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Tanto em “Um amor de perdição”, quanto em “West side story” temos o mesmo
tema central: o amor. Além disso, ambas são obras baseadas em elementos
que as ligam como versões de Romeu e Julieta. A narrativa da trajetória de
jovens que são acometidos por uma paixão desenfreada, louca e que pouco se
explica, a qual, a emoção sobrepõe a razão é também um ponto em comum
nas duas produções analisadas. Entretanto, Um amor de perdição acaba
divergindo de West side story a retratação do final das jovens mulheres. Maria
sobrevive aos eventos e é justamente o ponto de questionamento dos
acontecimentos terríveis entre os jovens das gangues, e seu enlutamento
torna-se a marca silenciosa do amor que poderia ter frutificado com Tony,
enquanto que Tereza acaba falecendo vítima de seu próprio destino que já
começava a se traçar desde o momento em que se apaixona por Simão.
A juventude em ambas as obras cinematográficas é vítima das condutas
familiares, do atraso dos costumes, dos preconceitos que ressoam no tempo
histórico, tendo a história narrada em tom trágico e passional repleta de
esperança, mas que resulta em sofrimento, tendo por fim provações que
desencadeiam em mortes. São ambos frutos de obras que pretendem falar de
amor, mas também da necessidade do amor, da ideia de realizá-lo bem, da
força de mover as estruturas da sociedade para o equilíbrio, vencendo a
hipocrisia do jogo de poder de quem se coloque em choque.
Simão e Tereza, Maria e Tony são os mesmos, jovens, cheios de sonhos com
uma vida de promessas interrompidas que trazem uma lição profunda de
contestação, e põe em questão o quanto os jovens acabam por pagar, muitas
vezes com a própria vida, pelos posicionamentos, preconceitos, posições e
inflexibilidades dos mais velhos.
Referências Bibliográficas