utilizados no contato por terra com
tente invadir a área protegida. o resto da cidade e em volta de todos os condomínios in-
Telemaxtecnologia ternos.
de segurança
185
A ANÁLISE ESTRUTURAL
1.
2.
3.
4.
186
A ANÁLISE ESTRUTURAL
187
A ANÁLISE ESTRUTURAL
8
ROWE, Colin e KOETTER, Fred. Ciudad Collage.
Barcelona: Gustavo Gilli. 1998.p.50.
188
A ANÁLISE ESTRUTURAL
189
A ANÁLISE ESTRUTURAL
Um continuum Intramuros
9
DUARTE, Cristóvão Fernandes. Circulação e cidade: do movimento
da forma a forma do movimento. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro:
IPPUR/UFRJ. 2002.p.113.
190
A ANÁLISE ESTRUTURAL
191
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.42
Favela da Catacumba, 1928
Augusto Malta
1
PINHEIRO, Eliane Canedo de Freitas, PINHEIRO, Augusto Ivan de
Freitas (org.) et al.. Lagoa. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estudio.
2009. p.174.
192
A ANÁLISE ESTRUTURAL
2
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBGE - Censo Demográfico de 1950 e de 2000.
193
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3
ROWE, Colin e KOETTER, Fred. Ciudad Collage.
Barcelona: Gustavo Gilli. 1998.p.56.
194
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.45
A Lagoa e a textura do Plano Vosion
na mesma escala.
195
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.46
Mapa das distâncias entre uma moradia
nas proximidades do Corte do Cantagalo
e as padarias mais próximas à ela.
196
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.47
Edifícios na Avenida Epitácio
Pessoa na Lagoa e ilustração de uma
cidade contemporânea feita por Le Grades na Lagoa
Corbusier.
1
HABRAKEN, N.J.. Structure of Ordinary.
Massachusetts: The MIT Press. 1998.p.129.
197
A ANÁLISE ESTRUTURAL
2
LYNCH, Kevin. A Boa Forma da Cidade. Lisboa:
Edições 70. 2007.p.235.
3
JACOBS, Jane. Morte e vida nas grandes cidades.
São Paulo: Martins Fontes. 2007.p.35.
198
A ANÁLISE ESTRUTURAL
199
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.50
Edifício na Avenida Epitácio
Pessoa na Lagoa e o Castelo
de Sant’ Angelo, Roma.
As bordas da Lagoa
200
A ANÁLISE ESTRUTURAL
201
A ANÁLISE ESTRUTURAL
202
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.52
Alguns exemplos de borda “terra-mar” dife-
rentes das encontradas na textura da Lagoa.
O limite fisico das construções com a borda
d’agua delimitam um territorio mais contro-
lado e sucetível à multiplos usos.
Em sentido horário:
Favela da Portuguesa na Ilha do Governador,
Rua Francisco Behring no Arpoador, Rua
João Luiz Alves na Urca e Red Light District
em Amsterdan, Holanda.
203
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.53
Trilha aberta no gramado nas
proximidades do Corte do
Cantagalo, Lagoa.
204
A ANÁLISE ESTRUTURAL
4
FERREIRA, Flavio. In MACHADO, Denise Barcellos Pinheiro (org.) et
al. Sobre Urbanismo. Rio de Janeiro: Viana & Mosley:
Ed. PROURB. 2006.
205
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.54
Imagem de Nossa Senhora Auxiliadora,
praça homônima, Leblon.
5I Terra de Ninguém
1
JACOBS, Jane. Morte e vida nas grandes cidades.
São Paulo: Martins Fontes. 2007.p.286.
206
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.55
Ao lado:
A planta do loteamento do bairro do Leblon,
aprovada pela Prefeitura do Distrito Federal em
1919 mostra o traçado original das ruas ainda
sem os aterros.
3.56
Abaixo: 2
Foto aérea do Leblon, 1938. PINHEIRO, Eliane Canedo de Freitas, PINHEIRO,
Foto do Conjunto dos Jornalistas em cons- Augusto Ivan de Freitas (org.) et al.. Lagoa. Rio de
trução, 1952. Janeiro: Andrea Jakobsson Estudio. 2009. p.166.
207
A ANÁLISE ESTRUTURAL
1
Jóquei Clube do Rio de Janeiro
Os interstícios entre os grandes territórios fechados tornam-
2
se ambientes pouco controlados. Muitas vezes, do lado de 23° Batalhão da Policia Militar
3
fora dos muros cegos e dos cercamentos contínuos, o am-
Clube de Regatas do Flamengo
biente da rua torna-se um local árido e pouco freqüentado, 4
Selva de Pedra
utilizado apenas como um local de passagem, abandonado 5
de identidade e esvaziado do sentido de lugar. Clube Monte Líbano + Paissandu Atlético Clube
+ Associação Atlética Banco do Brasil
6
Cruzada de São Sebastião + Shopping Leblon
Nas áreas de maior fluxo viário, o emparelhamento de muros
lado a lado ao longo das vias forma um corredor, percorrido
pelo fluxo “impessoal” dos automóveis. Nota-se que este
trecho do bairro é cortado por um importante eixo de cir-
culação para a cidade, no qual é feita a ligação viária entre
a Barra da Tijuca e a Lagoa, em direção ao Centro e à zona
norte.
208
A ANÁLISE ESTRUTURAL
1.
3.
1
Foto aérea da região, 2010.
2
Cheios.
3
Limites físicos extensos de territórios
com alto controle.
4
Espaço extramuros: territórios com
4. pouco controle.
209
A ANÁLISE ESTRUTURAL
Do lado “de fora” existe uma praça. Para além dos limites
dos territórios fechados ao seu redor, a Praça Nossa Se-
nhora Auxiliadora parece ser um resto de terra esquecido
no bairro. No final dos anos 80, a praça foi retalhada para a
implantação do CIEP Nação Rubro-Negra, o qual não possui
qualquer tipo de relação com a mesma. O CIEP está voltado
para o lado oposto à praça, de frente para os fundos da Esco-
3.57
la Municipal Sérgio Vieira de Mello, implantada em meados Foto aérea, 1969
dos anos 90. Entre ambos também não existe qualquer tipo
de contato3.
3
Ver página ao lado.
210
A ANÁLISE ESTRUTURAL
Situação atual:
Cheios
Em cinza: Praça Nossa Senhora Auxiliadora.
Limites
Em vermelho: os limites fisicos existentes.
ciep Isoformismo dos limites fisicos e territoriais no
CIEP e na Escola Municial.
Situação proposta:
Cheios
Poché. Conformação do vazio pelas edifica-
ções ao seu redor.
Limites
Em vermelho: limites físicos voltados para
fora.Sem Isoformismo. As fronteiras territoriais
avançam sobre a praça que passa a ser con-
trolada pelas escolas.
211
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.58
Exemplos de Poché.
De cima para baixo:
4
ROWE, Colin e KOETTER, Fred. Ciudad Collage.
Barcelona: Gustavo Gilli. 1998.p.78.
212
A ANÁLISE ESTRUTURAL
6I Selva de Pedra
213
A ANÁLISE ESTRUTURAL
longamento sequer.
3
3.61
Ao lado:
Da favela da Praia do Pinto (1), incendiada
em 1969, ao conjunto Selva de Pedra (4) erguido logo
depois com seu traçado autônomo. Na gestão do prefei-
to Carlos Sampaio, ainda durante a existência da favela,
pensou-se em prolongar o traçado existente do bairro (3).
7
No que se refere ao contato das edificações Modernas com o solo, ler 4
neste capitulo o item “De um continuum natural para um continuum
recortado”
214
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.62
Praça Milton Campos utilizada
A praça da Selva de Pedra
pelos moradores e o cercamento
das moradias ao fundo.
8
VENTURI, Robert. Complexidade e contradições em
arquitetura. São Paulo: Martins Fontes. 2004.p.90.
215
A ANÁLISE ESTRUTURAL
Diagramas de profundidade
territorial dos acessos aos
edificios da Selva de Pedra.
A=espaço do térreo
B= portaria.
216
A ANÁLISE ESTRUTURAL
1.
2.
1 Cheios
Rés-do-chão, ocupação original.
Pilotis abertos.
2 Vazios
3.
Espaço fluente Moderno.
3 Limites
Cercamento dos edificações e
grupo de edificações.
4 Territórios
Territórios controlados e fragmentados
fisicamente. A praça interna à quadra e
externa aos edifícios ganhou um
4. formato físico.
217
A ANÁLISE ESTRUTURAL
218
A ANÁLISE ESTRUTURAL
219
A ANÁLISE ESTRUTURAL
Cheios
cruzada
Limites
Em vermelho: limites fisicos
Em azul: fronteiras territoriais
maior menor
controle controle
externo externo
Territórios
Em cinza: território controlado
pela comunidade da Cruzada.
220
A ANÁLISE ESTRUTURAL
8I Espaços de transição
3.67
1
De cima para baixo:
ALEXANDER, Christopher. A Pattern Language.
Apartamentos para estudantes
New York: Oxford University Press. 1977.p.276.
de graduação em Harvard, Kyu Sung Woo;
2
Desenhos de Gordon Cullen;
HABRAKEN, N.J.. Structure of Ordinary.
Planta do Panteon, Roma;
Massachusetts: The MIT Press. 1998.p.183.
Praça Louis-Le-Grand, 1685, Paris
221
A ANÁLISE ESTRUTURAL
222
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.70
Vista aérea da favela
do Humaità.
Favela Humaitá
223
A ANÁLISE ESTRUTURAL
224
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.72
Abaixo: configuração, característico de espaços de transição, indica
Edifício residêncial multifamiliar
que este espaço é controlado pela comunidade da favela.
e favela do Humaità lado a lado.
225
A ANÁLISE ESTRUTURAL
226
A ANÁLISE ESTRUTURAL
227
A ANÁLISE ESTRUTURAL
228
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3
Ver página 97.
229
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.76
Vila em Botafogo O térreo do edifício:
lojas comerciais e
entrada para vila.
Assim como a favela Humaitá, as casas de vila situadas no
número 68 da rua São Clemente possuem um importante
espaço de transição. A faixa de fronteira entre a vila e a rua
é ocupada por um edifício residencial multifamiliar, através
do qual é preciso atravessar uma espécie de túnel para se
chegar à vila.
230
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.78 grupos.
Espaço de transição:
O túnel de acesso à vila e aos
apartamentos do edifício acima. Como notado por Habraken, a relação horizontal de níveis
de controle entre agentes distintos em um mesmo território
deve ser evitada. Segundo o autor, qualquer tipo de mudan-
ça dentro do território pode causar interferências e por isso
exige freqüentes - e muitas vezes desgastantes - negocia-
ções entre as partes1.
1
HABRAKEN, N.J.. Structure of Ordinary.
Massachusetts: The MIT Press. 1998.p.34.
231
A ANÁLISE ESTRUTURAL
cheios
Diagramas de profundidade territorial.
vazios
rua da vila = A
Acima: alpendre (limites fisicos) = B
Mapeamento com marcação de territorios. fronteira (objetos dispostos no território) = B’
espaço interior da casa = C
232
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.80
Brook Mews, Paddington, Londres.
Paddington
233
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.82
Interior de uma quadra e sua borda
com as ruas do bairro.
2
No passado essas construções eram as estrebarias
das residências ao seu redor.
234
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.83
Quadra em Copacabana,
Rio de janeiro.
Quadra em Copacabana
235
A ANÁLISE ESTRUTURAL
236
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.84
Interior da quadra onde é
possivel observar o tapume
3.85
Entrada do “túnel”
gradeada
237
A ANÁLISE ESTRUTURAL
jardim botânico
jardim
botânico
gávea
jockey club
238
A ANÁLISE ESTRUTURAL
9I Barão da Torre
239
A ANÁLISE ESTRUTURAL
240
A ANÁLISE ESTRUTURAL
“Uma boa região não tem O trecho investigado da rua Barão da Torre em Ipanema pos-
grandes e contínuas áreas de sui cercamentos em toda a sua extensão e em ambos os
exclusão, há somente peque- lados. Acredita-se que essa configuração incida diretamente
nas irregularidades de acesso na relação entre a rua e as construções, sobretudo em ter-
entre diferentes grupos.” mos de qualidade do espaço.
3.87
Na página ao lado:
Mapas de nolli com e sem cercamento
do mesmo trecho da rua Barão da Torre,
Ipanema, Rio de Janeiro.
241
A ANÁLISE ESTRUTURAL
242
A ANÁLISE ESTRUTURAL
243
A ANÁLISE ESTRUTURAL
3.88
Trecho de calçada na avenida
Visconde de Pirajà, Ipanema.
244
conclusão
CONCLUSÃO
246
CONCLUSÃO
247
CONCLUSÃO
4.03
Avenida Portugal, Urca,
Rio de Janeiro.
248
CONCLUSÃO
2I Compreender as relações
para entender o objeto
249
CONCLUSÃO
250
CONCLUSÃO
251
anexo
ANEXO
254
ANEXO
5.01
Notre Dame Haut de Romchamp, Le Corbu-
sier, França, 1964.
1I O muro
255
ANEXO
5.02
Farnsworth House, Mies Van
Der Rohe, Illinois, 1951
5.03
Planta da Medina
de Thebes.
256
ANEXO
2I Aberturas
257
ANEXO
1
Aquela que permite que se veja através da superfície, esta-
belecendo certa conectividade visual com o outro lado, seja
por meio de vãos, fenestrações ou através da materialidade
da própria superfície;
2
Aquela que além de conceder um contato visual, permite
atravessar a superfície e assim passar para o outro lado,
como é o caso de vãos e intervalos.
258
ANEXO
3I Porosidade e Permeabilidade
1
CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e
suas aplicações. Rio de Janeiro: LTC,1996.
2
Idem.
259
ANEXO
3
Nan Ellin utiliza o termo porosidade com certa similaridade ao empre-
go do termo no presente estudo. ELLIN, Nan. Integral Urbanism. New
York: Routledge. 2006.p.60.
260
ANEXO
porosidade visual
qualidade do objeto
Po = f(x)
Po = porosidade/variável dependente
x = aberturas atravessadas visualmente
Po = Cv
Cv = conectividade visual
permeabilidade de movimento
possibilidade do corpo
Pe = f(x)
Pe = permeabilidade/variável dependente
x = aberturas atravessadas por movimento
Pe = Cm
Cv = conectividade por movimento
261
ANEXO
5.04
O que determina se um limite - ou uma amostra – é per- Imagens de amostras
meável ou não é o grau de conectividade entre seus poros. porosas. A amostra 1 é bas-
tante porosa, porém pouco
Mesmo o objeto tendo muitos poros, caso não exista conec- permeável.
262
ANEXO
5.05
1
Mapa de acessibilidade espacial de Jeddah
Ver o segundo capitulo desta pesquisa.
na Arábia Saudita, Space Syntax.
2
HILLIER, Bill in New Urbanism and Beyond: Designing
Cities for the Future. New York: Rizzoli. 2OO8.p.30.
263
ANEXO
Padrões visuais
264
ANEXO
265
ANEXO
porosidade visual
quase nula exemplos:
empenas e muros cegos,
porosidade nula ou quase paredes sem aberturas.
nula pouca ou nenhuma
fenestração
baixa exemplos:
fachadas e muros com
pouca porosidade poucas aberturas,
poucas fenestrações paredes internas com
vãos de portas e janelas.
branda exemplos:
paredes à meia-altura,
porosidade moderada fachadas vazadas e/ou
alguns vãos e certa translúcidas.
translucidez
moderada exemplos:
muros e cercamentos
porosidade alta vazados, grades e pai-
forma contínua delgada néis translúcidos
em geral.
forte exemplos:
balizadores, pilotis,
porosidade muito alta colunas.
grandes vãos
constitui uma fronteira
muito forte
exemplos:
porosidade altíssima degraus, delimitações
demarcações e disposição de piso, abrangências
de objetos no solo de uso ocasional
constitui uma fronteira
266
ANEXO
permeabilidade de movimento
quase nula exemplos:
um muro, uma parede,
barreira física impermeável uma cerca.
conectividade nula
isolamento espacial
baixa exemplos:
pequenas passagens.
barreira física com
pouca conectividade
branda exemplos:
portões, portas, acessos.
barreira física com
conectividade
moderada
moderada exemplos:
galerias, frentes abertas
de lojas.
barreira física com
conectividade
alta
forte exemplos:
degraus, balizadores,
poucas obstruções pilotis.
conectividade muito alta
constitui uma fronteira
267
ANEXO
5.07
Trecho de calçada em Ipanema.
268
ANEXO
1+2 3 4+5
269
bibliografia
BIBLIOGRAFIA
BARKI, J.; MIYAMOTO, J.; AZEVEDO, G.N.; CONDE, M.. Caderno Didá-
tico da disciplina de Analise e representação grafica. Departamento de
Análise e Representação da Forma – FAU / UFRJ. 2008.
272
BIBLIOGRAFIA
HASS, Tigran. New Urbanism and Beyond: Designing Cities for the Fu-
ture. New York: Rizzoli. 2OO8.
JACOBS, Jane. Morte e vida nas grandes cidades. São Paulo: Martins
Fontes. 2007.
273
BIBLIOGRAFIA
McHARG, Ian. Design with Nature. New York: Natural History Press.
1992.
MITCHELL, Don. The right to the city: Social Justice and the Fight for
Public. Nova Iorque: The Guilford Press. 2003.
274
BIBLIOGRAFIA
PEIXOTO, Nelson. Paisagens Urbanas. São Paulo: Ed. Senac São Paulo.
2003.
ZADEH, L. A. Fuzzy sets and applications. USA: John Wiley & Sons,
1987.
275
FONTE DAS FIGURAS
Introdução
fig. 0.01 - Barra da Tijuca: fotografia de Domingos Peixo- fig. 1.12 - Fotografias do autor.
to; o restante: fotografias do autor.
fig. 1.13 - Fotografias do autor.
fig. 0.02 - Pintura de William of Tyre, disponível em
http://www.wikipedia.org. fig. 1.14 - Fotografias do autor.
fig. 0.04 - Fotografia do autor e imagem do Google Ear- fig. 1.16 - Croqui de Le Corbusier, disponível em http://www.
th. cleandesign05.co.uk
fig. 1.02 - Charge de Natalie Dee, disponível em http:// fig. 1.20 - Fotografia do autor.
www.nataliedee.com.
fig. 1.21 - Mapa de Giambattista Nolli, disponível em http://
fig. 1.03 - Charge de S. Hams, disponível em http://www. nolli.uoregon.edu/ e desenho de Alison e Peter Smithson, dis-
blogger.com. ponível em http://www.cleandesign05.co.uk.
fig. 1.04 - Fotografias do autor. fig. 1.22 - Fotografia de Iwan Baan, disponível em http://www.
archdaily.com
fig. 1.05 - Fotografias do autor.
fig. 1.23 - Disponível em http://oma.eu/
fig. 1.06 - Superstudio, disponível em ROWE, Colin e KO-
ETTER, Fred. Ciudad Collage. fig. 1.24 - Maquete em corte, disponível em REED, Peter. Al-
var Aalto 1898-1976.
fig. 1.07 - Croqui de Flavio Ferreira, disponível em FER-
REIRA, Flavio. Sobre a forma das Cidades Mineiras Anti- fig. 1.25 - Disponível na Internet.
gas. Tese de Doutorado.
fig. 1.26 - Ilustração de Chico Veríssimo; Diagrama do autor.
fig. 1.08 - Mapa de Kevin Lynch, disponível em LYNCH,
Kevin. Managing the Sense of a Region. fig. 1.27 - Pintura de Claude Monet, disponível em http://
www.wikipedia.org.
fig. 1.09 - Fotografia do autor.
fig. 1.28 - Mapa de Kevin Lynch, disponível em LYNCH, Kevin.
fig. 1.10 - Fotografias do autor. A imagem da cidade.
fig. 1.11 - Fotografias do autor. fig. 1.29 - Croqui de Chritopher Alexander, disponível em
ALEXANDER, Christopher. A Pattern Language.
276
FONTE DAS FIGURAS
fig. 2.03 - Croqui de Le Corbusier, disponível em LE COR- fig. 2.19 - Pintura de Erhard Jacoby, disponível em JUNG,
BUSIER. Urbanismo; Croqui de Chritopher Alexander, dis- Carl G. e FRANZ, M-L. O Homem e seus Símbolos.
ponível em ALEXANDER, Christopher. A Pattern Language.
fig. 2.20 - Mapas de Bill Rankin, disponíveis em http://www.
fig. 2.04 - Fotografia e diagrama de N.J. Habraken, dispo- radicalcartography.net.
nível em N.J. HABRAKEN.Structure of Ordinary.
fig. 2.21 -Fotografia do autor.
fig. 2.05 - Fotografia do autor.
fig. 2.22 - Mapa do autor.
fig. 2.06 - Mapas de Mc Harg, disponível em McHARG, Ian.
Design with Nature. fig. 2.23 - Fotografias do autor.
fig. 2.07 - Mapas de rem Koolhaas, disponível em KOO- fig. 2.24 - Imagem do Google Earth e fotografia do autor.
LHAAS, R. e MAU,B.. SMLXL.
fig. 2.25 - Fotografia de Carolina Moraes Lobo.
fig. 2.08 - Mapas de Paul Lukez, disponível em LUKEZ,
Paul. Suburban Transformation. fig. 2.26 - Imagem do Google Street View, Google Earth.
fig. 2.09 - Croqui de Kevin Lynch, disponível em LYNCH, fig. 2.27 - Imagem do Google Street View, Google Earth.
Kevin. A imagem da cidade.
fig. 2.28 - Fotografias e desenhos do autor.
fig. 2.10 - Mapas do autor.
fig. 2.29 - Desenhos disponíveis em LAMAS, J.M.R. Morfo-
fig. 2.11 - Mapas, disponíveis em PECLY, Maria Lúcia. Ar- logia urbana e desenho da cidade.
poador: uma paisagem oculta.
fig. 2.30 - Mapas disponíveis em LAMAS, J.M.R. Morfologia
fig. 2.12 - Fotografias do autor e imagens do Google Ear- urbana e desenho da cidade.
th.
fig. 2.31 - Imagens disponíveis em BARKI, J.; MIYAMOTO,
fig. 2.13 - Fotografias do autor. J.; AZEVEDO, G.N.; CONDE, M.. Caderno Didático da disci-
plina de Analise e representação grafica.
fig. 2.14 - Fotografias da intervenção do Studio Rugwind,
disponível em http://www.designboom.com. fig. 2.32 - Imagens disponíveis em ROWE, Colin e KOETTER,
Fred. Ciudad Collage.
fig. 2.15 - Imagem do Google Street View, Google Earth.
fig. 2.33 - Mapa de Giambattista Nolli, disponível em http://
fig. 2.16 - Fotografias do autor. nolli.uoregon.edu/ e desenho de Alison e Peter Smithson,
disponível em http://www.cleandesign05.co.uk.
fig. 2.17 - Planta apartamento disponível em http://www.
construart-al.com.br; tenda mongol e beduina disponívis fig. 2.34 - Fotografias e desenhos do autor.
277
FONTE DAS FIGURAS
fig. 2.35 - Tenda beduína: fotografia de Vittoria Stagno; mo- fig. 3.11 - Imagem do Google Earth e mapa do autor.
radia Nandi disponível em http://sociolingo.wordpress.com;
planta apartamento disponível em http://www.construart-al. fig. 3.12 - Fotografia do autor.
com.br; interior iglu: Ilustração de Paulosie Sivuak.
fig. 3.13 - Mapa disponível no Arquivo Nacional, acervo Cor-
fig. 2.36 - Ilustração de Chico Veríssimo; Diagrama do au- reio da Manhã.
tor.
fig. 3.14 - Fotograias de Augusto Malta, disponível no blog
fig. 2.37 - Diagrama do autor e planta de Newgate Prison, “Saudades do Rio” de Luiz Darcy.
1800, disponível em http://commons.wikimedia.org.
fig. 3.15 - Fotografia e desenhos do autor.
fig. 2.38 - Diagramas de Bill Hillier disponível em HILLIER,
Bill. Space is the machine. fig. 3.16 - Desenhos do autor.
fig. 2.39 - diagrama de N.J. Habraken, disponível em N.J. fig. 3.17 - Imagem do Google Earth e mapa do autor.
HABRAKEN.Structure of Ordinary.
fig. 3.18 - Mapa do autor e propaganda Spazio Redentore dis-
fig. 2.40 - Diagrama do autor. ponível em http://imoveis.mrv.com.br.
fig. 2.41 - diagramas de N.J. Habraken, disponível em N.J. fig. 3.19 - Fotografia do autor.
HABRAKEN.Structure of Ordinary.
fig. 3.20 - Fotografia de Marc Ferrez, disponível em PI-
NHEIRO, Eliane Canedo de Freitas, PINHEIRO, Augusto Ivan de
Freitas (org.) et al.. Lagoa.
Capítulo 3
fig. 3.21 - Mapas do autor.
fig. 3.01 - Fotografia do autor.
fig. 3.22 - Mapas do autor.
fig. 3.02 - Fotografia do autor.
fig. 3.23 - Imagens do Google Earth
fig. 3.03 - Fotografia disponível em CARDEMAN, David e
CARDEMAN, Rogério G. O Rio de Janeiro nas Alturas. fig. 3.24 - Fotografia de Marcio Machado.
fig. 3.04 - Imagem do Google Earth e mapa do autor. fig. 3.25 - Mapas do autor.
fig. 3.06 - Fotografia disponível em http://www.rioquepas- fig. 3.27 - Imagem do Google Earth e mapa do autor.
sou.com.br.
fig. 3.28 - Fotografia do autor.
fig. 3.07 - Fotomontagem sobre imagem do Google Earth.
fig. 3.29 - Trecho de propaganda, disponível em http://www.
fig. 3.08 - Fotografias do autor. carvalhohosken.com.br.
fig. 3.09 - Imagem do Google Earth e mapa do autor. fig. 3.30 - Panfleto publicitário de distribuição gratuita.
fig. 3.10 - Croqui de Kevin Lynch, disponível em LYNCH, fig. 3.31 - Diagramas do autor.
Kevin. A imagem da cidade.
278
FONTE DAS FIGURAS
fig. 3.34 - Logomarca Cidade Jardim, disponível em fig. 3.53 - Fotografias do autor.
http://www.carvalhohosken.com.br.; planta de presídio
panótico, disponível em http://www.docarzt.com. fig. 3.54 - Fotografias do autor.
fig. 3.35 - Fotomontagem de MoVLe projetos. fig. 3.55 - Planta do Leblon, disponível em PINHEIRO, Eliane
Canedo de Freitas, PINHEIRO, Augusto Ivan de Freitas (org.) et
fig. 3.36 - Imagens do Google Earth. al.. Lagoa.
fig. 3.37 - Diagramas do autor. fig. 3.56 - Fotografias disponíveis em PINHEIRO, Eliane Ca-
nedo de Freitas, PINHEIRO, Augusto Ivan de Freitas (org.) et
fig. 3.38 - Fotografias do autor. al.. Lagoa.
fig. 3.39 - Imagens do Google Earth. fig. 3.57 - Fotografia disponível em PINHEIRO, Eliane Cane-
do de Freitas, PINHEIRO, Augusto Ivan de Freitas (org.) et al..
fig. 3.40 - Imagens do Google Earth e mapas do autor. Lagoa.
fig. 3.41 - Imagens do Google Earth. fig. 3.58 - Maquete em corte, disponível em REED, Peter. Alvar
Aalto 1898-1976; Mapa de Giambattista Nolli, disponível em
fig. 3.42 -Fotografia de Augusto Malta, disponível em http://nolli.uoregon.edu/; desenho de Alison e Peter Smithson,
PINHEIRO, Eliane Canedo de Freitas, PINHEIRO, Augus- disponível em http://www.cleandesign05.co.uk.
to Ivan de Freitas (org.) et al.. Lagoa.
fig. 3.59 - Planta do Leblon, disponível em PINHEIRO, Eliane
fig. 3.43 - Fotografia aérea disponível em PINHEIRO, Canedo de Freitas, PINHEIRO, Augusto Ivan de Freitas (org.) et
Eliane Canedo de Freitas, PINHEIRO, Augusto Ivan de al.. Lagoa.
Freitas (org.) et al.. Lagoa; Imagem do Google Earth.
fig. 3.60 - Fotografia disponível em PINHEIRO, Eliane Cane-
fig. 3.44 - Fotografia e diagrama do autor. do de Freitas, PINHEIRO, Augusto Ivan de Freitas (org.) et al..
Lagoa.
fig. 3.45 - Fotomontagem sobre Imagem do Google Ear-
th. fig. 3.61 - Diagramas do autor.
fig. 3.47 - Fotografia do autor; Desenho de Le Corbu- fig. 3.63 - Fotografias do autor.
sier, vista de uma cidade contemporânea, disponível em
LE CORBUSIER. Urbanismo. fig. 3.64 - Fotografia disponível em PINHEIRO, Eliane Cane-
do de Freitas, PINHEIRO, Augusto Ivan de Freitas (org.) et al..
fig. 3.48 - Fotografias do autor. Lagoa.
fig. 3.49 - Desenhos do autor. fig. 3.65 - Fotografia de André Teixeira; fotografia do autor.
fig. 3.50 - Fotografia do autor; Ilustração disponível em fig. 3.66 - Fotografias do autor.
http://www.wikipedia.org.
fig. 3.67 - Fotografia de Timothy Hursley, disponível em http://
279
FONTE DAS FIGURAS
fig. 3.73 - Fotografia do autor. fig. 5.01 - Fotografia de Roryrory, disponível em http://www.
flickr.com.
fig. 3.74 - Fotografias e diagramas do autor.
fig. 5.02 - Fotografia de Jerry, disponível em http://picasa-
fig. 3.75 - Fotografia do autor. web.google.com.
fig. 3.81 - Fotografias do autor. fig. 5.05 - Diagramas de Bill Hilier disponíveis em http://spa-
cesyntax.com.
fig. 3.82 - Fotografia do autor.
fig. 5.06 - Fotografias e diagramas do autor.
fig. 3.83 - Imagem do Google Earth.
fig. 5.07 - Fotografia do autor.
fig. 3.84 - Fotografia do autor.
280