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Pror>: Carlos do Amaral Coutinho Bratfisch

>- Projeto Sistema de Distribuição de Gás


Apostila

CURSO GÁS A TURA.L


Recife, 29 de março a 02 de abril de 2004.
PROJETO D,E SISTEMA DE DISTRIBUiÇÃO DE GÁS

NATURAL

Eng. Carlos do Amaral C. Bratfisch


bratfisch@uol.com.br

1 INTRODUÇÃO ........ ... ... ........ ... ............ ... ........ ....... .. .. .... .... .... .......... .... ....... ........ ....... ... . 2

1.1 INTRODUÇÃO E BREVE HISTÓRIA DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO ..... ...... .. .2

1.2 SUPRIMENTO DE GÁS .... .. ..... ... ..... .. ..... ..... ..... .. ..... ... ..................... .... .... ............ ... 2

1.3 REDES DE TUBULAÇÃO ....... ....... .. ... ... .. ...... .. .. .. ................. .. ...... .. .... .. ........... .. .. ... 2

1.4 SISTEMA DE DiSTRIBUiÇÃO ....... .. .. .... .. .. .. .. .. ... .. .. ..... ............... .... ... .. ...... ..... .. ...... 3

2 PROJETO DO SiSTEMA .. ........ ............... ... .... ..... .... ......... ..... ........ .......... ............ ..... ..... 3

2.1 DEFINiÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ...... ... .. .. ..... ... ... ..... ... .... ... ....... ........ ....... ....... ... 4

2.2 2.2 DIRETRIZES GERAIS DE FORNECiMENTO .. .................. .. .. ........... .. ............ .. 5

2.3 2.3 DEFINiÇÃO DA ÁREA DE PROJETO .. .. .. .. .. ............. .. ................................... .. . 5

2.4 2.4 ESCOLHA DO TIPO DE SISTEMA DE DISTRIBUiÇÃO A SER ADOTADO ..... . 5

2.5 2.5 TRAÇADO DE TUBULAÇCES (ROTA) E LOCALIZAÇÃO DE REGULADORAS E

VÁLVULAS DE BLOQUEIO .......... .. ..... .. .............. .... .......... .. .................... ... .... .... .. .. ... .... ... 5

2.6 DEFINiÇÃO DO TIPO DE PARÃMETRO DE PROJETO A SER ADOTADO ......... .. 7

2.7 ESTIMATIVA DAS DEMANDAS E VAZCES DE PROJETO ............. .. .. .. ............. .. 11

2.8 DIMENSiONAMENTO ......... .. ................. ............. ............... ......... ......................... . 13

2.9 PROTEÇÃO CATÓDiCA ... .. ...... .................... ... .. ........................... .. ... .. .......... .. ..... 14

2.10 DEFINiÇÃO DAS PRINCIPAIS CARACTERISTICAS CONSTRUTIVAS ......... .... .. 15

2.1 1 ELABORAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO QUE DEVE INTEGRAR O PROJETO BÁSICO 15

2.12 ELABORAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO QUE DEVE INTEGRAR O PROJETO EXECUTIVO

16

3 MATERIAIS ............ ... .. ....... ... .......... ............ ........ ..... ... .. ..... ..... .. ...... ... ...... ... ..... .... ...... .. 16

3. 1 METÁLICOS .. ... .. .. ... ............. .... ......... ....... .. ..... ... ............. .... .. ............................ . 16

3.2 PLÁSTiCOS ....... .... ......... ....... .... ..... .. .. ... .. ....... ..... ..... ......... .. .... .... ......... ..... .... ....... 17

3.3 OUTROS .. .......... ............ ..... .. .............. .. ...... .. ..... .. ............ .. ............. .... .... .. ......... 17

4 SEGURANÇA ..... .. .. ..... ............ ... .. .. ... .... .. ..... ..... ... .... .... ....... .. .. .. .. ... .. ..... ..... ....... ... ....... 17

4.1 SiSTEMA ..... ... ....... ...... ...... ..... ................................ ... .... ........... .. .. ....... .. .......... ..... 17

4.2 ABASTECIMENTO E ARMAZENAGEM DE GÁS NATURAL .. .......... .. ......... .. .. .... . 18

4.3 TRANSMISSÃO ... .. ............... .......... ..... .... .. .. .. .. ...... .. ............. .. .... .. ......... .. ... ..... ... .. 19

5 CONSTRUÇÃO ... ........ ....... ..... .. ...... ..... ........ .... ..... .... ..... .. ... .. .... ....... ... ..... ......... ...... ..... 19

6 REFER~NCIA ....... ... ..... ... ..... ..... ..... ....... .. ... .. ... .. ... .............. .. ....... ............... ... ... ... ........ 23

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Março/2004 Carlos A.C. Bratfisch
1 INTRODUÇÃO

1.1 INTRODUÇÃO E BREVE HISTÓRIA DE SISTEMAS DE DISTRIBUiÇÃO

A primeira fabrica a utilizar gás estava situada na cidade inglesa Birminghan, em


1795, isto foi quase a cem anos antes da luz elétrica. Ainda hoje, em muitas cidades
antigas ainda encontramos lampiões a gás, desativados. No inicio, o gás utilizado
era proveniente do carvão mineral, hoje cada vez menos utilizado. Passamos por
um período em que se utilizou em muitos locais o gás manufaturado. E então
chegamos ao gás natural.

1.2 SUPRIMENTO DE GÁS

Existem diversas formas de uma empresa distribuidora de gás receber o produto,


através de gasodutos de empresas de transmissão (gasoso), através de pontos de
recebimento de gás liqüefeito (navios, trens, ferrovias) .

1.3 REDES DE TUBULAÇÃO

Quando do inicio do gás, as redes eram dispostas sem qualquer critério de


concepção, tipo antena ou malha , ou ainda a disposição mista.

Nos sistemas mistos, a pressão de distribuição variava entre 8 e 10 mbar, a medida


que estas redes se ampliavam, a pressão no final da linha já atingia valores muito
pequenos, foi então, que em Paris, em 1906, uma solução brilhante foi encontrada,
implantou-se uma rede suporte, com pressão maior ( 1000 mbar) , que alimentaria a
rede de distribuição em diversos pontos, resolvendo assim o problema, que
perduraram nas grandes cidades européias até o pós guerra.

Nos Estados Unidos, com as descobertas de gás natural (1775) , a primeira


utilização (1825) e a formação da primeira companhia (1865) , juntamente com o
desenvolvimento da industria do aço e da soldagem, maiores pressões passaram a
ser utilizadas. A partir dos anos 50 a Europa passou a utilizar este novo modelo de
distribuição.
Sistemas que trabalham com pressões entre 1000 e 8000 mbar ainda existem em
diversas cidades do mundo, com São Paulo, Rio, Paris, Buenos Aires, e outras.

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Março/2004 Carlos A.C .Bratfisch
1.4 SISTEMA DE DISTRIBUiÇÃO

Apresentamos a seguir um esquema padrão de distribuição de gás.

GoIIS SUPPLY SOUItCES GAS OISTAIBUTION SYSTEIoIS

til'" GAfE STAllOM

<iAS STOAAGE
FA(ILrr\ES

UNDER(õAO...o
Sl1lRA(õ[ LOW-PIlESSURE lin. WCI DISl"IBUTIQN

1- - -,- - - - ....
. . - _.........- r - - 1 - - 1- - - < 1 - - - ~

LIQUErll( O
""TuRAi.
__"r-'''''-~ .. __ , __ _ !___i__ ~ _L\.UOC[~
I I I scavtC(
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STQRAGE L..~_ __=:....._ ___' ..... -:- - -:- - -:- -- .....[1[fI
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... __ , 1 __ 'r
" .1 f\l[l R....

~
__ TflANS.r!SIIOII "PELI. (400 TO 1200 _t1t
UQuEfIED ~
:
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GolS
II[DI\III- tll1: TO a .... l OR H_H- (t5 to 100 .... )
Of:Llvt: ,",O - ....[S3U'K ,.I:[D!:II ~ DlST""UTOfII .....
uQUIO reto ___ lO* - PM:SSlIM: OISTftttuTID'llIIIfA" '" TOI21. . .. tl
TA'"

Su8ST1lUll

..A' URAl.

GAS COhlPft[$SOR
PLAN'S.

Flg. 1-13.-A Gal Olltributlon System With RepreSEntativa Supply Source

2 PROJETO 00 SISTEMA

A elaboração dos projetos correspondentes aos sistemas de distribuição


compreende diversas fases, que estão descritivas nos itens seguintes deste
capítulo . O inter-relacionamento entre estas diversas fases é exposto no fluxograma
mostrado a seguir.

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Março/2004 Carlos A.C. Bratfisch
FLUXOGRAMA PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE DISTRIBUiÇÃO

DEFINiÇÃO DO
DEFINiÇÃO DA DIRETRIZES TIPO DE
ÁREA DE GERAIS DE PARÂMETRO DE
ESTUDO FORNECIMENTO PROJETO A SER
ADOTADO

, ,
..
ESTIMATIVA
DEFINiÇÃO DA ......._ _ _~ DAS DEMANDAS ......._ _ _ _ ___
ÁREA DE ~ E VAZÕES DE ....
PROJETO PROJETO

TRAÇADO DE
ESCOLHA DO
TUBULAÇÃO,
TIPO DE DIMENSIONA­
lOCALIZAÇÃO
SISTEMA DE ... MENTO DO
... DAS
DISTRIBUiÇÃO A SISTEMA
REGULADORAS
SER ADOTADO
E VÁLVULAS

ELABORAÇÃO
DEFINiÇÃO DAS
DA
PRINCIPAIS ELABORAÇÃO
CARACTERíSTI- 1 - - - - - - - 4..~ ~
DOCUMENTA­
ÇÃODO
... DO PROJETO
CAS EXECUTIVO
PROJETO
CONSTRUTIVAS
BÁSICO

2.1 DEFINiÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

o ponto de partida do projeto deve ser a definição precisa da área geográfica na


qual vão se desenvolver os estudos de demanda e, posteriormente, o projeto
Esta definição não pertence ao projetista, deverá ser fornecida pelos setores
comerciais e de planejamento da empresa concessionária . Pode assumir diversas
formas, desde uma listagem de ruas onde se quer implantar o serviço, até a
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Março/2004 Carlos A.C. Bratfisch
delimitação, em plantas, de extensas áreas geográficas, ou ainda, uma listagem dos
consumidores que deverão ser atendidos.

2.2 2.2 DIRETRIZES GERAIS DE FORNECIMENTO

Este conceito traduz a definição precisa do tipo de consumidor (comercial,

residencial ou industrial) que deverá ser abastecido pelo sistema que se quer

projetar. Esta definição também não pertence ao projetista, mas sim aos setores

comercial e de planejamento da empresa. Também deverá ser definido nesta fase o

tamanho e o tipo de consumidor, por exemplo, como segue:

residencial individual: n° de unidades domiciliares por prédio ou n° de andares por

prédio.

residencial coletiva: densidade de unidades domiciliares por hectare .

comercial: tipo e tamanho do comércio a ser atendido, ou a carga considerada para

uma determinada região.

industrial: tipo e tamanho do comércio a ser atendido, ou a carga considerada para

uma determinada região.

A diretriz mais importante a ser fornecida é com relação às industrias que deverão

ser atendidas, pois a maior parte do consumo encontra-se em um número pequeno

de industrias.

2.3 2.3 DEFINiÇÃO DA ÁREA DE PROJETO

A aplicação das diretrizes de fornecimento na área de estudo, reduz a mesma e a


converte na área de projeto. Através da realização de um estudo de demanda
detalhado, exclui-se as zonas vazias, ou seja, as zonas nas quais não existam
usuários a serem abastecidos.

2.4 2.4 ESCOLHA DO TIPO DE SISTEMA DE DISTRIBUiÇÃO A SER ADOTADO

De acordo com a natureza da área de projeto e dos usuários a serem abastecidos, o


projetista deve escolher o sistema de distribuição a ser adotado. Baseando-se em
um tipo padronizado, segundo vimos anteriormente.

2.5 2.5 TRAÇADO DE TUBULAÇÕES (ROTA) E LOCALIZAÇÃO DE


REGULADORAS E VÁLVULAS DE BLOQUEIO

Entendendo-se traçado de tubulação como sendo o projeto geométrico do sistema .


É a fase que se requer mais experiência do projetista. O traçado esta condicionado
aos seguintes aspectos:
• Cumprimento das diretrizes gerais de fornecimento previamente estabelecidas
• Minimização de custos
• Minimização dos problemas decorrentes da construção, operação e manutenção
futura
• Segurança em relação ao traçado em áreas populosas, ou próximo a elas
• Possibilidade de implantação em etapas
• Possibilidade de ampliação futura para áreas adjacentes

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Março/2004 Carlos A. C. Bratfisch
• Possibilidade de ampliação futura de sua capacidade, com pequenos
investimentos

Conforme a importância do projeto, em alguns casos, devem ser estudados vários


traçados alternativos, sendo a seleção final resultado de um estudo comparativo em
que são analisados todos os aspectos citados.

LINHAS TRONCO

São a alimentação principal do sistema de distribuição. São linhas de grande


diâmetro, que podem ser utilizadas como reservatório de gás. Devido a importância
destas linhas, o seu traçado não pode ser escolhido de forma aleatória, mas sim
fazendo parte de um plano diretor da empresa

LINHAS LATERAIS

São alimentadas pelas linhas troncos. Devem ser localizadas próximo de alguma
válvula da linha tronco de tal forma a facilitar a instalação das redutoras de pressão.
Esta não é uma regra geral.

REDES DE DISTRIBUiÇÃO DE ALTA PRESSÃO

Para o traçado de redes de distribuição que abastecem áreas nas quais os usuários
estão localizados de uma forma relativamente homogênea, é possível estabelecer
modelos geométricos, conhecidos como modelo padrão. Nestes casos, a aplicação
pratica destes modelos fica comprometida, uma vez que as cidades geralmente
apresentam geometria diferente de qualquer modelo teórico previamente
estabelecido.
Nas ilustrações a seguir são descritos os esquemas da rede padrão que deve ser
utilizado.
Este modelo possui as seguintes características:
- O modelo é baseado no atendimento de uma área formada por ruas cruzando-se
em ângulos de 90 graus, sendo que os critérios para este tipo de projeto são os
seguintes:
• As tubulações principais devem formar uma malha quadrada, envolvendo um
número de quarteirões variável , em função da densidade de usuários da área .
(ver tabela abaixo).

, 0.20 e m-=.:
a.:....:'--=.:s
io re ~______--'--5--=-
' -=.: x:.....5=--__________

• MAPAS E VISTORIA
a) Mapa: Obter mapas atualizados da região em escala 1:5000 ou 1:10000.
b) Vistoria: O reconhecimento do traçado no local objetiva atualizar as informações
de arruamentos contidos nos mapas inicialmente utilizados , e verificar se o

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Março/2004 Carlos A.C. Bratfisch
traçado preliminar é mais conveniente sob o aspecto de potencial de consumo, e
coletar informações que não são disponíveis, além de fazer a análise preliminar
visando o maior rendimento da obra.

• LOCAÇOES PREFERENCIAIS

a) Válvulas de Bloqueio: Uma válvula a cada derivação de linha existente. As


derivações em linhas novas serão realizadas mediante a colocação de três
válvulas. Permitir que em extensões muito grandes seja possível o bloqueio.
Criar área de bloqueio, em redes de distribuição, com válvulas de tal forma
que seja possível o bloqueio de uma área com 3 válvulas.
b) Reguladoras de Pressão

• INTERFER~NCIAS

a) Especiais: Evitar que a tubulação cruze rodovias, ferrovias, cursos de água,


linhas de energia elétrica e demais obstáculos que possam vir a dificultar a sua
transposição ou a instalação de válvulas, redutoras ou outros componentes.
Quando isto não for possível, deve-se obter a permissão de travessia, ou ainda para
a instalação de componentes junto a outros órgãos governamentais, e as vezes até
particul'ares.

b) Normais: Evitar o cruzamento da linha de gás com redes subterrâneas telefônicas


e elétricas. Caso haja necessidade, tomar todos os cuidados possíveis para evitar
acidentes durante a realização da obra, e garantir a segurança operacional da linha
de gás

• MEIO AMBIENTE

a) Linhas de gás no perímetro urbano: Normalmente não necessidade de se obter


licenças a nível ambiental neste caso.

b) Linhas de gás fora do perímetro urbano: De acordo com a legislação federal,


estadual e talvez municipal, talvez haja a necessidade de se realizar um estudo
especifico que leva em consideração aspectos relativos a instalação, obras e
operação, tudo sob a ótica de impacto ao meio ambiente. Este é um processo
demorado e normalmente para a sua realização há necessidade de envolvimento
de equipes de trabalho extremamente especializadas no assunto .

2.6 DEFINiÇÃO DO TIPO DE PARÂMETRO DE PROJETO A SER ADOTADO

• INTRODUÇÃO

As estimativas das demandas e vazões de projeto, necessanas para o


dimensionamento dos sistemas são realizados utilizando-se coeficientes
estimativos, os quais são chamados parâmetros de projeto. Estes parâmetros são
estimados em função de valores históricos de áreas de serviço de gás de
características similares a que se deseja projetar. É evidente que a definição do
valor depende de cada caso especifico, por isto os dados apresentados nesta
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apostila devem ser considerados apenas como valores de referência, que devem
ser modificados se as condições especificas do projeto variarem significativamente
das condições tomadas como referência.

• SETORIZAÇAO DE CONSUMIDORES

As estimativas de consumo atual e futuro devem considerar os seguintes


segmentos: residencial, comercial e industrial. Para o segmento residencial é
possível adotar parâmetros que reflitam de forma confiável um comportamento
típico. Para o segmento comercial e industrial isto não é possível frente a grande
diversidade do consumo.

• DEFINIÇAo DOS PARÂMETROS

CONSUMO M~DIO: q (kcallh)


CARGA INSTALADA: C (kcallh), refere-se a capacidade máxima de consumo de
gás.
CONSUMO MÁXIMO: q max (kcallh), refere-se ao consumo máximo verificado
vAZÃo DE CÁLCULO: qc (kcallh), refere-se a vazão a ser utilizada no cálculo do
sistema
FATOR DE SIMULTANEIDADE: F (%), quociente entre o consumo máximo e a
carga instalada
FATOR DE CONSUMO: P(%), quociente entre o consumo máximo e o consumo
médio

• PARÂMETROS RESIDENCIAIS

Para se determinar a qc apresentamos as tabelas a seguir, de três formas


diferentes, por artefato, por artefato utilizado e nível sócio econômico.

qc = C x F

Tabela 1 - ARTEFATO

_ _ _ _ _ _ _ _+1---=--=-
120:00 _ _ _ _--'
3500 1

4700 a 9000
I
11500 a 12500
15000 a 16000
18000 a 19000
4000 a 5000
_1_500 a 1250Q _
I 1
~~ _ _ _ __________~____________~
15000 a 16000
A uecedor de acumula~o 150 I 18000 a 19000
---'
Secadora de rou a 3700
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Tabela 2 - TIPO DE ARTEFATO UTILIZADO

formada por UDAs que utilizam gás


9000 9000
exclusivamente cozinhar
formada por UDAs que utilizam
predominantemente gás para cozinhar e 13000 10000
com 10% a 20% com a uecedor de ua
formada por UDAs que utilizam gás
29000 17000 23000
ra cozinhar e ecedores de

Tabela 3 - NlvEL SÓCIO ECONÔMICO

Imo
habitada por pessoas pertencentes a I 3500
I classe C
habitada por pessoas pertencentes a I 4500 3200 I 3850
classe B I I

Fator de simultaneidade: Determina o consumo de várias UDA ligadas em um


mesmo ramal

N° DE UDAs FATOR DE FATOR DE


SIMULTANEIDADE SIMUL TANEIDADE
cargas menores que 15000 cargas maiores que 15000
kcal/h kcal/h

[2
1
0.845
O.
0.954
•••
3 0.775 0.829
'----------~--------------------_T~~------------------ ]
4
1---
O 747
.
I 0.747 I,

I5 0.718 0.690
--.-----------------+---------------------~
,-6 0.689 0.647 I
~------~1----
0. 654-----------------+-0-~
.6 1-
5----------------~
8 0.624 0.596
~ ______-+t_
0_.598
----------------
_ _ ________________~1____
0 . 58 3__________________
I 10 0.576 I 0.569
i 0.437--------1-.4--------~

~
O 0- 75

4-~- !0.372 : 0.424


I 0.37_2____________--+_0_.3_87_ ____________---.
I 50 I 0.284 0.356
60 0.281 I0.324
I

I 80 , 0.196 0.269

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190 10.174 10.245

i 100
110
0 157
1 0 . 143
I0.214
0.228

120 0131 0.200


I
1130 ' 0.121 10.188 -
I 140 0.112 10.176 I

l 150 0.105 10 . 165


1160 0.100 10.156 I
l 170 0.100 10.150

• PARÂMETROS COMERCIAIS

A estimativa do consumo de gás do segmento comercial deve considerar três casos:


1. Região a ser atendida predominantemente residencial com atividade comercial
limitada ao atendimento das necessidades dos moradores da própria região.
Neste caso, o consumo pode ser considerado como uma porcentagem do
consumo residencial, variável em função das características do mesmo.
2. Região a ser atendida contém estabelecimentos comerciais com grande consumo
de gás. Estes estabelecimentos devem ser considerados em separado, figurando
seu consumo como uma demanda individual para o dimensionamento da rede de
distribuição.
3. Região eminentemente comercial, envolvendo estabelecimentos comerciais de
grande e pequeno porte. Neste caso o consumo dos estabelecimentos de grande
porte deve ser estimado individualmente, podendo o consumo dos demais serem
avaliados de forma mais simples.

Para o caso mencionado no sub-item 1) o estudo pode reduzir-se a um


reconhecimento rápido na área em estudo, para poder estimar a porcentag,em
especifica de consumo, sendo que a mesma varia entre limites restritos ( de O a
20%)
Não ocorre o mesmo para as regiões mencionadas nos sub-itens 2) e 3) para as
quais exige-se que se realize um censo nos estabelecimentos de grande porte, com
o objetivo de considerar o seu consumo, em função de que as diferenças existentes
entre os casos individuais é tão grande que não se pode determinar um consumo
médio por estabelecimento .
No caso de hotéis e hospitais pode-se adotar para estudos preliminares, valores
médios por unidade de consumo (nestes casos, números de leitos e numero de
apartamentos, respectivamente), sendo porém, necessário conhecer previamente o
numero de unidades de consumo no estabelecimento (conforme as tabelas a
seguir) .

HOTÉIS
I Consumo
1 _ médio _or a. artamento _ __ _
.L...:..:.--=-~---'-~
700 a 2100 kcal/h _ _----<
~--'-=--=-=-=~-=-:...:..=...=c:.:....:....:.

. Carga instalada or a artamento _ _ _ _ _---'1_3_8_0_0_a 6100 kcal{h_ _


1-1= ator_d_e_s_i_m_u_lt_a_n_e_id_a_d_e-,--I_1_e_s_ta_b_e_le_c_im_e_n_t_o_ ......1 _9_0_oA_o _a_9_6_oA_o_ _ __
I Fator de ico . 1.6 a 2.8

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HOSPITAIS
I Consumo médio_por leito 1000 a 3100 kcallh
; Consumo médio Qor leito ocupado 2000 a 4600 kcallh
I Carga instalada Qor leito 3000 a 10000 kcallh
I Fator de simultaneidade pl 1 estabelecimento 70% a 100%
I Fator de pico 2.5 a 3.8 I
Analisando a tabela acima, vemos que o intervalo entre os valores maxlmos e
mínimos é apreciável. Em função disto a utilização desta tabela é restrita.

• PARÂMETROS INDUSTRIAIS

O estudo de demanda para este setor, do ponto de vista comercial é seguramente o


mais importante e requer pesquisas especificas para cada projeto. Esta pesquisa
deve ser orientada no sentido de obter-se informações que permitam uma estimativa
adequada de sua demanda potencial, considerando inclusive as facilidades
existentes para a conversão dos equipamentos existentes.
Além da demanda potencial, deverão ser levantados dados que permitam uma
estimativa aceitável de seu fator de simultaneidade e a caracterização de eventuais
sazonalidades de consumo.

2.7 ESTIMATIVA DAS DEMANDAS E VAZÕES DE PROJETO

No fluxograma a seguir é indicado o processo de cálculo de demanda a partir da


demanda potencial atual.

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Março/2004 Carlos A.C.Bratfisch
CRITÉRIO DE PROJEÇÃO DE DEMANDA

DEMANDA

POTENCIAL

ATUAL

CRITERIO DE
CAPTAÇÃO
I----.Jj
DEMANDA

ATUAL

CRITÉRIOS DE 1---_ __
PROJEÇÃO

PROJEÇÃO DA

DEMANDA

HORIZONTE 20

ANOS

SIM CALCULA-SE
>--- --.1 COM DEMANDA
PARA 20 ANOS

NÃO
y
CALCULA-SE

ANO QUE

DEMANDA SEJA

DOBRO ATUAL

NÃo CALCULA-SE
COMA
- - -. DEMANDA DE 1C
ANOS

SIM
-Y
CALCULA-SE

COM O DOBRO

DEMANDA

ATUAL

Neste processo deve-se fixar os critérios de captação e critérios de projeção que


são particulares de cada projeto e devem ser assumidos pela projetista com o
auxílio dos departamentos comercial e de planejamento da empresa distribuidora.
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Março/2004 Carlos A. C.Bratfisch
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- -

• Demanda Potencial Atual

a) Residencial: A estimativa poderá ser obtida através de censo de residências ou


estudos de população
b) Comercial: Em conjunto com o censo de residências, deve-se efetuar um censo
de estabelecimentos comerciais
c) Industriais: A obtenção divide-se em 4 etapas: Identificação do universo dos
consumidores. Seleção dos consumidores importantes. Pesquisa direta nos
consumidores importantes. Estimativa de consumo nas industrias não pesquisadas.

• Critérios de Captação

A demanda potencial se converte em demanda efetiva ao longo do tempo, na

medida em que os possíveis consumidores vão sendo captados, ou seja,

incorporados ao serviço.

A velocidade de captação depende de inúmeros fatores, sendo os mais importantes:

a) Tarifa do gás em relação aos combustíveis que serão substituídos.

b) Facilidade para construir novas instalações internas e de converter instalações e

equipamentos existentes

c) Subsídios parciais que a companhia distribuidora possa fornecer.

Estes fatores dependem da política comercial da empresa, mas para a realização do

projeto do sistema se faz necessário a escolha de critérios de captação, sem os

quais não se chega a demanda futura , necessária para a dimensionar o sistema.

a) Residencial: ano 1=10%, ano 2=25%, ano 4=50%, ano 12=80%

b) Comercial e Industrial: ano 1=50%, ano 2=75%, ano 3=100%

• Critérios de Projeção

Para projetar a demanda atual até o horizonte de tempo fixado, é necessário


estabelecer precisamente com que critéri,o se efetuará esta projeção.

Residencial : Métodos de projeção de crescimento da população, Planos diretores


dos Municípios, IBGE e outros
Comerciais: Baseado no residencial
Industrial: Realizar uma metodologia baseada em: hipóteses de crescimento da
economia, hipóteses de crescimento setorial, tipo de industrias da região, existência
de áreas livres, limitações ao tipo de industria, limitações ambientais, leis de uso do
solo, questionário as industrias existentes e conhecimento de novos projetos.

• Projeção da Demanda

De acordo com o fluxograma mostrado no início do item.

2.8 DIMENSIONAMENTO

No dimensionamento do sistema leva-se em conta os seguintes fatores :

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Março/2004 Carlos A C. Bratfisch
a) Pressão: Baseado na escolha do sistema de distribuição, determinar o valor de
pressão mínima na rede de distribuição
b) Velocidade: Em sistemas novos não há necessidade de se limitar a velocidade,
mas a sujeira do gás pode trazer problemas na linha, se limitarmos a velocidade
a 20 mls é pouco provável que as partículas de pó ou pequenos fragmentos
causem distúrbios.

Existem inúmeras fórmulas de dimensionamento que podem ser utilizadas, e que


podem ser encontradas na literatura corrente, apresentamos abaixo a formula geral.

VARIÁVEL DESCRiÇÃO UNIDADE


Q Vazão nas condições m3 /dia
base
Tb Temj:leratura base °K
Pb Pressão base kgf/cm 2 A
P1 Pressão inicial kgf/cm 2 A
P2 Pressão final kgf/~m2 A
- --
T °K
Z I

.G Densidade relativa ao
I ar
L Com rimento km
I -- ­
D I Diâmetro cm
f Fator de atrito --
e Ru osidade do Tubo
- - - ---
cm

Q = 0,1811 * To / Po * ( ( P1"2 - P2"2 ) / Z / G / T / L ) " 0,5 * D" 2,5 * ( 1 / f)" 0,5

Re = 98,52 * Q / D

( 1 / f) " 0.5 =-4 * log ( e/ D/ 3,7 + 1,255/ Re / f" 0,5 )


e = 0,0017 (aço) , 0,015 (aço galvanizado), 0,025 (ferro fundido), 0,00036
(polietileno)

2.9 PROTEÇÃO CATÓDICA

A corrosão do aço enterrado resulta de ação eletroquímica, com a presença de um


eletrólito de umidade contendo variadas concentrações de sais dissolvidos. A
corrosão é associada ao fluxo da corrente elétrica produzida pela diferença de
potencial entre as áreas de ânodo, mais reativas, e as de cátodo, menos reativas. A
proteção catódica proporciona um meio de contrabalançar isso, devendo ser
aplicada a toda a seção enterrada da tubulação.
Deve-se levar isso em consideração, durante os estágios de desenho e
planejamento de um projeto .

• RESISTIVIDADE DO SOLO
IBP - GÁS NATURAL 14/14
Março/2004 Carlos AC .Bratfisch
• DRENAGEM DE CORRENTE
• SISTEMAS DE PROTEÇAO
Sistemas de corrente impressa
Ânodos de sacrifício
• FLANGES ISOLADORAS
• PONTOS DE MEDIÇAO DE POTENCIAL
• CONTINUIDADE ELÉTRICA
• VERIFICAÇOES PERiÓDICAS

2.10 DEFINiÇÃO DAS PRINCIPAIS CARACTERíSTICAS CONSTRUTIVAS

Dimensionado o sistema, o projeto básico deve ser completado com a definição das
principais características construtivas, que são as seguintes:

-Tipo e espessura de tubulações


-Tipo de recobrimento anti corrosivo ublizado e sistema de proteção catódica
-Cobertura mínima e provas a que será submetida a tubulação

Os requisitos para cada um dos aspectos assinalados anteriormente, estão


descritos no sistema de instruções técnicas da empresa distribuidora

2.11 ELABORAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO QUE DEVE INTEGRAR O PROJETO


BÁSICO

projeto básico do projeto de um sistema de distribuição será composto pelos


seguintes documento:

-Memória descritiva na qual constem os seguintes aspectos


.Diretrizes gerais previas ao projeto (área de estudo e diretrizes gerais de
fornecimento)
.Metodologia utilizado no estudo de demanda, com indicação precisa dos critérios
de captação, projeção e os parâmetros de projeto adotados.
-Desenho mostrando as áreas de estudo e projeto e dentro destas, a distribuição
dos consumidores (localização individual, ou áreas de densidade homogênea)
correspondentes a situação atual e futura
-Memória de cálculo do sistema com indicação das formulas e metodologia de
calculo
-Desenhos mostrando a distribuição de pressão no sistema projetado
-Desenho dos traçados das tubulações realizado em escala 1:2000 e 1:5000, com
indicação de: Diâmetro da tubulação, localização e diâmetro das válvulas de
bloqueio, localização das estações reguladoras de pressão e delimitação das zonas
de bloqueio.
-Memoria descritiva indicando a caracterização das obras especiais (travessias de
rodovias, ferrovias, cursos da água, etc.) com indicação da solução construtiva das
mesmas.
-Memoria descritiva relativa ao dimensionamento das instalações complementares e
enquadramento em um dos projetos típicos da empresa distribuidora. No caso de
nõa ser possivel esse enquadramento, elaboração dos fluxogramas
correspondentes com indicação de tubulações, equipamentos e instrumentação.
IBP - GÁS NATURAL 15/15
Março/2004 Carlos A. C. Bratfisch
-Memoria descrevendo as principais características construtivas.
-Especificações e quantitativos preliminares do material a ser utilizado
-Estimativas preliminares de custo

2.12 ELABORAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO QUE DEVE INTEGRAR O PROJETO


EXECUTIVO

Projeto executivo pode ser realizado em dois níveis diferentes de execução,

conforme o indicado a seguir:

A escolha por um dos níveis depende da importância das instalações e deverá ser

feita previamente

1. Nível I

a) Levantamento planialtimetrico em escala 1:500 do traçado das tubulações e


1:200 em locais congestionados
b) Levantamento junto as demais concessionárias de serviços públicos das
interferências existentes ao longo do traçado das tubulações
c) Projeto geométrico das canalizações
d) Complementação das características construtivas indicadas no projeto básico
e) Projeto detalhado de obras especiais
f) Lista de materiais
g) Estimativa de custos

2. Nível 11

Para este nível são validas as mesmas exigências indicadas para o nível I, com uma
única diferença, no que se refere ao levantamento planialtimetrico e não somente
planimetrico.

a) Levantamento planimetrico em escala 1:500 do traçado das tubulações e 1:200


em locais congestionados
b) Levantamento junto as demais concessionárias de serviços públicos das
interferências existentes ao longo do traçado das tubulações
c) Projeto geométrico das canalizações
d) Projeto detalhado de obras especiais
e) Detalhe em perfil, escala H = 1:500 e V = 1:100, dos locais de travessia com
muitas interferências.
f) Lista de materiais

3 MATERIAIS

3.1 METÁLICOS

Desde o aparecimento do aço, o seu emprego na industria do gás foi aumentando


ano a ano, de forma a fazer com que se desenvolvessem diversas técnicas e
procedimentos de controle e de proteção das tubulações.
Todo o processo soldagem se desenvolveu, e acessórios foram padronizados para
a sua utilização
IBP - GÁs NATURAL 16/16
Março/2004 Carlos A C.Bratfisch
Aproveitou-se todas as normas da área do petróleo, e assim as normas API foram

adotadas e as normas ASTM e ANSI, chegando-se a criar uma norma especifica

para a área do gás.

São tubulações que se destinaram a trabalhar com pressões mais altas,

possibilitando a maior abrangência dos sistemas de distribuição.

3.2 PLÁSTICOS

A alguns anos se desenvolveu a tecnologia da fabricação de tubos de polietileno,


sendo que no começo enfrentaram-se diversos problemas quanto a compatibilidade
das resinas.
Os meios de união dos tubos e conexões de desenvolveram em duas frentes, solda
de topo e solda por eletrofusão.
O emprego do polietileno nos sistemas de distribuição se faz nas linhas com
pressão até 4 bar. A sua utilização com relação ao aço é mais simples, pois não há
necessidade de proteção catódica e a flexibilidade dos tubos facilitam o
assentamento.

3.3 OUTROS

O ferro fundido foi durante muito tempo o material mais empregado nos sistemas do
gás, mas hoje já se encontra em desuso
O cobre se emprega mais em tubulações dentro dos pequenos consumidores.
Alumínio já foi utilizado em pequena escala, e ainda hoje se fazem algumas
experiências.

4 SEGURANÇA

4.1 SISTEMA

a) VÁLVULAS DE BLOQUEIO

De acordo com a classe de localização da tubulação se localizam válvulas de


bloqueio nas redes de distribuição. Utilizam-se atualmente válvulas tipo esfera, mas
válvulas tipo macho, borboleta ou gaveta também podem ser utilizadas. Tudo
depende da orientação da engenharia da empresa. A colocação de válvulas deve
ser feitas sempre visando a possibilidade de se bloquear o gás em um trecho da
rede, no caso de um acidente, vazamento, ou mesmo um simples procedimento de
ligação de um novo consumidor.

b) REGULAGEM DE PRESSÃO

São o coração do sistema de distribuição, fazem a interligação dos sistemas de


diferentes pressões de trabalho, possibilitando que consumidores de maior porte
recebam gás a uma pressão maior, e também consumidores pequenos possam ser
alimentados com critérios de segurança adequados. As estações reguladoras de
pressão se compõe de: filtros, reguladores de pressão, válvulas automáticas que
impedem que a pressão maior alimente o sistema a jusante e sistemas de controle
que possibilitam um melhor gerenciamento do sistema .
IBP - GÁS NATURAL 17/17
Março/2004 Carlos A. C.Bratfisch
c) ESTAÇOES DE MEDiÇÃO E RECEBIMENTO

É o ponto de ligação da transmissão com a distribuição, é constituído de um sistema


de filtros, medição do volume para faturamento, regulagem de pressão,
condicionamento complementar do gás e sistemas de controle a distância.

4.2 ABASTECIMENTO E ARMAZENAGEM DE GÁS NATURAL

• INTRODUÇAO
Por sua flexibilidade em substituir os demais energéticos, o mercado consumidor de
gás natural é geralmente bastante diversificado, atendendo aos setores industriais,
comerciais, residenciais e automotivos, assim ao planejar-se o fornecimento de gás
deve-se levar em conta fatores como: variações sazonais e características dos
estabelecimentos abastecimentos que irão influenciar na sua demanda diária,
provocando picos ou depressões de consumo.
Na tentativa de se acomodar os picos de demanda, algumas soluções podem ser
adotadas, tais como o racionamento nos períodos críticos, ou aumento da
compressão e ou armazenamento do gás sobre forma líquida ou gasosa.
racionamento é normalmente considerado para o setor industrial, levando-se em
conta se o mesmo é também abastecido por outro energético que possa substituir o
gás. Esse tipo de solução implica, porém" em uma serie de restrições que devem
ser observadas, como por exemplo: em determinados processos de fabricação onde
o gás é utilizado, a substituição por outro energético poderá acarretar uma queda da
qualidade de seu produto, além de certamente onerar o custo operacional das
empresas que deverão manter estoques do outro energético para estas
eventualidades.
A compressão é considerada nos instantes do pico em que, embora haja
disponibilidade de gás, nas pontas das linhas, verifica-se uma queda na pressão
devendo-se portanto aumentar o nível de compressão do gás para permitir que um
volume maior seja fornecido na pressão desejada.
O armazenamento é, dentre todas as soluções a mais importante, pois permite não
apenas modular o fornecimento diário de gás, como também apresenta um caráter
estratégico, político e econômico, aproximando as fontes de gás natural dos centros
consumidores, e ao mesmo tempo, possibilitando a diversificação das fontes de
abastecimento, auferindo uma maior confiabilidade ao sistema como um todo, e
particularmente, na área de transporte e distribuição.
Nos períodos em que ocorrem quedas no consumo de gás, realiza-se, então, seu
armazenamento, que pode ser feito em forma gasosa, ou liquefazendo em unidades
peak shaving, e estocado-o na forma liquida para regaseifica-Io posteriormente nos
momentos de pico .

• GNL
Gás Natural Liquefeito, normalmente a estocagem é realizada em reservatórios de
superfície ou semi enterrados à pressão atmosférica e a - 160°C. Existem
reservatórios metálicos, de concreto protendido e de solo congelado.
Também pode ser realizado em grandes profundidades .

IBP - GÁS NATURAL 18/18


Março/2004 Carlos A.C. Bratfisch
• poços

Também conhecida como armazenagem subterrânea, pode ser de três tipos:

Lençóis de água profundas, cavidades salinas ou em cavidades de minas. Sendo


que devem ser respeitados os seguintes critérios: isolamento com a atmosfera,
proteção contra perturbações na superfície e volumes relativamente importantes em
relação a ocupação de área em superfície.

Este tipo de armazenagem é bastante seguro e coloca o gás pronto para a sua

utilização.

• AL TA PRESSÃO

Consistem basicamente de uma serie de vasos de pressão cilíndricos, interligados

entre si. O gás passa por regulagem de pressão em cascata e aquecido, sendo

então injetado na rede. São utilizados para atender picos de demanda. É um

sistema que trabalha a 80 bar de pressão e pode ser considerado bastante seguro,

sendo que de capacidade ilimitada, pois o acréscimo de tanques se realiza de

maneira simples.

• BAIXA PRESSÃO

Gasômetros utilizados para atender picos de demanda em sistemas de distribuição

de baixa pressão, atualmente só se utilizam em condições particulares . Existem

basicamente dois tipos: reservatórios vedados com selo de água e reservatórios tipo

pistão.

4.3 TRANSMISSÃO

• Transporte por gasodutos


• Transporte GNL
Pode ser realizado das seguintes formas: marítimo (navios metaneiros), rodoviário e
ferroviário .

5 CONSTRUÇÃO

• ESPECIFICAÇOES

Quando o assentamento das tubulações ficar a cargo de empreiteiras, esse trabalho


deverá ser executado de acordo com especificações detalhadas. Para projetos de
tUbulações importantes, deverão ser consultadas as especificações da industria do
gás para tubulações.

• INGRESSO NO TERRENO

Ninguém deve penetrar em um terreno sem ter previamente obtido permissão dos
respectivos proprietários e ocupantes do local, de preferência por escrito. Durante a
construção, todo pessoal deverá ser prevenido para não ultrapassar os limites da
trajetória da tubulação e suas vias de acesso.

• RECEBIMENTO DE MATERIAIS

IBP - GÁs NATURAL 19/19


Março/2004 Carlos A.C. Bratfisch
A estocagem e movimentação dos tubos deverá ser tal que não provoque, nos
mesmos, amolgaduras, entalhes, incisões ou outros danos que possam acarretar
concentração de tensões ou reduzir de uma ou outra forma a resistência do tubo
abaixo do mínimo exigido. É preciso tomar o máximo cuidado para que qualquer
revestimento protetor seja mantido intacto. Os ganchos e outros equipamentos
empregados na movimentação dos tubos devem ser projetados de forma a evitar
danos ou empenamentos no material. Se o revestimento for danificado, a parte
afetada do tubo precisará ser raspada e limpa, para efetuar -se o reparo. Quando o
dano for total, o tubo precisará ser completamente revestido de novo. É preciso ter
atenção nas "Recomendações para o transporte e manuseio de tubos de aço
enfaixados.

• DEMARCAÇÃO DA ROTA

empreiteiro será normalmente o responsável pela demarcação da rota da tubulação,


de acordo com os desenhos. Antes do inicio dos trabalhos , a rota da tubulação
deverá ser examinada pelo engenheiro responsável pelo projeto.

• DIREITO DE PASSAGEM

Antes que os tubos enfileirados, é preciso que o direito de passagem seja


desmatado, removendo-se todas as moitas. Este trabalho deverá ser planejado de
forma a causar um mínimo de transtorno aos proprietários e ocupantes do local..
Toda a terra da parte superior do solo, normalmente até a profundidade de 30 cm
deverá ser amontoada em separado, em um dos lados da faixa de trabalho. A
largura da faixa de terra a ser cavada varia de acordo com as condições locais.

• ALINHAMENTO DOS TUBOS

Os tubos deverão ser enfileirados de forma a causar um mínimo de interferências


nas ruas atravessadas. Deverão ser mantidas folgas a intervalos para permitir a
passagem de pedestres. Devendo-se tomar o máximo cuidado para evitar danificar
os tubos e conexões ao enfileira-Ios.

• ALINHAMENTO PARA A SOLDAGEM

Quando os tubos alinhados para a soldagem forem montados em sapatas de


madeira, deverá haver espaço suficiente por baixo deles, para facilitar a solda . A
parte superior das sapatas deverá ser almofadada para evitar danos nos tu.bos
revestidos. Ao fazer o alinhamento os tubos deverão ser movimentados de maneira
a evitar danificá-los. Devem ser usados grampos de alinhamento para assegurar um
alinhamento correto.
Deverá ser usada a solda a arco elétrico, para as bitolas de tubos. As soldas no
campo deverão ser executados de acordo com a norma API.

• INSPEÇÃO DAS SOLDAS

A solidez do trabalho de cada soldador deverá ser verificada de acordo com a


norma API.
IBP - GÁs NATURAL 20/20
Março/2004 Carfos A. C. Bratfisch
• ENFAIXAMENTO DAS JUNTAS

A parte não revestida da junta dos tubos deverá ter proteção equivalente a da
tubulação. Isso pode ser conseguido despejando-se alcatrão quente sobre a junta,
ou enfaixando-a com tiras depois de limpa-Ia e dar-lhe uma camada de tinta de
fundo.

• ESCAVAÇAO DA VALA

As tubulações deverão ser assentadas com uma cobertura não inferior a 90 cm e a


vala deverá ter largura pelo menos 30 cm maior que o diâmetro do tubo. Poderá ser
necessário aumentar a cobertura, para permitir que o tubo seja assentado abaixo
dos drenos da terra ou de outras obstruções existentes.
fundo da vala deverá ser nivelado para permitir o assentamento uniforme da
tubulação, deverá ser isenta de subst6ancias estranhas que possam danificar o
revestimento dos tubos.

• VERIFICAÇAO DE FALHAS NO REVESTIMENTO

Imediatamente antes de baixar os tubos para o fundo da vala, todo o revestimento


do tubo deverá ser cuidadosamente examinado com um detetor de falhas (holiday
detector) com voltagem aplicada de 9000 a 20000v dependendo da natureza do
material de revestimento. Todas as falhas indicadas pelo detector deverão ser
reparadas antes de abaixar o tubo.

• ASSENTAMENTO DA TUBULAÇÃO

Todo equipamento utilizado para abaixar o tubo deverá ser acolchoado, para evitar
que o revestimento seja danificado. O tubo deverá ser içado e baixado para o
interior da vala por meio de tratores com lança lateral usando-se armações roldanas
ou alças largas de lona. Ao remover estas alças é preciso cuidado para não
danificar o revestimento.

• ASSENTAMENTO E COBERTURA

engenheiro deve manifestar sua aprovação de que a tubulação esta uniformemente


assentada no fundo da vala, em toda a sua extensão. Quando a escavação tiver
sido realizada em rocha deverá haver um leito de terra batida, areia ou outro
material apropriado, com pelo menos 7,5 cm de espessura sob a tubulação. O
fechamento da vala deve seguir de perto o assentamento tubo, usando material
isento de pedra com cantos vivos. O material deverá ser bem socado com aríetes de
madeira ou pneumáticos. Ao redor dos lados do tubo até uma altura consolidada
mínima de 15 cm acima do tubo. Deve-se tomar cuidado com materiais de
enchimento que possam tornar-se corrosivos, quando em contato com o tubo.

IBP - GÁs NATURAL 21/21


Março/2004 Carlos A.C. Bratfisch
• PROTEÇAO E IDENTIFICAÇAO

Em circunstâncias especiais, nas áreas edificadas, por exemplo poderá ser


aconselhável, depois de recobrir o tubo com uma camada consolidada de pelo
menos 15 em de altura acima do tubo assentar uma fita de advertência ou conforme
o caso até placas de concreto ao longo da tubulação. Para proteção adicional e
como meio de identificação para outros empreiteiros.

• ENCHIMENTO DA VALA

Não se deve encher a vala com detritos vegetais ou outros materiais perecíveis. O
material de escavação deve ser reposto de forma a preservar a seqüência em que
os materiais se encontravam anteriormente.

• RESTABELECIMENTO DAS CONDIÇOES

Tão cedo quanto possível, após o fechamento da vala, o local deverá se


desimpedido, removendo-se toda terra e toda material excedente. A faixa de
trabalho deverá ser reconstruída de forma a ficar tanto quanto possível em sua
condição original. A rua, as calçadas e jardins deverão ser restauradas para sua
condição anterior.

• REQUISITOS DE CRUZAMENTOS ESPECIAIS

Os cruzamentos de estradas de ferro, rodovias, rios, cursos de água e leitos


carroçáveis especiais podem ser encamisados em luvas de concreto, tubos de aço
ou outros materiais. O espaço anular deverá ser cheio com um material apropriado,
com respiro para a atmosfera.

• INSTALAÇAO DAS VÁLVULAS

As válvulas devem ser enterradas e providas de uma caixa na superfície para fins
de acionamento e lubrificação nos locais em que ficarem acima do solo as válvulas
deveram ser convenientemente cercadas para evitar interferências não autorizadas

• LlGAÇOES

As juntas feitas no local devem ser alinhadas sem o uso de macacos para evitar que
as juntas sejam deixadas sob tensão. Todas as soldas devem ser submetidas a
100% de inspeção radiográfica.

• POSTES DE SI NALlZAÇAO

A posição da tubulação deverá sempre que possível ser indicada a intervalos


apropriados por meio de marcos sinalizadores. Placas indicando a localização das
válvulas, redutoras de pressão e passagem subterrâneas também deverão ser
utilizadas.
IBP - GÁS NATURAL 22122
Março/2004 Carlos A. C.Bratfisch
• SUPERVISÃO E INSPEÇÃO

Todos os estágios da construção da tubulação devem ter supervisão adequada. A


inspeção das soldas e do revestimento do tubo poderá , se assim se desejar, ser
feita por firmas especialistas contratadas para este fim.

• SOLOAGEM

As soldas deverão ser preparadas e efetuadas de acordo com a seguinte norma:


API 1104, sendo que além de atender os requisitos da norma citada, também os
seguintes: As soldas ser realizadas a arco elétrico submerso ou a arco protegido
com gás inerte, por processo manual, semi-automático, automático, ou uma
combinação deles.
Sempre que possível deverá ser empregada a soldagem vertical descendente.
Utilizar eletrodos normalizados. Todos os soldadores deverão ser submetidos a
testes de aprovação de acordo com a norma API 1104. A 'inspeção da soldagem
deverá ser realizada por pessoas de competência comprovada, que realizarão
testes de inspeção visual, líquidos penetrantes ou ainda radiografadas

• TESTES

Todas as tubulações deverão ser testados antes de entrar em serviço usando


pressão de teste de ar ou hidráulico, os testes deverão atingir dois objetivos: provar
a resistência da tubulação e verificar sua sol'idez. O teste de pressão de ar pode
servir a ambos os propósitos, mas é mais freqüente por questões praticas ou de
segurança, efetuar ambos os testes, o de ar e o hidráulico.

• PURGA E COMISSIONAMENTO

Quando da colocação da linha em carga (comissionamento), se deverá purgar o ar


por meio de um embolo de gás inerte, antes que seja admitido o gás a ser
transmitido.
Para assegurar uma purga segura e eficiente, toda a operação deverá ser continua
e cuidadosamente controlada, para reduzir ao mínimo a possibilidade de mistura
nas zonas de contato entre o ar/gás inerte e o gás inerte/gás.

6 REFERÊNCIA

1. NBR 12712 - Projeto de sistemas de transmissão e distribuição de gás


combustível
2. IGTIT0/3 - Oistribution Mains ( Norma inglesa do The Institute of Gas Engineers)
3. Oistribution Book 0-1 GEOP ( Publicação da AGA - American Gas Association)
4. ANSI B31.8
5. Manual do Gás Natural - Coleção José Ermírio de Moraes - Editado pelo
Conselho para assuntos de energia (1986)

I8P - GÁs NATURAL 23/23


Março/2004 Carlos A.C. Bratfisch
Pror: Carlos do Amaral Coutinho Bratfisch

>- Projeto Sistema de Distribuição de Gás


Apresentação

CURSO GÁS ATURAL


Recife, 29 de março a 02 de abral de 2004.
Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás I Setor de Cursos

Projeto Sistema de Distribuição de Gás


Proto.: Carlos do Amaral Coutinho Bratfisch
11- 6165 ­ 6033
cbratfisch@comgas.com.br
bratfisch@uol.com.br

Março I 2004

+I Quem sou eu?


• Engenheiro Mecânico
• J 7 anos na área do gás
• Curso de Especialização em Engenharia
de Gás ,
• Curso IGT - US
• Curso BG - UK
• Consultoria Distribuidoras de Gás
• COMGAS - Projeto Básico; Projeto
Executivo, Padrões Técnicos, Suporte
Técnico e ABNT

~ o Dia de Hoje
I
• O que o se aprenderá
- Conceito de Projeto
- Sistema de Distribuição
- Materiais
- Equipamentos
- Construção
• Qual o enfoque de hoje
• Quem esta aqui e porque?
• Perguntas

~
_I Onde obter mais informações
• NBR 12712 - Projeto de ...
• IGE/ TD/ l,IGE/ TD/ 3
• A GA - Coleção
• ANSI B 31.8
• Revistas e Publicações
• Internet - www.gasbrasil.com.br. gás natural,
etc

Introdução
• História - gás de cidade
J 795 -Birminghan - gás carvão
J8 J2 - Londres ( madeira)
• História - gás natural
J800 - Texas

CONCEITO DE PROJETO

I CARACTERISTICAS OFERTA E CONSUMO


GERAIS

DADOS

GEOMORFOLOGICOS

PROJETO

E CLIMÁTICOS

HIDRAUUCO

CONDiÇÕES

AMBIENTAIS

PROJETO

MECÂNICO

CARACTERIZAÇÃO
DO GÁS

~ CONCEITO DE PROJETO
I

CARACTERISTICAS
GERAIS
r:>I OFERTA E CONSUMO

DADOS
PROJETO k> GEOMORFOLOGICOS
E CLIMÁTICOS
HIDRAULlCO

PROJETO
H CONDiÇÕES
AMBIENTAIS
'Polimerização do gás
MECÂNICO
j
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L..c1 DO GÁS
'Teores contaminantes
\.
'Condensação de frações
do gás

CONCEITO DE PROJETO

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I CARACTERISTICAS
I GERAIS {> DIÂMETRO DO DUTO
~

r
II PROJETO DIRETRIZ DE

~
HIDRAULlCO ~ ENCAMINHAMENTO

r
PROJETO {> TRAÇADO DO DUTO
'"
MECÂNICO J
\,. \. ~

~------------~ - - ­

~\ CONCEITO DE PROJETO

1 - -----'

CARACTERISTICAS MATE'RIAIS

GERAIS {> ECONÔMICA E

TÉCNICA

r
PROJETO PROTEÇÃO CONTRA

HIDRAULlCO {> A CORROSÃO

EXTERNA E INTERNA

~~ PROJETO
l:
, MECÂNICO r­ OBRAS ESPECIAIS

...z~
.....
PONTES, RIOS, ETC

..,.
C)

§
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PROJETO DO SISTEMA
-Concepção simples e econômica
-Operação simples e econômica
-Sem prej,uízo da segurança das instalações
-Confiabilidade do serviço prestado

PROJETO DE SISTEMA DE
DISTRIBUiÇÃO DE GÁS
BOA QUALIDADE DE FORNECIMENTO,
COM OTIMIZAÇÃO DOS CUSTOS

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GASODUTOS DE TRANSPORTE
Urucu-Coari:
280 km, 5.500 Mm'/d

E.lendo Capacidade(m'/d)

1
z
2.593 Km
615Km
lO.OOO.OOO
t4.50~. DOO

J J .OO2Km
260 Km
36 .200.000
".000 ,000
g 6.470 Km 84.7 00.000
J
~

tO

GASODUTO aRASL/ BOU\oI1'

GASOOUTO GASPAL / GASAN( ElI SHln ti E REDE C O MGÁS NA RMSP

I NTERU GAçAO PAUU NEAi GUARAREMA

~ EMR- eSTAçAo DE MED çAo E REOUçAO(J TV GATES!

c=:::::J COMGÁS - ARtiA DE CONCESsAo 1I1~ MA

c:::=J REG Ao Di CAMII lI AS

c:=:J R.G A o DE SOROCA8A

c:.:=::!l REGÃO NORTE, NOROESTE

'~

GUAAUlHOS

....\ ,,-"­
•,
"
l,)
.-'
ITAOlJAOUECETUBA
BACIA

._­ ..
~'
DE

"AV.
LEGENDA

...... ~ USINA MASSINET SORCINELU


<:)
_ RESERVATÓRIO TUBULAR DE ALTA PRESSÃO - RETAP
•••• RESERVATÓRIO TUBULAR DE ALTA PRESSÃO PROJETADO
_ LATERAL INDUSTRIAL DE ÁLTA PRESSÃO

._._ LATERAL INDUSTRIAL DE ALTA PRESSÃO PROJETADO


REDE DE MEDIA E BAIXA PRESSÃO
REDE DE MEDIA E BAIXA PRESSÃO PROJETADA

_ GASODUTO PETROBRÁS

TRECHO COM GÁS NATURAL

I
SISTEMA DE DlSTRIBUICÃO DE GAs CANALIZADO

REGIkJ METROPOLITANA DA GRANDE sAo PAULO

'~\
COMGAs \
\

NAT URA :. I
I OCEANO ATLÁNTICO

"

~
v
PROJETO DE DISTRIBUiÇÃO DE GÁS NATURAL
NO ESTADO DE SÃO PAULO

-03)- . _ . I H.. C.l . . . . . . . . . . . . . c•••• n .... .

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IHO<! (;O... c,o.~ ".\luI<N

SISTEMA DE. OISTRIBt»CAO DE GM CtH,.lUZAOO


~Ern.40 MEf'1KJPOl.lTANA DA GRANDE sAo IMUW

COMGIIS

11

G"'.OL· ,.~ .. o
" O"'iJ IollG.'

FLUXOGRAMA PARA ELABORAÇAo DO PROJETO OE DISTRIBUIÇAo

OEFINlçAo DO
DE.FINIÇAo DA
ÁREA DE
----..., DIRE TRilES
GERAIS DE
TIPO DE
PARÂMETRO DE
ESTUDO FORNECIMENTO PROJETO A SER
ADOTADO

)
1{ í

DEFINIÇAO DA

ARfA DE

~ ESTIMATIVA
DAS DEMANDAS
E. VAZOES DE
PROJETO PROJETO
t-----­
)
1! TRAÇADO OE
1
ESCOLHA 00
TUBULAÇÃO,
TIPO DE '----+ DIMENSIONA­
LOCALlZAÇAO
SISTEMA DE MENTQ 00
DAS
OISTRIBU IC AO A SISTEMA
REGULADORAS
SER ADOTADO
E VALVULAS

J
ELABORAÇÃO
OEfrNlçAo DAS
PRINCIPAIS
DA ELABORA ÇAo
CARACTER'STI.
CAS
CONSTRUTIVAS
DOCUMENTA­
CAO 00
PROJETO
r-=-­ DO PROJETO
EXECUTIVO
eASLCO

12

. . FLUXOGRAMA DE PROJETO

,---_ _...., • PLANEJAMENTO


DEFINiÇÃO DA

• ESTUDO COMERCIAL
ÁREA DE

ESTUDO
• REGIÃO OU ÁREA GEOGRÁFICA
'-------'
• LISTAGEM INDUSTRIAS
• LISTAGEM COMERCIOS
GRANDES
• RUAS - RESIDENCIAL E
PEQUENO COMERCIO

+ FLUXOGRAMA DE PROJETO

• PLANEJAMENTO
DIRETRIZES • COMERCIAL
GERAIS DE
FORNECIMENTO • TIPO DO CONSUMIDOR
• TAMANHO DO CONSl'MIDOR
• PARÂMETRO IMPORTANTE

13

. . FLUXOGRAMA DE PROJETO

• DEFINIÇÃO DAS DEMANDAS


DEFINiÇÃO DO
• CRITÉRIOS DE PROJEÇÃO
TIPO DE
- Res -IBGE, Planos diretores, e outros
PARÂMETRO DE

PROJETO A SER
- Com - Baseado no residencial
ADOTADO
- Ind - Metodologia, crescimento economia,
setorial,região, áreas li\'res, zoneamento,
novos projetos e outros.
• MÉDIO E LONGO PRAZO
• MODELO QUE SERÁ UTILIZADO
• HISTÓRICO
• FATOR DE CAPTAÇÃO

+ FLUXOGRAMA DE PROJETO

Y l'

DEFINIÇAODA
• SOBRE A ÁREA DE ESTUDO
AREA DE f4

PROJETO
• ELIMINA-SE ÁREAS "VAZIAS"

14

I ~ FLUXOGRAMA DE PROJETO

• RESIDENCIAL

ESTIMATIVA 1. HISTÓRICO
DAS DEMANDAS ~
EVAZOESDE
PROJETO
~ 2. CONSUMO MÉDIO

3. FATOR DE SIMULTANEIDADE -ô ~w.~;--:r::~


4. FATOR DE CONSUMO ~'
~ (

~"~ J-o~ " ~-fr .~-..-, i- h- "" h"-_,, te.... .

";;;5
z

+ FLUXOGRAMA DE PROJETO

• COMERCIAL E INDÚSTRIA
• ESTIMATIVA

D~~~~:~g~s~ 1. PEQUENO (%)


PROJETO

2. GRANDE (PONTUAL)

15

. ' FLUXOGRAMA DE PROJETO

.. ..

ESCOLHA DO • PROJETISTA ESPECIALIZADO


npODE
SISTEMA DE
DISTRlBUIÇAO A
• TIPO PADRONIZADO
SER ADOTADO
• ESQUEMA

+ FLUXOGRAMA DE PROJETO

.. • PROJETO GEOMÉTRICO
TRAÇADO DE
~ TUBULAÇÂc:>,

• EXIGE GRANDE EXPERIÊNCIA


:
LOCALIZAÇAO
~ DAS • CUMPRIR DIRETRIZES
REGULADORAS

E VÁLVULAS
• CUSTOS (URBANO X RURAL)
• CONSTRLÇÃO
• OPERAÇÃO/MANUTENÇÃO
• IMPLANTAÇÃO ETAPAS
• AMPLIAÇÕES
• LINHAS TRONCO - PLANO DIRETOR

16

!j PASSAGEM DE TUBULAÇÃO

PASSAGEM DE TUBULAÇÃO

17

PASSAGEM DE TUBULAÇÃO

PASSAGEM DE TUBULi\ÇÃO

18

~ PASSAGEM DE TUBULAÇÃO

_. -
~.~

~ TUDO DEVE SER PREVISTO


---'

19

~ ESPAÇO PARA CONSTRUÇÃO

. ~ ESPAÇO PARA CONSTRUÇÃO

20

~ OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

~ OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

21

.rr4PfLUXOGRAMA DE PROJETO
I

,.---""-"'~
- • MAPAS
TRAÇADODE I

:
TUBULAÇÃO,

LOCALIZAÇÃO .

VISTORIA
r DAS

REGULADORAS

E VÁLVULAS
• LOCAÇÃO DE INSTALAÇÕES " ..
SUPORTE
• INTERFERÊNCIAS NORMAIS
• INTERFERÊNCIAS ESPECIAIS
• MEIO AMBIENTE

COMG/:S

CADASTRO

ÁGUA POTÁVEL

CADASTRO SABESP (SEÇl\O ÁWA POTÁVEL I

22

".Â1fD1
~I

CADASTRO
TELEFONE

CADASTRO TELESP

COMGAs

I
CADASTRO
ENERGIA ELÉTRICA 'v. ~o c~ ~
- --
... . -- " ..

- - -.•='~
,:-: ,,-.-'-'...L.
" ,\- ,~ . .~--

é~D:' S TR O ELETROPAULC

23

VISTORIA

<D

CAIXA DE
VÁLVULA

24

~ VÁLVULA DE BLOQUEIO

.+ 1VÁLVULA DE BLOQUEIO

25

~ REDUTORA DE PRESSÃO

CAIXA DE REDUTORA DE

PRESSÃO

26

INTERFERÊNCIAS

INTERFERÊNCIAS

27

~ INTERFERÊNCIA TELEFONE

~I
~ INTERFERÊNCIAS

28

- ------ ----- -- -- - - -- ---~-----

~ INTERFERÊNCIAS

INTERFERÊNCIA

GALERIA

29

.lJ1;f~1 TRAVESSIA DE PONTE

TRAVESSIA DE PONTE

30

TRAVESSIA DE PONTE

~ TRA VESSIA DE PONTE

31

~ SUPORTE EM PONTE

~ FLUXOGRAMA DE PROJETO

• Fórmulas
DIMENSIONA·
• MENTO DO • Software de cálculo
SISTEMA

• Calculo estático e dinâmico


• Compressores

32

~ FLUXOGRAMA DE PROJETO

• Tipo e espessura de tubulações


DEFINIÇAO DAS

PRINCIPAIS
• Tipo de recobrimento anti corrosivo
CARACTERISTI­

CAS
utilizado e sistema de pro "io catódica
CONSTRUTIVAS

• Cobertura mínima
• Testes
• Topografia
• Outros
• Especificações

~ ESCORAMENTO DE VALA

33

~ DETALHES CONSTRUTIVOS

~ FLUXOGRAMA DE PROJETO

ELABORAÇAo
DA
• Memorial descritivo
• DOCUMENTA­
• çAODO
PROJETO

• Contratação do projeto executivo


BAslCO

Q.

"'

34

PROJETO REDE
COMGAs

LATERAl ",OUSTlUAL EM ACO ALTA PRESSÃO

TRAVESSIA LINHA FÉRREA

I I
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III;-;I----Ll\ I .­

TRAVESSIA soe ESTRADA DE FERRO

35

PROJETO TRAVESSIA PONTE

~. ~ COMGÂS .
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"-. ~ - -;:-.

JI
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~~~~~~~~~~~~~~~ii~~~
~ OC1llLHE DA TRAVESSIA SOB O CORREGO UBERABINHA ,! • L'

1.
lI(!p
Projeto Mecânico

-Materiais - Aplicação
-Dimensionamento Mecânico - Espessura
-Proteção corrosão
-Aérea ou enterrada
-Externa ou interna
§
~
li;'
'-Proteção mecânica - Choques, outros (terceiros)
>:
I
l!
il -Cálculos em condições especiais (travessias)
Z!
i3
!
~

'"

36

A IMPORTÂNCIA DO PROJETO
MECÂNICO
• Especificação de material é basicamente em
função da temperatura, pressão e fluído
• Deve-se buscar a padronização - minimiza
estoques, minimiza dimensionamento
• Saber o porque das tabelas e soluções prontas
• Aspectos de segurança exigem análise
detalhada
• Deve-se buscar novas soluções

CARGAS SOBRE A TUBULAÇÃO

• PESO PRÓPRIO
• PESO FLUíDO
• PESO - SOBRECARGAS
• PRESSÃO INTERNA
• PRESSÃO EXTERNA
• DILATAÇÃO (AÉREA E ENTERRADA)
• VIBRAÇÃO
• CARGAS VENTO, ÁGUA, ETC.
• TENSÕES RESIDUAIS DE MONTAGEM
• COEFICIENTES DE SEGURANÇA

37

+ MATERIAIS - QUAIS E QUANDO

• HOJE
- AÇO - ACIMA DE 4 (7) BAR
- POLIETILENO - ATÉ 4 (7) BAR
- COBRE - PREDIAL
- GALV ANIZADO- PREDIAL
- INOX - PREDIAL INSTRUMENTAÇÃO
- PLÁSTICOS - INSTRUMENTAÇÃO
• PASSADO E EXPERIÊNCIAS
- ALUMÍNIO, PVC, FIBRO CIMENTO, MADEIRA,
POLI ETILENO Cf MANTA

o.
<D

AÇO
• APLICAÇÃO
- Gasodutos transmissão
- Gasodutos de distribuição de alta pressão
• NORMAS
- Material - API
- Construção - ANSI, ABNT
• PONTOS IMPORTANTES
- Revestimento (Corrosão)
- Solda (Gamagrafia e Cola)
- Afastamentos mínimos (segurança)
- Interferência elétrica

38

- - - - - - - - - -- - -

~ POLlETILENO - HISTÓRICO
• BAQUELITE 1909

• FORMICA 1939

• ARALOITE 1943

• PEBO 1939

• PEAO 1955

~f • POLIPROPILENO 1959

, ,
---
HISTORICO PE - GAS

• Sistemas de 4 bar - Europa FR - 1960


• Por q 4?
• Segurança
• qualidade de fornecimento
• economia operação e manutenção
• flexibilidade
• Família PE 63

• Família PE 80

• Família PE 100

39

HISTÓRICO PE - GÁS

US - Guerra
UK
França

• I

Vantagens
PEXAÇO

• Mais leve
• Instalação fácil
• Resistente ao solo
• Ambiente
• Energia(kg óleo equiv/kg mat)
• PE - 1,5
• Aço - 4,5
• Cobre - 11
• Alumínio - 15
• Reciclagem
• Menor número juntas
• Eliminação proteção catódica

40

PE X AÇO

Desvantagem
• Varia com a temperatura
• PE - 0,20 mm/m.K
• AÇO - 0,012 mm/m.K
• Luz solar afeta a vida IJtil
• Oxidação
• Pressão

"
z

PE X AÇO

COMPARATIVO . Re ec.mpo. çlrtl o.

DE CUSTO ;' w :;. .. ·I(. e

O i _O. l l.' 8 e
_O'l!~fi..!..
t' nc ",r-.~I:;.

41

+ AÇO X PE - TAXA DE FALHA

por milha I ano


-Corrosão 0.269
-Forças externas 0.047 0.195
-Defeitos de construção 0.045 0.019
- Falhas de material 0.060 0.015
-Outros 0.183 0.043
-TOTAL 0.631 0.272
Fonte: 1999 - USA - 56 empresas

Desde 1999 - COMGAS - mais de 70% em ramais

CARACTERíSTICAS
TÉCNICAS E NORMATIVAS

ISO 4437
EN I Te 155
ABNT 14461 a 14473

42

~ CLASSIFICAÇÃO DESIGNAÇÃO
• ISO OIS 12162, A TENSÃO
CIRCUNFERENCIAL APÓS 50 ANOS A
20°C (MRS)
=
• MRS MINIMUM REQUERED STRENGTH

• CURVAS, LCL, LIMITE INFERIOR DE


CONFIANÇA, A 97,5%

• 8,0 Mpa PE 80
• 10,0 Mpa PE 100

"'"

j
PROPRIEDADES MECÂNICAS

® >- LE I DE HOOK
®);- CREEP PARA O PLÁSTICO,

ESFORÇOS

® >- CREEP PARA O AÇO, TEMPERATURA

NÃO DEPENDE DA MAGNITUDE DA


TENSÃO, ELA OCORRERÁ, PROJETO DE
TUBULAÇÃO DE PE, ESTABELECE-SE A
VIDA ÚTIL
PE =50 ANOS

43

~l
f--------'! CARACTERíSTICAS DO
COMPONENTE
• DENSIDADE
SUPERIOR A 0,930 g/cm 3 , a 23°C
• íNDICE DE FLUIDEZ
• ESTABILIDADE TÉRMICA
t.
:E
• DISPERSÃO DE PIGMENTOS
~ • ENVELHECIMENTO
~

COEFICIENTE DE SEGURANÇA

O VALOR MíNIMO A SER UTILIZADO É 2,


PARA TUBOS, VÁLVULAS E CONEXÕES

COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE

• 57 +1- 2,7 10-12 crn 3 /crnls/crnHg


• 1,0 rn 31 krn/ano/atrn

44

I~
I-----'J MÁXIMA PRESSÃO DE
OPERAÇÃO (O°C A 25°C)

• PE 80- 400 kPa SDR 11


• PE 80- 200 kPa SDR 17.6

• PE 100 - 700 kPa SDR 11
• PE 100 - 400 kPa SDR 17,6

RELAÇÃO SDR

Relação diâmetro externo I espessura

SDR 11

SDR 17,6

COR

AMARELO - PE 80

LARANJA - PE 100

45

~ DIAMETROS NOMINAIS

DIA NOM =DIA EXTERNO


• BOBINAS OU BARRAS
• 20,25,32,40,63,90,110,125

• BARRAS
• 160,180,200,250,280,315

• BOBINA 50 m
• BARRAS 6/12m

CONEXÕES

• CALOR
-TOPO
- ELETROFUSÃO
• MECÂNICA

46

1
f7ÂUDJ
~I
SOLDA DE TOPO - FACE

~ SOLDA DE TOPO - MÁQUINA

47

+ 1SOLDA DE TOPO - CONTROLE

SOLDA DE TOPO

48

SOLDA ELETROFUSÃO

SOLDA ELETROFUSÃO

49

~ SOLDA ELETROFUSÃO

+ Obras 1 - Lin1peza e Abertura da Pista

Autorização
Largura da faixa
Bota fora
Obstrução de
acessos
Sinalização
Marcação de
interferências

50

+ Obras 2 - Locação e Abertura Vala

Posição eixo
Largura vala
Profundidade .
Material fundo vala
Cruzamentos

17~!D1
~ Obras 3 - SINALIZA ÇA-O

Isolamento
Abertura em
trechos
Pavimentação
F'itas, marcos e
placas

51

+ Obras 4 - DESFILE

Projeto ­
. ca cterísticas

Jaqueta

Espessura

Revestimento

Transporte dos

Tubos

Limpeza Interna

+1Obras 5 - REVESTIMENTO
Coai Tar, lã vidro papel feltro
Esmalte asfalto i.ilnDli"~:;:-
Fita de polietileno
PE extrudado
Bom isolador elétrico
Inerte com o solo
Boa aderência
Simples e Dupla Espessura
Jaqueta de Concreto
Inspeção Holiday Detector
Armação e concretagem

52

- - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - -- -- -

~
_ ' Obras 6 - CURVAMENTO

A frio - planta ou lado vala


Raio de curvatura
Redução diâmetro 2,5%
Trecho reto 1 metro
Turo~ com costura
Solda circunferencial-reto
Radiografar após o curvo
8 Soldas longitudinais 2
1,
>:
tubos
"~
z

!
~

!!!

+ Obras 6 - CURVAMENTO

A quente
Sistema de Indução
Reduz a resistência

53

Obras 7 - SOLDAGEM

Fase mais crítica


API1104
Procedimento de
execução
Qualificação PSE
Qualificação soldador
Eletrodos
Ascendente I
Descendente
No de Passes
Velocidade Deposição
Característica elétricas

Obras 8 - SOLDAGEM
Preparação Tubos

-Chanfros e biséis

-Ovalização

-Limpeza interna e

externa

Acoplamento
-Acopladeiras
~ -Desalinhamento
l~ Soldagem
i
z -Área urbana
i3
~
u

54

~ Obras 9 - ENSAIOS NAS SOLDAS

Gamagrafia
Líquido penetrante
Bota fora
Ultrassom

..rr4P1 Obras 1O- REVESTIMENTO JUNTAS

Junta termoretratil
Fita polietileno
Hofyday Detector

o.
!!!

55

~I Obras 11 - TUBULAÇÃO NA VALA


~ \~,\.,
Lirnpeza do fundo
~ ]L
Regularização

Fita, placa

+ Obras 12 - TIE - IN
Fechamento da tubulação

56

~ Obras 13 -INSTALAÇÕES APOIO

Lançadores de pig esfera


Recebedor
Válvu'las
Pontos de Teste
Caixas de Interligação
Juntas de Isolamento
~ Redutoras
I,
i
-J
~
u

• I Obras 14 - TESTES

Resistência mecânica
Estanqueidade
Limpeza
Registros

57

+ I Obras 16 - COBERTURA
Material
Restauração

..

+ I
CONSTRUÇAO PE
'"

Air compressor Hydraulic DIgitaI


Dril/~
i9 \ / power paCk fJ. ; ora sreer

\ -~ ~1l. /
~~~:~rm~,,~ab~~~~~~~~s=~======~~~

Drilf string '" Sleerable i


mofe

58

,...,
CONSTRUÇAO PE

I~
I~

CONSTRUÇÃO PE

59

Construção

OBRAPE

60

Construção

Redutoras de Pressão

• Importância no Sistema
• Função operativa
• Manter dentro de um valor desejado a pressão a
jusante, para qualquer condição de vazão
requerida, e qualquer pressão de entrada existente
• Função de segurança
• Proteger a instalação: de falha do sistema ou erro
de operação, bloqueando a passagem de gás ou
alterando a pressão no sistema a jusante

61

+ 1I Redutoras de Pressão
• Regular a pressão
• Regular a pressão e medir o volume de gás

-City gates
-Redutoras de grande porte
-Redutoras urbanas
-Conjuntos de regulagem e medição

Redutoras de Pressão

· o que faz:
- Tratamento do gás
- Aquecimento
l -Filtragem
!3 - Regulagem de pressão
~ - Medição
] - Odorização

62

+ I Redutoras de Pressão

· o que faz:

- Tratamento do gás

- Aquecimento

- Filtragem

- Regulagem d~

pressão

- Medição

- Odorização

1 - ----' Redutoras de Pressão City Gate

~ :,..·t ..
:; ~>~
. ' .~:
.
" ,H··:\.,'
:~"-~:'~' ~ ~. : ...

63

PARÂMETROS DE
ESCOLHA DO TIPO

:>Componentes standard
:>Campo de operação ilimitado
:>Fácil manutenção
:>Concepção multitramo
:>Tamanho menor possível
8
~ :>Impacto ambiental pequeno
>',
:>Tecnologia tradicional
i
z

Redutoras de Pressão

'"

64

Redutoras de Pressão

Redutoras de Pressão

65

~ Redutoras de Pressão Armário

Redutoras de Pressão - Distrital

66

I I
H<iP1 Redutoras de Pressão
----.-J

n41 Redutoras de Pressão

67

Redutoras de Pressão

n4P1 Redutoras de Pressão CRM

68

Redutoras de Pressão CRM

Redutoras de Pressão CRM

69

Redutoras de Pressão CRM

Redutoras de Pressão - Resid

70

ProfO: Carlos do Amaral Coutinho Bratfisch

. ~ Artigo Técnico

CURSO GÁS NATURAL


Recife. 29 de março a 02 de abril de 2004.
Artigo Técnico - Gás Brasil-13/07/2000
Apresentado no 1 Seminário de Profissionais do Gás
Eng. Carlos A. C. Bratfisch

Redes de Distribuição de Gás em Polietileno

Uma Realidade

1 Introd ução
o grande avanço tecnológico do século dezenove ocorreu durante a segunda guerra
mundial frente a necessidade de desenvolvimento de novos materiais, para
fabricação de equipamentos melhores e mais eficientes.
Estes estudos, ao fim dos anos 50, lançaram no mercado a resina de polietileno de
média densidade, com a disponibilidade de gás natural, IniCiou-se o
desenvolvimento da aplicação de plástico em construção de redes de gás, em várias
frentes do mundo, como Gaz de France, França e British Gas -INGLATERRA.
Hoje o desenvolvimento e construção de redes de gás de polietileno é feito
praticamente a nível mundial, com soluções adequadas para todas as situações de
implantação.

2 Características
2.1 Desenvolvimento Mundial
Em países com EUA, FRANÇA e INGLATERRA, não se utilizam mais tubulações
para redes até média pressão que não sejam de polietileno.
O desenvolvimento de " plásticos " novos (PE 123, tubos de PE com alma em
alumínio, tubos de PE com reforço de kevlar para altas pressões), é cada vez mais
rápido, a existência de uma mentalidade mundial em torno da qualidade do material
é cada vez mai,s sentida, através de normalizações internacionais, constituição de
instituições dos principais fornecedores de matéria prima para garantir o material.
É um material que veio para ficar, passando das redes nas rua, para redes internas
de indústrias, por enquanto, e com previsão de experimentos de redes para
instalações de redes para instalações prediais em um futuro muito breve. E, em um
futuro mais distante, não ficam dúvidas que haverá o deslocamento do PVC do
mercado.

2.2 Desenvolvimento no Brasil

A utilização de pOlietileno em redes de gás está no iniCIO, isto devido a baixa


participação da energia gás natural em nossa matriz energética. Hoje, que, frente a
descoberta de novas fontes, o pOlietileno já mostra sinais de participação.
Outro aspecto que afetou a distribuição em redes de PE é a utilização do gás
canalizado como energia para usuários urbanos (redes de média e baixa pressão)
somente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

2.3 Aspectos Normativos

Desde fevereiro do ano 2000, temos, com normas ABNT, todos os aspectos
necessários à aplicação de PE em redes de distribuição de gás.
o grande enfoque destas normas está nas eXlgencias quanto a qualidade do
material empregado na manufatura de tubos e conexões, sendo este o fator de
maior importância para que haja uma plena satisfação na instalação das redes.

3 Sistema de Distribuição

3.1 Escolha dos Níveis de Pressão

A nível mundial, encontramos redes de distribuição de gás em polietileno operando


em até 10 bar de pressão, mas consideramos isto com redes experimentais.
A pressão indicada para redes, com grande histórico de utilização em outros países
é 4 bar, com tubos construídos a partir de material PE 80, espessura SDR 11.
Outro fator que nos faz sugerir esta utilização, é a aplicação, a 4 bar de pressão,
trabalhamos em centros urbanos, com segurança evitando-se riscos
desnecessários, que poderiam ocorrer a partir da utilização de pressões superiores
a 4 bar.

3.2 Seleção de Material

As normas ABNT fazem todas exigências necessárias a qualidade do material, e

prevêem a utilização de material PE 80 E PE 100.

Quanto ao PE 80, é um material conhecido, com muitos e muitos quilômetros de

redes assentados, com relação ao PE 100, é uma nova" família" de plásticos, já

com alguns anos de aplicação, e com alguns quilômetros de rede aplicados.

A utilização de PE 100 pode ser de duas formas, ambas permitidas em norma,

pressão de projeto 4 bar, espessura SDR 17, ou pressão de projeto 7 bar, espessura

SDR 11 .

A avaliação de redes em PE 100 ainda está em fase final de estudos em outros

países, e promete ser a grande mudança para o próximo ano em nosso país.

4 Técnicas de Aplicação

4.1 Métodos Construtivos

Temos dois métodos de implantação de redes de polietileno:


Vala aberta, ou seja, com a abertura de solo 100%
Direcional, ou seja com abertura de dois pontos distantes e a introdução do
tubo no solo, de um ponto a outro, sem a abertura do solo
Com relação ao primeiro método, já há norma ABNT, com relação ao segundo,

estuda-se a formação de grupo para a sua realização.

Comparativamente, o segundo método é a grande vantagem do PE, minimizando

em muito os custos de implantação, em torno de 30% menos.

4.2 Métodos de União


Para união de tubos e conexões, temos três alternativas:
Solda de topo: onde as duas pontas são adequadas e pressionadas uma contra a
outra
Termofusão: onde uma corrente elétrica passa através de uma espira metálica, que
está na conexão, aquecendo as partes e fazendo a união.
União mecânica
2
5 Vantagens e Desvantagens

5.1 Aspectos Técnicos

Com relação as redes de aço, estas continuam tendo a sua parte nas redes de gás,
mas somente em alta pressão, pois temos a favor do PE:

- Ótima resistência a corrosão


- Alta impermeabilidade
- Instalação fác'il e barata
- Peso
- Facilidade de manuseio
- Técnicas de acoplamento seguras
- Fornecimento em rolos

6 Conclusão Final
A utilização das redes de distribuição de gás a baixa e média pressão se escreve
com polietileno.

- CURSO ­
GÁS NATURAL

Recife, 29 de março a 02 de abril de 2004.

Vol. I

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~NIOtJ C.~l~
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CURSO GAS NATURAL
Recife, 29 de março a 2 abril de 2004

~"
DIA HORARIO EXPOSITOR
Local: HOTEL ATLANTE PLAZA
Av. Boa Viagem, 5426 - Boa Viagem - Recife/PE - Tel.: (81) 3302.3333

ASSUNTO
29 mar 04 08 :00 às12 :30 José Brito de Oliveira~~l.O~u/'f@ct}y,. ·" hntrodução. Conceitos básicos sobre gás natural./

2a. feira 13:30 às 17:30 José Brito de Oliveira Processamento, produção e utilização.
08:00 às 10:40 José Luiz Marcusso Visão geral do gás natural no Brasil e no mundo

30 mar 04 I \:00 às 12 :30 André José Lepsch Condicionamento e transporte de gás natural : transporte em dutos . I

3"' feira 13:30às 17 :30 Andre José Lepsch Medição de Gás: tipos mais utilizados de medidores, escolha do tipo de medidor, eletrocorretores de volume
de gás.
08:00 às 12:15 Carlos do Amaral C. Bratfisch Projeto de um sistema de distribuição de gás: materiais; construção; rota (traçado).
31 mar 04
13: 15 às 17:30 Millo Claudio Visani Junior Implantação de gás em uma unidade industrial. Rede de distribuição interna de gás sistemas de
4" feira combustão
08:00 às 12 : 15 Reinaldo de Falco Turbomáquinas( acionadores, compressores e geradores).
01 abr 04 Termoeletricidade( Cogeração e Ciclo Combinado)

S" feira 13 :15 às 17 :30 Luis Felipe Boueri de Amorim Utilização domiciliar do gás natural : condições para utilização; posturas e normas sobre instalações
prediais; intercambiabilidade de gases e conversão' de aparelhos.

08 :00 às 12 :15 Fátima Valéria Barroso Pereira Comercialização e distribuição de gás natural

02 abr 04

6" feira 13 :15 às 17:30 Clenardo Fonseca Santos Gás Automotivo: Conversão de motores, instalações nos postos, mercado no Brasil e no Mundo

- - - L­ - -
I Pror: José Brito de Oliveira

~ Introdução
Conceitos básicos sobre Gás Natural

CURSO GÁS NATURAL


Recife, 29 de março a 02 de abril de 2004.
Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás! Setor de Cursos

CONCEITOS BÁSICOS
SOBRE GÁS NATURAL
Produção, Processamento e Utilização
'ProfO.: José Brito de Oliveira

Março! 2004

HIDROCARBONETOS
- Definição ­

São compostos orgânicos constituídos


de átomos de carbono e hidrogênio.

O:

~ HIDROCARBONETOS
- Classificação -

AcíCLICOS CíCLICOS

• AlCANOS • AROMÁTICOS
• AlCENOS • NAFrÊNICOS
• AlCINOS

HIDROCARBONETOS

- Acíclicos ­
ALCANOS (Parafínicos)

CnH2n+2
H H H
I I I
H-C-H H-C-C-H
I I I
H H H

METANO ETANO

02

HIDROCARBONETOS
- Isomeria ­

H H H H H H H
I I I I I I I
H-C-C-C-C-H H-C-C-C-H
I I I I ./ I ""
H H H H H H-C-H H
I
H

N-BUTANO C4Hl0 ISO-BUTANO

HIDROCARBONETOS
- Acícl icos ­
ALCENOS E ALCINOS

Exemplos

H H H H
I I I I
c=c H-C-C=C H-C:C-H
I I I I I
~ H H H H H
,~,.
~
z
ETENO PROPENO ETINO
~
~
U
Q.

'"

03

HIDROCARBONETOS
- Cíclicos ­

NAFTÊNICOS AROMÁTICOS

H
I
H, H
H,
/

,
C /H ~
C
,
/ H-C C-H
C - C I II
H-C C-H
H H "C /
I
H

CICLO PROPANO BENZENO

PETRÓLEO
- Definição ­

É uma mistura constituída,


predominantemente, de hidrocarbonetos,
que ocorre na natureza nos estados
sólido, líquido ou gasoso.

04

1+
I
COMPONENTES DO PETROLEO
,

CH4 -> METANO


C2H6 -> ETANO ,
GAS
C3H8 -> PROPANO

C4Hl0 -> BUTANO

CSH12 -> PENTANO

,
C6H14 -> HEXANO LIQUIDO
~
~ ( ... )
~
,
C20H42
i
z
~

u

~

+1

c:J

~ Desde 5
carbonos GASOLINA
até 10:
~m­
PIE 30 C
PFE 225 C

~
DIESEL
Desde 11

carbonos
até 20 :
PIE 170 C
PFE 350 C

~
s
~ ~~~

j
..
~~~~~~~~
ÓLEOS,
ASFALTO, ..

~
u
~
~

05

COMPOSIÇÃO DO PETRÓLEO

UNIDADE: % MÁSSICA

FLUIDO
COMPONENTES MARUM PESCADA
RESERVATÓRIO I1

MARllM PESCADA ÓLEO GÁS ÓLEO GÁS


--
Cl-C3 6 12 0,3 5,7 0,8 11,2

C4-C7 3 9 2,4 0,6 6,6 2,4

~
C8-C20+ 91 79 91 ­ 79 ­
~ TOTAL 100 100 93,7 6,3 86,4 13,6
,
I:

l'!
3
21
;3
~
u

!!!

Grandeza que expressa a densidade de


um óleo, variando de forma inversa à mesma.

o API TIPO DE ÓLEO EXEMPLO

CONDENSA'DO URUCU
50
MUITO LEVE PESCADA
40
LEVE ÁGUA GRANDE
g BADEJO
30
~ INTERMEDIÁRIO ALBACORA
~
,
~
FAZ. CEDRO

~ 20
PESADO MARUM
;3 FAZ. BELÉM
~
.3
!!!

06

+ 0API DE ÓLEOS BRASILEIROS


E IMPORTADOS
TIPO °API
ALAGOANO 40
SERGIPANO MAR 40
BAIANO 39
POTIGUAR 33
CEARÁ 31
ALBACORA 30
ESPÍRITO SANTO 28
BICUDO 26
§
SERGIPANO TERRA 26
i~ MARLIM 20
,
~
1lz ARABE LEVE 33
~ ARABE PESADO 28
~ KIRKUK-IRAQUE 36
(J
.;.
!!!

.. CLASSIFICAÇÃO DOS HIDROCARBONETOS

P LÍQUIDO - ÓLEO

E
T
R
Ó
SÓUDO - BETUME
ASSOCIADO rUVRE

lEM SOLUÇÃO
~ L
lE
iO
~
GASOSO­
GÁS NATURAL
NÃO
ASSOCIADO
rUVRE

lEM SOLUÇÃO
~
I~

07

GÁS ASSOCIADO

gás livre

gás em
solução
~

reservatório produtor de óleo

GÁS NÃO ASSOCIADO

gás livre

gás em
solução
~

reservatório produtor de gás

08

o GÁS NATURAL

- Definição I

É a porção do petróleo que existe na fase gasosa

ou em solução no óleo, nas condições de reservatório,

e que permanece no estado gasoso nas condições

atmosféricas de pressão e temperatura.

o GÁS NATURAL

- Definição 11

É a mistura de hidrocarbonetos que existe na fase gasosa

ou em solução no óleo, nas condições de reservatório,

e que permanece no estado gasoso nas condições

atmosféricas de pressão e temperatura.

09

+ ,
CARACTERISTICAS MEDIAS DO
,
GAS NATURAL RICO "IN NATURA"
,

ITEM CE/RN SE/Al BA ES Rl SP AM PR/SC


COMPOSIÇÃO_C,,", VOlt
METANO 74,53 81,3 2 81,14 88,16 79,69 87,98 68,88 73,58
ETANO 10,40 8,94 11,15 4,80 9,89 6,27 12,20 12,17
PROPANO 5,43 3,26 3,06 2,75 5,90 2,86 5,19 6,70
BlITANO 2,81 1,84 1,39 1,55 2,13 1,16 1,80 3,22
PENTANO 1,30 0,74 0,72 0,44 0,77 0,27 0,43 1,06
HEXANO esup. 1,40 0,42 0,30 0,44 0,44 0,07 0,18 0,48
N, 1,39 1,51 1,63 1,64 0,80 1,16 11,12 1,74
CO, 2,74 1,97 0,81 0,24 0,50 0,23 0,20 0,64

~ H:6 (mo/m') 1,50 7,50 7,60 7,50 6,70 traços - 13920


~ PCS (Kcal/m')
~ 12500 10300 10600 10250 10930 9849 9902 11622
, DENSIDADE 0,83 0,80 0,71 0,66 0,73 0,64 0,75 0,85
~
3 RIQUEZA (oAl) 10,94 6,26 5,47 5,18 9,24 4,36 7,60 11,46
!2
3
~
u

lli

1~
+

,
GAS RICO - IMPORTADO

COMPOSIÇÃO %

CH 4 87,79
C2 H6 4,90
C3 Ha 1,82
iC4 HlO 0,36
nC4 HlO 0,51
iC5H 12 0,22
nC5H 12 0,14
~o- C6H 14 0,15
O"
l, C7+ 0,13
~

~
C02 3,48
3
~
a
N2 0,50
lli

10

'1+

1
GÁS PROCESSADO - VENDA - IMPORTADO

COMPOSIÇÃO %

C1 89,67
C2 4,93
C3 1,75
iC4 0,32
nC4 0,43
iC5 0,16
nC5 0,10
~ C6 0,08
"~,
l:
C7 0,06
i
z C02 2,00
<3
~
u
N2 0,50
~

RAZÃO GÁS-ÓLEO
- Conceito ­

É a razão entre os volumes produzidos


de gás associado e óleo.

RGO = Produção de Gás Associado


Produção de Óleo

11

RAZÃO GÁS-ÓLEO
(por Estado e Brasil)

Brasil 150
Amazonas 380
Ceará 120
Rio Grande do Norte 180
Alagoas 750
Sergipe 280
Bahia 290
Espírito Santo 200
Rio de Janeiro 110
Paraná 280
;3
~ Equivalência energétia:
J 1 m 3 de Óleo = 1000 m 3 de Gás
~

1+ 1 EXEMPLOS DE RGO DE ALGUNS CAMPOS

CAMPOS RGO
JURUÁ > 10000
MERLUZA 4100
RIO URUCU 500
TUBARÃO 400
ALBACORA 120
i.
~
MARLIM 90
~
3
~
FAZENDA BELÉM 10
;3
~
J
~

12

'+ 1I
I RAZÃO GÁS-ÓLEO RGO

CAMPO DE MARLIM

RGO = 90

% EM GÁS = 100 x( 90 m3 de gás) I ( 90 m3 de gás + 1m3 de óleo)

COM A QUIVALÊNCI DE 1 M3 DE ÓLEO PARA 1000 M3 DE GÁS,


,,--- ~ mt +- l ... 'l ...tLóiw
% EM GÁS = (100 x 90) I (90 + 1000) ~

% EM GÁS
-

=8,26 %

NLI\\

RAZÃO GÁS-ÓLEO RGO

CAMPO DE URUCU

RGO =soo

% EM GAS = ( SOO x 100 ) I ( soo + 1000 )

% EM GÁS = 33,33%

13

, ,...
RAZAO GAS-OLEO RGO

CAMPO DE MERLUZA

RGO = 3000

% EM GÁS =(3000xl00)!( 3000 + 1000)

% EM GÁS =75%

CAMPO DE MARLIM
RGO =90

% EM GÁS = _ _ _9=.=0:,..:.M..:.:3'-=D=E-=Gc:..::ÁS=----:;­ X 100


1 M3 DE ÓLEO + 90 M3 DE GÁS

COM A EQUIVALENClA DE 1000 M3 DE GÁS PARA 1 M3 DE ÓLEO, TEMOS:

90 X100
% EM GÁS = 1000 + 90

% EM GÁS = 8,26%

CAMPO DE URUCU
RGO = 500

500 X 100

% EM GÁS = 1000 + 500

°Al EM GÁS = 33,33%

CAMPO DE MERLUZA
RGO =3000

3000 X 100

% EM GÁS = 3000 + 1000

% EM GÁS = 75%

14

...,
EQUAÇOES DE ESTADO

!+ i
I IJ !
,
LJ GASIDEAL
PV=nRT

R - Constante Universal
R = 0,08314 ( m3 x bar) / ( kgmol x o K )
0,08478 ( m3 x kg/cm2 ) / ( kgmol x o K)

Com n = constante PV/T = constante

15

,
GAS REAL

PV = ZnRT
Z - fator de compressibilidade

Com n = constante P x V / Z x T = constante

Densidade
d = P x PM / ZRT
PM - Peso Molecular

+ ,
,, ----,,GAS IDEAL x GÁS REAL
Consideremos uma vazão de 4280m3/d na descarga de um
compressor, na pressão de 3000 psig ( valor no manômetro) e
temperatura de 35 0 C.
Com a fórmula dos gases ideais e lembrando que temperatura
e pressão são usados em valores absolutos, ou sejam, p= 3014,7
psia( somando a pressão atmosférica) e temperatura,
T= 35 + 273,5 = 308,5 °K ( em graus Kelvin ).
~ Condições básicas: Pb=14,7 psia e Tb= 293,5°K ( Brasil )

ª
~
,
;;;

~
z
~

16

'. GÁS IDEAL x GÁS REAL

Gás Ideal pb.Vb/Tb =p.V/T e Vb =V.(p/pb).(Tb/T),


Vb = 4280.(3014,7/14,7).(293.5/308,5)
Yb - 835023 m3/d

Gás Real pb.Vb/Zb.Tb =p.V/Z.T e Vb =V.(p/pb).(Zb/Z).(Tb/T)


Vb = 4280.(3014,7/14,7).(293,5/308,5).(0,97/0,8)
Vb - 1012465 m3/d

Comparando os resultados, vemos que a aplicação da equação dos


gases ideais implicaria num erro razoável de 177442m3/d.
.'"

MEDIÇÃO DE GÁS
- Condições Básicas ­

PRESSÃO me=) 1,033kgfI cm 2 abs


(14,7 PSIA)

TEMPERATURA ~Oe=) 20 0 C (68 0 F)


I

.
'"

17

+1 I D
CONDIÇÕES DE MEDIÇÃO

VOLUME PCS
P(kpa) T (C) T (C)
E. UNIDOS
REINO UNIDO 101,592 15,56 15,56
HOLANDA
BELGICA 101,325 25,00 O
ALEMANHA
FRANÇA 101,325 O O
8
~ ITÁLIA 101,325 15,00 15,00
!l.
~
I
BRASIL 101,325 20,00 20,00
~
~ CONDIÇÕES NORMAIS: 101,325KPa (1 ATM) E O C (273,15 K)
~
a.
<D

. . RESERVAS DE HIDROCARBONETOS (*)


(trilhões m3)

MUNDO
1998
total: 314

PETROBRAS
total: 1,40

(*) ­ equivalência em g0\5


fonte: CEDIGAZ/1999

18

I,FLUXO DO GÁS NATURAL ~

INJEÇÃO EM RESERATORIO

CONSUMO

:t> C ."
I~ATÉRIA PRIMA 0
C
o Im :;o
o VENDAS

1~
I(") C RED. SIDERÚRGICO
:t> c
GÁS s:
m
I(")
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IICOMBUSTIVE1. n
~
Z I(")
o
-I r-
Õ'

J o ~I
Q
I
o Z
~

;3
u
~ I; ROCESSAMENTO DO GÁS ~
!li fit4H14 E.&PIGERPROI'OlAC I

FLUXO DO GÁS NATURAL

PRODUÇÃO

19

.. • I

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'"

Princi'pais Bacias Produtoras


de Petróleo no Brasil

8
~ ~

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C)

u
~ ~


'"

20


CAMPOS
I
(
/
/

--
/
/

PONTO A /
/
I
I

21

• Sistema de Produção de Óleo e Gás I P-19

180"C
..
l00c EXPORT~
DE GÁS

ÁGUA
QUENTE

A • ÁGUA ÁGUA
PRODUZIDA PRODUZIDA
MANlFOlD5

IOMIlASDE
EXPORTAçAO

6LEO + ÁGUA

,
FLUXO DO GAS NATURAL

ADOÇAMENTO

....
1
i
~
I
1!
~
i3
8
a
l!!

22

Gases Ácidos

H2 S - gás sulfídrico

C02 dióxido de carbono

RSR mercaptans

~C;- COS sulfeto de carbonila


Io'
~,

~
~
~ CS2 bissulfeto de carbono
~
v

"
~

.. Efeitos do H2 S

PPM VOL H 2 S EFEITOS

0.01 - 0.15 limite da detecção do odor


10 máxima concentração permitida para
exposição prolongada

100 - 150 pode causar enjôos e fraqueza após


1 hora

200 perigo após 1 hora

600 fatal após 30 minutos

> 1000 MORTE IMEDIATA

23

o
o
0 0
I I I
MO'
I o
M
1
I

o
o
o I
M
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I I
M
O
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O

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o o o
O O ..-I
M

VISd 1311 nSS3ltd 1V.LO.L

24

~ Processos de Tratamento

• Solventes químicos

• Solventes físicos

• Leito sólido

'"

01
Solventes físicos absorvem gases ácidos na proporção de suas
IV • •

pressoes parCiaiS.
Solventes químiCOS absorvem gases ácidos sem grande sensitividade
v
em relação à pressão; são aplicáveis mesm10 quando as pressões
o
o
N

parciais dos contaminantes, na entrada ou na saída, são baixas.
~
tO
~

~
• Escolha do processo
.....tO
::J

Z
VI
,tO
19
• Composição, temperatura e pressão do gás
oVI
....
::J
• Especificação desejada para o produto tratado
U

a..
co
.....
+
Adoçamento do Gás Natural

- Aminas
• MEA, DEA,MDEA e DIPA
Absorção Química ~ - Carbonato de potássio quente
• Benfield, Catacarb etc.
- Outros

.Stretford, amônia, etc.

r
- Sulfinol (sulfolane)
~ - Outros
"->
O)
Absorção Física
• Selexol, rectisol,água, etc.
,
g ~ - Oxido
,
de ferro
o
N
0- Ãdsorção (leito sólido) - Oxido de zinco

....
U>
/IJ
~
I
- Peneiras moleculares

/ij
....
:J
......
/IJ
z
VI
' /IJ
Destilação { - Ryan Holmes
19
o
....
VI

u
:J

I
Permeação { - Membranas

10
......
rL (L
Processo de Tratamento

com Soluções de Amin,as


ÁGUA

GÁS + ..-,I

ÁGUA
TRATADO

(
/ -- -.... ...,

~ CONDENSADOR

r .. H,s elou co,

I '' FILTRO
TAMBOR DE
REFLUXO
ABSORVEDORA

'"
-..J
REGENERADORA
COMBUSTÍVEL

t
~r
FLUIDO DE

-•
AQUECIMENTO

<:t"
[ ", ~ t
o GÁS DE ~,..
o ENTRADA'
N TROCADOR
ê:
cu
AMINAIAMINA
~

cu
.....
t
:::l
......
cu
Z
til
' cu
19
o
til
.....
:::l

...

a...
(O
+ FLUXO DO GÁS NATURAL

DESIDRATAÇÃO
/~', (Jjl
-+ _li~L 1%~ L
r l!J ~

28

...c
~
.
o
"
ci

29

+ , ,
Agua no Gas Natural

• Pressão
• Temperatura
• Presença de contaminantes
#<#

FINALIDADES DA DESIDRATAÇAO
• Manter a eficiência dos dutos de transporte
w
o • Evitar a formação de meio ácido corrosivo
• Impedir a formação de hidratos

v
HIDRATOS
o
o
N

~ro
• Compostos sólidos formados entre as moléculas de água e gás,
~
na presença de água livre
~
.....ro::J
• Bloqueio de linhas, válvulas e equipamentos
Z
111
-ro
1.9
• Efeito da composição do gás
~::J - gases de alta densidade
U
o...
- gases que apresentam altos teores de contaminantes
CO
......
------~~O L
+! !

q HIDRATOS DE METANO

q FUTURO

Especificação do Gás Desidratado


....

• Teor de água
• Ponto de orvalho a uma certa pressão
• Depressão do ponto de orvalho a uma certa pressão

É função da menor temperatura a qual o gás será submetido,


na pressão de operação.

~
~ • Valores Clássicos
l!
,
• transporte: 64 a 112 kg/10 6 STD m 3 gás (4 - 7Ib/MMSCF)
i
z
-J • processos com refrigeração: 16 kg/106 STD m 3 gás (llb/MMSCF)
~
u

31

Processos de Desidratação

, - ,
TEOR DE AGUA DE SATURAÇAO NO GAS NATURAL

J---f> LINHA
w
'" • -
ABSORÇAO (> CONTATO (>

------f-> TORRE

'f"

-
o
o
N

ê:/ti
• ADSORÇAO
~

"ê:::J
......
Z
/ti

VI
'/ti
~
• REFRIGERAÇAO -
~:::J
U

CO
......
--------------------~~O ~~~
'
p
"
H
6 Unidade de Desid,ratação
por Absorção com TEG
t
T3

PERMUTADOR
T8
GÁSIGUCOL

CONUl:nI::>AUUK

w
w

GÁS LIBERADO
ABSORVEDORA

TlO ,. ...
,.. • ..,.

I g
o
N PERM GLICOLI REFERVEDOR
Õ" .... Tl
GLICOLA 17
E'

cu
L IGÁs ENTRADA

..
VASO

~ DE FLASH
....,
::l Ao

cu

Z GÁS DE
'cu
trl
PERMUTADOR STRIPPING
19 GLICOL/GLICOL B
o
trl

TU
::l

U
GLICOL REGENERADO
o..
co
......
34

~P Desidratação por Adsorção utiUzando


Gás Seco pa"ra Regeneração dos Leitos
GÁS ÚMIDO

~
I f

o \. R ,/
'5­ \
\
\ ,I
~
w
Z
w
\ /
CI

~
w
\/
Q

.~
ez
111
CI
w oQ :E
~
U'I
o u..
Z CIl
ti: 111

~
IX
ti:

~
111
V"
-------. :E

-
o /
:5IX
o
N u.. AQUECIMENTO
g, Forno

t
CIl

lO
~ AQUECIMENTO
~



"­ cI: COMPRESSOR
:J Q CONDENSADOR
......
Z
10
~
I-
o

••
Z
...::::I
li)

L
'10 w Q
19 w
o
li)
"-
Q
li!
.<
....
O'
...I
D - DESIDRATANDO
:J R - REGENERANDO
~ ÁGUA E CONDENSADO
U CI
GÁS DESIDRATADO
Cl..
co
......
o
C
L-
o
............................
~

LL ••
•••
@M!]~!R'lj]:J)~i1iXQ)w
••
••
~ C=::l c::::::J c:::=J c::::::::J c::::::::J c::::::::J ~ c::::::J C=:J c::::::::J c::::::::J c::::::J c::::::J c=:::::J

c::::::::J~c::::::::J c::::::::J IJ

~ ~ o
~ ~ o
~ o
o
\7

36

( " c c
H4P Características dos Adsorventes

PENEIRA MOLECULAR

- Alumínio - silicatos de sódio

- Teor de água lppm

\ - Diâmetro dos poros 3 a 10 a


- Não tem tendência a adsorver HCS
- Temperatura de regeneração entre 260 e 316°C
W
-....I - Custo elevado

APLICAÇÃO: gás a ser submetido a um processo criogênico


"<t­
o
o
N
PARÂMETROS DE PROJETOS
~ lU
::E: - Tempo do ciclo
~
.....::JlU
- Diâmetro e altura do leito
Z
Vl
'lU
- Temperatura de regeneração
19
O
~
::J
- Presença de contaminantes (02)

c..
r::c
- Graduação da peneira (função das condições de processo)

......
FLUXO DO GÁS NATURAL

PROCESSAMENTO DO GÁS

. . PROPANO

. . BUTANO

. . PENTANOE
SUPERIORES
PROCESSAMENTO DO GÁS

UNIDADE DE PROCESSAMENTO
DE GÁS NATURAL I UPGN

C1 GÁS
C2 PROCESSADO

C3 ~ ..... GLP
C4

I -+~
C3
C4
C5

&i C6
C7+

C5
r--+ C6 ~ ..... GASOUNA
C7+ NATURAL

38

II + •


D

N2
' ma
UPGN

Produtos de
U
N2

CO 2 CO 2
,
Cl
GAS RESIDUAL

Cl
C2
/ C2

C3 ~I UPGN I C3
C4
C5 \. C4
C5 lGN

C6 (líquido de gás natural)

C7+ C6
w
co C7+
------..
N2
N2
CO 2
Cl / CO 2 Gás residual

V"
o C2 Cl '
-s
o
N


lU
C3 ~I UPGN I ~
{ C2
L
C4
I
lU

:::l C5 l,~ .. ~
1~fV)~~:~
\
C3

......
'~ ~r.~~JCl,. ~'-
lU
z
til
'lU
C6 C4

<..9
o
til

C7+ ~ C5 lG N

:::l
u
I

a..
C6
C!l
...... C7+

Absorção Refrigerada-- -C] \

I r.s--~,.rr-

Jf

~x
V

TORRE
ABSORVEDORA \
-18°C

"'"
o

GÁS DE
ENTRADA

+ 4---J 39°C
1--,
( 3035 KPa
\ -24°C
\
7 ......

1621 KPa -\
-34°C
GÁS RESIDUAL
DE ALTA ~l l-
-~, \;,..\~
\~ \\~ oc:: ~420C +
ÓLEO DA

L GLICOL PARA
REGENERAÇÃO
FRACIONADORA

4069 KPa
o...
cc
......
~------------------~C ,

1+ Absorção efrigerada
~ I ~--~
89°e

~9", , 51°e
793
KPa
38°e

134°e 157°e GLP


--- I
ÓLEO RICO DA

DESENTANIZADORA
TORRE
TORRE

FRACIONADORA
DESBUTANIZADORA

"'"
-"


o 130 0 e
o 242°e 281°e
I"\J
o­~ "Itf--..
~
1'0 ÓLEO PARA
REFERVEDOR DA
~
~

1'0 DESENTANIZADORA

c+
5
....
::J
43°e 38°e
.....
1'0

Vl
-1'0

19

....
Vl
::J

a..
co
......
+
Absorção Refrigerada

Princípio: Recuperação de hidrocarbonetos através da absorção física


promovida pelo contato do gás com um óleo de absorção.

• Contato em contra-corrente em uma torre


• Transferência
, .
de massa com liberação de energia
""'"
N
• Oleo é, preferencialmente, uma mistura de hidrocarbonetos
com peso molecular entre 100 e 200
• Refrigeração obtida através de fluído auxiliar, geralmente
'<t"
o
o
N
propano
o­l:::"
~
co • Hidrocarbonetos absorvidos liberados pelo óleo, pela ação do
~
::J
calor, em torre de fracionamento
......

co
Z

til
'co
• Os produtos são separados de acordo com o desejado
1.9
o
...
til
::J
U
o...
co

L------..
~. C C:-------'
(. t o
+ Absorção Refrigerada (cont.)

Aplicação típica: Recuperação de C3 e mais pesados

Recuperações comumente obtidas:


Etano ......•.••.•.....•.................... máximo 50% molar
~
w
Propano •................................. 90/95 % molar
- Butanos e mais pesados ......... l000/0 molar

'<:f"
o

-~
o
N

L
Condições mais comuns da absorvedora:
I

~ - Pressões de 2759 a 6897 kP a


cu
z
~ - Temperaturas até -40°C
oVl
....
::J
U

o..
((l
'. Processo de Refrigeração Simples

38°C

38°C

GLICOL PROPANO REFRIGERANTE


31°C PROPANO
49°C REFRIGERANTE

-37°C -35°C
GÁS
ENTRADA
517KPa 1186
27°C KPa

-'='" ( -4~~;o~a-) LCV


-'='"

1-~ '''~''''_--oI-60°C TORRE


...
, DESETANIZADORA
GLICOL PARA
REGENERAÇÃO
'<t'
o GLP
o
N

ª
~
ro
:::?: 49°C
TORRE
DESBUTANIZADORA 77°C 58°C
ÓLEO
QUENTE

::J
...­
ro LGN
Z
ti) ÓLEO
-ro
19 QUENTE
o
~
::J C+
5
U 179°C 82°C 49°C
o...
co
.....
+ Processo de Turbo-Expa,nsão
TURBINA

1765 KPa
COMPRESSOR -71,5 0 C

GÁS •
2393 KPa
49°C
ÁGUA
1618 KPa
32,50 C • 6453 KPa

RESIDUAL
G 1765 KPa
-68,5 0 C
6600 KPa

COMPRESSÃO -2°C
6796 KPa
81°C

"""
U1

... -l
1765 KPa
-50,8°C

TORRE
"<:!"
o
o
N --
DEMETANIZADORA

~
~co
13°C

PENEIRAS
~

....,
~ CONDENSADO MOLECULARES
co
Z
til
-co 6698 KPa FILTROS
19 38°C
o
til 27°C

~

u
o...

....
[Q
H4P Processo de Turbo-Expansão (continuação)
PROPANO
REFRIGERANTE

GÁS
GÁS
RESIDUAL
COMBUSTÍVEL

ÁGUA
2442 KPa

,
TORRE (
DESETANIZADORA I
)
-:+-i ..
ETANO J ...
-
1667 KP" 1628 KPa
- -.­
)
500 KP"
/,' .-'
,/ ---'­
51°C 53°C
i- TORRE
~
C7) DESBUTANIZADORA I

..
27°C
68°C
1687 KPa
- ,--I
ÁGUA

---.:~ .
38°C
PROPANO
63,5°C

ÁGUA
BUTANOS

~ 2706 KP"
o
o
N

ê:cu
TORRE
:::!: DESPROPANIZADORA
GASOUNA
520 ??
~ NATURAL
:;,
+J
cu
Z t ~0.
104°C

I VAPOR DE
Vl
'cu VAP?RDE
1.9
o KPa
MEDIA ~ BAIXA
~ VAPOR DE
:;,
U BAIXA
o..
....­
..J.
____________________~J
co 863 ??
......
Principais Ti'pos de Processos

Nível de recuperação define: UPGN ou DPP


• Refrigeração simples
• Absorção refrigerada
• Expansão Joule-Thompson
• Turbo-expansão
• Os hidrocarbonetos são recuperados e estabilizados
em uma DPP{Dew Point Plant}, onde o ,objetivo
principal é a especificação do gás.
Na UPGN há outro objetivo que é a separação, por
fracionamento, nos produtos desejados.

47

48

TERMINOLOGIA

GÁS NATURAL UQUEFErTO GNL L.. (bOOC .

~cA ch­

UQUEFIED NATURAL GAS LNG "~I.MC-~


(d:>O ~>r

ÚQUIDO DE GÁS NATURAL LGN


NATURAL GAS UQUID NGL

GÁS UQUEFErTO DE PETRÓLEO GLP


UQUEFIED PETROLEUM GAS LPG

GÁS NATURAL COMPRIMIDO GNC


COMPRESSED NATURAL GAS CNG

GÁS METANO VEICULAR,GÁS AUTOMOT1VO etc.


o.
a>

GÁS N,ATURAL DO RIO DE JANEIRO


- Com posições típicas « 300m) ­
ELEMENTOS (% MOLAR) ASSOCIADO NÃO ASSOCIADO PROCESSADO
METANO 80.20 97.15 90.78
ETANO 9.96 1.34 7.05
PROPANO 5.43 0.43 0.70
I·BUTANO 0.91 0.07
N·BUTANO 1.35 0.11
I·PENTANO 0.24 0.01
N·PENTANO 0.25 0.02
HEXANO 0.12 0.03
HEPTANO E SUPERIORES 0.10 0.04
NITROGÊNIO 0.98 0.67 1.00
~
DIÓXIDO DE CARBONO 0.46 0.13 0.50
~;.

~~
DENSIDADE
0.7101 0.5739 0.610
I
RIQUEZA (% MOl C3+) 8.20 0.66 0.70
I~ PODER CAL. INF. (Kcallm') 9834 8208 8374
, ~
u
o.
a>

49

PROPRIEDADES DO GÁS NATURAL


Com a sua predominância na composição,
as constantes físicas de metano servem
de referência para o gás natural.

PM
PESO PM AR
MOLECULAR DENSIDADE

CH 4
16,042 0,555 +Ieve que o ar

C1 H6
30,068 1,046 + pesado que o ar

~
~ C3 Ha 44,094 1,547 + pesado que o ar
I

i
z
Gás Natural 16,5-25 0,57-0,85 + leve que o ar
3 (BRASIL)
~
.
u

!!!

RELAÇÃO VOLUMÉTRICA
(Gás/Líquido)

METANO
DENSIDADE (GÁS) 20°C e latm : 0,668 Kg/m J

DENSIDADE (ÚQUIDO) 20°C e latm : 420 kg/m J

DENSIDADE (ÚQUIDO) I DENSIDADE (GÁS) = 630 (ENCOLHIMENTO)

I, ENCOLHIMENTO
GNL
LGN
= 600
=245
GLP = 280

50

+ PONTO DE EBULIÇÃO NORMAL

C1 - 161,5°

C2 - 88,5°

C3 - 42°

iC4 - 11,5°
nC4 - 0,6°
iC5 + 28°
nC5 + 36°
8 C6 + 69°
~
;[
, C7 + 98,5°
i
z C8 +125,6°
;3
~ GNL: -160°
u

""'

+, \
_
PRESSAO DE VAPOR (A 100°F) PSIA
l.Kf'"

C1 (5000)
C2 (800)
C3 190
iC4 72,2
nC4 51,6
iC5 20,44
nC5 15,57
C6 4,956
C7 1,6199

51

PONTO DE ORVALHO
- DEW POINT-

Ponto de orvalho de um gás

a uma dada pressão

é a tem peratura de formação

da primeira gota de líquido.

(água ou hidrocarbonetos)

Substâocias Puras

52

DIAGRAMA BIFÁSICO

LÍQUIDO

o
1111
111
111
GJ I
L-
o. I GÁs
8
j
~
I I
E
a
eH
EI
f2
13
~
De
a temperatura
Tmáx.
~

!!l

GÁS RICO

(0). ..004

·r N\.

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e
~
IT
7(0)

6(XXJ

500l
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\
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CIl 4(0)
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I
I / 1
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2IXXl I
8 1(0) / V
j ~ ~ . .V
>! o.OOOJ
I ·160.0 ·140.0 ·120.0 .100.0 -111.00 -&l.00 -40.00 ·20.00 O.OOOJ 2O.OC

i
z Temperature (C)
13
~
u
~

!!l

53

GÁS DE VENDA

900J

~. -r
'"o..
~ I
J
./
~
I, \
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5lDJ í \
~
.00:3

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,
1

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~ ~ yr'
V
·IIIJO ·"0.0 ·1:lD.O ·IDO.O -inDO -8l.DO -«l.DO ·lOm OIJll:

Tempel'lll1lre (C)


<D

. c -Ponto crítico

c Óleo volátil
/

Temperatura

54

1+
I
RIQUEZA
É a soma das percentagens de todos os componentes

a partir do propano inclusive.

Composição do gás dos separadores da P.19 (Marlim)

H,p!Wpn
L~
(% ) %Abs
N2 0,162 60 F e 1 atm
Co2 0,498
Cl 90,602 O9/DI x 10
C2 4,306 3 0,0129 0,0352 0,0005
C3 1,919 90 1,7271 0,0362 0,0625
iC4 0,410 100 0,4100 0,0431 0,0177
Riqueza nC4 0,800 100 0,8000 0,0415 0,0332
4,432 iC5 0,221 100 0,2210 0,0482 0,0107

nC5 0,290 100 0,2900 0,0477 0,0138

C6 0,282 100 0,2820 0,0541 0,0153

êê
~'r - ~~~
C7+ 0,326 100 0,5100 0,0610 0,0310
C7 0,326 100
i, C8 0,155 100 4,2530 0,1847 ~ 7f"""
; C9 0,029 100 Dl _ 04--~
~
~

184,7 M3 LGNI MM W DE GÁS cAP fL"'< JJP


u
~

i+ CALCULO APROXIMADO DO LGN, GLP E C5+

1.000.000m3/d x 0,044= 44000m3 de LGN

Consumo interno da UPGN é igual a 13.000 mJ/d

Restam 943000m J/d de gás processado

~ Com V Gás/v liq.= 250.:. 44000/250 = 176 mM3/d de Lgn

~ ~ Com 80% de GLP, temos: C5+= 35 mJ/d e GLP = 141m 3 /d

~0 ' ~ 141 mJ/d X 540kg/m J = 76140 Kg de GLP

~ Com 13kg /butijão. Temos 5857 butijões de GLP


~
~ 5857 butijões (GLP), 35 mJ/d (C5+) e 943000 mJ/d (gás para venda)
~
u

m

55

.. COMBUSTÃO COMPLETA

• Com O2
CH 4 + 20 2 • CO 2 + 2H 2 O

• Com ar
CH 4 + 20 2 + 7,6 N2

COMBUSTÃO

56

AERAÇÃO

METANO

CH 4 + 2 O2 ------> CO 2 + 2 H20 + CALOR


1 m3 2 m3 02
1 m3 9,55 m3 ar

ETANO
C2H6 + 3,5 02 ------> 2 CO 2 + 3 H20 + CALOR
1 m3 3,5 m3 02
16,7 m3 ar

+: COMPOSIÇÃO DO AR SECO EM VOLUME

NITROGÊNIO 78,024
OXIGÊNIO 20,946
ARGÔNIO 0,934
DIÓXIDO DE CARBONO 0,033

ppm
NEÔNIO 18,180
HÉLIO 5,240
CRIPTÔNIO 1,140
XENÔNIO 0,087
METANO 2,000
HIDROGÊNIO 0,500
i
z
ÓXIDO DE NITROGÊNIO 0,500
3
~ obs.: Em áreas poluídas encontramos também Sox, 03 etc.
u

<D

57

PODER CALORÍFICO

a) Inferior
CH 4 + 2 O2 ----> CO 2 + H20 ( 9 ) + calor (PC!)

b) Superior
CH 4 + 2 O2 ----> CO 2 + H20 ( I ) + calor (PCS)

KcalKg Kcal/Nm3
PCS PCI PCS PCI
Gás Natural 13100 I 11800 9675 I 8710
GLP 12075 I 11025 27725 I 25282

+ REAÇÕES DE COMBUSTÃO

CH 4 ~ C + 2 H2
2C + O2 • 2CO
C + O2 • CO 2
2 H2 + O2 ~ 2 H 20

8
2 CO + O2 • 2C0 2
~
~
,
~ l::,. calor
~
z
3
~
a
2!

58

+ REAÇÕES DE COMBUSTÃO

............- - -..
~ CH30H

6 calor

r!J REAÇÕES DE COMBUSTÃO

6
C02 + C ~ 2CO
6
C + 2 H20 ~ C02 + 2H2
6
C+H20 ~ CO + H2
6 ~
CH4 + 2 H20 C02 + 4 H2
6
CH4 + C02 ~ 2 CO + 2 H2
6
CO + H20 ~ C02 + H20
6
~õ CH4 + H20 ~ CO + 3 H2
k"
l',
~

~ 6 calor

(j
~
v

'"

59

1+ TABELA DE EQUIVALÊNCIA ENERGÉTICA

DENSIDADE PODER CALORÍFICO SUPERIOR


PRODUTO KG/M3 KCAL/KG KCAL/M3

GÁS NATURAL 11 000

GÁS NATURAL RESIDUAL 9400


6
GÁS NATURAL UQUEFEITO 440 13100 5,9 X 10
6
GLP 554 11730 6,5 X 10
6
GASOUNA 738 11230 8,3 X 10
~ 6
789 7090 5,6 X 10
ª
~
,
~
a
ÁLCOOL

DIESEL 852 10752 9,2 X 10


6

~ 6
ÓLEO COMB. MÉDIO 997 10090 10,9 X 10
;3
v
~
~

!2

'. INTERCAMBIABILIDADE DOS GASES

CONDIÇÕES A SEREM SATISFEITAS


PELO GÁS SUBSTITUTO

• Aporte de energia mantido


• Combustão completa - sem emissões inaceitáveis de CO e
fuligem
• Estabilidade da chama - sem deslocamento ("UFT') ou
~ retorno de chama ("FLASH BACK")

.l'.ª,
5
• Sistema de ignição e controle - operação satisfatória

"'

60

NÚMERO DE WOBBE

Q = aK W; 'H

a - Área do Orifício do queimador


P - Pressão do suprimento do gás
d - Densildade relativa do gás (ar = 1)
k - Coeficiente de descarga do orifício
H - Poder callorífico do gás a 20°C
Q - Fluxo de energia térmica de gás através
do queimador

NÚMEROS IDE WOBBE (continuação)

H
o/Jd = W Número (ou índice) de WOBBE

~ aK Função da Configuração do queimador


~
~,

i
z
;3 o/JP Condições de suprimento
u
~
~
<D

61

VELOCIDADE DE COMBUSTÃO

VELOCIDADE DE COMBUSTÃO A ÍNDICE DE


F
NO AR (cm/s) (Ar) WEAVER

HIDROGÊNIO 300 2.39 100 339

C1 30 9.55 14 148

C2 16.71

C3 23.87 16 398

GÁS NATURAL 34 15.0


C= 22.4
~ 2

"~" C;
22.1
,
~
a CO
2.39 18
!2
<3 NAFTA
100 31
~
8
~

VELOCIDADE DA CHAMA

S I FATOR DE VELOCIDADE DE CHAMA WEAVER

• S - apresenta a máxima velocidade de combustão de


um gás no ar para chamas laminares em relação à
velocidade máxima do hidrogênio no ar.

• Velocidade referida ao hidrogênio que tem a máxima


velocidade de combustão no ar para gases puros.
8
~
~
,
~
a
!2
~
~
8

!!!

62

ÍNDICE DE WEAVER OU FATOR "s"

a Fa + bFb ............... .

s= A + SZ ~ 18,8Q + 1

a, b _ Fração molar de cada componente do gás

Fa, F b - Coeficiente para cada componente do gás

A - - - - - Pé cúbico de ar necessário para a combustão


de um pé cúbico de gás
~
~
~ Z - - - - - Fração molar dos componentes inertes
I

; (C0 2 + N 2)
~
a Q - - - - . Fração molar do oxigênio no gás
~~
u

VELOCIDADE DE CHAMA

DO GÁS DE NAFTA

1,0 . ._.... ...... .....


. . - . .,.. . .. . ..... . . .... .. .

. .
0,9

0,8 - ...., ..... , .... ...........


. . .... ...

. . .
0,7

0,6

..~i.~~
. ..,
.. .

0,1 ... .. ; .... .. :... ... ; ... ... . .. ...:- ..... :


~

I i I I
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
.'" % de ar-gás

63

LIMITE DE INFLAMABILIDADE

C1 - - - - - 5 - - - - 1 5 %

C2 - - - - - 3
13%

C3 2 ~5%

C7 1 7%

H2 4 74%

§ CO 12,5 74%
~
~
, C2 H 2 2,5 80%
I"
li! 40%
z Nafta 4
i3
~
u Gás Natural ­ 4 14%

'"

INTERCAMBIABILIDADE DE GASES

22.000 ­ --. '" . -.. ~. - - . , -. .


. , _. - ' "
. .. . ,. - ... ~ .
- - . - - - - -.- . . . . . . . . . .' .....
20.000­ · · · ·:-· _·Gtp ··_("--_·~ . . . -:- . . .. ~ . . .. . ~ . .. . ~ . . .. .:- ... ~ . ... .:. . . . . :- . . . . :- . . . . ~
. .
....... 18.000 _
.. .. ';, .....:.... ':----' -: ... - .;... .. ; .. . .. :- ... ",- ' " '," ' -' ., .. .. ','- - o - , • • • • ',"

~E
z 16.000 _ ....... .

.......

~
ta
14.000 ­ GASES
.. .t ... NATURAIS
:.. ......:
.... .. .. .. .. . ...... .....:. .. , ..
cu
.c 12.000 ­
.c
.GÁloE ·;·· ·· :;:-+.. :.... ;......:.....;.... ....:.....:.... .. ... ,...';'

o CARVÃO DE GASES DI' REflNAIUA . .


~ 10.000 ­ · AlT~ - P~C~--_· ... '...... ... ..... . ·~Ásn~ · CA~vAO -pE"M~OTO ·~ :C.·· :
cu + : LURCijI
'tl
8.000 ­ ... .... . . . . . . . . . . _'_'0- ••••• • . . . . . . . ' : ___ +:- _.. _ ... ....... .

2cu
:+ : CEG
E 6.000 - ·· .. · .. ····· ;· COMGAS; .. + : - -. .. .
.. · ........ .. .
~ -:l
c: . .
~ 4.000- GAi[;EiARVA~ "~ ". "<t'GÃsDEúRvÃoOE:MÉoloP.c ......... .
~ , DE BAIXO P . c . · .. KOPPERS-TOTZER: .
2.000-~.-;·· +: .... : ... , .. . .." .. ., ............... .

I"
B
2! O BIOMASSA
i3 I. J I I I I I I I I I I I I
~ 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
a fator de veloddade de Weaver

2'!

64

INTERCAMBIABILIDADE DE GASES

14.000 _ . . . .. . . ' . ' . . .. .. . . . . . . .. .. . .... .. .. . .

-+- CAMPOS (RICO)


~

-
~ 13 .500­
~
~
1:
.g 13.000­ . .. . BAHIA (RESIDUAL) .. .. . . . . ... . . . .. . .
~ +
111
~ .,. JURUÁ (NÃO ASS.)
+
e
111 CAMPOS (RESIDUAL)
.§ 12.500 ­
c

12.000 -+­ - - --i.- -- -­ --,­1­ - - - - i1- - - --;1


1
14.00 14.50 15.00 15.50 16.00
fonte de velocidade de Weaver

INTERCAMBIABILIDADE DE GASES

14.000 ­ ' ... ... . .. ...... . . . . ... .

13.000 ­ ...
~

"E
z RPBC -+­
+ + REVAP
~ 12.000 _ . . . . . ....... REPLAN

~
1: 11.000 _ . .. ... . . . : RLAM
~

~
111
"ti
~ 10.000 _ . .
E
':::1
C
REDUC +
9.000 -.. . ....

fator de velocidade de Weaver

65

+
GASES DE CARVÃO

ALTO PODER BAIXO PODER


MÉDIO PODER CALORÍFICO
CALORÍFICO CALORÍFICO
COMPOSIÇÃO°j,
PROCESSO PROCESSO
CARVÃO
CARVÃO LURGI KOPPERS-TOTZEK
CH4 95,67 12,83 0,11 1,4
C2H6 0,34
C3H8
C4HI0
C2H4 0,13
C3H6
C4H8
OUTROS HIDROC.
SATUR.
~ CO 0,06 9,23 68,27 26,1
~ 02 0,22 0,04 0,13
~
, H2 1,47 75,3~ 28,91 21,4
~
~ N2 2,07 0,54 2,45 43,5
z
C02 0,51 1,5 0,09 6,9
~
~ OUTROS 0,04 0,07
3
!!!

GASES DE REFINARIA

COMPOSlÇÃO% I REVAP REPUN RPIC RUM REDUC


CH4 36,28 31,95 36,90 32,77 20,0
C2H6 12,89 15,88 16,96 14,.42 8,0
OH8 0,.49 0,43 0,53 0,84 0,5
C4Hl0 0,16 0,86 0,.47 0,29 0,6
C2H4 16,18 15,18 10,98 10,81 7,5
C3H6 2,00 1,86 1,32 4, 24 1,5
C4H8 0,09 0,31 0,38 0,41 0,4

OUTROS HIDROC. SAT\lR. 0,14 0,11 0,18

CO 1,14 1,10 1,11 2,22 3, 0


02 0,92 0,11 0,16
8 H2 25,93 25,98 27,17 14,.43 45, 0
~ N2 3,68 5,53 3,89 7,22 10,0
1­,
COl 0,10 0,03 0,11 1,48 3,0
11 OUTROS 0,57 0,71 0,5

~
~
3 ANO: 1983
~

2l

66

GLP E BIOMASSA
GÁS LIOUEFEITO DE PETRÓlEO
COMPOSIÇÃO "lo Gl P
CH4 032
C2H6 0 97
C3H8 1712
C4H 10 2931
C2H4 0,96
OH6 223
C4H8 27 83
OlITROS HIDROC. SATUR. 084
OUTROS 0,35

BI OMASSA
COMPOSlCÃOOfo
CH4 05
C2H6
ClH8
C4H10
C2H4
OH6
C4H8
OUTROS HIDROC. SATUR.
CO 25 o
02 05
H2 150
1'12 S1 0
C02 80
ANO: 1983 OlITR05

DIAGRAMA DE COMBUSTÃO J
ri~
/ /
1200 .. ... . . . [.\ ... .. ... ... .... ...... ... ... ..:. ;;.:..
. ... .... . ..:.. /. .... . . . . . .... .. .. .... .

HIDROCARBONeTos : ~ : ,./ ~ HIDROGÊNIO


1000 ... , . ..... . ,/ ' ........ ~ .... .. . ... .. .... ...... .

4J ,.;, .,.".,._: ~LETA : : ."...


.c
.c ~ Ccit4BUSTA~ ~ ~ .,.".,.
í .. ... .. .. .. ..................... ...

~ 800
4J
"CI
e
4J 600
E
' ::I

400 -­ _. ..

8 . . LEGENDA:
~ 200 - _. __ ..... .
INERTES
... :.. .. .. ..:... ;.;.; .;.;.; .;.;.'... aeraÇãó
l!
I
1!
/'
a O
~ velocidade de chama
·Xl O 10 20 30 40 50 60
lO 70 fator 's'
~
J

i!!

67

.. FLUXO DO GÁS NATURAL

~==~-4> ~~~
.­ '--V ~~~

<>~~

<>~
<> 11\It~i'l!~ru~

+ FORMAS DE UTILIZAÇÃO
DO GÁS NATURAL

* REINJEÇÃO
* PRODUÇÃO DE GLP
* MATÉRIA-PRIMA PETROQUÍMICA
* MATÉRIA-PRIMA FERTILIZANTE
* REDUTOR S · ERÚRGICO
* COMBUSTÍVEL INDUSTRIAL
* GERAÇAO DE ELETRICIDADE
* USO AUTOMOTIVO
* USO RESIDENCIAL E COMERCIAL

68

PRIORIDADES PARA UTILIZAÇÃO

DO GÁS NATURAL

(Portaria MME N-l061 de 08/08/86)

1- Reinjeção em poços de petróleo, produção de GLP e gasolina natural

2- Substituição de GLP de uso residencial, comercial, industrial e outros

3- Utilização, como matéria-prima, na industria petroquímica e de


fertilizantes

4- Substituição de óleo diesel nas frotas de ônibus urbanos e

interurbanos,

8
~ em frotas cativas de serviços públicos, e em veículos de transportes de
l'.
I cargas
~
~
~ 5- Substituição de derivados de petróleo na industria

~ 6- outros usos, a critério do CN P

· f7'Ât!T1 1
FORMAS DE UTILIZAÇÃO
i~
DO GÁS NATURAL

* REINJEÇÃO
* PRODUÇÃO DE GLP
* MATÉRIA-PRIMA PETROQUÍMICA
* MAT,ÉRIA-PRIMA FERTILIZANTE
* REDUTOR SIDERÚRGICO
* COM BUSTÍVEL IN DUSTRIAL
* GERAÇÃO DE ELETRICIDADE
* USO AUTOMOTIVO
* USO RESIDENCIAL E COMERCIAL

69

+ UNIDADES DE PROCESSAMENTO DE
GÁS NATURAL - UPGN (em operação)

PROOUÇÃO NOMiNAl (m'/d)


CAPACIDADE PROCESSO
UNIDADE
(Mm'ld) GLP C5+

URUCU I (AM) 600 178 11


URUCU 11 (AM) 8.000 I.HO 113
URUCU IU(AM) (Em con5lru~o) 3.000 1.000 80
LUBNOR (CE) 350 147 33
GUAMARÉ I (RN) 2.000 545 89
GUAMARÉ 11 (RN) 2.000 832 188
PILAR (AL) 1.800 2M 27
ATALAIA (SE) 2.'50 571 183
CARMOPOUS (SE) 350 o 40
CATU (SA) 1.400 330 150
CANDEIAS (SA)
2.000 410 225
LAGOA PARDA (ES) (p.1roda)
150 31 12
8
~
i',
CABlúNAS (RJ)

UPCGN CABIÚNAS (RJ) (m'ld)

URGN CABIÚNAS (RJ)


seo
1.500
3.000
...

171

548
15
295
138
~
a URL 1 CABIÚNAS (RJ) • 4.500 o 2.600
~
REDUC I (RJ) 2.400 564 t4
3 REDUC 11 (RJ) 2.000 578 51
~
u
UGN RPBC (SP) Z 2.300 o 1.500
TOTAL 38.860 8.774 5.825
12

FORMAS DE UTILIZAÇÃO
DO GÁS NATURAL

* REIN1EÇÃO
* PRODUÇÃO DE GLP
* MATÉRIA-PRIMA PETROQUÍMICA
* MATÉRIA-PRIMA FERTILIZANTE
* REDUTOR SIDERÚRGICO
* COMBUSTÍVEL INDUSTRIAL
* GERAÇÃO DE ELETRICIDADE
* USO AUTOMOTIVO
* USO RESIDENCIAL E COMERCIAL

70

PIRÓLISE
RENDIMENTOS TÍPICOS (% PESO)

MATÉRIAS PRIMAS
PRODUTOS
ETANO PROPANO BUTANO NAFTA

Gás combustível 12,8 23,8 22,9 16,5


Eteno 79,5 36,5 34,6 31,9
C3 (propeno/propano) 1,5 24,9 15,9 13,3
~ C4 (butadieno/butano) 2,8 3,8 15,2 8,9
~
l
I cs+ (aromáticos/Gasolina) 3,4 11,0 11,4 29,4
i!!
a
~ TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0
~
g
8
!!!

80.8
80

...li!o
c
60

g 40
i
20

o
1990 1995 2000 2_ 2010
• ROW o USlCanada • W . Europe 13 Asla
Global demand growlh will require some 8 p/anis per year (400 lei). Much
of lhe demand growth ;15 in Asia, which wlll accounf for 35% of global
demand by 2010 lACOR8
cr....... y.~

71

, ,
GAS DE SINTESE

CATALIZADOR À BASE DE NÍQUEL

___t CO + 3 H
2

72

METANOL

CATALIZADOR
(Cu + óxido de zinco e alumínio)
co + 2 H2

73

74

Experiencia comercial de GTL (F-T)

45 anos de atividade comerciai 11 anos denatividade comercial 8 anos de atividade comerciai


.
<D

+ Metano- Syngas- FT + diesel e outros


I Syng.s Productlon
I
Carbon

-
Methane Oxygen Nitrogen
Monoxide Hydrogen Nitrogen

Catalyst N
~ + íM ---+ ~.J + •

"
+ +

Cataly~
Natural + Enriched Air Syngas

..
Gas r----­
I
I Syng•• Converalon I
Carbon Hydrogen Nltrogen Hydrocarbons Water Nitrogen
,


Monoxlde

~
Ie'
>!
~
I
a.J +
a..J -
IM

a.
IM
+ N --l
+

+
Carbon
Oloxlde

~.J
il

2l

3
~ Syngas CatalY~t
p~!~~i:16 + By-products

..
3
<D

75

GÁS DE SÍNTESE -7 GTL


- DERIVADOS DO PETRÓLEO­

COMPANHIA PARTIDA CAPACIDADE MATÉRIA


PRIMA

" .-,"~.',
SASOL I,II E III 1955 150000BPD CARVÃO
PLANTAS MOSSGAS 1993 23000BPD GÁS
INDUSTRIAIS SHELL BINTULÚ 1993 12500BPD GÁS

EXXON ALASKA 100000BPD GÁS


EXXON QATAR 100000BPD GÁS
~ PROJETOS AURORA PROJECT 50 - 200000BPD GÁS
'O NOVOS SHELL INDONÉSIA 70000BPD GÁS
f
I
SHELL BANGLADESH SOOOOBPD GÁS
CHEVRON SASOL 'ESCRAVOS 30000BPD GÁS
i
z
SASOL PHILUPS QATAR 20000BPD GÁS
~
~
8

Los costos de GTL bajan ...

Costo de planta de GTL normalizada a 50,000 b/d

80
Los costos de la tecnolog ía
para transformar el gas v
!!
··
están disminuyendo. ]
....
:!e.
La eficiencia de la
tecnología esta
aumentando . .

.
Ello le da rentabilidad a =..
~
- Jotnt ventura
5a5Ol

i
a.
estos nuevos proyectos, y ~
Chevron

~
los hace posibles.
Son montos altos, pero eso
·"
c":> 10 -
,-
- ·-­ -T --- -T
I

~ no importa: el capital mira O


~ si es rentable y si es
i
u
seguro.
1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015

Fuente: OGJ

76

- --

+
L Syob'8leum's TeclloolouvAdvaol8lle

1+ FORMAS DE UTILIZAÇÃO
DO GÁS NATURAL

* REINJEÇÃO
* PRODUÇÃO DE GLP
* MATÉRIA-PRIMA PETROQUÍMICA
* MATÉRIA-PRIMA FERTILIZANTE
* REDUTOR SIDERÚRGICO
* COMBUSTÍVEL INDUSTRIAL
* GERAÇÃO DE ELETRICIDADE
* USO AUTO MOTIVO
* USO RESIDENCIAL E COMERCIAL

77

!'. AMÔNIA I URÉIA

CATALIZADOR
(Óxido de ferro em base de alumina)
N2 + 3 H2 2 NH3 + ENERGIA

C02 + 2 NH3 .-4_ __ NH2 CO NH2 + H20

FAFEM - SE e BA

+ FORMAS DE
,
UTILIZAÇÃO
DO GAS NATURAL

* REIN1EÇÃO
* PRODUÇÃO DE GLP
* MATÉRIA-PRIMA PETROQUÍMICA
* MATÉRIA-PRIMA FERTILIZANTE
,
* REDUTOR SIDERURGICO
8 * COMBUSTÍVEL INDUSTRIAL
1
:E
I
* GERAÇÃO DE ELETRICIDADE
i;;
~
z * USO AUTOM,OTIVO
'i3
8
~
* USO RESIDENCIAL E COMERCIAL
Q.
~

78

REDUTOR SIDERÚRGICO
(USIBA)

FORMAS DE UTILIZAÇÃO
DO GÁS NATURAL

* REINJEÇÃO
* PRODUÇÃO DE GLP
* MATÉRIA-PRIMA PETROQUÍMICA
* MATÉRIA-PRIMA FERTILIZANTE
* REDUTOR SIDERÚRGICO
* COMBUSTÍVEL INDUSTRIAL
* GERAÇÃO DE ELETRICIDADE
* USO AUTOMOTIVO
* USO RESIDENCIAL E COMERCIAL

79

GÁS NATURAL ~ COMBUSTÍVEL

+ REDUÇÕES DE EMISSÕES COM


O USO DO GÁS NATURAL ( *)

MATERIAL PARTlCULADO -80.8%

S02 -99%

S03 -100%

CO -49.4%

CnH2n+2 -54.2%
8
~
l
I
NOx -47.2%
~
.3
'l
;3 (*) comparando com o óleo combustível
~
a
19

80

VANTAGENS DECORRENTES
DA UTILIZAÇÃO DO GÁS

REDUZ EMISSÕES DE POLUENTES


• Ausência de compostos de enxôfre
• Reduzidas emissões de compostos nitrogenados
• Reduzidas emissões de hidrocarbonetos
• Reduzidas emissões de monóxido de carbono

MELHOR RENDIMENTO TÉRMICO


MAIOR PRECISÃO DE REGULAGEM
MENOR CUSTO OPERACIONAL
ELIMINAÇÃO DE ESTOQUES


"'

FORMAS DE UTILIZAÇÃO
DO GÁS NATURAL

* REIN1EÇÃO
* PRODUÇÃO DE GLP
* MA"rÉRIA-PRIMA PETROQUÍMICA
* MATÉRIA-PRIMA FERTILIZANTE
* REDUTOR SIDERÚRGICO
I~ * COMBUSTÍVEL INDUSTRIAL
f
li
* GERAÇÃO DE ELETRICIDADE
j * USO AUTOMOTIVO
~
! * USO RESIDENCIAL E COMERCIAL

81

CICLO COMBINADO

COGERAÇÃO

EFICIÊNCIA TÉRMICA

.J Y-.(~
""-. m3 .d _________
x 4 1816
'
= 39307,04 -~ m3.d

.
7 86400 -
"-'ti'"!: 0,455--
.....0 .t. KW
ou 10,92 -
KW h
­
m 3 m3

455 MW (406,6 com PCI) ~()O 'I ~ ~c,.W',•.: ,­


106 m 3

TERMOELÉTRICA DE URUGUAIANA (RS)

PCS PCI
§
~ 450MW
- 39,57% 44,28%
i, 2500000 m 3 I d
~
~
z ou
~
~ 450MW
.3
2000000 m 3 I d
- 49,46% 55,35%
!!i

82

83

+ FORMAS DE
,
UTILIZAÇÃO
DO GAS NATURAL

* REINJEÇÃO
* PRODUÇÃO DE GLP
* MATÉRIA-PRIMA PETROQUÍMICA
* MATÉRIA-PRIMA FERTILIZANTE
* REDUTOR SIDERÚRGICO
8
* COMBUSTÍVEL INDUSTRIAL
il! * GERAÇÃO DE ELETRICIDADE
I
~

S
~
* USO AUTOMOTIVO
I!!
a * USO RESIDENCIAL E COMERCIAL
!!!

84

GÁS AUTOMOnVO

v = 62 I T= 25 C P = 3357 psia = 231,5 bara


Com Z = 0,80 (Katz cl Pr e Tr )

Condiçôes básicas( Brasil) Pb = 1,013 bar e Tb = 20 C


8
~ Pb x Vb 1 Zb x Tb = P x V 1 Z x T
~

i
2'
Vb = V x ( P/Pb ) x ( Zb/Z ) x ( TbjT )
i
u
Vb = 0,062x(231,5/1,013)x(0,98/0,80)x( 293,15/298,15) =
~ Vb = 17, 06 m3

,
GAS AUTOMOTIVO
P = 231,5 bara T = 25 C PM = 18
D = P X PM j ZRT
Dd = 231,5x18jO,80xO,08314x298.15
Dd = 210,130 kgjm3 ( comprimido)
Da = 1,013x18jO,98xO,08314x298,15
Da = 0,751 kgjm3
DdjDa = 279,8

85

t!J CUSTO REAL DO COMBUSTIVEL

R$/I R$/MMBTU

GASOLINA 2,25 68,3


DIESEL 1,05 28,8
ÁLCOOL 1,50 67,6
ÓLEO COMBUSTÍVEL 0,42 9,8
GLP 1,03 40
R$/m 3 R$/MMBTU
~ GN (nacional) * 0,246 6,6
~
~
, GN (bOliviano) * 0,403 10,8
1"
~ GMV 1,07 28,7
~ DOMICILIAR 1,25 56
~
.3
(*) preços ao distribuidor (com impostos)
12

GASOLINA

2,25 R$ . 8300 Kcal


I I
\ \Nv-~ tU l)to
1 MMBTU = 252 X 103 Kcal

2,25 X252 X 103 = R$68,30 I MMBTU


8300

86

FUTURO

Fuel Cells

.. FUELCELLS

87

88

TIPOS DE FUELL CELLS

- Proton Exchange Membrane Fuell Cell(PEM)

- Phosphoric Acid Fuell Cell(PAFC)

- Alkaline Fuell Cell(AFC)

- Solid Oxide Fuell Cell(SOFC)

- Molten Carbonate Fuell Cell(MCFC)

Outros: Regenerative Fuell Cells, Zinc-Air Fuell Cell(ZAFC),

Protonic Ceramic Fuell Cell(PCFC)

FORMAS DE UTILIZAÇÃO
DO GÁS NATURAL

* REINJEÇÃO
* PRODUÇÃO DE GLP
* MATÉRIA-PRIMA PETROQUÍMICA
* MATÉRIA-PRIMA FERTILIZANTE
* REDUTOR SIDERÚRGICO
* COMBUSTÍVEL INDUSTRIAL
* GERAÇÃO DE ELETRICIDADE
* USO AUTOMOTIVO
* USO RESIDENCIAL E COMERCIAL

89

GASES DE RUA

COMPOSIÇÃOOfo COMGÁS CEG


CH4 32,8 12,5
C2H6 2,5
C3H8
C4H10 0,64
C2H4 0,07
C3H6 1,4
C4H8
OUTROS HIDROC.
0,6 0,33
SATUR.
CO 2,5 12,46
02
~C;
H2 43,2 51,0
l'" N2 10,2
I
~ C02 20,9
3 8,9
~
OUTROS
~
~
.3
ANO: 198]
~

GÁS DOMICILIAR

RESOLUÇÃO 16/82 CNP

• Gás de médio poder calorífico


(Wobbe entre 4100 - 7500 Kcal/Nm 3 )

• Gás de referência
w: 5996 Kcal/Nm 3
s: 37,4
0,36 9/ m 3 de S 2% máx. CO

90

+ Quadro I: Especificação do Gás Natural(1)


LIMITE " )(J) MÉTODO

I
CARACTERlSTlCA UNIDADE
None Nordeste: I Sul, Sudaaa,
C~ntro-OIr • •
ASTM ISO

kJ/m' 3'.000 • 38.400 35.000 a 42.000


Poder calorífico superio~ ') 03588 6976
kWhlm' 9,47 a 10,67 9,72.11,67
I
lndice do Wobbe (l, kJ/ m' 40.500 . 45.000 46.500.52.500 6976
Metano, mino -;0 \'0 1. 68,0 86,0 01945 6974
Elano, mix. % vol. 12,0 10,0
Propano. máx. 0/. vol. 3,0
Butano c: mais pesados, mâx. % \'01. 1,5
Oxigenio, máx. % vol. 0,8 0,5
Inenos (N, + CO, ), máx. %\'01. 18,0 I 5,0 I 4,0
N itrogênio % vol. AnolaJ' 2,0
Enxofre TOlal, máx. mg/ m' 70 05S04 6326-2
6326-5
Gás Sultidrico (H,S), máx. (., nWm' 10,0
I 15,0
I 10,0 05504 6326-2

i,~
>:
PonlO de Orvalho de água. I 31m. má•. ·C - 39
I - 39
I - 45
-
O 54S4
6326- 5

~
Observações:
~ (1) O gás natural deve estar tecnicamente isento, ou seja, não deve haver
i8 traços visíveis de partículas sólidas e partículas líquidas.
~ (2) Limites espedficados são valores referidos a 293,15 K (20°C) e 101,325
8 kPa(1 atm) em base seca, exceto ponto de orvalho.

I!!!

_.

1. + CARACTERISTICAS MEDIAS DO
I

GAS NATURAL TRATADO (RESIDUAL)


I I

ITEM CE/RN 5E/AL 8A E5 Rl 5P AM


CO MPOSI~O ~% VOL)

METANO
83,50 89,00 86,10 90,40 90,65 88,23 75,28
ETANO 11,00 6,92 10,70 5,13 7,03 6,55 9,73
PROPANO 0,41 0,29 0,56 1,93 0,69 2,29 1,50
8UTANO - - - 0,52 - 0,81 0,31
PENTANO - - - 0,06 - 0,11 0,20
HEXANO e sup.
N2 1,95
- 1,77
- 1,73
- 0,05
1,56 1,00
- 0,07
1,59
0,04
12,74
C02 3,16 2,02 0,90 0,39 0,50 0,26 0,20

i~
,
H2S (mg/m') 4,50 7,50 7,60 7,50 4,0 tntços ­
~ PCS (Kcal/m') 9800 9100 9400 9600 9274 9648 8696
I ~ DENSIDADE 0,65 0,62 0,62 0,62 0,61 0,633 0,68
i8
li!
8
!!!"­

91

+ QUALIDADE DO GÁS NATURAL NO BRASIL

CO, (3,16)
N, (1,95)

CO, (2,02)
H,S (7,5)

H,S (7,6)

H,S (7,5)

H,s (14000)
-no gás rlco-

ESPECIFICAÇÃO EM OUTROS PAÍSES

H2S STOTAL C02 N2 02


PAÍS
(mg/m 3 ) (mg/m 3 ) (% vol) (%vol) (% vol)

Áustria 6,0 100,0 1,5 2,0 O


Bélgica 5,0 150,0 2,0 N.E. 1,0
Canadá 23,0 460,0 2,0 N.E. 0,4
França 15,0 (*) 150,0 N.E. N.E. N.E.
Alemanha 5,0 150,0 2,0 0,7
Itália 2,0 100,0 1,5 10,0 0,6
Holanda 5,0 150,0 1,5 N.E. 0,5
Polônia 20,0 N.E. N.E. N.E. N.E.
Inglaterra 5,0 50,0 N.E. N.E. 0,1
Iugoslávia 20,0 100,0 7,0

N.E. =Não especificado.

n Teor máximo durante 8 horas consecutivas. Média durante um penodo de 8 dias: abaixo de 7.0 mg/m'.

FONTE : Specification limito lor natural gas whlch have to be metlor lurther transportation,distribution
and utillzatlon (L. Helsler, Áustria).

~
m

92

I ProfO: José Luiz Marcusso


I

~ Visão Geral do Gás Natural no Brasil e


no Mundo

CURSO GÁS NATURAL


Recife, 29 de março a 02 de abril de 2004.
Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás I Setor de Cursos

-VISÃO GERAL DO GÁS NATURAL


NO BRASIL E NO MUNDO ­
José Luiz Marcusso
Petrobrasl E&P

Março I 2004

Reservas Provadas de Hidrocarbonetos no Mundo


dezembro/2002 (bilhões m 3 equivalentes em gás)

Petróleo
52%
(166.571 )

Gás Natural
48%
(155.780)
,
i
~ Total =322.351 bilhões m 3 equivalentes em gás
I ~
,a
I~ Fonte: BP Statlatl",,' Revlew • 2003

01

Reservas Provadas de Gás Natural no Mundo


dezem bro/2002
Eua/Canadá
4%
América
(6.890)
Latina
Rússia 5%
Ásia/Oceania
(7.340)
8%

(12.610)

Europa/
África
outros
36%
8%
9%
~ (56.060)
(11.840) (13.470)
~
i
I

~
~
~
Total =155.780 bilhões m 3
~
a Fonte : BP Statlatlcal Revlew • 2003

Maiores Reservas Provadas de Gás Natural do Mundo


dezembro/2002 (bilhões m 3 )

Ordem Países Reservas %


1 Rússia 47.570 30
2 IrI 23.000 15
3 Qatar 14.400 9
4 Arábia Saudita 6.360 4
5 Emirados Árabes 6.010 4
6 EUA 5.190 3
7 Argélia 4.520 3
8 Venezuela 4.190 3
~
~ 9 3.510 2
lo"
i
I
10 3.110 2
1;;
il
!l
~
~
a Fonte : BP Statiatlcal Revlew . 2003
!!!

02

Reservas Provadas de Gás Natural na América do Sul


dezembro/2002 (bilhões m3 )

Ordem Países Reservas %


Venezuela 65
12
Bolívia 680 11
-Peru 4
5 Brasil 230 4
6 CoI6mb,. 130 2
7 Equador 95 1
8 Chile 86 1
TOTAL 6.420 100

Fonte: BP SbltiaUcal Review - 2003

Reservas Provadas de Hidrocarbonetos


(trilhões m 3 equivalentes em gás - dezembro/2002)

Mundo Brasil

Óleo

52%

(166,6)

Gás
48%
(155,8)

,
j Total = 322,4 Total = 1,75
~
~
a
!!! Fonte: BP StaUaUcal Revlew - 2003 e Petrobraa

03

Balanço da Produção de Gás Natural

Produção
Total
I
Reinjeção
Perdas
Liquefação
Consumo próprio
Vendas

Produção
Comercial

+ Produção de Hidrocarbonetos no Mundo


2002

MILHOES MILHOES
M'/DIA BARRIS/DIA PERCENTUAL RlP
HIDROCARBONETOS
EQUIVALENTES EQUIVALENTES PRODUZIDO (ANOS)
EM GÁS EM PETRÓLEO

PETRÓLEO 11 .755 73,9 63 41

GÁS NATURAL (0) 6.925 43,6 37 61

!1
l~ TOTAL 18.680 117,5 100 47

I~
I~ (0) ProduÇjo comerciai

~ Fonte: BP Stltlstlcal Revlew· 2003


-

04

Produção Comercial de Gás Natural no Mundo 2002


(milhões m 3/dia)

América EUA/Canadá Rússia


Latina 22%
6% (1.520)
(378)
EuropaJ
outros
17%
(1.187)

ÁsiaJOceania
12% Oriente
(827) Médio
5% 9%
(365) (645)
Total =6.925 milhões m3/dia
!!! Fonte: BP Stalllllal Revl_ - 2003

+ Maiores Produtores de Gás Natural no Mundo


2002 (milhões m3/dia)

_ Produção
Ordem Palses C . I %
omerc la
1 Rússia
2 EUA
3 Canadá 503 7,3
4 Reino Unido 282 4,1
5 Argélia 220 3,2
6 Indonésia 193 2,8
7 Noruega 179 2,6
8 Ira 177 2,8
i
l
I
9
10
Holanda
Aribia Saudita
164
155
2,4
2,2
"!
il
i

11 Fonte: BP Statistical Review - 2003


!!!

05

Consumo de Gás Natural no Mundo


2002 (milhões m 3/dia)

Rússia
15%
(1.069)
ÁsialOceania

América
Latina
6%
(384)
África
3% ------------~~
(185)

8%
(564)
Total =6.925
!!! Fonte: BP Stallslica\ Review • 2003

Maiores Consumidores de Gás Natural no Mundo


2002 (milhões m 3/dia)

Ordem Países Consumo %


1 EUA 1.829 26,4
2 Rússia 1.064 15,4
3 Reino Unido 259 3,7
4 Alemanha 226 3,3
5 Canadá 221 3,2
6 Japão 212 3,1
7 Ucrânia 191 2,8
8 Irã 186 2,7
~ 9 Itália 174 2,5
J
~
I
10 Arábia Saudita 155 2,2

a
!1
~
lil
8
Fonte : BP Statisllc.\ Review • 2003
!!!

06

Comércio Internacional de Gás em 2002


(milhões m 3/dia)

Produção Comercial 6.925

Exportações 1.593 (23%)

• GNL 411

• Gasodutos 1.182

!!! Fonte: BP SUlU.Ucal Revlew • 2003

Maiores Exportadores de Gás Natural no Mundo


2002 (milhões m 3/dia)

Ordem Países Gasodutos GNL Total


Rússia 351 351
__-....u..-...~ _ _
Canadá ' 298 298
Noruega 168
Argé!!a . 74 159
Indonésia 94 98
Holanda . .. 92
Malásia 56 57
Qatar . 51 51
Austrália 27
Brunel 25

Fonte: BP Stallsllcal Revlaw • 2003

07

Maiores Importadores de Gás Natural no Mundo


2002 (milhões m 3/dia)

57
49
46
29

~ Fonte: BP Stallallcal Revlew • 2003

Produção Comercial de Gás Natural na América do Sul


2002 (milhões m 3/dia)

Ordem Países Reservas %


.1 A~gentina 99 42
2 Venezuela 75 32
3 Brasil 25 11
4 Colômbia 17 7
5 Bolívia 15 6
6 Chile 2 1
7 Equador 2 1
§ 8 pàru 1 O
~ TOTAL 236 100
i
I
~
a
!2
~
~
3
Fonte: BP StallaUcal Revlew ·2003
~

08

Reservas Provadas de Gás Natural da Petrobras no Brasil


dezembro/2002

Região Reservas Provadas

Norte 48,5

Nordeste 47,2

Sul/Sudeste 135,3

231 bilhões m3

Q.

, !!!

Principais Resultados Exploratórios - 2002/2003

Gas 14,8 TCF


Óleo leve 1 bilhão boe
Óleo de - 17 o API 2 bilhões boe
Jubarte & Cachalote 1 bilhão boe
TOTA L 4 bi,lhões boe
+ 14,8 TCF

6,6 bilhões boe

Bacia de Sergipe-Alagoas
(óleo leve) -150 milhões boe

, Bacia do Esplrlto Santo

"I'"
~
- Bacia d:ó~:::::) - 450 milhões boe
., .. " Campos de Jubarte I Cachalote - 1 bilhão boe
(6leo de - 17" API) - 2 bilhões boe
I Bacia de Santos
..... (gas natural) - 14,8 TCF
(óleo leve) - 400 milhões boe

09

IncOIpOraçlo de R8servaa Provadas


(bJlh6es boa)

GolfInho (0,104)
Reservas Provadas
8aIefa Frana (0.188)
11,01 Incorporadas = 2,21
MexllhJo (0,6201
0,51
1,43 ProduçIo toOI
0,82 bIIbIo boe MarlIm lMtIt 10,-,
Roneador (0,136)
Jubarte (0,110)
Cac:baJote ~0,088)

AlbaIcor. leite (0,078)

EIpIIdIrte (0.067)

MuIIm SUl (0,0&1)

OUtros campos (0,676)

9,07
RlP =18,3

[ NoVIIS DeSCOberta
2002 camposblÍtentes 2003

Perfil da Produção, Reservas e Área Exploratória

Produção 2003 Reservas Provadas 2003 (SPE)

1.791 mil boe/d 12,6 bilhões boe

Onshore I Offshore (0-300m) I I Oflshore (300-1500m) Oflshore (> 1500m)

Área Exploratória 26%


125,1 mil km 2
33%

Perfíl das Reservas Provadas

Reservas Provadas em 31/dez/2003 (SPE)


(12,6 bilhões boe)

< 30· API


Oleo + Condensado
(pesado/Intermediário)

84%

( 26% 74%

~~
1
Gás Associado

(leve)
~
~
~
Onshore I Offshor. (O-300m) I, Offshor. (300-1500m) I Offshor. (> 1500m)

Reservas Provadas de Gás Natural no Brasil


(bilhões m3 - dez/2003)

i
REGIÃO dezlO3

NORTE 49,1
NORDESTE 47,4
SUUSUDESTE 219,7
TOTAL 316,2
~
~ RESERVAS TOTAIS
", 419
~ ESTIMADAS (63 PROVADOS EM 2003)

ª
~ BACIA DE SANTOS
~ ~----------------------------------~------------------~
:li
....n

11

Contexto do Negócio E&P-Brasil

Expressivo número de projetos de desenvolvimento da produção, de


grande porte, a implantar nos próximos anos (18 até 2010);

Descoberta de significativos volumes recuperáveis de óleo pesado


na Bacia de Campos (3 bilhões de barris, com cerca de 2 bilhões de
barris localizados no Estado do Espírito Santo);

Descoberta de 1 bilhão de barris de óleo leve de volumes


recuperáveis nas bacias de Sergipe-Alagoas, Espírito Santo e
Campos;

Descoberta de grandes volumes de gás natural não associado na


Bacia de Santos (419 bilhões de metros cúbicos, equivalentes a
cerca de 2,6 bilhões de barris de óleo) com 20% de condensado;

Extensas áreas de novas fronteiras exploratórias com


compromissos assumidos junto à ANP;

Grandes volumes de óleos ultra-pesados descobertos dependentes


do desenvolvimento tecnológico para produção comercial.

Evoluçlo da Vendas de G6s Natural no Brasil


NE:

25 .000

.
~
20.000

'E 15.000
E
10.000

5.000

I
I

j
~ Total 7.494 1 .781 8 .387 11.568 10.4046 10.839 12.345 15807 20.313 24.423 28 .13/1
j
~

12

13

Atividades de Gás da Petrobras no Brasil

PRODUÇÃO TOTAL 42 milhões m3/d


GÁS PROCESSADO 25 milhões m3/d
IMPORTAÇÃO 15 milhões m3/d
PRODUÇÃO DE LGN 42 mil bpd
UNo DE PROC. DE GÁS NATURAL 18
UNo DE PROC. DE CONDENSADO 1
UNIDADE DE DESSULFURIZAÇÃO 4
~
l
UNIDADE DE DESIDRATAÇÃO 18
I COMPRESSORES 384 (411 MHP)
J
~
GASODUTOS TRONCO 7133 KM

~
a
!!!

Unidades de Processamento de Gás Natural - UPGN


(em operação)
CAPACIDADe PROCeSSO PROOUçAO NOMiNAl (m'/d)
UNIDADE I
(Mm'/d) GLP C5+

URUCU I (AM) 100 178 11


URUCU11 (AM) 8.000 1.890 113
LUBNOR(CE) 350 147 33
GuAMARÉ I (RN) 2.000 545 '1
GUAMARÉ 11 (RN) 2.000 832 188
PILAR (AL) 1.100 286 27
ATALAIA (SE) 2.'50 578 183
CARMÓPOLIS (SE) 350 o 40
CATU (BA) 1.400 330 150
CANDEIAS (BA) 2.000 480 225
LAGOA PARDA (ES) 150 31 12
ICABlÚNAS (RJ)
UPCGN CABIÚNAS (RJ) (m'/d)
URGN CABIÚNAS (RJ)
560
1.500
3.000
...
178

548
15
285
13.
URL 1 CABlONAS (RJ) , 4.500 o 2.100
REDUCI (RJ) 2.400 5S4 84
REDUC 11 (RJ) 2.000 578 51
UGN RPBC (SP) • 2.300 o 1.500
35.880
, C2+ enviado'TOTAL
UFL na REDUC".. ... !r.aclonamlnto
7.774
•Condensado 80" API
5.745

14

Malha atual de Gasodutos no Brasil: quatro regiões isoladas

NOROESTE
422 Km , 12 pai

PILARlCABO
194 Km , 12 poL
I
FURADO/ATALAIA
140 Km, lO pol
31 Km, 12 pol
51 Km, 14 0 1

CABIUNAS/ARRAJAl 00 CABO
95 Km , 8 I

REOUCNOLTA REDONDA
100 Km, 18 I

VOLTA REDONOAiSAOPAULO
325 Km , 22 I

Integração das Malhas Sudeste-Nordeste

Projeto Malhas Nordeste


Investimento: -US$1,1bilhão

I R«t! .

Projeto Malhas Sudeste ­


~ JJ.­
~p~ ~~r-------------------------~
Investimento: -USS 420 milhões GASENE

Investimento: -US$ 1bilhão

Inicio PREVISTO de Operação:

2007

15

Principais projetos em andamento

(!o!i Urucu (Amazonas)


- Terceira UPGN em fase Final de instalação, com capacidade para
2,5 milhões m 3/d
- Construção de 1.224 km de gasodutos ( Urucu-Coari: 522 km, 14
pol e Urucu-Manaus: 702 km , 20 pol)
- Produção atual de 10 milhões m 3/d e potencial de
16 milhões m 3/d
- Mercados alvo:
• Porto Velho (1 ,6 milhão m 3/d)
• Manaus (5 milhões m 3/d)
• Avaliação de novos mercados para 5 milhões m 3/d

J
I

1
.
j

16

Principais projetos em andamento

~ Nordeste I
- Iniciou operação em 2003 a UPGN-Pilar, com capacidade de
2 milhões m 3/d;
- Instalação da terceira UPGN na Bahia (Catu), com capacidade de 2,5
milhões m 3/d, em 2004;
- Instalação da terceira UPGN em Guamaré/RN, em 2005, com
capacidade para 1,5 milhão m 3/d, elevando o processamento no Pólo
Guamaré para 6,5 milhões m3/d;
- Implantação do Projeto Manati na Bahia, com capacidade de produção
de 6 milhões m 3/d, através de 7 poços, até o final de 2005;

li
- Implantação do GASENE e do Projeto Malhas Nordeste até 2007;
- Implantação de vários projetos de gás offshore;

I)
- Potencial de mercado a ser atendido em 2008 é de cerca de
20 milhões m 3/d (mais de três vezes superior às vendas realizadas no
Ij
Nordeste em 2003, que foram de 6,4 milhões m 3/d).

Principais projetos em andamento

~ Espírito Santo
- Operação do projeto Peroá-Cangoá (offshore) em 2004, com
aproximadamente 3 milhões m3/d de potencial de oferta, integrada à
ampliação do sistema de escoamento de gás até Vitória;
- Operação do campo de Golfinho (área do ESS-123), gás associado a
óleo leve, com oferta de 2,7 milhões m3/d, a partir do segundo semestre
de 2006;
- Várias oportunidades em avaliação, como o do ESS-132, com potencial
de oferta de 2,5 a 5 milhões m3/d de produção de gás natural;
- Potencial de oferta bastante superior ao mercado atendido em 2003
(1,2 milhão m3/dia), possibilitando o incremento do mercado local e de
outras regiões do País.

17

Principais projetos em andamento

I ~j Su I/Sudeste/Centro-Oeste
- Projeto Malhas Sudeste;
- Ampliação do Pólo Cabiúnas;
- Avaliação e Desenvolvimento das Descobertas da Bacia de
Santos;
- O mercado atendido em 2003 (20,7 milhões m 3/dia, sem o
Espírito) deverá ser incrementado para cerca de
60 milhões m 3/dia até 2010.

8
~
~
,
"1!
a
~ ' - -_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _....J
.:g

'"~
u

.~"".,.'lA.I NOS ESTADOS DO RIO DE ~IRO EMINAS GERAm

GAs BOUVIANO RIO DE JANEIRO

OCIAllO AnAlmCO

18

Novas Unidades de Processamento

@ Cabiúnas

- 2 Unidades de Recuperação de Líquido (URL)*, com


capacidade total de processamento de 10,8 milhões m 3/dia;

- 2 Unidades de Processamento de Condensado de Gás


Natural (UPCGN)**, com capacidade total de processamento
de líquidos de 19 mil bpd.

J
~
I

a
~
·13 * URL 2 com início de operação previsto para 2°. semestre de 2004
~
u ** UPCGN 2 com início de operação previsto para 2°. semestre de 2005
!!!

AvallaçAc) di. Descobertas de GAs Natural na Bacia de Santos

85-500
(100% 8R)
+fU$.SJf

85-400 N

(100% 8R) I
+sPWI
+V$04?A r.
+sn.a

19

Posslvels Pontos de Oferta do Ois da Bacia de Santos

8 8 -500:
- REDUC

- Sepetiba

B8-400:
- São Sebastião
- RPBC

+ Desenvolvimento das Reservas de Gás da Bacia de Santos

~ I A fase de avaliação das reservas da Bacia de Santos deve se


estender até 2006

@ Os estudos para determinação dos custos de desenvolvimento das


reservas da Bacia de Santos ainda estão em andamento
- Bloco BS-400: poços profundos (5.000 - 5.500 m), com profundidade de
água entre 400 e 500 m
- Bloco BS-500: poços profundos (- 6.000 m), com profundidade de água em
torno de 1.500 m
§
~ ~ Será necessária a ampliação da capacidade de processamento de
~
I gás natural no estado do Rio de Janeiro, com conseqüente aumento
~
.a na produção de líq uidos, como o GLP, e possível uso petroquímico
~
;3
~
e
Q.

'"

20

• Resumo das Principais

@ Urucu
Oportun ~idades

Investimentos em Gás Natural


de

@ Projetos de desenvolvimento da produção


e integração das malhas Sudeste-Nordeste
@) Implantação do GASENE

@ Desenvolvimento da Bacia de Santos

@ Ampliação da capacidade de
8
~ processamento de gás natural no Rio de
1.,

~ Janeiro
z
~
~
u

21

ProfO: André José Lepsch

~ Condicionamento e Transporte de
Gás Natural: Transporte em Dutos
- Apostila ­

CURSO GÁ ATIJRA L
Recife. 29 de março a 02 de abril de 2004 .
OBJETIVO

A presente apostila foi elaborada com base em diversos trabalhos


desenvolvidos na PETROBRAS na área de gás natural , com o apoio de
normas técnicas e artigos publicados em literatura nacional e internacional .

o principal objetivo desta apostila é apresentar uma coletânea de


informações básicas sobre gás natural para os participantes do "Curso Sobre
Gás Natural" , patrocinado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo - IBP .

André José Lepsch


íNDICE

1. CONDICIONAMENTO DO GÁS NATURAL

2. TRANSPORTE DE GÁS NATURAL

3. TRANSPORTE DUTOVIÁRIO DE GÁS NATURAL

4. TRANSPORTE DE GÁS NATURAL LIQUEFEITO

ANEXOS:

1- Lei 9478, de 6 de Agosto de 1997

2- Portaria ANP nO 43 e 44, de 15 de abril de 1998

Portaria ANP nO 170, de 26 de novembro de 1998

Portaria ANP nO 98, de 22 de junho de 2001

Portaria ANP nO 104, de 8 de julho de 2002

1. CONDICIONAMENTO DO GÁS NATURAL

o estado físico de um hidrocarboneto puro depende


fundamentalmente da temperatura e pressão a que está submetido.
Exemplificando, temos que o propano puro permanece no estado líquido
quando armazenado nas esferas ou cilindros na condição de 20°C e pressão
de 8,2 kgf/cm2 . Se for aberta a válvula do tanque , o produto em contato com
a atmosfera nas condições ambiente de temperatura e pressão verifica-se
uma intensa vaporização , vez que nas novas condições o propano puro é
instável no estado líquido evoluindo rapidamente para o estado gasoso .

o gás natural pode ser encontrado associado á produção do petróleo,


denominado gás associado, ou em reservatórios que produzem basicamente
gás natural (gás não-associado), e é constituído basicamente pelos
hidrocarbonetos metano, etano, propano, butano e outros que representam
as frações mais pesadas, mas em menor quantidade .

Em ambos os casos, o gás pode ser encontrado em terra ou no mar e


para ser transportado precisa ser enquadrado na qualidade requerida pela
legislação e pelo mercado. No caso da produção no mar, por razões
economlcas e/ou físicas para instalar sofisticadas facilidades de
processamento nas plataformas de produção, o gás é normalmente
encaminhado para terra onde é processado de forma a se enquadrar na
especificação exigida .

Se o gás natural produzido é relativamente livre de líquidos (gás seco)


o dimensionamento da tubulação é relativamente simples (convencional) ,
mas quando contém elevado índice de frações pesadas (gás úmido) , que
apresentam tendência de se condensarem no interior do gasoduto durante o
transporte, então representa um desafio para se determinar a instalação
mais adequada para escoar a produção do gás. Existem , basicamente, duas
formas de transporte de gás úmido:

• Fluxo Bifásico - Transporte na fase Líquida+Vapor devido à


formação de Líqu1dos do Gás Natural (LGN), ou Condensado,
pela redução da pressão e temperatura ao longo do gasoduto
(principalmente os submarinos. A desvantagem desse fluxo é
que o líquido (condensado) formado ao longo do gasoduto
provoca restrição ao fluxo (perda de carga) e, conseqüente
redução gradativa da vazão . De forma a otimizar o custo de
transporte, para um dado diãmetro determinado para a vazão
de gás, pode-se otimizar a instalação pela retirada do
condensado formado ao longo da tubulação mediante a
passagem regular de esferas dentro da tubulação para arrastar
o líquido até o ponto final do gasoduto e conduzi-lo para os
Coletores de Condensado localizados na Estação de
Tratamento.
• Fase Densa - Desenvolvida mais recentemente, o transporte
na Fase Densa opera em uma só fase que não é liquida nem

3
vapor, evitando os inconvenientes de formação de
condensado existente no Fluxo Bifásico mas requer que o
transporte seja realizado acima da pressão e da temperatura
na qual a fase vapor e líquida possam existir, denominadas
"Cricondenbar" e "Cricondentherm", respectivamente .
Dependendo da composição do gás natural essa pressão
2
pode ser de no mínimo 100 kgf/cm .

Assim que a composição do gás natural é conhecida é elaborado o


gráfico típico de fases denominado "Envelope" 01er gráfico a seguir).
Ressalta-se que embora o formato do envelope seja similar para todos os
gases a sua dimensão varia de acordo com a composição do gás natural,
razão pela qual ele deve ser determinado para a mistura mais representativa
do gás ao longo do tempo, levando em conta a previsão de produção de toda
a região que comporá o fluxo, no caso de mais de uma área de produção.

Envelooe - Gráfico TíDico de Fase do Gás Natural

Pressão
~
Fase Densa

t
I ",'"
~~ __ ~_~f!l~~~~~~99! ___ __-_.

....

, .~Ponto Crítico '\


, \

Fase Líquida ,/ • Cricondentherm


,
, I
'
/ Fase Líquida+Vapor , /
, ,,
,,
,, , '
,I ", "
Fase Vapor
,, "

I ,

Temperatura ---.

A escolha da melhor opção requer conhecimento específicos


das circuntancias e condições envolvidas e é determinada mediante a
quantificação das vantagens e desvantagens considerando-se os custos de
investimento e operacionais envolvidos em cada uma das duas alternativas,
vez que atualmente existe tecnologia ( material e equipamentos para
construção e montagem) para se construir gasodutos submarinos de alta
pressão.

4
o condicionamento do gás natural visa seu enquadramento às
características necessárias para que o seu escoamento em gasodutos possa
ser realizado sem prejuízos para as instalações utilizadas nesta operação.
Com isso, torna-se necessário avaliar as características do gás que possam
interferir no seu escoamento, de maneira que seus efeitos indesejáveis
possam ser evitados. Dentre estas características, podemos destacar:

• ponto de orvalho de água e hidrocarbonetos


• teor de água
• teor de gás sulfídrico (H 2S)
• teor de dióxido de carbono (C0 2)

Para comercialização no País o gás natural deverá atender às


especificações estabelecidas no Regulamento Técnico ANP nO 3/2002,
aprovado pela Portaria ANP Port 104 de 8/07/02, Anexo 2.

As características acima citadas, com limites necessários para o


escoamento em gasodutos, deverão atender às especificações contidas
nesses Regulamentos Técnicos quando for o caso do gás natural ser
comercializado. Estes Regulamentos estabelecem, ainda, outras
características para o gás natural para comercialização, adicional às
necessárias unicamente para o escoamento da produção de gás natural em
gasodutos, tais como :

• poder calorífico
• teor de inertes
• teor de oxigênio (0 2), e outras.

1.1. PONTO DE ORVALHO DE ÁGUA E TEOR DE ÁGUA

Define-se como ponto de orvalho de água a temperatura na qual, a


uma determinada pressão do gás, começa a ocorrer a condensação de água
ou, genericamente, a aparição de uma segunda fase (água líquida, gelo ou
hidrato). O ajuste usual do ponto de orvalho de água para escoamento em
gasodutos é de SOC abaixo da mínima temperatura de operação, na pressão
de trabalho, para garantir a não condensação das partículas de água no
gasoduto ou, expresso em teor de água, aproximadamente 7 Ib/MMSCF (110
mg/m3). Para comercialização no País o ponto de orvalho de água é limitado
ao máximo de -45°C à 1atm, sendo que nas regiões Norte/Nordeste admiti­
se o valor de - 39°C.

Se houver presença de água no estado líquido no gás ou as condições


de pressão e temperatura forem favoráveis à formação de água ou hidrato,
alguns problemas podem ocorrer:

• corrosão nas instalações, devido à presença de H2S ou CO 2.

5
• acúmulo de gelo ou hidrato em determinados pontos ,
provocando obstruções à passagem do gás na tubulação.

As ações que visam a solucionar estes problemas são a injeção de


inibidor de formação de hidratos (normalmente é utilizado o metanol) ou a
retirada de água do gás através de processos de desidratação (absorção
com tri-etileno glicol - TEG ou adsorção com sílica gel, alumina ativada ou
peneira molecular).O uso de inibidor de corrosão no gasoduto também
contribui para minimizar os efeitos da corrosão por presença de água.

1.2. PONTO DE ORVALHO DE HIDROCARBONETOS

Sob certas condições de pressão e temperatura, as frações mais


pesadas (menos voláteis) do gás natural começam a se liquefazer. Define-se
o ponto de orvalho de hidrocarbonetos como a temperatura, a uma dada
pressão, em que começam a aparecer as primeiras gotículas do líquido. O
ajuste usual para o ponto de orvalho de hidrocarbonetos para escoamento
em gasodutos também é de 5°C abaixo da mínima temperatura de operação
na pressão de trabalho. Para comercialização do gás natural para fins
automotivos (gás metano veicular) o Regulamento Técnico ANP 003/02
especifica o teor de hidrocarbonetos (C 1 , C3 , C3+ e C4 ) conforme abaixo:

• Teor de Metano mínimo de 68% em vol na região Norte e de 86% em


vol nas demais regiões;
• Teor de Etano máximo de 12% em vol na região Norte e de 10% nas
demais regiões;
• Teor de Propano máximo de 3% em vol;
• Teor de Butano e mais pesados máximo de 1,5% em vol.

o acúmulo de condensado nos gasodutos pode causar obstrução ao


escoamento do gás ou deterioração de algumas instalações do sistema de
escoamento. A passagem periódica de esferas e o recolhimento de
condensado em coletores reduz os efeitos causados pelo acúmulo de
condensado nos gasodutos. Uma Unidade de acerto do ponto de orvalho
consiste na compressão/resfriamento do gás para retirada das frações
pesadas e conseqüente acerto do ponto de orvalho, antes da entrada de gás
no gasoduto.

6
1.3. TEOR DE GÁS SULFíDRICO (H 6S) E DIÓXIDO IDE CARBON.O(C02l

A presença de H2S e CO 2 num gás natural desprovido de umidade


não representa riscos de corrosão no sistema. Todavia, na presença de
umidade, teores elevado de H2S e CO 2 podem provocar corrosão, em caso
de condensação aquosa .

o limite máximo usualmente aceito do teor de H2S para escoamento


em gasodutos de alta pressão é de 20 ppm em volume, (para evitar a
corrosão sob tensão por H2S em pressões de até 105 kgf/cm2 absoluta), e
do teor de C02 é de 2% em volume. Para comercialização no País, o teor de
enxofre total (H 2S + mercaptans) é especificado em 70 mg/m3; o de H2 S de
10 mg/m3, com exceção da região Nordeste que é de 15 mg/m3 . Neste limite
para o teor de H2S não ocorrem problemas de toxidez para o gás natural ou
para os produtos de sua combustão.

Existem vários processos disponíveis para remoção de H2S e C02 do


gás natural. No entanto, os processos que utilizam soluções de aminas são
os mais empregados (nesses processos são utilizadas, normalmente, a
monoetanolamina - MEA ou a dietanolamina - DEA) .

1.4. PODER CALORíFICO. TEOR DE INERTES E TEOR DE OXIGÊNIO

o Poder Calorífico é uma medida da quantidade de energia que pode


ser obtida pela combustão completa do gás e indica a conveniência de uso
de um gás puro ou uma mistura como combustível. O Poder Calorífico é dito
Superior (PCS) quando considera que toda a água formada na reação é
condensada em líquido e Inferior (PCI) quando considera que a água
formada permanece no estado vapor.

Para uso como combustível , gases de fontes e composlçoes


diferentes podem ser comparados com base no seu poder calorífico. O
Poder Calorífico, portanto, é usado como parâmetro na determinação do
preço do gás.

A especificação atual do gás natural (Regulamento Técnico ANP­


003/02) define os seguintes valores para PCS @ 20°C e 1 atm, em base
seca:

• Região Norte: 9,47 a 10,67 kWh/m 3


• Demais Regiões: 9,72 a 11,67 kWh/ m 3

Para comercialização do gás natural no País a especificação de teor


de inertes máximo (C0 2 + N2) em volume é de 18% na região Norte, de 5%
na região Nordeste e de 4% na região Sul/Sudeste/Centro-Oeste, e de teor
de oxigênio (0 2 ) máximo em volume é de 0,5%, sendo que na região Norte
admiti-se até 0,8%.

7
A diluição do gás natural com inertes reduz o seu poder calorífico,
podendo ser utilizado como ajuste nos casos em que o gás apresenta poder
calorífico acima dos limites admissíveis. Pode ser utilizada a diluição com N2
ou mesmo o ar, desde que seja observada a faixa de explosividade do gás
(cerca de 5 a 15% de gás no ar).

8
2. TRANSPORTE DE GÁS NATURAL

2.1 -Terminologias Empregadas no Transporte de Gás Natural

Na área de transporte de gás natural são comumentes empregadas as


seguinte terminologias, ou siglas:

a) GNL- Gás Natural Liquefeito ou LNG - Liquefied Natural Gás

Ao contrário do propano e butano, o metano e o etano


apresentam grandes dificuldades para liquefação, exigindo complexas
unidades para reduzir a temperatura do gás natural para tal finalidade.
Para ser transportado em navios metaneiros e armazenado em
terminais e devido à temperatura baixa requerida para liquefação do
metano, em torno de de -160°C, opta-se por armazenar o líquido à
pressão próxima da atmosférica.
Assim, o Gás Natural Liquefeito é denominado de GNL, ou
LNG, e é composto basicamente de metano líquido à temperatura de
-160°C e pressão de 1atm. Em alguns casos pode conter, também,
etano e, mais raramente, C3+ .

b) LGN- Liquidos do Gás Natural ou NGL- Natural Gas Liquids

Os Líquidos do Gás Natural podem ser obtidos:

• por processamento do gás natural nas Unidades de


Processamento (UPGN), podendo ser composto pelas frações
de propano e mais pesados (C3+) ou de pentano e mais
pesados (C5+), sendo este último também denominado de
gasolina natural que precisa ser misturada com álcool ou
gasolina de refinaria para ser utilizada como combustível
automotivo, ou,
• naturalmente, no interior dos gasodutos pela redução da
. pressão e temperatura durante o transporte e é constituido
basicamente das frações mais pesadas em maior quantidade e
das mais leves em menor quantidade ( metano, etano, etc ... ).
Posteriormente o líquido necessita de ser processado em
Unidades de Processamento de Condensado para separar as
frações mais leves (metano e etano) para ser reenviado para o
gasoduto e as frações mais pesadas de maior valor comercial (
GLP e C 5 +).

c) GLP-Gás Liqüefeito do Petróleo ou LPG-Liquefied Petroleum Gas

Denomina-se GLP, ou LPG, a mistura em qualquer proporção


de propano e butano, embora haja uma especificação para
comercializá-h Esta mistura pode ser obtida por meio de

9
processamento do gás natural em UPGN ou durante o processamento
do petróleo em refinarias.
O GLP pode ser liquefeito à temperatura ambiente mediante
pressurização a cerca de 8,2 kgf/cm2 ou à pressaõ ambiente mediante
0
refrigeração a cerca de -45 C.

d) GNC-Gás Natural Comprimido ou CNG-Compressed Natural Gás


ou GMV-Gás Metano Veicular ou GNV-Gás Natural Veicular

O gás natural, após o seu processamento, é comercializado


para diversos usos nos gasodutos que compõem a rede de
distribuição e é composto basicamente de metano e etano.
Uma das finalidades é para ser utilizado como combustível
automotivo, necessitando ser comprimido em cilindros localizados no
2
interior dos veículos à pressão de até 350kgf/cm na temperatura
ambiente . Neste caso, o gás natural denomina-se GNC ou CNG ou
GMV ou GNV, observando-se que nestas condições o gás natural está
na fase vapor.

2.2 - Tipos de Transporte

O transporte de gás natural pode ser realizado na fase gasosa ou


liquefeita.

As características básicas desses transportes são:

a) Transporte na fase gasosa:

O transporte é realizado à altas pressões na temperatura


ambiente.

Para pequenas quantidades e distâncias o transporte do gás


natural no estado gasoso comprimido pode ser realizado através de
barcaças ou caminhões-feixe e armazenado em feixe tubulações
comprimido a pressões de cerca de 230 Kgf/cm 2 .0 volume é da
3
ordem de 5000 m de gás natural por reboque, para o caso do
transporte rodoviário .

No caso de grandes volumes em regime de operação contínua


nas mais variadas distâncias o transporte por gasodutos a pressões
de até 120 Kgf/cm 2 se apresenta como meio de transporte
econõmico e confiável.

b) Transporte na fase líquida

O gás natural para se tornar líquido é refrigerado e mantido à


temperatura da ordem de -160°C, à pressão próxima da atmosférica,

10
exigindo um complexo sistema de armazenamento e transporte
específico para operar com o gás natural nessas condições .
3
Pode-se dizer que, em média, 600 m de gás natural quando
3
liquefeito ocupam 1 m . razão pela qual esta é a forma mais
conveniente para ser transportado em navios ou barcaças e
armazenado no terminal.

o transporte marítimo de gás natural liquefeito (GNL) é


efetuado em navios com capacidade de até 135.000 m 3 de GNL e o
fluvial através de barcaças ou navios de pequeno porte com
capacidade variando de 600 a 6.000 m3 de GNL .

Normalmente, o terminal marítimo armazena o GNL em tanques


criogênicos e o gás natural é enviado ao sistema de transporte
dutoviário com o auxílio de bombas centrífugas e vaporizador de
GNL.

• transporte terrestre pode ser efetuado através de caminhões­


tanque ou vagões-tanque com capacidade da ordem de 35
3
m de GNL. Os tanques são fabricados com aço e isolamento
térmico especial para manter o gás natural na fase líquida e,
por este motivo, os custos são muito elevados .

A escolha da modalidade de transporte deve considerar os


seguintes fatores (principais) :

• Reserva de Gás Natural;


• Distância Reserva x Mercado;
• Trajeto sobre Terra e/ou Mar;
• Mercado Potencial;
• Taxa de Penetração no Mercado;
• Competiçâo com outras formas de Energia ;
• Custo de Produção' ou Suprimento de Gás;
• Custos Financeiros sobre o Capital Investido;
• Impostos e Taxas incidentes;
• Localização das Instalações Fixas;
• Proteção ao Meio Ambiente;
• Segurança;
• Prazo de Implantação;
• Regularidade do Suprimento .

11
3. TRANSPORTE DUTOVIÁRIO DE GÁS NATURAL

3.1. HISTÓRICO

A indústria de gás natural nasceu nos Estados Unidos da América do


Norte, na segunda metade do século XIX , sendo inicialmente utilizado no
setor industrial, em substituição ao gás manufaturado obtido a partir do
carvão.

o grande impulso para o surgimento da indústria moderna de gás


natural nos EUA foi a tecnologia usada na construção de gasodutos com
tubos de aço sem solda longitudinal, e soldados eletricamente uns aos
outros. Nos anos 30 apareceram os primeiros mercados interestaduais de
gás natural, localizados próximos às fontes produtoras . Com o término da II
Guerra Mundial, foi criada a rede de transporte nacional, e a partir de dois
grandes gasodutos, construidos entre o Texas e a Costa Leste . Em meados
dos anos 50, praticamente todo o território dos EUA era abastecido pela rede
nacional de distribuição de gás natural.

o mercado de gás natural no mundo é suprido por gasodutos, na


forma gasosa, ou de navios metaneiros, na forma liquefeita.

o comércio internacional de gás é inexpressivo (representa cerca de


15% de todo o gás consumido no mundo), isto é, sendo que a maior parte
(cerca de 70%) das importações é efetuada através de gasodutos e o
restante através de navios metaneiros. Portanto não é o total do volume
comercializado de gás que é importante, mas sim como os projetos são
desenvolvidos. Um projeto de comercialização de gás natural flui de um
ponto fixo para outro , seja através de gasodutos ou navios metaneiros, do
vendedor para o comprador, sem ocorrerem praticamente interferência de
terceiros ou mudanças de destino (mercado SPOT). Os projetos de
comercialização visam operar em regime constante de fornecimento e em
longo prazo (cerca de 20 anos) . Tanto os projetos de gás natural liquefeito,
quanto os de um gasoduto, tendem a traduzir a expectativa futura do
mercado baseada no comportamento dos anos anteriores, não oferecendo
uma indicação segura desta perspectiva. O longo tempo para
desenvolvimento das construções de ambos os projetos, faz com que estes
não reflitam as alterações que porventura venham a ocorrer no mercado.
Uma vez os contratos terem sido acordados, e iniciado a sua construção, um
projeto tende a continuar, mesmo que as condições de mercado se alterem
devido aos altos comprometimentos financeiros e políticos envolvidos.

Assim sendo, o relacionamento comercial é normalmente equilibrado e


a maioria dos conflitos são solucionados entre importadores e exportadores
não apresentando vencedores ou perdedores. Se uma divergência se torna
tão séria a ponto dos fornecimentos serem suspensos ou adiados, ambas as
partes são prejudicadas . Portanto, o desenvolvimento do mercado

12
internacional de gás acaba por refletir uma dependência entre as partes
envolvidas, tanto na área logística e econômica, quanto até na política.

Como podemos observar, a indústria de gás natural se instala em um


país baseada na disponibilidade local de produto ou na decisão
governamental (política energética) de incluí-lo na matriz energética do país,
por importação de outros países.

No caso brasileiro, o Relatório de março de 1992 da Comissão


Nacional do Gás Natural (MME) indica a vontade política de aumentar a
participação do gás natural na oferta energética do País, o que, aliado à
existência de reservas a explorar reúnem as condições para um maior de­
senvolvimento da indústria de gás natural no Brasil, tomando-se como base
que o País tem potencial de consumo da ordem de 60 milhões de m3/dia

Conforme o referido Relatório, a meta é a elevação da participação do


gás natural na matriz de oferta, de 2% em 1990, para no mínimo 9,8% em
2000 e 11,9% em 2010. A nível mundial a participação média do gás natural
como energia primária é de cerca de 23%. Observa-se que a comparação do
uso do gás natural a nível internacional com os níveis atuais e propostas
para o Brasil deve levar em consideração a disponibilidade do gás natural em
relação aos energéticos; que a maioria dos países utiliza o gás natural para
calefação; e, o uso do gás natural em termoelétricas. Na média, o uso do gás
natural nos países industrializados tem sido nos últimos anos:

- Termoeletricidade 17 %
- Industrial 32%
- Residenc1al/Comercial 38%
- Outros 14%

Existe um certo potencial para crescimento da demanda por gás


natural no Brasil nas áreas já atendidas por gasodutos, porém não capaz de
atingir as metas estabelecidas na Matriz Energética. Para aumentar o
mercado do gás natural é necessário levá-lo a outras regiões do País onde
exista consumo potencial.

o gás natural exige uma infra-estrutura básica de transporte, e para


estender o seu uso é indispensável a existência de um Sistema Dutoviário de
Transporte e Distribuição que possibilite o atendimento aos mercados
potenciais situados fora da área de influência dos atuais gasodutos.

No Brasil, com o advento da Lei 2004, de 3 de outubro de 1953, foi


instituído o monopólio da União Federal sobre as atividades relativas à
industria do petróleo, atribuindo esse mesmo diploma legal a execução dessa
atividade monopolizada, com exclusividade, à sociedade de economia mista
a ser constituída , denominada Petróleo Brasileiro S.A.-PETROBRAS.

Posteriormente, com a Emenda Constitucional nO 9, de 9 de novembro


de 1995, foi dada nova redação ao parágrafo 10 do artigo 177 da
Constituição Federal de 5 de outubro de 1988, permitindo que a União

13
Federal, ainda detentora do monopólio constitucional, pudesse contratar, nas
condições estabelecidas em lei, com empresas estatais ou privadas para a
realização das atividades elencadas nos incisos I e IV do referido artigo. Tal
alteração permitia que nova lei ordinária, modificativa da Lei 2004/53, viesse
a encerrar o ciclo de exclusividade da PETROBRAS como executora do
monopólio sobre atividades de petróleo.

Com a sanção da Lei 9478, de 6 de agosto de 1997, (ANEXO 1)


revogatória da Lei 2004/53, que dispõe sobre a politica energética nacional, e
as atividades relativas ao monopólio do petróleo, dentre outras, instituiu-se
formulação inteiramente nova sobre as atividades da indústria do petróleo,
com o encerramento da exclusividade da PETROBRAS no exercício do
monopólio da União Federal, com possibilidade de novas empresas, estatais
ou privadas, mediante concessão ou autorização, a ser concedida pela
Agência Nacional de Petróleo (ANP), autarquia federal encarregada pela
União para promover a regulação, a contratação e a fiscalização das
atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, poderem exercer,
em regime de livre concorrência, aquelas atividades, até então exercidas,
com exclusividade, pela PETROBRAS.

De acordo com a Lei 9478 (ANEXO 1), os gasodutos de transporte


movimentam gás natural em meio ou percurso considerado de interesse
geral e os de transferência movimentam gás natural em meio ou percurso
considerado de interesse específico e exclusivo do proprietário ou explorador
das facilidades .

Através da Autorização n° 7, de 6 de março de 1998, a AN P ratificou a


titularidade e os direitos da PETROBRAS referentes a instalações de
transporte dutoviário em operação naquela data, ficando então os gasodutos
da PETROBRAS distribuídos da seguinte forma :

Gasodutos de Transferência: 2.423 km


Gasodutos de Transporte: 1.927 km
TOTAL: 4.350 km

Posteriormente, pela Autorização nO 45, de 22/03/2000 e da


Autorização n° 120, de 25/07/2001, a ANP concedeu a Autorização de
Operação para a TRANSPETRO do Gasoduto Guamaré(RN)/ Pecém (CE)
com extensão total de 382 km e do gasoduto Pilar (AL)/Cabo(PE), com
extensão de 203 km, respectivamente, ambos de propriedade da
PETROBRAS .

14
Atualmente, a movimentação do gás natural no Brasil é efetuada em
dutos transporte e transferência distribuída da seguinte forma :

• Rede de Gasodutos da PETROBRAS com 4.935 km de extensão,


operada pela TRANSPETRO, subsidiária integral da PETROBRAS,
movimentando nas Malhas de Transporte cerca de 20,0 milhões m3/dia
em 2002 e 22,3 milhões m3/dia em 2003;
• Gasoduto de importação de gás natural da Bolívia com 2.583 km de
extensão (trecho Corumbá (MS)/ Porto Alegre (RS) ), operado pela
Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia/Brasil S.A. (TBG), coligada
da PETROBRAS, movimentando cerca de 11,8 milhões m3/dia em 2002 e
14,0 milhões m3/dia em 2003;
• Gasoduto de importação de gás natural da Bolívia com 267 km de
comprimento , de propriedade da GasOcidente, que interliga a chegada do
gasoduto da GasOriente na fronteira com a Bolívia e a Usina Térmica da
Pantanal Energia em Cuiabá , movimentando cerca de 1,25 milhão m3/dia
em 2002 e 1,14 milhãom3/dia em 2003;
• Gasoduto de 25km interligando o gasoduto Bolívia/Brasil em Canoas
(RS) ao Pólo Petroquímico de Triunfo , de propriedade da TSB,
movimentando cerca de 0,22 milhão m3/dia em 2002 e 0,31 milhão m3/dia
em 2003;
• Gasoduto de importação de gás natural da Argentina com 25 km que
interliga a chegada do gasoduto proveniente da Argentina à Térmica
localizada na cidade de Uruguaiana (RS), de propriedade da TSB
movimentando cerca de 1,35 milhão m3/dia em 2002 e 0,95 milhão m3/dia
em 2003;

A ANP publicou as seguintes Portarias para a regulamentação do


transporte de gás natural ( Ver ANEXO 2 ):

• as Portarias ANP nO 43 e 44 , de 15/04/98, para a importação e o


exercício das atividades de construção e operação de instalações de
transporte de gás natural, respectivamente;
• a Portaria ANP 170, de 26 de novembro de 1998, regulamentando a
necessidade de prévia e expressa autorização para a construção, a
ampliação e a operação de instalações de transporte ou transferência de
gás natural ;
• a Portaria ANP nO 98, de 22 de junho de 2001 , criando o Manual do
Concurso Aberto para as empresas autorizadas a operar instalações de
transporte, contendo os procedimentos de oferta e alocação de
capacidade para o serviço de transporte firme decorrente da expansão
de suas instalações de transporte.

A ANP revogou em 17 de abril de 2001 a Portaria 169/98, que


regulava o uso dos gasodutos de transporte por terceiros . Atualmente, se
encontra em fase de consolidação na ANP e Consulta Pública um conjunto
de Normas que irão regulamentar o Livre Acesso ( Livre Acesso , Critérios
Tarifários, Processo de Resolução de Conflitos-Port ANP254/01 ,
Informações a serem enviadas à ANP-Port ANP 001/02 e Cessão de
Capacidade de Transporte) em substituição à Port 169/98.

15
3.2. SISTEMAS COMPONENTES

Para o dimensionamento do sistema de transporte dutoviário é


importante se conhecer as condições de entrega do gás natural , tais como ,
volumes, composição, pressão, temperatura e pressão de entrega no início e
no final do gasoduto.

o transporte dutoviário de gás natural é composto basicamente de


gasodutos de transporte e sistemas de compressão , redução de pressão,
medição e supervisão e controle,com a finalidade de colocar o gás natural
disponível às Companhias Distribuidoras em todos os pontos de entrega
localizados ao longo da diretriz do gasoduto.

Os componentes desses sistemas são:


a) Tubulação - A tubulação empregada para o transporte de gás
natural é composta de aço de elevada resistência , fabricados
normalmente de chapa de aço dobrada, em forma cilíndrica e com
solda longitudinal, em seções com cerca de 12 metr~ e
comprimento.

As diversas seções da tubulação são soldadas e dobradas no


campo e, na grande maioria, enterrada a 1,5m a partir da geratriz
superior.

Para proteção ao ataque corrosivo é utilizado, para amenizar a


corrosão externa, sistema de proteção catódica e também
revestimento anticorrosivo externo .

A proteção catódica além de complementar a proteção contra


corrosão pelo solo protege a tubulação das interferências a que
poderá estar sujeito devido às correntes de fuga originárias de
sistemas eletrificados. Esses sistemas consistem em leitos de
anodos galvânicos, que são peças metálicas com maior tendência à
corrosão do que o ~ço da tubulação, à qual são ligados por fios
condutores. É usado comumente o sistema de corrente impressa, na
qual é impressa uma corrente elétrica entre a tubulação e os anodos
de sentido contrário ao sentido da corrente da corrosão, que é um
processo eletroquímico.

\' O revestimento interno da tubulaçãO com pintura de tinta epóxi


l com cerca de 60 micra de espessura também é utilizada com a
finalidade de proteção contra corrosão interna e/ou reduzir o atrito

A rugosidade absoluta da superfície interna da tubulação de aço


nova é de cerca de 45 micra enquanto que nos tubos revestidos com
epóxi é da ordem de 12 micra, representando um aumento em torno
de 10% na eficiência de transporte de gás, comparando-se com os
gasodutos não revestidos internamente. Estudos técnicos­
econômicos determinam o benefício do revestimento interno dos
tubos quando o objetivo é de somente aumentar a eficiência na
capacidade de transporte .

Em função da pressão máxima de operação e do diâmetro da


tubulação é calculada a espessura de parede requerida para resistir
à pressão interna de acordo com o tipo de aço selecionado.

Após calculada a espessura é selecionada a espessura nominal


da parede dos tubos entre as espessuras padronizadas nas
respectivas normas de fabricação . Deve ser analisada se a
espessura mínima selecionada para suportar a pressão interna tem
resistência mecânica para suportar os esforços produzidos durante a
construção e montagem dos tubos.

Após realizados os estudos preliminares do traçado do


gasoduto é efetuado o levantamento de campo e efetuada a
classificação de locaçã,o da diretriz de acordo com as normas. Em
função da classe de locação são determinados o fator de projeto
para cálculo da espessura da tubulação e o espaçamento entre
válvulas de bloqueio do gasoduto.

A tubulação é lançada ao longo do eixo de uma faixa de terreno


com cerca de 20 metros de largura. Ao longo da diretriz são
instaladas válvulas de bloqueio automáticas com espaçamento
determinado pelas normas (1 válvula de bloqueio a cada 15 km,
aproximadamente), com a finalidade de bloquear o gasoduto em
caso de rompimentos e manutenção . Nas travessias de rios, lagos e
pântanos também são instaladas válvulas de bloqueio .

Ainda como acessórios da tubulação existem os lançadores e


recebedores (scraper-traps) equipamentos de limpeza, retirada de
líquidos e inspeção da tubulação (pigs, esferas, .. .).

Os lançadores/recebedores são instalados no início, no final de


cada trecho, nas estações de recompressão e em posições
intermediárias em espaçamentos não superiores a 200 Km.

Após seleção do traçado do gasoduto são realizados estudos


de impacto ambiental e elaborado relatório de impacto ao meio
ambiente e estudo de análise de riscos da faixa selecionada para
avaliação pelos Órgãos Ambientais visando a obtenção das Licenças
de Instalação e Operação .

b) Estações de Compressão - As condições em que se encontra o


gás natural na origem são de grande importância no dimensionamento
das instalações de transporte, uma vez que o gás natural para ser
transportado da origem até os centros consumidores necessita de
energia, sob a forma de pressão, para vencer os desníveis do terreno e
compensar as perdas de pressão do gás natural por atrito na parede
interna da tubulação e entre as moléculas de gás.

17
No caso do gás natural, esta energia poderá estar disponível em
função das características do reservatório e ser suficiente para efetuar o
transporte, condição normalmente encontrada em campos de gás
natural não associado ao petróleo.

Quando não se dispõe dessa energia na origem ou quando a


perda de pressão por atrito ao longo do gasoduto impedir que se atinja o
mercado final na pressão mínima de fornecimento, é necessário
fornecer esta energia ao gás natural através da instalação de sistemas
de compressão inicial e/ou intermediários para novamente elevar a
pressão do gás natural.

Para definição do projeto é necessano estabelecer o grau de


confiabilidade de escoamento requerido no transporte com a finalidade
de adotar a instalação de máquinas reservas (definição operacional) e o
tipo de acionador a ser empregado (turbina a gás ou motores elétricos) .

A temperatura de fluxo do gás tem influência na determinação da


capacidade de escoamento. O projeto das estações compressoras deve
considerar a temperatura mais crítica, que é a máxima (verão) em toda a
extensão do gasoduto. Estudos complementares devem ser efetuados
para determinar a capacidade máxima e mínima em função das
temperaturas mínimas e máximas, respectivamente, típicas da região .

Deve, ainda, ser objeto de estudo técnico-econômico a razão


máxima de compressão a ser adotada, principalmente em gasodutos de
grande extensão que requerem estações de recompressão
intermediárias, e, neste caso, é importante que se padronize a
capacidade das máquinas visando reduzir os custos de manutenção.

c) Sistema de Redução de Pressão e Medição - Todos os pontos


de entrega de gás natural existentes ao longo da linha tronco são
dotados de estações redutoras e reguladoras de pressão, bem como
medidores de vazão de gás natural fornecido.

As estações redutoras de pressão dispõem, no mínimo, de válvulas


reguladora de pressão, de bloqueio automático e de alívio que
asseguram o fornecimento nas condições contratuais de volume nas
pressões máximas e mínimas acordadas. Estas estações determinam
as condições de projeto dos ramais de distribuição, pois a pressão
máxima dimensionará a espessura da tubulação e a mínima o diâmetro
para atender todos os consumidores.

18
As estações de medição consistem basicamente de medidores
de vazão selecionados de acordo com a vazão e pressão e regime
de fornecimento. Os medidores mais utilizados são turbinas e tipo
placa de orifício e podem ser dotados de equipamentos eletrônicos
para o cálculo do volume fornecido nas condições contratuais e/ou
registradores de campo com carta circular.

d) Sistema de Supervisão e Controle - Em função da


complexidade do sistema de transporte é analisado o grau de
supervisão de controle.

Os gasodutos modernos são providos de uma central de


controle realizando a supervisão das variáveis julgada importantes no
escoamento do gás natural.

Em função da estratégia da Companhia operadora e da


complexidade da rede de gasodutos são instaladas estações mestras
regionais comandando as operações de determinados trechos,
estações regionais localizadas nas estações de compressão e
medição realizando as funções locais e estações remotas localizadas
junto às válvulas de bloqueio, propiciando a atuação das válvulas e
teletransmitindo para estações centrais e regionais os valores locais
de pressão, temperatura, potencial, tubo/solo e estado das válvulas
(aberta/fechada) e compressor (ligado/desligado).

19
3.3. VAZÃO DE DIMENSIONAMENTO

Os gasodutos operam em diversas condições a depender da


necessidade de atendimento ao mercado, principalmente quando se trata de
um sistema isolado que não disponha de sistema de armazenamento.

As condições de vazão que podem ser consideradas em projetos de


gasodutos são:
a) Vazão mínima garantida - Vazão obtida com algumas
unidades de compressão em manutenção ou com parada de
emergência de uma estação de compressão . Depende da
confiabilidade das estações de compressão (tipos de máquinas,
existência de unidades de compressão reserva, continuidade de
suprimento de energia, etc.).
b) Vazão nominal - Vazão média que o sistema pode assegurar,
com um risco definido porém aceitável.
c) Vazão com pulmão - Vazão obtida utilizando-se da reserva de
armazenamento no próprio gasoduto. Normalmente utilizada para
compensar as variações horárias de demanda. Tempo de utilização
limitado, com disponibilidade dependendo do regime de operação do
sistema .
d) Vazão máxima - Vazão obtida com todas as unidades de
compressão operando, exclusive as unidades de reserva.
e) Vazão máxima de ponta - Vazão obtida com todas as
unidades de compressão operando, inclusive as unidades de
reserva. Tempo de utilização limitado, sem garantias de estar
disponível quando eventualmente necessária .

Outros dados são importantes para definição do diâmetro do gasoduto


sobre os quais o transportador deve ter conhecimento, tais como:

a) Fator de utilização - Relação entre a demanda média do


mercado atendido e a vazão máxima (não de ponta) do gasoduto.
b) Fator de carga - Relação entre a demanda média e a demanda
máxima horária (maior valor esperado ou observado) do mercado
atendido pelo gasoduto. É uma característica individual de cada
mercado e mede a flutuação da demanda.
c)Tempo de sobrevivência - Tempo para que se atinja a pressão
mínima contratual em qualquer ponto de entrega de gás, contado a
partir da ocorrência de uma perturbação transiente no fluxo (queda de
suprimento e/ou aumento de demanda) . É uma função das condições
iniciais de trabalho do gasoduto (pressão e vazão).

Para o dimensionamento desse sistema é necessário se dispor


da vazão que é obtida com base na disponibilidade de produção de
gás natural e no levantamento de mercado da área de influência do
gasoduto, de acordo com os traçados preliminares.

20
Com base no levantamento detalhado do mercado, analisando­
se os dados históricos e a projeção temporal da demanda, incluindo­
se as possíveis ampliações e instalações de novos consumidores , é
elaborada uma curva de previsão de demanda no horizonte de
planejamento, considerando-se diversas expectativas de demanda,
tais como as demandas mínima, estratégica, e máxima.

Outro aspecto importante no dimensionamento é considerar a


sazonalidade de demanda, principalmente se o gasoduto não dispor
de sistema de armazenamento. Os gasodutos dispõem normalmente
de uma pequena capacidade de armazenamento denominada
"pulmão" que atende normalmente às variações horárias de
demanda , com tempo limitado às condições de operação do sistema
no momento.

Os gasodutos, principalmente os de grande extensão, são


dimensionados para operar com a maior utilização possível de suas
instalações, visando o menor custo de transporte. Baseado em
valores observados na prática utiliza-se o fator médio global das
instalações equivalente a até 90 a 95% do tempo total disponível
para o transporte dutoviário.

Entretanto , a utilização das instalações a ser adotada em


projeto de gasodutos deve levar em consideração as variações
típicas do mercado a ser atendido, que somente poderão ser
avaliadas mediante levantamento de mercado.

Como a redução do fator de utilização de gasodutos conduz à


elevação dos investimentos e, consequentemente, elevação do custo
de transporte, a adoção de sistema de armazenamento próximo ao
mercado com a finalidade de amortecer os efeitos de sazonalidade
de demanda poderá resultar em uma solução mais econõmica.

2\
3.4. CONSIDERAÇÕES PARA A SELEÇÃO DO DIÂMETRO

o transporte de hidrocarbonetos por dutos é altamente econômico e


confiável para o transporte de grandes volumes.

o gás natural é um combustível que compete com outros derivados


líquidos e sólidos no mercado. Comparando-se o transporte dutoviário de
derivados de petróleo com gás natural verifica-se que para uma tubulação de
mesmo diâmetro consegue-se transportar cerca de 5 vezes mais energia sob
a forma líquida, conforme pode ser observado no gráfico abaixo.

CAPACIDADE DE
GASODUTOS X OLEODUTOS
MMM kcal/dia
90

80

70

60

50

40

20

10~~~~========~:r=-
10 12 14 16 18
_ 001
20 22 24
______
26 28 30
~

32

- GASO_DUTOS

Em razão dos elevados investimentos em tubulação e estações de


compressão e do alto custo operacional, o custo unitário de transporte do
gás natural é mais elevado do que o de derivados de petróleo .

Para se estimar os custos envolvidos em gasodutos de transporte,


necessita-se dispor das características do sistema dutoviário e do grau de
dificuldade construtivo envolvido .

22
De uma maneira geral os custos variam dentro da seguinte faixa :

a) Custos de Investimento
Tubulação e Acessórios:
Terrestre: 13 a 20 US$/pol/metro
Submarino: 20 a 30 US$/pol/metro

Estações de Compressão:
Fixo: 2 a 3 US$ milhões/estação
Variável: 900 a 1200 US$/HP instalado

b) Custos Anuais de Operação e Manutenção de Gasodutos


Terrestres

Tubulação 0,56 US$/pol/metro

Estação de Compressão 8% do investimento

Estações de Medição 2% do investimento

Telecomunicação
e Telecomando 2,5% do investimento

Custo energia elétrica 0,051 US$/kwh


0,038 US$/HP.h
333,0 US$/HP .ano
Custo do gás natural
para consumo nas esta­
ções de compressão 1 a 2 US$/MMBTU

A distribuição percentual dos investimentos em gasodutos são,


em regra geral, os seguintes:

a) TUBULAÇÃO E ACESSÓRIOS 70 a 80%

b) ESTAÇOES DE COMPRES$ÃO 5 a 15%

c) ESTAÇOES DE MEDiÇÃO 1 a 2%

d) TELECOMUNICAÇOES 2 a 5%

e) TELECOMANDO 0,1aO,2%

f) PROTEÇÃO CATÓDICA 0,5 a 1 %

g) INSTALAÇOES PREDIAIS E 1 a 2%

OFICINAS DE MANUTENÇÃO

h) ENGENHARIA, COMPRA, 3a5%

ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO

i) AQUISiÇÃO FAIXA E 3 aA6%

INFRA-ESTRUTURA

Em um gasoduto cerca de 70 a 80% do custo total do sistema se


refere a custo da tubulação , abrangendo os custos de tubo, construção,
montagem e lançamento, este é o item de maior investigação para se obter a
solução mais econômica .

23
o levantamento preliminar da diretriz procura não só obter a extensão
da tubulação e a extensão das classes de densidade demográfica ao longo
da diretriz, essencial para a determinação da espessura dos tubos, como
também identificar o grau de dificuldade envolvida na construção e
montagem da tubulação com o objetivo de avaliar maior precisão dos custos
envolvidos nesses serviços.

Em decorrência da grande importância da tubulação nos custos totais


dos gasodutos, os projetistas procuram maximizar a vazão para uma
determinada tonelagem de aço, usando aços de elevada resistência
disponível no mercado com a finalidade de reduzir a espessura da tubulação
e consequentemente, a tonelagem de aço, observando as classes de
densidade demográfica e o limite mínimo de espessura para cada diâmetro
requerido para suportar aos esforços produzidos durante a construção e
montagem.

o custo unitário do aço de maior resistência compensa, normalmente,


a sua utilização pela tonelagem de aço economizada. Na tabela abaixo é
mostrado um exemplo desse efeito .

ESPECIF. MíNIMA RELAÇÃO RELAÇÃO RELAÇÃO DE


API DO TENSÃO DE DE DE CUSTO CUSTO
AÇO ESCOAMENTO RESISTÊNCIA UNITÁRIO TOTAL
(PSI)
5LA 30.000 100,0 100,0 100
5LB 35.000 116,7 105,0 90
5LX 42 42.000 140,0 109,1 78
5LX 46 46.000 153,3 110,4 72
5LX 52 52.000 173,3 113,1 66
5LX 65 65.000 216,7 118,0 55
5LX 70 70.000 233,3 120,1 52

o segundo item de importância nos custos totais de gasodutos é o


relativo às estações de compressão que representa cerca de 10% do custo
total.
O processo de seleção do diâmetro pelo critério técnico-econômico
consiste na investigação do diâmetro que fornece os menores custos de
transporte . A solução mais econômica é encontrada após a otimização do
número de estações para cada diâmetro e na posterior otimização dos
diâmetros.

Estudos sobre o assunto indicam que a velocidade economlca em


gasodutos se situa próxima a 6 m/s. Assim, a primeira investigação deve ser
direcionada para o diâmetro que fornece a velocidade média mais próxima a
6 m/s e, posteriormente, os dois diâmetros anteriores e posteriores. Se o
menor custo de transporte ainda não for alcançado, prossegue-se de acordo

24
com a tendência, até localizar o diâmetro que fornece o menor custo de
transporte .

Para cada diâmetro existe uma investigação de solução mais


econômica que consiste em se obter o número de estações mais econômico .
Neste caso, os custos de investimento, por estação e do aço e os de
operação relativos à energia na recompressão do gás natural irão direcionar a
melhor configuração, determinando a distância entre estações, ou seja, o
espaçamento entre estações para custo mínimo de cada diâmetro .

A otimização do diâmetro é efetuada confrontando-se os diversos


diâmetros selecionados com o número de estações ot,imizado, e verificando­
se qual o diâmetro que fornece o menor custo de transporte.
DIÂMITRO PAR<\ DITER\1INADA VAZ.\O
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U
A
l

c
u
S
T
o
S

Os estudos técnico-econômicos do sistema de transporte dutoviário de


gás natural requerem análise detalhada do projeto, abrangendo não só
otimização do diâmetro e número de estações para uma determinada vazão,
mas, também, a possibilidade de modulação do sistema de transporte em
função da demanda temporal e incertezas quanto a taxa de penetração do
gás natural no mercado.

25
Com base na evolução da demanda deve ser analisada a construção
de um só gasoduto, construindo-se as estações de recompressão de acordo
com a evolução da demanda, ou de dois gasodutos, sendo um deles
construído totalmente no início do projeto e as estações de recompressão e o
segundo gasoduto construído à medida que forem confirmadas as previsões
do mercado.

É importante considerar a tendência da redução dos custos unitários à


medida que aumenta-se o porte do projeto o qual denominamos "economia
de escala" . O porte do projeto entretanto é limitado pelas reservas disponíveis
e também pelo potencial do mercado a ser atendido. Também, o porte do
projeto pode ser limitado em função da tecnologia em disponibilidade no
mercado mundial.

Outro fator que pode reduzir custos é a utilização de equipamentos


padronizados encontrados normalmente no mercado e fabricados por
diversos fabricantes.

A análise econômica é efetuada através da elaboração de um fluxo de


caixa para cada alternativa e abrangendo o horizonte de planejamento
admitido, descontando-se os custos de investimento e operacionais anuais à
taxa de desconto admitida para o fluxo de caixa .

Na comparação entre alternativas a solução mais econômica será a


que apresentar o menor valor atual dos custos totais anuais, e, por
conseqüência, o menor custo de transporte.

Antes de determinar a solução mais econômica é conveniente efetuar


uma análise de sensibilidade do projeto que consiste em atribuir valores
maiores e menores aos itens de maior peso no projeto. De maneira geral,
verifica-se o comportamento do custo de transporte variando-se o
investimento e taxa de desconto para valores maiores e menores, bem como
redução na taxa de crescimento da demanda .

Como o cálculo do diâmetro para uma determinada vazão de projeto


normalmente não coincide com os diãmetros encontrado no mercado, cabe
ainda investigar, para o diâmetro econômico encontrado, qual é a vazão
econômica , ou seja, qual é a vazão que fornece o menor custo de transporte
para o projeto em questão.

26
3.5 Tarifas de Gasodutos de Transporte

3.5.1 Aspectos Regulatórios

No Brasil, até a entrada em operação do Gasoduto Bolivia/Brasil,


nunca houve uma tarifação explícita para o serviço de transporte dutoviário
de gás natural pois este serviço sempre esteve incluído no preço de venda
do produto nos pontos de entrega.

A Portaria Interministerial MF/MME 3/00 e a Portaria ANP 108/00


iniciaram o processo de reestruturação das relações comerciais no mercado
de gás natural e o início da separação efetiva das atividades de
comercialização e transporte deste energético no País.

A Portaria Interministerial 03/00 estabeleceu os preços máximos para


a venda do gás natural de produção nacional às distribuidoras estaduais nos
pontos de entrega. O preço do gás foi dividido em duas parcelas, uma
referente aos custos de transporte - tarifa de transporte de referência (Tref) ­
e outra referente aos demais custos até a entrada do gás no sistema de
transporte (produção, transferência e processamento).

As duas parcelas são corrigidas de forma diferente:


• a parcela referente ao gás, varia de acordo com a Porto MME
3/00;
• a parcela correspondente à Tarifa de ReferênC'ia estabelecida
pela Port ANP 108/00, atualizada monetariamente pela
variação do IIGP-M da Fundação Getúlio Vargas a cada 12
meses, a partir de 1 de Julho de 2001.

Ficou atribuído à ANP estabelecer os valores da parcela denominada


Tarifa de Transporte de Referência (Tref). O preço máximo do gás natural
cobrado às distribuidoras estaduais nos pontos de entrega seria o resultado
da soma das parcelas.

Por meio da Portaria ANP 108/00, ficou estabelecido as Tarifas de


Transporte de Referência para o cálculo dos preços máximos do gás natural
de produção nacional para vendas à vista às empresas concessionárias de
gás canalizado a partir de 10 de Julho de 2000.

27
As Tarifas de Transporte de Referência para cada Estado foram
calculadas conforme a metodologia divulgada pela ANP e para os volumes
de gás que não utilizam os gasodutos do sistema de transporte, a Tarifa de
Transporte de Referência é igual a zero (Tref = O) .

Ressalta-se, conforme mencionado na Port 108/00, que a parcela do


preço máximo referente ao transporte (Tref) não representa necessariamente
um patamar máximo para a contratação dos serviços de transporte de gás. É
importante esclarecer que as tarifas para a contratação dos serviços de
transporte entre pontos de recepção e de entrega específicos serão
negociadas entre as partes, refletindo a remuneração adequada de cada
trecho do sistema, nos termos do Art. 58 da Lei 9.478/97 e das Portarias da
ANP.

Para o produtor de gás natural, o artigo 8° da Lei 2707/98 permite que


seja abatido dos "Royalties" sobre a produção de gás o valor pago em tarifas
relativas ao transporte até os pontos de entrega , desde que estejam incluídas
expressamente em cada Contrato de Venda .

Em 17/04/2001, a ANP revogou a Portaria ANP 169/98, de 26/11/98,


que estabelecia as regras básicas para as tarifas e até a presente data não
existe portaria regulando o assunto.

3.5.2 Remuneração do Serviço

o estabelecimento dos critérios claros para a definição da


remuneração adequada do capital, seja de investimento inicial ou do capital
que venha a ser imobilizado na operação do duto, é parte importante para o
estabelecimento de tarifas justas e razoáveis, tanto para os usuários como
para os investidores.

A Taxa de Remuneração, após a aplicação de todos os impostos e


taxas , geralmente é periodicamente definida com base nas condições
vigentes no mercado financeiro do país, de modo a refletir no tempo o valor
econômico do capital próprio ("equity") dos investidores. Normalmente, leva
em conta a estrutura de capital das empresas transportadoras e o prêmio de
risco para investimentos de longo prazo sobre os de curto prazo. Pode ser
estabelecida em base anual nominal, com base nas taxas nominais de
mercado ou em base anual real , ou seja , descontada a projeção da inflação
normalmente embutida naquelas taxas.

Normalmente, é usado o conceito da média ponderada do custo do


capital (Weighted Average Capital Cost - WACC"), levando em conta a
estrutura de capital do projeto, ou seja, a proporção de capital próprio
("equity") dos investidores e de capital obtido de terceiros ("debt") .
Normalmente, o débito apresenta o menor custo, pois tem um risco menor
por ter preferência de pagamento em caso de insolvência da empresa.

28
De acordo com os dados da Interstate Natural Gas Association of
America, a taxa média de remuneração para gasodutos variou entre 12,8 a
14,73 de 1982 a 1991 .

No Canada, segundo o relatório anual de 1991 do órgão regulador, a


remuneração dos transportadores naquele ano esteve na faixa de 13 a
14%aa. A National Energy Board (NEB) estabeleceu para 2001,2202 e 2003
os valores de 9,61 %aa, 9,53%aa e 9,79%aa, respectivamente.

A ANP determinou no Manual do Concurso Aberto, instituído pela


Portaria ANP 98/00, destinado a ampliação de sistema de transporte
existente, que as tarifas devem ser calculadas considerando a taxa de
retorno de 13,8% ao ano em termos reais.

3.5.3 Modelo Tarifário para Novos Projetos

Para evitar-se o problema da tarifa ser fortemente variável no tempo ,


em termos reais, observado no modelo tradicional do Custo do Serviço,
pode-se adotar uma tarifa real média equivalente, constante no tempo ("flat") ,
considerando o valor do dinheiro no tempo como sendo a taxa de
remuneração . Este modelo é derivado da análise tradicional de
empreendimentos e tem sido utilizado nos projetos financiados na
modalidade de "project finance" . Esta alternativa, permite que o preço final
ao consumidor seja constante, em termos reais , em um sistema de preços
desregulados, aumentando a competitividade de novos gasodutos nos anos
iniciais, cruciais para a sua viabilidade econômica . O valor da tarifa média se
situa entre a tarifa inicial e a final obtidas utilizando-se o modelo variável no
tempo (Ver Figura a seguir).

Tarifa

Tarifa Média Constante

Tarifa Variável pelo Custo do Serviço

~---------------------~
Tempo

Período de Depreciação Econômica

Nos dois Modelos de Tarifação a tarifa de transporte em gasodutos é


obtida em função do volume realmente movimentado e das distâncias

29
envolvidas entre os Pontos de Recepção e de Entrega . Normalmente é
constituída por dois componentes ( tarifa binária) :

-tarifa de demanda : aplicada sobre a demanda contratada , podendo


haver ou não garantia de movimentação mínima ("ship or pay") ;

-tarifa de movimentação: aplicada sobre a movimentação efetiva


realizada no gasoduto.

A tarifa binária torna o custo unitário do serviço de transporte para o


carregador sensível ao seu fator de carga , ou seja , a relação entre o volume
anual efetivamente transportado em seu nome (movimentação) e a
capacidade anual por ele contratada (demanda), incentivando-o ao prudente
e racional uso das facilidades do gasoduto.

Em países com a indústria em processo de instalação , ou quando da


transição de um mercado com preços regulados para um mercado livre com
preços formados por competição , o preço unitário médio do gasoduto
também tem sido usado para a tarifação do transporte de gás em gasodutos,
existindo exemplos com uma tarifa única para qualquer distância ,
denom inada de tarifa postal ("postage stamp rate"), e também com tarifas
diferenciadas com a distância.

Filosoficamente , a tarifa binária foi introduzida de modo que os


usuários de gasodutos paguem de forma justa a capacidade de transporte
reservada para o transporte firme , compensando os custos fixos do
transportador, e a capacidade de transporte realmente usada no transporte,
cobrindo os custos variáveis associados ao serviço.

Para gasodutos , os custos com lubrificantes e energia ou gás


combustível nas estações de compressão são sempre classificados como
variáveis porque são funções diretas do volume efetivamente transportado .
Os demais custos de operação e manutenção , os custos administrativos e
despesas gerais, impostos e taxas, depreciação e remuneração do capital
devem ser considerados como fixos, pois praticamente independem do
volume efetivamente transportado .

O modelo tradicional do Custo do Serviço, com foco no controle dos


custos , tem sido a base da regulação das tarifas dos principais países em
que a indústria de transporte dutoviário encontra-se em grau adiantado de
evolução .

Neste modelo , as tarifas são determinadas de modo que os usuários


tenham o serviço de transporte prestado a um custo razoável e os
investidores tenham a oportunidade de recuperar o investimento e receber
uma remuneração razoável sobre o mesmo. Desse modo, as receitas a
serem auferidas pela execução do serviço de transporte devem permitir a
recuperação dos Custos de Operação e Manutenção.

30
Os custos diretos incorridos na operação e manutenção dos diversos
sistemas que compõem o duto , são:
• pessoal (salários ,encargos, indenizações, alimentação, transporte ,etc.);
• materiais e produtos químicos;
• energia elétrica, combustíveis e gás utilizado pelo sistema;
• conservação e reparo de equipamentos, instalações e imóveis;
• reconstrução ou recondicionamento de trechos do duto;
• conservação da faixa de servidão e estradas de acesso;
• serviços de inspeção das instalações;
• serviços contratados a terceiros ;

• outros custos diretos.

Além de recuperar os custos diretos, as receitas auferidas pela


execução do serviço de transporte devem permitir a recuperação dos
seguintes custos:
a) Custos Administrativos e Despesas Gerais

São aqueles custos indiretos incorridos na administração do duto tais


como encargos financeiros, juros e pagamentos do principal de eventuais
financiamentos, despesas de seguro, custos da administração central,
materiais de escritório, etc ..

b) Impostos e Taxas

São todos os impostos, contribuições e taxas municipais, estaduais e


federais não recuperáveis pelo transportador.

c) Recuperação do Capital Imobilizado na Implantação

A recuperação do capital imobilizado no investimento é feita através


do mecanismo da Depreciação Econômica , de modo que cada usuário
atendido durante a vida econômica útil das instalações pagará uma parcela
proporcional aos serviços recebidos . O investimento deve ser totalmente
recuperado até o final da vida útil das instalações. Normalmente, é usado o
método da linha reta para o cálculo da depreciação do custo original
(Depreciated Original Cost DOC), sendo o tempo de depreciação geralmente
estabelecido pelo órgão regulador. A Depreciação Fiscal não é utilizada para
fins de determinação de tarifa, só sendo usada para fins de cálculo do
Imposto de Renda.

d) Remuneração do Capital Imobilizado Não Depreciado

Refere-se à remuneração da parcela do capital imobilizado na


implantação do duto (investimento), ainda não depreciada economicamente,
pela taxa de remuneração anual adequada ajustada com o órgão regulador.

o Investimento corresponde ao capital imobilizado, na construção


inicial e nas fases de ampliação da capacidade de transporte, no projeto das
instalações , nos levantamentos topográficos e cadastrais, nos estudos
ambientais, nos licenciamentos, na aquisição de terrenos e de direitos de

3\
passagem , na aquisição de materiais e equipamentos, na compra de móveis
e equipamentos de escritório , na construção efetiva do duto , de estações de
bombeamento ou compressão, de sistemas de armazenamento essenciais à
operação do duto, de sistemas de recebimento e tratamento de interfaces, de
edificações, de estradas ou de outras construções, de sistemas auxiliares
(medição , proteção catódica, comunicação, controle e aquisição de dados), e
de quaisquer instalações adicionais necessárias para operar o duto .

Havendo financiamento para a implantação do duto, as comissões


devidas e a capitalização da dívida pela taxa efetiva do financiamento
durante o período de construção e/ou de carência são incluídas no
investimento . A capitalização do capital próprio imobilizado pela taxa de
remuneração adequada ajustada com o órgão regulador durante o período
de construção também é incluída no investimento.

d) Remuneração do Capital Imobilizado na Operação

Refere-se à remuneração do capital imobilizado na operação do duto


(capital de trabalho) pela taxa de remuneração anual adequada ajustada com
o órgão regulador. O Capital de Trabalho é o capital necessário para que o
duto possa funcionar, imobilizado em peças sobressalentes e no inventário
de produto para enchimento da linha e formação do volume de produto morto
em tanques e vasos, se de responsabilidade do transportador, bem como o
capital de giro para despesas correntes e pagamento de impostos
recuperáveis, etc ..

3.5.3 Modelo Tarifário para Ampliação de Sistemas Existentes

Com o objetivo de regulamentar a ampliação do sistema de


transporte existente , tendo em vista a crescente demanda de gás natural ao
longo dos próximos anos , em especial ao Programa Prioritário de
Termeletricidade-PPT instituído pelo governo , a ANP publicou a Portaria
98/00, criando o Manual do Concurso Aberto de forma que os
transportadores detalhem os procedimentos de oferta e alocação de
capacidade para o serviço de transporte firme decorrente de expansão de
suas instalações de transporte.

Para estimular a entrada de novos supridores de gás natural, a ANP


restringiu os Carregadores que possuem mais de 50% da Capacidade
Contratada Firme na instalação antes da expansão a contratar apenas 40%
da capacidade ofertada . Somente no caso em que não haja interesse de
outros Carregadores fica autorizado a contratar a capacidade remanescente .

No Manual do Concurso Aberto, foi instituído o conceito de Tarifa


"Rool in" após a ampliação, que tem como finalidade repassar ao Carregador
pioneiro que implantou o projeto os benefícios da ampliação, vez que , em
regra geral, nas ampliações a relação custo/capacidade é inferior à mesma
relação de um projeto novo, ou seja, o aumento da capacidade de transporte

32
se dará com menos investimento por serem necessárias somente estações
de compressão e/ou trechos complementares de tubu ~ ação (Uloopings").

Assim, a tarifa incrementai da ampliação é, na maioria das vezes ,


inferior à tarifa praticada e caso não houvesse uma compensação ao
Carregador existente haveria perda de competitividade do pioneiro que
assumiu todos os riscos do projeto inicialmente, acarretando desestimulo
para implantação de novos projetos.

A regra estabelecida para a Tarifa uRool in" é a determinação de uma


nova tarifa (tarifa única para todo sistema de transporte), para ser praticada
por todos os carregadores após a ampliação calculada por meio da média
entre as tarifas praticadas e incrementai da ampliação, ponderada pelas
respectivas capacidades (existente e ampliação) e deve refletir os contratos
existentes ( prazos, sistemática de tarifação pactuada, etc ... ).

Ressalva-se que, caso o resultado do cálculo da tarifa "Roll in"


determine valor superior ao da Tarifa de Capacidade dos contratos de longo
prazo existentes (tarifa original), não será aplicado o repasse para o
Carregadores que tenham contrato antes da ampliação ( não haverá "Roll
in"), ou seja , os novos Carregadores irão analisar se é competitivo pagar
tarifa superior ao dos existentes .

Os encargos resultantes dos Contratos de Serviço decorrentes de


ampliação de gasodutos a serem assinados entre os Carregadores e o
Transportador serão obtidos por meio da aplicação das seguintes tarifas:

• Tarifa de Entrada : Tarifa destinada a cobrir as despesas gerais e


administrativas (G&A) e os custos de operação e manutenção (O&M).
a ser aplicada sobre a Capacidade Contratada de Transporte, de
acordo com o projeto técnico-econômico . O cálculo desta tarifa
considerará os custos totais envolvidos , incluindo os existentes antes
da ampliação, e a Capacidade Contratada de Transporte total após a
ampliação, incluindo a existente antes da mesma ;
• Tarifa de Capacidade ("Rool in"): Tarifa destinada a cobrir o
investimento na ampliação do gasoduto , todos os impostos e taxas
relacionados e a remuneração do Transportador, a ser aplicada sobre
a Capacidade Contratada de Transporte;
• Tarifa de Saída : Tarifa destinada a cobrir os custos e despesas
relacionadas à construção ou ampliação das estações de entrega
• Tarifa de Movimentação: Tarifa destinada a cobrir os custos variáveis
de operação e manutenção (óleo lubrificante das estações de
compressão), a ser aplicada sobre as quantidades movimentadas.

3.6 Contratos de Transporte

O Transportador prestará os serviços de transporte , nos termos de


sua Autorização de Operação concedida pela ANP , não podendo comprar ou
vender gás, com exceção dos volumes necessários ao seu consumo próprio.

33
De acordo com a atual regulamentação, os serviços de transporte
dutoviário de gás natural devem ser formalizados em Contrato, que deverá
explicitar a tarifa de transporte acordada entre as partes. A ANP poderá fixar
o valor da tarifa caso não haja acordo entre as partes.

Os serviços de transporte podem ser contratados em duas


modalidades:

• Contrato de Transporte Firme - Serviço de Transporte prestado


pelo Transportador ao Carregador (pessoa jurídica que contrata
com o Transportador o serviço de transporte de gás) com
movimentação de gás de forma ininterrupta até o limite da
Capacidade Contratada.
Os Contratos de Transporte Firme apresentam uma garantia de
pagamento mlnlmo do Carregador ao Transportador
correspondente à Capacidade Contratada Mínima (volume diário,
estabelecido contratualmente, referente ao qual o Carregador é
obrigado a pagar a tarifa, mesmo que movimente volume diário
menor), também chamado de "Ship or pay" do Contrato de
Transporte. Esse pagamento mínimo garante a recuperação dos
custos fixos ( custo de capital e operacional fixo) do
Transportador.
Nesta modalidade, a interrupção dos Serviços pelo Transportador
que acarretem em movimentações abaixo da mínima contratada
implica em penalidades a serem pagas aos Carregadores,
também chamada de "Move or Pay" do Contrato de Transporte .

• Contrato de Transporte Não Firme - Serviço de Transporte


prestado pelo Transportador ao Carregador que pode ser reduzido
ou interrompido pelo Transportador (Contrato Interruptível).
Os Contratos de Transporte Não Firme não apresentam uma
garantia de pagamento mínimo do Carregador ao Transportador,
vez que a movimentação só pode ser realizada dentro da
Capacidade Disponível (volume diário de Gás que pode ser
oferecido para a contratação de Serviço de Transporte Firme) ou
Capacidade Ociosa do Sistema de Transporte (diferença entre a
Capacidade Contratada e o volume diário de gás efetivamente
movimentado para o Serviço de Transporte Firme), ou seja,
eximem as partes de pagamentos de parte à parte quando da não
ocorrência do serviço.
Normalmente é repassado pelo Transportador aos Carregadores
que dispõem de Contratos Firmes um percentual da receita liquida
(cerca de 90%, descontado-se os tributos a serem pagos)
proveniente da prestação de Serviço de Transporte Não Firme,
quando prestado sobre Capacidade Contratada Ociosa e abaixo
das Capacidades Contratadas Mínimas ("Ship or Pay"), através da
aplicação de um desconto nas tarifas.

34
Para prestar o Serviço de Transporte , o Transportador deve elaborar
os Termos e Condições Gerais (TCG) de suas instalações (dutos de
transporte de gás, suas estações de compressão ou de redução de pressão,
bem como as instalações de armazenagem necessárias para a operação do
sistema). O TCG constitui parte integrante e indissociável de todos os
Contratos de Transporte e será aplicável a todos os Contratos.

As definições dos principais termos constantes do TCG são:

• Capacidade Contratada de Transporte: Máxima Quantidade diária


de Gás que o Transportador deve movimentar no Percurso Principal,
conforme o Contrato de Transporte;
• Capacidade Contratada de Entrega: Máxima Quantidade diária de
Gás que o Carregador pode retirar em determinada Estação de
Entrega , até o limite da Capacidade Contratada de Transporte
associada, salvo a utilização de Quantidades Excedentes Autorizadas;
• Capacidade Máxima: Máxima Quantidade diária de Gás que o
Transportador pode movimentar em uma Instalação de Transporte,
nas condições correntes de operação;
• Capacidade Máxima de Entrega: significa a capacidade máxima de
entrega de Quantidades de Gás, de cada Estação de Entrega;
• Desequilíbrio: diferença entre as Quantidades Realizadas nos Pontos
de Recepção, excluindo o Gás para Uso no Sistema, e as
Quantidades Realizadas nas Estações de Entrega;
• Empacotamento: sign ~fica a Quantidade de Gás necessária para a
prestação do Serviço de Transporte em toda a extensão da Sistema
de Transporte, as quais serão equivalentes à Quantidade de Gás
necessária para se alcançar uma pressão nas Sistema de Transporte
em níveis a serem determinados pelo transportador;
• Estação de Entrega ou Ponto de Entrega: Instalações necessárias
para conectar o Gasoduto às instalações do Carregador, ou de
terceiros por ele designados, para habilitar o Transportador a entregar
o Gás, nos termos do Contrato de Transporte nas Estações de
Entrega .
• Gás para Uso no Sistema: significa a Quantidade de Gás necessária
à operação das Sistema de Transporte, incluindo, sem limitação, para
uso como combustível , para reposição de perdas de linha ou que de
outra maneira sejam perdidas ou não computadas no curso normal da
operação das Sistema de Transporte, para manutenção e que deverá
ser fornecido pelo Carregador, sem custo (incluindo impostos, taxas
ou tributos de qualquer natureza) para o Transportador, no Ponto de
Recepção ;
• Gás para Comissionamento e Testes: significa a Quantidade de Gás
que deverá ser disponibilizada pelo Carregador ao Transportador para
ser usada no comissionamento e testes da nova capacidade do

35
Sistema de Transporte após concluída a Expansão do Sistema de
transporte;
• Ponto de Recepção: significa o ponto onde o Gás é recebido pelo
Transportador do Carregador ou de quem este autorize, conforme o
Contrato de Transporte.

oCarregador poderá requisitar o recebimento e a entrega de


Quantidades de Gás fora de seu Percurso Principal (trajeto entre o Ponto de
Recepção até a Zona de Entrega Principal, até o limite da Capacidade
Contratada de Transporte), conforme estabelecido no Contrato de
Transporte, tendo como definição:

• Percurso Alternativo : trajeto compreendido no Percurso Principal,


entre o Ponto de Recepção e uma Zona de Entrega Alternativa;
• Zona de Entrega: área de concessão de distribuição de Gás Natural
nos estados, à exceção das que constituem zonas específicas;
• Zona de Entrega Alternativa: Zona de Entrega compreendida no
Percurso Principal, localizada entre o Ponto de Recepção e a Zona de
Entrega Principal;
• Zona de Entrega Principal: Zona de Entrega limite do Percurso
Principal definido pelo Carregador no Contrato de Transporte até o
limite da Capacidade Contratada de Transporte;

Normalmente a Tarifa de Capacidade será aquela definida para o


Percurso Principal associado, ou conforme estabelecido no Contrato de
Transporte, enquanto as demais Tarifas permanecem inalteradas.

Na indústria do gás natural, também são utilizados os seguintes


termos:

• "Deliver or Pay" - Produtor de gás deve entregar o gás ao


Carregador no Ponto de Recepção do gasoduto na quantidade mínima
estabelecida no Contrato de Compra e, também , o Carregador deve
entregar o gás nos Pontos de Entrega às Cias. Distribuidoras de Gás
nas quantidades mínimas estabelecidas no Contrato de Venda;
• "Take or Pay" - O Carregador deve receber o gás do Produtor no
Ponto de Recepção do gasoduto na quantidade mínima estabelecida
no Contrato de Compra e, também, as Cias Distribuidoras de Gás
devem receber do Carregador o gás nos Pontos de Entrega, nas
quantidades mínimas estabelecidas no Contrato de Venda.

36
4.TRANSPORTE DE GÁS NATURAL LlQUEFEITO(*)

4.1. INTRODUÇÃO

o objetivo de aumentar a participação do gás natural na Matriz Energética


do País leva à considerações sobre possíveis importações para
complementação da oferta de gás natural de produção nacional.

A necessidade de importação de gás natural e o volume que essa


importação poderá atingir serão função dos potenciais da demanda do mercado
e da produção nacional do gás natural.

Entre as alternativas de importação, o gás natural transportado sob a


forma liqüefeita (GNL) através de navios pode ser considerado isoladamente ou
como complementação de importação dutoviária dos países limítrofes. A era do
transporte de GNL se iniciou em 1959, com o transporte de 2.200t de GNL a
bordo do navio com tanque modificado, de nome "Methane Pioneer", de Lake
Charles, nos EUA, para Canvey Island, na Inglaterra .

No caso da importação de GNL para o Brasil, tendo em vista a grande


extensão da costa brasileira é importante definir a macrolocalização do terminal
marítimo, para que os custos de transporte possam ser estimados com alguma
precisão.

Em função da possibilidade de integração regional do suprimento através


de sistemas de transporte dutoviário , pode-se separar o Brasil em duas
Regiões , a Região Norte/Nordeste e a Região Sul/Sudeste .

A maior utilização do gás natural pelo mercado brasileiro deverá ocorrer,


em grande parte, pela substituição a outros combustíveis e na geração de
eletricidade. Pela sua própria característica, o gás natural necessita da
construção de um sistema dutoviário de transporte e de distribuição que
possibilite alcançar os novos mercados. Deve-se levar em consideração também
uma taxa de penetração, independente da modalidade de transporte, para
refletir a gradual substituição de outros combustíveis pelo gás natural.

Para o transporte liqüefeito, o gás natural é refrigerado e mantido à


temperatura da ordem de -160° C com pressão próxima à atmosférica. Isso
exige que o Terminal seja projetado com um complexo sistema de
armazenamento para operar com o gás natural nessas condições. Atualmente, a
nivel mundial existem operando 12 terminais de carga e 27 terminais de
recebimento de GNL.

Pode-se dizer que, em média, 600 m3 de gás natural quando liqüefeitos,


ocupam 1 m 3 , razão pela qual esta é a forma mais conveniente para ser
transportado em navios e armazenado no terminal.
(*) Fonte: Baseado no trabalho apresentado no 4°Seminário Internacional Sobre Gás Natural
realizado pelo IBP em 1993, de autoria de André José Lepsch e Claudio Garzia .

37
Além dos países tradicionalmente exportadores de GNL, existem atualmente
alguns países próximos ao Brasil com potencial de reservas de gás natural
para exportação.

Sem levar em consideração o potencial de disponibilidade para novos


contratos de exportação, selecionou-se alguns países com potencial de
reservas de gás natural com possibilidade de exportação de GNL para o
Brasil :

DISTANCIA
PAís À REGIÃO SUDESTE
(milhas)
ARGENTINA (Sul) 2.000
NIG~RIA 3.400
ARG~LlA 4 .600
QATAR 8.200

5.2. LOCALIZAÇÃO DO TERMINAL DE RECEBIMENTO

Um terminal marítimo para recebimento de GNL deve, a pnon , ser


seguro e confiável. Além destas premissas básicas, o projeto deve ser
economicamente viável, mas não em detrimento das prioridades principais
que são a segurança e confiabilidade das instalações .

As principais considerações para a escolha do local para instalação de


um Terminal Marítimo são :

• Acesso e facilidades atuais e futuras adequadas;


• Proximidade do Sistema Dutoviário de Transporte existente ;
• Proximidade aos grandes centros de consumo.

o porto selecionado deve apresentar requisitos mínimos para o


recebimento dos navios e as principais recomendações para o projeto do
porto e pier são (Fonte : Society of International Gas Tanker and Terminais
Operators Ltd - jan/97):

• canal de acesso com largura mínima igual a 5 vezes a largura


do maior navio;
• a bacia de evolução deverá ter um diâmetro de no mínimo 2
vezes o comprimento do maior navio empregado (caso hajam
correntes no local esse valor deverá ser acrescido do
deslocamento previsto);
• o pie r deverá estar situado em uma área livre de fontes de
ignição não controláveis (consultar a norma internacional
aplicável no país).

38
Para navios com cerca de 125.000m3 o calado é da ordem de 10 a 12
metros e o pier deve ser abrigado para que a descarga não seja afetada pela
ação de ventos e/ou correntes. A região deve dispor de facilidades para
abastecer os navios com combustível (bunker) e nitrogênio e de área
suficiente para a construção do Terminal próximo das instalações portuárias
(100.000 a BOO.000m2, a depender da capacidade de armazenamento do
terminal e do tipo de tanque utilizado).

A proximidade do terminal aos grandes centros de consumo é de


grande importância estratégica, pois propiciaria :

a) maior segurança e continuidade ao abastecimento de gás natural à


região na ocorrência de redução da oferta de gás proveniente de
outros sistemas;
b) em conseqüência da sazonal idade da demanda, aumentar o fator
de carga do sistema dutoviário, que define-se como a relação entre
a demanda da média e a máxima horária do mercado ; e,
c) Menor investimento em instalações para o transporte terrestre .

o principal risco à população que habita nas proximidades de uma


área selecionada se concentra em possíveis derramamentos de GNL
provocados por fatores humanos, por falhas imprevisíveis de equipamentos ,
ou pela natureza, fora do controle humano. Para que um terminal seja
tecnicamente viável é necessário que seja realizado um estudo de impacto
ambientall, relatório de impacto ao meio ambiente e análise de risco da área
selecionada, que definirá as medidas mitigadoras dos riscos possibilitando
uma melhor quantificação do investimento.

A segurança em Terminais de GNL exige o atendimento aos seguintes


pontos:

• Instalações de acordo com as Normas Brasileiras e/ou


Internacionais;
• Canal de acesso pouco trafegado ou exclusivo;
• Procedimentos para operação de atracação e desatracação do
navio no pier, estabelecendo-se os limites para os ventos e
correntes, velocidade de atracação, ângulo de aproximação e
uso de rebocadores, etc ... ;
• Procedimentos para interrupções das operações dos navios
(restrições operacionais) a operações diurnas, descargas
atmosféricas, restrições ao tráfego de embarcações, ocorrência
de fogo nas proximidades do terminal, descarga de gás na
atmosfera, etc ... ;
• Plano de Contingência do Terminal para situações de
emergência para os casos de fogo (terminal ou navio) e
derrames de GNL .

39
4.3. DESCRiÇÃO DO TERMINAL DE RECEBIMENTO DE GNL

o terminal é dotado basicamente de tanques de superfície ; sistema de


transporte dutoviário dotado de bombas centrífugas, vaporizado r de GNL ,
medição e gasoduto; e, sistema de segurança e combate a incêndio.

o pie r é dotado de braços articulados criogênicos de GNL e de fase


vapor, permitindo uma rápida desconexão em situações de emergência , e é
interligado ao terminal por tubulações para descarga de GNL e para retorno
da fase vapor.

A descarga dos navios do pier para o terminal é efetuada através de


tubulações criogênicas dimensionadas para descarregar o navio em cerca de
12 horas, resultado em estadia de no máximo 24horas. O condicionamento
da tubulação para a descarga é efetuado por uma outra linha mediante
recirculação de GNL bombeado pelo terminal , pois as linhas são interligadas
no pier. Em função da distância do navio aos tanques de armazenamento a
descarga do GNL pode ser efetuada com o auxílio de bombas instaladas em
terra , próximas das instalações marítimas.

O armazenamento do GNL é efetuado preferencialmente em, no


mínimo, dois tanques á temperatura de -160°C e, por razões estruturais, não
deve ser mantido a pressões muito acima da atmosférica (pressão da ordem
de 50 a 150 g/cm2 para impedir a entrada de ar no tanque, o que criaria uma
mistura potencialmente explosiva) . Por razões econõmicas alguns projetos ,
de pequeno porte , iniciam as operações com somente um tanque ,
construindo o segundo tanque quando o mercado atingir os volumes
previstos para a fase final do projeto ( 2a Fase do projeto).

A manutenção dos tanques se restringe á reposição do isolamento


térmico (perlita) que vai se compactando ao longo dos anos . De maneira
geral, a necessidade de retirar o tanque de operação para manutenção é
normativa, com a finalidade de inspeção interna (cerca de 15 em 15 anos,
mas atualmente pode ser feita por meios eletrônicos) ou se ocorrer um
problema anormal na operação, o que é muito raro.

Os principais tipos de tanques em uso em terminais de GNL são :

• Contenção Simples (Fig 5.1.A e B) - Tanques de parede dupla


ou simples com um dique circundando o tanque, projetado para
reter o volume máximo armazenado em caso de vazamento de
GNL. Os tanques são normalmente construídos com parede
dupla com isolamento entre as paredes de perlita expandida,
sendo a parede interna fabricada de material com resistência
mecãnica nas condições de armazenamento do GNL (liga de
aço com 5 a 9% de níquel ou alumínio) e a parte externa, para
conter o isolamento, fabricada de aço carbono. O teto pode ser
tipo domo ou deck (suspenso por tirantes ligados ao teto
externo) .

40
• Contenção Dupla e Total (Fig 5.2.A, B e C)- Tanques de
parede dupla, sendo a parede externa ao isolamento
dimensionada para reter todo o GNL em caso de vazamento do
tanque interno. A construção é semelhante ao de contenção
simples, tendo como diferença a parede externa que é
fabricada de concreto protendido resistente ao frio e pode ser
construído semi-enterrado . Não necessitam de dique, tornando
o terminal mais compacto (requer menor área) . O tanque de
contenção total tem como diferença a contenção, inclusive no
teto, de vazamentos da primeira parede pela parede externa.

A capacidade máxima dos tanques existentes para armazenar GNL é


de 250 .000m3 para o tipo contenção simples e 170.000m3 para o tipo
contenção dupla.

O investimento total em tanques, a depender das condições do


terreno de terreno e custo e produtividade da mão de obra locais, pode ser
estimado em (Fonte: Institute of Gas Technology/1998):

US$ 185 a 275US$/m3 (convencionai), ou


US$ 255 a 460US$/m3 (dupla integridade)

Os tanques de armazenamento são construídos com isolamento


térmico para minimizar a evaporação do GNL devido às cargas térmicas com
o meio ambiente. Apesar de toda eficiência dos isolamentos térmicos há
sempre uma troca de calor causando evaporação parcial do gás liquido no
interior do tanque, denominada de "boil off', aumentando a pressão interna
dos tanques, sendo necessário retirá-Ia do seu interior (ver Fig 5.3).

As principais fontes de geração de "boil off' são com o tanque em


repouso (troca de calor com o meio ambiente) ou nas operações de
enchimento provocando revaporização ("flash") devido às diferenças das
condições de equilíbrio no tanque (temperatura e pressão) e deslocamento
volumétrico . Essa vaporização pode ser estimada em cerca de 0,05 a 0,1%
do volume contido por dia .

No Terminal de origem, o "boil off' pode ser aproveitado para o


consumo como combustível ou recomprimido e utilizado como carga das
plantas de liquefação, enquanto que no terminal de destino, pode ser
aproveitado como combustível, enviado para o gasoduto/mercado, ou,
eventualmente, recondensado .

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\ , ' q'. ,;
.. . B~om

fuo.mplClS .o (,Ft"lJ,Goo ta in rncn


GNL - "BOIL OFF"

Isolamento

*Q
-TANQUES EM TERRA:
0,05 a 0,1 % do volume/dia

-TANQUES EM METANEIROS:
0,2 a 0,25% da carga/dia ===> 0,1 %

FIGU2l·. 5.3

47

A capacidade de armazenamento do terminal marítimo dependerá


basicamente :

• da capacidade máxima e da freqüência média de chegada dos


navios empregados no transporte ;
• do volume operacional dos tanques , levando em consideração o
volume máximo de enchimento para possibilitar a formação da
fase vapor no tanque (cerca de 95% da capacidade nominal);
• do estoque de segurança admitido para atendimento em
situações de emergência, tanto nas instalações marítimas do
terminal como no transporte marítimo, levando-se em
consideração a possibilidade de suprimento com gás produzido
na região , quando houver, e de combustível alternativo( cerca
de 7 a 10 dias de consumo de gás do mercado atendido pelo
Terminal);
• do volume mínimo de GNL necessário para manter a
temperatura do tanque em -160°C (cerca de 5% da capacidade
operacional);

A determinação da capacidade ótima de armazenamento pode ser


efetuada por método de simulação computacional para modelar o
comportamento do terminal às várias condições de projeto, requerendo um
estudo mais aprofundado, inclusive considerando-se o tempo de viagem do
terminal de origem ao terminal de destino . Em regra geral, o Terminal deve
de ter uma capacidade da ordem de 1,5 a 2 vezes o maior navio
transportador, o que leva a considerar na otimização da tancagem a
investigação do porte ideal do navio em função da distância/características
do porto de origem/destino e da demanda de gás natural.

o terminal marítimo deverá estar interligado a um Sistema Dutoviário


de Transporte, que possibilite atingir o mercado consumidor. Essa
interligação é considerada investimento do Sistema GNL pois só será
necessária caso haja um terminal e será função de sua microlocalização.

o sistema mais utilizado para transportar o gás natural do terminal por


gasodutos é o bombeamento do GNL utilizando-se bombas centrífugas
criogênicas , fornecendo energia sob a forma de pressão ao líquido ,
revaporizando-o logo em seguida em sistemas de revaporização .

A revaporização de GNL se dá através do aquecimento do GNL e pode ser


efetuada através de água do mar ou por combustão submersa utilizando o gás
natural como combustível (1 ,5 a 2,5% da vazão de gás revaporizado) . A utilização
de água do mar em relação ao combustão submersa requer maior investimento e
tempo de construção; tem maior impacto ambiental ; não facilita a modularidade;
e, tem menor custo operacional. Devido ao elevado custo inicial e baixo custo
operacional, normalmente se utiliza o sistema com água do mar como
vaporização primária (parcela de vazão firme) e o de combustão submersa como
vaporização secundária (para atender a sazonalidade da demanda e sistema
reserva do primário).

48
Estudos econômicos complementares ao projeto podem avaliar a
possibilidade de aproveitamento do frio associando-se instalações para a
revaporização do GNL sem o uso de fonte energética pela produção de oxigênio,
nitrogênio e argônio pela destilação do ar; produção de energia elétrica;
instalação de armazéns frigoríficos; produção de gelo seco e, etc..

Após a revaporização do GNL é efetuado o controle do poder calorífico,


utilizando-se nitrogênio ou ar para reduzir ou propano/butano para aumentar
ajustando-o às condições contratuais; a medição; e, a odorização do gás natural
de acordo com as normas.

Na figura 5.4, é apresentado o esquema básico simplificado de um Terminal


de recebimento de GNL. O GNL é retirado dos tanques para o transporte em
gasodutos através de bombas ("booster") instaladas no interior do tanque
passando pelo dessuperaquecedor para liqüefazer parte do gás formado nos
tanques ("boil off'). Em seguida o GNL é bombeado para o recondensador, onde
o gás proveniente do "flash" dos tanques, e que não será utilizado como
combustível no revaporizad'or de GNL, é reliquefeito. O GNL ao sair do
recondensador é pressurizado pelo sistema de bombas e enviado para o
vaporizador. Após o gás natural, já na fase gasosa, passar pelo sistema de
controle e medição é transportado pelo sistema dutoviário para os centros de
consumo.

Os Terminais Marítimos podem dispor de faci l'idades para carregamento de


caminhões-reboque (criogênicos) com capacidade de armazenamento de até
35m3 de GNL (21.000m3 de gás na fase gasosa), para o transporte a pequenos
centros de consumo em que não se justificam economicamente a construção de
gasodutos. Devido à baixa temperatura para manter o gás na fase líquida durante
o transporte, os tanques necessitam de material e revestimento especiais para o
seu armazenamento, razão pela qual o custo de carretas para esse tipo de
transporte é bastante elevado.

49
ESQUEMA DE PROCESSO DO TERMINAL DE RECEBIMENTO DE GNL

FIG 5.4

---i

------+
Recondensador
Vaporizador
Submerged
Cnmh

Linhas
Descarga 6---~ r~
nmh~
I b
Cnmnrp.~~nr
I
~I
I Vaso
Gás

I 11 l Aq"ooedoc I

I t. _ Jr---i- __ ~- -----..
I I Cnmnrp..c:c:nr I ..
-+-------­
8

o investimento em Terminais Marítimos é função da capacidade dos


metaneiros e do grau de facilidades encontradas na região para instalação
do pier, linhas de descarga e construção dos tanques (varia em função do
tipo, capacidade e número). Na literatura internacional, encontra-se o
investimento avaliado na seguinte ordem de grandeza ( fonte : Di Napoli _8 a
Conferência Internacional de GNL-1986):

Investimento no Terminal Descarga (MMUS$): 85 . (QemMMm3/ dia)o.S9

50
De maneira geral, a composição dos custos para projetos de médio e grande
porte de terminais de recebimento de GNL pode ser distribuída da seguinte
forma :

• Píer e braços = 20% a 30%

• Tanques = 35% a 40%

• Vaporização = 30% a 35%

• Projeto e Adm . = 5a8%

4.4. NAVIOS UTILIZADOS NO TRANSPORTE

Para o transporte de petróleo e derivados, inclusive GLP, existe uma


grande oferta de navios no mercado internacional, o que facilita análises de
projeto, pois o transporte marítimo é apenas um custo a ser considerado, não
havendo preocupação quanto à existência dos navios ou ao investimento
necessário para sua construção.

No caso de transporte de GNL a situação é completamente diferente ,


pois, por se tratar de navio muito especializado , os custos de construção são
elevados e não justificam uma construção especulativa, sem que exista
garantia do contrato de transporte . Portanto, os investimentos em navios
para transporte de GNL são sempre considerados como parte do projeto
total.

Uma das fontes para obtenção de informações sobre capacidade de


transporte da frota mundial de navios metaneiros é a publicação da Lloyd's
Shipping Economist e sobre a frota mundial de GNL existente é a publicação
da Clarkson Liquid Gas Carrier Register

A influência da natureza da carga determinam as seguintes


características dos metaneiros em relação aos navios petroleiros:

• Os limites de inflamabilidade do gás (5% a 15% de gás no ar)


exigindo:

- Sistemas de detecção de fogo e de combate a incêndio


especiais;

Sistema de aquecimento do gás na fase vapor antes de


liberar para atmosfera (vapor frio é mais denso que o ar);e,

- Prevenção de vazamento da carga em colisão ou encalhes


(duplo casco) ;

51
• A baixa densidade do GNL (0,42 a 0,52 Um3) implica em grande
volume dos tanques de carga (alguns sobressaem do convés)
elevando o centro de gravidade do navio. Para o navio ter
estabilidade nestas condições é necessário:

- Crescimento do pontal (altura total), da borda livre (altura


do convés até a linha d'água), da boca (largura) e
comprimento total;e,

- Decréscimo do calado (pelo aumento da boca e


comprimento);

• A baixa temperatura (-160°C) exigindo:

- Materiais especiais nos tanques de carga (dutibilidade


em baixa temperatura);

- Necessidade de isolamento eficiente para reduzir o "boil


off' e proteção ao aço naval;

- A não utilização dos tanques de carga para lastro


(formação de hidratos);

- Velocidades altas para garantir menor "boi I off' e menor


número de navios (custo elevado);e ,

- Sistema de medição remota de temperatura em pontos


sem condições de acesso.

Comparativamente, um navio metaneiro com capacidade de carga de


122.000m3 é equivalente à mesma tonelagem ("Dead Weight") de um navio
petroleiro com cerca de 7 4.000m3, ou seja ambos com cerca de 64.000t. As
principais diferenças são:

Item Metaneiro Petroleiro


Comprimento Total (m) 274 229
Boca (m) 42 32
Pontal (m) 26 19
Calado carregado (m) 11,3 12,8
Borda livre (m) 15 6
Velocidade de Projeto (m) 19,7 14,8
Potência no eixo (hp) 24.000(TV} 10.500(MD}
Consumo (t/dia) 180 31
08S.: TV=Turblna a Vapor; MD=Motor Diesel

o transporte marítimo é parcela significativa no custo total de


transporte. Dessa forma, na fase de projeto, as características dos navios a
serem utilizados são sempre objeto de análises profundas, pois itens como

52
capacidade, velocidade, taxa de "boil-off', consumo de combustível e tipo de
propulsão exercem uma influência considerável no custo final do transporte .

o fenômeno "boil off' em tanques de metaneiros é mais acentuado


que o em tanques de terminais em conseqüência dos efeitos termo­
mecânicos do movimento do líquido que resulta dos balanços dos navios
durante a navegação ("sloshing") . A avaliação do "boil off' pode ser feita
considerando-se 0,2 a 0,25% do volume transportado por dia de navegação
(tendendo a 0,06 a 0,1% em novos projetos). O "boll off' pode ser
reliquefeito e enviado para os tanques e/ou consumido para a propulsão do
navio e/ou utilizado como fonte de energia.

As características tradicionais para navios transportadores de GNL,


são:

• a capacidade de transporte de até 135.000m3 (enchimento


máximo dos tanques de 98% do volume máximo para evitar que
o líquido seja forçado nas linhas de vapor devido ao "sloshing" e
assegurar que as válvulas de segurança dos tanques
permaneçam sempre na fase vapor) ;

• a velocidade entre 18 e 20 nós;

• a propulsâo por caldeira/ turbina a vapor ou turbina a gás ou


motores diesel;

• o consumo de "boil-off' dos tanques de GNL para propulsão


(limitado a 90%), complementado por outro combustível. Todo
gás de "boil off' deve poder ser consumido com a planta de
propu'lsão operando com potência mínima para possibilitar o seu
total aproveitamento.

Os principais tipos de tanques utilizados nos navios são:

• Tanques independentes (auto-suportáveis) com formato :


• prismático (Ver Fig 5.5): de alumínio, ocupando toda a boca
do navio, com isolamento de espuma de poliuretano;
• esférico (Ver Fig 5.6):de alumínio ou aço com 9% de níquel
com isolamento externo de poliuretano, sustentada no seu
equador por uma saia cilíndrica que se apoia na parede
interna do casco duplo do navio; ou,
• cilíndrico (Ver Fig 5.7) : vários vasos cilindros de alumínio
combinados em uma única unidade de armazenamento (16
unidades em um navio de 125.000m3) isolada externamente
e apoiada na parede interna do casco duplo do navio.

• Tanques de membrana:
• Membrana lisa (Ver Fig 5.8): com parede interna (para
conter o GNL) e externa (barreira secundária contra possíveis
vazamentos) de membrana lisa com isolamento entre as

53
paredes, constituídos de chapas metálicas finas sem rigidez
estrutural e suportados pelo isolamento externo à barreira
secundária e pela parede interna do casco duplo do navio
que circunda o tanque.
• Membrana Corrugada (Ver Fig 5.9): com parede interna
corrugada de aço inoxidável de baixo teor de carbono,
permitindo contrações e dilatações provocadas pela
temperatura, e externa (barreira secundária) constituída de
folha de alumínio colada ao tecido de fibra de vidro que
reforça o isolamento de poliuretano. O tanque se apoia
solidamente na parede interna do casco duplo do navio.

Os tempos médios de operações de navios metaneiros são:

a)Operação de preparação do tanque para operação após abertura:

• Purga de ar com gás inerte: 24h


• Gaseificação: 16h
• Resfriamento: 10h
TOTAL 50h

b)Operação de abertura do tanque em operação:

• Despressurização ("Stripping") antes de aquecimento: 4h


• Aquecimento de -160°C até temperatura ambiente : 38h
• Purga de gás com gás inerte: 24h
• Ventilação com ar: 20h
TOTAL 86h

c)Operação de carga na origem 12h

d)Operação de descarga no destino("Stripping" incluído) 16h

Dado um par origem/destino · do GNL, a capacidade de transporte


não é uma função linear, e sim avança por degraus, de acordo com o
número de navios utilizados. Podem haver pequenas alterações através da
variação da velocidade dos navios, porém para volumes e distâncias
pequenas , o número de navios na rota é o grande fator de influência .

54
SEct'ON OETAIL of tank InauaUon

:eei:~!4 ,
"'--------­...
5,"1 bulkh'ld
~~;JE': . MtH- Wood ground
Polyureth.ne fOlm
Nyron mesh :~!.'.) ~ :i .
'!.'.....~~, ,t
',,~ :,1 ':1
LiQuid tight bulkhead ~ ~":"1 Insulltion , .-, ...... Polyurtthlne fOlm
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'.I':';,,
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!;'~,~I tEH-- Olck plywood
Face r:-IV'NOOd .
(Secondlry blmer)
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ellsa wood

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F.ibrous gll$s
(J'I
(J'I ~f~m-- PVC fOlm wedge
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PROFtLE

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1 J I
~

~
~

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Conch Free-standing Tank System


f TGlJnf\ r:, . 'i
SECTION DETAft.. 01 tank lIuppor1-aklrt connecllon

~, Tlnkcover

~\ Insulltion T.nk lhell pl.tino ,e

Tlnklhell Equ.tori.1 ring cuting ...... '-,° ~'j Polyur.lh.n. 'o.m


,.11 , 9% Ni sle.1 or
Aluminium .1I0y
Cyfindrlc.lluppott , jej:
SprlY Ihield Ikin pl.ting

Insullled drip Ir.y


(J1
(J)
Waler blllasl

PROF1LE

.,

Kvaerner-Moss Free-standing Spherical Tank System


L fI GURA - 5.6
OETAIL MuUf-vessel tank unit

1 Multl-Vnlel-Tank (MVT)
Storag. of IiQuefied gases in severat

cylindrical vessels of seawater-resistant

aluminium. combined to a singl. storag.

unit (MVT).

A 1 25.000 m' tlnker incorporates

appro)(imately 16 units.

2 Hull
Closed doubt.-hulllhip'l body of
ordinary hull structure st"1.
3 In.ul.tlon
Cold protection forthe Ihip'l body,
which is mounted on the inner hull.
4 Compre'lora
Pressure build-up in MVT for discharge
(Jl
-..J of liQuefied gases.
6 PumpI
Pumping of liQuefied gases from deck to
Ihore.

PROALE

n.t= tu u~_ ' " .. .. .. " .. ' II •


~ . "W":"":"ow- ... -
, c ,
~." . ''''''I~.'''
... , J- I I • ~ :: " " " . J • . •• "

I
s
~

Linde A G Free-standing Cylindrical Tank System

fTcun/\ r), 7
- - - - - - - - - - - -- _ , " 0 O _ - O

SECTION OETAIL membnme & InsulaUon

~ l Waterballllst

• Inner hull steel

••'1 I Insulltlon Invlr st"1 membran.


(Primary membran.)

Invar tongues for Plywood bo)(


Ittllching Invar strakes •• d I filled with Pearlite
(Secondary Insulation )
Plywood box
filled with Peerlite p,~,
(Primllry insulation) InVlr stHI membrane
(Secondary membrane)

01
<Xl

PROFllE

~ b
j
t= I I , n-, ~. 1 ~

Gaz Transport' Membrane Tank System


"_. C,
r.' T r,llnl\ r, n
SECTlON DETAIL or tank Insulatlon

Corrug.ted It.inl.SI { ~ e.lu wood

ItMI membr.n' -------4~

(Prim.ry b.rrier)

~ Min.r.lwool

PVC to.m wedg. I II • lhOO- Wood ground .

- - - Wlter ballast P1ywood Ictb Iplice I• .t I!! e.ck plywood


F.ce plVWOod J • St"1 bulkh••d
(Second.ry barrier)

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PROFILE

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...........................
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Technigaz Membrane Tank System

fT\,I1RfI (:",.<1
o custo de aquisição dos navios transportadores de acordo com as
contratações mais recentes, reportado em publicações internacionais
especializadas, são :

Navio de 125.000 m
3
=US$ 220 milhões
Navio de 75 .000 m
3
=US$ 160 milhões
o tempo de construção de um metaneiro novo é de cerca de 36 meses
após a assinatura do contrato , enquanto que um navio petroleiro
convencional leva cerca de 18 a 24 meses para ser construído.

o investimento na frota de navios será função da movimentação e da


distância entre os Terminais envolvidos . A distribuição percentual dos custos
de metaneiros, tomando-se como exemplo um navio de 125.000m3 e
distância de 3.000milhas, é estimada em :

• Capital : 23,0%
• Juros: 7,0%
• Tripulação: 8,1% (11,6%)
• Combustível: 6,3% ( 9,0%)
• Materiais : 1,1% ( 1,6%)
• Boil Off : 12,2% (17,4%)
• Perda de gás na carga : 3,0% ( 4,3%)
• Inertização: 1,4% ( 2,0%)
• Manutenção e reparos : 12,3% (17 ,6%)
• Seguros: 14,8% (21,1%)
• Despesas portuárias: 7,3% (10,4%)
• Administração : 3,5% ( 5,0%)
Total 100,0% (100,0%)

o futuro do transporte marítimo direciona para a construção de


metaneiros acima dos atuais 135.000m3 para até 200 .000m3 . Projetos desse
porte já tem sido oferecido ao mercado, mas as limitações atuais dos portos
e term inais existentes para operar os navios existentes tornam o emprego de
navios de maior porte mais provável para novos projetos.

4.5. CUSTOS TOTAIS DA CADEIA DE GNL

Os custos de importação de GNL, tem como funções principais a


demanda e a proximidade do terminal exportador de GNL ao terminal
recebedor.

No Gráfico I, estão apresentados, resumidamente os custos de


investimento em função da distância entre os terminais fornecedores e
recebedor. Pode ser verificado neste gráfico a variação do investimento
necessário ao projeto, de acordo com a demanda e origem da importação . A

60
maior parcela do investimento refere-se à construção dos navios
transportadores de GNL, entretanto, esse investimento poderá ser do
vendedor do GNL, do comprador ou até de terceiros, através de empresas de
navegação que possam se interessar em construir e operar navios com
contrato de afretamento de longa duração.

Com base nos custos de investimento e operacionais são estimados


os custos médios unitários atualizados de transporte para os níveis de
demanda e portes de navios . No Gráfico li, são apresentadas duas hipóteses
de importação de GNL, segundo as seguintes premissas:

1. Importação de 10 e 20 milhões m3/dia (m3 @ 20°C e 1atm) ,


admitindo-se que o projeto inicie com a importação de 50% do
volume total previsto atingindo 100% no 5° ano de operação, com
taxa de crescimento constante no período, permanecendo do 5°
ano ao 20° ano no valor máximo;
2. Distâncias básicas, ida e volta, origem/destino(Sudeste Brasil)) de
2.000 mi'lhas (Sul Argentina), 3.400milhas (Nigéria) , 4.600 milhas
(Argélia) e 8.200 milhas (Qatar);
3. Investimento realizado com recursos próprios e recuperação do
capital investido em 20 anos, a uma taxa de 12% a.a .;
4. Investimento dos navios realizado em 3 anos antes do início de
operação, com desembolso distribuído igualmente em cada ano;
5. Investimento do terminal marítimo realizado em 4 anos com
desembolso anual estimado em 10%, 20%, 30% e 40% até o ano
anterior ao da entrada em operação.
6. Não inclui taxas e imposto de importação, de renda sobre o lucro e
outros;
7. Custo unitário médio total de transporte atualizado para o início da
operação.

o custo unitário total de transporte para um determinado porte de


navio e distância a ser percorrida, depende principalmente da quantidade a
ser fornecida ao mercado conforme apresentado nos Gráficos li I e IV: Pode­
se notar que para demandas baixas o custo sofre uma oscilação maior, em
função da folga existente na utilização dos navios. Os pontos inferiores do
gráfico mostram os navios sendo utilizados na sua capacidade máxima. Uma
vez que a demanda seja um pouco superior à capacidade máxima de um
navio, é necessário o acréscimo de mais um navio, que ficará parcialmente
ocioso até que o acréscimo da demanda atinja sua capacidade máxima .
Esse fato provoca o perfil de dente de serra apresentado pelos gráficos .

61
r-.
~ GRAFICO I
~ 4000 , - - - - - - - - - - - - - - - - ­

l30500

63000
J 2.500
<

b2000
~ 10500
~1000

Dl
~ SOO~--------~--------~--------~
Z 2000 3400 4600 8200
~ DISTANCIA (milhas)
....... Dt 705.000m3-10MM~3/dia -+-Dt 125.000m3-10MMm3/di~
...... Dt 705.000m3-20MMm3/dia ~Dt 125.000m3-20MMm3/dia
..

~ GRAFICO 11
~ o5~-----------------------------.
l4.o5
~ 4
~
f/J 3 S
~ .
v 3
.

~ 25
f/J
Z 2

~u

1 ~----~----~----------~
O 2000 3400 4600 8200
~ DISTANClA (milhas)
~ Dt 7S.000m3-10MMm3/dia -+-Dt 125.000m3-10MMm3/dia
()-*- Dt 7S.000m3-20MMm3/dia ....... Dt 125.000m3-20MMm3/dia

62

1"\
GRAFICO 111

DISTANCIA - 4.600 milhas


~ lOS
v

. 100

~
'IJ.
Z 9S

~
foi
90

85

,..~ . ..
80

Z
~ 7S
O 70

~
f/J
65

~ 5 10 15 20

U CONSUMO MERCADO (MMm3/DIA)

GRAFJCO IV

DISTANCIA - 8.200 milhas


~lOS~----------------------------
~ 100

~
~ 95

~ 90

f-4 85

,..~ 80

,.

Z 75

~ .
70

~ 65

f/1 60

~ O~----5~----lO~--~15~----2~0-----~
U CONSUMO MERCADO (MMm3!DIA)

63

A influência da escala do projeto é marcante nestes gráficos, pois


podemos observar que à medida que a demanda aumenta não só o custo
total , como também a oscilação diminui, facilitando a projeção dos custos
finais na etapa de planejamento, pois mesmo com variações na demanda
final do projeto, os custos de transporte pouco se alteram. Já para demandas
baixas , pequenas oscilações na demanda final podem resultar em grandes
variações dos custos de transporte.

o influência do porte dos metaneiros no custo de transporte é


significativo e pode impactar na viabilidade do projeto. A titulo ilustrativo, a
economia de escala, tomando-se como referência uma distância de
6.600milhas e vazão de 28 milhões m3/dia, é estimada em :

Porte do Navio Investimento Custo


(m3) em Navios Operacional
80.000 100 100
165.000 74 71
Fonte:LNG and Methy Fuels - Report 103 - Stanford Research Instltute - 1976

Ressalta-se, ainda, que aos custos de transporte marítimo e terrestre


deverá ser adicionado o custo de aquisição do gás natural, incluindo os
custos de liquefação na origem, e o custo de transporte do sistema a ser
implantado para atingir o mercado consumidor.

De maneira geral, a composição do investimento total para


implantação de projetos de GNL segue a seguinte proporção em relação a
custo total, após regaseificação (Fonte: Oil and Gas Journal -1997):

Exploração e Produção : 25 a 35%


Unidades de Liquefação: 25 a 35%
Transporte Marítimo(navio novo): 15 a 25%
Terminal no Destino: 5 a 15%

Sendo o custo do transporte marítimo parcela significativa do custo


total, especial atenção deve ser dada ao par localização do país exportador e
preço de venda do GNL pelo exportador, bem como é fundamental que se
analise o porte mais adequado para os navios transportadores.

Além do exposto, no qual tratou-se basicamente dos custos de


transporte, é importante ressaltar que estudos de importação de GNL devem
levar em consideração as seguintes questões:

a) Um projeto integrado completo da cadeia GNL poderá levar cerca


de 10 anos, a partir do início dos estudos preliminares ou cerca de 5 anos a
partir do início da construção até o primeiro recebimento de GNL;

b) Os estudos de complementação do mercado das regiões da área


de influência do terminal de GNL devem considerar a influência da
distnbuição temporal da demanda:

64
b.1) por se tratar de um sistema de implantação com possibilidade
de construção modularizada em função da demanda, e,
b.2) porque movimentações menores nos anos iniciais levam a
custos maiores;

c) Manter contato com posslvels fornecedores para avaliar a


disponibilidade real de GNL, compatível com a complementação do mercado
de gás natural das regiões consideradas, e as condições comerciais para sua
aquisição;

d) Após a realização das etapas anteriores, deverá ser elaborado


estudo de pré-viabilidade técnico-econômico/ambiental do projeto .

o Gráfico abaixo ilustra a variação típica do custo unitário de transporte


marítimo do GNL com o transporte por gasoduto e o transporte de petróleo.

CUSTO REPRESENTATIVO DO TRANSPORTE

PETRÓLEO X GÁS NATURAL

3,0 o

2,50 GASODUTO 12"

..
::,
2,0 o
.....
ce 1 ,5 o
:!:
:!:
ifl
fi) 1,0 o
:J OLEODUTO

0 ,50

o,o o
o 2 .0 o o 4.000 6.000 8 . 0 oo 10 .0 o o
DISTÂNCIA (km)

65
ANEXO 1

Lei 9478 : Capitulo I, 11, 111, IV, VI, VII, VIII, IX e X

66

J. Lei n° 9.478, dt 6 de agosto de 1997 :


Dispõe sobre a poliflca energenca naci onal. as am·wcaes reianvas ao monopo!;o do .::<:Irolco
fn5f1 rui o Conselho NaCional de Pai/oca Energerlca e a Agéncw NacIOnal do Perro/co e d:: Olllr;; s
pro\'idénc/Os

o PRESIDE:'\TE DA REPL: BLICA

Faço saber que o Congresso NaCional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPÍTULO I
Dos Princípios e Objetivos da Política Energética j\·Hcional

An I ° As políticas nacionais para o aprO\·eitamento racional das fontes de energ:.:! \Is.:!~j o ao s


seguintes obJeti \'OS
I - preservar o interesse nacional:
II - promover o desem·olvimento. ampliar o mercado de trabalho e valorizar os re~ursos
energeticos,
rrr - proteger os interesses do consumidor quanto a preço. qualidade e oferL3. dos produtos.
TV - proteger o meio ambiente e promover a conservação de energia,
V - garantir o fornecimento de dem·ados de petróleo em todo o território nacion.:!l. nos ter7:":OS do
S r do art, 177 da ConstitUIção Federal:
VJ - Ulcrementar. em bases econômicas. a utilização do gás natural:
VJl - Identificar as soluções mais adequadas para o suprunento de energia e1e:nca nas d!\ersas
regiões do Pais :
VJIl - utilizar fontes alternativas de energia . medlan:e o aproveitamento econômico dos Insumos
dlsponi\'els e das tecnologias aplJcá\els :
IX - promover a line concorrência .
X - atrair investimentos na produção de energia :
XI - arr:plJar a competitl\idade do Pais no mercado Ulternacional

CAPÍTULO II
Du Conselho Nacional de Política Energética

Art 2° Fica criado o Conselho Nacional de Política Energética - CNPE, vinculado à Presld~nCI.1
da República e presidido pelo Ministro de Estado de Minas e Energia, com a atribuição de propor ao
Presidente da República politicas nacionais e medidas especificas destinadas a
I - promover o aproveitamento raCIOnal dos recursos energéticos do Pais , em conformidade com
os principios enumerados no capitulo antcrior e com o disposto na legislação aplicável ,
II - assegurar, em função das caracteristicas regionais. o suprimento de insumos energetl:cs às
áreas mais remotas ou de dificiJ acesso do Pais, submetendo as medidas especificas ao Congresso
Nacional. quando implicarem cnação de subsidios :
III - rever periodicamente as matriz!s energéticas aplicadas ás diversas regiões do Pais .
considerando as fontes convencionais e alternallvas e as tecnologias disponíveis ;
rv - estabelecer diretrizes para programas especificos, como os de uso do gás naturaL do álcool.
do carvão e da energia termonuclear ;
V - estabelecer diretrizes para a importação e exportação, de maneira a atender ás necessld.1des
de consumo interno de petróleo e seus derivados , gás natural e condensado, e assegurar o adequado
funcionamento do Sistema Nacional de Estoques de Combustiveis e o cumprimento do Plano Anu31 de
Estoques Estrategicos de Combustíveis, de que trata o art , 4° da Lei nO 8,176, de 8 de fevereiro de 1991

: Publ no DOU de 070'8 97

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§ 1° Para o exercicio C:.! suas atnbulções. o CNPE con:.ara com o apoIO técnJco dos órgãos
reguladores do setor energético
§ 2° O CNPE sera regulamentado por decreto do Presidente da Republica, que deternunará sua
composição e a forma de seu funcIOnamento
CAPiTULO IJI

Da Titularidade e do Monopólio do Petróleo e do Gás I"atural

SEÇÃO I

Do Exercício do Monopólio

Art . 3° Pertencem á União os depós itos de petróleo, gás narural e outros hidrocarbonelOs flUidos
existentes no temtóno nacional , nele compreendidos a parte terrestre, o mar temtonal. a plataforma
continental e a zona econômica exclusiva .
Art 4° Constlruem monopó lio da União, nos termos do art . 177 da Constlruição Federal. as
seguintes atiúdades
I - a pesquisa e lana das jazidas de petróleo e gás narural e outros hidrocarbonetos fluidos ;
11 - a refinação de petróleo nacional ou estrangeiro; ,
IJI - a importaç~o e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atiúdades
previ stas nos inCISOS anteriores:
rv - o transporte maritimo do petróleo bruto de origem nacional ou de denvados básicos de
petróleo prodUZidos no Pais , bem como o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto. seus
denvados e de gás narura:
Art . 5° As ati\"ldaJcs cconôrrucas de que trata o artigo anterior serão reguladas e fiscalizadas
pela União e poderão ser exercidas . mediante concessão ou autorização, por empresas constiruidas sob
as leis brasileiras , com sede e admirustração no País .
SEÇÃO 11
Das Definições Técnicas
Art. 6° Para os fInS desta Lei e de sua regulamentação, ficam estabelecidas as segumtes
de fi.n.iyões •
I - Petróleo !Odo e qt.;?lquer hidrocarboneto liquido em seu estado narural , a exemplo do óleo cru
e condensado:
II - Gás Narural cu Gás . toJo hidrocarboneto que permaneça em estado gasoso nas condições
atmosféricas normais. extraído diretamente a partir de reservatónos petrolíferos ou gaseíferos, incluindo
gases úmidos, secos. residuaiS e gases raros;
III - Denvados de Petróleo produ!Os decorrentes da transformação do petróleo:
. rv - Derivados BáSICOS pnncipais derivados de petróleo, referidos no art . 177 da Constlru ição
Feder..1, a serem classificados pela AgenCia Nacional do Petróleo;
V - Refino ou Refinação conjunto de processos destinados a transformar o petróleo em deri\'ados
de petróleo;
VI - Tratamento ou Processamento de Gás Narural conjunto de operações destinadas a permitir o
seu transporte, distribuição e utilização;
VII - Transporte: movimentação de petróleo e seus derivados ou gás narural em meio ou percurso
considerado de interesse geral:
VIII - Transferencla movimentação de petróleo, derivados ou gás narural em meio ou percurso
considerado de interesse especifico e exclusivo do proprietário ou explorador das facilidades:
IX - Bacia Sedimentar: depressão da crosta terrestre onde se acumulam rochas sedimentares que
podem ser portadoras de petróleo ou gás, associados ou não;
X - Reservatório ou Depósito configuração geológica dotada de propriedades específicas ,
annazenadora de petróleo ou gas. associados ou não;
XI - Jazid.l reser\'atóno ou depósito ja idenuficado e possível de ser posto em produção.
XII - Prospecto feição geológica mapeada como resultado de esrudos geofislcos e de
interpretação geológica. que Justificam a perfuração de poços exploratónos para a localização de
petróleo ou gas narural.

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XIII - Bloco parte de uma bacia sedi,nentar, fonnada por um prisma vertical de profundlcbde
indetemunada. com superficle polIgonal defiruda pelas coordenadas geográficas de seus vertlces. onde
são desenvolvidas atividades de exploração ou produção de petróleo e gás natural;
xrv - Campo de Petróleo ou de Gás Natural: área produtora de petróleo ou gás natural. a partir
de um reservatório continuo ou de mais de um reseT\:atório. a profundidades vanáveis . abrangendo
instalações e equipamentos destInados á produção;
XV - Pesquisa ou Exploração conjunto de operações ou atividades destinadas a avaliar áreas,
objetivando a descoberta e a identificação de jazidas de petróleo ou gás natural ;
XVJ - Lavra ou Produção : conjunto de operações coordenadas de extração de petróleo ou gás
natural de uma jazida e de preparo para sua movimentação;
XVJI - Desenvolvimento conjunto de operações e investimentos destinados a viabilizar as
ati"idades de produção de um campo de petróleo ou gás;
XVJII - Descoberta Comercial descoberta de petróleo ou gás natural em condições que. a preços
de mercado, tornem possível o retomo dos investimentos no desenvolvimento e na produção ;
XLX - Indústria do Petróleo: conjunto de atividades econômicas relacionadas com a exploração,
desenvol ....imento. produção, refino, processamento, transporte, importação e exportação de petróleo, gás
natural e outros hidrocarbonetos fluidos e seus derivados;
XX - Distribuição: ati\idade de comercialização por atacado com a rede varejista ou com grandes
consumidores de combustíveis, lubnficantes, asfaltos e gás liquefeito envasado, exercida por empresas
especializadas, na fonna das leis e regulamentos aplicáveis ;
XXI - Revenda : atividade de venda a varejo de combust.iveis , lubrificantes e gás liquefeito
envasado, exercida por postos de serviços ou revendedores, na forma das leis e regulamentos aplicáveis:
XXII - Distribuição de Gás Canalizado: serviços locais de comercialização de gás canalizado,
junto aos usuários finais. explorados com exclusividade pelos Estados, diretamente ou medIante
concessão, nos tennos do § 2° do art . 25 da Constituição Federal ;
XXIIf - Estocagem de Gás Natural: armazenamento de gás natural em reservatónos própnos.
fonnações naturais ou artificiais .
CAPÍTULO IV

Da Agência Nacional do Petróleo

SEÇÃO I

Da Instituição e das Atribuições

Art 7° Fica instituída a Agência Nacional do Petróleo - ANP, entidade integrante da

Administração Federal indueta., submetida ao regime autárquico especial, como órgão regulador da

indústria do petróleo, vUlculado ao Muusterio de Minas e Energia.

Parágrafo úruco . A ANP terá sede e foro no Distrito Federal e escritórios centrais na cidade do

Rio de Janeiro, podendo instalar unidades administrativas regionais .

Ar! 8° A ANP terá como finalidade promover a regulação, a contratação e a fiscalização das

atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, cabendo-lhe :

I - implementar, em sua esfera de atribuições, a política nacional de petróleo e gás natural.

contida na política energética nacional, nos termos do Capítulo I desta Lei, com ênfase na garantia do

suprimento de derivados de petróleo em todo o território nacional e na proteção dos interesses dos

consumidores quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos;

11 - promover estudos visando à delimitação de blocos, para efeito de concessão das atividades de
exploração. desenvolvimento e produção;
III - regular a execução de semços de geologia e geofisica aplicados à prospecção petrolífera,
visando ao levantamento de dados técrucos, destinados à comercialização. em bases não-excJusivas ;
rv - elaborar os editais e promover as licitações para a concessão de exploração,
desenvolvimento e produção, celebrando os contratos delas decorrentes e fiscalizando a sua execução :
V - autorizar a prática das ati\idades de refinação, processamento, transporte, importação e
exportação, na fonna estabelecida nesta Lei e sua regulamentação;
V1 - estabelecer critérios para o cálculo de tarifas de transporte duto\'iário e arbitrar seus valores .
nos C.1..S0S e da forma pre\'lstos nesta leI;

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\111 - fiscalizar dlreL1.mente, ou medianle comêruos com órgãos dos Estados c do Dlslnro FederJI.
as atiVIdades l1ltegrantes da indústrIa do petróleo, bem como aplIcar as sanções ad.:n.uustratl\·as ~
pecuniárias pre\istas em lei, regulamenro ou contraro; .
\11II - instruir processo com vistas à declaração de utilidade públIca, para fins de desapropnaç50
e· instlruição de senidão administram'a, das áreas necessánas à exploração, desem'oh'unento e
produção de petróleo e gás natural. construção de refinarias , de duros e de terminais:
IX - fazer cumpnr as boas práticas de cons.en'ação e uso racional do petróleo. dos dem'ados e do
gás natural e de presen'ação do meio ambiente;
X - estunular a pesquisa e a adoção de novas tecnologias na exploração. produção. transporte,
refino e processamento;
XI - organizar e manter o acen'o das Uúormações e dados técnicos relativos às ati\idades da
indústria do petróleo:'
XII - consolidar anualmente as Uúormações sobre as reservas nacionais de petróleo e gás natural
transmitidas pelas empresas, responsabilizando-se por sua di\11Igação:
XIII - fiscalizar o adequado funcionamento do Sistema Nacional de Estoques de Combustíveis e o
cumprimento do Plano Anual de Estoques Estratégicos de Combustíveis, de que trata o art . 4° da Lei n~
8.176, de 8 de fevereiro de 1991;
xrv - articular-se com os outros órgãos reguladores do setor energético sobre matérias de
interesse comum, inclusíve para efeito de apoIo técnico ao CNPE;
XV - regular e autonzar as ati\'idades relacionadas com o abastécimenro nacional de
combustíveis, fiscalizando-as diretamente ou mediante convênios com outros órgãos da União, Estados,
Distrito Federal ou Murucipios .
Art 9" Além das atribuições que lhe são conferidas no artigo anterior, caberá a A..:'\'P exercer, a
partir de sua implantação, as atribuições do Departamento Nacional de Combustiveis - D1':C.
relacionadas com as atividades de distribuição e revenda de derivados de petróleo e álcool, observado o
disposto no art . 78.
Art . 10 Quando, no exercício de suas atribuições, a ANP tomar conhecunento de faro que
configure ou possa configurar infração da ordem econômica, deverá comurucá-Io ao Conselho
Administrativo de Defesa Econômica - CADE, para que este adote as providências cabi\'eis, no âmbito
da legislação pertl1lente.
SEÇÃO 11

Da Estrutura Organizacional da Autarquia

Art . 11 A ANP será dirigida, em regime de colegiado, por uma Direrona composta de um
Diretor-Geral e quatro Diretores.

§ 10 Integrará a estrutura organizacional da A.NP um Procurador-Geral

§ 20 Os membros da Direroria serão nomeados pelo Presidente da República. após apro\'ação

dos respectivos nomes pelo Senado Federal, nos termos da alinea f do inciso III do art . 52 da

Constituição FederaL

§ 3° Os membros da Diretoria cwnprirão mandatos de quatro anos, nào coincidentes, permitida a

recondução, observado o disposto no art . 75 desta Lei.

Art 12 (VETADO)

1- (VETADO)

11 - (VETADO)

III - (VETADO)

Parágrafo único. (VETADO)

Art . 13 Está impedida de exercer cargo de Diretor na ANP a pessoa que mantenha, ou hajJ

mantido nos doze meses anteriores à data de irucio do mandato, um dos seguintes vinculos com empresa
que explore qualquer das atividades integrantes da indústria do petróleo ou de distribUição.
I - acionista ou sócio com participação individua'J direta superior a cinco por cento do C.1pltal
social to:.al ou dois por cento do capital votante da empresa ou, ainda , um por cento do capItal total dJ
respectIva empresa controladora,
11 - adnurustrador, sócio-gerente ou membro do Conselho Fiscal,

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III - empregado. ainda que o respectIvo contrato de trabalho .:steja suspenso. incluSI \ e d.1
empresa controladora ou de entidade de pre\idêncla complemenur custeada pejo empregador
Parágrafo ÚnJco Está. também impedlda de assUffilr cargo de DiretOr na ~\,' p a pesso.1 qu·c
exerça. ou haja exercIdo nos doze meses antenores á data de irUcio do mandato, cargo de direção em
entidade slIldical ou associação de classe, de âmbito nacIOnal ou regionaL represenutl\a de interesses de
empresas que explorem quaisquer das atividades integrantes da indústria do petróleo ou de distribuição _
Art 14 Terminado o mandato, ou uma vez exonerado do cargo, o ex-Diretor da A!\P ficara
impedido, por um periodo de doze meses, contados da data de sua exoneração. de prestar, diretJ. ou
indireta..'!1ente, qualquer tipO de serviço a empresa integrante da indústria do petróleo ou de distribuiç·ão
§ la Durante o impedimento, o ex-Diretor que não tiver sido exonerado nos termos do al1 . 12
poderá contlIluar prestando serviço à ANP, ou a qualquer órgão da Adnunistração DlretJ. da União.
mediante remuner.1ção equivalente à do cargo de direção que exerceu .
§ r Incorre na prática de advocacia administrativa, sujeitando-se as penas da leI, o ex-Diretor
que violar o unpedunento previsto neste a!1igo
SEÇÃO 111
Das Receitas e do Acervo da Autarquia
Art . 15 Constituem receitas da ANP .
I - as douções consignadas no Orçamento Geral da União, creditos especiaIs, transferêncIas e
repasses que lhe forem confendos:
II - parcela das pal1lcipações governamentais refendas nos incisos I e II I do al1. 45 desta Lei. de
acordo com as necessidades operacionais da ANP, consignadas no orçamento aprovado;
III - os recursos provenientes de convênios, acordos ou rontratos celebrados com entidades,
organismos ou empresas, excetuados os referidos no inciso anterior ;
IV - as doações , legadus, subvenções e outros recursos que lhe forem destinados :
V - o produto dos emolumentos , taxas e multas previstos na legislação especifica. os valores
apurados na venda ou loc(l.ç50 dos bens móveis e imóveis de sua propriedade, bem como os decorrentes
da venda de dados e informações técnicas. lIlcluslve para fins de liciução, ressalvados os refendos no §
20 do an. 22 desu Lei .
. Art . 16 Os recursos provenientes da pal1icipação governamental prevista no inciso TV do al1 45 ,

nos termos do art . 5 I, cestlnar-se-ão ao financiamento das despesas da ANP para o exercício das

atividades que lhe são confc:ndas nesta Lei .

SEÇÃO IV

Do Processo Decisório

. AI1 17 O processo decisório da AJ\,'P obedecerá aos principios da legalidade, impessoalidade.

moralidade e publICIdade

Art . 18 As sessões deliberativas da Diretoria da ANP que se destinem a resolver pendênCIas


entre agentes econôrrucos e eutre estes e consumidores e usuários de bens e serviços da indústna do
petróleo serão públicas, p~rmitida a sua gravação por meios eletrônicos e assegurado aos interessados o
direito de delas obter transcrições .
Art. 19 As iniciativas de projetos de lei ou de alteração de normas administrativas qu e
impliquem afeução de direito dos agentes eronômicos ou de ronsumidores e usuários de bens e seniços
da indústria do petróleo serão precedidas de audiencia pública convocada e dirigida pela ANP.
Art 20 O regimentO interno da ANP dispora sobre os procedimentos a serem adotados para a
solução de conflitos entre agentes eronôeruros, e entre estes e usuários e ronswrudores, com enfase na
conciliação e no arbitramento .

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§ 2° O ivIirus:eno da Ciencla e Tecnologia admirustrara os p,·ogramas de amparo a pesqUIsa


cIentífica e ao desem·ohlmento tecnológICO pre\'lstos no capuf deste artigo, com o apoIo técnIco dJ
~"P , no cumpnmento do dISposto no inciso X do art 8°, e mediante con\'enios com as uru\ersidades e
os centros de pesquisa do Pais , segundo normas a serem definidas em decreto do PreSIdente dj
República
Art . 50 O editai e o contrato estabelecerão que. nos casos de grande \'olume de produção. ou de
grande rentabilidade. havera o pagamento de uma participação espeCIaL a ser regulamentada em decre:o
do Presidente da República .
9 I ° A particIpação especial será aplicada sobre a receita bruta da produção. deduzidos os
roya/ries, os investimentos na exploração, os custos operacionais, a depreciação e os tnbutos prevIstos
na legislação em vigor .
9 2° Os recursos da participação especial serão distribuídos na seguinte proporção
I - quarenta por cento ao Ministério de Minas e EnergIa, para o financiamento de estudos e
serviços de geologia t geofisica aplicados à prospecção de petróleo e gás natural, a serem promo\loos
pela ANP, nos termos dos incisos II e 1II do art . 8° ; .
li - dez por cento ao Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hidricos e da Amazônia Leg21.
destinados ao desen\'ol\'lmento de estudos e projetos relacionados com a preservação do fI)elo ambleme
e recuperação de danos ambientaIS causados pelas atividades da indústria do petróleo;
III - quarenta por cento para o Estado onde ocorrer a produção em terra, ou confrontante com a
plataforma continental onde se realizar a produção;
IV - dez por cento para o Município onde ocorrer a produção em terra, ou confrontante com a
plataforma continental onde se realizar a produção .
9 3° Os estudos a que se refere o inciso II do parágrafo ánterior serão desen ....ohidos pelo
Ministério do Meio Am~i::nte, dos Recursos Hidricos e da Amazônia Legal, com o apoio técnico da
ANP, no cumprimento cio dJsposto no inciso IX do art . 8° .
Art. 51 O edital e (J contrato disporão sobre o pagamento pela ocupação ou retenção de área. a
ser feito anualmente. fixado por quilômetro quadrado ou fração da superficie do bloco, na forma da
regulamentação por decreto do Presidente da República .
Parágrafo único . O valor do pagamento pela ocupação ou retenção de área será aumentado em
percentual a ser estabelecljo pela ANP, sempre que houver prorrogação do prazo de exploração .
Art. 52 Constará também do contrato de concessão de bloco localizado em terra cláusula que
determine o pagamento aos proprietários da terra de participação equivalente, em moeda corrente, a wn
percentual vanável entre cinco décunos por cento e um por cento da produção de petróleo ou gas
natural, a critério da ANP .
Parágrafo único . A participação a que se refere este artigo será dJstribuída na proporção da

produção realizada nas propnedades regulamlente demarcadas na superficie do bloco .

CAPÍTULO VI

Do Refino de Petróleo e do Processamento de Gás Natural

Art. 53 Qualquer empresa ou consórcio de empresas que atenda ao dJsposto no art. 5° podera

submeter à ANP proposta, acompanhada do respectivo projeto, para a construção e operação de

refinarias e de unidades de processamento e de estocagem de gás natural, bem como para a ampliação

de sua capacidade .

§ 10 A ANP estabelecerá os requisitos técnicos, econômicos e juridJcos a serem atendJdos pelos

proponentes e as exigenclas de projeto quanto à proteção ambientaJ e à segurança industrial· e das

populações.

§ 2° A~ndJdo o dJsposto no parágrafo anterior, a ANP outorgará a autorização a que se refere o


inciso V do art. 8° , definindo seu objeto e sua titularidade .
An 54 É permitida a transferencia da titularid.a.de da autorização, · mediante prévla e expressa
aprovação pela ANP, desde que o novo titular satisfaça os requisitos expressos no § IOdo arugo
anterior.
An . 55 No prazo de cento e oitenta dJas. a partir da publicação desta Lei, .1 A."iP expedirá as
autorizações relatIVas ás refinarias e Unidades de processamento de gás natural eXlstentes. raufic.:u1do
sua titularidade e seus dJreitos

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Parágrafo Unico . As auton.wções refend.1s neste artigo obedecerão ao dispost\) no an 5:3 qu:rnto
à transferência da titularidade e á ampliação da capacidade das instalações .
CAPÍTULO VII
Do Transporte de Petróleo, seus Derivados e Gás Natural
Art 56 Obserndas as disposições das leis pertinentes, qualquer empresa ou consórcio de
empresas que atender ao disposto no art . 5° poderá receber autorização da ANP para construir
lI1staJaçães e efetuar qualquer modalidade de transpone de petróleo, seus derivados e gás naturaL seja
para suprimento interno ou para importação e exportação .
P:.rágrafo Unico. A ANP baixará normas sobre a habilitação dos interessados e as condições para
a auton~ção e para transferência de sua titularidade, observado o atendimento aos requisitos dc
proteção ambiental e segurança de tráfego .
Art. 57 No prazo de cento e oitenta dias, a partir da publicação desta Lei, a PETROBRAS e as
demais empresas proprietárias de equipamentos e instalações de transpone marítimo e duto\1ário
receberão da ANP as respectivas autorizações, ratificando sua titularidade e seus direitos . .
Parágrafo ünico . As autorizações referidas neste artigo observarão as normas de que trata o
parágrafo único do artigo anterior, quanto à transferência da titularidade e à ampliaçãó da capacidade
das instalações .
Art . 58 Facultar-se-á a qualquer interessado o uso dos dutos de transporte e dos terminais
marítimos existentes ou a serem construídos, mediante remuneração adequada ao titular das instalações
§ l° A AJ,P fixará o valor e a forma de pagamento da remuneração adequada, caso não haja
acordo en!re as partes, cabendo-lhe também verificar se o va l.or acordado é compatível com o mercado.
§ 2° A ANP regulará a preferência a ser atribuída ao proprietário das instalações para
movimentação de seus própnos produtos, com o objetivo de promover a máxima utilização da
capacidade de transporte pelos meios disponíveis .
Art . 59 Os dutos de transferência serão reclassificados pela A..NP como dutos de transporte, cas o
haja comprovado interesse de terceiros em sua utilização, observadas as disposições aplicáveis destc
Capítul o .

CAPÍTULO VIII
Da Importação e Exportação de Petróleo, seus Derivados e Gás Natural
Art 60 Qualquer empresa ou consórcio de empresas que atender ao disposto no art . 5° poderá
receber autorização da ANP para exercer a atividade de importação e exportação de petróleo e seus
derivados, de gás natural e condensado .
Parágrafo üníco. O exercício da atividade referida no capuf deste artigo observará as diretrizes

do CNPE , em particular as relacionadas com o cumprimento das disposições do art . 4° da Lei nO 8. 176,

de 8 de fevereiro de 1991 , e obedecerá ás demais normas legais e regulamentares pertinentes

CAPÍTULO IX
DaPETROBRAS
Art 61 A Petróleo Brasileiro S .A - PETROBRAS é uma sociedade de economia mista
vinculada ao Ministério de Minas e Energia, que tem como objeto a pesquisa, a lavra, a refinação , o
processamento, o comércio e o transporte de petróleo proveniente de poço. de xisto ou de outras rochas,
de seus derivados, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos , bem como quaisquer outras
atiVIdades correlatas ou afins, conforme defuUdas em lei.
§ 1° As atividades econômicas referidas neste artigo serão desenvolvidas pela PETROBRAS em
caráter de livre competição com outras empresas, em função das condições de mercado, observados o
periodo de transição prevlsto no Capítulo X e os demais princípios e diretrizes desta Lei .
§ 2° A PETROBRAS, diretamente ou por intermédio de suas subsidiárias, associada ou não a
terceiros , poderá exercer. fora do território nacional, qualquer wna das atividades integrantes de seu
objeto SOCial

73

Art 62 A Un ião manterá o controle aCIonário da PETROBRAS com a propnedade e posse de .


no mínimo, clIlqüenLJ por cenro das ações , mais uma ação. do capItal votante .
Parágrafo úruco . O capital socIal da PETROBRAS é dIvidido em ações ordmánas , co:n dIreito
de voro , e ações preferencIais. estas sempre sem direito de voro, todas escrituraIs . na forma do art 34 d ~
Lei nO 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
Art 63 A PETROBRAS e suas subSIdiárias ficam aurorizadas a formar consorcios com
empresas nacionais ou estrangeiras , na condição ou não de empresa líder, objetivando exp.1I1dIr
atiVIdades , reunir tecnologias e ampliar lIlvestimentos aplicados á indústria do petroleo
Art . 64 Para o estriro cumprimento de ati\;dades de seu objero social que integrem a indL:stria do
petróleo, fica a PETROBRAS autorizada a constiruir subsidiárias, as quais poderão asSOCIar-se,
majontária ou minorit;a ri amente, a outras empresas .
Art 65 A PETROBRAS deverá constituir uma subsidiária com atribuições específicas de operar
e construir seus duros, terminais maritUTIos e embarcações para transporte de petroleo. seus derivados e
gás natural, ficando facultado a essa subsidiária associar-se, majoritária ou minontariamente,. a outras
empresas
Art . 66 A PETROBRAS poderá trlI1sferir para seus ativos os títulos e valores recebidos por
qualquer subsidiária , em decorrência do Programa Nacional de Desestatização, mediante apropriada
redução de sua participação no capital social da subsidiária .
Art . 67 Os contraros celebrados pela PETROBRAS, para aquisição de bens e sen·iços. serão
precedidos de procedimento licltatório simplificado, a ser defirudo em decrero do Presidente da
República .
Art 68 Com O objetivo de compor suas propostas para panicipar das licitações que precedem as
concessões de que trata esta Lei , a PETROBRAS poderá assinar pré-contraros, mediante a expedição
de canas-con\"ites, assegurando preços e compromissos de fornecimento de bens e ser.iços.
Parágrafo único Os pré-contratos conterão cláusula resolutiva de pleno direito, a ser exercida.
sem penalidade ou inderuzação, no caso de outro licitante ser declarado vencedor, e serão submetidos . a
poslenon, à apreciação dos órgãos de controle externo e fiscalização
CAPÍTULO X

Das Disposições Finais e Transitórias

SEÇÃO I

Do Período de Transição

Art 69 Durante um periodo de transição de, no máximo, trinta e seis meses, contados a pamr da

publicação desta LeI, os reajustes e re\;sões dos preços dos derivados básicos de petróleo e do gás

natural , praticados pelas refinarias e pelas unidades de processamento, serão efetuados segundo

dirernzes e parâmetros específicos estabelecidos, em ato conjunto, pelos Mmistros de Estado da

Fazenda e de Minas e Energia .

Art 70 Durante o penodo de transição de que trata o anigo anterior, a A.NP estabelecera

critérios para as importações de petróleo, de seus derivados básicos e de gás natural, os quais serão

compatíveis com os critérios de desregulamentação de preços, pre\istos no mesmo dispositivo.

Art . 71 Os derivados de petróleo e de gás natural que constituam insumos para a indústria

petroquirrUca terão o tratamento previsto nos ans. 69 e 70, objetivando a competitividade do setor.

Art 72 Durante o prazo de cinco anos, contados a panir da data de publicação desta Lei, a
União assegurará, por intermédio da ANP, às refinarias em funcionamento no pais, excluidas do
monopólio da União, nos termos do ano 45 do Ato das Disposições Constitucionais Transitorias,
conwções operacionais e econômicas, com base nos critérios em \igor, aplicados à atividade de refino
Parágrafo único. No prazo previsto neste artigo, observar-se-á o seguinte:

J - (VETADO)

II - as refinarias se obrigam a submeter à ANP plano de investimentos ru moderruzação

tecnológIca e na expansão da produtividade de seus respectivos parques de refino, com V1stas ao


aumento da produção e à consequente redução dos subsidios a elas concedidos;
JIl - a ANP avaliará. penodicamente, o grau de competJtividade das refinarias, a realJzação dos
respect Ivos planos de investunenros e a consequente redução dos subsidias relativos a cacil uma debs

74

An 73 AtL que se esgote o periodo de transição eSl:abe!ecldo no an . 69, os preços dos de,l\acos
baslcos praticados pela PETROBRAS poderão considerar os encargos resultantes de subsidias
mCldentes sobre as atl\'idades por ela desenvoh-idas
Paragrafo único À exceção das condições e do prazo estabelecidos no anIgo ante;Jor, qualque~
subsidio mCldente sobre os preços dos denvados básicos, transcorrido o periodo pre\ISW no an 69 ,
dc\era ser proposto peJo CNPE e submetido a aprovação do Congresso Nacional, nos termos do inCISO
II do an 2° .
Art 74 A Secretaria do Tesouro Nacional procederá ao levantamento completo de todos os
créditos e débitos recíprocos da União e da PETROBRAS, abrangendo as diversas contas de obngações
recíprocas e subsídios, inclusive os relativos à denominada Conta Petróleo, Derivados e ÁJcooL
lnsmuída pela Lei n 4452, de 5 de novembro de 1964, e legislação complementar, ressarcindo-se o
Tesouro dos dividendos mínimos legais que tiverem sido pagos a menos desde a promulgação da Lei n°
640~, de 15 de dezembro de 1976 .
Parágrafo único Até que se esgote o periodo de transição, o saldo credor desse encontro de
contas deverá ser liquidado pela pane devedora, ficando facultado à União, caso seja a dé\·edora .
liqUida-lo em tirulos do Tesouro Nacional
SEÇÃO 11
Das Disposições Finais
An 75 Na composição da primeira Diretoria da ANP, visando implementar a tranSição para o
sistema de mandatos não coincidentes, o Diretor-Geral e dois Diretores serão nomeados pelo Presidente
da República. por mdicaçã0 do Mirustro de Estado de Minas e Energia, respectivamente com mandatos
de três, dois e um ano, e ciois Diretores serão nomeados conforme o-disposto nos §§ 2~ e 3° do an 11 .
Art 76 A ANP poderá contratar especialistas para a execução de trabalhos nas áre.:!s te:nica ,
econômica e Juridica, por projetos ou prazos linutados, com dispensa de licitação nos casos pre\ls_os na
legislação aplicá\'eJ.
Parágrafo ÚniCO. fica a A1\P autorizada a eferuar a contratação temporária, por praz:J não
excedente a trinta e seis meses. nos termos do an o 37 da Consuruição federal, do pessoal tec:1lco
impre$cindivel à implantaç:'o dt: suas atividades.
An 77 O Poder E~;~cutivo promoverá a instalação do CNPE e implantará a A.,'\'P. medla.'1te a
aprovação de sua estrurura regimental, em ate cento e vinte dias, contados a panir da da!.J. de
publicação desta Lei .
§ I ° A estrurura regimental da A.~P incluirá os cargos em COmissão e funções gratific.:!d.J.s
existentes no D~C.

§ 2° (VETADO)

§ 3° Enquanto não implantada a ANP, as competênCias a ela atribuidas por esta Le: serjo

exercidas pelo Ministro dc Estado de Minas e Energia .

Art. 78 Implantada a ANP, ficará extinto o D~C

Paragrafo único . Se~ào transfendos para a A.,'\P o acervo técnico-patrimonial, as obngações, os

direitos e as receitas do DNC.


Art . 79 Fica o Poder Executivo autorizado a remanejar, transferir ou utilizar os saldos

orçamentários do Ministéno de Minas e Energia, para atender às despesas de estrurur.lção e

manutenção da ANP, utilizando como recursos as dotaçõcs orçamentárias destinadas às ati\ldades

finalistlca5 e adr.unistrativas, observados os mesmos subprojetos, subatividades e grupos de despesa

pre\lstOs na Lei Orçamentária em vigor.

An. 80 As dispOSições desta Lei não afetam direitos anteriores de terceiros, adquiridos mediante
contratos celebrados com a PETROBRAS, em confonnidade com as leis em vigor, e não invalidam os
atos praticados pela PETROBRAS e suas subsidiárias, de acordo com seus estarutos, os quais serão
ajustados. no que couber, a esta Lei.
An . 81 Não se incluem nas regras desta Lei os equipamentos e instalações destinados a
execuç..1o de serviços locais de distribuição de gás canaliudo, a que se refere o § 2° do an 25 d.1
ConstitUição Federal

75

Art 82 Esta Lei entra en. \'Igor na data de sua publicação


Art 83 Re\'ogam-se as disposições em contràno. m::lusl\'e a Lei nO 2,00-1, de 3 de ourubro de
1953
Brasília. 6 de agosto de 1997, ) 76° da lndependencla e 109° da República
FER.'-.,'Al'\DO HE:'\RlQUE CARDOSO

Im Rezende

Raimundo Bnto

Luiz Carlos Bresser Pereira

76

ANEXO 2

77

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QUINTA-FErRA, 21 DE MAlO DE 1998

I\1INISTÉRIO DE I\1INAS E ENERGIA

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO

PORTARIA N° 43, DE 15 DE ABRIL DE 1998 (*)

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO - ANP, no uso das suas atribuições legais,
considerando o disposto nos arts. 60 e 70 da Lei nO 9.478, de 6 de agosto de 1997, e tendo em vista a
Resolução da Diretoria ANP n° 094, de 15 de abril de 1998, resolve:

Art. P A importação de gás natural somente será efetuada mediante prévia e expressa autorização da ANP, nos
termos da legislação aplicável e desta Portaria .

Art. 2 0 Serão autorizadas a exercer a atividade de importação de gás natural as empresas constituídas sob as

leis brasileiras, com sede e administração no País, e que atendam, em caráter pennanente, aos requisitos
estabelecidos na legislação sobre com~rcio exterior.

Parágrafo único. Serão igualmente autorizados, para os fins referidos neste artigo, os consórcios de empresas
constituídos com observância, no que couber, do disposto no art. 38 da Lei n° 9.478, de 6 de agosto de 1997.

Art. 3 0 O requerimento de autorização deverá ser instruído com os seguintes dados e infonnações:

a) razão social, endereço, número do registro da empresa no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da

Fazenda - CGC-MF e prova de atendimento do disposto no artigo anterior;

b) volume de gás natural a ser importado e o país de origem;

c) date ~revista para o início da importação;

d) mercado potencial a ser atendido;

e) meio de transporte a ser utilizado para a importação do gás natural;

f) local de entrega no País e, no caso de o gás importado· estar na fonna liqüefeita, a localização do tenninal

marítimo e da estação de revaporização do gás;

g) especificações técnicas do gás natural a ser importado, q ... e deverão estar de acordo com os termos da
Portaria ANP n° 41/98, de 15 de abril de 1998.

§ 10 O contrato de compra e venda de gás natural celebrado pela empresa interessada com o exportador no
país de origem deverá ser apresentado à ANP dentro de 15 (quinze) dias consecutivos, contados da assinatura
do mesmo, sob pena de imediata suspensão da autorização até o cumprimento desse requisito .

§ 2 0 A ANP poderá solicitar outros dados e informações correlatos, ou a complementação daqueles já


apresentados, para melhor instrução e análise do requerimento de autorização.

§ 3 0 A não apresentação de qualquer dos dados e informações referidos neste artigo acarretará a sustação dÇ>
respectivo requerimento até o integral cumprimento de todas as exigências. .

Art. 4 0 A autorização de que trata esta Portaria conterá disposições referentes aos dados e informações
mencionados no artigo anterior, o correspondente prazo de validade e o exato volume de gás natural a ser
importado.

Parágrafo único. A empresa interessada poderá requerer à ANP a renovação do prazo de validade da

19102/99 l-l 4 ')

78

.lútorização , justificando, para tanto, o seu pedido .

Art. 5° A autorização será revogada nos seguintes casos:

a) falência, concordata Ou extinção judicial ou extrajudicial da empresa;

b) uerimento da empresa autorizada;

c) descumprimento de qualquer norma da legislação aplicável ou desta Portaria.

Art. 6° As empresas ou consórcios autorizados na forma desta Portaria deverão apresentar à ANP, até o dia 30

(trinta) de cada mês, um relatório detalnado sobre as atividades de importação realizadas no mês

imediatamente anterior, contendo especialmente os volumes importados de gás natural e outros dados

pertinentes.

Parágrafo único . A ANP publicará no Diário Oficial da União os dados e informações referidos neste artigo que
devam ser divulgados para conhecimento geral. .

Art. 7° Transcorrido o período de transição de que trata o art. 69 da Lei n° 9.478, de 6 de agosto de 1997, as
autorizações para importação de gás natural observarão as diretrizes específicas que forem baixadas pelo
Conselho Nacional de Política Energética - CNPE, respeitadas as autorizações outorgadas durante o referido
período, inclusive no que tange aos respectivos prazos de validade .

Art. 8° Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário. '.

DAVID ZYLBERSZTAJN

,...(*) Republicada por ter saído com incorreções, do original, no 0.0. n° 73-E, de 17/04/98, Seção 1, pág. 7
~':I;J

19 /02J99 101 :01'"

79

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO

PORTARL<\. N° 44, DE 15 DE ABRIL DE 1998

Estabelece que depende de prévia autorização da


ANP, nos termos desta Portaria, o exercício das
atividades de construção e de operação de
instalações de transporte de gás natural, por
qualquer meio .

o DiRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO - ANP,


no uso das suas atribuições legais, tendo em vista a deliberação da Diretoria de que
trata a Resolução n° 095, de 15 de abril de 1998, e considerando o disposto no art. 56
da Lei n° 9.478 , de 6 de agosto de 1997,

RESOLVE:

Art 1° Depende de prévia autorização da ANP, nos termos desta Portaria, o


exercício das atividades de construção e de operação de instalações de transporte de
gás natural, por qualquer meio .

Parágrafo único . Para os fins previstos neste artigo, consideram-se instalações:

I - os dutos;

II - os terminais terrestres, lacustres, fluviais e maritimos;

III - as embarcações;

IV - outros modais;

V - as estações.

Art 2° Serão autorizadas a exercer as atividades de que trata o art 1° as


empresas constituídas sob as leis brasileiras, com sede e administração no País.

Parágrafo Único . Poderão ser autorizados para os mesmos fins previstos neste
artigo, após análise pela ANP dos respectivos atos de organização, os consórcios de
empresas constituídos com observância, no que couber, do disposto no art . 38 da Lei
9.478, de 6 de agosto de 1997. •

Art. 3° As autorizações de que cuida esta Portaria serão outorgadas por prazo
indeterminado e, no caso de dutos de gás natural, sem caráter exclusivo para um
mesmo trajeto.

§ 1° Previamente à outorga da autorização, a empresa interessada deverá


constituir uma pessoa juridica com atribuições específicas para operar e construir
dutos, terminais marítimos e embarcações para transporte de gás natural.

80

2/-l

§ 2° A ANP exigirá da empresa interessada o prévio atendimento aos requisitos


legais de proteção ambiental e de segurança de tráfego aplicáveis a cada caso
específico .

Art. 4° O pedido de autorização deverá ser instruído com as seguintes


informações:

a) razão social, endereço, número de inscrição junto Cadastro Geral de


Contribuintes do Ministério da Fazenda - CGC-MF e prova do atendimento do
disposto no art. 5° da Lei 9.478 de 6 de agosto de 1997;
b) memorial descritivo do projeto de construção do gasoduto e do terminal
marítimo;
c) demonstração de que o projeto atende aos requisitos ambientais e técnicos
previstos na legislação pertinente;
d) prova de capacidade técnica, administrativa e financeira da empresa;
e) programa e compromisso de investimentos mínimos e cronograma das
respectivas implementações;
f) termos e condições para o fornecimento dos serviços e respectivas tarifas;
g) cronograma de cOnstrução de gasodutos e de terminais marítimos;
h) descrição detalhada das participações acionárias em outras empresas no
segmento industrial de gás natural.

Parágrafo único. Após análise da documentação apresentada, a ANP' fará


publicar no Diário Oficial da União, para oferecimento de comentários e sugestões
por um prazo de 60 (sessenta) dias consecutivos, um sumário do projeto proposto pela
interessada .

Art. 5° Para fins de avaliação dos projetos de construção das instalações


referidas no art. )0 desta Portaria, a ANP, num prazo de 90 (noventa) dias, contados
da data do recebimento do projeto, apreciará, especialmente:

a) a capacidade técnica, administrativa e financeira da empresa interessada;


b) as especificações técnicas e econômicas do projeto;
c) a comprovação, mediante certificado expedido pelo órgão governamental
competente, de que o projeto atende aos requisitos ambientais previstos na legislação
pertinente;
d) os procedimentos relativos à segurança dos sistemas de operação e de
manutenção;

Art . 6° Deverão ser previamente aprovados pela ANP os projetos de expansão

I - de terminais marítimos;
II - da capacidade de transporte de gás natural por dutos e respectivas melhorias;
IH - de su.bstituição ou extensão dos sistemas existentes; e
IV - de novos dutos de transporte de gás natural, que se interconectem com
instalações já autorizadas. •

Parágrafo único. As empresas interessadas na expansão das suas instalações já


autorizadas deverão instruir o pedido de aprovação de que trata este artigo com as
seguintes informações

81
3/4

a) descrição das novas instalações propostas, incluindo localização, custos e


outros dados pertinentes;
b) especificações técnicas das instalações propostas;
c) certificado expedido pelo órgão governamental competente, demonstrando
que o projeto proposto atende às disposições legais referentes ao meio ambiente;
d) análise do impacto dos custos do projeto sobre as respectivas tarifas.

Art . -r As empresas autorizadas na forma desta Portaria deverão IniCiar a


construção das instalações aprovadas pela ANP num prazo de 180 (cento e oitenta)
dias consecutivos, contados da data da publicação da respectiva autorização, bem
como comunicar à ANP o início da operação das novas instalações aprovadas, com 15
(quinze) dias de antecedência .

Parágrafo único. O início da operação de que trata este artigo será autorizado
pela ANP mediante a apresentação, pela empresa interessada, de um certificado
expedido por órgão técnico previamente credenciado pela ANP, comprovando que o
projeto atende aos requisitos de qualidade e de segurança compatíveis com a obra e a
outros exigidos pela legislação aplicável.

Art. 8° A ANP poderá autorizar a prorrogação do prazo de construção do


projeto, após análise das justificativas apresentadas peja empresa interessada,
manifestando sua decisão dentro de 30 (trinta) dias consecutivos, contados da data da
apresentação do correspondente pedido.

Art . go A autorização concedida nos termos desta Portaria não exime a empresa
autorizada de suas responsabilidades técnicas e legais, relativas tanto ao projeto como
à sua operação, bem como do cumprimento de outras obrigações correlatas junto aos
órgãos federais, estaduais e municipais.

Art. } O A empresa autorizada na forma desta Portaria deverá conduzir suas


operações com total acatamento às normas técnicas e de segurança aplicáveis às
respectivas instalações, assegurando sempre um serviço confiável e contínuo aos
usuários .

§}O A empresa autorizada deverá comunicar imediatamente à ANP a


ocorrência de qualquer evento decorrente de suas atividades que possa acarretar riscos
à saúde pública., à segurança de terceiros e ao meio- ambiente, indicando as causas
que deram origem ao evento, bem como as medidas por ela adotadas para sanar ou
reduzir o seu impacto.

§ 2° As empresas autorizadas na forma desta Portaria submeterão à ANP, até o


dia 15 de março de cada ano, um programa de manutenção das suas instalações,
certificado por órgão técnico previamente credenciado pela ANP .

§ 3° No caso de interrupção, redu'ção, alteração ou de qualquer outro evento


que possa afetar temporariamente a continuidade e a qualidade dos serviços
autorizados, a empresa deverá notificar a ANP e os respectivos usuários dentro de 72
(setenta e duas) horas da ocorrência do evento, informando a área afetada e outros
dados pertinentes, bem como a sua estimativa quanto à duração da paralisação.

82

Art . 11 As infrações ao disposto nesta Portaria serão puníveis de acordo com as


seguintes sanções administrativas, cumulativamente ou não:

a) multa entre 100.000 UFIR e 5.000.000 de UFIR, aplicável em dobro no caso


de reincidência ;
b) cancelamento da autorização outorgada, após a devida apuração em processo
administrativo .

DAVLD ZYLBERSZT AJN

83

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO - ANP

PORTARIA N° 170, DE 26 DE NOVEMBRO DE 1998

Estabelce para a construção, a ampliação e a operação de instalações


de transporte ou de transferência de petróleo, seus derivados e gás
natural, inclusive liqüefeito (GNL), dependem de prévia e expressa
autorização da ANP .

o DiRETOR-GERAL da AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO - ANP, no uso das suas


atribuições legais, considerando o disposto nos artigos 56 e 59 da Lei n° 9.478, de 6 de agosto de 1997 e
tendo em vista a Resolução de Diretoria RD n° 325, de 24 de novembro de 1998, toma público o seguinte
ato:

An. 1° A construção, a ampliação e a operação de instalações de transporte ou de transferência de


petróleo, seus derivados e gás natural, inclusive liqüefeito (GNL), dependem de prévia e expressa
autorização da ANP .

§ 1° Consideram-se instalações de transporte ou de transferência:

I - Dutos;
li - Terminais terrestres, maritimos, fluviais ou lacustres;
1II - Unidades de liquefação de gás naturaJ e de regaseificação de GNL;

§ 2° As mencionadas instalações incluem os sistemas indispensáveis à operação das mesmas, tais


como: estações de bombeamento ou compressão, tanques de armazenagem e sistemas de controle.

§ 3° Somente poderão solicitar autorização à ANP empresas ou consórcio de empresas que atendam
as disposições do art. 5° da Lei 9.4 78, de 6 de agosto de 1997.

§ 4° Os dutos de transferência internos a uma planta industrial não estão sujeitos à presente Portaria.

An . 2° A autorização mencionada no art. l° será concedida pela ANP em 2 (duas) etapas:

I - Autorização de Construção (AC);


11 - Autorização de Operação (AO)

An. 3° O pedido da Autorização de Construção (AC) será encaminhado à ANP, instruído com as
seguinte informações:

I - Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado na Junta


Comercial, em se tratando de sociedades comerciais e, no caso de sociedades por ações, acompanhado de
documentos de eleição de seus administradores ou diretores;
II - Comprovação de inscrição nas Fazendas Federal e Estadual;
III - Sumário do projeto da instalação, apresentando o serviço pretendido, as capacidades de
movimentação e armazenagem discriminadas para cada etapa de implantação do projeto, além de dado
técnicos básicos pertinentes a caçla tipo de instalação;

84

2/3

I V - Planta ou esquema preliminar das instalações;


V- Cronograma fisico-financeiro de implantação do empreendimento;
VI - Licença de Instalação (LI) expedida pelo órgão ambiental competente.

Art . 4° A ANP analisará a documentação apresentada pela empresa solicitante no prazo máximo de
90 (noventa) dias, contados da data de sua entrega.

Parágrafo único: A ANP poderá solicitar à interessada informações adicionais e, neste caso, o prazo
mencionado no "Caput" do presente artigo passa a ser contado da data de entrega destas informações.

Art . 5° A ANP publicará no Diário Oficial da União - D.O .U. - um sumário do projeto pretendido,
para o oferecimento de comentários e sugestões, por um prazo de 30 (trinta) dias .

Parágrafo único: Os dutos de transferência restritos a áreas industriais não estão sujeitos ao presente
artigo .

Art. 6° Caso a ANP classifique as instalações como de transporte para gás natural , a autorização só
será concedida a pessoa juridica cujo objeto social contemple, exclusivamente, a atividade de construção
e operação de instalações de transporte.

Parágrafo único: Caso a empresa participe do capital social de outras empresas atuantes na indústria
do gás natural, inclusive na atividade de distribuição, ou estas participem do capital social daquela, tal
participação societária deverá ser comprovada com os documentos pertinentes.

Art . ']O A ANP, a seu critério, poderá exigir que a empresa solicitante aSSIne um Termo de
Compromisso anteriormente à concessão da Autorização de Construção (AC).

Art.8° Ocorrendo atrasos no cronograma apresentado, estes deverão ser comunicados


imediatamente à ANP, com as devidas justificativas ..

Parágrafo único: A ANP analisará as justificativas apresentadas pela empresa solicitante em um


prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data de entrega das mesmas.

Art . g:> O pedido da Autorização de Operação (AO) será encaminhado à ANP, contendo a seguinte
documentação:

I - Licença de Operação (LO) expedida pelo órgão ambiental competente;


II - Atestado de Comissionamento da obra expedido por entidade técnica especializada,
societariamente independente da empresa solicitante, enfocando a segurança das instalações e
certificando que as mesmas foram construídas segundo normas técnicas adequadas;
III - Sumário do Plano de Manutenção das instalações de transporte e do Sistema de Garantia da
Qualidade para a fase de operação.

Art. 10 A ANP analisará a documentação apresentada e deliberará sobre a Autorização de Operação


(AO), em um prazo m~mo de 30 (trinta) dias.

Parágrafo único : A ANP poderá solicitar informações adicionais e, neste caso, o prazo mencionado
no "Caput" do presente artigo passará a ser contado da data de entrega de tais informações na Agência.

85

3/3

Art. 11 As autorizações concedidas nos termos desta portaria não eximem a empresa autorizada de
suas responsabilidades técnicas e I~gais a qualquer época, bem como do cumprimento de outras
obrigações legais correlatas de âmbito federal, estadual e municipal.

Art . 12 A empresa autorizada manterá atualizadas o Plano de Manutenção e o Sistema de Garantia


da Qualidade, visando à operação segura de suas instalações, que poderão ser fiscalizados a qualquer
tempo pela ANP ou, por solicitação desta, através de entidade técnica especializada, societariamente
independente da empresa autorizada, e contratada por esta última.

Art . 13 A empresa autorizada comunicará imediatamente à ANP a ocorrência de qualquer evento


decorrente de suas atividades que possa acarretar riscos à saúde pública, à segurança de terceiros e ao
meio ambiente, indicando as causas de sua origem, bem como as medidas tomadas para sanar ou reduzir o
seu impacto.

Art. 14 No caso de interrupção, redução ou de qualquer outro evento que possa afetar
temporariamente a continuidade ou a qualidade dos serviços, a empresa autorizada notificará
imediatamente a ANP e os usuários atingidos, informando o problema e a estimativa do tempo necessário
ao restabelecimento das condições normais.

Art. 15 As autorizações de que trata esta Portaria serão revogadas nos seguintes casos:

I - liquidação ou falência homologada ou decretada;


II - requerimento da empresa autorizada;
III - descumprimento das obrigações assumidas nesta Portaria e de outras disposições legais
aplicáveis.

Art . 16 Empresas que estejam implantando instalações de transporte ou de transferência ja


autorizadas pela ANP, na data de publicação da l'resente Portaria, deverão adequar-se à mesma,
anteriormente à solicitação da Autorização de Operação (AO).

Art . 17 A ANP deliberará, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, sobre quaisquer controvérsias
suscitadas em relação ao disposto na presente Portaria, garantindo o direito de defesa das partes, as quais
serão convocadas a sessões deliberativas quando a ANP julgar conveniente.

Art. 18 As infrações ao disposto nesta Portaria serão puníveis de acordo com as sanções
administrativas previstas na legislação aplicável.

Art . 19 Revogam-se as disposições em contrário, inclusive a Resolução CNP n° 1/77 de 18 de


janeiro de 1977, a Portaria CNP n° 235 de 14 de maio de 1980 e a Portaria ANP n° 44 de 15 de abril de
1998.

Art. 20 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

DAVlD ZYLBERSZT AJN

Diretor-Geral

Publicado no DOU de 27/11198

86

Brasília, 25 de Junho de 200 I

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO


PORTARIA N° 98, DE 22 DE JUNHO DE 200 I

O DIRETOR-GERAL da AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO - fu~P ,


no uso das atribuições que lhe confere a Lei n° 9.478, de 6 de agosto de 1997, conforme a
Resolução de Diretoria nO 443, de 21 de junho de 2001 e considerando
- a necessidade de investimentos em expansão da capacidade de transporte dos gasodutos
existentes para atendimento ao Programa Prioritário de Termeletricidade - PPT;
- a urgência na realização destes investimentos em função da atual crise de oferta de
energia elétrica;
- e o objetivo de introdução da concorrência na oferta de gás natural através do livre acesso
a gasodutos, resolve :
Art . 10 As empresas autorizadas a operar instalações de transporte de gás natural nos
termos da Portaria ANP nO 170 de 26 de novembro de 1998, que para efeitos desta Portaria
serão denominadas (Autorizadas), deverão elaborar e encaminhar para análise e aprovação
da ANP, no prazo máximo de 30 (trinta) dias da data de publicação desta Portaria, o
Manual do Concurso Aberto detalhando os procedimentos de oferta e alocação de
capacidade para o serviço de transporte firme decorrente da expansão de suas instalações de
transporte.
Art. 20 O Manual do Concurso Aberto observará os princípios da legalidade, razoabilidade,
isonomia e publicidade, e disporá sobre:
I. forma de contratação de capacidade;

Il . critério e metodologia de cálculo da tarifa mínima da capacidade a ser ofertada,

refletindo determinantes de custo;

lIl. taxa de retomo do investimento, refletindo os riscos associados à prestação do serviço e

o custo médio ponderado de capital ;

IV. critério de alocação de capacidade entre os interessados;

V. repasse aos carregadores (antigos e novos) da receita extraordinária resultante do

concurso aberto;

VI . condições para o redimensionamento do projeto de expansão de capacidade;

VTI . qualquer outro aspecto considerado relevante pela Autorizada.

Art. 3 0 Com o objetivo de estimular a entrada de novos supridores de gás natural, o Manual

do Concurso Aberto deverá contemplar a restrição de limitar que carregadores possuindo

mais de 50% da capacidade contratada firme da instalação de transporte antes da expansão

possam contratar apenas 40% da capacidade ofertada.

Parágrafo único. O Manual do Concurso Aberto também deverá contemplar a determinação

para que, caso não haja interesse de outros carregadores na contratação de toda capacidade

ofertada, o carregador, a que se refere o caput deste artigo, ficará autorizado a contratar a

capacidade remanescente.

Art. 40 A ANP anal isará os Manuais do Concurso Aberto apresentados e determinará


eventuais alterações num prazo máximo de 30 (trinta) dias .
Parágrafo único . As alterações determinadas no caput do presente serão incorporadas aos
Manuais do Concurso Aberto pelas Autorizadas, após o que serão iniciados os

87

procedimentos para a oferta e alocação de capacidade para o serviço de transporte firme, no

prazo máximo de 15 (quinze) dias.

Art . 5° O não cumprimento ao disposto nesta Portaria acarretará aos infratores as sanções

previstas na legislação aplicável.

DAVID ZYLBERSZT AJN

88

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO

PORT ARlA N° 104, DE 8 DE JUlHO DE 2002

Estabelece a especificação do gás natural, de origem nacional ou


importado, a ser comercializado em todo o território nacional.

o DIRETOR-GERAL da AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO - ANP no uso de suas


atribuições legais, considerando as disposições da Lei nO 9.478, de 06 de agosto de 1997 e a Resolução de
Diretoria n° 455, 03 de julho de 2002, toma público o seguinte ato:

Art. I ° Fica estabelecida, através da presente Portaria, a especificação do gás natural, de origem
nacional ou importado, a ser comercializado em todo o território nacional, consoante as disposições
contidas no Regulamento Técnico ANP n° 3/2002, parte integrante desta Portaria.

Art. 2° Os importadores, processadores, carregadores, transportadores e distribuidores de gás natural


que operam no País deverão observar o disposto no Regulamento Técnico em anexo nas suas etapas de
comercialização e de transporte.
Parágrafo único. A comercialização e o transporte do gás natural não especificado no Regulamento
Técnico ficam autorizados, desde que respeitadas as condições de entrega por duto dedicado do referido
produto, o acordo entre todas as partes envolvidas e os limites de emissão de produtos de combustão
estabelecidos pelo órgão ambiental com jurisdição na área.

Art. 3° Para os fins desta Portaria, ficam estabelecidas as seguintes definições:


1. Carregador: pessoa jurídica que contrata o transponador para o serviço de transporte de gás
natural;
11. Transportador: pessoa jurídica autorizada pela ANP a operar as instalações de transporte;
IlI. Processador: pessoa jurídica autorizada pela ANP a processar o gás natural;
IV. Instalações de Transporte : dutos de transporte de gás natural, suas estações de compressão ou de
redução de pressão, bem como as instalações de armazenagem necessárias para a operação do sistema;
V. Ponto de Recepção: ponto no qual o gás natural é recebido pelo transportador do carregador ou
de quem este autorize.
VI. Ponto de Entrega: ponto no qual o gás natural é entregue pelo transportador ao carregador ou a
quem este autorize;

Art. 4° A presente Portaria aplica-se ao gás natural processado, a ser utilizado para fins industriais,
residenciais, comerciais, automotivos e de geração de energia.
Parágrafo único. O Regulamento Técnico em anexo não se aplica ao uso do gás natural como
matéria-prima em processos químicos.

89

Art. 5° O carregador fica obrigado a realizar as análises do gás natural nos pontos de recepção, no
intervalo máximo de 24 horas, a partir do primeiro fornecimento e encaminhar o resultado ao
transportador através de Certificado de Qualidade, o qual deverá conter a análise de todas as
características, os limÜes da especificação e os métodos empregados, comprovando que o produto atende
à especificação constante do Regulamento Técnico anexo .
§ I ° O Certificado de Qualidade deverá apresentar o nome do responsável técnico , com indicação
de seu número de inscrição no órgão de classe competente.

§ 2° O carregador que deixar de efetuar a análise do gás natural deverá preencher o Certificado de
Qualidade com os dados enviados pelo produtorlimportador de quem adquiriu o produto, tornando-se
responsável pela sua qualidade.

§ 3° O carregador deverá enviar à ANP, até o 15° (décimo quinto) dia do mês subseqüente àquele a
que se referirem os dados enviados, um sumário estatístico dos Certificados de Qualidade, emitidos
através do endereço eletrônico carregadorgn@anp.gov.br, no formato de planilha eletrônica, devendo
conter:
I - codificação ANP do carregador;
II - mês e ano de referência dos dados certificados;
III - volume total comercializado no mês;
IV - codificação ANP do ponto de recepção onde foi realizada a anál ise;
V - quadro de resultados em conformidade com o modelo abaixo:

Método de Média Desvio Número de


CARACTERÍST1CA UNlDADE Mínimo Máximo
Ensaio Ponderada Padrão Análises
Ipoder Calorífico Superior kJ/mJ
l.I1dice de Wobbe kJ/mJ
Metano % vol.
IEtano % vol.
IPropano % vol.
Butano e mais pesados % vol.
lnertes (N2+ C02) % vol.
~itrogênio % vol.
pxigênio % vol.
3
Gás Sulfidrico mg/m
Ponto de orvalho de °C
(I)
~gua, 1 atm
Nota:
(I) Valores referidos a 20° C e 101 ,325 kPa exceto ponto de orvalho de água.

onde:

Mínimo, Máximo - valores mínimos e máximos encontrados nas determinações laboratoriais do mês

Média Ponderada - média ponderada pelos volumes objeto das análises realizadas no mês

Desvio Padrão - desvio padrão da média

Número de Análises - número total de análises no mês.

Art. 6° O transportador fica obrigado a realizar a análise do produto e a emitir o Boletim de


Conformidade :

90

I - em todos os pontos de recepção após a homogeneização da mistura entre o gás entrante e o gás
passante no intervalo máximo de 24 horas a partir do primeiro recebimento;
11 - em todos os pontos de entrega com incidência de inversão de fluxo no duto de transporte e
vazão superior a 400 mil m3/d no intervalo máximo de 24 horas a partir da primeira entrega.

§ 1° Em caso de inexistência de mistura de produtos distintos, o transportador, que deixar de efetuar


a análise, deverá preencher o Boletim de Conformidade com os dados enviados pelo carregador,
constantes no Certificado de Qualidade, tomando-se responsável pela sua qualidade.
§ 2° O transportador deverá encaminhar ao carregador cópia do Boletim de Conformidade, com o
nome do responsável técnico e indicação de seu número de inscrição no órgão de classe competente,
comprovando a qualidade do gás, através da apresentação dos resultados, dos limites da especificação e
dos métodos de ensaio pertinentes às análises das seguintes características:
I - poder calorífico superior;
11- índice de Wobbe;
111 - teores de metano, etano, propano, butano e mais pesados, inertes, nitrogênio e oxigênio.
§ 3°. O transportador deverá enviar à ANP, até o J 5° (décimo quinto) dia do mês subseqüente
àquele a que se referirem os dados enviados, um sumário estatístico dos Boletins de Conformidade
emitidos, através do endereço eletrônico transportadorgn@anp.gov.br, no formato de planilha eletrônica,
contendo as seguintes informações:
I - codificação da ANP do transportador;
II - mês e ano de referência dos dados certificados;
III - volume total comercializado no mês;
IV - codificação ANP da instalação de análise;
V - codificação do carregador do gás natural e
VI - quadro de resultados em conformidade com o modelo abaixo:

Método de Média Desvio Número de


CARACTERíSTICA!I) UNIDADE Ensaio Mínimo Máximo
Ponderada Padrào Análises

Poder Calorífico Superior kJ /m '


Índice de Wobbe kJ/m '
Metano %vol.
IFtano % vol.
Propano %vol.
Butano e mais pesados % vol.
[nenes (N2+ C02) %vol.

!Nitrogênio %vol.
Oxigênio %vol.

Nota:

(!) Valores referidos a 20° C e 101,325 kPa.

91

onde:
Mínimo, Máximo - valores mínimos e máximos encontrados nas detenninações laboratoriais do mês
Média Ponderada - média ponderada pelos volwnes objeto das análises realizadas no mês
Desvio Padrão - desvio padrão da média
Número de Análises - número total de análises no mês.

Art. T Para efeito de identificação de carregador, transportador, ponto de recepção e instalação de


análise, em atendimento ao disposto nos artigos 5° e 6°, deverão ser utilizados os códigos que
pennanecerão atualizados na página da ANP no endereço eletrônico www.anp.gov.br.

Art. 8° A ANP poderá, a qualquer tempo, inspecionar os instrumentos utilizados para a elaboração
do Certificado de Qualidade e do Boletim de Confonnidade do gás natural especificados nesta Portaria.

Art. 9° Os Certificados de Qualidade emitidos pelo carregador e os Boletins de Confonnidade


emitidos pelo transportador deverão ser mantidos e disponibilizados à ANP sempre que solicitados por
um período mínimo de 2 (dois) meses a contar da data de emissão.

Art. 10. O gás natural deverá ser odorizado no transporte de acordo com as exigências previstas
durante o processo de licenciamento ambiental conduzido pelo órgão ambiental com jurisdição na área.

Art. 11. O gás natural deverá ser odorizado na distribuição de fonna que seja detectável ao olfato
humano seu vazamento quando sua concentração na atmosfera atingir 20% do limite inferior de
inflamabilidade.
Parágrafo Único: A dispensa de odorização do gás natural em dutos de distribuição dedicados cujo
destino não recomende a utilização de odorante e passe somente por área não urbanizada deve ser
solicitada ao órgão estadual com jurisdição na área para sua análise e autorização .

Art. 12 . Ficam concedidos os prazos abaixo mencionados para que os agentes mencionados no
artigo 2° atendam aos limites da especificação constante do Regulamento Técnico em anexo, período no
qual poderão ainda atender às especificações constantes das Portarias ANP nO 41 e 42, de 15 de abril de
1998:
I - 180 dias para a região nordeste e
II -90 dias para a região norte, centro-oeste, sul e sudeste.

Art. 13. Fica concedido o prazo de 90 dias a partir da publicação da presente Portaria, para que
carregadores apresentem o primeiro sumário estatístico dos Certificados de Qualidade confonne o art. 5° .

Art . 14 . Fica concedido o prazo de 180 dias para que transportadores apresentem o pnmelro
sumário estatístico dos Boletins de Confonnidade confonne o art.6°.

92

Art. 15. O não atendimento ao disposto nesta Portaria sujeita o infrator às penalidades previstas na
Lei n° 9.847 de 26 de outubro de 1999 e demais disposições aplicáveis.

Art. 16. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.


Art. 17. Revogam-se a Portaria ANP nO 128, de 28 de agosto de 2001, e demais disposições em
contrário, observados os termos do art. 12 desta Portaria .

SEBASTIÃO DO REGO BARROS

Publicada no DOU de 9/7/2 002

93

ANEXO

REGULAMENTO TÉCNlCO ANP N° 3/2002

I. Objetivo
Este Regulamento Técnico aplica-se ao gás natural, de origem nacional ou importado, a ser
comercializado em todo o território nacional, compreendendo um gás processado combustível que
consiste em uma mistura de hidrocarbonetos, principalmente metano, etano, propano e hidrocarbonetos
mais pesados em quantidades menores.

1.1 Nota explicativa


O gás natural permanece no estado gasoso sob condições de temperatura e pressão ambientes. É
produzido a partir do processamento de gás extraído de reservatório e apresenta normalmente gases
inertes, tais como nitrogênio e dióxido de carbono, bem como traços de outros constituintes.
A etapa de processamento do gás natural permite reduzir concentrações de componentes potencialmente
corrosivos como o sulfeto de hidrogênio, dióxido de carbono, além de outros componentes como a água e
hidrocarbonetos mais pesados, condensáveis quando do transporte e da distribuição do gás natural.

2. Sistema de Unidades
O sistema de unidades a ser empregado neste regulamento técnico é o SI de acordo com a norma brasileira
NBR 12230.
Desta forma, a unidade de energia é o J e seus múltiplos ou o kWh, a unidade de pressão é o Pa e seus
múltiplos e a unidade de temperatura o K (Kelvin) ou o °C (grau Celsius).
A grafia a ser obedecida é a determinada pela NBR 12230.

3. Características
Os ensaios constantes dessa especificação referidos aos seus respectivos significados e propriedades de
desempenho, bem como outras definições relevantes, encontram-se relacionados a seguir.
As condições de referência empregadas neste Regulamento Técnico são condições de referência de
temperatura e pressão equivalentes a 293,15 K e 101,325 kPa e base seca.

3.1 Poder Calorífico

3.1. I Poder Calorífico Superior


Quantidade de energia liberada na forma de calor, na combustão completa de uma quantidade definida de
gás com o ar, à pressão constante e com todos os produtos de combustão retomando à temperatura inicial
dos reagentes, sendo que a água formada na combustão está no estado líquido .

3.1.2 Poder Calorífico Inferior


Quantidade de energia liberada na forma de calor, na combustão completa de uma quantidade definida de
gás com o ar, à pressão constante e com todos os produtos de combustão retomando à temperatura inicial

94

dos reagentes, sendo que todos os produtos inclusive a água formada na combustão estão no estado
gasoso.
O poder calorífico superior difere do poder calorífico inferior pela entalpia de condensação da água.

3.1 .3 Estado de Referência


Os valores de poder calorífico de referência das substâncias puras empregados neste Regulamento
Técnico foram extraídos da ISO 6976 sob condições de temperatura e pressão equivalentes a 293,15 K,
101 ,325 kPa, respectivamente e base seca .

3.2 Densidade Relativa


Quociente entre a massa do gás contida em um volume arbitrárío e a massa de ar seco com composição
padronizada pela ISO 6976 que deve ocupar o mesmo volume sob condições normais de temperatura e
pressão.

3.3 Índice de Wobbe


Quociente entre o poder calorífico e a raiz quadrada da densidade relativa sob as mesmas condições de
temperatura e pressão de referência.

TNSERlR FIGURA3 .EPS

onde : lW - índice de Wobbe


PCs - poder calorífico superior
p - densidade relativa

O índice de Wobbe é uma medida da quantidade de energia disponibilizada em um sistema de combustão


através de um orifício injetor. A quantidade de energia disponibilizada é uma função linear do índice de
Wobbe.
Dois gases que apresentem composições distintas, mas com o mesmo índice de Wobbe disponibilizarão à
mesma quantidade de energia através de um orificio injetor à mesma pressão.

3.4 Número de Metano


O número de metano indica a capacidade antidetonante do gás natural resultante de suas características na
aplicação veicular, sendo seus limites passíveis de comparação com a octanagem da gasolina .
O poder antidetonante é a capacidade do combustível resistir na aplicação veicular, sem detonar, aos
níveis de temperatura e pressão reinantes na câmara de combustão do motor, proporcionados pela
compressão a que é submetida a mistura ar/combustível.
O poder antidetonante de combustíveis líquidos (gasolina) é medido através do número de octano (MON
ou RON). Os valores típicos do número de octano do gás natural encontram-se entre 115 e 130, sendo que
o metano apresenta 140.

95

No intuito de obter uma melhor representação do poder antidetonante dos combustíveis gasosos,
desenvolveu-se a nova escala denominada número de metano - NM que utiliza como referências o metano
puro (NM= 100) e o hidrogênio (NM=O). É empregado o procedimento disposto na ISO 15403 para o
cálculo do número de metano a partir da composição do gás .

3.5 Composição
Frações ou percentagens mássicas, volumétricas ou molares dos principais componentes, componentes
associados, traços e outros componentes determinados pela análise do gás natural. Para gases ideais a
fração volumétrica equivale à fração molar.
O propano e os hidrocarbonetos mais pesados apresentam poder calorífico, na base volumétrica, superior
ao metano. Embora adequados aos motores de combustão, são indesejáveis em teores elevados no uso
veicular por apresentarem poder antidetonante muito inferior ao metano, assim reduzindo o número de
metano. No que se refere ao emprego do gás natural processado em turbinas a gás e indústrias, esses
componentes acarretam problemas de qualidade de combustão .

3.6 Enxofre Total


É o somatório dos compostos de enxofre presentes no gás natural.
Alguns compostos de enxofre na presença de água ocasionam a corrosão de aços e ligas de alumínio. O
gás sulfidrico (H 2S) é o componente mais critico no que se refere à corrosão e será tratado separadamente .

3.7 Gás Sulfidrico


Sua presença depende da origem bem como do próprio processo empregado no tratamento do gás e pode
acarretar problemas nas tubulações e nas aplicações finais do gás natural.
O gás sulfidrico na presença de oxigênio pode causar corrosão sob tensão , especialmente em cobre,
podendo ser nocivo aos sistemas de transporte e utilização do gás natural.

3.8 Ponto de Orvalho


O ponto de orvalho é a temperatura na qual ocorre a fonnação da primeira gota de líquido quando o gás
sofre resfriamento ou compressão. Os líquidos nonnalmente encontrados são água, hidrocarbonetos ou
glicol, que apresentam pontos de orvalho distintos .
O requerimento de segurança mais importante do gás natural é a temperatura no ponto de orvalho para
evitar fonnação de líquido. A água no estado líquido é precursora da fonnação de compostos corrosivos
através da combinação de componentes do gás natural, especificamente C02 e H2S . A combinação de
agentes corrosivos e a pressão variável, durante o transporte de combustível, pode resultar em rachaduras
metálicas e causar obstruções nos sistemas de gás .
Os hidratos, fonnados quando a água livre reage com hidrocarbonetos podem obstruir linhas de
instrumentação, válvulas de controle e filtros.

3.9 Inertes
Os principais compostos inertes presentes no gás natural são o dióxido de carbono (C02) e o nitrogênio
(N2) . Sua presença em misturas gasosas reduz o poder calorífico, além de aumentar a resistência à
detonação no caso do uso veicular e, portanto, o número de metano.

96
A presença do dióxido de carbono se deve à técnica de extração do gás natural ou à ocorrência natural na
origem do produto. O dióxido de carbono tem ação corrosiva quando na presença de água.

3.10 Oxigênio
Presente em baixas concentrações. Nestas condições atua como diluente do combustível e é crítico na
presença de água, mesmo em baixas concentrações, pois pode provocar corrosão de superfícies metálicas.

3.11 Partículas sólidas


Causam problemas de contaminação, obstrução e erosão dos sistemas de alimentação de combustível dos
veículos e orificios injetores de queimadores industriais. Quando o gás natural é destinado a combustível
de turbina, as partículas sólidas provocam erosão nas partes em que circula o gás quente.

3.12 Partículas líquidas


Causam alterações bruscas na temperatura da chama e na carga da turbina à gás, retomo de chama nas
chamas pré-misturadas e podem nuclear a condensação de frações mais pesadas do gás natural. Quando a
presença de líquido é identificada no gás natural destinado a turbinas, são empregados separadores e o
fluxo é aquecido para vaporizar a fase líquida.

4 . Normas Aplicáveis

A determinação das características do produto far-se-á mediante o emprego de normas da " American
Society for Testing and Materiais" (ASTM), da "International Organization for Standardization" (ISO) e
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Os dados de incerteza, repetitividade e reprodutibilidade fornecidos nos métodos relacionados neste
regulamento, devem ser usados somente como guia para aceitação das detenninações em duplicata de
ensaio e não devem ser considerados como tolerância aplicada aos limites especificados neste
Regulamento .
A análise do produto deverá ser realizada em amostra representativa do produto obtida segundo método
ISO 10715 - Natural Gas: Sampling Guidelines.

Normas e Métodos de Ensaio:


As características incluídas no Quadro I anexo deverão ser determinadas de acordo com a publicação
mais recente dos seguintes métodos de ensaio:

4.1 Nonnas ABNT

METODO TITULO
BR 12230 Iicação

97

4.2 Nonnas ASTM


METODO TITULO
ASTM D 1945 Standard Test Method for Analysis ofNatural Gas by Gas Chromatography
ASTM D 3588 Standard Practice for Ca1culating Heat Value, Compressibility Factor, and Relative Density
Specific Gravity) of Gaseous Fuels
ASTM D 5454 Standard Test Method for Water Vapor Content of Gaseous Fuels Using Electronic Moisture
Analyzers
~STM D 5504 Standard Test Method for Determination of Sulfur Compounds in Natural Gas and Gaseous
Icuels by Gas Chromatography and Chemiluminescence

4.3 Nonnas ISO


METODO TITULO
JSO 6326 Natural Gas - Determination of Sulfur Compounds, Parts I to 5
ISO 6570 Natural Gas - Determination of Potential Hydrocarbon Liquid Content, Parts I to 2
ISO 6974 Natural Gas - Determination of composition with defined uncertainty by gas
hromatography, Parts I to 5
ISO 6976 Natural Gas - Calculation or calorific values, density, relative density and Wobbe index
from composition
ISO 10715 Natural Gas - Sampling Guidelines
ISO 13686 Natural Gas - Quality Designation
ISO 15403 Natural Gas - Designation of the quality of natural gas for use as a compressed ruel for
Ivehicles

Quadro I: Especificação do Gás Natural ( I)

L1MITE(2) (l) METODO


CARACTERíSTICA UNIDADE
Norte N d
or este
I Sul, Sudeste, ASTM
Centro-Oeste ISO
kJ I m) 34.000 a 38.400 35.000 a 42 .000
Poder calorí fico superior(·) D 3588 6976
kWhlm) 9,47 a 10,67 9,72 a 11.67
(»)
índice de Wobbe kJ /m) 40.500 a 45.000 46.500 a 52 .500 - 6976
Metano, mín. % voL 68 ,0 86 ,0 D 1945 6974
Etano, máx. % voL 12,0 10.0
Propano, máx. % voL 3,0
Butano e mais pesados, máx. % voL 1,5
Oxigênio, máx. % voL 0,8 0,5
Inertes (N 2 + CO 2 l, máx. % voL 18.0 5,0 4,0
Nitrogênio % voL Anotar 2.0
En xofre Total, máx . mglm 3 70 D 5504 6326-2
6326-5
0 ás Sullidrico (H2Sl, máx. lO ) mg/m 3 10 ,0 15,0 10,0 D 5504 6326-2
6326-5
Ponto de orvalho de água a °C -39 -39 -45 D 5454 -
latm , máx .

Observações :

(1) O gás natural deve estar tecnicamente isento, ou seja, não deve haver traços visíveis de partículas
sól idas e partículas líquidas.

(2) Limites especificados são valores referidos a 293 , 15 K (20°C) e 101 ,325 kPa (1 atm) em base seca,
exceto ponto de orvalho.

98

(3) Os limites para a região Norte se destinam às diversas aplicações exceto veicular e para esse uso
específico devem ser atendidos os limites equivalentes à região Nordeste.

(4) O poder calorífico de referência de substância pura empregado neste Regulamento Técnico encontra-se
sob condições de temperatura e pressão equivalentes a 293,15 K, 101,325 kPa, respectivamente em base
seca.

(5) O índice de Wobbe é calculado empregando o Poder Calorífico Superior em base seca. Quando o
método ASTM D 3588 for aplicado para a obtenção do Poder Calorífico Superior, o índice de Wobbe
deverá ser determinado pela fórmula constante do Regulamento Técnico .

(6) O gás odorizado não deve apresentar teor de enxofre total superior a 70 mg/m3

99

[I ProfO: André José Lepsch I[

~ Condicionamento e Transporte de

Gás Natural: Transporte em Dutos

- Apresentação ­

CURSO GÁ ATURAL
Recife. 29 de março a 02 de abril de 2004.
~rr..rZ"I Curso: Gás Natural
CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

-ASSUNTO·
CONDICI.O NAMENTO E TRANSPORTE

GAs NATURAL
Instituto BnI.,'elro TRANSPETRO
de "etróleo e Glls

EXPOSITOR: André José Lepsch


( Email: lepsch@petrobras.com.br)

6:""2,r"':"IL....... Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GÁS NATURAL

Condicionamento

11 Tipos De Transporte

111 Transporte Dutoviário

IV Regulamentação

V Transporte de Gás Natural Liqüefeito

01

.......-..rro Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

CONDICIONAMENTO DO GAS PARA ESCOAMENTO

EM GASODUTOS DE TRANSFERÊNCIA

• AJUSTE DO PONTO DE ORVALHO: (5° abaixo de Tmin)

• AJUSTE DO TEOR DE HIDROCARBONETOS (5° abaixo de Tmin)

• TEOR H2S: MÁXIMO 20 PPM (em vol) ou 28,5 mg/m J

• TEOR C02: MÁXIMO 2% em volume

~'~r'2"I> Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

CONDICIONAMENTO DO GAS

Tipos de Fluxos:

,. Fluxo Bifásico - Transporte na fase Líquida+Vapor (gás úmido)

" Fase Densa - Opera em uma só fase que não é liquida nem vapor

,. Fase Vapor - Opera com gás seco

02

=""
.r'2'l"':'I.rlD Curso: Gás Natural
CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

ENVELOPE DO GÁS NA;rURAL

100.0

liO.O

:JE 60.0

70.0
\VAPO

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Cf'

-B~ cricond.nbcir
60.0
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50.0 -c ,Criticol PoInt
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""'&'":'\.r:"\Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

03

~.~5'":"t Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

FLUXO BIFASICO
Regimes de Fluxo:
Segregado:
1. Regime Estratificado.E,.~~~
2. Regime ondular,!!~~~~

5. Regime "Slug"
Distribuido:
6. Regime Bolha ("buble") ~!:.!f:!
7. Regime Misto ". g.,l

f7~ Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

Oil Plus Ca .UK

04

"~Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

TERMINAL DE CABIUNAS - RJ

~,~..... Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

CONDICIONAJlI/ENTO DO GÁS PARA COMERCIALIZAÇÃO

(Port ANP 104/2002 - Reg. Tec. 003/02)

(Principais Itens - TRANSPORTE)

• PODER CALORíFICO SUPERIOR (kcallm 3):


8.122 a 9.176 - N; 8.361 a 10.033 - NE/SEISUUCO
• TEOR H 2S (MÁX): 10mg/m 3 NISE/SUUCO; 15mglm 3 - NE (28,5)

• TEOR INERTES (N 2 +COJ: 18% vol- N; 5% vol- NE; 4% vol- SEiStJUCO

• TEOR DE OXIGÊNIO: 0,8% vol- N; 0,5% vol- NE/SUUSE/CO

• TEOR METANO: 68% vol- N; 86% vol- NE/SE/SUUCO

• AJUSTE DO PONTO DE ORVALHO: - 39°C - NINE; - 45°C - SE/SUUCO (-5°C)

05

47~ Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GÁS NATURAL - TERMINOLOGIA


OBS.: ( ) Hidroc. Predominante
·LGN-Líquidos do Gás Natural (C 3+)
NGL-Natural Gas Liquids
·GNL-Gás Natural Líqüefeito (C1 @ -160°C e 1 atm.)
LNG-Liquefied Natural Gas
·GLP-Gás Liqüefeito do Petróleo (C3 e C4)
LPG-Liquefied Petroleum Gas
·GNC-Gás Natural Comprimido (C1 )
CNG-Compressed Natural Gas
·GMV-Gás Metano Veicular (C1) ou
GNV-Gás Natural Veicular

n~ Curso: Gás Natural


.,.. CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GÁS NATURAL NO BRASIL


~ CONDICÓES DE REFERÊNCIA

BRASIL - Estabelecida pela ANP:


20°C e 1 atm

EUA - CONDIÇÕES "STANDARD":


60°F(15,6°C) e 14,73 PSIA

EUROPA - CONDIÇÕES "NORMAL":


O°C e 1atm

~ PRINCIPAIS FATORES DE CONVERSÃO:

m31dia =1,073 x Nm31dia


= 1,0176 x Sm31dia

06

.....~r'1n Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GÁS NATURAL

Condicionamento

11 Tipos De Transporte

111 Transporte Dutoviário

IV Regulamentação

V Transporte de Gás Natural Liqüefeito

~ Curso: Gás Natural


'W" CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

"Mercado Competitivo"

Mercado GN

, Competitivo /)

Mercado
Competição
Competitivo
GásxGás DutoxDuto

07

$ Boca do Poço: (PCG)-(Ms) -(TI)

Exploraçãa..,l.....A:--­
e Produção
GN Geração de
ç==i::::""" Energia
Elétrica

Combustíveis

~ Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

COMERCIALIZAÇÃO DE GÁS NA rURAL

,. Flui de um ponto fixo para outro interligado por um Gasoduto

.,. Regime Constante de Fornecimento e em Longo Prazo (cerca de 20 anos) .

.,. Traduz "Expectativa Futura do Mercado" ( não oferece indicação segura)

:;.. Após a "Tomada de Decisão " tende a continuar (compromissos assumidos)

,. Relacionamento Comercial equilibrado e dependência entre as Partes

';- Conflitos solucionados entre as Partes -;) "Sem Vencedores ou Perdedores"

08

...u~rt Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

TRANSPORTE DE GAS NA TURAL EM FASE GASOSA

AL TAS PRESSÕES E TEMPERATURA AMBIENTE

- GASODUTOS (até 100-120 kgflcm 2 )

- BARCAÇAS PRESSURIZADAS (210 kgflcm 2)

- CAMINHÕES- TANQUE (5000 m 3)

f7Âvtn Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

TRANSPORTE DE GAS NATURAL EM FASE LÍQUIDA


(GNL)

• CAMINHÕES / VAGÕES (35 m 3 GNL)

• BARCAÇAS (600 a 6.000 m 3 GNL)

• NAVIOS METANEIROS (-163°C até 135.000m 3 GNL)

09

.....rrt.~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GÁS NATURAL

Condicionamento

11 Tipos De Transporte

111 Transporte Dutoviário

IV Regulamentação

V Transporte de Gás Natural Liqüefeito

n.Âvtn Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

TRANSPORTE DE GAS NATURAL

• TRANSPORTE DUTOVIÁRIO =====> ECONÔMICO E CONFIÁ VEL

• GÁS NA TURAL =====> COMPETE COM OUTROS COMBUSTíVEIS

10

-~." Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

TRANSPORTE DUTOVIARIO
'j; DIMENSIONAMENTO:
-- =;y
• VAZÃO ""ê~
~~'-O ' -=-:": :
COMPOSiÇÃO MOLECULAR
• PRESSÃO ENTREGA INíCIO E FINAL
.
r ~::\ ~ . ..
• TEMPERA TURA (verão) - ~

'j; SISTEMAS COMPONENTES:


• TUBULAÇÃO
• ESTAÇÕES COMPRESSORAS
• ESTAÇÕES REDUÇÃO DE PRESSÃO (ERP)
• ESTAÇÕES DE MEDiÇÃO (EMED)
• SISTEMA DE SUPERVISÃO E CONTROLE

f7~ Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

TUBULAÇÃO
( Recomendações de acordo com ABNT-NBR 12.712 )
., Aço de elevada resistência:
./ 12 m de comprimento
./ Enterrado a 1,5 m em faixa de 20 metros de largura

., Proteção ao Ataque Corrosivo:


./ Revestimento externo anticorrosivo
./ Sistema de proteção catódica contra corrosão do solo e correntes de
fuga de sistemas eletrificados
./ Revestimento interno de epóxi contra corrosão interna e/ou reduzir
atrito
.,. Espessura da Tubulação :
./ Resistir pressão interna
./ Resistencia mecãnica durante construção
./ Classe de locação -# fator projeto

11

.......,...,., Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

ACESSÓRIOS

~ Válvulas de Bloqueio
v' Automática ~ classe locação (+ ou· 15 km)
v' Travessias, lagos e pãntanos
;'Lançadores/Recebedores Equipamentos Limpeza/Inspeção ("pigs") :
v' Inicio e final gasoduto
v' Estações

v' Posições intermediárias « 200 km)

~,_ _,rr> Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

ESTAÇÕES COMPRESSORAS
GÁS NA rURAL PARA MERCADO
D
GASODUTOS
D
ATRITO Tu.aULAçÁo. Q~STlME?
ENTRE MOLECULAS GAS ~ ~~
D
~ENERG/~

~ ~
NA TURAL =====>RESERVA TÓRIO ARTIFICIAL =====> COMPRESSORES

12

~
..uwr Curso: Gás Natural
CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

SISTEMA DE REDUÇÃO DE PRESSÃO E

MEDIÇÃO

• ERP ======> DIMENSIONAMENTO DA ESPESSURA


E DIÂMETRO DOS RAMAIS.

• EMED ======> CONTROLE OPERACIONAL;


IMAGEM;
FATURAMENTO.

6:"2,F"lõ\,~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

13

_-..~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

VAZÃO DE DIMENSIONAMENTO

• SAZONALlDADE

• FA TOR UTILIZAÇÃO ======> INVESTIMENTO


(0,90 A 0,95)

I ~~ Curso: Gás Natural


f8" CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

DIMENSIONAMENTO DE GASODUTOS

Demanda Demanda
_ . "I' !'oleneial
0/< 02 . _1!'olcndal
,. . - ' .... Básic3
- - ' - ..... ~ Bás ica

/ . ,. .,.'-.,.,.,... . . . '-=-
..... . "I ~línima
" . ~ 1\1ínima
.
~':".-:-" i '" ~
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mL..1----,t/'"
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r- ;
j
I
. I I /

, I

Anos Hoje -C ' - ~ --: -- -. ~' Anos


Previsão COllslruç~o Horizolllq do ProjclO(20 anos)
~--..L _ _---,~--..L_ _----,'- -- - - -- ---- -- -- ---- -- - -- . - ---- I
Tempo Atingir Capac. MÁX ? i "
--------------_._,
______________
,
I
Crescimento

do Mercado
: Vaz<1o Mínima Garantida: .. - . . .:
_._.- - _._.- -'- '- '- '- '- '-"

14

_rwo........ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

CAPACIDADE DE TRANSPORTE

Pressão Mí níma
km

o O
O O
ES laç0 c, ":-i "" M
' -> üJ~
Planla liq~~laç~haVlng)

.r2<1"T'\,...... Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GASODUTOS
V
TRANSPORTA CERCA DE 5 VEZES MENOS ENERGIA

AL TOS INVESTIMENTOS
TUBULAÇÁO E COMPRESSÁO

D
AL TO CUSTO OPERACIONAL

CUSTO UNITARIO GASODUTOS »> CUSTO UNITARIO OLEODUTOS

15

...-aIl'T"IorTI Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

CAPACIDADE DE TRANSPORTE

GASODUTOS X OLEODUTOS

900 , ­ -­ -­ -­ - -----­ - ---,

Oi 800
~
"5 700
""~ 600
::I;
~ 500
UJ
~ 400

9 300
~
~ 200
Ü

100 ~:;;;;:================-
10 12 14 16 18 20 22 24
___~
26 28 30 32
DIÁMETRO - (001)
- GASODUTOS - OLEODUTOS

fi'Â-n Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

ESTIMATIVA DE CUSTOS
" CUSTOS DE INVESTIMENTO

Tubulação e Acessórios ~ Função do grau de dificuldade e extensão


Terrestre: 13 a 20 US$/pol.metro
Submarino: 20 a 30 US$/pol.metro
Estações de Compressão ~ Função da Potência Instalada

Fixo: 2 a 3 US$ milhões/estação


Variável: 900 a 1200 US$/HP instalado

16

_ .....~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

ESTIMATIVA DE CUSTOS (*)


:Y Custos Médios Anuais de O&M - Gasodutos Terrestres
Tubulação 0,55 US$/pol.metro

Estação de Compressão 8 % do investimento

Estações de Medição 2 % do investimento

Telecomunicação e Telecomando 2,5 % do investimento

Custo Energia Elétrica 0,05 US$/kwh

Custo do Gás Natural 1 a 3 US$/MMBTU (Carregador)


(consumo Est. Compressão)
(* Função do grau de dificuldade e extensão

~~r;n Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

DISTRIBUICA-O INVESTIMENTO

a) TUBULAÇÃO E ACESSÓRIOS 70 a 80%


b) ESTAÇÕES DE COMPRESSÃO 5 a 15%
c) ESTAÇÕES DE MEDiÇÃO 1 a 2%
d) TELECOMUNICAÇÕES 2a5%
e) TELECOMANDO 0,1 a 0,2%
f) PROTEÇÃO CATÓDICA 0,5 a 1%
g) INSTALAÇÕES PREDIAIS E
OFICINAS DE MANUTENÇÃO 1 a 2%
h) ENGENHARIA, COMPRA ,
ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO 3a5%
i) ElA/RIMA, AQUISiÇÃO FAIXA E
INFRA-ESTRUTURA 3a 6%

17

..... ~T't Curso:


Gás Natural
CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

TUBULAÇÃO =========> MAIOR CUSTO (70 A 80%)

-o.
MAXIMIZAR VAZÃonONELADA DE AÇO

-o.
AÇO ELEVADA RESISTÊNCIA·

-o.
REDUÇÃO ESPESSURA

CLASSE DE ÁREA
~~RÇOS MECÃ~

"~Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

ANALISE DO DIÂMETRO ECONÔMICO PELO

CUSTO DE TRANSPORTE

!'Il·J\fH)OCESI.y;:(IsP·\ R..\OCIJRIt:WU
I
IlÁ~EOOr. v.v,i{)
.1
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18

-,.....,..." Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

Custo de Transporte x Vazão


IDlam. A < B < C I
Diam.A

E
S

A
L Diam.C
A -j----------------------­
I

----t~~ Vazão

.......~~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

Exemplo Teórico da Economia de Escala

Relação de Custo
Vazão de Dimensionamento
Unitário
Projeto Integrado: 10 MM m3/dia 100

Projeto Isolado "A" 5 MM m3/dia 130 a 150

Projeto Isolado "8 ": 1 MM m3/dia . 300 a 400

19

......f"W'\.~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

ESTUDO TÉCNICO - ECONÔMICO

MODULARIZACÃO:

1) CONSTRUÇÃO DE 1 GASODUTO COM IMPLANTAÇÃO DAS


ESTAÇÕES AO LONGO DO TEMPO.
VANTAGEM: ECONOMIA DE ESCALA

2) CONSTRUÇÃO DE 2 GASODUTOS, SENDO 1 GASODUTO NO


INíCIO DO PROJETO. ESTAÇÕES E O SEGUNDO GASODUTO DE
ACORDO COM A EVOLUÇÃO DEMANDA.

VANTAGEM: MENOR DESEMBOLSO INICIAL MENOR RISCO

~ Curso: Gás Natural


.uw" CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

CAPACIDADE DE TRANS ORTE

AZ ID A DE GÁS o
o

~
MERCADO
111·
: • . JAZI DA DE GÁS

20

..,..1'T\I,r1n Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

CAPACIDADE DISPONÍVEL
CAPACIDADE DA MALHA DE GASODUTOS ????

mqAuMENTO DA CAPACIDADE!!!

.r"2.jrT'\,r1n Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

CAPACIDADE DISPONÍVEL

Capacidade de Atendimento a Terceiros Interessados ~Dc:=:) f ( ? ):

• Condições na Origem e no Destino (Pressão de entrega!!! )


• Microlocalização do Terceiro Interessado
• Consumo Previsto (temporal)
• Perfil do Consumo x Garantia de Suprimento
• Qualidade do Gás ( " allles" ou após o processamento)

21

...,.,........- Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

TARIFAS DE TRANSPORTE DE GAS

HISTÓRICO

• Preço de Venda do Gás uniforme no Pais (por derivado substituído);

• Análise Econômica Incrementai considerando a infra-estrutura existente;

• Possibilidade de Ve/lda direta da PETROBRAS a Consumidores finais .

............rro Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

NEGOCIACA-O DAS TARIFAS DE TRANSPORTE


NETBACK

I Boca do Poço: (peG) - (TT) I ~ Tarira Transportt \


(TT) ~

E&P
I (Transr.+Proc .)
I -----------i.
r ICias Dist. 1.
<:--------'
• Custo da Produção de Gás Natural (Fonte: IGT/98 - Base :SE Asia):
Onshore USS 0.60/MMBTU
Offshore ( 30 a 150m) USS 0.98/MMBTU a USS 1,32/MMBTU

22

-"-'~Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

Pontos Relevantes da Comercialização

';Compete com Derivados Líquidos e Sólidos no Mercado ("Net Back'?

j.> Transporta cerca 5 vezes menos Energia 7 Maior Custo de Transporte

Objetivo Tarifação

~ Competitividade com Crescimento da Infra-Estrutura

.,. Gás disponível quanto justificável Economicamente

~ Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

TARIFAS
REMUNERACA-O ADEQUADA DO CAPITAL DO

TRANSPORTADOR

CONCEITO: REFLETIR NO TEMPO

O J>lLOR ECONÔMICO

DO CAPITAL PRÓPRIO

WACC ( Weighted Average Capital Cost)

Considera a Estrutura de Capital do Transportador

23

............~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

TARIFA DE TRANSPORTE DUTOVL4R10

TRANSPORTADOR

[L IMPOSTOS e TAXAS

RECEITA

f7'~ Curso: Gás Natural


'W" CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

TARIFAS DE TRANSPORTE DUTOVDiRIO


·Tarifa pelo Custo do Serviço Variável no Tempo (TCSV)

·Tarifa Média Constante (TMC)


Tari fa (Si m !)

~ - - -­ ___ ­ - - - DESVANTAGE

~-----TCSV

4- ------- ----------- ----- ---- ------- . '


Tempo
Período de Deprec iação Econô mi ca

24

_ ......~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

TARIFAS BINARlA

GASODUTOS

•TARIFA DE CAPACIDADE: Aplicada sobre a Capacidade Míllima Contratada


( %Ship or Pa)' - Otimização do Fator de Carga)

RECUPERAÇÃO DOS CUSTOS FIXOS (CAPIT AL+C. OPERACIONAIS)

'TARIFA DE MOVIME/'TAÇÃO:(f(~'a:ão)), Sem garantia de mo~'imentação mínima

RECUPERAÇÃO DOS CUSTOS VARÁVEIS (COMPRESSÃO)

.......,.....~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

MODELO TARIFARIO GASODUTOS

ALTERNA TIVAS:

• Tarifa IncrementaI Binária por Distância } Custo do Serviço ou


Média Constal1le
• Tarifa Postal Binária

Órgão Regulador

25

_f'W'\.~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

Aplicação da Tarifa Postal:

Apropriada para Rede de Gasodutos (liMalha") que :


:Y Não Permite Segmentação e/ou Composta Dutos Pequeno Diâmetro
~Exista o Fluxo Variável

Propicia para Promover Desenvolvimento:


" Produção Doméstica até existir Competição no Transporte (DutoxDuto).
",Mercados Distantes de Demanda Inexpressiva ("Ancora '?
"Mesmas Oportunidades para Regiões mais Distantes sem criar Custos
Transporte discrepantes nas Regiões "

[]]

~ Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

MALHA DE TRANSPORTE - Tarifa Postal

ElQ Q f (Mercado) me:::> Investimento Total


_ c3 EJ
~
Ic I C
7
Cs

[gJ

26

......~....., Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

Tarifa Incrementai por Distância


Tarifa "Ponto-a-Ponto":
"Reflete de fato que o Custo de Transporte é diretamente
relacionado com a Distância"

Produção Gás -~~~"",-~Q~I.~I)


Natural T) T2 ------­
C)

T 8 >T 7 >· ·· ·······>T 1

~ Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

Ampliação de Gasodutos:

Relação Custo/Capacidade das Ampliações:

Positiva:

Repasse do Beneficio para a Tarifa Praticada ("Rool-in")

Negativa:

Duas Tarifas para o Mesmo Trecho -7 Nova Superior à Praticada

27

.....~r1n Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

MODELO TARIFARlO FUTURO

-Ampliação da Malha ===> Rol/-In da Tarifa Postal

-Expansão da Malha ===> Rol/-In da Tarifa Postal


Tarifa por Distância

Mitigar Riscos dos Carregadores

Pioneiros

~ Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GÁS NATURAL

Condicionamento

11 Tipos De Transporte

111 Transporte Dutoviário

IV Regulamentação

V Transporte de Gás Natural Liqüefeito

28

....,..",...,. Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

TENDÊNCIA MUNDIAL DA

REGULAMENTAÇÃO

Setor de Energia:
"Estratégico e Importante para o Desenvolvimento do País
para deixá-lo num Ambiente de Total Liberdade onde as
Forças de Mercado comandam a Atividade"

Indústria de Gás Natural:


Países Desenvolvidos e em Desenvolvimento ~ Liberação do Mercado
(Regulado)

.....rT'Io....,. Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

POLíTICA DE LIBERAÇÃO

., Realizada de maneira progressiva e CO/ll formatos diferentes


(Função do Estágio que se encontra a Atividade)

., Velocidade depende da cada país (Em geral mais de 10 anos)

29

_-...~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

Lei 9478, de 6 de agosto de 1997

~ Novaformulação para as Atividades da Indústria do Petróleo e Gás

"Encerramento da Exclusividade da PETROBRAS no Exercício do


Monopólio da União Federal.

, Possibilidade criação de Novas Empresas ou Consórcio de Empresas,


Estatais ou Privadas, mediante Autorização da ANP

......~~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

Setor de Transporte - Nova Legislação


Reestruturação com Nova Orientação para esta Atividade.

,. Introdução do Livre Acesso (Art. 58)

.,. Não há impedimento para o Carregador ser proprietário do


gasoduto
,. PETROBRAS deverá criar uma Subsidiária com atribuições
específicas de operar e construir seus dutos (Art. 65)

30

_rY>.~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

REGULAMENTAÇÃO

Lei n° 9.478 de 06/08/ 97 - Regulamenta a Indústria do Petróleo

Movimentação de petróleo, seus derivados e gás natural

DEFINiÇÕES TÉCNICAS: ( Capitulo 111- Seção /I - Art. 6)

TRANSPORTE: movimentação em meio ou percurso de interesse geral (IncisoVII).

TRANSFERÊNCIA: movimentação em meio ou percurso de interesse específico


e exclusivo do proprietário ou explorador das facilidades ( Inciso VIII) .

f'7'~ Curso:
..uwr Gás Natural
CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

Lei nO 9.478/97 - Regulamellta a IlIdústria do Petróleo

Atribuições da AgêllciaNacional do Petróleo (ANP):

Estabelecer critérios para as tarifas de dutos e arbitra seus valores (Cap 11 ', Seção I - Art. 8)

.4utori:ar a constru ção de instalações e o trallSporte (Cap. 1'/1 ,Art.56) (Port. ANP 170198)

Recolllr ecer a titularidade de instalações de transporte marítimo e duto viário (Art. 57)

Qualquer interessado pode usar dutos de transporte e terminais marítimos (Art. 58)

Arbitrar as cOlllrovérsias elllre titular e interessado no transporte (Art.58. § 1°)

Regu lar preferência do proprietário das illStalações, visando a máxima utilização (Art.58, § 2")

Reclassificar dutos de transferência para transporte, caso /taja interessados (Art. 59)

31

.,..~.-rt Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

HISTÓRICO

Lei n° 9.478 1 97 - Regulamenta a Indústria do Petróleo

Capo IX - Art. 65:

A PETROBRAS deverá constituir uma Subsidiária com objetivo de:

Operar e construir seus dutos. terminais marítimos e embarcações para transporte de

petróleo, derivados e gás natural.

Essa Subsidiária poderá associar-se. majoritária ou minoritariameme, a outras

Empresas

~I"'r\,~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

REGULAMENTACAo DA AREA DE

TRANSPORTE DE GAS

Portaria 169 de 261lJI98 - Utilização de instalações de transporte de gás natural por


terceiros (REVOGADA em 1610410/). (Novas portarias irão regulamentar o assunto)
Portaria 170 de 26111198 - Estabelece as condições para a construção, a ampliação e
a operação de instalações de transporte ou de transferência de petróleo, seus
derivados e gás natural;
Portarias ANP 43 de 15/ 04/98: Importação de gás natural;
Portarias ANP 44 de J 5/04/98: Exercício da atividade de construção e operação
de instalações de transporte;
Portarias ANP 98 de 22/06/01: Criou o Concurso Aberto que estabelece os
procedimentos de oferta e alocação de capacidade para o serviço de transporte
firme decorrente da expansão de suas instalações de transporte.

32

-~~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

CONTRA TOS DE TRANSPORTE

•TRANSPORTE FIRME:
• forma regular até o limite contratado;
• movimentação mínima garantida
("Ship or Pay" / "Move or pay") .

•TRANSPORTE NÃO FIRME:


• pode ser interrompido ou reduzido;

·eximem as partes de pagamentos de parte à parte

quando da não ocorrência do serviço;

•Transportador repassa aos Carregadores 90% receita

prestação serviço sobre Capac. Ociosa no Ship or Pay

f7~ Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

CONTRATOS DE TRANSPORTE
•Termos e Condições Gerais de Serviço -TCG:
·parte integrante e indissociável dos Contratos
·Principais Termos:
·Empacotamento
·Gás para Uso no Sistema
·Ponto de Recepção / Ponto de Entrega
·Percurso Principal/Percurso Alternativo
·Zona de Entrega - Principal e Secundária

Capacidade Contratada
Ponto Recepção Zona Secundária
Zona erincipal
q ~---1~1-1-~11
1 1 1l
Percurso Principal

33

...,..,.rwo..rz"I Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

CONTRA TO DE COMPRA E VENDA

PRINCIPAIS NOMENCLATURAS

• Delíver or Pay - Produtor X Carregador ou


Carregador X Consumidor (Cias.Distribuidoras)

. Take or Pay -Carregador X Produtor ou


Consumidor (Cias.Distribuidoras) X Carregador

r2.rT\,rln Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GAS NATURAL NO BRASIL


PAR T1C1PA çAo NA MATRIZ ENERGÉTICA -# { 1990: 2%
. 2003: 4%
. FUTURA:
Rela/ório Comissão Reexame da MEllo' -04/91
2000 4.5% consumo de cerca de 40 milhdes m1/dia
2010 6,0% consumo de cerca de 75 milhdes m1/dia

Rela/ório Comissão Nacional do Gás Na/ural MME-03/92

2000 9.8%

2010 11.9%

Balanço Energético ,"acionai M,\lE


2005 10% (consl/lllO de cerca dI' 90 milhól's m3/dia)

- USO GAS NOS PAisES ISDUSTRI.4UZ.-tDOS:


- TERMOELETRICIDADE 17 %

- INDUSTRIAL 32 %

- RESIDENClAUCOMERClAL 38 %

- OUTROS 14 %

34

~r"rl.F1n Curso:
Gás Natural
CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GAs NATURAL NO BRASIL


REDE DE GASODUTOS EXISTENTES (*):
DA PETROBRAS: 2002~2003
TRANSPORTE: 2.512 km ( 20,0 -# 22,3milhóes m 3/dia)

· TRANSFERÊNCIA: 2.423 km

·
DA TBG:
TOTAL: 4.935 km

TOTAL : 2.583 km ( 11,82-# 14,04milhóes m 3/dia)


DA TSB:
· TOTAL: 50km (1,57-# 1,26 milhão m 3/dia)

DA GAS OCIDENTE:
· TOTAL: 267km ( 1,25 -# 1,14milhllo m 3/dia)

TOTAL GERAL 7.835 km (34,64~ 38,74 milhões m 3/dia)


(*) Transferêncla+ Transporte

~ Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

TRANSPORTE DE GAS NATURAL NO MUNDO - 2002

.'

35
~ Curso: Gás Natural
~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

IMPORTAÇÃO GNL x GASODUTOS - 2002

.lmpO<1açAo GNL-Asia .lmpO<1açAo Gasodutos

~Jr"':"\.~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

DESAFIO:
"Alcançar Regiões Baixa Demanda ("âncora')
Afastadas da Produção e/ou Gasodutos"
Brasil:
~Gasodutos Transp/Transferência -7 7.835km (2.583km do GASBOL)
EUA:
~ Gasodutos Transporte -7 407.000 km
~ Era do Desenvolvimento -71910 a 1950
>- Pressão por Competição se iniciou na Década de 1950
>- Regulamentação já sofreu diversos Aperfeiçoamentos

36

_r..-..r1n Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

MALHA DE GASODUTOS
/7ti "---~
v ~~TL4 (

: -:'",. 'I

I Malha RNIPE I
.----­
~ _I Malha SEIBA I

', _ ...0..... .../

f7~ Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

Perspectivas de Expansão da Capacidade


da Malha Existente

Crescimento da Oferta (micr%ca/ização) e

Crescimento do Mercado (micr%ca/ização - Industria/ e UTEs)

Metas Estabe/ecidas ( Governo e PE)

D
Análise da Solução mais Econômica

37

......-...... Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

Livre Acesso

,. Afeta as decisões de investimento na construção de gasodutos


,. Elevados investimentos na área de produção/gasoduto de transporte

Garantias:

"Recuperação dos Investimentos realizados em toda a Cadeia"

~ Curso: Gás Natural


'W' CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

Desenvolvimento Infra-Estrutura
Critérios para as Tarifas:

';- Assegurar Taxa de Retorno "Razoável" 780% Custo de Capital

Gasodutos Longa Extensão 7 "Empreendimento de Risco":

>Altos illvestimentos com Elevada Concentração na Implantação

~ Imobilização do Ativo exclusivamente nessa Atividade

~ Longos Períodos para Recuperação do Capital

38

_.~r.n Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

AMPLIAdo DE CAPACIDADE DE

GASODUTOS EXISTENTES - Port ANP 98/00

-Limitação 40% Capac. q Carregadores + 50% Capac. Contratada Firme

-CONCURSO ABERTO

-Tarifa Incrementai < Tarifa Existente c::) "Roll in" Tarifa ponderada Capac.
-Tarifa Incrementai> Tarifa Existente c::) Duas Tarifas -# Nova>Praticada

-Tarifas a serem cobradas:


-Tarifa de Entrada
-Tarifa de Saida
-Ta,.ifa de Capacidade
-Tarifa de Movimentação

_.~,~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

39

, - . - ',. rro Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

EVOLU ÃO DA REDE DUTOVIÁRIA DE ÁS NA TURAL

14000
~ 12000 11.600
E
2S 10000
9.100
o
.« 8000 7.835
(f)
Z 6000 4.935
W

I-
4000
x
w 2000
o

.PETROBRAS • TBG+ TSB+G.OCIDENTE


• CONCURSO ABERTO • NOVOS GASODUTOS TRANSP .

-,--..~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

EVOLUÇÃO DA REDE DUTOVIÁRIA DE GÁS NA TURAL

USAxBRASIL

500000

450000

- ---::-------,.- - - - - - . 407.000 km
Ê 400000
2S 350000
o 300000
.~ 250000
ffi200000
I- 150000
~ 100000
50000
o -I--'-~--r----'-"---r--'-~--r----"''''''-..---.--....,....""'"'''!'''---'~ 7.835 km

~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~
~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~
ANO

• BRASIL USA

40

_l"W"I.rzot Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GÁS NATURAL

Condicionamento

11 Tipos De Transporte

111 Transporte Dutoviário

IV Regulamentação

V Transporte de Gás Naturalliqüefeito

~ Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

Produçio Gh Natural

11 On.hore/Oflshore !!

""
: ..
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Cad e ia
,
~~_troc ••samentOlTratam8nto
LfC~_:f~ -,Planta L'quefaçio Gb
do Gas . --~'Iiii ,d TermlnalGNLOrlgem
\Gasodutos ,#
Natural . '
~t
_
. ,.. ,Revaporizaçt.o
---<·~ran.port. Marítimo
~~:-T
:"_ - t~ -" '
...
. -~t.c:~~""" d I
Terminal GNL Destino _i#

41

..,.........~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

600m3
GAS
I mJ
Gt'iL

200C e 1 arlll. -1600C e 1 arlll.


8.867 kcallm 3 5.540.000 kcallm 3

r'a,rT'I,rTt Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GÁS NATURAL LIQUEFEITO - GNL

PRINCIPAIS CARACTERíSTICAS

- CONTRA TOS DE LONGO PRAZO

- GRANDES VOLUMES - ( Plantas GNL -# 12 milhões m3/dia )

42

.....f'W'IIo..,., Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GNL - TERMINAL MARÍTIMO

-LOCALIZAÇÃO
-CAPACIDADE

-TIPOS DE TANQUES
./

-APROVEITAMENTO "BOIL OFF":

-ORIGEMNIAGEM/DESTlNO

·REVAPORIZAÇÃO

-APROVEITAMENTO DO FRIO

.......~~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E Canal de Acesso
~ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _• Mín 5xLargura (250m)
(Pouco Trafegado)

43

~r"rIo.r'ln Curso:
Gás Natural
CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GNL - "BOIL OFF"


Q

QQ
Isolamento

-(f
Q
'TANQUES EM TERRA: 0,05 a 0,1% do volume/dia

·TANQUES EM METANEIROS: 0,2 a 0,25% da carga/dia ===> 0,1%

~ Curso: Gás Natural


.uw" CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

ESQUEMA DE PROCESSO DO TERMINAL


RECEBIMENTO DE GNL
f - -­

44

.....~r:"'I Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

BRAÇOS DE CARGAlDESCARGA DE GNL

_,~&"T\ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

TANCAGEM DE GNL

Tipos Tanques:
".,.:ut,J~:~ Contenção Simples
Contenção Dupla
Contenção Total

45

~~.-,n Curso:
Gás Natural
CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

AR

,L-~===;--::~=-=-::c-11 c
~~ ________~________~~~ c
ÁGUA@35°C

~.rT\~ Curso:
Gás Natural
CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

46

_rw'!oorw"t Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GNL - TRANSPORTE MARÍTIMO


CARACTERíSTICAS DOS NAVIOS:
·'NFLU~NC'A DA NATUREZA DA CARGA :
·INFLAMABILlDADE
'DENSIDADE
·BAIXA TEMPERA TURA
•TIPOS DE TANQUES DOS NAVIOS :
'INDEPENDENTES :

·PRISMÁ TICO

'ESFÉRICO

' CILlNDRICOS

'MEMBRANA:
•LISA

'CORRUGADA

·"BOIL OFF" NOS NAVIOS :


·ORIGEM
·APROVEITAMENTO

+ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GNL - FROTA MUNDIAL


Ano. de Cons~ o . .
Capacidade 1990 Total Volume Médio
(m') : Até a Após . Existente... .. (m'/NT)
1989 1999 2000 !
15.000
a 6 4 2 12 21 .600
39.999
40.000
a 6 6 42.200
59.999
60.000
a 11 4 15 77.200
99.999 ...
100.000
a 45 40 34 . . 119 · 132.000
140.000

TOTAL 68 48 36 152 114.400

47

.....--.....,. Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GNL - FROTA MUNDIAL

-CAPACIDADE DA FROTA ATUAL: 152 navios

Total: 11,381 milhões m3

-ENCOMENDAS: 57 navios

Total: 7,3 milhões m3

Fonl t : ClIrkJo ns

8"7I.1"'r\.rr\ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GNL - TRANSPORTE MARÍTIMO


INFLUÊNCIA DA ESCALA NO CUSTO UNITÁRIO
DE TRANSPORTE

Porte: Custo Capital Custo Operacional

80.000m3 (100) ~ 100 ~ 100 ~

165.000m3 (206) Ç 74 Ç 71 Ç
FONTE : LNG ANO METHY FUELS - REPORT103-1976

48

_~"rl.-..n Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

~~~ Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

GNL - CADEIA DE GNL

COMPOSICÃO DO INVESTIMENTO TOTAL

• Exploração e Produção 25 a 35%

• Unidades de Liquefação 25 a 35%

• Transporte Marítímo (navio novo) 15 a 25%

• Terminal no Destino 5 a 15%

49

47~ Curso: Gás Natural


~ CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

CUSTO REPRESENTATIVO DO TRANSPORTE

PETRÓLEO X GÁS NATURAL

3,00

GASODUTO 42"

2,50 GASODUTO 12" GNL

2,00
:::!J
f-
IO 1,50
:;;
:;;
;:;;
rJ)
::::l ',00
0,50
t OLEODUTO

0,00
.
o ...I +- ~. 0.20_ _ _ _ ~o~~!
I
6.000 8 .000 10.000
DIST ANelA (km)

~,~.-:;n Curso: Gás Natural


CONDICIONAMENTO E TRANSPORTE

CRONOGRAMA DE IMPLANTACA-O DE UM PROJETO DE GNL

ANOS 5 10

Estudos Preliminares
Negociações e Comercialização
Estruturação da Companhia
Definição do Projeto
Acordos
Escolha do Construtor
Seleção do Construtor
Construção dos Navios
Preparação do Terreno
Construção de Tanques
Construção dos Gasodutos e Planta
Primeiro Carregamento I I I
o
Pontos de Decisão

50

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