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PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO

DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

SISTEMAS ELECTRÓNICOS NO
AUTOMÓVEL

Ana Antunes
ESTS/IPS, 2019

PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO EM VEÍCULOS ELÉCTRICOS E HÍBRIDOS

Apoio: A.An. 1
Programa
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Sistemas electrónicos de gestão:


- visão global;
- sistemas de ignição para veículos de combustão;

Redes de comunicação no automóvel:


- visão global;
- CAN;
- LIN;
- Flexay.

PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO DE VEÍCULOS ELÉCTRICOS E HÍBRIDOS


A.An. 2
Cronograma
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Sistema electrónicos no automóvel


Total de 4 aulas.

Aulas teóricas (sala E314)


1 aula (10 de Dezembro)

Aulas de laboratório (sala C206)


3 aulas (12, 17 e 18 de Dezembro)

PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO DE VEÍCULOS ELÉCTRICOS E HÍBRIDOS


A.An. 3
Avaliação
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Nota:

N = ∑ Nrel/3

Nrel = nota do relatório de cada um dos 3 trabalhos de laboratório.

N vale 50% da nota final do módulo Sistemas Eléctricos e


Electrónicos no Automóvel.

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A.An. 4
Introdução (1)
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DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

História:

- controlo digital (a partir da década de 60, séc. XX);

- distribuição do controlo => barramentos de controlo (a partir da


década de 80, séc. XX);

- evolução e democratização da tecnologia => aumento da


complexidade dos sistemas electrónicos.

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A.An. 5
Introdução (2)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Sistemas electrónicos nos automóveis:


Unidades electrónicas (ECUs) + barramentos de comunicação +
sensores + actuadores.

NXPonline,2013, [1]

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A.An. 6
Sistemas electrónicos de gestão (1)
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Unidades de controlo electrónicas (ECUs):

- com funções dedicadas;

- baseadas em microcontroladores;

- comunicam entre si através de barramentos.

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A.An. 7
Sistemas electrónicos de gestão (2)
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Funções típicas:

- gestão do motor;

- controlo de estabilidade;

- gestão da caixa de velocidades;

- gestão do conforto;

- controlo da segurança.

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A.An. 8
Sistemas electrónicos de gestão (3)
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Sistema electrónico de gestão do motor

Funções relacionadas (veículos convencionais):

- gestão da injecção – controlo das quantidades


de combustível e de ar da mistura;
- gestão da ignição – gestão dos tempos de ignição;
- gestão da rotação de ralenti.

=> desempenho do motor e consumo do veículo.

Surgiram no início dos anos 80 (séc. XX).


[Wikipédia Commons]

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A.An. 9
Sistemas electrónicos de gestão (4)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Sistema electrónico de gestão da injecção

Sensores de entrada:
- rotações do motor (rpm);
- massa de ar (MAF) + temperatura do ar (IAT);
- temperatura do motor;
- oxigénio (λ) (gasolina);) (gasolina);
- entrada de ar (TPS);
- pressão de admissão (MAP).

Saída:
actuação nos injectores (quantidade de ar e combustível,
sinalização de erros, informação para diagnóstico)

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A.An. 10
Sistemas electrónicos de gestão (5)
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Sistema electrónico de gestão da ignição


(veículos a gasolina)

Sensores de entrada:
- rotações do motor (cambota);
- massa de ar (MAF);
- entrada de ar (TPS).

Saída:
actuação sobre o sistema de ignição.

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A.An. 11
Sistemas electrónicos de gestão (6)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Sistema de ignição com bobine e platinados
Para motores de um ou dois cilindros.

V. Antunes,2018 [2]

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A.An. 12
Sistemas electrónicos de gestão (7)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Sistema de ignição com bobine e platinados

V. Antunes,2018 [2]

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A.An. 13
Sistemas electrónicos de gestão (8)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Sistema de ignição com bobine e platinados

Desvantagens
Corrente elevada nos platinados 6 A a 12 A;
Tempo de vida dos platinados baixo => muita manutenção;
Oscilações grandes de corrente na transição => oscilações grandes
de tensão.

=> Comando electrónico


Substituição do comando por um transistor =>
controlo por ECU.

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A.An. 14
Sistemas electrónicos de gestão (9)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Sistema de ignição com comando electrónico

Tempos on e off controláveis;


Avanço depende de múltiplas variáveis; V. Antunes,2018 [2]
Configuração e afinação facilitadas.

Dependente de vários sensores.

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A.An. 15
Sistemas electrónicos de gestão (10)
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Sistema de ignição com comando electrónico
Sistema para 4 cilindros com distribuidor.

V. Antunes,2018 [2]

Mantêm-se os circuitos de alta tensão;


Tempo de carga das bobines.

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A.An. 16
Sistemas electrónicos de gestão (11)
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Sistema de ignição com comando electrónico
Sistema para 4 cilindros sem distribuidor, sistemas actuais.

V. Antunes,2018 [2]

Sistemas actuais com 1 bobine por cilindro.

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A.An. 17
Sistemas electrónicos de gestão (12)
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Sistema de ignição com comando electrónico

Sistemas actuais com 1 bobine por cilindro.

Vídeo Sistema de ignição

Vantagens:
Não necessitam de cabos de alta tensão;
Menos fugas de corrente no circuito de alta tensão;
Radiação electromagnética de menor intensidade;
Mais tempo para a carga das bobines.
V. Antunes,2018 [2]

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A.An. 18
Sistemas electrónicos de gestão (13)
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Sistema electrónico de gestão do ralenti


(veículos a gasolina)

Sensores de entrada:
- rotação do motor;
- entrada de ar (TPS);

Saída:
actuação sobre o sistema de ignição e injecção.

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A.An. 19
Sistemas electrónicos de gestão (14)
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Sistema electrónico de gestão do motor DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Veículos eléctricos => controlo do motor eléctrico e gestão da bateria.

Sensores de entradas:
- posição do acelerador;
- rotação do motor;
- corrente do motor;
- temperatura do motor;
- estado de carga da bateria;
- temperatura da bateria.

Saída:
actuação sobre o motor.

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A.An. 20
Sistemas electrónicos de gestão (15)
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Sistema electrónico de gestão da caixa de velocidades


Em veículos com caixas automáticas.

Sensores de entrada:
- velocidade;
- posição do acelerador;
- rotação do motor (próprios).

Saídas:
ajuste da mudança.

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A.An. 21
Sistemas electrónicos de gestão (16)
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Sistema electrónico de controlo da estabilidade
ESP (Electronic Stability Program) e ABS (Anti-lock Braking System)
Detectam e reduzem a perda de tracção;
Controlam directamente os travões em cada roda.

Sensores de entrada:
- aceleração sobre vários eixos;
- velocidade em cada roda;
- posição do volante.

Saídas:
actuação sobre o sistema de travagem de cada roda.

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A.An. 22
Sistemas electrónicos de gestão (17)
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Sistemas electrónicos de gestão do conforto
Promover o conforto dos passageiros durante a viagem.
Tipos de sistemas:
- controlo da climatização, do tecto e da posição do assento;
- controlo automático dos vidros, do limpa-vidros e da velocidade de
cruzeiro;

Sistemas electrónicos de controlo da segurança


Garantir a segurança do veículo e dos seus ocupantes.
Tipos de sistemas:
- sistema de alarme;
- controlo dos air bags e dos cintos de segurança.

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A.An. 23
Sistemas electrónicos de gestão (18)
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Sistemas X-by-wire
Conjunto de sistemas de comando críticos que passaram a ser
operados de modo electrónico.

Tipos de sistemas:
- drive-by-wire – acionamento do pedal do acelerador;
- brake-by-wire – acionamento do pedal de travagem;
- steer-by-wire – posição do volante;
- safe-by-wire – acionamento de sistemas de segurança.

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A.An. 24
Sistemas electrónicos de gestão (19)
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Sistemas de infotainment
Conjunto de sistemas para informação e entretenimento dos
passageiros do veículo.

Tipos de sistemas:
- som e imagem;
- navegação;
- interface com telemóveis.

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A.An. 25
Redes de comunicação no automóvel (1)
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Classes de aplicações (SAE):
Classe A:
- taxas de transmissão reduzidas (< 10 kb/s);
- sistemas de conforto.
Classe B:
- taxas de transmissão médias ( < 125 kb/s);
- segurança passiva, powertrain e chassis.
Classe C:
- taxas de transmissão elevadas (< 1 Mb/s);
- segurança passiva, powertrain e chassis.
Classe D (extra SAE):
- taxas de transmissão muito elevadas (> 1 Mb/s);
- X-by-wire, controlo da suspensão e segurança activa.

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A.An. 26
Redes de comunicação no automóvel (2)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Domínios de aplicação dos vários tipos de redes

Baronti et al., 2011 [3]

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A.An. 27
Redes de comunicação no automóvel (3)
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CAN (Controller Area Network)

Desenvolvido durante a década de 80 (séc. XX) especificamente


para aplicações automóveis;

Standard ISO 11898 (1993);

Taxa de transmissão até 1 Mbit/s;

Utilização em automóveis desde o início dos anos 90 (séc. XX) em


aplicações classe B e C.

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A.An. 28
Redes de comunicação no automóvel (4)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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LIN (Local Interconnect Network)

Desenvolvido durante o final da década de 90 (séc. XX) e início do


séc. XXI especificamente para aplicações automóveis;

Standard ISO 11987 (2016);

Taxa de transmissão até 20 kbit/s;

Utilização em aplicações de classe A.

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A.An. 29
Redes de comunicação no automóvel (5)
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FlexRay

Desenvolvido no início do séc. XXI por um conjunto de empresas do


sector automóvel;

Standard ISO 17458 (2013);

Taxa de transmissão até 10 Mbit/s (por canal);

Utilização em automóveis desde 2008 em aplicações de classe C.

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A.An. 30
Redes de comunicação no automóvel (6)
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MOST

Desenvolvido no início do séc. XXI por um conjunto de empresas do


sector automóvel;

Standard ISO 21806, em desenvolvimento;

Taxa de transmissão até 150 Mbit/s;

Utilização em automóveis desde 2001 em aplicações de classe D.

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A.An. 31
CAN (1)
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Introdução

Desenvolvido durante a década de 80 (séc. XX) pela R. Bosch GmbH


para aplicações automóveis;

Utilização em automóveis desde o início dos anos 90 (séc. XX) em


aplicações classe B e C;

Rede de comunicação dominante;

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A.An. 32
CAN (2)
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Características
Protocolo série;
Multi-mestre;
Extremamente robusto;
Grande flexibilidade de configuração;
Baixo custo de implementação.

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A.An. 33
CAN (3)
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Estrutura de um nó CAN

Camada física;
Camada da ligação de dados;
Camada da aplicação.

(segundo o modelo OSI).

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A.An. 34
CAN (4)
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Camada física
Canal bidireccional cuja implementação física não é definida;

Utiliza dois níveis lógicos designados “dominante” e “recessivo”;


Transmissão simultânea dos níveis “dominante” + “recessivo” =>
nível “dominante”;

Número máximo de nós no barramento não é limitado pelo protocolo


=> dependente da implementação física;

Transmissão assíncrona.

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A.An. 35
CAN (5)
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Camada física
Bit stuffing

Introdução forçada de um bit de polaridade contrária depois da


ocorrência sucessiva de 5 bits da mesma polaridade.
Permite que os nós receptores mantenham o sincronismo.
Só é utilizado em alguns dos campos das tramas.

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A.An. 36
CAN (6)
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Camada física
Tipos de implementações
Várias possibilidades:
- unifilar: simples e assimétrica;
- dois cabos: diferencial com ou sem entrançamento,
tolerante a falhas (com ou sem isolamento galvânico);
- sobre os cabos de alimentação da rede eléctrica ou linhas DC;
- fibra óptica, etc.

Sinais eléctricos produzidos pelo transceiver escolhido de acordo com


o tipo de implementação desejada.

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A.An. 37
CAN (7)
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Camada física

Topologias típicas na indústria automóvel

- pares entrançados – redes classes B e C;

- versão tolerante a falhas – redes classe B;

- ligação óptica – em camiões entre a cabina e o atrelado.

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A.An. 38
CAN (8)
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Camada física
Implementação diferencial
Com dois cabos entrançados + massa;
Implementação mais utilizada em veículos;

Compatível com ISO 11898-2:


- taxas de transmissão entre 125 kbps e 1 Mbps (classe C);
- comprimentos até 40 m a 1 Mbps;
- até 30 nós por rede (bastante mais dependendo do transceiver);
- terminadores de 120 Ω nos pontas do barramento.

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A.An. 39
CAN (9)
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Camada física
Relação entre a taxa de transmissão e o comprimento do barramento

L≤ [4]

Baud rate Comprimento


(kbps) (m)
1000 40
Comprimentos típicos 500 100
(par entrançado)
100 500
50 1000

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A.An. 40
CAN (10)
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Camada física
Implementação diferencial

Rt = 120 Ω

Microchip, 2002 [4]

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A.An. 41
CAN (11)
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Camada física
Exemplo sinais CAN_L e CAN_H

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A.An. 42
CAN (12)
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Camada física
Implementação tolerante a falhas
Com dois cabos entrançados + massa;
Capacidade de detecção, sinalização e correcção de falhas;

Compatível com ISO 11898-3:


- taxas de transmissão até 125 kbps (classe B);
- comprimento dependente apenas da carga capacitiva (5 - 10 km);
- até 20 nós por rede;
- uma terminação para cada ligação à rede.

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A.An. 43
CAN (13)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Camada física
Implementação tolerante a falhas

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A.An. 44
CAN (14)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Camada física
Tipos de falhas
Falhas que permitem a manutenção da funcionalidade, embora com
desempenho reduzido.

Curto-circuitos: CAN_H or CAN_L cc com Vbat ou massa


CAN_L cc CAN_H

Circuito aberto: CAN_L ou CAN_H em aberto

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A.An. 45
CAN (15)
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Camada da ligação de dados

Conceito de identificador
Cada mensagem contém um identificador;

O identificador estabelece o significado da informação e não o seu


destino => flexibilidade na configuração do sistema;
=> possibilidade de filtrar as mensagens recebidas em cada nó.

Paradigma produtor – consumidor.

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A.An. 46
CAN (16)
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Camada da ligação de dados

Multi-mestre => arbitragem bit a bit.

Garante a consistência dos dados;


Confirmação da recepção (embora não ponto-a-ponto);
Esquema de prioridades estáticas.

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A.An. 47
CAN (17)
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Camada da ligação de dados


Arbitragem
Bit 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
Bit a bit utilizando o
identificador; Nó 1
Nó 2 ganha
o acesso ao
barramento
Nó 2
Utiliza a técnica CSMA/CD
não destrutivo. Nó 3

Barramento

Nó 1 perde acesso Nó 3 perde acesso

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A.An. 48
CAN (18)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Camada da ligação de dados


Tipos de tramas

Trama de dados – transmissão de dados;


Trama remota – pedido de dados;
Trama de erro – reporte da detecção de erros;
Trama de sobrecarga – pedido de atraso da próxima transmissão.

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A.An. 49
CAN (19)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Camada da ligação de dados


Trama de dados

Campo de arbitragem Campo de dados Campo de confirmação

Início de trama Campo de controlo Campo CRC Fim de trama

Identificador DLC Dados Sequência CRC

Delimitador
RTR r0 Espaçamento entre tramas
Slot
r1 ou IDE Delimitador

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A.An. 50
CAN (20)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Camada da ligação de dados


Formatos do identificador
2.0A – 11 bits (standard)

Campo de arbitragem Campo de controlo

Identificador - 11 bits DLC

RTR r0

IDE

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A.An. 51
CAN (21)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Camada da ligação de dados


Formatos do identificador
2.0B – 29 bits (extended)

Campo de arbitragem Campo de controlo

Identificador - 11 bits Identificador - 18 bits DLC

IDE RTR r0
SRR
r1

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A.An. 52
CAN (22)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Camada da ligação de dados


Trama de dados

DLC (Data Lenght Code) - indica o nº de bytes de dados da trama;

Campo de dados – 0 a 8 bytes de dados;

Campo de CRC (Cyclic Redundancy Code) – 15 bits CRC.

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A.An. 53
CAN (23)
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Camada da ligação de dados


Sinalização e recuperação de erros

Protocolo extremamente robusto;

Capacidade de detecção, delimitação e recuperação automática de


condições de erro;
A transmissão em curso é abortada e a retransmissão é automática;
Tempo de recuperação de no máximo 29 vezes o tempo de bit.

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A.An. 54
CAN (24)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Camada da ligação de dados


Estado de um nó

Três estados possíveis em relação à ocorrência de erros:

Activo - envia flags de erro activas;


Passivo - envia flags de erro passivas e quando termina a transmissão
suspende a transmissão seguinte enviando 8 bits recessivos;
Desligado – não tem influência activa no funcionamento da rede.

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A.An. 55
CAN (25)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Camada da ligação de dados


Transição entre estados

TEC (Transmission Error Count)


REC (Receiver Error Count)

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A.An. 56
CAN (26)
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Camada da aplicação
Não é definida pelo protocolo.
Tipicamente cada fabricante cria a sua própria camada de aplicação.

Exemplos
OSEK/VDX – sistema aberto para unidades de controlo distribuídas
em veículos (European Car Industries User Group);
J1939 – power-train e redes em camiões e autocarros (SAE);

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A.An. 57
CAN (27)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

CAN FD (Flexible Data-rate)


Versão melhorada da camada de ligação de dados CAN;
Golf e Neo-e de 2019;
Características
Transmissão até 64 bytes por trama;
Taxa de transmissão durante a fase de dados até 15 Mbit/s.
Especificação de Abril de 2012;

CAN XL (Flexible Data-rate)


Nova geração do protocolo;
Taxa de transmissão até 10 Mbit/s com 2048 bytes por trama.

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A.An. 58
LIN (1)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Introdução

Desenvolvido no final da década de 90 (séc. XX) e início do séc. XXI


por um conjunto de empresas ligadas ao sector automóvel;

Rede de controlo com custos baixos;

Utilização em automóveis em aplicações classe A;

Versão LIN standard ISO 17987 de 2016.

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A.An. 59
LIN (2)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Aplicações em automóveis

Exemplos:
- controlo do tecto de abrir;
- controlo e accionamento automático dos limpa pára-brisas;
- accionamento automático dos faróis;
- ajuste dos bancos;
- controlo dos vidros das portas e dos espelhos.

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A.An. 60
LIN (3)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Características
Protocolo série;
Mestre-escravo;
Detecção de erros e de nós em falha;
Baixo custo de implementação.

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A.An. 61
LIN (4)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Estrutura de um nó LIN

Camada física;
Camada da ligação de dados;
Camada da aplicação.

(segundo o modelo OSI).

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A.An. 62
LIN (5)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Camada física

Canal único;
Implementação simples;
Transmissão assíncrona;
Número máximo recomendado de 16 nós (máx. 64);
Taxa de transmissão máxima de 20 kbps.

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A.An. 63
LIN (6)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Camada física

Dois níveis lógicos:


- “dominante”, massa;
- “recessivo”, tensão da bateria;

Máximo de 20 kbps;
Valores típicos (1200, 2400, 9600 e 19200) ou 10,4 Kbps (diagnóstico
K-line);
Comprimento máximo de 40 m.

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A.An. 64
LIN (7)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Camada física
Exemplo do sinal LIN

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A.An. 65
LIN (8)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Camada física
Implementação física
Cabo unifilar (+ massa);
Implementação com um driver de linha simples;
Hardware semelhante a uma UART;
Terminadores típicos de 1 kΩ no master e 30 kΩ no escravo.

Modo de poupança de energia


Todos os nós entram em modo de poupança de energia se:
- broadcast de uma trama especial;
- inactividade por mais de 4 s.

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A.An. 66
LIN (9)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
Camada da ligação de dados DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Formato das tramas


Comum aos vários tipos de tramas;
Trama = cabeçalho (mestre) + resposta (escravo);

Resposta
Enviado por um dos escravos;
Campo de dados – dados (1 a 8 bytes);
Nas mensagens de diagnóstico = 8 bytes;
Campo de CRC – CRC (1 byte);

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A.An. 67
LIN (10)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Camada da ligação de dados


Tratamento de erros
Monitorização do barramento pelo nó transmissor e capacidade de
detecção de erros no transmissor;
Verificação da paridade (campo do identificador) e do CRC;
Detecção dos erros nos escravos (podem ser registados e
reportados);

Nós conseguem distinguir localmente erros transitórios de erros


permanentes e efectuar correcções.

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A.An. 68
LIN (11)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Camada da aplicação

Não é definida pelo protocolo LIN;

LIN description file (LDF) – descrição do comportamento do cluster;

LDF – utilizado para configuração e criação da tabela do escalonamento


do cluster;

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A.An. 69
FlexRay (1)
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Introdução
Desenvolvido no início do séc. XXI por um conjunto de empresas do
sector automóvel;

Aplicações críticas e determinísticas em termos temporais com taxas de


transmissão elevadas;

Standard ISO 17458 de 2013;

Taxa de transmissão até 10 Mbit/s;

Utilização em automóveis desde 2008 em aplicações de classe C.

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A.An. 70
FlexRay (2)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Aplicações em automóveis

Comunicação:
- com elevadas taxas de transmissão;
- determinística com elevadas taxas de transmissão;
- determinística e redundante com elevadas taxas de transmissão.

X-by-wire em particular brake-by-wire e steer-by-wire.

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A.An. 71
FlexRay (3)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Características

Elevada largura de banda;


Flexibilidade de topologia (barramento, estrela, combinações);
Transmissão síncrona e assíncrona;
Determinismo temporal (latência e jitter conhecidos);
Existência de um canal redundante;
Existência de um bus gardian (opcional).

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A.An. 72
FlexRay (4)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Estrutura de um nó FlexRay

Camada física;
Camada da ligação de dados;
Camada da aplicação.

(segundo o modelo OSI).

opcional

Baronti et al., 2011 [3]

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A.An. 73
FlexRay (5)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Camada física
Não está definida em pormenor no protocolo.

Cada nó pode suportar até dois canais físicos independentes (canal A e


canal B);
Transmissão síncrona e assíncrona;
Taxa de transmissão nominal de 10 Mbps (por canal).
Bus gardian previne falhas do tipo babling idiot e o acesso ao
barramento fora do tempo certo.

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A.An. 74
FlexRay (6)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Camada física
Dois níveis lógicos ambos dominantes;

Utilização de algoritmos de sincronização de relógios distribuídos e


tolerantes a falhas.

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A.An. 75
FlexRay (7)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Camada física
Taxa de transmissão de 10 Mbps;

Atrasos, tempos de propagação do sinal e topologia de rede têm


grande influência na qualidade e integridade dos bits => importância
da selecção do tipo de canal.

Implementação física
Várias possibilidades:
- par diferencial;
- fibra óptica.

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A.An. 76
FlexRay (8)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Topologias
Ponto-a-ponto
Comprimento máximo de 24 m;
Terminadores adequados nas pontas.

Barramento linear passivo


Distância máxima entre dois nós de 24 m;
Número máximo de 22 nós com stubs;
Terminadores adequados nas pontas.

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A.An. 77
FlexRay (9)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Topologias

Estrela passiva
Distância máxima entre dois nós de 24 m;
Número máximo de 22 nós em estrela;
Terminadores adequados nos 2 pontos mais distantes da rede.

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A.An. 78
FlexRay (10)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Topologias
Estrela activa
O nó comum tem capacidade de processamento.
Pode ser utilizado como:
- comutador de mensagens;
- controlador de falhas;
- repetidor.

Distância máxima entre um nó e uma estrela activa 24 m;


Pelo menos dois ramos por estrela;
Terminadores em cada porto da estrela e no final de cada ramo.

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A.An. 79
FlexRay (11)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Topologias

Híbrida
Utilização da topologia de barramento e estrela em conjunto.

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A.An. 80
FlexRay (12)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Camada da ligação de dados


Paradigma produtor – distribuidor – consumidor
Controlo do acesso ao barramento dos nós produtores é feito por um nó
mestre.

Tempo de barramento dividido em slots, cada slot é atribuído a um nó =>


determinismo temporal;
=> não existência de colisões;

Atribuição de slots efectuada off-line (seg. estático) e online (seg. dinâmico);


Início do ciclo controlado pelo mestre que envia a mensagem de
sincronismo.

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A.An. 81
FlexRay (13)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Camada da ligação de dados


Ciclo de comunicação

Segmento estático – sequência de tráfego pré-determinado (periódico);


Segmento dinâmico – para comunicação dinâmica (eventos).

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A.An. 82
FlexRay (14)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Camada da ligação de dados

Formato da trama

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A.An. 83
FlexRay (15)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Redundância

O canal redundante pode ser utilizado de vários modos:


- como canal redundante em caso de falha do 1º canal;
- para duplicar a largura de banda.

Permite uma enorme flexibilidade no projecto da rede.

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A.An. 84
FlexRay (16)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
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Camada da aplicação

Não é definida pelo protocolo.

Protocolo demasiado recente para haver standards aceites como tal;


Dependente de cada fabricante.

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A.An. 85
MOST (1)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Introdução
Desenvolvido no final do séc. XX por um conjunto de empresas do
sector automóvel;

Aplicações nos sistemas de entretenimento e de informação:

Standard ISO 21806, em desenvolvimento;

Taxa de transmissão até 150 Mbit/s;

Utilização em automóveis desde 2001 em aplicações de classe D.

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A.An. 86
MOST (2)
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Introdução

MOST, 2019 [4]

PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO DE VEÍCULOS ELÉCTRICOS E HÍBRIDOS


A.An. 87
Conclusão
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

Sistemas eléctrónicos de gestão + redes de dados.

Protocolos:
CAN
LIN
FlexRay.

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A.An. 88
Referências
PÓS-GRADUAÇÃO EM MOTORIZAÇÃO
DE VEÍCULOS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS

[1] http://www.nxp.com/news/press-releases/2013/04/nxp-expands-flexray-
transceiver-portfolio.html.

[2] Sistemas de ignição para veículos de combustão interna, Victor Antunes, 2018.

[3] Design and verification of hardware building blocks for high-speed and fault-
tolerant in-vehicle networks, F. Baronti et al., IEEE Transactions on Industrial
Electronics, vol. 58, nº 3, 2011.

[4] AN228 – A CAN physical layer discussion, Microchip, 2002.

[5] Datasheet TJA1055 – Enhanced fault-tolerant CAN transceiver, NXP, 2013.

[6] MOST Cooperation, https://www.mostcooperation.com/technology/introduction/.

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A.An. 89

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