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splrax
,sarco
Departamento de Marketing
TREINAMENTO

Projeto 'Open University'

AR COMPRIMIDO

,
AR COMPRIMIDO

Referência OU-GO 1O1-01

Janeiro I 1997

íNDICE

SEÇÃO 1 - INTRODUÇÃO- -------------------5


1.1 - PROPRJF.DADES DO AR COMPRJMIDO--------------------------------------------------------------------------5

/ . J, I - Vantagens do ar comprimido ••----------------------------------------------------------------------------------------5


1.1.2 - Limitações do ar comprimido -------------.------------------------------------------------------------------------6

1.2 - FUNDAMENTOS FislCOS -------------------------------------------------------------------------------------------6

I. 2.1 - O que é ar? ----------------------------------------------------------------------------------------------------------6


I. 2. 2 - Ar comprimido ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 6
1.2.3 - Escalas de pressão ------------------------------------------------------------------------------------------------------7

I. 2. 4 - Compress ibilidade do ar ----------------------------------------------------------------------------------------------- 8


1.2.5 - Relação de compressão -------------------------------------------------------------------------------------------- II

1.2.6 - Escalas de temperahtraS -------------------------------------------------------------------------------------- 13

SEÇÃO 2 - PRODUÇÃO DO AR COMPRIMIDO 14


2.1 - GERAÇÃO DO AR COMPRJM1DO ----------------------------------------------------------------------------- J4

2.2 - AR ASPl RADO --------------------------------------------------------------------------------------------------- 14

2.3 - A CASA DO COMPRESSOR ---------------------------------------------------------------------------------------- 15

2.3.1 - Compressor de êmbolo ------------------ ---------------------------------------------------------------------------- 15

2.3.2 - Compressores rotativos ---------.---------------------------.------------.-----------------------------------------.- 17

2.3.3 - Turbo compressores ------------------------------------------------------------------------------------------------ 17

2.4 - REFR1GERAÇÃO DO COMPRESSOR------------------------------------------------------------------------------- 18

SEÇÃO 3 - RESFRIAMENTO, SECAGEM E RESERVATÓRIO DE AR -------------19


3.1 - REsFRlAMENTO DO AR --------------------------------------------------------------------------- 19

3. I. I - InIercooler ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2 O
3. I. 2 - Afi ercoale r ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 2O
3.2 - SECADORES------------------------------------------------------------------------------------- 21

3.3 - RESERVATÓR10 DE AR (PULMÃO) ----------------------------------------------------------------------- 22

3.4 - CARTA DE UMlDADE OU CARTA PS1CROMÉTRJCA ---------------------------------------------------------- 24

3. 4.1 - Umidade ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 25


3.4.2 - Umidade relativa ------------------------------------------------ ------------------------ ---------------------------- 25

3.4.3 - Umidade de saturação do ar --------------------------------------------------------------------------------------- 25

3. 4. 4 - Calor úmido ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 25


3.4. 5 - Volu me úm ido- ------------------------------------------------ ------------------------------------------------------ 25

3.4.6 - Temperatura de bulbo seco ------------------------------------------------------------------------------------------ 26

3.4.7- Temperatura de bulbo ,ímido --------------------------------------------------------------------------------------- 26

3.4.8 - Resfriamento adiabát ico -------------------------------------------------------------------------------------------- - 26

3.4.9 - Ponto de orvalho ---------------------------------------- -------------------------------------------------------------- 26

SEÇÃO 4 - DISTRIBUIÇÃO DO AR COMPRIMIDO- 27

4.1 - SlSTEMA DE AR COMPRlMlDO---------------------------------------------------------------------------- 27

4.2 - OBJETIVO --------------------------------------------------------------------------------------------------- 27

4 .3 - LAY-O UT---- -- --------- --- ---------------------------- -------- - --- -- --- -------- --------- --- --- -- --- --- --- ----- --- 27

4.4 - VAZAMENTO MiN1MO DE AR ----------------------------------------------------------------------------------- 28

4.5 - DlMENS10NAMENTO DA ReDE DE D1STRlBUlÇÃO -------------------------------------------------------- 29

4.5. I - Critér;o da velocidade ----------.-------.----------------------------------------------------.--------------------- 29

4.5.2 - Critério da perda de carga-------------------------------------------------------------------------------------------- 29

4.5.3 - Velocidade adequada para ar comprimido ------------------------------ ---------------------------------------- 29

4.5.4 - Exemplos ------------------------------------------------------------------------------------ -- ------------------------ 31

SEÇÃO 5 - ACESSÓRIOS PARA LINHAS DE AR COMPRlMJDO-----------------33


5.1 - PURGADORES----------------------- ----------------------------------------------------- ------------------- 33

5.1.1 . Purgador eletrônico /emporizado------------------------------------------- ----------------------------------------- 33

5.1.2 - Purgador de bOia---------------------------------------------------------------------------------------------------- 33

5.2 - SEPARADORES DE UMIDADE---------------------------------------------------------------------------- 34

5.3 - FILTROS, REGULADORES E LUBRJFICANTES-------------------------------------------------------------------- 34

5.3. I - Fillros Y ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 34

5.3.2 - Fi/lros com elemento de nylon-----------------------------------------------------.-------------------------------- 34

5. 3.3 - F i I fro regulador ------------------------------------.---------------------------------------------------------------.-- 3 6


5.3.4 - Filtros coalescentes ---------------------------------------------------------------------------------- ---------------. 37

5.3.5 - F illro de carvào afillado---------------------------------------------------------- ----------------- ---------- -------- -- 37

5.3.6 - Lubrifie adores ------------------------------------------------------.------------------------------------------------ 38


5.4 - VÁLVULAS DE CONTROLE DE PRESSÃO E TEMPERATURA------------------------ ----------------------------- 39

5.5 - MEDIDORES DE V AZÃO----------------------------------- ----------------------------------------- 41

5.6 - VÁLVULA DE ESEERA----------------------------------------------------------------------------------------- --- 43

5.7 - VÁLVULA DE RETENÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------- 43

ÍNDICE DE DISQUETES E SUDES - - - - - - -- ---45


REQUERIMENTOS PARA A INSTALAÇÃO EM SEU COMPUTADO R ------------------------------------------------------------- 46
I NSTRUÇOES PARA A JNSTALA çà O ----------- ------ - --- --------------------- --- ---------------- -- -- --- -- -.- -- --- 46
ti'J Disquete / Transporências ---------------.------------------------------------------ __ o 46
-- -- -- ----------- --- ---- -- - - -----

Disquele / Tex Io ---- ----------------------- - ------------------------------------------------------------. --- 46


SEÇÃO 1 - INTRODUÇÃO

A maioria das indústrias possui instalações de ar comprimido, dependendo da


aplicação, consumirão grandes quantidades de ar ou este será apenas um elemento
secundário no processo.
O ar comprimido é relativamente caro e, portanto, é conveniente assegurarmos que o
sistema trabalhe com ótimo rendimento, evitando perdas na instalação.
O usuário geralmente desconhece o aspecto econômico e por tratar-se de "ar", um
fluido econômico e não perigoso, não se dá a devida importância às pequenas
perdas.
Contrariamente ao vapor, o ar comprimido não condensa nas tubulações, portanto, não
existem perdas fixas, o que torna relativamente fácil detectar sua existência.
Durante as paradas da fábrica o consumo deve ser nulo. Se este não for, indicará uma
perda.
Evitar as perdas não é o único ponto a levar-se em conta. Em qualquer parte de uma
instalação de ar comprimido pode-se melhorar o rendimento.

1.1 - Propriedades do ar comprimido

1.1.1 - Vantagens do ar comprimido

Quantidade: O ar é encontrado em quantidades ilimitadas em todos os lugares.


Transporte: O ar comprimido é facilmente transportado através de tubulações, mesmo
para distâncias consideravelmente grandes. Não há necessidade de preocupação
com o retorno do ar.
Armazenamento: No estabelecimento não é necessário que o compressor esteja em
funcionamento continuo, o ar pode ser armazenado em um reservatório e,
posteriormente, utilizado.
Temperatura: O trabalho realizado com ar comprimido é praticamente insensivel às
oscilações da temperatura. Isto garante, também em situações térmicas extremas,
um funcionamento seguro.
Segurança: Quase não existe o perigo de explosão. Portanto, não são necessárias
custosas ou excessivas proteções contra explosões.

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Limpeza: O ar comprimido deve ser limpo. O ar que eventualmente escapa das
tubulações ou outros elementos inadequadamente vedados, não polui o ambiente. A
limpeza é uma exigência, por exemplo, nas indústrias alimenticias, quimicas,
madeireiras e têxteis.
Construção dos elementos: A construção dos elementos de trabalho é simples,
portanto, de custo vantajoso.
Velocidade: O ar comprimido é um meio de transporte rápido, atingindo altas
velocidades de trabalho. (A velocidade de trabalho dos cilindros pneumáticos varia
entre 1-2 m/seg.).
Regulagem: As velocidades e forças de trabalho dos elementos que operam com ar
comprimido são ajustáveis.
Proteção contra sobrecarga: Os equipamentos e ferramentas a ar comprimido são
carregáveis até a parada final e portanto seguros contra sobrecargas.

1.1.2 - Limitações do ar comprimido

Preparação: O ar comprimido deve ser tratado. Impureza e umidade devem ser


evitadas, pois provocam desgastes nos equipamentos pneumáticos.
Compressibilidade: Não é possivel manter uniforme e constante as velocidades dos
cilindros e motores pneumáticos mediante à ar comprimido.
O ar comprimido é econômico somente até uma determinada força, limitado pela
pressão normal de trabalho de 700 kPa (7 bar), pelo curso e pela velocidade.
Escape de ar: O escape de ar é ruidoso, mas com o desenvolvimento de silenciadores,
este problema foi resolvido.

1.2 - Fundamentos Físicos

1.2.1 - O que é ar?

A superflcie terrestre é totalmente envolvida por uma camada de ar. Este ar é uma

mistura gasosa com a seguinte composição:


- Nitrogênio - aproximadamente 78 % do volume.
- Oxigênio - aproximadamente 21 % do volume.
- O restante é composto por resíduos como Dióxido de Carbono, Argônio, Hidrogênio,
Neônio, Hélio, Criptônio e Xenônio.

1.2.2 - Ar comprimido

É o ar submetido a uma pressão superior à pressão atmosférica.

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P> Patm

1.2.3 - Escalas de pressão


A pressão do ar não é sempre constante . Ela muda de acordo com a situação
geográfica e as condições atmosféricas. Se a pressão for medida em relação ao
vácuo ou zero absoluto é chamada "pressão absoluta" (Pabs); quando for medida
adotando-se a pressão atmosférica como referência é chamada "pressão efetiva"
(Per) ou "pressão manométrica" (Pman). A escala de pressões efetivas é importante,
pois praticamente todos os aparelhos de medida de pressão (manômetros) registram
zero quando abertos à atmosfera, medindo portanto a diferença entre a pressão do
fluido e a do meio no qual se encontram.
Se a pressão for menor que a atmosférica costuma ser chamada impropriamente de
vácuo e mais propriamente de depressão; logo, uma depressão na escala efetiva
terá um valor negativo, e todos os valores da pressão na escala absoluta são
positivos.
Portanto:
Pabs =Patm + per ; per =Pman
onde, per pode ser positiva ou negativa .
Quando Per < patm -7 faixa de depressão
Quando Per> Patm -7 faixa de sobre-pressão

p,
faixa de

p ... sobre-pressão pressão


efetiva
PIO<
r essio absoluta
PIIM

I pressão atmosférica
p:zer<O Ifaixa de depresslo
p,
presslo
I
absoluta
p,.", > O

O zero absoluto (
vácuo absoluto
)
"ti unidades usadas para expressar a pressão são Pa; bar; kgf/cm 2 ; atm; psi; entre
outras.
Onde:
1atm =' 1,033 . gf/cm 2 =1,013 bar =101325,0 Pa =101 ,325 kPa =14,696 psi

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1.2.4 • Compressibilidade do ar

Ar submetido a um volume iniciai Vo Ar submetido a um volume final Vf

Força
oi

Vo
Vf

Vf<Vo

o ar comprimido, assim como todos os gases, não tem uma forma definida. Ele se
altera à menor resistência ou seja, se adapta à forma do ambiente. O ar se deixa
comprimir, mas tende sempre a se expandir.
Para o càlculo das propriedades do ar comprimido vale a equação dos gases ideais:
PV = n RT (Equação de Clapeyron)
PV =..'aT

onde: P = pressão absoluta do ar


V = volume ocupado pelo ar
=
n número de mols miM =
=
m massa de ar
T = temperatura absoluta do ar
= =
M massa molecular do ar 28,966 kg/kg.mol
R = constante universal dos gases:
=
R 0,082 atm.J1(g.mol). K
R = 847,85 kgf.m/(kg.mol). K
R = 1,987 cal/(g .mol). K ; kcal/(kg.mol). K Btu/(lb.mol). R
R = 8,31 J/(g.mol). K
R = 1545,3 Ibf.ftJ(lb.mol).R
R = 83,13 bar.cm3/(g .mol).K
R = 8,314 kPa.m 3/kg.moI.K

Não havendo variação de massa, temos:

p, . V,
= constante

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Sob temperatura constante, o volume de um gás fechado em um recipiente é
inversamente proporcional à pressão absoluta, ou seja, o produto da pressão
absoluta e do volume é constante para uma determinada quantidade de gás.

Pl . V1 =P2. V2 = P3. V3 =constante


Se a pressão for constante:
V1 T1
V2 T2

A densidade ou massa especifica do ar é:

m PM
d=p= -=
v RT

Na CNTP (273 K e 101,325 kPa): d = 1,29 kg/m 3

E o volume especifico:

1 _ V _ RT
v=
d m PM

Nota:
Muitas vezes necessita-se de "volume" de ar e outras de "massa" de ar, dependendo da
aplicação.
Como trata-se de um gás, o volume para uma mesma massa irá variar conforme a
pressão e a temperatura. Portanto, estabelece-se uma condição padrão, denominada
Normal, onde são fixadas a pressão e a temperatura. Neste caso, deve-se anotar "N"
anteriormente a unidade de volume. Ex.: Nm 3/h.
Quando para o processo o importante é a "massa de ar", sempre deveremos converter
a vazão em volume para o estado padrão "Normais".

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Para converter de m3 para Nm 3 , utilizam-se as fórmulas abaixo:

• Para ar úmido:

273 P, -(Rh. pv)


*273
- +T
-,­ *

Onde:
T, = temperatura de entrada do ar em °c
P, = pressão de entrada do ar na flange de admissão do compressor em kgf/cm 2 abs
:=
Rh = umidade relativa em %

Pv = pressão parcial do vapor de água em kgf/cm 2 abs (ver tabela 1)

• Para ar seco:

PN • V N = Po ' VO
TN To

Onde:
PN = Pressão no estado normal (1,033 kgf/cm 2 abs)
VN = Volume no estado normal (Nm 3 )
TN = Temperatura no estado normal (273 K)
Po = Pressão de operação / sistema (kgf/cm 2 abs)
Vo = Volume de operação / sistema (m 3)
To = Temperatura de operação / sistema (OC + 273 K)

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Tabela 1 . Pressão parcial de vapor de água saturado

Temperatura °C Pressão absoluta kgf/cm 2


O 0,00619
5 0,00886
10 0,01251
15 0,01737
20 0,02383
25 0,03227
30 -p,04324)
35 0,05730
40 0,07516
45 0,09766
50 0,12571

lJ".l , _., o< z.:y>, j),.P - (o,~· OIO~Jl~)


~~, +- 30 I,O-""'!.
....,.~ ~ or8~·
1.2.5 • Relação de compressão
A relação de compressão é dada por R = P abs / Paim, onde Pabs é a pressão fornecida
pelo compressor (abs.) e Patm é a pressão atmosférica.

Pcf+Palm
R (atm) = - - - - - =
Pallll

Pd + Palm Pcf + 1,013


R(bar) = ---- =----­
p.~ 1,013

Po::r+ P:um Pcf+ 1,033


R(kgf/cm2) ,,~;;'p::--=""--
11m 1,033

Obs.: Os valores acima da pressão atmosférica são em relação ao nivel do mar.


A pressão atmosférica varia de acordo com a altitude, veja tabela 2.

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Tabela 2 - Efeito da altitude na pressão atmosférica

Altitude Pressão atmosférica


(mL (bar)
Nível do mar 1,01 3
500 0,945
1000 0894
1500 0840
2000 0,789
2500 0,737

Exemplo: Admitindo um volume inicial de 0,5 m3 de ar livre, qual será o seu volume

quando comprimido a uma pressão manométrica de 6 bar?

Solução:

1° passo: Cálculo da relação de compressão

Pmao+ Paim 6 + J,OO


R = --==---""'-- = = 6,92
P"m 1,013

2° passo: Cálculo do volume final

Vi 0,5
Vf=--= - O,07 m3
R 6,92

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1.2.6 - Escalas de temperaturas

CELSIUS KELVIN FAHRENHEIT RANKINE

Ponto de vapor ­ 100 0c 373,15 K 212°F 671,67 R

Ponto do gelo ­ O"C 273,15 K 491,67 R

Zero absoluto ­ _273,15 "C OK - 459,67 "F OR

Relações: TK=t OC+273,15 T R = t °F + 459,67


t °C = (5/9) * (t °F - 32) t °F = 1,8 * t °C + 32

Onde : T =temperatura absoluta e t =temperatura relativa

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SEÇÃO 2 - PRODUÇÃO DO AR COMPRIMIDO

2.1 - Geração do ar comprimido

Para a produção de ar comprimido são necessários compressores. os quais comprimem o ar para a pressão de
trabalho desejada. Na maioria dos acionamentos e comandos pneumáticos encontra-se, geralmente, uma estação
central de distribuição de ar comprimido. Não é necessário calcular e planejar a transformação e transmissão da
energia para cada consumidor individual. A instalação de compressão fornece o ar comprimido para os devidos
lugares através de uma rede tubular.

Ao projetar a linha, devem ser consideradas a ampliação e aquisição de outros novos aparelhos pneumáticos. Por
isso é necessário superdimensionar ligeiramente a instalação para que mais tarde não venha constatar que ela está
sobrecarregada. Uma ampliação posterior da instalação é geralmente muito cara.

A geração ideal de ar comprimido, equipamentos e acessórios, é demonstrada abaixo:

Sistema de Controle
de Temperatura Separador de
Aftercooler Umidade
~~ •

Sistema de
Drenagem

Compressor

Fig. 1: Equipamentos e acessórios ideais na geração de ar comprimido.

2.2 - Ar aspirado
Muito importante é o grau de pureza do ar. O ar aspirado pelo compressor deve ser limpo - não conter poeira,

fuligem ou outras partÍCulas sólidas. Um ar limpo garante uma longa vida util da instalação. A utilização correta dos

diversos tipos de compressores também deve ser considerada.

O ar quente é menos denso que o ar frio, isto é, mais leve. Portanto, se o ar aspirado pelo compressor for quente, o

volume de ar dentro deste será menor, diminuindo o rendimento do compressor. Neste caso, toma- se necessário um

resfriamento (ver Seção 3).

Por isso, a temperatura é importante - quanto mais frio o ar, maior será o rendimento total da instalação.

A tubulação de captação do ar deve apresentar as seguintes características:

a) Diâmetro do duto de sucção - pelo menos 25 % major do que o pistão do compressor.

b) Menor comprimento e número de curvas possível.

c) Perda de carga máxima 0,08 kglcm'.

d) Velocidade entre 5,0 e 7,0 m/s.

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e) Distâncias de 3 m do chão, parede ou teto evitando reflexão de ondas sonoras e vibrações.

2.3 - A casa do compressor

Os compressores silo equipamentos responsáveis pela pressurização do af ambiente.

Há dois tipos básicos de compressores:

I - De Deslocamento - São baseados no princípio de redução de volume. Consegue-se a compressão, sugando o ar


para um ambiente fechado (ex. um cilindro), e diminuindo posteriormente o seu volume neste ambiente.

LI - Dinâmicos - Funcionam segundo o principio de fluxo. Sucção do ar de um lado e compressão no outro por
aceleração da massa (turbina).

I TIPOS DE COMPRESSORES I
I I
I Co"!p",,,or
de Embolo
I I COmp.....or
Uol1ltWo
IC01ll!'I'CSSor
llirbo - I
1
I

I I I I

Turbo ­ llirbo ­
lcompressorl
del'btiio
Compressor
de M.mbl'1l~ .
,I Compr...or Compressor
Ibdi... AI.loI

I
Com"",",,,r Compressor
I

COmp........

Mulllodular d.P..... fwo. Ruot.


de Palhetas HeliC'oidaiJ

Fig. 2: Tipos de compressores quanlo ao processo de compressAo.

Os compressores de êmbolo e rotativo são do tipo de deslocamento e os turbo - compressores são do tipo dinâmicos.

2.3.1 - Compressor de êmbolo

Compressor de pistio - Atualmente é O mais utilizado. É apropriado para baixas, médias e altas pressões. Seu
range é de cerca de 100 kPa (J bar) até milhares de kPa.

QU-G0101-01 Spirax Sarco 'Qpen University' Página 15


Entrada Salda
de ar de ar

Fig. 3: Compressor de plstlio de um único estágio.

b) Compressor de pistio de 2 ou mais estágios - Para a obtenção de ar a pressões elevadas, são necessários
compressores de vários estágios de compressão. O ar aspirado é comprimido pelo primeiro êmbolo (pistão),
refrigerado intennediariamente t para em seguida ser comprimido pelo segundo êmbolo (Pislão). O volume da
segunda câmara de compressão é menor em relação a primeira. Durante o trabalho de compressão se fonna wna
quantidade de calor. que tem que ser eliminada pelo sistema de refrigeração.
Os compressores de êmbolo podem ser refrigerados por ar Ou água. Para pressões mais elevadas são necessários
mais estágios:

até 400 kPa (4 bar) I estágio


até 1500 kPa (15 bar) 2 estágios
acima de 1500 kPa (> 15 bar) 3 ou mais estágios

Admitindo-se uma compressão adiabática, a potência necessária para comprimir o ar depende do número de estágios

do compressor.

Assim sendo, sabend<rse a relação de compressão existente (item 1.2.5) e o desperdício de ar encontrado (item 4.4),

calcula-se automaticamente a potência desperdiçada no compressor, uma vt:z, que será necessário wn consumo de

energia adicional para compensar estas perdas.

A tabela 3 indica a polência necessária para comprimir 100 drnJ/s de ar normal, em kW.

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Tabela 3 - Potência de um compressor tipo pistão em kW

P, (kld'lcm') 1 estáltio 2 estáj!ios 3 estál!ios


0,51 40
1,02 7,5
2,55 15,0 14,0
5,10 23 O 20,0 19,0
7,14 28,0 24,0 22,0
10,20 34,0 28,0 27,0
14,28 400 32 O 30,0
19,38 46,0 35,0 33 O

c) Compressor de membrana - São equipamentos de pequena capacidade, não lubrificados, onde uma membrana
separa o êmbolo da câmara de trabalho e o ar não tem contato com as peças móveis. Portanto, o ar comprimido está
isento de resíduos de 6leo. Estes compressores são utilizados com preferência nas indústrias alimenúcias,
farmacêuticas e químicas.

2_3_2 • Compressores rotativos

a) Compressor rotativo multicelular - Composto de um compartimento cilíndrico, com aberturas de entrada e

saída, onde gira um rolor alojado excentricamente. O rotor tem palhetas que em rotação são deslocadas pela força

centrífuga, formando compartimentos DOS quais o ar é aprisionado, sofrendo gradual diminuição do volume com

conscquente aumento de pressão.

São compressores nonnalmente lubrificados, ate J00 Hp.

Vantagens deste compressor:

- sua construção;

- funcionamento silencioso, cOnlínuo e equilibrado;

- fornecimento unifOIme de ar, livre de qualquer pulsação.

Compressor duplo parafuso (dois eixos) - Dois parafusos helicoidais, os quais, pelos perfis côncavo e convexo

comprimem o ar que e conduzido axial mente, reduzindo de volume e aumentando a pressão.

Entrada de ar

Parafusos

Fig. 4: Compressor de deslocamento rotativo tipo parafuso belicoidal­


c) Compressor Roots - São máquinas rotativas que operam sem válvulas. Não há compressão dentro do corpo. O
ar é l[ansportado de um lado para outro sem alteração de volume. A compressão é obtida pela contra pressão no
instante em que a crista dos 16bulos deixa descoberta a área de descarga.

2_3_3 • Turbo compressores


São adequados para o funcionamento com grandes vazões. Nestes compressores o ar é colocado em movimento por
uma ou mais turbinas, e esta energia de movimento é então transformada em energia de pressão.

OU-G0101-01 Spirax Sarco ·Open University' Página 17


a) Compressor axial - A compressão se processa pela aceleração do ar aspirado no sentido axial do flu xo, de modo

a propurcionar a lran:sfonna'rão de energia cinética em energia de pressão.

b) Compressor radial - O ar é impulsionado para as paredes da câmara e posteriOlmente em direção ao eixo, em

seguida no sentido radial para oulTa câmara sucessivamente em direção à saída.

Para os diversos tipos de compressores apresentados, verifique através do gnífico abai xo qual o compressor ideal

para o processo.

1000 Pistão
~
<li 500
.c
E
OI 100
<li
50
E' Rota I v
..:3
OI
't:I
10
5
./

......
OI
't:I
o 1
0,5
e
o.. Turbo
0,1
5 10 50 100 500 1000 5000 10000 100000

Capacidade dm'

Fig, 5: Seleção do compressor ideal.

2.4 - Refrigeração do compressor


Devido ao aumento de lemperatura que acontece quando o ar é comprimido, uma
forma de refrigeração é necessária para que a temperatura não seja demasiadamente
alta, para uma boa lubrificação e para evitar uma excessiva tensão ténmica na estrutura
da máquina. O resfriamento pode ser tanto a ar como a água.
Hoje em dia, compressores refrigerados a ar, podem ter capacidades até 350 dm 3/s ou
estarem em trabalho contínuo a 14 bar. Esses tipos de compressores não devem
trabalhar em espaço feChado, pois a temperatura pode aumentar impedindo uma
correta refrigeração.
Um método comum de refrigeração do compressor é através de uma camisa de água.
Existem diversos métodos para fornecimento da água fria a essas camisas de
refrigeração:
- Circulação por lenmosifão: Utilizado para pequenos compressores de estágio único e
depende da convecção para fazer a circulação da água que é aquecida pelo
compressor. A água circula da camisa do compressor para um tanque de alimentação
onde o calor dissipa.
- Circula cão forçada: No caso de grandes compressores com um único estágio, a
circulação por termosifão é muito lenta para uma refrigeração adequada, sendo
necessária a instalação de uma bomba para aumentar a velocidade de circulação da
água.
- Refrigeração por circuito aberto: No caso de compressores de vários estágios, não há
como se utilizar dos métodos descritos anteriormente, devido a necessidade de
dissipação de grande quantidade de calor. Nesse caso, deve-se ligar a camisa de
resfriamento do compressor diretamente na rede de água fria.

Página 18 Spirax Sarco 'Open Universily' OU-G0101-01


A utilização de uma válvula controladora de temperatura evita o excessivo resfriamento,
que pode provocar condensação dentro do cilindro acarretando o surgimento de
corrosão nos anéis do pistão e nas paredes internas do cilindro, e ainda assegura o não
desperdício de água. É importante que a válvula não interrompa totalmente o fluxo de
água pois, caso isso ocorra, a água permanecerá estagnada na região do termostato,
impedindo nova abertura. A temperatura da água de saída do cilindro é, em média, de
35° a 49° C.


Sistema de Controle
de Temperatura

Sistema de Drenagem

- ....-
. .~&
.
.

Fig. 6: Refrigeração do Compressor por Circuito Aberto.

- Refrigeração por circuito fechado: Método aplicado para grandes compressores,


sendo-·o calor dissipado através de uma torre de dissipação ou um arrefecedor
mecânico. Quando utilizado o resfriamento por circuito aberto, o consumo de água é
muito grande. Outra vantagem de se utilizar o circuito fechado é de se evitar a formação
de depósitos na camisa do cilindro.
É ideal que o controle de temperatura seja feito com uma válvula de 3 vias, para evitar o
desperdício de água e aproveitamento de energia.

SEÇÃO 3 - RESFRIAMENTO, SECAGEM E RESERVATÓRIO DE AR

3.1 - Resfriamento do ar
A finalidade de uma instalação de ar comprimido é ministrar ar nos pontos de consumo nas melhores condições ·

limpo, seco e com o mínimo de queda de pressão. Qualquer falha poderá aumentar o desgaste de ferramentas ;

diminuir a eficiência em eq,uipamentos como pistolas de pinrura. e os custos operacionais serão maiores do que

deveriam ser.

Considerando a umidade. o ar atmosférico contém sempre uma quantidade de vapor de água, que pode ser definida

como umidade relativa. A quantidade de água que um determinado volume de a[ pode conter, depende da sua

ternperaru.ra. A capacidade de conter umidade aumentará com a elevação de temperatura e diminuirá com uma queda

da temperatura (veja figo7). Ela também diminui com o aumento de pressão.

OU-G0101-01 Spírax Sarco 'Open University' Página 19


50

-­ --­ --­
40
...
-
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30
...
l\l
Q) ./'"
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20
Q.
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Q)

10
,

,V
O /
-10 I
o 10 20 30 40 50 60
g de água I m3 de ar

Fig. 7: Umidade relativa do ar.

Embora seja necessário o isolamento em linhas de vapor para reter o calor esta aplicação é inadequada em ar
y

comprimido, principalmente entre o compressor e o acumulador (pulmão). Se a rubu.laçào estiver isol_ a alta
tempeOltura de descarga do ar comprimido pode ser suficiente parn gerar a ignição espontinea dos depósitos de óleo,
sujidade, corrosão, etc.

3.1.1 - Intercooler

Resfriamento intennediário feito entre os estágios num compressor de multi estágios. Sua função e resfriar o ar
quente enfre um estágio e outro.
Esse resfriamento reduz o volume, o que aumenca o rendimento do compresSOt", mas ao mesmo tempo provoca a

condensação de parte da água contida no ar.

É necessário drenar o condensado do iOlercooler. Esta drenagem pode ser feita por meio de um purgador, especifico

para ar comprimido, conforme Fig. &.

Intarcoot.r'

Compressor

Pt..rpdor de Bóia
ou
Purvador EJetrônico

Fig. 8: Intercooler.

3.1.2 - Aftercooler

Em compressores de dois estágios com resfriador intermediácío (intercooler), boa pane da umidade é retirada.
Porém. o ar é descarregado na linha a uma temperatura. ainda elevada, devendo passar por um resfriador posterio.r,
conhecido como afl:crcooler. Este, é um o-ocador de calor de resfriamento que deve ser iruaalado após o compressor
para a obtenção de uma melhor temperatura. A maior parcela de umidade contida no ar coooensa nesses dois

Página 20 Spirax Saft:o 'Open Univernity' OU-G010Hl1


resfriadores, sendo eliminada, preferencialmente, por meio de separadores de umidade. inst.alados após o aftercooler
e no tanque de armazenamento (pulmJlo).
A temperatura do ar. após o afiercooler, depende do dimens ionamento do mesmo e da tempcrarura do fluido

refrigerante. Non:nalmente. O aftercooler é refrigerado com água da rede ou a ar, para pequenos compressores.

A fim de evitar desperdícios da água, pode-se utilizar uma válvula conlroladorn de temperatura para resfriamento.

A perda de carga em um aftercooler não deve exceder a 0,2 bar. Nesse tipo de equipamento consegue-se

temperaturas de saída do ar entre lO e 15 °C acima da temperatura de entrada da água, condições estas que

satisfazem as exigências normai s de aplicação industrial.

Sistema de Controle
de Temperatura

..
Ardo
Compressor ..

Ar para •

o Pulmlo

.
..
Sistema de Drenagem
Fig. 9: Artercooler.

3.2 - Secadores
Embora seja eliminada a maior parte da umidade nos separadores, outra parte certamente condensará na instalação

em pontos mais frios.

Algumas aplicações necessitam de ar extremamente seco e toma -se necessário a aplicação de um secador especial

para diminuir o ponto de orvalho.

Há três ripos es peciais:

3.2.1 - Secador de ab:wrção quími.ca - cons iste de um recipiente cheio com um produto qu(mico po r onde passa o
ar.
Vapores de água do ar são absorvidos pelo produto, que liquefazem e necessitam ser drenados. Quando todo o
produto foi usado, o Jecipiente é preenchido novamente. O ponto de orvalho do ar na saída deste tipo de secador, a
pressão da linha, é 5 "C.

Ponto de
Orv2dho
5"C
De....cante

Ar Saturado
100%
~

Águo/Soluçio
DassacantB

Fig. 10: Secador d, absorção química.

3.2.2 - &cador por refrigeração - Incorpora uma unidade refrigeradora (como o frigorífico do méstico) através do
qual o ar passa.

OU·G0101-01 Spirax Sarco 'Open University' Página 21


Este secadur possui controles de temperatura que impedem que a água congele dentro dele. Secadores deste tipo tem
um ponto de orvalho de 2°C, na saída do ar à pressão da linha. O ar refrige rado como pode ser visto, na figura 11 , e
reaquecido pelo ar que entra, rcfrigerando-o e aumentando seu próprio volume.

f' 15"C

18"!:
...

Refrigerador

Fig. 11: Secador por rerrigeraç~o.

3.2.3 - Secador de adsorção - Consiste normalmeDte de dois recipientes iguais contendo um sôlido químico com a

textura de um favo de melou L'Spunja. Esta textura fornece uma grande área de superfície às quais as pequenas

gotículas aderem.

A água é adsorvida à supertlcie deixando O produto intacto, ao contrário de ser absorvido.

Como o produto permanece intacto pode ser regenerado por aquecimento ou pela introdução de ar seco para

limpeza.

3.3 - Reservatório de ar (pulmão)

Instalado após o afiercooler, o pulmão tem a. fmalidade de armazenar o ar comprimido para consumo e equalizar as

pressões das linhas.

Quando não existir o aftercooler, este reservar6rio serve para resfriamento do ar.

Normalmente, as instalações de ar comprimido são equipadas com um ou mais reservatórios de ar, que são

dimensionados confonne a capacidade do compressor, seu sistema de regulagem, a pressão de trabalho e o consumo

máxímo de ar do sistema.

m l de ar livre consumido por minuto


Volume do ranque em m) =
queda de pressão penrussívcl em kgf/cm 1

Página 22 Spírax Sarco 'Open Universily' OU-G0101-01


,
Separador de Umidade
Válvula

de Segurança

.. Para
o Sistema

Do
Aftercooler .. """'''''''-- •

Manômetro

Pulmão
.. a!ic~...."

Sistema de Drenagem

Fig. 12 : Reservatór io de ar.

OU-G0101-01 Spirax Sarco 'Open University' Página 23


3.4 - Carta de umidade ou carta psicrométrica

c,
~"

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00 11);

<>

Massa de água kglmassa de ar kg


(umidade)

Página 24 Spirax Sarco 'Open University' OU-G0101 -01


A carta de urrUdade ou carta psicrométrica é um meio gráfico qu e auxilia no cálculo de balanços materiais e de

energia em misturas vapor d 'água - ar e vários parâmetros associados como:

a) umidade (elarivaconstanle;

b) volume úmido constante;

C) linhas de res friamento adiabático = linhas psicrométricas ou de bulbo úmidó (apenas para vapor d ' água;

d) cUlVas de 100 % de umidade relativa (idêntica a 100 % d e umidade absoluta) ou curva de ar saturado.

A carta consi ste de um conjunto de coordenadas: umidade (U) e temperatura (temperatura do bulbo seco),

juntamente com os parâmetros citados acima.

É indispensável que se entenda as seguintes definições:

3.4.1 - Umidade

o ar atmosférico contém sempre certa quantidade de vapor de água que chamamos umidade absoluta e se expressa
em massa de vapor d 'água (kg) por massa de ar seco (kg).

3.4.2 - Umidade relativa

Relação entre a umidad e do ar e a urniJad e de satu ração em %.

3.4.3 - Umidade de saturação do ar

Quantidade máxima de vapor de água conüda no ar.

A capacidade do ar para conter vapor d ' água aumenta com a temperatura e diminui ao aumentar a pressão.

3.4.4 - Calor úmido

É a cap:.tt:idade calorífica de uma mistura ar - vapor d 'água expressa em 1 Ib ou J kg de ar totalm ente seco;

C s ~ Cp~ + (~"P. H20) . u

CPM ~ 1,0 kJ / kg.K ~ 0,24 8tu /Ib. "F


Cp;.",."", ~ 1,88 kJ / kg.K ~ 0,45 8tu /Ib. °F
U ~ umídade

3.4.5 - Volume úmido

É o volume em Jkg de ar seco mais o vapor da água no ar.

OU-G0101-01 Spirax Sarco 'Open University' Página 25


3.4.6 - Temperatura de bulbo seco

É a temperatura comum do gás.

3.4.7 - Temperatura de bulbo úmido

É a temperanua registrada no equilíbrio entre a água de evaporação em torno do sensor de temperatura e a

temperatura do bulbo seco.

A idéia da temperatura de bulbo úmido está baseada no equilíbrio entre as taxas de trdnsferência de energia para o

bulbo e de evaporação da ág ua.

Esta temperatura está situada na curva de 100 % de umidade relativa (curva de ar saturado).

3.4.8 - Resfriamento adiabático

o ar e resfriado e umidificado, enquanto que uma pequena parte de água reci rculaJa é evaporada.

As Ijohas de resfriamento adiabático são linhas de entalpía quase constante para a mistura ar/água (1 a 2 % de erro).

Entretanto, pode-se corrigir O valor de entalpia salurdCia quanto ao desvio que ocorre para uma mistura vapor

d ' água/ar não saturado, lltilizando-se as linhas de alfvÍo de eor.alpia que aparecem Da carta

3.4.9 - Ponto de orvalho

Quando o ar é resfriado a pressão constante, ele atinge uma temperatura ni.l qual a umidade começa a condensar, esta
temperatura é conhecida como ponto de orvalho.

Exemplo:

Utilizando a carta psicométrica, determinar:

a) temperatura do ponto de orvalho;

b) umidade;

c) umidade relat.iva;

d) volume úmido;

para ar úmido a uma temperatura de bulbo seco igual a 90 °F e uma temperatura de bulbo úmido igual a 70°F.

Solução:

TSS = 32,S 'C e TBU = 2J 'C


Onde:
a) Tpo = 15,5 'C
TSS lemperatura do bulbo seco
b)U = O,OJ I kg H,O (kg ar
TBU lcmperatura do bulbo úmido
c) UR ~ 37 %
Tpo temperatura do ponto de orvalho
d) V ~ 0,88 m) ( kg
U umidade
UR umidade relati va
V volume úmido

Página 26 Spirax Sarco 'Open University' OU·G0101·01


SEÇÃO 4 - DISTRIBUiÇÃO DO AR COMPRIMIDO

4.1 - Sistema de ar comprimido

Um sistema completo de ar comprimido compreende 3 componentes principais:

Compressor - é o responsável pela geração do ar comprimido dentro das condições de


vazão e pressão impostas pelo processo.

Rede principal - são as tubulações e acessórios que garantem a correta distribuição do


ar com a menor perda de carga possível e com boa qualidade.

Pontos de consumo - são os equipamentos utilitários, tais como máquinas injetoras,


ferramentas pneumáticas, bombas, instrumentação, etc.

4.2 - Objetivo

Um sistema de ar comprimido tem como principal objetivo fornecer ar para todos os


equipamentos consumidores com a menor perda de carga possível, através do menor
consumo de energia e dentro das condições de qualidade impostas pelo processo.

4.3 - Lay-out
A definição do lay-out da rede visa a otimização da distribuição do ar, isto é, obter uma
instalação mais econõmica e com baixas perdas de carga, através da análise de todos
os pontos de consumo, bem como suas pressões, inclusive previsões futuras, para se
definir o menor percurso da tubulação.
Quanto ao tipo de rede a ser empregado, se circuito fechado ou circuito aberto, devem
ser analisadas as vantagens e desvantagens de cada uma.
A grande vantagem do circuito fechado é que se ocorrer um grande consumo
inesperado de ar em qualquer ponto de consumo, o ar pode ser fornecido de duas
direções. Isto reduzirá a queda de pressão e equilibrará a pressão do ar em toda a
rede.
Todas as tubulações secundárias (ramais) devem ser tomadas pela parte superior das
tubulações primárias (linha principal), pois possibilitam a retirada de ar mais seco.

OU-G0101-01 Spirax Sarco 'Open University' Página 27


Tubulação Primária
(Linha PrinclpaQ

Tubulação Secundária
(RamaQ

Pontos de
Consumo

Fig. 13: lay-out ideal para um sistema de ar comprimido.

4.4 - Vazamento mínimo de ar

Num sistema ideal de ar comprimido, o valor das perdas por vazamentos não deve

exceder a 5 % da capacidade gerada. Porém, é comum observarmos em instalações

taxas de perdas por vazamentos de 10 a 20 %.

Podemos notar a existência de um vazamento de algumas formas, por exemplo:

- próximo ao ponto consumidor, através do ruído característico causado pelo

vazamento;

- nas tubulações, acessórios de linha ou engates que estejam prontamente acessíveis.

No caso de tubulações altas ou localizadas em galerias subterrãneas, tal detecção

toma-se difícil, sendo necessário a utilização de detectores especiais que funcionam

pelo princípio do ultra-som.

Uma vez detectado o vazamento, o próximo passo é determinar a quantidade de ar

comprimido perdida. A tabela 4 mostra a descarga livre de ar através de orifícios.

3
Tabela 4 - Descarga de ar através de um orifício (Ndm /s)

Pressão Diàmetro do orifício


manométrica 0,5mm 1 mm 2mm 3mm 5mm 10mm
bar

0,5 0,06 0,22 0,97 2,4 5,4 15,5


1,0 0,08 0,33 1,40 2,9 6,6 19,6
2,5 0,14 0,58 2,39 4,8 10,2 30,8
5,0 0,24 0,98 3,66 6,8 15,6 56,7
7,0 0,33 1,43 4,65 8,6 19,5 74,0

Página 28 Spirax Sarco 'Open University' OU-G0101·01


Not.: dm'/s· 3,6 ~ m'/h

4.5 - Dimensionamento da rede de distribuição

o dJâmetro deve ser escolhido de maneira que, se o consumo aumentar a queda de pressão entre o pulmão c o ponto
de utilização não ultmpasse 10 kPa (O, I bar). Se ultmpassar, a rentabilidade do sistema é prejudicada, diminuindo
co nsideravelmen te sua capacidade.

Para a escolha do diâmetTo da tubulação, deve-se considerar:


- a vazão
- o comprimento da tubulação
- a queda de pressão (admissIvel )
- a pressão de tmbalho
- o número de pontos de estrangulamento da rede

4.5.1 - Velocidade adequada para ar comprimido

6 a 9 m/s

4.5.2 - Critério da velocidade

d = 14,56 *(Q/(R*V))1/2

onde: d - diâmetro interno da tubulação (em)

Q - vazão de ar (Nm 3/min.)

R - relação de compressão (adimensional)

V . velocidade de escoamento (m/s)

4.5.3 - Critério da perda de carga

d = ((0,842 * Leq * Q2)/(6 P * R))1 /5

onde: d - diâmetro interno da tubulação (em)


Q - vazão de ar normal (Nml/min.)
R - relação de compressão"" P21P 1 (adimensioDaJ)
/j. P - perda de carga lota i (kgf/cm 2)
Leq - comprimeDlo equivalcnre na tubuJação (01)
P2· pressão de trabalho (kgf/cm' abs)

P I - pressão atmosférica (kgflcm 1 abs)

4.5.4 - Régua de Cálculo

Um método rápido e simples para se obter o diâmetro da tubulação é a utilização da


Régua de Cálculo para Ar Comprimido, baseada nos critérios da velocidade e da perda
de carga. Através dela, podemos obter ainda a perda de ar por vazamentos existentes
na instalação, quantificando as perdas de energia nos compressores.

OU-G0101 -01 Spirax Sarco 'Open Universily' Página 29


As perdas de carga localizadas estão mostradas em uma das escalas da régua .

Página 30 Spírax Sarco 'Open Universiti OU-G01 01 -01


4.5.5 . Exemplos

Exemplo 01 - Determinar o diâmetro necessário para uma tubulação que deverá transportar 10 NmJ/min de ar,
quando comprimido à pressão de 7,0 kgfjcm 2,

Solução:

• Matemática:

10passo: Cálculo da relação de compressão:

Pef + P:l.lm 7,0 + I.O{?

P I L
J,033 ,~

2° passo: Cálculo do diâmetro, considerando a velocidade de 7,0 m/s.

d = 14,56 ((() I R V»'1

d = 14,56 ((W I (7,8 7,O»~n = 6,2 em = 2 y," (valorcomercial)

• Régua de cálculo:

Utilizando a régua de cálculo, na escala critério da velocidade) desloque o cursor fazendo co incidir 10 NrnJ/min na

escala de vazão (Q) com 7,8 na escala de relação de compressão (R). Logo, para velocidades entre 6 e 9 m/s, lê-se o
diâmetro interno da tubulação igual a 6.2 em ou 2 '!í" (valor comercial).

Exemplo 02 - Considerando os dados do exemplo OI, qual a perda de carga nos 150m de comprimento da tubulação,
onde existem 03 válvulas globo e 02 curvas de 90°?

SoluçãO:

• Régua de cálculo:

Através da régua de cálculo, na escala de perdas localizadas, com 2 Ih" ou 6,2 em de diâmetro (D). tem- se os
seguintes comprimentos equivalenles:
- Válvula globo = 27,S x 3 = 82,5 m
, Curva 90' = J,3 x 2 = 2,6 m
- Comprimento efetivo da tubulação == 150 m
- Comprimento total = 235,1 m

Ainda utilizando a régua de cálculo, na escala critério da perda de carga. desloque o cursor até coincidir 10 NmJ/rnin
(Q) com 7,8 (R). Com o valor do diâmetro 6,2 em, encoott1ldo anteriormente, verifica-se que óP = 0,118 kgflcm' a
cada 100m,
Portanto: M' = 0,118 kgllcm' ----- 100 In
X - - - 235,1 m
onde x == perda de carga total = 0,277 kgflcm 2

OU-G0101-01 Spirax Sarco 'Open Universily' Página 31


• Matemática:

d ~ «0,842 L~ Q')ó(ôP R»' I> ·


6,2 ~ «0,842 235,1 IO'Veru' 7,8»'/5 •
ôP ~ 0,277 kgl7cm'

Exemplo 03 - Em uma rede de ar comprimido existe um pequeno vazamento alravés de um orificio de 2 mm de


diâmetro. A pressão de ar comprimido é de 6 bar. Qual a quantidade de ar despe rdiçada?

Solução:

• Matemática:

1° passo: Interpolar a tabela 4 utilizando a pressão de 6 bar e o diâmetro de 2 mm:

(5 - 7) (3,65 - 4,§5L) _ _ _ __

(5 - 6) (3,65 - 0

Oade y ~ quaDtidade de ar desperdiçada ~ 4,15 Ndm'/s

• Régua de cálculo:

Pef + Patm .­
R~
Palm 1,013 6,92

Através da régua de cálculo, na escala descarga de ar, desloque o cursor fazendo coiDcidir o valor da relação de
compressão 6,92 com o valor do ctiâmelfo do orificio 2 mm, e a sem indicará o valor da descarga de ar nesse orifício:
4,20 Ndm'fs.

Página 32 Spirax Sarco 'Open Universily' OU-G0101-01


seção 5 - acessórios para linhas de ar comprimido

5.1 - Purgadores
5.1.1 - Purgador eletrônico temporizado

Aplicações:
Eficaz, principalmente, em sistemas com grande quantidade de óleo, como
compressores e pulmões.
Características:
- De descarga intermitente, que se dá pela atuação de uma válvula com intervalo e
duração temporizados.
- Diâmetro de 3/8".
- Relé de estado sólido.

5.1.2· Purgador de bóia


Entrada de
Condensado
Fluxo

Condensado

Caructerísticus :
- De descarga contínua c perfeito funcionamento garantido por um tubo de equilíbrio conectado ao corpo do
purgador e ao sistema, penniLindo um fluxo positivo do ar e a entrada do condensado. Caso nào haja este tubo de
equilíbrio, o condensado que vier em seguida ficará retido antes da conexão de entrada, alagando o sistema.
- Quando fechado, o nível do líquido arua como elemento de vedação, prevenindo vazamento de gás.

Esses purgadores devem ser instalados o mais próximo possível do pomo de drenagem.

OU-G0101-01 Spirax Sarco 'Open Universily' Pagina 33


5.2 - Separadores de umidade
Eliminam as gotículas suspensas no fluxo, principalmente, quando há alias velocidades.

O ar, ao entrar no separador, sofre uma redução de velocidade c mudança de direção, devido a sua baixa inércia.

Porém, as gotículas em suspensão nào possuem essa facilidade, ao chocarem contra as chicanas, tendem a se

agrupar, fonnando gotas maiores, portanto, caindo ao ponto inferior do separador.

A instalação típica de um separador é mostrada na figura abaixo:

Separador de Umidade
Vet1ical Separador de Umidade
Horizontal

Purgador de Bóia
Purgador de Bóia para As Comprlm ido
pera As Comprimido

5.3 - Filtros, reguladores e lubrificantes

5.3.1 • Filtros Y

Entrada de IM' ,

São filtros de construção simples, onde a retenção de partículas sólidas é feita através
de uma tela de aço inox perfurada ou de uma malha (no caso de retenção de
particulado menor).
Tais filtros devem ser utilizados antes de purgadores e válvulas reguladoras.

5.3.2 • Filtros com elemento de nylon


Servem como pré-filtro em aplicações como sistemas pneumáticos, tendo capacidades
de retenção de 5 a 25 flIll, tanto de partículas sólidas como líquidas.

Página 34 Spirax Sarco 'Open University' OU-G0101-01


(1)
Entrada de ar " Saída da ar
.11.(1
(2)

(3) - ---,, ­

(4)--tt-~
H-I--(5)
~~'f--(6)

o ar comprimido contaminado (1) é direcionado para dentro do copo (2) através do


disco (3). Nesse ponto, ocorre uma separação preliminar, permitindo que a maior
parcela de líquidos e sólidos passem para o reservatório (4) distante da região de
turbulência. O ar é então filtrado pelo elemento filtrante de malha de nylon antes de ser
direcionado para o sistema. A eliminação dos líquidos e sólidos retidos no reservatório
se dá através do auto-dreno. Quando o nível de líquido no copo aumenta, a bóia (5) se
eleva, fazendo com que a pressão do sistema atue sobre o pistão, o qual abre a válvula
de descarga principal (6). Havendo a queda do nível de líquido, a bóia se desloca para
baixo, fechando a válvula de descarga. Sob pressão zero, o dreno automático estará
aberto, permitindo que o líquido seja drenado.

• Pré-filtro - Filtro para aplicações gerais

Filtro para fornecer ar comprimido de alta qualidade para aplicações gerais em sistemas pneumáticos.

Instalação: Antes de filtros coaI esc entes

Características:
- Ampla área de filtragem.
- Dreno automático.

OU-G0101-01 Spirax Sarco 'Open University' Página 35


- - - - - -- -

Benejicios:
- Longa vida útil e baixa perda de carga.
- Elimina a necessidade de supervisão.

5.3.3 - Filtro regulador

Fornece ar comprimido de alta qualidade em sistemas pneumáticos que necessitam de controle preciso de pressão.

Instalação: Antes de filtros coalescentes.

Características:
- Combinação compacta filtro/regulador
- Boas características de vazão e regulagem
- Dreno automático

Benejicios:
- Co ntrole preciso de pressão
- Pode ser utilizado em di feceates aplicações
- Elimina a necess idade de supervi são

• Filtro/regulado ... "miniatura"

Fornece ar comprimido de alta qualidade em sistemas pneumáticos que necessitam de controle preciso de pressão,
onde o espaço seja restrito e as vazões sejam baixas.

Página 36 Spi,ax Sa,co 'Open University' OU·G0101·01


Caraclerí.rticas:
· Remoção de 100 % da umidade e 99 ,99 % do vapor de óleo.
· Pequeno e eficaz.
· Heil ajuste.

Beneficios:
- Proteção garanÜda.

- UtiLi2ado em amadores pneumáticos

· Amplo range de ajuste para djferentes aplicações.

5.3.4 - Filtros coalescentes


São filtros que possuem uma grande eficiência na eliminação do óleo e água contidos
no ar. A coalescência representa a coleta de partículas finas em suspensão e, através
da coesão, a transformação em partículas maiores, facilitando o processo de remoção.
O ar flui para dentro do elemento filtrante, composto de um labirinto de microfibras que
irá barrar as partículas sólidas (inclusive menores que 1~m). Gotículas de água e óleo,
ao passarem pelo elemento, se chocam contra as microfibras, sendo retidas em função
das forças de atração intermoleculares existentes. Pelo principio da coalescência,
essas gotículas irão se reunir formando gotas maiores. Uma camada plástica porosa
reveste externamente o elemento, favorecendo o acúmulo de liquidos, até que essa
massa seja suficientemente pesada para se deslocar para o reservatório, por onde é
drenada.

• Filtro coalesceote ultra fwo

filtro de alta eficiência na remoção de óleo. Aplicado em cabines de pintura, fornecimento de ar para máscaras,
instrumentação, etc .

Características:
- Dreno aucomáüco
- I ndicador de saturação

Beneficios:
- 100 % de remoção de água
· Pennite manutenção programada
· Elimina a necessidade de supervisão

5.3.5 - Filtro de carvão atívado

OU·G0101·01 Spirax Sarco 'Open University' Página 37


São filtros que permitem a eliminação de odores do ar provocados pela presença de
hidrocarbonetos ou outras substãncias .
O elemento consiste de um cilindro contendo grânulos de carvão ativado envolvidos por
camadas de borosilicato, que irão absorver odores e vapores de hidrocarbonetos. A
constante absorçâo faz com que a cápsula passe a mudar de cor, adquirindo tom
avermelhado. Essa mudança indica o momento da troca do elemento.

Aplicação: Indústrias alimentícias (embalagens) e farmacêuticas.

Características:
- Indicador de passagem de óleo
- Elimina o 6leo e o odor

Beneficios:
- Elimina a possi bilidade de contaminação

5.3.6 - Lubrificadores

Quando da utilização do ar para acionamentos de motores, cilindros , válvulas, etc., é


necessário a instalação de um lubrificador, para garantir e controlar a injeção de óleo
que tem por objetivo reduzir o atrito entre as partes móveis desses equipamentos. Tais
lubrificadores necessitam de uma determinada quantidade de ar para poder pulverizar o
óleo, devendo ser de fácil regulagem e sendo capazes de trabalhar com fluxo

Página 38 Spirax Sarco 'Open University' OU-G0101-01


variável de ar sem a necessidade de reajustes.
O tipo de óleo a ser utilizado deve ser indicado pelo fabricante do equipamento,
devendo ser evitados óleos com aditivos, uma vez que os mesmos são eliminados do
sistema sob forma de vapor sendo, portanto, tóxicos.
Os lubrificantes devem ser instalados antes e o mais próximo possivel dos
equipamentos consumidores.

Beneficios:
- Atende as variações de vazão.

- Não requer mão-de-obra especializada.

- Ótima rangeabilidade de pressão e vazão.

5.4 - Válvulas de controle de pressão e temperatura

• Válvula redutora de pressilo de ação direta

Características:
São recomendadas para redução de pressão único equipamento e em aplicações onde não haja variações
muito bruscas de pressão na entrada da válvula ou grandes variações de fluxo. Não são recomendadas para
condições de fluxo critico (onde a pressão de saída seja igualou menor que metade da pressão de entrada).
Seu projeto compacto permite que ela seja ideal para aplicações próximas aos equipamentos, garantindo controle
preciso da pressão, oferecendo uma alternativa de baixo custo em relação às válvulas operadas a pistão, piloto ou
diafragma.

• Válvula redutora de pressão auto-operada

Características:
- São recomendadas para fornecimento de ar para vários equipamentos, pois o fluxo poderá variar de zero à sua
capacidade máxima, uma vez que a válvula, através do piloto, não permite grandes variações de pressão na saída.
- Através de um piloto pneumático, consegue-se variar a pressão de ajuste à distância.

Beneficios:
- Não necessita de energia externa para acionamento, portanto, reduz os custos de instalação e operação.
- Podem ser utilizadas em áreas classificadas, isto é, com riscos de explosão.

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• Válvula de controle com assento resiliente

Caracter/slicas:
- Melhor vedação, ANSI classe VI.

- Obturador com anel de teflon para fluidos de temperatura até 200°C.

- Necessitam de energia externa

- Conferem maior precisão de controle

• Válvula de alívio de pressão para ar comprimido

Carac/er/slicas:
- São recomendadas para o alivio de pressão em sistemas de ar. Seu fluxo poderá variar de zero à sua capacidade
máxima, não pennitindo pressões superiores às ajustadas no piloto.

Beneficios:
- Não necessita de energia externa para acionamento, portanto, reduz os custos de instalação e operação.
- Podem ser utilizadas em áreas classificadas, isto é, com riscos de explosão.

Válvula de alívio

Válvula
redutora de
pressão

• Válvula controladora de temperatura de ação direta, para resfriamento

Idem a válvula redutora de pressão de ação direta, difereociando o acionamento da sede principal, que neste caso é
feito por um tcnnostato de expansão liquida

• Válvula controladora de temperatura auto-ilperada, para resfriamento de


líquidos

Idem a válvula redutora de pressão auto-{)perada, diferenciando apenas o piloto, neste caso de temperatura, que é
acionado por um tcnnostato de expansão liquida.

Página 40 Spirax Sarco 'Open University' OU-G0101-01


5.5 - Medidores de vazilo

• Medidor de Vazão PlaCJI de Orifício

São usados parn medir a vazão em massa do ar para permitir o controle do processo, garantindo a qualidade
requerida do produto fllllli.

A medição de vazão permite fazer uma correta disl1lbuição de custos. Quando uWizamos o ar comprimido é
fundamental conhecer quanto deste ar estamos aplicando em cada fase do processo, parn permitir associar este custo
ao custo fllllli do produto ou serviço.

Principio de funcionamento :
A placa de orificio é instalada na tubulação, gerando um diferencial de pressão quando o fluido passa através dela
Este diferencial de pressão é medido via linhas de impulso por um transmissor de pressão diferencial que O converte
em sinal analógico que pode ser enviado parn um computador de vazão ou display remoto, informando a vazão
i:nstantánea do sistema

BenefIcios:
• controlar processos
- alocar custos
- identificar maiores usuários de energia
- monitorar a eficiência de processos
- verificar a eficiência do compressor
- fornecer informações de gereociarnento
- rangeabilidade 4:1

OU-G0101-01 Spirax Sarco 'Open University' Página 41


• Medidor de Área Variável com Cone Móvel

Transmissor de
temperatura Transdutor

Válvula de bloqueio
a montante ----+------­ Válvula de bloqueio
a jusante
Transmissor de
pressão
Transmissor de pressão
diferencial com manifold
de três vias

Computador de vazão

Caracler/slica principal:
O desenvolvimento especial do contorno do cone deste medidor fornece wna relação linear entre o sinal de pressão
diferencial e a vazão do medidor. Por exemplo: mn acréscimo de 10% da pressão diferencial resulta em um anmemo
de 10% na vazão. Caso que não aconteoe no medidor placa de oriflcio, pois nesse a relação de pressão diferencial e
vazão é wna função quadnítiea. Veja gtáfico abaixo:

Vazão

(1) Area variâvel por carga de mola


(2) Placa de orifício

Página 42 Spirax Sarco 'Open University' OU-G0101-01


Principio de funcionamento:
Este medidor opera pelo princípio de área de fluxo variável. ISlo é, a área de um orificio anular é variada pelo
movimento de um cone, que se move a'<Íalmenle contra a ICsistêocia de uma mola de precisão, produzindo uma
pressão diferencial a qual é Iredida por um transmissor de pressão diferencial.

Beneficios:
- instalação compacta
- gerencia.mel1lo de custo de energia
- aplicações em controle e processos
- balanço de cargas em compressores
- range de pressão até 200 barg
- range de temperatura até 450°C
- rangeabilidade de 100:1

5.6 - Válvula de esfera

Características:
- Fácil idell1ificação de abertura e fecbamento da válvula.

- Boa classe de vedação.

- Fácil operação e manutenção.

5.7 - Válvula de retençao

Utilizada para evitar o contrn-fluxo e comm-pressões nas tubulações.


Há J tipos principais:

• Tipo pistão
BIIlu
perda
de Carga

do

Fluxo

o fluxo passa pela válvula deslocando o pistão para cima, pennitindo a passagem do fluido. No sentido oposto,
através da gravidade ou da contra-pressão, o pistão fecha a válvula evitando o comra-fluxo.

• Tipo disco

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Mola

o fluxo enua pela válvula deslocando o disco conua a mola, abrindo a mesma e permitindo a passagem do fluido
pela sede da válvula No sentido contrário, a mola empUJIa o disco contta a sede impedindo a passagem de
fluido que, aplicando pressão sobre o disco, contnbui para o fecham"ltO da válvula. Quando montadas sem
mola, na diRção vertical e sentido ascendeme, o fechamemo se dá por grnvidade .

• Tipo Wafer

Corpo

Portinhola

Esta válvula possui uma portinhola em seu interior que penuite a passagem do fluido no sentido de fluxo. Na
eminência do contta-fllL'<o, a portinhola se fecha por grnvidade e a vedação estanque é garnntida pela contra-pressão
do sistema sobre a portinhola

Página 44 Spirax San;o 'Open University' OU-G0101-01


íNDICE DE DISQUETES E SUDES

Disquetes No. 1,2 e 3

Apresentação de Slides

em Power Point 4

Disquetes No. 1 e 2

Texto do "OU"

em Word 6

OU-G0101-01 Spifax Sarco 'Open Universny' Página 45


Requerimentos para a instalaçao em seu computador

Windows 3.11 Word 6.0 1Powed'oínt 4.0

o texto deste ·Open University' foi produzido em Word 6.0 e os slides foram
reproduzidos utilizando PowerPoint 4.0

Instruções para a Instalação

[lií] Disquete I Transparências

Este disquete contém todos os slides em PowerPoint 4.0. Para instalar o arquivo:

1. Insira o disquete no drive 'A' .


2. Abra o 'Gerenciador de Arquivos'.
3. Selecione o drive 'A'.
4. Click duas vezes em 'INSTALL.EXE'.
5. Siga as instruções que aparecerão na tela.
6. Um novo grupo de programas será criado 'Ar Comprimido'.
7. Vá para o diretório c:\ arcompr
8. Click duas vezes em descon.bat
9. Click duas vezes no ícone 'O.U.: Ar Comprimido' para aparecer os slides .

~ Disquete I Texto

Estes disquetes contém todo o texto em Word 6.0. Para instalar o arquivo:

1. Insira o disquete no drive 'a'.


2. Abra o 'Gerenciador de Arquivos' .
3. Selecione o drive 'a' .
4. Click duas vezes em 'INSTALL.EXE'.
5. Siga as instruções da tela.
6. Um novo grupo de programas será criado 'Ar Comprimido' .
7. Vá para o diretório c:\ arcompr
8. Click duas vezes em descon.bat
9. Click duas vezes no ícone 'O.U.: Ar Comprimido' para aparecer o texto.

Página 46 Spirax Sarco 'Open University' OU-G0101-01



Splré}\arco

Departamento de Marketing

TREINAMENTO

Projeto 'Open University'

Índice de Slides

OU-G0101-01 Spirax Sarco 'Open University' Pãgina 47


Referencia Bibliográfica:
Introdução à Pneumática - FESTO

Página 48 Splrax Sarco 'Open Universily' OU-G0101-01

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