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MPRS

Língua Portuguesa
Interpretação de texto
Professora Tereza Cavalcanti
Ministério da Justiça e Segurança Pública - Analista
Posfácio do livro Rio em Shamas (2016), de Anderson França, Dinho Rafael
Dragaud
NÃO PIRA! Foi com esse conselho, há cerca de seis anos, que começou minha
história com o Dinho. Colaborávamos na mesma instituição social e vez ou
outra nos esbarrávamos numa reunião, ele sempre ostensivamente calado.
Por algum motivo da ordem do encosto, no sentido macumbeirístico mesmo,
ou cumplicidade de gordos, vimos um no outro um elo possível de troca.
Ele então começou a me enviar milhões de textos que eram uma mistura
frenética de sonhos, pseudorroteiros cinematográficos, pedidos de
desculpas, posts-denúncias, listas de exigências de sequestrador, tudo num
fluxo insano de criação, que ele mesmo dizia que um dia iria sufocá-lo de vez
— o que me fez proferir o dito conselho.
O fato é que um dia passei em frente ao notebook dele e lá estava a tela
quase inteiramente coberta de post-its, todos iguais, escritos: NÃO PIRA. E
ele então me confidenciou: Cara, você resolveu minha vida. Eu só não posso
pirar! É isso!
Esse episódio obviamente fala muito mais sobre essa característica de
esponja afeto-intelectual dele do que sobre alguma qualidade do meu
conselho. E foi sendo assim, esponja que se enche e se comprime
(deixando desaguar seus textos em redes sociais), que foi surgindo um
escritor muito especial. Especial não pra mãe dele ou pra Su (a santa),
mas para a cidade do Rio de Janeiro.
Com uma voz e um estilo absolutamente singulares, Dinho flerta com a
narrativa do fluxo do pensamento, o que poderia gerar textos apenas
egoicos e herméticos, eventualmente mais valiosos pra ele do que para
o leitor. Mas sei lá como, seus textos conciliam esse jeitão com uma
relevância quase política, pois jogam luz sobre partes da cidade que
merecem ser mais vistas, mais percebidas, e até mesmo mais
problematizadas.
Dinho “vê coisas”. E, consequentemente, tem o que dizer. Não só sobre
o subúrbio, suas ruas, seus personagens e seus modos, numa linhagem
Antônio Maria ou João do Rio, mas muitas vezes também sobre bairros
já enjoativos, de tão submersos em clichês, como o tão adorado-
odiado Leblon. Seu “olhar de estrangeiro” revela estranhas entranhas
da Zona Sul do Rio de Janeiro. O fato é que, com este livro, a cidade fica
muito maior, mais plural e consequentemente mais justa.
Espero que este seja apenas o primeiro de uma série. Se é que posso
dar mais algum conselho, o único que me ocorre ao vê-lo escrevendo
hoje em dia é: NÃO PARE! FRANÇA, Anderson. Rio em Shamas. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2016.
1. Assinale a alternativa que apresenta uma função do texto.

(A) Ressaltar o aspecto egoico e hermético dos textos de Dinho.


(B) Destacar que Rafael Dragaud foi um bom conselheiro.
(C) Exemplificar a importância de “não pirar” diante de uma situação
estressante.
(D) Avaliar positivamente o livro e seu autor.
(E) Relatar a história de amizade entre Dinho e Rafael Dragaud.
2. Quanto ao excerto “Por algum motivo da ordem do encosto, no sentido
macumbeirístico mesmo, ou cumplicidade de gordos [...]”, assinale a
alternativa correta.
(A) A palavra “encosto” está sendo utilizada com o significado de “lugar ou
objeto em que alguém ou algo pode se encostar”.
(B) A palavra “encosto” está sendo utilizada com o significado de “mulher que
é mantida por alguém fora do casamento”.
(C) Se a expressão entre vírgulas “no sentido macumberístico mesmo” fosse
retirada do excerto, isso causaria um problema sintático.
(D) O termo “mesmo” poderia ser colocado antes da expressão “sentido
macumbeirístico” sem que isso modificasse o sentido do excerto.
(E) A expressão “no sentido macumberístico mesmo” tem a função de
explicar com qual significado a palavra “encosto” está sendo utilizada.
4. Assinale a alternativa que apresenta a figura de linguagem hipérbole,
caracterizada pelo exagero.
(A) “NÃO PIRA!”.
(B) “Ele então começou a me enviar milhões de textos [...]”.
(C) “[...] lá estava a tela quase inteiramente coberta de post-its [...]”.
(D) “[...] esponja que se enche e se comprime [...]”.
(E) “Dinho ‘vê coisas’.”.
6. Referente aos cinco primeiros parágrafos do texto, assinale a alternativa correta.
(A) No primeiro parágrafo, o autor conta que sua história com Dinho começou há
cerca de seis anos. A partir dessa informação, é possível inferir que isso ocorreu em
2014.
(B) A partir dos textos enumerados no segundo parágrafo, é possível inferir que
Dinho é um roteirista de cinema que escreve textos sobre sonhos e sequestros.
(C) No terceiro parágrafo, o autor relata o agradecimento público recebido de
Dinho pelo conselho “NÃO PIRA!”.
(D) No quarto parágrafo, o autor faz uso de uma analogia para expressar uma
característica de Dinho.
(E) No quinto parágrafo, o autor afirma que, apesar de serem apenas egoicos e
herméticos, os textos escritos por Dinho são valiosos.
7. Quanto às expressões “NÃO PIRA!” e “NÃO PARE!”, assinale a alternativa
INCORRETA.
(A) O uso de letras maiúsculas e do ponto de exclamação sinaliza surpresa.
(B) Apresentam estruturação sintática semelhante.
(C) A primeira pertence à variedade coloquial do português.
(D) São conselhos fornecidos a Dinho pelo autor.
(E) Os verbos estão conjugados no modo imperativo.
10. Sobre o uso das aspas no texto, assinale a alternativa correta.
(A) Em “olhar de estrangeiro”, as aspas indicam que se trata de uma citação.
(B) Em “olhar de estrangeiro”, as aspas indicam que Dinho não é de fato um
estrangeiro no Brasil.
(C) Em “olhar de estrangeiro” as aspas sinalizam que a expressão é um
estrangeirismo.
(D) Em “vê coisas”, as aspas sinalizam que a expressão é uma gíria.
(E) Em “vê coisas”, as aspas indicam que as coisas vistas por Dinho são da
ordem do sobrenatural.
Prefeitura Novo Hamburgo/RS – Técnico em desenvolvimento de sistema
ENTENDENDO DIALETOS, Clara Braga

Quem já teve a oportunidade de conviver minimamente com uma criança, sabe


que o processo de aprender a falar pode render boas histórias.
As crianças, antes de desenvolverem 100% dessa habilidade, parece que criam um
dialeto. E engana-se quem acha que o dialeto de todas as crianças é igual e que, se
você entende o que seu sobrinho ou priminho fala, vai entender todas as crianças.
O dialeto da criança é tão complexo que, com exceção de poucas palavras que
todas parecem falar de uma forma igual, só aquela criança fala aquela língua e só
uma pessoa entende 100% do que está sendo dito: o ser que eu chamo de “pãe”.
“Pãe” seria a mistura do pai e da mãe, pois raramente um dos dois entende tudo o
que o filho está dizendo, eles podem entender a frase toda pelo contexto, mas
decifrar e compreender palavrinha por palavrinha, é um trabalho de grupo.
Às vezes pode parecer complicada essa coisa de não entender o que a criança está
querendo dizer, mas confiem, em alguns momentos isso pode ser bom.
Outro dia estava em um restaurante com meu filho e, como toda criança, ele
ficou um tempo sentado e depois foi explorar a redondeza. Fui
acompanhando e, no caminho, encontramos uma avó que estava
acompanhando a neta enquanto a mãe jantava no mesmo restaurante onde
estávamos.
A senhora começou a puxar assunto com meu filho, na tentativa de
aproximar a neta. Meu filho se mostrou aberto à aproximação e ia
respondendo tudo que a senhora perguntava. Lá pelas tantas, quando eu já
estava surpreendida com a quantidade de palavras que a senhora estava
entendendo do dialeto do meu filho, ele decidiu pegar algo com a mão e
mostrar para a senhora e para a pequena netinha o quão forte ele era. Foi
então que a senhora soltou a frase: uau, como você é forte!
Ele respondeu com uma de suas frases prediletas, aprendida por causa de seu
interesse e do vício do pai pelo universo dos heróis: Hulk esmagaaaaaa! Mas ele
não disse com um ar doce, ele disse como se estivesse com raiva e de fato
esmagando o que estava na sua mão, tudo isso enquanto olhava bem nos olhos na
netinha da senhora.
Eu fiquei um pouco assustada e com receio do que viria depois, já dei um riso meio
sem graça e estava procurando uma desculpa para aquela frase nada acolhedora.
Porém, os santos do dialeto me salvaram. Quando ouviu a frase a senhora logo
respondeu para meu filho: ah sim, você é forte porque come manga! Vou dar muita
manga para minha netinha, assim ela fica forte como você!
Fiquei aliviada com a interpretação que ela fez da frase que, para mim, ele tinha
dito com muita clareza. Muito melhor uma neta comendo muita manga do que
traumatizada com um bebê que estava prestes a ficar verde e esmagar as coisas ao
redor. Acho que vou optar por mostrar para ele desenhos com frases mais
amigáveis, ele está indo bem no processo da fala, mas talvez algo mais dócil ajude
no processo de socialização.
Disponível em: <http://www.cronicadodia.com.br/2020/01/entendendo-dialetosclara-braga.html>.
Acesso em: 04 fev. 2020.
1. De acordo com a interpretação do texto, assinale a alternativa correta.
(A) O filho chama a narradora de “pãe”, pois ela é mãe solteira, ou seja, tem o
papel de mãe e pai para o menino.
(B) Somente o pai e a mãe conseguem entender o que os filhos pequenos
querem dizer.
(C) Não compreender exatamente o que as crianças dizem pode ser algo
favorável em algumas situações.
(D) Quando a mãe levou o filho a um restaurante, eles encontraram a avó do
menino, com a qual ele conversou bastante.
(E) O menino citado no texto tem dificuldades de socialização.
2. Considerando o tema, a estrutura e a linguagem do texto, é possível
afirmar que ele é
(A) um relato pessoal, pois a narradora conta com detalhes como foi a
infância de seu filho.
(B) um artigo de opinião, visto que o objetivo do texto, utilizando-se de uma
linguagem muito formal, é discutir como os dialetos infantis são cruciais no
processo de socialização das crianças.
(C) um texto instrucional, o qual informa os leitores sobre os processos para
compreender o que dizem as crianças.
(D) uma crônica, que parte de um tema corriqueiro, as primeiras falas de uma
criança, para discutir sobre a complexa tarefa de decifrar o que ela quer dizer.
(E) uma carta aberta, já que o texto propõe uma discussão sobre um assunto
que interessa a todos.
3. No contexto em que se insere a palavra “dialeto” no texto, é correto
afirmar que ela significa
(A) conjunto de palavras que são comuns a todos de uma comunidade.
(B) variante linguística que caracteriza as pessoas residentes em uma região
específica.
(C) compilado de vocábulos que caracteriza uma classe social.
(D) sequência de palavras que diferem completamente dos vocábulos
originais de uma Língua.
(E) variedades próprias de palavras que demonstram uma característica de
um grupo de pessoas.
4. Assinale a alternativa que apresenta uma palavra que NÃO poderia
substituir, sem alterar o sentido pretendido no texto, o vocábulo destacado
em “Eu fiquei um pouco assustada e com receio do que viria depois, já dei
um riso meio sem graça e estava procurando uma desculpa para aquela frase
nada acolhedora.”.

(A) Afável.
(B) Receptiva.
(C) Confortável.
(D) Simpática.
(E) Cortês.
5. São acentuadas graficamente, a partir da mesma regra, todas as palavras
de qual das alternativas a seguir?
(A) Só, já, avó.

(B) Você, bebê, avó.

(C) Amigáveis, heróis, dócil.

(D) Porém, você, lá.

(E) Dócil, vício, está.


6. A conjunção destacada em: “Eu fiquei um pouco assustada e com receio
do que viria depois, já dei um riso meio sem graça e estava procurando uma
desculpa para aquela frase nada acolhedora. Porém, os santos do dialeto me
salvaram.” indica que a oração seguinte apresenta

(A) algo contrário ao esperado para a situação.


(B) uma explicação para o que aconteceu anteriormente.
(C) uma conclusão para o fato expresso anteriormente.
(D) uma comparação em relação à frase anterior.
(E) a condição que potencializou o fato anterior.
7. Assinale a alternativa que apresenta uma palavra que possui um encontro
e um dígrafo consonantal.

(A) Complicada.

(B) Discussão.

(C) Palavrinha.

(D) Acolhedora.

(E) Surpreendida
8. Sobre o vocábulo destacado no trecho “Fiquei aliviada com a interpretação
que ela fez da frase que, para mim, ele tinha dito com muita clareza.”,
assinale a alternativa correta.
(A) Tem a função de introduzir uma oração independente, que tem sentido
completo quando isolada.
(B) Faz referência ao termo anterior, “interpretação”, tratando-se de um
elemento coesivo do texto.
(C) Introduz uma oração explicativa.
(D) Apresenta a conclusão do alívio sentido pela narradora.
(E) Poderia ser substituído por “porque”, e o sentido da frase seria mantido.
9. Em relação à classificação morfológica e à função textual dos vocábulos
destacados, assinale a alternativa correta.
(A) Em “As crianças, antes de desenvolverem 100% dessa habilidade, parece que
criam um dialeto.”, a palavra destacada é um adjetivo, pois caracteriza a forma de
falar das crianças.
(B) Em “A senhora começou a puxar assunto com meu filho [...]”, o termo em
destaque é uma conjunção, já que serve para unir duas orações.
(C) Na frase “Ele respondeu com uma de suas frases prediletas [...]”, a palavra
destacada é um advérbio, visto que caracteriza “frases”.
(D) No trecho “Fiquei aliviada com a interpretação que ela fez da frase [...]”, o
termo em destaque é um adjetivo que caracteriza momentaneamente a narradora.
(E) No período “Quem já teve a oportunidade de conviver minimamente com uma
criança, sabe que o processo de aprender a falar pode render boas histórias.”, o
vocábulo é um advérbio que indica uma circunstância de lugar.
10. As palavras destacadas no trecho “E engana-se quem acha que o dialeto
de todas as crianças é igual e que, se você entende o que seu sobrinho ou
priminho fala, vai entender todas as crianças.”, poderiam ser substituídas,
mantendo o mesmo sentido, respectivamente, por

(A) além disso, porque.


(B) porém, visto que.
(C) assim, embora.
(D) embora, caso.
(E) além disso, desde que.
A gratidão tem o poder de salvar vidas (ou por que você deveria escrever aquela
nota de agradecimento) Richard Gunderman. Tradução: Camilo Rocha
A gratidão pode ser mais benéfica do que costumamos supor. Um estudo recente
pediu que pessoas escrevessem uma nota de agradecimento para alguém e depois
estimassem o quão surpreso e feliz o recebedor ficaria. Invariavelmente, o impacto
foi subestimado. Outro estudo avaliou os benefícios para a saúde de se escrever
bilhetes de obrigado. Os pesquisadores descobriram que escrever apenas três
notas de obrigado ao longo de três semanas melhorava a satisfação com a vida,
aumentava sentimentos de felicidade e reduziria sintomas de depressão.
Existem múltiplas explicações para os benefícios da gratidão. Uma é o fato de que
expressar gratidão encoraja os outros a continuarem sendo generosos,
promovendo, assim, um ciclo virtuoso de bondade em relacionamentos. Da mesma
maneira, pessoas agradecidas talvez fiquem mais propensas a retribuir com seus
próprios atos de bondade. Falando de modo mais amplo, uma comunidade em que
as pessoas se sentem agradecidas umas com as outras tem mais chance de ser um
lugar agradável para se viver do que uma caracterizada por suspeição e
ressentimento mútuos.
Os efeitos benéficos da gratidão podem ir ainda mais longe. Por exemplo,
quando muitas pessoas se sentem bem sobre o que outra pessoa fez por
elas, elas sentem um senso de elevação, com um consequente reforço da sua
consideração pela humanidade. Alguns se inspiram a tentar se tornar
também pessoas melhores, fazendo mais para ajudar a trazer o melhor nos
outros e trazendo mais bondade para o mundo à sua volta.
É claro, atos de bondade também podem fomentar desconforto. Por
exemplo, se pessoas sentem que não são merecedoras de bondade ou
suspeitam que há algum motivo por trás da bondade, os benefícios da
gratidão não se realizarão. Do mesmo modo, receber bondade pode fazer
surgir um senso de dívida, deixando nos beneficiários uma sensação de que
precisam pagar de volta a bondade recebida. A gratidão pode florescer
apenas se as pessoas têm confiança o suficiente em si mesmas e nos outros
para permitir que isso aconteça.
Outro obstáculo para a gratidão é frequentemente chamado de senso de
merecimento. Em vez de sentir um benefício como uma virada boa, as
pessoas às vezes o veem como um mero pagamento do que lhes é devido,
pelo qual ninguém merece nenhum crédito moral. Ainda que seja importante
ver que a justiça está sendo feita, deixar de lado oportunidades por
sentimentos genuínos e expressões de generosidade também podem
produzir uma comunidade mais impessoal e fragmentada.
Quando Defoe retratou a personagem Robinson Crusoe fazendo da ação de
graças uma parte diária de sua vida na ilha, ele estava antecipando
descobertas nas ciências sociais e medicina que não apareceriam por
centenas de anos. Ele também estava refletindo a sabedoria de tradições
religiosas e filosóficas que têm início há milhares de anos. A gratidão é um
dos estados mentais mais saudáveis e edificantes, e aqueles que a adotam
como hábito estão enriquecendo não apenas suas próprias vidas mas
também as vidas daqueles à sua volta.
1. Considere as ideias e informações apresentadas no texto e assinale a alternativa
INCORRETA.
(A) Os três primeiros parágrafos têm a função de apresentar os efeitos positivos da
gratidão na vida das pessoas.
(B) A sequência lógica do texto revela que não apenas aspectos positivos estão
articulados à gratidão, pois, nos 4o e 5o parágrafos, é apresentado um contraponto
aos benefícios da gratidão.
(C) Ocorre uma contradição interna no texto, visto que, primeiramente, é
apresentada a serventia da gratidão, porém, em seguida, o autor se contradiz.
(D) A referência à obra literária de Dafoe exemplifica, por meio da experiência de
Robinson Crusoe, que a importância do hábito da gratidão não é recente.
(E) O autor acredita que o atual individualismo na sociedade pode ser uma
consequência da falta de atitudes de agradecimento nas relações pessoais.
2. Assinale a alternativa que analisa e classifica corretamente a oração em destaque
no seguinte excerto: “[…] uma comunidade em que as pessoas se sentem
agradecidas umas com as outras tem mais chance de ser um lugar agradável para
se viver [...]”.
(A) Oração substantiva completiva nominal, pois completa o sentido do nome
“comunidade”, sem a qual esse substantivo não teria sentido completo.
(B) Oração adjetiva restritiva, pois caracteriza e especifica qual comunidade é
agradável.
(C) Oração adjetiva explicativa, pois generaliza que toda comunidade tem chance
de ser agradável.
(D) Oração adverbial final, pois indica a finalidade de comportamento que se
espera em uma comunidade.
(E) Oração adverbial condicional, visto que apresenta uma condição para que a
comunidade seja agradável.
3. Assinale a alternativa em que a substituição do verbo em destaque em
“Existem múltiplas explicações para os benefícios da gratidão.” respeite as
normas de concordância.
(A) Faz múltiplas explicações para os benefícios da gratidão.
(B) Há múltiplas explicações para os benefícios da gratidão.
(C) A múltiplas explicações para os benefícios da gratidão.
(D) Hão múltiplas explicações para os benefícios da gratidão.
(E) Existe múltiplas explicações para os benefícios da gratidão.
4. Assinale a alternativa que apresenta a relação estabelecida pela oração em
destaque na seguinte frase: “[…] aqueles que a adotam como hábito estão
enriquecendo não apenas suas próprias vidas mas também as vidas
daqueles à sua volta.”.
(A) Alternativa.
(B) Optativa.
(C) Aditiva.
(D) Alternativa.
(E) Conclusiva.
5. Considerando que a oração em destaque classifica-se como reduzida por não
apresentar conectivo e por apresentar um verbo em sua forma nominal, assinale a
alternativa que apresenta um desenvolvimento dessa oração com sentido coerente
e redação adequada. “Uma é o fato de que expressar gratidão encoraja os outros a
continuarem sendo generosos, promovendo assim um ciclo virtuoso de bondade
em relacionamentos.”.
(A) […] porque promove, assim, um ciclo virtuoso de bondade em relacionamentos.
(B) […] visto que promova, assim, um ciclo virtuoso de bondade em
relacionamentos.
(C) […] desde que promova, assim, um ciclo virtuoso de bondade em
relacionamentos.
(D) […] quando promove, assim, um ciclo virtuoso de bondade em
relacionamentos.
(E) […] se promove, assim, um ciclo virtuoso de bondade em relacionamentos.
6. No texto de apoio, predomina o discurso
(A) narrativo.
(B) descritivo.
(C) expositivo.
(D) argumentativo.
(E) injuntivo.
7. Considerando os usos do “se” no seguinte excerto, analise as assertivas e
assinale a alternativa que aponta as corretas. “Por exemplo, se pessoas sentem que
não são merecedoras de bondade ou suspeitam que há algum motivo por trás da
bondade, os benefícios da gratidão não se realizarão.”
I. Nas duas ocorrências, o “se” é um pronome que integra o sentido do verbo.
II. Na primeira ocorrência, o “se” tem valor condicional.
III. Na segunda ocorrência, o “se” indica que a oração está na voz passiva.
IV. Nas duas ocorrências, servem para indeterminar os sujeitos verbais.
(A) Apenas I e IV.
(B) Apenas II e IV.
(C) Apenas I e II.
(D) Apenas II e III.
(E) Apenas I e III.
8. De acordo com o contexto, a palavra em destaque em “[...] uma
comunidade […] caracterizada por suspeição e ressentimento mútuos.”
significa
(A) afeição.
(B) preconceito.
(C) superstição.
(D) rancor.
(E) desconfiança.
9. Assinale a alternativa em cuja palavra ocorre um dígrafo.
(A) Gratidão.
(B) Benefícios.
(C) Subestimado.
(D) Pesquisadores.
(E) Escrever.
10. A expressão em destaque em “Outro obstáculo para a gratidão […]” (5o
parágrafo) retoma
(A) “Os efeitos benéficos da gratidão” – (3o parágrafo).
(B) “atos de bondade” – (4o parágrafo).
(C) “senso de dívida” – (4o parágrafo).
(D) “beneficiários” – (4o parágrafo).
(E) “comunidade mais impessoal e fragmentada.” – (5o parágrafo).

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