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COMPONENTES BÁSICOS DE UMA APRESENTAÇÃO EM PÚBLICO

PROF. ROSÂNGELA CURVO LEITE

Falar em público é uma forma de comunicação que apresenta algumas


características particulares:

 pressupõe uma interação social entre os falantes e não simplesmente uma


troca de atos verbais ou informações.
 está relacionada com o preenchimento de determinados "papéis sociais"
(professor, executivo, amigo, pai, etc.) .
 acontece sob influência de algumas condições psicológicas (nervosismo, tensão,
ansiedade, etc. ) .
 tem sempre um propósito. Do contrário é energia desperdiçada.
 envolve um certo grau de imprevisibilidade e criatividade.
 envolve uma linguagem tipicamente oral, em oposição à uma linguagem
literária.

Os componentes básicos de uma apresentação em público que você deve conhecer


são:

 Emissor
 Receptor
 Mensagem
 Código
 Canal
 Feedback
 Ruído
 Contexto

Emissor = o emissor, locutor ou destinador é aquele que está emitindo a mensagem


num determinado momento. O emissor parte de uma intenção de significação e com
isso produz uma série de significantes.

Alguns fatores a serem considerados com relação ao emissor são:

 1. motivação: Você pode fazer uma apresentação para fornecer/obter


informações, para convencer o grupo sobre uma nova idéia, para "vender" um
serviço, para apresentar resultados, etc. Qualquer que seja o caso, é
fundamental que você esteja motivado, envolvido pelo assunto e saiba o que
realmente deseja alcançar com aquela mensagem. Portanto, procure analisar
os motivos que o levam a fazer a apresentação, verifique se você realmente os
compreende e se está envolvido o suficiente com eles.
 2. credibilidade: O grau de aceitação de sua mensagem será diretamente
proporcional ao seu conhecimento do assunto. Assim sendo, é necessário que
você saiba sobre o que está falando, tenha atitudes seguras, mostre-se
dinâmico e confiável. Nesse sentido, uma preparação cuidadosa e criteriosa
torna-se essencial.
 3. desempenho: Use corretamente sua expressão verbal e não verbal para
comunicar-se com os outros.

Receptor = o destinatário ou ouvinte é a pessoa ou grupo de pessoas situadas na


outra ponta da cadeia de comunicação ( alvo da comunicação). O receptor recebe a
mensagem e a interpreta internamente, manifestando externamente essa
interpretação. O receptor faz o caminho inverso, isto é parte dos significantes até
alcançar a intenção de significação. Você deve sempre conhecer e analisar o(s)
receptor(es) com antecedência para então decidir como irá apresentar suas idéias. O
levantamento das características do público alvo deve incluir todas as tentativas de
se obter o máximo de informações possíveis sobre ele: número de pessoas presentes,
sexo, idade, raça, profissão ou função na empresa, formação, nível de instrução,
conhecimento sobre o assunto que será tratado, antecedentes relevantes e
expectativas ou necessidades. Lembre-se de que quanto mais adequada for a
mensagem ao receptor, mais eficaz será sua apresentação.

Mensagem = elo entre o emissor e o receptor; objeto da comunicação; tradução de


idéias, objetivos e intenções; é precisamente o que se diz. A mensagem deve ser
preparada em termos de:

 1. conteúdo: refere-se exatamente ao o que será dito a respeito de um


determinado assunto. O primeiro passo é definir o objetivo da apresentação;
em seguida, tendo em mente as características do receptor e o tempo
disponível, você deve selecionar as idéias mais importantes que serão
apresentadas, isto é você terá que priorizar as idéias relevantes e não tentar
falar tudo o que sabe sobre um determinado assunto.
 2. estilo: está relacionado à maneira como você apresentará o conteúdo. Seu
estilo poderá variar desde o mais informal até o mais formal, isto é, você poderá
optar por utilizar uma linguagem conversacional (expressões populares), ou
uma linguagem mais cuidada, dependendo do público, do local, da ocasião e do
objetivo da apresentação.
 3. estrutura: diz respeito à organização da mensagem. Uma mensagem bem
organizada apresenta todos os seus elementos ligados logicamente entre si. É
sempre interessante dividir a apresentação em três partes: uma introdução,
atraente e convidativa, um corpo conciso, claro e coerente e por fim, uma
conclusão, enfática e breve. Quando a estrutura da apresentação é falha, o
impacto da mensagem é reduzido, dificultando sua compreensão e aceitação.

Código = conjunto de signos e regras de combinação desses signos que geram


compreensão. O emissor lança mão do código para elaborar sua mensagem,
realizando a operação de codificação. O receptor identificará esse sistema de signos,
fazendo a operação de decodificação, somente se o seu repertório for comum ao do
emissor. Portanto é importante que você analise bem o seu público alvo para ter
certeza de que ele conhece o código utilizado. Exemplos de código: as diferentes
línguas, o vocabulário técnico utilizado por profissionais de diferentes áreas, o
"código" braile, o "código" de sinais, etc.
Canal = veia de circulação da mensagem; via escolhida pelo emissor, através da qual
a mensagem circula. Quando você faz uma apresentação, sua mensagem pode ser
transmitida de diferentes formas, por exemplo: (1) visual- gestos, movimentos do
corpo, expressões faciais postura ; (2) auditiva - tom de voz, variação de altura e
intensidade vocal; (3) verbal - palavras, (4) sensorial - manipulação de objetos; (5)
pictórica - gráficos, diagramas e figuras. A comunicação ocorre, então, através dos
órgãos dos sentidos: audição, visão, tato, olfato e paladar. A seleção inadequada do
canal pode levar à ineficácia da comunicação. O emissor deve se perguntar: essa
mensagem deve ser escrita? ou devo comunicá-la pessoalmente? ou ainda pelo
telefone? Fatores que determinam a escolha do meio:

 disponibilidade; você deve verificar qual canal está disponível e acessível; ·


rapidez; verifique em que canal sua mensagem transita mais rapidamente;
 conhecimento; certifique-se de que você domina a forma de apresentação
escolhida e que o receptor consegue decodificá-la;
 conteúdo e objetivo; o canal escolhido deve estar em sintonia com a mensagem
que transporta.

Feedback = conjunto dos sinais perceptíveis que permitem ao emissor conhecer o


resultado de sua mensagem: se foi recebida ou não; se foi compreendida ou não.
Funciona como intercâmbio entre emissor e receptor; faz com que a comunicação
torne-se um processo bilateral; inclui a reação do receptor à mensagem transmitida.
Durante uma apresentação você poderá perguntar aos receptores se eles estão
compreendendo a mensagem. No entanto, mais eficaz do que isso, é a observação de
sua reação não verbal. Você poderá observar que as pessoas não estão reagindo como
você esperava, isto é, estão inquietas, agitadas, distraídas, ou indiferentes. Ou então,
você poderá notar que elas participam, sorriem, acompanham seu raciocínio com
meneios de cabeça. Isto é, você deve ficar atento para esses sinais reguladores,
tentando interpretá-los adequadamente para poder dar o melhor andamento possível
à sua apresentação.

Ruído = qualquer interferência no processo comunicativo, que resulte em distorção


da mensagem. O ruído pode ser externo e de natureza física, ou interno, tendo sua
origem no receptor ou ainda no próprio emissor. A interferência que se origina
externamente pode se apresentar sob forma de um som: pessoas falando, tosse, riso,
acústica, ventilação ou iluminação ruins, barulho das cadeiras ou nos equipamentos,
ruídos da sala ao lado, do corredor ou do trânsito. Algumas dessas interferências
estão fora do controle do emissor e o máximo que você pode fazer é tentar adaptar-se
a elas. No entanto, na maioria das vezes esses ruídos poderão ser evitados se você
fizer uma visita ao local com antecedência. O ruído interno pode aparecer se o
emissor não conhecer bem o assunto, ou a platéia, se sentir-se inseguro ou muito
tenso e se focar sua atenção totalmente em si mesmo durante a apresentação. Assim
começará a super dimensionar suas reações negativas, isto é a concentrar-se no suor
de suas mãos e rosto, na palidez ou rubor de sua face, na temperatura de suas mãos
e pés, etc. Nesse momento a platéia começa a perceber o descontrole emocional do
emissor e o resultado provavelmente não será o mais favorável. É importante, então,
que o emissor consiga controlar-se para poder minimizar os efeitos dos ruídos
internos negativos.

Contexto = constituído pelo local e ocasião da apresentação, isto é pelo ambiente


físico e psicológico onde a comunicação está ocorrendo. Sempre que possível, procure
conhecer o local da apresentação com antecedência. Dessa forma, você poderá fazer
algumas alterações que julgar necessárias, além de sentir-se mais seguro no
momento da apresentação. Você poderá planejar sua movimentação na sala, a
posição correta dos equipamentos, a utilização do microfone, etc. A ocasião refere-se
ao propósito que traz as pessoas; tendo essa informação, você poderá fazer referência
à importância da ocasião durante sua apresentação, ou ainda poderá incluir algum
tópico extra de interesse dos presentes em sua mensagem.

Inter relação entre todos eles= A forma como os componentes básicos de uma
apresentação foram descritos até aqui pode sugerir uma visão simplista e
mecanicista do processo comunicativo. Emissor, receptor, mensagem, código, canal,
feedback, ruído e contexto foram apresentados separadamente, mas na realidade
fazem parte de um todo harmônico e simultâneo que caracteriza o que chamamos de
Circuito da Comunicação, onde todos os elementos interagem e interferem uns nos
outros. O sucesso de uma apresentação depende da inter relação entre todos esses
elementos.

O NÃO-VERBAL NA COMUNICAÇÃO EM PÚBLICO


PROF. ROSÂNGELA CURVO LEITE

Por que uma pessoa que esteja fazendo uma apresentação pode ser vista como
"simpática", "antipática", "arrogante", "insegura", "dominadora", etc.? Como você
gostaria de ser percebido durante suas apresentações ?

Embora as respostas a essas perguntas possam variar, sabe-se que nossa aparência
física, nossos movimentos, gestos, postura, modulação e intensidade de voz e dicção
são alguns dos elementos responsáveis pela formação de nossa imagem. A essa
modalidade de expressão da linguagem chamamos comunicação não-verbal. Em
situações de apresentação em público, a comunicação não-verbal pode chegar a
representar até 80% de toda a mensagem. Quando falamos em comunicação não-
verbal, não estamos nos referindo a um "conjunto de acessórios" do processo
comunicativo, mas sim a signos que reforçam a comunicação verbal, permitindo a
expressão de intenções, facilitando a transmissão da mensagem, enfim, marcando
nossa presença social.

Portanto, podemos afirmar: HÁ SIGNIFICADO SEM PALAVRAS.

O corpo em movimento-Cinésica

O termo cinésica origina-se do grego kinesis, significa "movimento" e designa o


estudo do comportamento comunicativo do corpo humano. O termo cinésica social é
uma disciplina que descreve os movimentos do corpo e suas funções no contexto das
interações sociais, referindo-se, portanto, à emissão e recepção de "mensagens
silenciosas". A cinésica possui componentes individuais e culturais, isto é, a
linguagem corporal varia de indivíduo para indivíduo e de cultura para cultura. Há
movimentos que parecem ser os mesmos em todos os lugares do mundo, mas há
outros que são muito particulares de um determinado local ou região. Além disso, a
cinésica enquanto elemento do processo comunicativo, sofre influência do contexto
ao qual emissor e receptor estão inseridos (local, momento, circunstâncias, situação
social). O fluxo cinésico da interação social envolve meneios de cabeça, piscar de
olhos, movimentos de queixo e lábios, variação na posição do tórax e dos ombros,
movimentos de braços, mãos, dedos, pernas e pés. Todo esse fluxo ainda pode ser
analisado e percebido levando-se em consideração sua intensidade, amplitude e
rapidez. Em situações de fala em público, cada uma dessas três variáveis apresenta
uma interpretação :

 intensidade - está relacionada ao grau de contração realizada e indica o nível


de tensão do emissor;
 amplitude - refere-se à extensão do movimento realizado e é dá indícios sobre
algumas características pessoais do emissor, como por exemplo: timidez
(movimentos limitados), descontração (movimentos "normais") ou excesso de
desinibição ( movimentos muito amplos).
 rapidez - tem relação com o tempo de realização de um gesto, indicando o nível
de auto- controle do emissor. Por exemplo: movimentos rápidos podem indicar
nervosismo, movimentos lentos podem indicar despreparo, insegurança,
movimentos ágeis podem indicar segurança e domínio .

É possível dizermos que há uma "educação não-verbal", aprendida de 3 formas


básicas:

 aprendizagem formal = é o que nós chamamos de "bons modos" e nos dá


parâmetros para usarmos nosso corpo socialmente. Desde criança
aprendemos, por exemplo, que não podemos andar pelas ruas sem roupa; uma
criança aprende que não deve "colocar o dedo no nariz" ou arrotar à mesa.
Certamente essas noções de "certo" e "errado" são influenciadas pelo grupo
cultural ao qual a pessoa pertence.
 aprendizagem informal = compreende aqueles padrões de comportamentos
aprendidos através da imitação e da observação, marcados fortemente por
aspectos culturais. Por exemplo, nós não medimos a distância que mantemos
em relação ao nosso interlocutor durante uma conversa, porém "sentimos" se o
espaço mantido é confortável ou não. Entre os árabes, a gesticulação é feita
com a mão direita e não com a "impura" mão esquerda. Os norte-americanos
manifestam certa aversão por abraços efusivos, beijos no rosto, pois
consideram que essas expressões de convívio social sejam "primitivas".
 aprendizagem técnica = compreende um conjunto de técnicas que
proporcionam um melhor desempenho em situações de exposição em público.
A partir do exposto, procure observar a eficácia de sua comunicação não verbal
durante as apresentações que realiza, lembrando-se sempre de que a linguagem não
verbal deve reforçar a mensagem falada, gerando um resultado melhor.

LINGUAGEM ESCRITA E ORAL


PROF. ROSÂNGELA CURVO LEITE

As modalidades oral e escrita constituem universos específicos de linguagem e como


tal, possuem características próprias. A modalidade escrita parece caminhar para o
espaço da totalidade, do distanciamento máximo entre produtor e interlocutor,
enquanto a oralidade pressupõe um envolvimento maior entre os falantes.
Entretanto, sabe-se que essa configuração nem sempre se realiza.

Quando escrevemos, podemos impedir que nosso leitor interfira diretamente em


nosso texto. Indiretamente, porém essa intervenção acaba por acontecer, visto que,
continuamente, ajustamos a escrita à imagem que fazemos dele, prevendo possíveis
perguntas que ele nos faria, e tentando responder a elas. Desse modo, a presença
desse leitor virtual exige de nós um esforço de elaboração e precisão, levando o texto
escrito para um certo grau de completude e preenchimento, refletidos no vocabulário
apurado, no rigor gramatical, na obediência à norma culta, na objetividade e clareza
de idéias, na eliminação de ambigüidades.

Por outro lado, na oralidade, a relação que estabelecemos com quem falamos é direta,
traduzida em um processo de dialogação, que pode ainda contar com uma série de
recursos extralingüísticos, como gestos, expressões faciais, entonação, postura, que
facilitarão a transmissão de idéias, emoções e possibilitarão o refazimento da
mensagem, caso esta não seja assimilada ou bem interpretada.

Em ambas as modalidades (oral e escrita) , o que se espera é que a comunicação seja


efetiva e possa, de fato, se concretizar pelo contínuo ajustamento de linguagem que o
emissor da mensagem faça com relação ao seu destinatário. Sendo a língua rica e
múltipla de possibilidades, atualizá-la, em função das exigências do momento da
comunicação, é nossa tarefa e nosso desafio

INFORMAÇÕES ÚTEIS PARA UMA APRESENTAÇÃO EFICAZ


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1. Defina claramente o tema e o objetivo de sua apresentação.
2. Tente obter o máximo de informações possíveis a respeito das características
das pessoas que estarão presentes.
3. Faça uma lista das idéias que você gostaria de abordar.
4. Reveja e analise a lista acima e a partir dela selecione as idéias mais
importantes, levando em consideração o objetivo da apresentação, o público
alvo e o tempo disponível
5. Organize essas idéias numa ordem de prioridade seguindo uma determinada
lógica (como uma estória, com começo, meio e fim ). Escolha palavras e/ou
frases de transição para fazer a ligação de suas idéias.
6. Comece com algo que estimule o interesse das pessoas pelo assunto. A
introdução deve conter aproximadamente 15% do total da exposição.
7. O corpo de sua apresentação deve incluir bastante material de suporte
(exemplos, gráficos, estatísticas, comparações, etc.), para dar sustentação e
confiabilidade às suas afirmações. Ele é responsável por 75% do todo.
8. Termine com algo que reforce o seu propósito e mostre a direção a seguir. A
relação entre as evidências apresentadas e a conclusão deve ficar bastante
clara. A conclusão representa 10% de sua apresentação.
9. Não inclua muitos conceitos nem detalhes.
10. Selecione palavras de impacto; use frases completas, mas curtas. Não se
utilize de termos com os quais não esteja habituado. O vocabulário tem que ser
perfeitamente adequado à sua platéia.
11. Prepare material audiovisual pertinente, interessante, sucinto e legível.
12. Inclua fatos/dados que prendam a atenção e despertem a curiosidade da
platéia. Envolva a platéia com o assunto.
13. Procure conhecer com antecedência o local de sua apresentação e teste
todos os equipamentos.
14. Cuide para que todos possam vê-lo e ouvi-lo com comodidade.
15. Mantenha um constante contato visual com os presentes, olhe para
todas as pessoas, como se estivesse conversando com elas.
16. Movimente-se e gesticule com naturalidade.
17. Caso você pretenda utilizar um retro projetor, organize suas
transparências na ordem correta. Não as troque com o retroprojetor ligado.
Desligue o aparelho após mostrar cada transparência e não deixe que a
imagem fique projetada por um tempo muito longo.
18. Ensaie várias vezes em voz alta, em frente do espelho, com o auxílio de
um gravador. Enfatize os pontos importantes com sua voz. Mude a velocidade
da fala, de acordo com a complexidade do material. Faça algumas pausas e use
diferentes inflexões, para prender a atenção dos ouvintes.
19. Fique atento para a repetição excessiva de certos sons ou palavras
( "hum", "ah", "né", "tá", "então", "sabe").
20. Evite falar muito rápido. Pronuncie as palavras com clareza. Dê tempo
para as pessoas absorverem o que estão ouvindo.
21. Prepare uma lista de perguntas que eventualmente poderão ser feitas e
tenha resposta para todas elas.
22. Administre o tempo com eficiência. Divida-o adequadamente entre todos
os tópicos que irá abordar.
23. Prepare-se o máximo possível, tanto emocionalmente quanto em termos
de conhecimento.
24. Desfrute de seu trabalho.
PROF. ROSÂNGELA CURVO LEITE

COMUNICAR não é simplesmente falar. COMUNICAR é gerar ação através da


linguagem, o que pressupõe a compreensão da mensagem. Portanto, a comunicação
pode ser considerada como uma necessidade social. A preocupação com o domínio da
expressão verbal nasceu entre os gregos, no século V a.C., primeiramente porque os
cidadãos precisavam defender-se nas cortes e depois para exercer a prática da
democracia, que exigia que os homens debatessem suas idéias em praças públicas-
chamadas ágoras, exercitando, assim, suas habilidades de argumentação.

Há um ditado grego que diz: "Quando Demóstenes fala, as pessoas dizem: "Como ele
fala bem!", mas quando Péricles fala, as pessoas exclamam: "Marchemos!"

Esta passagem tão antiga ilustra bem porque a comunicação adequada é uma parte
essencial na vida pessoal e profissional do indivíduo: porque o seu objetivo é
modificar algo dentro das pessoas, levá-las à reflexão e à ação.

Atualmente falar bem tornou-se uma necessidade para profissionais das mais
diversas áreas, pois estamos constantemente expostos a diferentes situações de fala
em público: participando de reuniões, de negociações, ministrando cursos, vendendo
produtos e serviços, dando palestras, entrevistas, desenvolvendo contatos sociais.

Passamos aproximadamente 90% de nosso tempo envolvidos em atividades


comunicativas (lendo, escrevendo, falando, ouvindo, vendo). Nossa comunicação tem
valor tanto pelo conteúdo quanto pela forma, pois é resultado do que dizemos e de
como dizemos; cada palavra e cada gesto é ação comunicativa e juntos constroem e
projetam a nossa imagem.

Nós somos a imagem que conseguimos transmitir

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