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Características Básicas
Epidemiologia
Fatores de risco:
o Não modificáveis
Sexo masculino – mulheres pré menopausa sem outros fatores de risco (HA,
diabetes, dislipidemia) estão protegidas do IAM, mas em idades mais avançadas
o risco até excede o do homem.
Estrógeno – aumenta HDL, diminui resistência insulínica, menor
expressão de moléculas de adesão no endotélio, antioxidante, reduz
proliferação de céls musculares.
Aumento da idade – a arterosclerose torna-se clinicamente detectável após a
meia idade. Entre os 40 e 60 anos o risco de IAM aumenta cinco vezes.
AF
Anormalidades genéticas
o Modificáveis
Hiperlipidemia – mais especificamente hipercolesterolemia devido a aumento
do LDL. Diminuir consumo de colesterol e gorduras saturadas e gorduras trans.
Aumentar consumo de acidos graxos poli-insaturados. Exercício e consumo
moderado de etanol aumentam o HDL equanto obesidade e tabagismo os
reduzem.
Dieta pobre em anti-oxidantes – vitamina E, vitamina C e carotenos.
Hipertensão
Tabagismo – por lesão tecidual, aumento da oxidação de LDL e aumento do
colesterol plasmático.
Diabetes – hiperlipidemia, hipercolesterolemia, hipertensão. Sistemas
antioxidantes menos eficientes. Disfunção endotelial com diminuição de NO e
PGE2.
Proteína C-reativa
Hiperurecemia
A presença de dois fatores de risco aumenta em 4 vezes o risco para arterosclerose e DCI, se
estão presentes 3 a taxa de IAM aumenta 7 vezes
Até 20% de todos os eventos cardiovasculares ocorrem na ausência de HA, hiperlipidemia,
tabagismo ou diabetes. Fatores de risco adicionais:
o Inflamação – PCR induz estado protrombótico na camada íntima e aumenta adesividade
aos lecócitos. Abandono do tabagismo, exercícios, perda de peso reduzem os níveis da
PCR.
o Hiper – homocisteinemia
o Síndrome Metabólica – intolerância à glicose, hipertensão e obesidade central e
dislipidemia.
o Lipoproteína A
o Fatores que afetam a homostasia
o Falta de exercício, estresse e obesidade.
Patogenia
Lesão endotelial
o A lesão inicial pode ser causada:
Hiperlipidemia –
hipercolesterolemia pode comprometer diretamente a função das
células endoteliais por aumento da produção de radicais livres de
oxigênio que lesam o tecidos e inibe a ação vasodilatadora do NO.
As lipoproteínas:
o também se acumulam na íntima e são oxidadas por ROS
gerados por macrófagos ou células endoteliais. O LDL oxidado é
ingerido pelos macrófagos e se acumula dando origem às
células espumosas
o estimulam (oxidadas) a liberação de fatores de crescimento,
citocinas e quimiocinas pelas células endoteliais e macrófagos o
que aumenta o recrutamento de monócitos
o são citotóxicas (oxidadas) para as células endoteliais e
musculatura lisa e podem induzir a disfunção de células
endoteliais
Hipertensão
Tabagismo
Homocisteína – é oxidada no plasma e provoca disfunção endotelial
Fatores hemodinâmico – as placas tendem a ocorrer nos óstios de saídas de
vasos, pontos de ramificações e ao longo da parede posterior da aorta
abdominal – locais de distúrbios no padrão do fluxo (turbilhonamento). O fluxo
laminar induz a expressão de genes ateroprotetores.
Toxinas
Vírus
Reações imunes
o As células endoteliais lesadas tornam-se disfuncionais e mostram aumento da
permeabilidade, adesão dos leucócitos e alteração da expressão genética
1. Estenose aterosclorótica
2. Complicações Agudas
As alterações agudas ocorrem sob a influência de fatores extrínsecos e intrínsecos. Fatores intrínsecos:
Fatores extrínsecos:
Nem todas as rupturas resultam em troboses oclusivas, as rupturas com trombose são
complicações comuns, repetitivas e muitas vezes clinicamente silenciosas e são um importante
mecanismo de crescimento da placa.
3.Trombose
O trombo superposto a uma placa rota pode acabar por ocluir totalmente a luz arterial e pode ainda
embolizar. Além disso é ativador de uma série de sinalizadores que provocam o crescimento da lesão
aterosclerótica.
4.Vasoconstrição
ANEURISMA E DISSECÇÃ O
Aneurisma é a dilatação anormal de um vaso sanguíneo ou do coração. Pode ser:
ANEURISMA
O fator mais predisponente é a aterosclerose, que provoca o aneurisma por dois mecanismos:
a) Dificulta a difusão de nutrientes e de resíduos da luz para a camada média, que sofre
degeneração e necrose com o enfraquecimento da parede arterial
b) Produção de MPMs pelos macrófagos com degradação da MEC e do colágeno.
Epidemiologia e Morfologia
Homens, tabagistas com mais de 50 anos de idade. Geralmente posiciona-se abaixo das Aa renais e
acima da bifurcação da aorta. Tipicamente contém um trombo mural de pqna consistência e pouco
organizado.
Aspectos clínicos
DISSECÇÃO DA AORTA
O sangue separa em leque as camadas da média criando um canal cheio de sangue no interior da parede
arterial.
Pode ocorrer:
Aspectos clínicos
A dissecção pode prosseguir para os vasos do pescoço, artérias coronárias, renais, mesentéricas,
ilíacas causando obstrução vascular e isquimia.
A causa mais comum de óbito é a ruptura na cavidade pleural, peritonial ou pericárdica.
Em mais de 90% dos casos é provocada por aterosclerose coronariana, e por isso a CI é
frequentemente denominada DAC (doença arterial coronariana). Suas manifestações clínicas são:
Infarto do miocárdio
Angina pectoris
Morte Súbita
- CE (circunflexa esquerda)
INFARTO DO MIOCÁRDIO
PATOGENIA
RESPOSTA DO MIOCÁRDIO
A necrose dos miócitos inicia-se após 20 a 30 minutos de necrose. Nas fases iniciais da necrose
há ruptura do sarcolema e liberação macromoléculas intracelulares que cehgam ao interstício,
microvasculatura e linfáticos. A progressão inicia-se na zona subendocárdica e um frente de
onda de morte celular se move através do miocárdio penetrando na espessura transmural da
zona isquêmica. A localização, tamanho e característica morfológicas de um IAM depedem:
o Duração da oclusão
o Ápice do coração
A artérica que irriga o terço posterior é denominada dominante. Na maioria das vezes é a A.
Coronária Direita, nesse caso:
A. Coronária Esquerda:
A. Coronária Direita:
A) Infarto transmural
b. Tem supra de ST
B) Infarto Subendocárdico
a. Atinge do terço inferior interno à metade da parede ventricular. Pode ser causado por
um trombo que é lisado antes que a isquemia provoque a necrose de toda a espessura
da parede ou de hipotensão nos casos de choque, nesses casos o infarto
subendocárdico geralmente é circunferencial
b. Sem supra de ST
MORFOLOGIA
A. Direita: 30 a 40%
A. Circunflexa Esqueda: 15 a 20%
Até 12 horas as áreas de infarto geralmente não são visíveis ao exame macroscópico. De 12 a
24 horas a área se torna vermelho azulada pelo aprisionamento do sangue. Depois se torna mais bem
definida e amarelo acastanhada. De 10 dias a 2 semanas ele é margeado por um tecido hiperêmico de
granulação altamente vascularizado e nas semanas seguintes evolui para uma cicatriz fibrosa. A cura do
infarto incia-se da periferia para o centro, mas se houver extensão com necroses sucessivas a área do
centro pode aperecer num estágio de cicatrização mais avaçado que a periferia.
REPERFUSÃO
É a forma mais eficaz de salvar um miocárdio isquêmico podendo limitar o tamanho do infarto,
entretanto pode desencadear processos danosos como:
1. Arritmias
4. Lesão microvascular
Como a isquemia não provoca efeitos uniformes no miocárdio (nem todas as regiões tornam-se
igualmente isquêmicas) o que ocorre após a reperfusão varia de região para região. Se for feita até 20
minutos após o infarto a reperfusão pode impedir a necrose, após este tempo não impede a necrose
mas pode salvar alguns miócitos que teriam morrido.
Como a vasculatura da área que sofreu infarto é lesada, ela apresenta hemorragia após a
reperfusão. Microscopicamente os miócitos lesados irreversivelmente apresentam faixas de contração
após a reperfusão – contração exagerada das miofibrilas por exposição à alta concentração de íons
cálcio no sangue.
1. Estresse oxidativo
2. Sobrecarga de cálcio
3. Inflamação
Os miócitos reperfundidos podem ficar por vários dias sob efeito das alterações bioquímicas o
que provoca um estado de insuficiência cardíaca reversível denominado “miocárdio atordoado”. O
miocárdio submetido à isquemia também pode entrar num estado de hibernação.
ASPECTOS CLÍNICOS
O diagnóstico é baseado nos sintomas típicos, testes laboratoriais e ECG. Em idosos e diabéticos
o infarto pode ser assintomático.
Avaliação laboratorial:
Troponina I e T
CK-MB
Tratamento:
Aspirina e heparina
Nitratos
betabloquedores
inibidores da ECA
o agentes fibrinolíticos
o agioplastia coronariana
o cirurgia CABG
sexo feminino
indade avançada
diabetes melito
IM anterior
1. Idade
2. PA sistólica
3. Classe Killip
4. Frequência
5. Localização e tamanho do IM
8. sexo
COMPLICAÇÕES:
1. Disfunção contrátil
b. Choque cardiogênico pode ocorrer em 10 a 15% dos pacientes com área de infarto
>40% do VE.
2. Arritimias
3. Ruptura do Miocárdio:
a. Mais comum
a. Menos comum
a. A menos comum
4. Pericardite
7. Expansão
c.
8. Trombo mural
9. Aneurisma ventricular
a. Resultam de uma grande área de infarto anteroseptal transmural (frequentemente que
sofreu expansão) que cicatriza formando uma grande região de tecido cicatricial
delgado.
a. Cursa com regurgitação mitral inicialmente por disfunção por conta da isquemia e
depois deivido à fibrose e encurtamento ou dilatação ventricular.
Paciente com infarto transmural prévio apresenta pior prognóstico com maior risco de ruptura da
parede livre, expansão do infarto e formação de trombos murais e aneurismas. Todavia, um novo infarto
em geral, se complica com graves bloqueios de condução envolvendo o ventrículo direito.
As áreas do ventrículo que não foram atingidas pelo infarto sofrem hipertrofia e dilatação –
remodelamento ventricular – inicialmente benéfica, mas depois aumenta a demanda por O2 o que
aumenta a isquemia e deprime a função cardíaca.
Doenças Valvulares
São do tipo estenose ou insuficiência.
Endocardite infecciosa
Morfologia
Clínica
A redução da área da valva para até 0,5 cm² pode elevar a pressão no VE para até 200
mmHg provocando hipertrofia concêntrica. O miocárdio atrofiado tende a ser isquêmico o que pode
originar angina pectoris.
Regurgitação
Estenose
Arrotmias
Endocardite infecciosa
Mais comum em indivíduos com mulheres com mais de 60 anos e indivíduos com prolapso da
valva mitral ou pressão ventricular elevada.
Clínica
Complicações:
Endocardite infecciosa
AVE ou outro tipo de infarto provocado por trombos oriundos dos folhetos
Doença inflamatória aguda mediada pelo sistema imune (reação cruzada) que ocorre algumas
semanas após episódio de faringite por estreptococos do grupo A. A cardite reumática aguda presente
durante a fase ativa da FR pode progredoor para a cardiopatia reumática crônica que se manifesta
principalmente com a estenose mitral
Morfologia
Cronicamente ocorre:
A cardiopatia reumática pode acometer a valva mitral sozinha, mitral e aórtica. O acometimento
das valvas tricúspide e pulmonar não é comum.
O átrio esquerdo dilata progressivamente e pode abrigar trombos murais que podem formar
êmbolos. As alterções congestivas dos pulmões podem levar a hipertrofia do átrio direito.
Clínica
O diagnóstico é feito com base em indício de infecção por estreptococos prévia, presença de
duas das manifestações principais ou de uma principal e duas secundárias.
Manifestações principais:
2. Pancardite
3. Nódulos subcutâneos
5. Coreia de sydenham
Secundárias
1. Febre
2. Artralgia
Cardite – atrito pericárdico, sons cardíacos fracos, taquicardias e arritimias. Pode causar
dilatação cardíaca, insuficiência da valva mitral e cardíaca.
Endocardite Infecciosa
Infecção grave com colonização das valvas e do endocárdio mural por um micro-organismo com
a formação de vegetações compostas de fragmentos trombóticos e organismos associadas à destruição
do tecido cardíaco subjacente.
Pode ser causada por fungos e outras classes de microorganismos, mas na maioria das vezes é
bacteriana.
Endocardite Subaguda
o Baixa virulência
PATOGENIA
A infecção pode acometer vávulas normais com microorganismos mais virulentos, mas
geralmente deformidades valvulares e vasculares precedem a EI:
Cardiopatia Reumática, no passado
Valvas artificiais
Microorganismos causadores:
1. Streptococcus viridans
2. S. Aureus
b. Encontrados na pele
a. Outros casos
a. Acomete próteses
MORFOLOGIA
Êmbolos contaminados podem se desprender provocando abcessos nas áreas em que se alojam
e deixam como sequela o infarto séptico
Valvas mitral e aórtica são mais comumente atingidas, as valvas do coração direito pode ser
atingidas nos usuários de drogas
CLÍNICA
A EI aguda tem início violento com rápido desenvolvimento de febre, calafrios, fraqueza e
cansaço
MECANISMOS COMPESATÓRIOS
1. Mecanismo de Frank Starling
2. Remodelagem ventricular
a. SNA sp
b. Renina-angiotensina-aldosterona
c. PNA
Disnfunção sistólica
Lesão isquêmica
Disfunção Diastólica
Hipertrofia maciça do VE
Fibrose do miocárdio
Deposição amiloide
Pericardite constritiva
idade
o NO VE:
HIPERTROFIA CARDÍACA
O aumento do trabalho mecânico por sobrecarga de pressão, volume ou sinais trófico leva a
uma aumento no tamanho dos miócitos (aumento da síntese de proteínas, número de mitcôndrias e
núcleo aumentado por aumento da ploidia sem divisão celular) que leva a um aumento no tamanho e
no peso do coração. O padrão de hipertrofia reflete a natureza do estímulo
Aumento de pressão
Sobrecarga de Volume
INSUFICIÊNCIA ESQUERDA
1. Cardiopatia isquêmica
2. Hipertensão
4. Doenças miocárdicas
Congestão pulmonar
Pulmões – pesados e úmidos nos casos mais graves há extravasamento de líquido edematoso e
hemáceas para o espaço alveolar.
CLINICA
o Tosse
Hipóxia cerebral (nos casos mais avançados) com encefalopatia hipóxica – irritabilidade,
perda de atenção, inquietude.
INSUFICIÊNCIA DIREITA
Geralmente é provocada pela ICC esquerda com aumento de carga nas câmaras direitas pelo
aumento de pressão na circulação pulmonar. A IC direita pura não é comum e acomete pacientes com
desordens pulmonares (cor pulmonale).
O cor pulmonale é causado principalmente por doenças do parênquima pulmonar, mas também
pode estar associado a a desordens que prejudicam a vasularização ou produzem hipóxia:
Apnéia do sono
MORFOLOGIA
Hepatomegalia congestiva
Congestão maior nas veias centrolobulares com perifiria pálida – fígado em noz
moscada
Se for longa a duração pode haver fibrose centrolobular que pode evoluir para cirrose
cardíaca
Esplenomegalia congestiva
TESC:
CLÍNICA
Congestão renal
Encefalopatia hipóxica
Critérios de Framingham:
Sinais Maiores:
o Ingurgitamento jugular
o Cardiomegalia
Sinais Menores:
o Dispnéia de esforço
o Tosse noturna
o Hepatomegalia
o Terceira bulha
o Derrame pleural
o Refluxo hepatojugular