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Marxismo e Educação

Por volta século XIX as concepções intelectuais do marxismo foram influenciadas por
dois filósofos alemães: Karl Marx e Friedrich Engels. Principalmente por Karl Marx,
que foi o fundador do marxismo, sobretudo o que lançou suas bases teóricas. O
marxismo utiliza indagações para compreender as relações da sociedade. Questões
essas, políticas, econômicas, sociais e culturais, na qual são aplicados o
desenvolvimento do capitalismo e o papel revolucionário da luta de classes.

A ideologia do marxismo é conjunto de ideias, no sentido de senso comum. Válida em


todos os lugares e em todos os tempos ?. Quando acredita-se numa ideia, tomamos isso
como uma verdade, ou seja, universal e necessária. Marx acredita que a ciência não é
uma verdade inquestionável nem universal, mas uma ciência que é feita em tempos
históricos, quer dizer, um grupo de pessoas num determinado tempo histórico constitui
uma classe, chamada classe intelectual.

Toda produção intelectual vem da classe dominante, então não são ideias universais,
mas princípios somente de uma classe. Tendo um ponto de vista próprio, fazendo com
que a classe dominada receba apenas as ideias da classe dominante, pois os fazem
acreditar que são idealizações universais. Deixa-se o trabalho intelectual para a classe
dominante e o manual, mecânico, para os dominados.

Será que as ideias que são passadas para gente são verdadeiras? Ou todas estão
embutidas de interesse? O conhecimento é tendencioso, não há neutralidade na
sociedade.

Pensar na filosofia marxista é pensar na práxis. Práxis é pensar o mundo, mas não só
como atividade humana que interpreta, mas como prática também (o que transforma o
real). Os dois juntos efetivam a práxis.

No livro de Franco Cambi: “A história da pedagogia”, no terceiro capítulo, ele fala um


pouco sobre a práxis:

[...] o marxismo, portanto, valoriza a “práxis”, a atividade


humana que interpreta e transforma o real, submetendo-o ao
controle da ação e aos processos de racionalização que ela
introduz. A realidade é processo histórico-dialético e pode ser
dirigida pelos homens mediante um projeto que permita seu
controle e desenvolvimento (CAMBI, 1999, p. 562).

O trabalho humano está em todas as coisas. Visto que teorias menos (-) práticas seria
apenas idealismos e se fosse práticas menos (-) teorias resultaria em ativismos. Marx
fala que mesmo que o ativista tenha boas intenções, a sua falta de reflexão acerca da
sociedade pode trazer para ele mesmo e, além disso, para os outros, consequências
negativas de suas ações, e vice-versa para com o idealista.

A sociedade tal qual se apresenta aos nossos olhos é diferente da sociedade tal qual ela
é, ou seja, a sociedade não é uma máquina que produz sozinha, não é unicamente
produto humano, mas uma sociedade feita pelos homens. Para Marx, a sociedade é
heterogênea, isto é, fragmentada em classes: classe dominante e classe dominada.

O desequilíbrio social presente no corpo social acontece porque os indivíduos não têm
meios de decodificar e filtrar as informações que chegam continuamente . A alienação é não
ter dimensão da sua produção, ou seja, é a sua produção, seu trabalho, na mão de outros.

A alienação transforma a vida do indivíduo em uma relação de exploração e dominação.


A sociedade de classes é a negação da natureza humana. O homem é escravo, quanto
mais ele trabalha em função do trabalho apropriado por outros, mais ele se aprisiona.

Segundo Marx, a base do poder capitalista ou uma das suas principais bases está
relacionada ao mais- valia que é extraído na produção e finalizado no valor da
mercadoria. A mais-valia expressa o processo de valorização da mercadoria. Existe um
processo de valorização dentro da própria mercadoria, que passa por todos os processos
de agregação do trabalho.

...
RASCUNHO

Fetiche de mercadoria, para o capitalismo existir precisa-se comprar

Manifesto comunista: entretanto não é uma obra. Tudo se transforma em mercadoria.


Música, cinema, educação, saúde...

O capital: análise sobre o capitalismo

Materialismo dialético e materialismo histórico:

Modo de vida e não só meramente entretenimento

“A Educação tem um papel cada vez mais importante na formação da natureza e da


estrutura da desigualdade social na sociedade moderna, mas isso não significa afirmar
que seja um fenômeno novo para o estudo da natureza da desigualdade. Ela é uma
variedade de competência culturais e aptidões. A educação sempre teve uma papel
importante na determinação da desigualdade. Por exemplo a capacidade de ler e
escrever na língua dominante de uma nação. O conhecimento das leis e dos
procedimentos que regem as transações, como saber se o religioso influi na posição
social de uma pessoa. Agora conhecer a tecnologia e saber analisar as informações cria
um novo aspecto de determinação da desigualdade. 
Um aspecto importante da transformação da base da desigualdade social é o
estabelecimento e garantia da cidadania, especialmente de um pacote de bem-estar
social, do qual abaixo não se aceita que a pessoa venha cair.”

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