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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Problemas ambientais no mundo e Moçambique

Omar Tomás Ribeiro e Código do Estudante

Curso: Ensino de Geografia


Disciplina: Estudos Ambientais
II
Ano de Frequência: 4o

Nampula, Setembro, 2020


Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
 Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Critérios de avaliação (disciplinas de calculo)

Classificação
Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
Categorias Indicadores máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
 Actividades 0.5
 Actividade 1

 Actividade 2

Conteúdo Actividades2  Actividade 3 17.51

 Actividade 4
 Actividade 5
 Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas

1
A cotação pode ser distribuída de acordo com o peso da actividade
2. O número das actividades pode variar em função da disciplina
Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução......................................................................................................................2

Problemas ambientais no mundo e Moçambique..........................................................3

Os problemas ambientais do mundo..............................................................................3

Os problemas ambientais em Moçambique...................................................................4

Causas do surgimento de problemas ambientais mundiais e em Moçambique.............7

Moçambique..................................................................................................................9

Impactos de problemas ambientais................................................................................9

Medidas de mitigação de problemas ambientais em Moçambique...............................9

Conclusao.....................................................................................................................11

Referências Bibliograficas...........................................................................................12
Introdução
Nas cidades, os problemas ambientais resultam principalmente da falta de utilização de
critérios adequados para a utilização do meio físico. Na maioria das vezes, não se
considera, no planejamento urbano, a capacidade de suporte do ambiente físico.

Ao modificar a natureza, sem considerar a capacidade de suporte do ambiente, por meio


da construção de estradas, casas e indústrias, por exemplo, a população das cidades
sofre com a diminuição da qualidade ambiental, o que pode interferir na qualidade de
vida das pessoas.

As cidades podem ser consideradas como reflexo da transformação do espaço natural e


da forma de organização das sociedades. Com a retirada da cobertura vegetal,
provocado pelo crescimento das cidades, resulta na necessidade de devolver a vegetação
a esses espaços, sob a forma de paisagismo.

Alguns problemas urbanos como a erosão, assoreamento de cursos d’água, falta de áreas
verdes, poluição do ar, sonora e da água, uso de áreas para deposição de lixo são
consequências do desequilíbrio entre o crescimento das cidades e suas actividades com
os aspectos físicos do ambiente.
Problemas ambientais no mundo e Moçambique

Os problemas ambientais do mundo


Poluição do ar, desmatamento, extinção de espécies, degradação do solo e
superpopulação representam grandes ameaças, que devem ser resolvidas para que o
planeta continue sendo um lar para todas as espécies.

1. Poluição do ar e mudanças climáticas

O problema: a atmosfera e os oceanos estão sobrecarregados de carbono. O CO2


atmosférico absorve e reemite radiação infravermelha, o que faz com que o ar, os solos
e as águas superficiais dos oceanos fiquem mais quentes –em princípio, isso é bom: o
planeta estaria congelado se isso não acontecesse. Mas há muito carbono no ar.

A queima de combustíveis fósseis, o desmatamento para a agricultura e as actividades


industriais aumentaram as concentrações atmosféricas de CO2 de 280 partes por milhão
(ppm), há 200 anos, para cerca de 400 ppm. Isso é um aumento sem precedentes, tanto
em escala quanto em velocidade.

2. Desmatamento

O problema: florestas ricas em espécies estão sendo destruídas, especialmente nos


trópicos, para muitas vezes abrir espaço para a criação de gado, plantações de soja ou de
óleo de palma, ou para outras monoculturas agrícolas. Cerca de 30% da área terrestre do
planeta é coberta por florestas – isso é cerca de metade do que existia antes de o início
da agricultura, 11 mil anos atrás. Cerca de 7,3 milhões de hectares de floresta são
destruídos a cada ano, principalmente nos trópicos.

Florestas tropicais costumavam cobrir cerca de 15% da área terrestre do planeta.


Actualmente elas cobrem de 6% a 7%. Grande parte do que sobrou foi degradado pela
derrubada de árvores ou queimadas. As florestas naturais não actuam apenas como
reservas da biodiversidade, eles também são reservatórios, que mantêm o carbono fora
da atmosfera e dos oceanos.

3. Extinção de espécies

O problema: em terra, animais selvagens estão sendo caçados até a extinção para a
obtenção de carne, marfim ou para a produção de produtos "medicinais". No mar,
grandes barcos de pesca industrial, equipados com redes de arrastão ou de cerco, estão
dizimando populações inteiras de peixes. A perda e a destruição de habitat também é
um fator importante para a onda de extinção – algo sem precedentes se for considerado
que ela está sendo causada por uma única espécie: os humanos.

A Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) de


espécies ameaçadas continua a crescer. Espécies não apenas têm o direito de existir, elas
também fornecem produtos e "serviços"essenciais para a sobrevivência humana. Um
exemplo são as abelhas e seu trabalho de polinização, necessário para o cultivo de
alimentos.

4. Degradação do solo

O problema: a exploração excessiva das pastagens, as monoculturas, a erosão, a


compactação do solo, a exposição excessiva a poluentes, a conversão de terras – a lista
de maneiras como os solos estão sendo danificados é longa. Cerca de 12 milhões de
hectares de terras agrícolas são degradados seriamente todos os anos, de acordo com
estimativas da ONU.

5. Superpopulação

O problema: a população humana continua a crescer rapidamente em todo o mundo. A


humanidade começou o século 20 com 1,6 bilhão de pessoas. Hoje são cerca de 7,5
bilhões. Estimativas indicam que a população mundial crescerá para quase 10 bilhões
até 2050. A combinação de crescimento populacional com ascensão social está
pressionando cada vez mais os recursos naturais essenciais, como a água. Grande parte
desse crescimento está ocorrendo no continente africano e no sul e leste da Ásia.

Os problemas ambientais em Moçambique


Poluição da água

A Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentou a seguinte definição de poluição


das águas: “Água poluída é quando a sua composição ou seu estado estão de tal modo
alterados que já não reúnem as condições necessárias (propriedades físicas, químicas e
biológicas) para as utilizações para as quais estava destinada no seu estado natural”.
A poluição da água indica que um ou mais de seus usos foram prejudicados, podendo
atingir o homem de forma directa.

A água é usada para ser bebida, para tomar banho, para lavar a roupa e utensílios para
confeccionar alimentos e para abeberamento dos animais domésticos. É também usada
nas indústrias e na irrigação de plantações.

A água deve por isso ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de
microrganismos patogénicos o que por vezes é conseguido através de tratamento depois
que é retirada do rio até chegar ao local da sua utilização.

A água é considerada de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes


fecais e menos de dez microrganismos patogénicos por litro (como os causadores de
cólera, hepatite, poliomielite, esquistossomose, leptospirose).
Poluição das águas interiores

A poluição das águas interiores traduz-se na descarga, directa ou indirecta, das aguas
superficiais (rios, afluentes, lagos, lagoas, albufeiras zonas húmidas) e subterrâneas (que
compõem o chamado aquíferos subterrâneo), de substâncias poluente susceptíveis de
alterar as respectivas qualidades provocando efeitos nocivos de quantificação e
qualificação difíceis.

Actividade Industrial

A indústria e o sector de actividade que mais polui os recursos hídricos, pois a agua é ai
utilizada como dissolvente ou reagente químico, na lavagem, no arrefecimento e na
tinturaria, acabando por se tornar absolutamente impropria para outros usos. Uma vez
finalizada a respectiva utilização, tal agua e despejada nas águas superficiais, carregada
de substâncias altamente toxicas, o que conduz inevitavelmente à ocorrência de
desequilíbrios ecológicos graves e ao envenenamento das próprias águas subterrâneas.
(Serra & cunha, 2008)

Actividade Agro-pecuária

A actividade agro-pecuária moderna pressupõe a utilização de fertilizantes químicos


(para compensar a perda de nutrientes dos solos) e pesticidas (utilizados para combater
diversas pragas, podendo ser herbicidas, insecticidas ou fungicidas) que, para além da
degradação dos recursos hídricos, quer superficiais que subterrâneos, provoca a
poluição como vimos anteriormente. Por outro lado, esta actividade é responsável por
um desperdício enorme. Daí que seja necessário “retirar o máximo possível de cada gota
de água porque, á medida que a população mundial vai crescendo e aumenta a procura
de alimentos, a irrigação não controlada constitui uma ameaça grave sobre os rios, as
zonas húmidas e lagos”. (Serra & cunha, 2008)

Mineração
A realização de actividades de mineração também provoca impactos significativos nas
aguas interiores, superficiais ou subterrâneas, em resultado da libertação de grandes
quantidades de resíduos, alguns dos quais de teor extremamente tóxico. São já bastante
conhecidos os impactos provocado, por exemplo, pela actividade de mineração de ouro
junto aos cursos de aguas superficiais, nas províncias de Manica, Sofala e Niassa, dado
o recurso ao mercúrio, substancia química que provoca danos significativos nos
ecossistemas, biodiversidade e saúde humana. (Serra & cunha, 2008).

Actividades Domésticas

Por seu turno, as diversas actividades de caracter domésticas conduzem ao despejo de


enormes quantidades de substâncias poluentes nos recursos hídricos sem qualquer tipo
de tratamento prévio, sendo as consequências, como tal, particularmente graves. No
caso particular do nosso país, a questão do deficiente saneamento nos aglomerados
urbanos é bastante preocupante. Segundo a revista Moçambique citado por Serra e
Cunha, nas áreas urbanas os sistemas de saneamento e drenagem não funcionam.
Mesmo que a água fornecida pela rede seja de boa qualidade, não o será por muito
tempo, pois corre o risco de contaminação pelos esgotos em qualquer ponto do
percurso.
Como resultado de todos estes factores que afectam a possibilidade de a maioria dos
cidadãos terem acesso a água em qualidade e quantidade minimamente aceitável,
assistimos a um despontar de diversos surtos epidémicos, com particular destaque para a
cólera. Esta tornou-se numa doença endémica a partir do ano de 1982, afectando,
essencialmente as províncias de Cabo Delgado, Maputo e Zambézia. Esta associada ao
enorme problema da ausência de sistemas eficaz de saneamento de locais de
implantação de pessoas. Alem do mais, as latrinas são, muitas vezes, erguidas em
terrenos impróprios, causando a contaminação das águas subterrâneas e contribuindo
também para a emergência da referida cólera e de diarreias.

O exemplo mais próximo de poluição de um curso de água, a partir do local onde nos
encontramos, seja a poluição do rio Influente, que atravessa, nas cidades de Matola e
Maputo, áreas residenciais, indústrias e agrícolas, até desaguar na baia de Maputo. Já
foram feitas diversas análises à qualidade das respectivas águas, sendo os resultados
bastantes preocupantes.

As diversas actividades humanas têm contribuído para que o referido rio apresente
elevados níveis de poluentes diferenciados, e para isso há três grandes causas: 
1. Falta de saneamento básico;

2. Prática de Agricultura em moldes pouco sustentáveis nas margens do rio;


3. Despejo de águas residuais provenientes das diversas indústrias instaladas nas
respectivas margens com isso o risco para a saúde para a saúde humana são
imensuráveis principalmente para aquela pessoas que se alimentam de verduras
provenientes do vale do Infuléne em estado cru ou que bebam directamente a água do
rio (Serra & cunha, 2008).

Causas do surgimento de problemas ambientais mundiais e em Moçambique


No mundo atual observa-se um antropocentrismo, que tem sua importância para a
solidificação da base psíquica humana numa determinada fase de seu desenvolvimento
– infância – entretanto, ocorre uma fixação desta fase nas atitudes e comportamentos do
ser humano na sua relação com a natureza. Este aspecto infantilizado de atitudes e
comportamentos humano, ao longo do tempo, tem contribuído para o agravamento do
desequilíbrio do planeta e, consequentemente, de si próprio. Fato visível no
aquecimento global, além de outros, sendo este o maior desafio ambiental do século
XXI, interferindo nas mudanças climáticas que vêm provocando desgelo das calotas
polares, subida do nível do mar, aumento da intensidade dos ventos com ciclones,
furacões e outros fenômenos relacionados. Estes fatos estão, de forma imperiosa,
exigindo mudanças urgentes na visão do “homem separado”, do tipo: o que está dentro
de minha pele sou eu, e o que está fora da minha pele não sou eu. Esta percepção
ilusória de separatividade infantil está dificultando o amadurecimento para a
compreensão de que o homem e a Terra são constituídos da mesma natureza e são
regidos pelos mesmos princípios, fazendo parte integrante de uma totalidade. (ALVES
FILHO 2002)

A necessidade de informações mais ampliadas que consideram a idéia de que a Terra


como um todo é um sistema vivo e auto-organizador, oferece uma chave que poderá
contribuir na compreensão do comportamento humano, ou seja, do papel do homem
amadurecido no mundo globalizado, não só na Psicologia Ambiental, como também em
outros campos das ciências ambientais.

Os seres humanos estão se mostrado mais preocupados com as questões ambientais.


Enfim, chegou-se a um consenso no sentido de que os recursos naturais são ilimitados e
que estão sendo utilizados em uma proporção muito maior do que sua capacidade de
reestruturação natural.

Atentos a esta situação, em 2005 foi criado um projeto de avaliação do ecossistema. O


projeto durou por 04 (quatro) anos e envolveu 95 países e 1.400 (um mil e quatrocentos
especialistas para compilar um inventário global quanto ao estado em que se encontra o
ecossistema.  Deste inventário foram extraídas 4 conclusões. Quais sejam;

Na primeira fase, as preocupações eram sobre questões ambientais específicas, que


foram entendidos para ser causado pela ignorância, negligência ou irresponsabilidade de
produtores e consumidores de bens e serviços. Na segunda etapa, a degradação
ambiental foi reconhecida como um problema generalizado, mas essa preocupação
ainda estava confinada aos limites territoriais de cada país. A última etapa compreende a
situação atual em que a degradação ambiental é considerada um problema planetário
que envolve a todos, e levou a preocupação da comunidade internacional sobre os
limites do desenvolvimento do planeta, que remonta a década de 1960.

A década de 1960 foi um período crítico para a crescente preocupação ambiental


internacional. Durante esta década houve contribuições importantes para a discussão
dos riscos de degradação ambiental, tais como o primeiro Dia da Terra, e publicações
importantes, como Carson (1962) Silent Spring sobre a relação entre pesticidas e da
poluição ambiental, Ehrlich (1968) A bomba Populacional sobre a questão da
superpopulação, White (1967) as raízes históricas de nossa crise ecológica sobre a
relação entre axiomas cristãos relativas às relações homem-natureza e atitudes
antropocêntricas em relação ao meio ambiente, e de Hardin (1968) a Tragédia dos
Comuns sobre os riscos de sobre-exploração dos recursos naturais, como resultado do
conflito entre interesses individuais e o bem comum.

Nas décadas seguintes preocupação continuou a crescer com importantes eventos


internacionais organizados pelas Nações Unidas em cada década. A primeira
conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente foi realizada em Estocolmo, em
1972. A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento foi criado em
1983 e publicou um documento intitulado Nosso Futuro Comum (muitas vezes
conhecido como Relatório Brundtland), que define uma sociedade sustentável como
aquele que "satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de suprir suas próprias necessidades" ( Brundtland , 1987 , p. 363). A
conferência de Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992 (ECO -92 ), que
sancionou um plano global de ações para o século 21 chamado Agenda 21. Então, em
2002, a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável conferência foi realizada
em Joanesburgo.
Os problemas ambientais tornaram-se, portanto, temas importantes de debate
internacional. Como este debate se intensificou, muitas disciplinas das ciências sociais
começaram a se concentrar na investigação ambiental, com estudos em sub- disciplinas
como a história ambiental (por exemplo, Hayashida de 2005, por exemplo, Simmons,
1993), a antropologia ambiental (por exemplo , PE Pouco, 1999 ; Townsend, 2000) , a
sociologia ambiental (por exemplo , Buttel, 1987 , por exemplo , Dunlap & Michelson,
2002) e da psicologia ambiental (por exemplo , a Bechtel & Churchman , 2002; Stokols
& Altman. (MILFONTT, Taciano Lemos)

Moçambique
De acordo com Moyo et al. (1993) e Cumbane (2003), os problemas
ambientais em Moçambique, embora localmente relevantes em sítios
específicos, não são significativos a nível nacional e incluem a pressão
populacional sobre os recursos, cultivo excessivo em certas áreas,
sobrepastoreio, exploração excessiva de pesca, conflito entre pastores e
agricultores, erosão, seca devido à massiva degradação do solo, desmatamento,
baixa qualidade de água, poluição transfronteiriça poluição industrial.

Impactos de problemas ambientais


Os problemas ambientais encontrados em Moçambique estão ligados a fatores sociais,
culturais e principalmente econômicos. Conforme verificamos, por exemplo, na
migração de população das zonas rurais para centros urbanos no pós-guerra em busca de
melhores condições de vida, como o acesso a produtos e serviços. Como consequencia
do exôdo rural e a exploração descontrolada dos recursos naturais, falta de saneamento
básico e poluição do ar, o risco de adoecer aumenta principalemente entre mulheres e
crianças. Além disso, a população sofre com as catástrofes naturais, cheias e secas,
desertificação, poluição das águas que castiga ainda mais este povo.

Medidas de mitigação de problemas ambientais em Moçambique


Reconhecendo a importância da preservação do ambiente, oPrograma do Governo
“Plano de Ação para a Redução da Pobreza”(PARPA, 2004) dedica um papel
proeminente ao ambiente onde aagricultura, turismo e águas são identificados como
áreas ambientaisprioritárias no desenvolvimento de diversos setores.
Conclusão
Depois da elaboração do presente trabalho conclui – se que, No contexto histórico de
desenvolvimento da sociedade é possível perceber que, desde a formação do mundo, o
ser humano tem modificado o ecossistema para suprir seus interesses. E isso tem
contribuindo para o agravamento do desequilíbrio do planeta e, consequentemente, de si
próprio. O meio ambiente tem sido muito prejudicado com as acções humanas em
extrair os recursos naturais em prol do desenvolvimento.

Mas esse pensamento da primeira modernidade está se modificando. Os seres humanos


estão se mostrado mais preocupados com as questões ambientais. Enfim, chegou-se a
um consenso no sentido de que os recursos naturais são ilimitados e que estão sendo
utilizados em uma proporção muito maior do que sua capacidade de reestruturação
natural.

Verifica-se que as pessoas mais jovens tendem a apresentar mais preocupação ambiental
e que os diversos grupos culturais influenciam as atitudes das pessoas tanto no seu dia-
a-dia quanto em relação ao meio ambiente. As pessoas que assumem maior orientação
valorativa tendem a apresentar mais atitudes, crenças e compromissos em favor do meio
ambiente.

Desse modo, a educação de valores universais (justiça social, sabedoria, igualdade, paz,
união, preservação da natureza) pode favorecer o desenvolvimento de atitudes
ecocêntricas e comportamentos pro-ambientais. Esses valores podem ser ensinados
desde a infância, por meio da educação ambiental, procurando socializar as crianças
para que as mesmas iniciem o processo de preservação do meio ambiente.

Enfim, o estudo de atitudes e valores capaz de assegurar um ambiente sustentável


deveria ser uma meta principal dos pesquisadores em Psicologia Social e Ambiental,
para que assim haja um meio ambiente ecologicamente equilibrado tanto para as
presentes quanto para as futuras gerações.

 
Referências Bibliográficas
Almeida Júnior, J. M. G. (1994). Desenvolvimento ecologicamente auto-sustentável:
conceitos, princípios e implicações. Humanidades, 10, 284-299.

Alves Filho, F. (2002, 03 de abril). País sujo. Revista Isto É, 1696, 74-80.

Milfont, Taciano Lemos Coelho Júnior, (2007, set.). Psychology of Environmental


Attitudes.A cross-cultural study of their content and structure.Disponível
em https://researchspace.auckland.ac.nz/bitstream/handle/2292/1712/02whole.pdf?
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