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Adj Anoro – Mestre Marcos // Adj Adelano – Mestre Gilmar

Somente para Instrutores credenciados.


Evangelização – Templos do Amanhecer Página 2 de 183

SUMÁRIO
Introdução: ......................................................................................................... 8

Formação dos Evangelizadores: ...................................................................... 12

Dos Cursos nos Templos do Amanhecer: ........................................................ 13

1° ENCONTRO – ROTEIRO 01 ....................................................................... 14

1. O Homem e a religião: ........................................................................ 14

➢ Mediunidades:.................................................................................. 14

➢ A mediunidade na Doutrina do Amanhecer. .................................... 15

➢ O desenvolvimento na Doutrina do Amanhecer............................... 17

2. Deus e a Doutrina do Amanhecer ....................................................... 19

3. Jesus de Nazaré – Sua importância na Implantação do Sistema


Crístico.......................................................................................................... 21

➢ Jesus redivivo .................................................................................. 21

➢ Jesus e cristianismo ......................................................................... 23

➢ Reili e Dubali .................................................................................... 23

➢ História de Reili e Dubali .................................................................. 24

2° ENCONTRO – ROTEIRO 02 ....................................................................... 28

1. Pai Seta Branca e a missão dos Jaguares.......................................... 28

➢ O Equituman .................................................................................... 29

➢ O Tumuchy ...................................................................................... 33

➢ O Jaguar .......................................................................................... 35

➢ O Assis............................................................................................. 36

➢ O Cacique da Lança Branca ............................................................ 38

2. Mentores, Guias e Espíritos Sofredores.............................................. 40

➢ Espíritos de Luz ............................................................................... 43

➢ Mentores .......................................................................................... 44
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➢ Guias ............................................................................................... 44

➢ Olorum ............................................................................................. 44

➢ Obatalá ............................................................................................ 45

➢ Ministros de Deus ............................................................................ 45

➢ Cavaleiros das Legiões: ................................................................... 46

➢ Guias Missionárias: .......................................................................... 46

➢ Pretos Velhos:.................................................................................. 47

➢ Caboclos e Cavaleiros de Oxosse ................................................... 47

➢ Médicos de Cura: ............................................................................. 48

➢ Pai João e Pai Zé Pedro: ................................................................. 49

4a. Carta da Corporação de Mestres Adjuntos ................................................ 50

Carta de Tia Neiva: Numara e os Mayas de Iucatã. ......................................... 52

3° ENCONTRO – ROTEIRO 03 ....................................................................... 55

1. Os Trinos............................................................................................. 55

➢ Trino Tumuchy ................................................................................. 55

➢ Trino Arakén .................................................................................... 55

➢ Trino Sumanã: ................................................................................. 56

➢ Trino Ajarã ....................................................................................... 56

➢ Espíritos sofredores ......................................................................... 58

➢ Exus ................................................................................................. 59

2. Neiva Chaves Zelaya. ......................................................................... 61

➢ Origem ............................................................................................. 61

➢ Início da mediunidade ...................................................................... 61

➢ Missão.............................................................................................. 62

4° ENCONTRO – ROTEIRO 04 ....................................................................... 63

1. Doutrina do Amanhecer ...................................................................... 63

➢ FASE Núcleo Bandeirante ............................................................... 63


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➢ FASE UESB ..................................................................................... 63

➢ FASE Taguatinga ............................................................................. 64

➢ FASE Vale do Amanhecer ............................................................... 64

2. A implantação da Doutrina e seus rituais. ........................................... 64

➢ O Surgimento do Mestrado .............................................................. 65

➢ Estrela Candente ............................................................................. 65

➢ O MICROMAPA ............................................................................... 67

3. O Adjunto Koatay e a formação do Povo ............................................ 69

➢ Carta de Tia Neiva para o Mestre Adjunto: ...................................... 69

➢ Adjunto Arjuna Rama ....................................................................... 71

➢ Adjunto Raja Adjuração ................................................................... 71

5° ENCONTRO – ROTEIRO 05 ....................................................................... 72

1. O evangelho redivivo de Nosso Senhor Jesus Cristo. ........................ 72

2. Misticismo e doutrina........................................................................... 73

3. Hierarquia. ........................................................................................... 73

➢ O Adjunto e o Povo .......................................................................... 74

➢ Responsabilidades mediúnicas do Povo. ........................................ 74

➢ Deveres do Adjunto com seu Povo .................................................. 74

6° ENCONTRO – ROTEIRO 06 ....................................................................... 76

1. Apará:.................................................................................................. 76

➢ Cartas de Tia Neiva aos Aparás: ..................................................... 78

2. O Doutrinador. ..................................................................................... 83

➢ Cartas de Tia Neiva sobre o Doutrinador: ........................................ 83

3. Outras mediunidades e a visão da doutrina ........................................ 86

➢ Distúrbios mediúnicos e psicológicos .............................................. 87

➢ Atuação cármica .............................................................................. 88

4. Transcendentalidade ........................................................................... 89
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5. Obsessores ......................................................................................... 90

6. Obsessões: ......................................................................................... 90

➢ Obsessão por desencarnado: .......................................................... 91

➢ Obsessão por Falanges: .................................................................. 92

➢ Obsessão Licantrópica: ................................................................... 92

➢ Obsessão possessiva: ..................................................................... 93

➢ Obsessão do próprio espírito: .......................................................... 93

➢ Obsessão religiosa: ......................................................................... 93

➢ Obsessão alcoólica. ......................................................................... 94

➢ A desobsessão: ............................................................................... 94

7° ENCONTRO – ROTEIRO 07 ....................................................................... 96

1. O Fator Humano:................................................................................. 96

2. Pensamento Doutrinário:..................................................................... 99

3. Organização Física: .......................................................................... 102

4. O Mediunismo: .................................................................................. 104

5. Fenômenos Energéticos: .................................................................. 106

6. Integração, Desintegração e Reintegração ....................................... 106

➢ Integração: ..................................................................................... 106

➢ Desintegração: ............................................................................... 107

➢ Reintegração:................................................................................. 108

7. A Comunicação Mediúnica: ............................................................... 109

8. Ordem financeira. .............................................................................. 111

➢ Bens móveis e imóveis. ................................................................. 111

9. Templos do Amanhecer .................................................................... 112

➢ A Missão ........................................................................................ 112

➢ Definição de missão espiritual. ...................................................... 112

➢ Compromisso mediúnico................................................................ 112


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10. O Trino Presidente ............................................................................ 113

➢ O Trino Presidente e a hierarquia. ................................................. 113

➢ – Trino Tumuchy – Poder da Ciência ............................................. 113

➢ – Trino Arakén – Poder da Invocação ............................................ 113

➢ – Trino Sumanã – Poder da Cura .................................................. 113

➢ – Trino Ajarã – Poder de nos tornar Crísticos ................................ 113

➢ O Trino Presidente e força decrescente......................................... 113

➢ O Trino Presidente e a condução da doutrina................................ 114

➢ O Trino e o Adjunto ........................................................................ 114

11. Os Jovens e a Doutrina do Amanhecer............................................. 115

➢ Desenvolvimento de mediunidade dos jovens e plexo físico ......... 115

➢ Desenvolvimento e as Leis do País ............................................... 115

12. Classificação Mediúnica .................................................................... 116

➢ Origens da classificação ................................................................ 116

➢ Etapas da classificação ................................................................. 116

➢ Mestres Devas e classificação ....................................................... 116

➢ Formas de classificação................................................................. 117

13. O fator transcendental. ...................................................................... 118

14. Força Decrescente ............................................................................ 119

8° ENCONTRO – ROTEIRO 08 ..................................................................... 122

1. A Preparação: ................................................................................... 122

2. Mesa Evangélica ............................................................................... 123

3. Tronos Vermelhos e Amarelos .......................................................... 124

➢ A Ionização .................................................................................... 124

➢ A Interferência................................................................................ 125

➢ A Comunicação nos Tronos ........................................................... 125

➢ A diagnose mediúnica .................................................................... 127


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➢ Profecias ........................................................................................ 127

4. Cura .................................................................................................. 127

➢ Médicos de Cura ............................................................................ 130

5. Junção............................................................................................... 130

6. Indução ............................................................................................. 130

7. Oráculo de Simiromba....................................................................... 131

8. Linha de Passes / Sudálio ................................................................. 132

9. Cruz do Caminho .............................................................................. 132

10. Tronos Milenares............................................................................... 133

9° ENCONTRO – ROTEIRO 09 ..................................................................... 137

1. Randy ................................................................................................ 137

2. Estrela Sublimação ........................................................................... 137

3. Abatá ................................................................................................. 139

4. Alabá ................................................................................................. 141

5. O Aledá Físico na Residência ........................................................... 141

6. Incorporação fora dos Templos ......................................................... 142

7. Troca de Adjunto ............................................................................... 142

8. Mantras e Hinos Mântricos ................................................................ 145

➢ Hino Oficial do Amanhecer ............................................................ 146

9. Função da Defumação (Queima do incenso) .................................... 146

10. Velas no Templo ............................................................................... 147

11. Ponto de Força .................................................................................. 147

12. Terceiro Sétimo dos Cavaleiros da Luz............................................. 147

Curso de Evangelização com o Trino Tumuchy ............................................. 148

SALMO 2, de DAVI ........................................................................................ 176

A Partida Evangélica – Tia Neiva ................................................................... 177

Agradecimentos: ............................................................................................ 183


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Introdução:

A doutrina do Amanhecer sempre foi classificada como uma doutrina


nobre. Muito embora a situação ou a faixa cármica de seus afiliados não seja
deixada de lado ou em segundo plano, essas faixas cármicas podem ser
amenizadas através dos trabalhos mediúnicos, onde são adquiridos bônus
espirituais e estes são convertidos em favor das individualidades, com as quais
existe um laço de compromisso estabelecido em vários estágios encarnatórios
nos quais cada integrante dessa tribo encarnou junto.

No limiar do terceiro milênio Neiva Chaves Zelaya, a Tia Neiva, após


várias encarnações, volta a este plano físico com a incumbência de trazer todo
um sistema Crístico Evangélico e Iniciático, com a proposta de conduzir de
volta aos seus planos de origens, espíritos na condição de sofredores ou
involuídos. Para isto, outro grupo de espíritos com sede em capela se colocou
à disposição desta tribo de Jaguares, sob a liderança de um grandioso espírito
milenar o qual denominamos SETA BRANCA.

Com a implantação da doutrina em 1957, a ela foram sendo


gradativamente agregados centenas de outros missionários encarnados e o
surgimento de novos médiuns foi sempre crescente. Enquanto Tia Neiva
estava encarnada, os problemas surgidos eram resolvidos através de sua
clarividência.

Aliado a esta condição, tínhamos como interprete da doutrina o


sociólogo Mario Sassi (para nós Trino Tumuchy). Como intelectual da doutrina,
o Trino Tumuchy a decodificou de forma simples para que todos tivessem
acesso às informações recebidas dos planos espirituais pela Clarividente. Após
o desencarne de Mario Sassi em 1995, a doutrina ficou com uma parcela de
informação técnica – doutrinária deficiente.

O último movimento voltado para a cultura doutrinária foi feito pelo


Trino Ajarã e pelos subcoordenadores, no trabalho denominado
REALINHAMENTO DOUTRINÁRIO. Desde então muitos pseudo intérpretes
têm surgido e, de certa forma, deturpando os ensinamentos originais deixados
pela Clarividente.

Por essa razão o TRINO AJARÃ, Mestre Gilberto Zelaya resolve


criar um núcleo dentro da Coordenação dos Templos do Amanhecer com a
intenção de pesquisar e decodificar o acervo da Clarividente. Após essa
primeira etapa, condicionar mestres para que levem essa informação
doutrinária aos Templos do Amanhecer.
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Mas qual a necessidade de se falar sobre a Doutrina do Amanhecer,


ou melhor, sobre a essência desta doutrina, se o Médium já possui uma gama
de informações nas aulas de desenvolvimento, iniciação, elevação de espadas,
Centúria e curso de sétimo?

Esta necessidade, hoje urgente, existe pelo fato de que, quando Tia
Neiva e o 1º Mestre Sol Trino Tumuchy estavam encarnados, o número de
médiuns, embora de certa forma grande para aquele momento, tinham a
assistência doutrinaria do Mestre Mario Sassi e da Clarividente de forma
constante, assim como a sua preocupação na aculturação de nossa doutrina, e
os Olhos da Clarividente mantinha sempre em harmonia os médiuns que
tinham suas queixas e dúvidas sobre a doutrina e, principalmente, sobre suas
vidas cármicas.

Muito embora o desenvolvimento mediúnico continue sendo aplicado


nos moldes deixados pela Clarividente, o entendimento da complexidade
mediúnica ainda deixa muito a desejar, sem o complemento das explicações
que eram fornecidos pela Clarividente e pelo Trino Tumuchy.

Considerando que a mediunidade é uma forma de energia que está


sempre em expansão, mesmo nas duas mediunidades existentes (Doutrinador
e Apará) existem derivações adjacentes a estas mediunidades que deixam os
Doutrinadores e os Aparás um tanto confusos.

Quando se sentem em desequilíbrio (diga se de nota que a palavra


“desequilíbrio” aqui aplicada não faz menção a uma patologia, seja ela
mediúnica ou psicológica mas sim, a um desequilíbrio de forças que acontece
quando o médium não consegue manipular, entender, assimilar com segurança
em sua mediunidade, aquilo que, durante sua caminhada mediúnica vai
adquirindo, de acordo com a abertura de seus plexos) muitas vezes por fatores
ligados a sua própria manipulação cármica, sem encontrar respostas ou alivio
para suas aflições este médium acaba por deixar a doutrina.

Portanto, urge a necessidade de se trabalhar os ensinamentos


deixados por Tia Neiva em toda a sua extensão, seja ela em vídeo, em texto ou
em áudio, para que este médium consiga encontrar em sua doutrina o suporte
psicológico e espiritual pra enfrentar o seu dia a dia, principalmente quando
atravessa as estreitas portas do carma.

Os problemas mais comuns encontrados por nossos médiuns


podem ser simplesmente grafados. Não há como não notar que o
relacionamento emocional é um dos fatores que mais contribui para a
desarmonia do Mestre jaguar. Outra situação bastante comum, por mais
surpreendente que seja é o Álcool.
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Na cadeia hierárquica, o Adjunto Presidente é a maior autoridade no


Templo e, principalmente quando começa sua missão, um dos maiores
problemas é justamente o relacionamento com sua família, pela necessidade
de estar sempre no papel de “pai” daquele povo e, mesmo após vencida essa
primeira etapa, quando o seu povo começa a crescer é normal que ele também
encontre problemas pela dificuldade de tempo para estar atendendo a todos e
ainda àqueles que Deus colocou sob seu teto.

A Doutrina por sua condição nobre, porém com uma herança


cármica bastante acentuada, traz em seu bojo toda uma história a ser vivida e
descortinada neste terceiro milênio. O Sagrado, este rito mágico tão vivido e
tão levado a sério por Tia Neiva está ficando para traz.

Com tantas informações técnicas e doutrinárias recebidas pelos


Médiuns desde o desenvolvimento até a centúria, o Mestre e a Ninfa começam
a viver e praticar a Doutrina mecanicamente, deixando para trás este aspecto
Divino que nos leva a buscas e à ascensão a planos mais evoluídos, que
somente poderá ser atingido quando vivermos a doutrina em sua plenitude,
como Tia Neiva sonhou um dia na criação do Doutrinador.

O que este trabalho pretende, então, é lembrar ao Mestre e à Ninfa


Jaguar que todo este sistema doutrinário, todos os nossos rituais e tudo que foi
trazido do céu pela Clarividente tem apenas uma finalidade: Nos colocar a
caminho de Deus, através dos ensinamentos do Mestre dos Mestres, do
Pontífice dos Pontífices que é JESUS.

Jesus o Caminheiro, Jesus na prática diária dos ensinamentos


trazidos por Ele que se traduzem na compilação simples da Clarividente: Amor,
Humildade e Tolerância!

Em 1983, a Clarividente já estava preocupada com o afastamento do


Médium das finalidades básicas da Doutrina do Amanhecer na Terra, quando
escreveu:

“Filho, agora eu quero a Vida Evangélica. Vamos, agora, fazer algumas


renovações e enfrentar as coisas que eu nunca tive oportunidade de fazer. Quero uma
nova distribuição de Mestres para um Curso Evangélico. Teremos novas instruções
para estes Mestres e irei formar novos Instrutores, para o Desenvolvimento de
Médiuns a caminho das Iniciações. Estes terão que adquirir Conhecimentos
Evangélicos. E se tratará de Jesus ou da Sua vida. Serão conhecimentos de precisão,
com Mestres escolhidos com muito Amor. Quero Jesus, o Caminheiro! Quero Jesus, o
Nazareno! Quero Jesus Redivivo! Quero Jesus de Reili e Dubali!”
Tia Neiva - (27/04/83).
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Naquele mesmo ano (1983), o Trino Triada Presidente Tumuchy –


Mestre Mário Sassi, em cumprimento à orientação da Clarividente acima
transcrita, deu início a um Curso de Evangelização, o qual segue em anexo a
este acervo, transcrito em texto do original em áudio.

A transcrição não servirá como leitura durante a Evangelização, mas


sim, como subsídio ao Evangelizador, para que entenda bem a orientação da
Clarividente de se falar em Jesus, de colocar no coração do Mestre e da Ninfa
Jaguar aquela centelha Crística que acenderá sua vida missionária de forma
irredutível, que dará a cada Jaguar a certeza de que estamos no Caminho da
Verdade e da Vida preconizado pelo Mestre Jesus.

Não serão tratados, portanto, assuntos ligados às nossas leis e


rituais, porquanto para tal mister temos o Livro de Leis e Chaves Ritualísticas e
o Realinhamento Doutrinário, além das orientações do Mestre Adjunto
Presidente a seu Povo de acordo com características locais e estágio em que
se encontra o funcionamento do Templo.

Por ser um Curso determinado pela Clarividente e que busca atingir


todos os Templos do Amanhecer, o local, o período de aplicação e a escala de
Evangelizadores será definido pelo Trino Ajarã, Coordenador Geral dos
Templos do Amanhecer.
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Formação dos Evangelizadores:

Como identificar o médium que leva consigo as condições


necessárias para ser um bom Evangelizador? Lembrando as palavras do Trino
Ajarã, “Há sino que toca, mas não tange”.

Ter uma boa cultura e até uma boa dicção não é elemento
indispensável para ser um bom Evangelizador. Elementos como emanação
mediúnica, conduta doutrinária exemplar e uma didática doutrinária em nível de
ser ouvido pelo coração, são as condições indispensáveis para esta função.

Nos Templos do Amanhecer esses Evangelizadores deverão ser


indicados pelo Adjunto Presidente e encaminhados aos canais competentes da
Coordenação dos Templos do Amanhecer para sua apreciação e consequente
formação.

Lembramos que esse trabalho é um trabalho de pura evangelização,


sendo, porém para que possa ser feito uma livre abordagem dos assuntos é
necessário que o Mestre seja um centurião.

O Adjunto Adelano Mestre Gilmar e o Adjunto Anoro Mestre Marcos


serão os responsáveis pela preparação, pela formação e pelo credenciamento
dos Mestres indicados pelos Adjuntos Presidentes para serem
evangelizadores, já que neste acervo não constam todos os subsídios
necessários a se ministrar o curso, e serão fornecidos apenas aos Instrutores
que forem credenciados.

O local (Templo), dias, horários, quantidade de aulas e os critérios


para disponibilização de acervos estarão a critério dos formadores, com prévio
conhecimento e aquiescência do Trino Ajarã.

Um primeiro Curso de Evangelização deverá ser ministrado pelo


Adjunto Anoro e pelo Adjunto Adelano, o qual servirá de ponto de partida e
referência doutrinária aos Instrutores que serão formados.

Os Devas deverão constar um campo no cadastro do SiMe, para


estatísticas referentes à quantidade de Mestres e Ninfas que passarem pelo
Curso de Evangelização, bem como um campo “Instrutor do Curso de
Evangelização”.

Será fornecido ao participante desse curso um certificado de


conclusão do mesmo com as assinaturas do Trino Ajarã, dos Presidentes da
região e do instrutor que ministrará o curso.

Como nos moldes do curso de sétimo haverá tolerância de três


faltas, sendo que na terceira o médium estará automaticamente excluído do
mesmo.
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1° ENCONTRO – ROTEIRO 01

1. O Homem e a religião:
A Doutrina do Amanhecer, apesar de se encaixar nos
moldes de uma religião, como seu próprio nome diz, é uma “Doutrina”. E, como
tal, possui suas leis, suas normas e seus rituais a serem cumpridos.
Ao ingressar na doutrina o Mestre ou a Ninfa aceita as
normas implícitas pela Clarividente, as quais norteiam seu funcionamento,
dando sustentação para a base ritualística cuja função é a manipulação da
mediunidade contida no homem.
Essa mediunidade que é uma condição biológica, portanto
“nata” no homem, já vem programada e, em muitos casos, é uma ferramenta
para que ele possa desempenhar sua missão na Terra.
Em determinado momento de sua vida essa mediunidade é
despertada para que ele possa ir em busca de sua identidade espiritual e,
dessa forma, ajudar outras pessoas, tornando-se então um Missionário.
Sendo a mediunidade biológica, todo ser humano encarnado
na terra é médium, entretanto nem todos são “missionários”.
Esse Missionário, diferente dos demais Médiuns do planeta,
por força de um compromisso assumido com seus Mentores e por sua dívida
transcendental, quando ocorre o chamado ele precisa procurar um local,
normalmente com manipulação Espírita ou Espiritualista para desenvolver essa
mediunidade e, assim, ativar seus plexos ou chacras e junto com outros
indivíduos se agregar a uma filosofia esotérica, doutrina ou religião para o
exercício de sua missão e o consequente resgate de suas dividas espirituais.

➢ Mediunidades:
Existem vários tipos de mediunidades e por muitas vezes o
ser humano nem percebe sua existência, pois são dons sutis, cuja
manifestação mistura-se com o dia a dia e acentua-se quando essa
mediunidade não desenvolvida, não direcionada adequadamente interfere na
vida da pessoa levando-o a desenvolver fobias e até mesmo sintomas que
sugerem diversas patologias, as quais cessam quando ele passa a se dedicar
a ajudar outras pessoas.
Em muitas situações quando surgem os primeiros sinais
dessas manifestações ela vem com sintomas de visões e de audições que
somente ele percebe.
Ao narrar para outros esses sintomas e não encontrando
solução cai em um quadro de completo distúrbio psicológico e não muito raro é
levado aos psicólogos e psicanalistas que não encontram solução.
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Dessa forma, encontramos muitos desses Médiuns em


manicômios, assolados por suas visões bizarras e alucinações causadas por
distúrbio puramente de ordem mediúnica.
Quando levado às escolas esotéricas, as doutrina e religiões
que tem por função desenvolver essas mediunidades, as técnicas especificas
canalizam essas forças em rituais cuja função é produzir e distribuir energias
contidas no homem e também na natureza ao auxílio da cura espiritual ou cura
desobsessiva, resolvendo os problemas psicológicos causados pela
mediunidade aflorada em menor ou maior tempo de acordo com diversos
fatores intervenientes, dentre eles o merecimento através dos bônus
conquistados nos trabalhos na Lei de Auxílio.

➢ A mediunidade na Doutrina do Amanhecer.


Nossa doutrina é relativamente jovem, porém, seus gestores
espirituais são veteranos espíritos cujo compromisso com a humanidade tem
aproximadamente 32000 anos.
Essas individualidades oriundas do planeta Capela vieram
ao nosso planeta com o objetivo de trazer uma cultura diferenciada para ajudar
os humanos na evolução do nosso terceiro plano.
Já no século dezoito, Veteranos Espíritos se encontraram no
astral e preconizaram, anunciaram a criação de uma mediunidade que seria
imprescindível na consumação de nossa obra: O Doutrinador!
A sergipana Neiva Chaves Zelaya, estando com pouco mais
de trinta anos de idade, despertou sua mediunidade, ocasião em que começou
a ver e ouvir os espíritos. Nessa interação com as realidades interdimensionais,
ou mundos espirituais, recebeu orientações desses Capelinos e começou a dar
vida a nossa doutrina.
Depois de algum tempo, passando pela Cidade Livre do
Núcleo Bandeirante, Serra do Ouro e Taguatinga-DF, chegou aos arredores de
Planaltina-DF e lá surgiu o atual Vale do Amanhecer.
Neiva Chaves Zelaya, a “Tia Neiva” trouxe uma extensão da
mediunidade de incorporação: O Apará, o qual, diferente do médium de
incorporação, por sua condição de vivê-la sob juramento e de ser
semiconsciente em sua manifestação mediúnica, para que também
conquistasse os bônus para sua evolução através dos méritos por seu trabalho
na Lei de Auxílio.
Então passamos a ter duas mediunidades distintas: O
Doutrinador e o Apará, ambos formados pela Clarividência de Tia Neiva.
O Doutrinador é o médium que cumpre sua missão
mediúnica de olhos abertos e o Apará que trabalha de olhos fechados.
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O Doutrinador veio equipado com uma mediunidade cujo


tônus vibratório o coloca com os sentidos bastante apurados, sua percepção,
alicerçada por sua condição intuitiva, lhe permite sentir o ambiente, interpretar
as condições ali vigentes e também as comunicações recebidas pelo Apará.
Sua função é da direção da doutrina, essas funções vão do desenvolvimento
de novos médiuns à formação de novos núcleos doutrinários como também em
sua formação original estudar, verificar e entender tanto sua mediunidade
quanto a mediunidade do Apará.
Ao Médium Apará compete incorporar, tanto as entidades de
luz quanto aquelas que denominamos como sofredoras, permitindo que essas
entidades que necessitam de um equilíbrio em seu padrão vibratório possam
reencontrar seu ponto de partida a sua caminhada evolutiva original de volta a
suas origens.
O Apará com seu plexo preparado para essas condições
absorve, transforma as forças e entidades recebidas permitindo, numa
integração com o Doutrinador, a transformação a nível de uma energia mais
sutil, livre das impregnações pesadas tanto desses espíritos sofredores quanto
dos ambientes que eles ocupam.
O Vale do Amanhecer desenvolve apenas duas
Mediunidades: a do DOUTRINADOR e a do APARÁ.
Quando o paciente passa pelo trabalho de Tronos e é
recomendado pela entidade a desenvolver sua mediunidade, ele comparece ao
Templo no próximo domingo e passa pelo Trabalho de Triagem.
Nessa Triagem, aquele Médium, através de suas reações,
mostra aos Mestres Instrutores se a mediunidade que traz consigo é
compatível com o desenvolvimento como DOUTRINADOR ou como APARÁ.
Os Mestres Instrutores não dão a ele uma Mediunidade, pelo
contrário, ele já nasceu com ela. A Triagem apenas provocou um fenômeno
mediúnico em que ele mostrou aos instrutores a sua Mediunidade.
A partir de então começa o Desenvolvimento como
DOUTRINADOR ou como APARÁ.
Não existe uma Mediunidade melhor ou pior, mais forte ou
mais fraca, a diferença entre o Doutrinador e o Apará é apenas na
manifestação.
Cada um tem uma função específica e, como já nasceu com
sua Mediunidade, ele mesmo escolheu ser Doutrinador ou Apará antes de
nascer, de acordo com a programação feita pelo seu Espírito para a presente
encarnação.
Não existiria o Apará sem o Doutrinador, como não existiria
o Doutrinador sem o Apará.
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O Médium Doutrinador desenvolve o Chakra Coronário, que


está localizado na região da cabeça.
O Médium Apará desenvolve o Chakra Umbilical, localizado
na região do Plexo Solar, um pouco acima da região estomacal.
Portanto, em nossa doutrina só existem dois tipos de
mediunidades: o Doutrinador e o Apará. Muito embora alguns médiuns
cheguem na doutrina com outras mediunidades, elas não são necessárias na
execução dos rituais existentes deixados pela clarividente, sendo
desassimiladas pela manipulação da Mediunidade de Doutrinador ou de Apará,
que se completam, tornando desnecessária qualquer outra mediunidade.

➢ O desenvolvimento na Doutrina do Amanhecer


Desenvolve-se algo que já existe, que está em estado puro
ou nativo, algo que necessita ser direcionado a uma condição especifica, para
um fim especifico.
Dessa forma o desenvolvimento em nossa doutrina é uma
forma de despertar, de ativar os chacras ou plexos no missionário através de
técnicas e chaves pré-programadas e deixadas pela Clarividente para
condicionar esse missionário a entrar em padrões cuja energia lhe favorece
numa espécie de corrente de energia a voltar a sua condição original, seja ela
na condição puramente energética ou nas patologias físicas ou doenças que
são resultantes da alteração físico-químicas das células biológicas contidas no
corpo do ser humano, essas por sua vez, reparados seus desvios energéticos,
permite que naturalmente ou por auxilio de medicamentos se processe a
recuperação, devolvendo a saúde ao indivíduo (Cura Desobsessiva).
A primeira situação que ocorre nesse desenvolvimento é a
definição da mediunidade do Homem que chega a nossa doutrina, esse passo
é de suma importância na vida do missionário, pois a partir daí toda a sua vida
na doutrina é alicerçada nessas mediunidades.
Depois da definição da mediunidade, ele é encaminhado às
sete aulas subsequentes para que, através da assimilação de técnicas
direcionadas, ele possa se integrar na corrente indiana do espaço para o
primeiro passo de sua vida mediúnica que é a iniciação Dharman-Oxinto.
De forma continuada e de forma sequencial que depende do
desenvolvimento de cada um, esse indivíduo vai passando a níveis mais
elevados na manipulação e condução dessas forças, culminado com o curso
de Sétimo Raio onde, em tese, o homem de nossa doutrina estará dispondo de
todas as forças necessárias para o cumprimento de sua missão.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 18 de 183

O desenvolvimento e o adiantamento espiritual de nossos


médiuns é sempre um mistério, pois mesmo Mestres e Ninfas que possuam
todos os cursos da doutrina ou as maiores classificações, não podem afirmar
estarem em uma condição espiritual mais evoluída ou que alcancem um plano
espiritual mais alto.
Na verdade, as maiores classificações servem muito mais
como um equipamento a mais, uma condição a mais para que ele desloque ou
adquira mais energias, mais bônus horas para resgatar suas dívidas
transcendentais.
O desenvolvimento mediúnico não termina quando o
médium termina todos os cursos existentes em nossa doutrina. Ele é
constante, no dia a dia à medida que o médium vai absorvendo a doutrina em
sua forma espiritual e a empregando para o bem de outros ele vai sanando
suas dívidas, purificando seus plexos, aprimorando suas habilidades
mediúnicas dessa forma tem maior condição de ajudar a outros e, portanto, a si
mesmo.
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2. Deus e a Doutrina do Amanhecer


Segundo a Doutrina do Amanhecer, Deus é onipotente, onipresente
e onisciente, eterno, imaterial, justo, sem princípio ou fim, causa primárias de
todas as coisas. Muito embora, essa conceituação de Deus possa ser muito
simplória ou simplista, para nós é a mais acertada.
Por toda a história, os homens tentaram parametrizar e estabelecer
conceitos a respeito de Deus, definindo-O de várias maneiras, dependendo da
mente e do padrão evolutivo que cada homem ou civilização, criando um deus
à sua imagem e semelhança.
Os Olmecas e Toltecas nas terras mexicanas erigiam seus Totens
os quais os denominavam seus deuses; nas civilizações pré-incaicas tinham
como o Questzcoalt, a serpente emplumada como seu deus maior.
Os Maias também na península de Iucatã tinham o seu terrível deus
MOLOC, para o qual os corações das virgens eram depositados em forma de
oferenda. No Egito antigo, Akhenaton revolucionou todo o princípio religioso
quando instituiu Athon como único deus, iniciando ali o monoteísmo.
Moisés no monte Ararat em meio à sarça ardente encontra com
Deus Pai Todo Poderoso, onde lhe são ditadas as tábuas da Lei contendo os
dez mandamentos. Quando Moisés lhe pergunta por Seu nome o Todo
Poderoso lhe responde: que seu nome seria “EU SOU”.
Então temos que considerar todo o caráter antropomórfico desse
conceito de Deus, pois mesmo nos mundos onde as sombras predominam
existe um deus, portanto quanto mais procuramos definirmos em sua exatidão
a palavra Deus, nos tornamos imensamente diminutos ante o poder e graça
desse Deus, onipresente e onisciente, portanto, preferimos defini-lo como Deus
Pai Todo Poderoso.
Deus é o Poder que criou tudo e todos, é o Amor supremo e
Universal, sem características que possamos ligar a fatores humanos como
forma, cor, aparência física, etc.
Deus é absolutamente razão, nos disse nossa Mãe e Mentora. Hoje,
cremos que um dia, na eternidade do Espírito, seremos capazes de interpretar
a essência Divina do Criador, mas certamente hoje, ainda físicos e na condição
de sofredores, cobrados e cobradores uns dos outros, estamos neste mesmo
barco que é o terceiro plano, não dispondo das condições evolutivas
necessárias a tal mister.
O certo é que Deus está onde jamais poderá chegar à concepção
dos homens que se empenham em enclausurá-Lo na estreiteza de nossas
pobres concepções mentais.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 20 de 183

É relevante entender que JESUS é um Espírito, DEUS é um Poder


Espiritual, sem a conotação de Espírito Individualizado.
Por ser o Espírito que dispõe do maior Amor Incondicional dentre
todas as criaturas de Deus, Jesus é o Espírito mais próximo deste Poder,
portanto, a expressão “Jesus é o Filho de Deus” revela que Jesus é o caminho
(da Verdade e da Vida), o modelo para que devemos seguir na busca
ininterrupta do nosso retorno a Deus Pai Todo Poderoso, ou seja, às nossas
Origens criadoras, o que somente pode ocorrer através da Evolução Espiritual.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 21 de 183

3. Jesus de Nazaré – Sua importância na


Implantação do Sistema Crístico.

➢ Jesus redivivo
Em uma fase de extrema turbulência espiritual, social e religiosa, foi
necessário que chegasse a este terceiro plano uma luz que pudesse diminuir
as trevas da escuridão, da incompreensão e da falta de amor nos homens.

Esta conturbação social gerou outra de maior extensão nos planos


espirituais: à medida em que os encarnados daquela época iam
desencarnando sem a compreensão Crística, a energia negativa emanada por
eles formava uma densa camada, que passou a envolver todo o planeta.

Esta densa camada de energia negativa formada pelos milhares de


espíritos que desencarnavam e aqui permaneciam impedia que eles pudessem
alcançar os planos espirituais, e eles ficavam indefinidamente presos no plano
perispiritual da terra, aumentando cada vez mais essa barreira de energias
negativas.

Esse foi um dos fatores que motivaram o envio desse Grandioso


Espírito a esta terra, para trazer amor, humildade e tolerância aos homens e,
ao mesmo tempo, com sua característica celestial única, organizar e criar
sistemas espirituais precisos que dessem suporte aos espíritos que
desencarnavam, fornecendo a todos eles as bênçãos de um tratamento
espiritual e possibilitando sua volta para Deus Pai Todo Poderoso.

Jesus o Grande Mestre, filho de Deus Pai Todo poderoso, trouxe a


terra novamente a paz e também organizou todo o sistema Crístico o qual
ainda vivemos em sua plenitude. Toda a caminhada de Jesus nesta terra
obedeceu a uma programação perfeitamente elaborada.

Em síntese, Jesus aqui esteve para organizar, estruturar os mundos


espirituais. Sua caminhada começou logo após estar na sinagoga com os
doutores da lei.

José de Arimatéia o encaminhou até o Tibet e lá, junto aos Lhamas


foi feita sua iniciação, quando todos cobriram o rosto com um capuz em
respeito à luz emanada por Jesus. Assim Jesus se preparou para sua missão
que começaria por volta dos trinta anos de idade.

Em nossa Doutrina, Jesus é toda a ciência espiritual, a qual


denominamos Ciência Crística, e ao legado formado por Ele denominamos de
Sistema Crístico.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 22 de 183

Toda a base da doutrina de Jesus é calcada no mais precioso de


todos os sentimentos que é o Amor Incondicional.

Em todas as aberturas de nossos rituais ou em qualquer reunião,


não só o nome, mas toda a graça e o poder de Nosso Senhor Jesus Cristo é
invocado para a proteção e harmonia daquele trabalho e de todas as pessoas
que ali estejam.

A vida de Jesus é um manancial de exemplos do bem viver. Porém,


Jesus é muito mais que uma simbologia, um ponto abstrato ou qualquer outra
forma de pensamento que somente induz a uma ideologia cuja intenção é criar
ou vivenciar qualquer tipo de conduta, seja ela qual for.

Jesus é uma realidade que é sentida em toda a sua intensidade


quando entramos realmente na nossa individualidade. Não é algo para ser
medido, pesado, definido por palavras, sejam as palavras do Santo Evangelho
ou aquelas que os homens Lhe atribuíram.

Jesus é para ser sentido, e não para ser discutido. Aquele que tem
em seu coração a harmonia e a paz de espírito necessária para sentir a
emanação de Jesus é o verdadeiro Missionário, é aquele que vive sua vida e
passa pelos problemas, ao contrário daquela maioria que vive os problemas e
passam por essa vida, por isso na Doutrina do Amanhecer falamos de Jesus
Redivivo ou o Evangelho Redivivo de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O Evangelho foi escrito, transcrito de várias formas através dos


séculos, muitas vezes feito parcialmente e seguindo a interpretação pessoal
daqueles que de uma forma ou de outra colocaram suas opiniões pessoais, o
que acaba mudando o sentido das parábolas e dos ensinamentos de Jesus.

Na Doutrina do amanhecer esse Evangelho é Redivivo porque é


vivenciado na pratica, através da experimentação mediúnica do Doutrinador e
do Apará.

Todos os ensinamentos do Mestre são vivenciados tanto no dia a dia


quanto nos rituais, o próprio atendimento aos pacientes é feito de maneira
isenta de qualquer forma de pagamento ou agradecimento, pois nem mesmo a
identificação das pessoas que acorrem aos nossos trabalhos é necessária,
assim como não procura se induzir de qualquer forma que o paciente continue
a frequentar a doutrina, a não ser quando ele tenha um compromisso
missionário, mas isto ocorre quando as entidades determinam que esse
paciente necessita desenvolver sua mediunidade.

Nada se cobra do paciente pelo atendimento a ele dispensado.


Evangelização – Templos do Amanhecer Página 23 de 183

Outro fato relevante é que, quando o atendimento está a nível de


comunicação, o médium que atende, no caso o Apará, está de olhos fechados,
portanto ele, o médium, não sabe quem está atendendo, uma forma exata da
caridade incondicional.

➢ Jesus e cristianismo
Para as religiões cristãs, assim como para nós médiuns da Doutrina
do Amanhecer, Jesus é o ponto central e o exemplo das formas de
compreensão da vida. Atingir o que Jesus pregou em suas afirmações é o que
todo indivíduo encarnado deseja, não importando qual o seu posicionamento
filosófico, religioso ou doutrinário.

A grande diferença entre o nosso pensamento e o de outras religiões


cristãs é a maneira como se encara a presença e a missão de Jesus no planeta
Terra.

Enquanto que na maioria das doutrinas cristãs Jesus é encarado


como um mártir que morreu na cruz, e todo o seu sofrimento foi para a
remissão de nossos “pecados”, cultuando o sangue do cordeiro imolado, na
Doutrina do Amanhecer nós O temos como uma individualidade Divina, do
Caminheiro, tendo sido sua missão maior a de organizar os planos espirituais,
formando assim o Sistema Crístico.

➢ Reili e Dubali
Na carta que determinou esta Evangelização, Tia Neiva nos relata:
Quero Jesus, o Caminheiro! Quero Jesus, o Nazareno! Quero Jesus
Redivivo! Quero Jesus de Reili e Dubali! ...
Reili e Dubali eram Cavaleiros Mercenários no Plano Perispiritual da
terra na época em que Jesus encarnou, e a história desses grandiosos
Missionários de Deus e de suas Guias Missionárias Sabarana e Doragana
deve ser contada ao final deste 1º Encontro.

Para tanto, segue em anexo a este 1º Roteiro a história contada por


Tia Neiva, lembrando que todos os Mestres e Ninfas Jaguares estão na
decrescência de um destes Espíritos: Os Mestres de Reili ou de Dubali e as
Ninfas de Sabarana ou de Doragana.
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Anexo ao 1º roteiro:

➢ História de Reili e Dubali


“Meu Filho Jaguar,

Salve Deus!

Filho, para que a criatura cumpra, fielmente, os desígnios desta doutrina é


indispensável que desenvolva os seus próprios princípios divinos. É preciso que se
sacrifiquem em favor do grande número de espíritos que se desviam de Jesus. É preciso,
filho, que estejas no luminoso caminho da fé, da caridade e da virtude, do Espírito da
Verdade. E, principalmente, filho, aqueles que tombaram dos cumes sociais, pelos
abusos do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência.

Seria feliz se os visse na paz e na compreensão de Reili e Dubali, dois


temíveis valentes mercenários que, na presença de dezenas de homens, se digladiavam,
no ódio e no rancor, jurando que se matariam tão logo se encontrassem.

Quis a vontade de Deus que aqueles brutos respeitassem aquele


regulamento e, no instante preciso, o regulamento não permitia que dois comandantes
ou dois capitães se matassem em frente de sua tropa. Seria covardia se assim
procedessem.

E, sem olhar para trás, os dois subiram o Calvário um sem olhar para o
outro. Um subia por um lado o outro subia por outro. Os dois novamente se
confrontaram, porém, sem olhar para o outro, pela atenção voltada por um grupo de
homens e mulheres que choravam e outros que riam.

Jesus!

Era Jesus de Nazaré, que subia carregando a sua cruz. Os dois brutos, de
olhos parados, quando Jesus, descansando com o olhar amargurado, lançou os seus
olhos, cheios de ternura, como se dissesse:

– Filhos, amai-vos uns aos outros!

Dubali, olhando para Reili, deixou cair a sua lança e Reili seguiu o seu
gesto. Os dois se abraçaram, vendo que nenhuma dor poderia ser igual. Abraçados,
ouviam os chicotes dos soldados de César. Dubali, chegando bem pertinho de Jesus,
ofereceu-lhe todo o seu exército para o salvar. Reili fez a mesma coisa. Jesus não quis,
dizendo que: O Seu Reino não era deste mundo.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 25 de 183

Dubali e Reili saíram dali com o coração cheio de dor, porém, não
esqueciam daquele olhar de profundo amor e de esperança. Aquele olhar modificara
totalmente o curso de suas vidas. Saíram dali e voltaram para junto de suas tropas e,
sem dizer uma palavra, deram-se as mãos. Dubali chegou à sua tropa e, por encanto,
todos vieram a seu encontro dizendo:

– Viu Jesus de Nazaré?

– Vimos e sentimos o seu olhar. Estamos cheios de esperança!

O grande exército foi chegando. Ninguém se moveu. Estavam todos


extasiados. Reili foi descendo e, num impulso, novamente se abraçaram, agora em
frente de suas duas tropas.

Para resumir, filho, os dois se juntaram. Formaram uma grande força. Sim,
filho, é como eu vejo o teu impacto ao chegar nesta doutrina.

Sim, filho, os valentes não abandonaram as suas tropas, não desprezaram


os seus dependentes. Porém, juntos continuaram no mesmo caminho, porém, se sentindo
irmãos. Porque Jesus, em seu olhar, dissera tudo.

Até Galba e Tanoro, que se consideravam inimigos, pela distância que os


seus chefes os traziam, ao se reverem, se abraçaram na presença de Reili e Dubali!

Sim, filhos, o olhar de Jesus abençoara toda a tribo. Todos emocionados,


tinham os olhos rasos de lágrimas. Porém, filhos, não ficaram só ali as graças de Jesus!
Era suficiente que aqueles dois líderes tivessem em seu coração e em sua mente aquele
olhar!

Quarenta dias fazia que os dois fidalgos não sabiam do paradeiro de Jesus
de Nazaré. Tinham medo de falar em seu santo nome, tinham medo de falar e perder
aquele encanto, aquela luz de esperança, aquela alegria de viver, aquela sublimação tão
bela que adquiriram. Não perguntavam um para o outro o que deviam fazer. Sabiam o
que era bom para eles: Amai-vos uns aos outros!

Os dois viajavam calados, quando Dubali quebrou a sintonia daquele


silêncio:

– Como se sente?

– Sim, a esperança do mundo está dentro do meu coração. Sinto desejos


pela minha Sabarana.

Sorriam, quando uma carruagem parou:


Evangelização – Templos do Amanhecer Página 26 de 183

– Senhor, pagamos tudo que quiseres, porém, vá salvar o meu filho, minha
nora e netos que estão presos nas garras do povo de Ozaro! Vão tomar a nossa pequena
dinastia e juntá-la ao povo dele!

Os dois entreolharam-se e partiram para lá. Porém, foi diferente.


Procuraram o chefe. Os três dialogaram. Fizeram um ataque, no qual não morreu
ninguém. Fugiram dali.

Reili e Dubali repartiram seus honorários e continuaram em suas batalhas.


Nunca mais perderam o amor de Jesus de Nazaré. Por fim o desejo de Reili teve fim.
Chegaram à mansão de sua linda Sabarana, porém, quem veio atendê-los foi a bela
Doragana.

– Oh, meu querido cunhado! Vimos Jesus! Jesus de Nazaré! Levamos


Sabarana, ele, porém, não a curou!

– Onde está ela? Perguntou Dubali.

– Aqui! Chegou a linda Sabarana e, com dificuldade, abraçou Reili, que


estava com os olhos cheios de lágrimas, repetindo:

– Viste Jesus de Nazaré e ele não te curou?

– Sim, ele me disse: Pagarás centil por centil!

Dubali colocou a mão sobre a sua boca não a deixando mais falar:

Jesus de Nazaré! Eu te amo, porque encheste de amor a minha vida.


Devolve os olhos a esta mulher que é a vida do meu irmão! Juntos, pagaremos tudo!
Centil por centil do que devemos!

Nisto apareceu uma luz e Sabarana voltou a enxergar!

Sim, filho! Eis porque Dubali fez aquela cura. Jesus de Nazaré modificou o
seu coração de verdade mesmo. Não sentia revolta por Jesus de Nazaré. O seu amor, a
sua confiança era tão grande que ouvia sem vacilar.

Então, Jesus ouviu e a curou.

Porque, filho, não ser como Reili e Dubali? Sentir o seu amor? É confiar!
Jesus de Nazaré não pede nada, não exige nada e, muito menos àqueles dois brutos. E,
no entanto, eles o sentiram tão profundamente a ponto de curar o seu amor!
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Dubali se apaixonou pela bela Doragana, porém continuaram a sua


jornada. Sim, filho! É preciso muita confiança em Cristo Jesus. Sem nada oferecer de ti
mesmo, receberás a luz do Santo Evangelho.

Lembra, filho, que o grande ciclo vai fechar. Horas chegarão da tua
individualidade. Continues amando em teus encontros sinceros, viva os teus desejos, as
tuas paixões, porém em uma só filosofia: Sê honesto contigo mesmo!

Farás, filho, tudo que quiseres na força da cura desobsessiva.

Salve Deus, filho!

Quantas vezes pensei em vê-los na figura de Reili e Dubali, porém, filhos, a


minha esperança não morre.

Quantas vezes morro, também, aos pouquinhos, ouvindo dizerem: Vou


deixar a corrente, a minha vida está muito mal. Vou deixar a corrente. Trabalho,
trabalho e não tenho nada!

Sofro, ao ver tanta incompreensão. Deixam milhares de sofredores


esperando, suas vítimas do passado, e não esperam, nem mesmo, a benção de Deus para
serem felizes. No primeiro impacto, deixam de acreditar até mesmo em sua
individualidade, sem dar tempo para receberem as pérolas dos anjos e santos espíritos,
que são a recompensa do trabalhador.

Cuidado, filho, siga este exemplo.

Com carinho, a Mãe em Cristo,

Vale do amanhecer, 23 de novembro de 1981.


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2° ENCONTRO – ROTEIRO 02

1. Pai Seta Branca e a missão dos Jaguares


No universo existem mundos ainda desconhecidos para nós,
portanto nossa visão do cosmo é limitada, nossa percepção da vastidão sideral
é alicerçada nos princípios da astronomia, conjeturamos sobre possíveis
civilizações que possam existir, porém, não temos plena certeza das mesmas.

O Mediunismo nos dá a condição de estabelecer o contato entre


individualidades que, apesar de não estarem na mesma condição de
encarnados e tão pouco no mesmo plano que nós, nos traz a certeza da
existência de uma outra forma de vida além desse plano físico que vivemos, a
qual não nos é perfeitamente conhecida, mas com a qual conseguimos formar
uma simbiose, uma interação desde os tempos imemoriais, de onde
recebemos auxílio em nossa caminhada terrena.

Na colonização ou evolução dos mundos habitados há sempre


uma individualidade responsável por essa obra e, no planeta Terra, Pai Seta
Branca recebeu de Jesus essa responsabilidade.

Há 32.000 anos começou o primeiro foco colonizatório deste


planeta, Pai Seta Branca esteve presente nesta época como o Grande
Equituman, mais tarde como o Grande Tumuchy e finalmente como Francisco
de Assis, culminando como sua encarnação por volta do ano 1536 nas
proximidades de Cuzco, nos Andes, em uma tribo inca, como o Cacique da
Lança Branca, ou Cacique Seta Branca.

Na década de cinquenta Pai Seta Branca começou sua missão


junto à Clarividente Neiva Chaves Zelaya, quando se apresentava como o
Cacique Tupinambás e sob sua orientação foi criado o grupo Espiritualista Seta
Branca e mais tarde a UESB (União Espiritualista Seta Branca).

Pai Seta Branca é o mentor espiritual da Corrente Indiana do


Espaço, sua missão é conduzir espíritos que estão na condição de sofredores
de volta a sua rota original, a caminho da evolução. O nome Seta Branca é
originário do Cacique da Lança Branca.
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➢ O Equituman
Aproximadamente trinta e dois mil anos atrás, chegou na
Terra um grupo de espíritos missionários com corpos diferentes dos nossos,
com estatura entre três e quatro metros, tendo uma fisiologia que os tornava
quase indestrutíveis na Terra. Estavam plenos de Deus e da Eternidade, pois
sua constituição era de pura luz e sua individualidade era conhecida apenas de
Deus e dos Grandes Mestres.

Para poderem cumprir sua missão, passaram a habitar


corpos densos e, para operá-los, tiveram necessidade de criar corpos
intermediários – as almas.1

A energia telúrica concentrada na atmosfera emitia


poderosos feixes magnéticos e ondas de força que iam plasmando mares e
terras, elevando montanhas, formando vales, distribuindo as águas e formando
sistemas atmosféricos onde viveriam as formas de vida vegetal e animal.

Os Equitumans vieram em chalanas, desembarcando em


sete pontos do nosso planeta, trazendo uma alma singela, obedecendo às
normas espirituais e sabendo utilizar as forças cósmicas, especialmente as do
Sol e as da Lua.

Padronizaram a exploração das energias vitais e


energizaram a Terra. Cada uma das regiões ocupadas tinha seus planos
evolutivos, sendo controladas suas alterações na crosta terrestre e dispondo de
aparelhos específicos para os trabalhos.

Por terem uma constituição diferente dos habitantes da terra


e portadores de grandes poderes, são lembrados por vestígios desse início
civilizatório, principalmente, pela mitologia desses povos como sendo
verdadeiros deuses, portadores de forças prodigiosas e de conhecimentos
fantásticos.

Para a colonização da região andina foi enviado um grupo


destes que chamamos de Equitumans. Eles ocuparam aquela região e se
misturaram com os indígenas. Com o tempo e a distância de suas origens, sua
fisiologia foi sofrendo alterações e reduzindo seus poderes.

Depois de dois mil anos de quedas e provações, esse grupo


de Equitumans já com características de simples mortais, foram liquidados por
cataclismos que atingiram a Terra, desencadeados por uma nave espacial (a
Estrela Candente) que sepultou o núcleo central da civilização dos Equitumans
num lago entre o Peru e a Bolívia (Lago Titicaca).

1
(4ª Carta de Tia Neiva para a Corporação dos Mestres Adjuntos no final deste roteiro)
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 30 de 183

Na nossa Corrente, o lago Titicaca é uma “lágrima da Estrela


Candente”, aquela nave que, sob o comando do espírito que chamamos de Pai
Seta Branca, transformou a Terra.

No livro “2000 – A Conjunção de Dois Planos”, Amanto


ensina a Tia Neiva sobre os Equitumans. Mostra-lhe o lago Titicaca e pede que
ela force sua visão para ver o que estava sob as águas. Ela começou a
perceber formas estranhas de casas, máquinas e corpos físicos
desencarnados, de grande estatura, mal se distinguindo do lodo sedimentar.

Amanto explicou: “O que você está vendo é o testemunho


físico de um drama sideral, da falência de uma civilização que foi promissora
na evolução da Terra. O que você está vendo é o túmulo dos Equitumans,
construído com água e terra pela Estrela Candente!

Esses espíritos foram preparados em Capela durante muito


tempo. Neles foi destilado, dia a dia, o anseio evolutivo, o desejo de realização
e despertado o desejo de colaboração na obra de Deus. Eles aprenderam a
história da Terra, seu papel no conjunto planetário, e se prepararam para o
estabelecimento de uma nova civilização deste planeta.

Isto aconteceu trinta mil anos antes da vinda de Jesus. Os


Mestres haviam preparado o terreno em várias partes do globo. Mediante
ações impossíveis de lhe serem descritas, foram alijados da superfície certas
espécies de animais e outras foram criadas.

Esta região foi um dos pontos de desembarque. Os outros


foram onde hoje são o Iraque, o Alasca, a Mongólia, o Egito e a África. Esses
locais servem apenas como referência, pois, na verdade, eles tinham o domínio
de grandes áreas. Tinham enorme poder de locomoção e de domínio sobre os
habitantes de cada região.

Seu principal poder residia na sua imortalidade, nas suas


máquinas e na sua tecnologia. Eram quase imortais. Não tinham a mesma
organização molecular dos seres que aqui já se encontravam. Seus corpos
tinham sido preparados em Capela e traziam em si dispositivos naturais de
sobrevivência. Eles só corriam o perigo de afogamentos ou destruição física.
Seus maiores inimigos eram os grandes animais e os acidentes.

Eles eram normais em tudo. Sua língua, a princípio, era a


mesma, mas, aos poucos, ela foi se diferenciando, conforme os grupos com
que foram convivendo. Em algumas regiões da Terra ainda se fala a língua
original dos Equitumans, inclusive em algumas tribos de índios brasileiros. Mas,
além da linguagem articulada, eles usavam a telepatia entre si.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 31 de 183

Eles se tornavam mais velhos com o tempo, mas sem que


seus corpos se degenerassem. Na verdade, os mais velhos eram apenas mais
experientes, mais adaptados nas tarefas. Eles amadureciam na sua alma, mas
não no seu corpo. Eles contavam ainda, para a conservação de seus corpos,
com a assistência dos Mestres, com quem mantinham contatos permanentes.

Às vezes acontecia de um Equituman não evoluir de acordo


com a tarefa e ceder seu corpo a outro que sofrera um acidente. Neste caso, o
espírito do cedente simplesmente era recolhido ao planeta de origem. Em
Capela, eles eram organizados em casais afins, almas gêmeas, e não havia
reprodução como aqui na Terra.

Mas aqui, eles foram submetidos ao processo físico normal


e tiveram filhos, mas seus filhos nasciam com um organismo comum, igual ao
dos mortais. Assim, foram nascendo outros Equitumans mais preparados para
a Terra, como iam se desenvolvendo. Suas mentes ágeis permitiam a
constituição de organismos adaptados às regiões onde nasciam. Daí os tipos
diferenciados que deram origem às raças modernas, como contam
precariamente seus historiadores e antropólogos.

O principal estímulo dos Equitumans era seu livre arbítrio.


Eles eram pequenos deuses a quem estava entregue a tarefa de civilizar um
planeta e dispunham de ampla liberdade para isso. Seu único compromisso era
o de observar os propósitos civilizatórios apreendidos nas escolas de Capela.

Porém, cedo se manifestou a velha luta entre suas almas e


os seus espíritos. Não tinham religião, tinham um conjunto doutrinário, cujas
coordenadas eram formadas pela hierarquia planetária, onde o centro era o
Sol. Com isso, não tinham a preocupação com a busca de Deus, pois tinham
um universo amplo e objetivo. Mais tarde, no declínio de sua sintonia com os
planos iniciais, essa doutrina derivou na religião do Sol.

Durante mil anos os planos seguiram sua trajetória prevista.


Os núcleos foram se expandindo e muitas maravilhas foram se concretizando
na Terra. Basta que se observem alguns resíduos monumentais na sua
superfície para se ter ideia. Verdade é que essas ruínas são de difícil
interpretação pelo Homem atual. Uma coisa, porém, elas evidenciam: as
ciências e as artes que permitiram sua elaboração estão fora do alcance do
Homem de hoje.

Até hoje os cientistas não conseguiram explicar, por


exemplo, o porquê e como foram feitas as estátuas da Ilha da Páscoa ou as
pirâmides.
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A partir do segundo milênio eles começaram a se distanciar


de seus Mestres e dos planos originais. Seguros na sua imortalidade e
intoxicados pela volúpia de encarnados, eles começaram a ser dominados pela
sede de poder. Depois de muitas advertências, seus Mestres tiveram que agir.
Ao findar o segundo milênio de suas vidas, eles foram eliminados da face da
Terra. A Estrela Candente foi uma nave gigantesca que percorreu os céus da
Terra, executando a sentença divina. Em cada um dos núcleos Equitumans, a
Terra se abriu e eles foram absorvidos, triturados e desintegrados.

O plano original não falhou, apenas não se cumpriu em toda


sua plenitude. Muita coisa foi feita que permitiu a evolução da Terra. Os
grandes animais já haviam sido afastados, tornando habitáveis as principais
porções de terra. Os princípios da tecnologia e as sementes da vida social
formavam um lastro imperecível na mente de muitos habitantes.

Os imortais Equitumans foram se transformando em lendas


e deuses e o Homem foi construindo suas cidades e suas religiões. A partir daí,
os grandes missionários começaram a vir à Terra e os Equitumans, recolhidos
no Planeta Mãe, começaram a reencarnar nos descendentes de seus antigos
corpos. Aí então teve início outro tipo de luta: alguns desses espíritos,
saudosos de seu antigo poder, começaram a se organizar no etérico da Terra e
a formar falanges.

Os antigos poderes psíquicos foram sendo sedimentados


em manipulações mediúnicas e os dois planos – o físico e o etérico –
intensificaram seu intercâmbio. Um grande missionário, que hoje, para nós, se
chama Seta Branca, responsável pela Estrela Candente, reuniu os
remanescentes mais puros e os dividiu em sete tribos, que foram distribuídas
nos antigos pontos focais dos Equitumans. A eles coube recomeçar a tarefa
interrompida. Cada tribo compunha-se de mil espíritos.

Foi aí que foram criadas as hierarquias dos Orixás, os


grandes chefes que tinham a virtude de se comunicar com os Mestres.
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➢ O Tumuchy
Por volta de cinco mil anos após os Equitumans, chegaram
na Terra os Tumuchys, sob a liderança do Grande Tumuchy, nosso Pai Seta
Branca, poderoso Orixá de origem Equituman.

Juntamente com sua alma gêmea, Mãe Yara, e cerca de


oitocentos espíritos escolhidos, eles se instalaram na região andina, onde o
Grande Tumuchy foi chamado de Jaguar.

Após grandes dificuldades ambientais, especialmente com


indígenas e com animais ferozes, os Tumuchys foram para Omeyocan. Tinham
uma constituição física muito diferente da dos terráqueos, com grande beleza
física e estéreis, vivendo em média duzentos anos, trazendo impressa no peito
a data de seu desencarne.

Sua missão era a de criar um novo tipo humano que


evoluísse em três planos diferentes: o físico, o psíquico e o espiritual, naquele
ambiente hostil do planeta, onde estavam em curso as modificações também
nos três reinos da Natureza, ou seja, nos minerais, nos vegetais e nos animais.

Cientistas e artesãos, avessos à violência, conheciam toda a


Ciência Cósmica e a energia nuclear, fazendo transmutações que propiciaram
as construções das grandes cidades e dos diversos monumentos energéticos
da Terra – as pirâmides das Américas e do Egito, Machu Picchu e muitos
outros centros de manipulação de energias siderais, especialmente a
conjunção de forças do triângulo Sol – Terra – Lua – e viajavam em naves
velozes por todo o planeta, mantendo contato com outros Orixás que, em
diferentes regiões, se dedicavam à evolução do Homem primitivo, levando
conhecimentos que até hoje surpreendem os cientistas por sua perfeição e que
não dependiam, também, somente do contato físico, pois os Tumuchys usavam
muito as comunicações psíquicas.

Implantaram em diversos pontos do planeta geradores e


manipuladores de energia conforme indicações de um mapa terrestre que
chamavam de “Mutupy”, verdadeira fotografia da Terra, semelhante ao
mapeamento hoje feito pelos satélites.

Segundo informações de Amanto, Omeyocan se constituiu


na sede científica do planeta e no centro de comunicações interplanetárias;
chegavam chalanas de Capela e para lá partiam; ali se reuniam os Orixás,
chefes máximos dos planos civilizatórios da Terra.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 34 de 183

Como a missão dos Tumuchys não era a de estabelecer


uma estirpe na Terra e viviam sempre com grande sacrifício, lutando contra
grande parte das leis que regiam o plano físico e psíquico da maioria, com
qualidades físicas especiais, porém em distonia com as realidades da Terra,
sem a osmose natural, o Grande Orixá Jaguar considerou encerrada sua
missão, já que deixara sua marca em vários pontos do planeta.

Sabendo que iria desencarnar brevemente, ele foi, com sua


companheira aos diversos núcleos que estabeleceu na Terra e desapareceu,
deixando seu povo sem a sua liderança.

Com a distância de seu líder, os Tumuchys começaram a se


dispersar. Uma grande parte deixou Omeyocan e se espalhou pelos
continentes, especialmente nas atuais Américas.

Em sucessivas encarnações eles formaram as grandes


civilizações na Terra e foram tratados como deuses, até que, desintegrados,
foram substituídos por tribos bárbaras, sendo hoje confundidos com
civilizações como os Inca e os Maya, povos violentos que passaram a habitar
as cidades vazias, se confundindo nas pesquisas dos cientistas modernos.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 35 de 183

➢ O Jaguar
Uma das épocas mais difíceis da tribo Jaguar foi vivida no
século VI na Península de Iucatã, no México.

Era a civilização dos Maias. Neste tempo as Amacês, como


dizia Tia Neiva, baixavam trazendo as informações espirituais para aquele
povo. Nas noites de lua cheia eram isolados grandes campos, onde usavam
um tipo de macacão chamado “Anodai”, e sob o luar eles vinham trazendo
essas informações. Nesta época o grande Jaguar, liderava aquele povo.

Porém Numara, um dos sete sacerdotes, querendo buscar


ainda mais conhecimento resolve prender uma das Amacês, e o resultado
desta ação foi a desintegração total daquela civilização.2

2
Carta de Tia Neiva sobre Numara no final deste roteiro
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➢ O Assis
Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São
Francisco de Assis nasceu na cidade de Assis (Itália) em 5 de julho de 1182 e
desencarnou em 03 de outubro de 1226).

Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se


para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante
dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o
Catolicismo de seu tempo.

Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos


de seu tempo costumavam fixar-se em mosteiros, e com sua crença de que o
Evangelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo, desenvolveu
uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a
humanidade do próprio Cristo.

Sua atitude foi original também quando afirmou a bondade e


a maravilha da criação num tempo em que o mundo era visto como
essencialmente mau, quando se dedicou aos mais pobres dos pobres, e
quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos.

Alguns teólogos afirmam que sua visão positiva da natureza


e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época,
foi uma das forças primeiras que levaram à formação da filosofia da
Renascença.

Dante Alighieri disse que ele foi uma "luz que brilhou sobre o
mundo", e para muitos ele foi a maior figura do Cristianismo desde Jesus, mas
a despeito do enorme prestígio de que ele desfruta até os dias de hoje nos
círculos cristãos, que fez sua vida e mensagem serem envoltas em copioso
folclore e darem origem a inumeráveis representações na arte, a pesquisa
acadêmica moderna sugere que ainda há muito por elucidar sobre ele.

Sua vida é reconstituída a partir de biografias escritas pouco


após seu desencarne. De qualquer forma, sua posição como um dos grandes
santos da Cristandade se firmou enquanto ele ainda era vivo, e permanece
inabalada.

No ano de 1228 foi canonizado pela Igreja Católica, menos


de dois anos após seu desencarne e, por seu apreço à natureza, é
mundialmente conhecido como o santo patrono dos animais e do meio
ambiente.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 37 de 183

Tia Neiva nos conta que Francisco de Assis queria muito


missionários pobres, o que na verdade aconteceu, porém, a Ordem foi rica.
Como Francisco de Assis, esse Grandioso Espírito mostrou ao mundo o valor
do amor, da humildade e da tolerância.
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➢ O Cacique da Lança Branca


É um espírito de luz, que veio na condição de um grande
missionário iniciado, com a finalidade de resgatar a tribo que a ele foi confiada,
e também socorrer a humanidade em momentos de transição.

O Simiromba de Deus encarna novamente no século XVI, na


região da cordilheira dos Andes, onde uma tribo de povos miscigenados o teve
como seu Cacique.

Esse Cacique agia com grande segurança, possuía um olhar


de veterano, a firmeza dos grandes líderes. Naquela época de colonização, os
conquistadores espanhóis dizimavam com tudo, não importando quem ou o
que estavam destruindo. Uma tribo, que estava sobre a ameaça dos espanhóis
enviou um mensageiro com um pedido de socorro ao grande líder, a fim de
evitar imenso derramamento de sangue.

O grande Cacique, atendendo de imediato o pedido, seguiu


ao encontro dos espanhóis, tendo ao seu comando oitocentos homens. Este
Cacique possuía a coragem e bravura dos jaguares. Apesar disso, tinha o
coração impregnado pelo amor Crístico, possuindo a sabedoria de Jesus.

Certa vez fora presenteado por um de seus guerreiros com


uma lança, em cuja ponta havia uma presa de Javali. Tamanha era a brancura
dessa lança que passou a caracterizá-lo como "Cacique da Lança Branca".
Este nome chegou até nós, trazido por Tia Neiva dos planos espirituais, como
"Seta Branca". Nos Templos do Amanhecer ele é o nosso soberano "Pai Seta
Branca".

Levando o socorro que aquela tribo havia pedido, Pai Seta


Branca ficou frente a frente com a guerrilha espanhola. Subindo em uma
pequena elevação, levantou sua lança de forma iniciática como se a
oferecesse ao céu, e começou a falar. Suas palavras ressoavam a longa
distância e todos o ouviam atentamente, mesmo sem entender o que dizia. À
medida que fazia sua invocação, um clima de paz tomou conta do lugar.

Aos poucos, todos foram se ajoelhando e, para maior


espanto, um cavalo ajoelhou-se, fazendo com que seu cavalheiro largasse
suas armas. Houve um silêncio absoluto, e os espanhóis começaram a mover-
se em retirada, desaparecendo entre as montanhas. Esse é o nosso Pai Seta
Branca!

Outro motivo de ser chamado de Cacique da Lança Branca


é o fato de nunca de ter sido derramado uma gota de sangue em suas
batalhas.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 39 de 183

Outro fato envolvendo o Cacique da Lança Branca. Sua filha


teria se apaixonado por uma jovem de uma tribo rival, o que era proibido e
punido com a morte. Tal fato se concretiza onde ele assiste sua filha sendo
queimada viva. Ele nada pode fazer. Tal fato é narrado no hino mântrico a
Virgem de Tupinambás (“foi queimada junto ao amado teu”).

O Cacique da Lança Branca quando em sua encarnação nas


cordilheiras andinas teria sido picado por uma serpente no pé e curado pelo
Pajé da tribo (Amanto).

Outro fato também revelado nesta encarnação teria sido o


episódio em que seu filho (Hoje Gilberto Chaves Zelaya – Trino Ajarã) era o
responsável pela alimentação da tribo e como guerreiro, resolve um dia sair na
caça de Javalis, no que seu pai lhe pede que não vá. Desobedecendo o pedido
ele sai e é devorado pelos Javalis.
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2. Mentores, Guias e Espíritos Sofredores


Todos nós, independente de nossa crença ou de qualquer
proselitismo doutrinário, esperamos alcançar a benção de lograr um lugar, seja
ele onde for neste imenso universo, para depois desta vida, (é o pressuposto
mais comum entre todos nós) de ter uma felicidade, se não eterna, pelo menos
mais duradoura.

Então, chamamos ou denominamos santos, espíritos iluminados,


individualidades que encarnaram nesta terra e que, após terem vivenciado
determinadas situações especiais, sejam elas através do sofrimento, ou de vida
caritativa, foram premiadas com o dom da iluminação espiritual, ou de se
tornarem individualidades que não mais vivenciam as paixões que nós
humanos ainda temos como: ciúme inveja e tantas outras que são bem
conhecidas.

Então essas individualidades habitam um local no universo, tem


um endereço planetário ou cósmico, convivem numa sociedade com alto
adiantamento tecnológico, cultural, social, enfim, estão numa escala evolutiva
bem mais avançada que nós neste terceiro plano, ou planeta terra, por
conseguinte, nós também nos encontramos em um estágio de evolução mais
avançado em relação a outras individualidades involuídas (espíritos
sofredores).

Consecutivamente chegamos à conclusão que pertencemos


enquanto individualidades ou espíritos, a uma infinita escala evolutiva que não
sabemos ainda onde começou ou se um dia irá terminar.

Nós habitantes do planeta terra nos encontramos como em uma


grande universidade, onde cada um de seus alunos receberá de seus
professores (Guias) e de seus Reitores (Mentores) após terminarem seu
tempo, seu processo reencarnatório, dependendo de suas notas, as seguintes
possibilidades: serem conduzidos a um curso de pós-graduação, (encarnação
em um planeta mais evoluído) ou voltarem a sentar nos bancos da mesma
universidade (nova reencarnação na terra) ou, se não tiverem alcançado a nota
mínima, serem obrigados a voltarem para o ensino médio (encarnação em
mundos inferiores) para novamente num processo lento alcançarem sua meta
universal que é a evolução do espírito.

Estas individualidades que possuem luz própria (espíritos de luz)


possuem um corpo material, físico, portanto, necessitam de um corpo imaterial,
fluídico, para poder nos ajudar aqui nesta terra. Para se deslocar de seu mundo
necessitam também de veículos especiais (Amacês) que os conduzam até nós.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 41 de 183

Mas como estão em um corpo físico, carecem de uma


modificação molecular para assumirem sua condição etérica e nos auxiliarem
por isso passam em imensos portais de desintegração instalados no solo lunar,
ou imensos instrumentos científicos cuja função é a modificação da estrutura
molecular corporal desses espíritos iluminados, onde sua vibratilidade
excepcional, pura, isenta de cargas moleculares diferentes das nossas,
facilitam sua impregnação em nós seres humanos, e isso se faz através de
uma outra força de coesão molecular que denominamos mediunidade.

Em síntese, esses nossos amigos ou guias, mentores


espirituais, são divinos em sua ação e em sua essência, atendem aos seres
humanos segundo a convenção psicológica de cada um em suas formas de
doutrinas e religiões, mas, todas elas visam formar o ambiente adequado para
esta simbiose, esta troca de energia, onde o ectoplasma é o veículo principal, o
combustível para a modificação nos espíritos que são conduzidos nas mais
variadas formas de rituais e seus credos.

Falamos acima que as individualidades neste universo


obedecem a uma lei imutável que é a evolução, essa lei é inerente a tudo neste
universo, tudo segue a uma meta evolutiva, pode demorar o tempo que
necessitar, mas essa lei é inexorável, irrevogável, autônoma em sua ação,
assim como a expansão do próprio universo, tudo o que nele está contido
segue essa lei, portanto as individualidades (espíritos) não são isentas dessa
ação evolutiva.

Nesta escala da evolução, numa atitude comparativa, nós


estamos em uma situação de reajustarmos, compreendermos e numa simbiose
perfeita estarmos ligados a espíritos (individualidades) que estão em um plano
dimensional evolutivo superior, assim como estamos também a ligados a
outros espíritos que pertencem a uma faixa evolutiva bastante inferior que a
nossa e nós os classificamos e os denominamos de “espírito sofredores”, mas
porque os denominamos dessa maneira?

Neste terceiro plano encontramos milhares de personalidades


das mais variadas gamas evolutivas. Enquanto uns se dedicam ao seu
próximo, procurando auxilia-los em todas as formas, outros por falta de um
princípio interior que os façam enxergar sua centelha Crística, permanecem
contrariando as regras morais e sociais deste terceiro plano portanto,
atrasando sua evolução espiritual.

Sem conseguir, enquanto encarnados, se livrar dessa faixa, ao


se encontrar livres do corpo (desencarnados) são atraídos pelos mesmos
espíritos que antes se encontravam ligados fluidicamente enquanto
encarnados, passam a formar imensas falanges com uma hierarquia definida
cuja função é atrair, juntar formar cada vez mais individualidades para o
controle dos humanos neste terceiro plano.
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Numa explicação mais detalhada, são espíritos sofredores


porque primeiro, se afastarem de sua própria família espiritual e de seus guias
e mentores, segundo por ter sua visão deformada da justiça, onde ainda
perdura o velho ditado do “olho por olho e dente por dente”.

Tem o conhecimento de Deus, não como Deus Pai Todo


Poderoso, mas um deus de justiça, que pune com toda a sua força, onde a lei
lhe priva do mais sagrado direito de um espírito que é o Livre Arbítrio.

Portanto nessa lei inexorável e imutável há uma lei maior, somos


todos irmãos em Cristo Jesus, onde temos familiares em todos os planos,
nessa situação um grande Cavaleiro da Legião é nosso parente espiritual,
assim como, um espírito que está nos pântanos dos Vales Negros da
Incompreensão também é nosso irmão.

Da mesma maneira como nossos Guias e mentores nos


auxiliam, estamos auxiliando outras individualidades que estão presos em suas
próprias consciências, como em uma corrente onde os seus elos são infinitos,
porém, ligados entre si.
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➢ Espíritos de Luz
No conceito da Física, tudo é energia e vibra intensamente
independente em qualquer forma que esteja, ou em qualquer estado que se
encontre, seja concreto, abstrato, tudo é energia e para a Doutrina do
Amanhecer o espírito é uma dessas formas de energia.

Podemos assim concluir que os corpos, sejam eles materiais


ou não, assumem as suas mais variadas formas e estágios neste imenso
universo do qual fazemos parte.

A ciência física afirma que o indivíduo é biologicamente


saudável quando suas células funcionam normalmente, ou são isentas de
qualquer patologia.

Este é o corpo físico, biológico que agregado ao corpo


espiritual dá condições que nós outros, seres humanos possamos interagir com
nossos semelhantes, mas, além deste corpo há um outro espiritual, também
constituído de células, desta vez etéricas, abstratas, mas, porém, vigente e
atuante no plano que habita.

Quanto mais evoluído for este espírito mais suas células são
puras, isentas de quaisquer resquícios que possam impregná-las de qualquer
impureza, então neste caso teremos um corpo de um Espírito de Luz.

Mas para chegar a esse estágio essas individualidades


percorrem um vasto caminho reencarnatório, assumem missões específicas no
sentido de sua depuração, ora assumindo missões cujo sofrimento é
compreendido e absorvido com serenidade, e em outras vezes essas
encarnações são no sentido de auxiliar um grupo coletivo em sua evolução.

Sua condição psicológica espiritual lhe exime dos


sentimentos humanos inferiores. É voltado para o livre arbítrio, sempre
respeitando sempre o livre arbítrio. Vibram numa gama de energia muito pura,
migrando entre os planos espirituais, assumindo as mais variadas roupagens
para auxiliar seus tutelados.

Podemos dizer numa noção geral que são os Anjos e Santos


Espíritos, e que em nossa doutrina assumem a roupagem de Pretos Velhos, de
Cavaleiros, de Ministros, de Caboclos, de Médicos de cura, de Guias
Missionárias etc.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 44 de 183

➢ Mentores
Numa comparação mais simples, podemos afirmar que
Mentores são os responsáveis pelo planejamento de uma missão
reencarnatória. Numa similaridade em nosso plano o Mentor pode ser
comparado ao Reitor de uma universidade.

➢ Guias
Os Guias são espíritos comprometidos diretamente com a
missão de seu tutelado, como na comparação anterior ele seria o equivalente
aos professores desta universidade, e tem como missão acompanhar seus
tutelados diretamente no cumprimento de sua missão. Fala-se, portanto, que
quem acompanha o médium durante o período de seu desenvolvimento seria
seu Guia, após ele estar pronto o Mentor assume a condição na diretriz de seu
programa reencarnatório.

➢ Olorum
Em nossas emissões, dizemos Doutrinadores: “com os
poderes de Olorum na linha deste amanhecer, tenho meu Deus e Ministro
Obatalá...” (grifei), e Ajanãs: “com os poderes de Obatalá na linha deste
amanhecer, tenho meu Deus e Ministro Olorum...” (grifei), tornando necessária
uma explicação sobre OLORUN e OBATALÁ, para entendermos o que essas
invocações representam para o Médium que está emitindo e para a Doutrina do
Amanhecer.

Em alguns mitos brasileiros de origem africana, Olorum é o


Deus supremo, origem de todas as coisas. Etimologicamente Olorum deriva do
nagô “o” + “mi” + “orun”, cuja tradução mais aproximada seria “aquele que possui
o orun”, onde orun é o espaço sobrenatural, paralelo ao “Aiyê” (Plano Físico),
onde estão os homens, onde a vida acontece. Para essas crenças africanas a
vida se desenvolve em dois níveis: o orun, ou além, e o Aiyê, que é o mundo
físico.

Olorum seria então o senhor do orun, dos seres espirituais,


das entidades, dos ancestrais de qualquer categoria e os correspondentes
espirituais de tudo o que vive, possuindo três forças que regulam e possibilitam
a existência nos dois planos: o “iwá” – força que permite a existência genésica;
o “axé” – o poder de realização e o “abá” – poder que dá direção e acompanha
o “axé”.

Em nossa doutrina Olorum rege os poderes do mestre de


incorporação, ou mestre Apará. Muito embora, o Mestre de incorporação exista
há milênios, o Apara é recente, pois sua participação na doutrina se fez
quando, a partir da UESB, começaram as primeiras incorporações.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 45 de 183

O que difere radicalmente o médium de incorporação do


Médium Apará é que o Apará trabalha sob juramento e na linha iniciática,
convém se salientar que, mesmo estando sob o processo da incorporação este
médium tem todo o seu processo de incorporação sob juramento, suas
comunicações, suas palavras estão sob juramento, e este juramento é
realizado quando ele toma o vinho e principalmente quando o Mestre Apará faz
sua iniciação.

➢ Obatalá
Obatalá é o Ministro que, de seu Oráculo, envia forças
giradoras centrífugas e centrípetas para o Doutrinador, a luz da razão e do
entendimento, da compreensão e da confiança, e para o cruzamento de forças
no Oráculo de Agamor. Não tem ação fora do chakra coronário, onde concentra
toda a sua energia.

Para o Apará, atua como força de equilíbrio e proteção,


projetando, em seu chakra coronário, a força protetora de seus sete raios,
conforme sua necessidade. É a força do sol, pura e brilhante, emanando o
equilíbrio das energias do corpo físico através da recomposição e energização
dos átomos formadores das células. O Ministro Obatalá é uma poderosa fonte
de energia para todos os trabalhos curadores e desobsessivos na Corrente,
especialmente a Corrente Mestra, que flui de Tapir (Raio de Obatalá).

O Oráculo de Obatalá é o Oráculo do Amor, é o Grande


Oriente de Oxalá, das forças regidas pelo grande Oxalá. Obatalá é um espírito
de alta hierarquia. Para seu Oráculo são conduzidos os espíritos que precisam
de ajuda: os sofredores, os doentes, aqueles que se perderam no ódio. Para lá
são encaminhados, em sua maioria, os espíritos entregues por uma elevação
do Doutrinador, através da força cabalística.

As forças desobsessivas projetadas pelo Oráculo de


Obatalá são regidas pelo Adjunto de Jurema. Os Jaguares, aprendendo a
manipular essas forças em conjunto com outras, vão construindo a Raiz do
Amanhecer que formará o Oráculo de Koatay 108, realizando a junção das
forças da Terra (Xangô) com as forças do Céu (Pai Seta Branca, manipuladas
por Tia Neiva e por herança transferida, pelos Mestres Adjuntos).

➢ Ministros de Deus
A ordem universal se faz num processo evolutivo infinito.
Em qualquer lugar deste universo há uma ordem hierárquica para que o
mesmo possa seguir sua trajetória evolutiva, no mundo espiritual, no mundo
etérico ou evoluído existe também essa mesma ordem. Os Ministros são
individualidades responsáveis por um grupo de espíritos ou por determinada
atividade ligada a evolução de um sistema espiritual.
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Na Doutrina do Amanhecer, quando da consagração dos


primeiros adjuntos em 1978, trinta e nove ministros tiveram seus
representantes no plano físico, alguns tiveram a missão de conduzir um
número de pessoas aqui encarnadas, as quais foram denominadas de “povo de
Ministro”, outras tiveram missões específicas isoladas como Japuacy, Janatã,
Alufã, Adejã e Yuricy, que formam Mestres, tropas para servirem a outros
ministros de outros Adjuntos.

Há também aqueles outros que tem missão isolada e aqui


são chamados de Arautos. São Ministros que também possuem seus Adjuntos,
mas que ocupam missões não definidas dentro da doutrina.

Na Doutrina do Amanhecer esses Ministros atuam num


plano sutil junto aos seus tutelados, essa atuação é na maioria das vezes
intuitiva, e seus tutelados recebem dentro do processo de classificação em
nossa doutrina o seu nome. Exemplo: Adjunto Amouren... Mestre Marcos Jr,
que é o representante do ministro Amouren.

➢ Cavaleiros das Legiões:


São individualidades que tem a missão de percorrer o
universo, ou os mundos etéricos na missão de conduzir, supervisionar, capturar
e encaminhar outras individualidades para serem orientadas tratadas e
redirecionadas em sua trajetória espiritual.

Agrupam-se em legiões, as quais estão sob a supervisão


do Divino Mestre Lázaro, a região que ocupam é o Reino Central, que pode ser
vista como um centro irradiador de forças, no qual são decididos numa forma
de Grande Conselho com os Grandes Mestres Espirituais os destinos dos
espíritos que estão a caminho da evolução.

Na Doutrina do Amanhecer sua participação é sutil, atuam


com seus tutelados nos trabalhos iniciáticos e desobsessivos, só dão
comunicação aos seus tutelados nos grandes rituais ou rituais especiais.

➢ Guias Missionárias:
Numa similaridade ao nosso mundo, porém numa forma
mais fraternal, as Guias Missionárias seriam equivalentes a companheira do
Cavaleiro da Legião, elas estão junto aos Cavaleiros das Legiões auxiliando-os
nas missões junto aos espíritos a serem encaminhados aos albergues,
hospitais, enfim as casas de recuperações para tratamento espiritual.
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➢ Pretos Velhos:
A escravidão no Brasil visto pelos olhos físicos foi uma
mancha em nossa história, mas visto pelos olhos da espiritualidade, no sistema
Crístico, foi a oportunidade, para que imperadores, senadores, mandatários da
então antiga e rica Roma pudessem resgatar, ressarcir suas dívidas espirituais,
e a forma escolhida para saldar esta dívida, foi a escravidão.

Neste processo, nasceu uma figura querida das senzalas e


que passaria a ocupar um lugar especial na Casa grande. A figura maternal da
Ama de Leite, o carinho do Negro Velho Benzedor, era uma herança de uma
cultura de sua pátria de origem, seus cultos a Obatalá e a Olorum, seus
atabaques e suas formas de venerarem os seus ancestrais, acabaram por
fazer parte de nossa cultura.

Passada esta fase da escravidão, os Grandes Mestres


Espirituais, conservaram a figura do Vovô, da Vovó, do Paizinho Nagô, além de
haver entre eles laços de afinidade e reajustes espirituais.

Na Doutrina do Amanhecer o Preto velho é o primeiro


contato que o encarnado tem com nossas entidades. Esta figura paternal e
bondosa facilita o contato entre encarnado e desencarnado, além de transmitir
confiança e paz. Porém esta é apenas uma roupagem, uma forma que esses
grandes espíritos encontraram para melhor aproximar-se das pessoas, pois
nos planos espirituais são grandes e veteranos espíritos.

Na Doutrina do Amanhecer são as entidades, mais


precisamente os Pretos velhos que travam um relacionamento verbal com o
paciente, sua forma de atuação é sempre voltada para esperança e paz para
aqueles que os procuram, não interferem na caminhada do encarnado, não
fazem profecias, não receitam ou indicam qualquer outro trabalho que não
sejam os da Doutrina do Amanhecer.

➢ Caboclos e Cavaleiros de Oxosse


Caboclos são entidades de muita luz e poder. Sua ação se
faz sentir quando há uma necessidade de decidir, representam a Lei.
Trabalham com a energia das matas e das águas. Sua comunicação é sempre
voltada para a objetividade, pois a mesma é clara. Sua roupagem é de índios,
sua manipulação é sempre ruidosa, fazem diversas saudações e atuam na
linha de passe e Sudálio.

Quando incorporam nos tronos, dão pouca comunicação e


essa incorporação acontece somente quando as energias ali emanadas estão
demasiadamente pesadas, incorporam, fazem a limpeza fluídica e logo em
seguida dão passagem para o Preto velho ou Preta Velha.
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No começo da missão de Tia Neiva, o Caboclo


Tupinambás se fazia presente auxiliando-a em sua missão. Mais tarde vieram,
a saber, que o mesmo era uma roupagem de Pai Seta Branca.

Os Cavaleiros de Oxosse são entidades que tem a função


de capturar e conduzir espíritos que necessitam de tratamento espiritual. Vão
as cavernas para captura-los e conduzi-los aos albergues e hospitais
espirituais. Vivem em Capela.

➢ Médicos de Cura:
Não há como negar a relação ou igualdade de atuação das
entidades espirituais em relação ao mundo físico, tanto que o Pai Nosso é claro
quando diz: “assim na terra como nos círculos espirituais”.

Atuando na cura espiritual essas entidades pertencem a


um grupo de médicos dos quais grande parte deles encarnou em um episódio
na Europa medieval, se desdobrando em função das pessoas que atendiam.
Nos planos espirituais, também atuam nos hospitais, onde atendem a toda
gama de espíritos que para lá são conduzidos em busca do reequilibro
espiritual.

Na Doutrina do Amanhecer, atuam em ambientes onde a


condição energética é adequada ao exercício da cura espiritual. Não dão
comunicação, não tocam nos pacientes e nem prescrevem quaisquer
remédios, sua atuação é estritamente espiritual e desobsessiva.

Umahã:
Quando do início de sua missão, Tia Neiva necessitava de
instruções e orientações precisas para a formação de uma estrutura doutrinária
que atendesse as expectativas do fechamento de mais um ciclo, onde a
transição para um novo milênio iria exigir técnicas apuradas do mediunismo
cristão, alicerçadas nas bases de um cristianismo voltado a religiosidade
intrínseca no homem.

Pai Seta Branca avisa a então Irmã Neiva que um Mestre


tibetano iria dar-lhe as instruções e orientações para que junto às bases da
mediunidade despertada através dos conhecimentos de Mãe Neném,
trouxesse as forças da Cabala Iniciática de Nosso Senhor Jesus Cristo,
formando assim a contagem das estrelas e dando a ela a condição para
alcançar a condição de Agla Koatay 108. Esse curso teve a duração de cinco
anos. Umahã, seu Mestre Tibetano, revelou para Tia Neiva os conhecimentos
milenares do budismo e do lamaísmo que foram guardados no sagrado
Mosteiro de Lhasa.
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Em encontros processados através do desdobramento


consciente, os dois espíritos se encontravam, ora ele vinha até Neiva, ora
Neiva se deslocava até Lhasa para se reencontrar com seu Mestre. Umahã
desencarnou em 1982.

➢ Pai João e Pai Zé Pedro:


Do berço aterrorizante de Pompéia, sob o Monte Vesúvio,
um procurador e um Imperador de Roma se reencontram com a cigana
Natacha nos idos do século dezoito, na Cachoeira do Jaguar, na Bahia, e num
vilarejo junto com as sete princesas cumprem mais uma etapa no processo na
formação do mestrado, e sob as forças das águas e das matas é preconizada a
criação do doutrinador.

Na década de cinquenta no altiplano do centro oeste


brasileiro em uma pequena comunidade entre Brasília e Alexânia chamada
UESB é inserido no contexto cotidiano daquela tribo cigana o DOUTRINADOR.

Pai João e Pai Zé Pedro, da família dos Enoques,


conduzem juntamente com Neiva a força da corrente Mestra então recolhida
desde o episódio de Ireshin, trazendo até o planalto central a Corrente Indiana
do Espaço e as Correntes Brancas do Oriente maior.

Pai João foi um Patrício ilustre em Roma, escravo africano


e Indiano, nos planos espirituais é o executivo da doutrina do Amanhecer, sua
disciplina e ação, foi o ponto forte para que Neiva se condicionasse para então
montar todo esse sistema evangélico e iniciático que é hoje essa doutrina.
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Anexo 1 ao roteiro:

4a. Carta da Corporação de Mestres Adjuntos

Meu filho Adjunto Rama 2000:

Houve uma era em que o sol e a lua apareciam e ainda não se entendiam,
nem o dia nem a noite. Era a Terra uma grande formação e seus habitantes não
surgiam. A terra gerava muitos animais, mas ainda não sabia gerar o Homem.

Porém, tudo era Deus! Deus pintando lindas aquarelas, plantando e


fazendo nascer árvores. Plantou e viu nascer, crescer. Abriu as cachoeiras, os regatos...
Emitia em canto a sua luz silenciosa... E ficava hieroglificamente a sua harmonia
luminosa, até que uma grande nave chegou a este maravilhoso planeta e seus
tripulantes se comprometeram... Trazer... voltarem e formarem seus habitantes.

Subiram... Subiram e desapareceram no resplendor de suas estrelas. Eram


inluz na Terra! E, assim falando, assim cumpriram. Voltaram... Voltaram, porém aqui
não poderiam ficar, com o aroma das matas frondosas, das rosas... que Deus, tão
seguro, já havia plantado. Não poderiam... não conseguiriam respirar, se não criassem o
plexo físico.

Criaram, modificaram, engrossaram a sua estrutura e este Deus se fez


Homem, ficando esclarecido que o Homem como espírito podia viver na Terra.

E, assim, puderam voltar, puderam ficar. Porém, a ausência do contato com


outros mundos, de outras matérias... Salve Deus! E então, o Homem começou a se
promover, esfera sobre esfera, em ritmo de luz e sombras, paz e guerra, amor e ódio...
veio o grande perigo: A falta de contato, a solidão... Largavam-se do seu plexo físico e
caminhavam sem harmonia, sem consciência.

Com isso começaram a se perder, desaninharam-se... pois o espírito


encarnado depende do plexo físico, pressão sanguínea... ectolítero, ectolítrio,
ectoplasma...

Salve Deus! Porque este desajuste tão grande se eram seres divinos?
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O plexo físico orgânico, desajusta o plexo etérico, principalmente quando


vivemos na baixa individualidade. O espírito entra no corpo e é invisível no plano
físico, porque não tem charme. Não tem charme antes do contato com a carne. O
charme é um átomo... uma energia que se refaz na Terra, da vibração da Terra, do
aroma das matas, das águas... O charme é uma energia.

Por exemplo: se um disco, uma Amacê, desgoverna-se em direção à Terra,


não cairia como um avião. Ficaria balançando a 1km acima da faixa da terra, porque
não tem charme, átomos... não sei bem, as entidades não me dão uma resposta decisiva.

A Amacê não cairia na Terra, assim como os espíritos não podem pisar na
Terra. Aparecer, sim; pisar na Terra, não. Afirmo, por isso, que nenhum disco baixa na
Terra e leva passageiros. Espíritos encarnados, impossível!

O plexo físico é que traz a vibração... forma o charme e, inclusive, liga o


espírito ao feto. O plexo físico é formado por energias do próprio planeta Terra. Por
exemplo: o aroma das matas frondosas, das cachoeiras... é o charme que se refaz das
têmperas das pedras, do lodo, das campinas, dos mares...

Meu filho Jaguar: Somos a centelha divina do verbo encarnado... Verbo


encarnado, verbo luminoso.

Vale do Amanhecer, 09 de outubro de 1984


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Anexo 2 ao roteiro:

Carta de Tia Neiva: Numara e os Mayas de Iucatã.

“Aqui temos a demonstração do verdadeiro significado da mente sobre o


extrassensorial. Governamos a mente e as emoções, alteramos, revolucionamos e
modificamos as chamas vitais! Já nos desenvolvemos através das Sete Raízes. Tudo
isso parece muito distante do teu alcance.

A realidade é que o Jaguar está trazendo para mais perto a visão


de um quadro total. O Jaguar – o Homem que foi individualizado em dezenove
encarnações!

Provamos, sempre, que a Doutrina, somente a Doutrina, é a


bagagem real deste mundo para outro. Porque, mesmo que eu viva com os espíritos,
converse com eles, se entrasse em um disco voador, sem conhecer a sua linguagem, sem o
amor de uma doutrina em Cristo Jesus, nada me iluminaria senão a missão de um
compromisso religioso.

Não pensem que muitos cientistas já não viram alguns fenômenos!


Viram, sim. Viram mesmo, porém sem sabê-los analisar. Sem amor e sem querer baixar-
se de seus velhos princípios, deixaram-nos de lado e foram cumprindo o seu dever.

Não podemos criticá-los. Em uma de nossas vidas já pagamos o


nosso tributo!

Foi no ano 80, mais ou menos, quando uma linda tribo vivia na
mais perfeita harmonia. Eram filhos do Sol e da Lua.

Os grandes ensinamentos vinham por intermédio do Grande


Equitumã, vindo de Cristo Jesus. Eram espíritos individualizados, que traziam a sua
linguagem espiritual.

Esta tribo se deslocara de diversas partes deste Universo etérico e


extra-etérico e, aqui, no seu mundo feito de pedras, eram vidas, vidas que andavam em
busca das conquistas e levaram à frente a Ciência dos Tumuchys.

Formavam uma poderosa tribo, com a experiência dos Ramsés e as


comunicações dos grandes ancestrais. Formaram um poderoso sacerdócio.
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Numara, o grande sacerdote, enfrentava os mais árduos caminhos.


Sua força mediúnica e doutrinária já dominava o poder magnético das cabalas e sobre
suas ardentes vibrações recebia as constantes visitas dos Grandes Iniciados que,
periodicamente, abençoavam aquele povo.

Eram feitos grandes preparativos e as grandes Amacês baixavam


por ali e, à distância, falavam com voz direta e ensinavam os poderosos magnéticos,
materializavam objetos – lindas mantas – e afastavam as feras perigosas que tanto
assombravam aquela tribo. Porém, o Homem, quanto mais tem, mais exige!

Lindo, lindo é o que podemos dizer... Aqueles Homens se amavam.


Lindos casais se uniam pelas bênçãos das Amacês.

Os Homens daquela tribo, apesar de serem Equitumans, Ramsés e


audaciosos Cavaleiros Verdes, viviam cento e vinte e até duzentos anos! Tinham o
prazer de ver seus filhos em harmonia. As Amacês ensinavam a união da família e o
verdadeiro amor.

Porém, Numara insistia em suas experiências. Queria que fossem


normais os seus encontros com as Amacês. Era o mais teimoso dos sacerdotes, sete
Iniciados que, com toda a harmonia, guardavam aquele povo.

As Amacês mandavam que todos saíssem de suas casas e, com voos


rasantes, riscos profundos e luminosos, deixavam tudo iluminado: as ruas, as
montanhas, onde houvesse pedra! Dali se comunicavam com outros lugares e outras
tribos. Dali se avizinhavam muitas tribos.

Numara era o representante de uma grande civilização de


conhecimentos eletrônicos, ou melhor, nucleares. Com a graça das Amacês, foi tecido
um macacão, ao qual se dava o nome de Anodai. Todo canalizado, voava pela energia
do Sol e, deixado na cabine de controle, ali recebiam, também, sua rota. Menos
sofisticado do que hoje, porém muito eficientes.

Eram Jaguares destemidos, eram Homens-Pássaros que voavam e


se estendiam por toda a parte da América. Em todo o continente estátuas enormes e
iluminadas destacavam a Terra dos Homens-Pássaros. Tudo era de acordo com as
Amacês. Nada mais posso dizer, filho, sobre o que aquela gente fazia.

Numara já estava velho e não ensinava sua ciência. Também, esta


tribo sempre foi displicente, principalmente naquela era! Vinham recentemente de um
mundo de agressão.
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Sim, filho, água e areia! Faziam formas e as enchiam com este


material. Secavam com a energia atômica. Fizeram grandes estátuas de seus sacerdotes,
sob as quais guardavam sus objetos de voar. Eram tubos, tubos fininhos, que
guardavam todo o magnético atômico que lhes cobria o corpo. Foi uma grande
metrópole, mística e de um povo refinado.

Porém, Numara tinha como única preocupação tirar o que mais


pudesse das Amacês, apesar de muito as amar e respeitar.

Era um dia de festa e todos anunciavam os festejos. Era uma noite


de luar, a triste noite nefanda! ... Os raios se desencontraram, desintegrando tudo o que
fosse vida. Foi uma triste experiência...”

Vale do Amanhecer, 21 de novembro de 1981


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3° ENCONTRO – ROTEIRO 03

1. Os Trinos

➢ Trino Tumuchy
O Trino Tumuchy, representante do Ministro Tumuchy na
Terra foi o Mestre Mario Sassi, companheiro de Tia Neiva. A característica
desse Trino foi a cultura doutrinaria, era um cientista dos mundos espirituais.
Ao lado de Tia Neiva escreveu a maioria dos livros que a Doutrina possui.

➢ Trino Arakén
Vivemos em um mundo físico, onde a lei imutável da
evolução faz se presente em todos nós. A Lei Cármica que atua neste plano
físico é regida pelo grandioso espírito Arakén. Arakén rege o carma e sua ação
em todo este planeta.

Arakén pode ser personificado como um ministro e também


como um todo, ou seja, um conjunto de forças que rege todo um sistema, é a
força de coalizão no Reino Central, Mestre Lázaro, raio de Simiromba, Terceiro
Sétimo de Xangô.

Na doutrina do Amanhecer foi representado na terra pelo


Mestre Nestor Sabatovicks, executivo da doutrina, cuja função foi de zelar pelo
andamento da mesma e sua execução. Segue carta da Clarividente ao Mestre
Nestor Sabatovicks:

“Salve Deus, Nestor, meu filho Jaguar!

Jubilosa intimamente por tudo que tens me proporcionado no


desenrolar de nossa missão espero sempre, meu filho, que novos mundos, novos
conhecimentos, sejam de bom aproveitamento. Hoje temos muitos jovens como você, por
isso vou narrar a linda passagem de um jovem, culto e de grande formação espiritual.
Interessante...

No grande Templo do Sol vivia o Conselho dos Sete. Todos


pensavam que ali se registravam os grandes mistérios. O nosso jovem personagem,
valendo-se de seus poderes de príncipe daquele povo, foi, com toda a sua arrogância,
bater à porta do Conselheiro, exigindo sua entrada e muitas explicações.

Porém, o velho guardião bateu-lhe a porta no rosto! Frustrado e


odiando aquele povo, voltou – e foi sempre a mesma coisa – até que, na sétima vez, ele
teve medo de sua reação. O guardião não lhe dava forças de reagir como ele gostaria.
Sentou-se num degrau e adormeceu. Sonhou com o guardião, que lhe dizia docemente:
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“Meu Príncipe, lá fora teus homens de traem! Expulsei-te para que


não morresses aqui. És arrogante demais e o teu povo quer te matar. Há poucos sábios
e muitos príncipes. Só saberás o Segredo dos Sete se tiveres a simplicidade de uma
criança, a força de um leão, limpas as tuas mãos, o amor dos justos, a humildade e a
tolerância das raízes das árvores. Então, entrarás no Conselho e visitarás o Templo
Real!”

O sol se abatia sobre seu rosto suado quando abriu os olhos,


sorrindo. Ouviu a porta abrir-se, mas não teve forças para se levantar. Vendo o
guardião de pé, à sua frente, gritou:

“Oh, meu mestre, salve os deuses! Foste tu! ... Reconheço os teus
olhos... Como pude ser tão insolente?”

Beijando os pés do mestre, juntos choraram as lágrimas da


redenção de uma nova Doutrina!

Assim, meu filho, nada recebemos sem o devido preço. Jesus, o


nosso Guardião, nos dá a contagem dos Sete Guardiões, por quem dorme em sua porta.

Carinhosamente, a Mãe em Cristo,

Vale do Amanhecer, 9 de abril de 1978.

➢ Trino Sumanã:
Sumanã é força curadora, neutra, cuja ação se faz perceber
na atuação perene e sempre discreta de seu representante na terra, Mestre
Michel Hanna.

Através da desobsessão curadora, dá a condição para que


encarnados e desencarnados possam melhor se conduzir nesta terra.

Sumanã detém a força dos grandes curadores, sua força


também é recebida através da estrela Sivans.

➢ Trino Ajarã
No mundo iniciático, etérico, existe uma outra realidade a
qual pouco conhecemos. Nossa analogia também é muito pobre para
estabelecer uma relação e poder compreender este mundo sutil e assimétrico,
suas intrincadas estruturas cuja finalidade é a manipulação das forças
iniciáticas produzidas através dos plexos iniciáticos dos encarnados nos
trabalhos espirituais trazidos por Tia Neiva.
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Quando nos colocamos a nível de poder conduzir outros que


a espiritualidade colocou em nossa trajetória, assim como nos conduzir é
necessário que sejamos equipados com uma personalidade e uma
individualidade preparada para tal fato.

Ajarã é uma força diferente das demais, assim como sua


ação na corrente e subsequentemente na doutrina também o é. É um Ministro
de Deus, que após sua consolidação neste plano, através de sua força
aglutinadora, torna-se, um sistema completo, um imenso conglomerado de
forças, cuja atuação se faz perceber nas ramas representadas por cada templo
do amanhecer, que se subdivide em outras ramas que são regidas por outros
ministros.

A ação de sua força se faz perceber pela capacidade que dá


ao seu representante na terra Mestre Gilberto Chaves Zelaya, a herança dos
poderes Dharman-Oxinto, a condição de elevar através das consagrações,
reestruturar, consolidar as heranças transcendentais dessa corrente nos
poderes de Koatay 108, assim como a capacidade de resolver intrincadas
situações, sempre visando o crescimento na implantação dos Templos do
Amanhecer.

O representante do Ministro Ajarã, Mestre Gilberto Chaves


Zelaya, tem como característica a condição de ver além do habitual, além de
nossos olhos, sua intuição é quem sabe, assistência de sua Mãe, Koatay 108,
agir como no princípio da implantação do cristianismo como o fez Paulo de
Tarso, acender luzes neste terceiro plano, luzes essas que servirão para
iluminar a caminhada do homem neste terceiro milênio. Segue a carta de Tia
Neiva ao Trino Ajarã:

“Na realização que me fez Koatay 108, a mesma que me fez


chegar até aqui, grande parte da força que consegui devo imensamente a este mestre.

Quero que saibam pela realização que me leva à apresentação de


Gilberto Chaves Zelaya, Trino Triada Herdeiro, como médium que dispõe de minha
autoridade física e espiritual.

Pai Seta Branca está confiante no seu desenvolvimento e pelo que


poderá oferecer pelos bons motivos que este mestre já nos proporcionou. Em acordo com
o Primeiro Mestre Sol Trino Tumuchy, com o Primeiro Mestre Jaguar Trino Arakén e
com o Primeiro Mestre Sol Trino Sumanã, e em acordo com a regência dos mestres
Adjuntos, Gilberto Zelaya, Ministro Ajarã, força decrescente, meu Filho Herdeiro
desta Doutrina, será Coordenador dos Templos Externos e tem a minha LEI para
executar qualquer CONSAGRAÇÃO nesta Doutrina.
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Este mestre, Primeiro Doutrinador desta Corrente, se compromete


com Pai Seta Branca e a mim, proporcionar ao meu lado, seguir os desígnios desta
Doutrina, suprindo as necessidades físicas e morais, principalmente nas Consagrações,
rituais dos Templos Externos e problemas existentes nos mesmos.

Este mestre tem a sua LEI dirigida por Pai Seta Branca e deverá
executá-la a bem dos Trinos e Adjuntos, o que for de progresso dentro da Doutrina de
Nosso Senhor Jesus Cristo.

Mestre Gilberto, a sua missão é caminhar paralelo, ombro a ombro.

Mestre Gilberto Zelaya, a sua Hierarquia é: Mestre Trino


Herdeiro Presidente Triada Arcano Harpásios Raio Adjuração Rama 2000.

Ao meu lado deverá ter qualquer iniciativa dentro da Doutrina de


Nosso Senhor Jesus Cristo. Terá que entrar nas escalas de trabalho, na regência do
Primeiro Mestre Jaguar.

Mestre Gilberto, seu caminho... Sua missão é ampla. É um Trino


Presidente Triada de missão e de origens diferentes

Carinhosamente, a Mãe em Cristo,

➢ Espíritos sofredores
O desencarne é o final da meta terrena de um espírito, este
ato inerente a existência humana é irrevogável e inquestionável.

Tudo o que o espírito adquiriu ou assimilou durante sua


permanência na terra, será agregado a seu períspirito e lhe servirá como mérito
ou não, quando retornar aos planos espirituais.

Como exposto acima, ao contrário do espírito de luz, as


células que compõe o espírito sofredor são doentes. Por conseguinte, seu
estado psíquico-espiritual encontra-se doente, assim como seu corpo espiritual.

Sua condição não lhe permite divisar a luz, onde os raios


solares não lhe são percebidos. Após seu desencarne, prefere não
acompanhar as recomendações de seu mentor. Ficando à deriva na crosta
terrestre, ora perto de seus restos mortais, ora das coisas materiais que antes
lhe pertenciam.
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Muitos desses sofredores são apanhados por espíritos


especializados na captura e escravidão, até que um dia sua mente deturpada
consiga divisar tal situação e ele retome sua trajetória evolutiva.

Resumindo, o sofredor é um marginalizado no mundo


espiritual, errante, seus sentimentos ainda estão voltados para o plano da terra,
não consegue dimensionar sua real condição, ainda continua arraigado ao que
antes fazia.

Por sua deturpação psíquica, o ódio por aqueles que lhe


fizeram alguma coisa que considerou injusta torna a sua estadia ainda mais
complicada no plano errático que habita. Alimenta de se ectoplasma de animais
e de pessoas que vibram no mesmo padrão que ele.

➢ Exus
A hierarquia é o princípio que rege todas as coisas no
universo. Ela está presente em tudo e em todos os elementos contidos no
cosmo, seja ele que plano for. Ela não é propriedade apenas dos mundos
organizados e evoluídos, está presente também nos mundos onde as energias
densas também habitam.

Outro fato digno de nota é a mente do indivíduo, ela o coloca


onde está seu padrão vibratório.

Aliada a essas condições, soma-se a situação em que o


espírito desencarnou e sua última encarnação.

Dessa forma sua condição psicológica o leva a viver e


condensar um ódio tão imensamente grande que passa a agir dentro de uma
lei criada por ele.

Criam grupos, visam subjugar outros espíritos, formam


universidades com conhecimentos voltados principalmente, para a
manipulação genética.

Trabalham com forças poderosas captadas por espíritos que


vibram na mesma frequência, assediam e dominam seus assediados,
tornando-os uma extensão de seus exércitos.

Tia Neiva quando da formação da doutrina, foi aos


submundos para estabelecer um acordo com os reis destes planos e pediu a
cada um deles que não interferisse com seus filhos, apenas um que de certa
forma não concordou.

Esses espíritos detêm uma inteligência muito grande, falam


muito em Deus, e são adeptos da lei do “olho por olho e dente por dente”.
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São essencialmente técnicos e práticos, não admitem a


existência do evangelho e suas aplicações, não admitem fraquezas, são
excelentes manipuladores de energias.

Nunca se esquecem de um pacto, e cobram seus devedores


até depois do desencarne.

Ao se apresentarem no ambiente mediúnico, o fazem de


maneira sutil, não deixando transparecer sua força. Sua comunicação é rica e
intelectual, mas pecam por não ter em seu bojo amor ou caridade.
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2. Neiva Chaves Zelaya.

➢ Origem
Neiva Chaves Zelaya nasceu em Própria estado de Sergipe
em 30 de outubro de 1925. Em sua família haviam Padres e Freiras, o que
justifica sua formação católica.

Casa se muito jovem com Raul Zelaya Alonso e fica viúva,


decide então ser fotógrafa e em Ceres-GO, monta a “foto Neiva”. Os produtos
químicos das revelações começam a causar lhe mal.

Muda se para Goiânia e resolve ser motorista de ônibus.


Nesta o cobrador seria Gilberto seu primeiro filho.

Neste ínterim, viaja para o nordeste quando compra um


caminhão, torna-se a primeira motorista profissional do Brasil. Numa outra
viagem ao nordeste perde seu caminhão. Vai a uma cartomante que lhe dá
números para um jogo no qual é premiada e compra novamente seu caminhão.

São três filhos do seu casamento Gilberto, Carmem Lucia,


Raul Oscar e Vera Lúcia. Junta se à família Gertrudes, afilhada e filha de
criação.

Um dia ao redor de uma cisterna, conversando com seu filho


Gilberto, tomam a decisão de mudarem para Brasília.

Chegam a Brasília em 1957, Neiva passa a trabalhar no


transporte de material para a construção na nova capital. Era comadre de Israel
Pinheiro, engenheiro chefe da NOVACAP, trabalhando chega a possuir três
caminhões.

➢ Início da mediunidade
De um momento para outro, Neiva desmaia. Fica
aproximadamente dez dias desacordada, quando recobra a consciência,
incorporada começa a contar uma história de uma senhora que vendia flores e
estava em uma cadeira de rodas, cujo nome era Adelina e começa a preocupar
a família cuja formação católica não admitia tais coisas.

Logo depois surge outro personagem na mediunidade de Tia


Neiva, o “Cacique Tupinambás”, que andava puxando de uma perna.

Morando então na cidade livre do Núcleo Bandeirante,


conhecem Mãe Neném, cujos conhecimento espíritas kardecistas são de suma
importância para o desenvolvimento espiritual de Neiva.
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Nestas reuniões o Cacique da Lança Branca sugere ao


pequeno grupo mediúnico que procurem um local para instalar a comunidade
mediúnica. Então numa busca entre Alexânia e Brasília, num local chamado
Serra do Ouro, dois alqueires de terra onde seria implantada a UESB. União
Espiritualista Seta Branca.

➢ Missão
A missão que começou no Núcleo Bandeirante foi algo tão
grande que mesmo a família Zelaya não poderia imaginar sua grandeza e sua
importância para a concretização do Tumuchy, do Jaguar, do Cacique da
Lança Branca na desobsessão do planeta no limiar do terceiro milênio.
Começa então a jornada para efetivação da Doutrina do Amanhecer.
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4° ENCONTRO – ROTEIRO 04

1. Doutrina do Amanhecer

➢ FASE Núcleo Bandeirante


Na Cidade Livre do Núcleo Bandeirante, podemos afirmar
que surgiram os primeiros sinais da mediunidade de Tia Neiva.

Sem saber o que estava acontecendo, ela vivia entre dois


planos, por muitas vezes não sabendo divisar o que era real ou não.

Procurou ajuda de um Padre Católico, em terreiros de


umbanda e templos kardecistas. Até um psiquiatra foi procurado na NOVACAP.
Este episódio deu a ela a certeza que poderia ver e interagir como o mundo
espiritual.

➢ FASE UESB
Orientado pelo cacique Tupinambás, encontraram um local
entre Alexânia e Brasília e lá construíram a UESB. Em dois alqueires de terra
fora construído um setor residencial, mesclado com um templo e também um
hospital, onde seriam também tratados os doentes do corpo físico ou de
doenças fisiológicas.

As manifestações das entidades eram uma constante. Nesta


época Mãe Yara, Pai Seta Branca, Tiãozinho, Mãe Tildes e Pai João já se
faziam presentes. A preocupação com a disciplina era uma constante.

A interação com os componentes da doutrina era um fato


diário e nesta época Neiva era conhecida como “Irmã Neiva”, mas a Presidente
da UESB era Mãe Neném.

Para a subsistência da população, além de uma serraria,


haviam aqueles que mantinham uma lavoura de batatas. Um dia Pai João de
Enoque, diz para então Irmã Neiva a seguinte frase:

“Minha filha, cuidar do corpo é coisa que muitos podem fazer, mas
a cura da alma, filha é sua missão, e poucos podem fazer”.
Um dos fatos mais importantes aconteceu na UESB foi a
criação do Doutrinador.

Mas, de um momento para outro as correntes negativas


invadiram a UESB, levando a extinção daquele projeto. Ficaram naquele local
Mãe Neném e seus filhos, quando Neiva e aqueles que a seguiam partem para
Taguatinga.
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➢ FASE Taguatinga
Em Taguatinga, ficam em um lote na QNC, onde com todos
(inclusive as crianças) ficaram acomodados precariamente.

Enquanto não tinham um templo, peregrinam em outros para


o exercício da mediunidade. Logo constroem novamente um lugar para
realizarem seus trabalhos mediúnicos, porém, Pai Seta Branca logo diz que
necessitam de um local maior para lá formar seu povo, apesar da maioria deles
já estar empregados e com a vida material normalizada, e então acomodam-se.

De uma hora para outro acontece um fato que iria mudar


tudo: O dono do lote aparece com todos os documentos, inclusive provando
que o lote era seu. Marcam uma reunião na Casa de José Mandão, no Núcleo
Bandeirante. Ali Pai Seta Branca mais uma vez enfatiza a necessidade de
procurar um local maior para seu povo.

Decidida a necessidade de mudar, uma caravana sai todos


os dias procurando um local, até que encontram uma fazenda nos arredores de
Planaltina e os Mentores aprovam o local, sendo realizado o último trabalho em
Taguatinga que foi o Casamento de Raul Oscar Zelaya.

Em 09 de Novembro de 1969 chegam a Planaltina.

➢ FASE Vale do Amanhecer


No Vale do Amanhecer, um novo amanhecer se faz a cada
dia, o sol, a lua e as estrelas iriam ornamentar o colar que iria brilhar no
coração de milhares de médiuns. Como Pai Seta Branca um dia dissera à
agora Tia Neiva, ela iria ter muitos, muitos filhos!

Enquanto não constroem um templo o desenvolvimento era


realizado debaixo das mangueiras e dos eucaliptos. Gente de todo o local
chega para se juntar a Tia Neiva e seus quatro filhos.

Outros filhos, gente sofrida, guerreiros das planícies


macedônicas, espartanos, romanos, guerreiros maias, jaguares, nobres das
cruzadas e revolução francesa aglomerado sob a bandeira rósea de Jesus.

Tia Neiva realiza a Iniciação Dharman-Oxinto. Em 1974 é


inaugurada a estrela candente. O mestrado forma-se. Novos rituais e também a
formação do Adjunto.

2. A implantação da Doutrina e seus rituais.


A implantação da doutrina do Amanhecer, assim como seus
rituais, aconteceu de forma gradual. À medida que o corpo mediúnico ia
crescendo, o mundo espiritual também foi modificando a forma como os rituais
iam acontecendo, todos eles sendo introduzidos pela mediunidade de Tia
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Neiva. Ela vivia entre dois planos, tudo que era transmitido pela clarividente
tinha a alcunha dos Mentores.

Quando da implantação do mestrado e consecutivamente da


roupa marrom, muitos não aceitaram e alguns até deixaram a doutrina.

➢ O Surgimento do Mestrado
O Mestrado seria o início para a entrada no mundo
cabalístico, através do processo de manipulação desta força, o mundo
espiritual se integrou de forma mais precisa com o plano físico.

Surgiram as falanges do Mestrado e a primeira foi a Falange


de Sublimação.

Falanges Missionárias são grupos específicos com forças


transcendentais também especificas, surgiram para servir a doutrina,
compondo com os mestres em rituais específicos.

➢ Estrela Candente
Ao falarmos da estrela candente, por mais que consigamos
exteriorizar os conhecimentos sobre este conjunto arquitetônico, a Unificação,
onde está inclusa a estrela candente, com certeza não falaremos tudo o que
precisa ser dito.

Certa feita conversando com um dos pioneiros da doutrina o


Mestre Antônio Maria, ele foi um dos mestres que a acompanhou do Núcleo
Bandeirante ao Vale do Amanhecer, ele se sentia orgulhoso por ser o Mestre a
receber a carteira número um da UESB, desencarnou em 1995, mas voltando a
pergunta feita a ele...Disse lhe como foi que Tia Neiva marcou, ou projetou a
estrela? A resposta foi lacônica simples e surpreendente.

Ele disse: Ela ficava a olhar o céu e, marcava com uma


varinha no chão o desenho da estrela. Ela ouvia o que os engenheiros siderais
ditavam para ela, disse ele.

Depois de muito meditar e a buscar as respostas destas


frases, encontramos a seguinte resposta: Na Grécia antiga, os sacerdotes
olhavam o céu em busca de um lugar (no etéreo) onde havia uma janela
interdimensional, portal de desintegração, e ali marcava o lugar do “Templum”.
Então ali era construído o templo.

Tia Neiva usou o mesmo processo. Ao olhar o céu, através


de sua clarividência, ela viu o imenso portal de desintegração que ali havia,
então ela “marcou”, “desenhou a estrela naquele local em que hoje ela está
instalada no Templo Mãe.
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O conjunto da Estrela Candente simboliza a grande jornada


das forças civilizatórias que envolvem o período da História que precedeu
nossa Era, atravessando os grandes eventos históricos - Espartanos,
Macedônicos, Egípcios e a Era Crística na sua plenitude da vida de Jesus - e
chega até nossos tempos.

Mãe Yara, Mãe Yemanjá e as Princesas do Adjunto de


Jurema ali estão representadas para facilitar a ligação mental entre as várias
épocas. No conjunto se inclui a Pirâmide, para obtenção das energias
acumuladas nessa época e nessa região do planeta.

O conjunto, chamado Solar dos Médiuns, inclui uma


cachoeira e um estrela de seis pontas, formada por dois triângulos equiláteros
cruzados, invertidos, um amarelo, onde se projetam as forças do Sol, e outro
azul, sob a influência da Lua e no meio a elipse, o mais possante portal de
desintegração que temos.

As três consagrações - às 12h30, 14h30 e 18h30 - são


realizadas todos os dias, sendo denominadas como uma Escalada.

Citações de Tia Neiva sobre a Estrela Candente:

“O dia 26 de agosto de 1976 já estava clareando quando consegui arrastar


para a Estrela dois espíritos, ex-obsessores de terríveis vibrações, que já tinham se
aninhado no subsolo do Hospital Distrital, se aliando aos cobradores para conturbar os
enfermos. Às doze horas fui assistir à primeira Consagração. Tudo decorreu bem, até
que, às três horas, uma avalanche de espíritos chegou com fúria, querendo o seu chefe.
Fizemos uma Escalada ou uma Consagração Especial, e lá se foram todos! Salve Deus!
É o que fazemos nas Escaladas. Pensem filhos, na paz daqueles doentes após um
trabalho como esse!” (Tia Neiva, s/d)

“Esta aula é a maior prova de tolerância e verdadeiro amor aos menos


esclarecidos que Jesus nos deu. É a oportunidade de demonstrarmos a esses pobres e
terríveis espíritos que, pela incompreensão, penetraram na nossa Estrela Candente, na
ausência do Reino Central. Hoje, dia 20 de agosto de 1976, o que aconteceu: o nosso
amor, as nossas vibrações, transformaram em benefício toda aquela ira. Foram
chamados para me destruir e nós os conduzimos a Deus, com todo o amor! Deus lhes
pague, meus filhos!” (Tia Neiva, s/d)

“Mestres Luas, Aparás, vejam a maravilha que está acontecendo naquela


Estrela Candente! Uma maravilha deste século - as Sereias! Elas não falam. Só emitem
ectoplasma, só emitem Luz. Elas não vêm para orientar o Homem em sua conduta.
Elas já encontram todos com uma conduta perfeita... Assim somos nós, Aparás!" (Tia
Neiva, 27.6.76)
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"O dia já estava clareando quando consegui arrastar para a Estrela dois
espíritos, ex-obsessores de terríveis vibrações, que já estavam se aninhando no subsolo
do Hospital Distrital, se aliando aos cobradores para conturbar os enfermos. Às doze
horas fui assistir à primeira consagração. Tudo correu bem, até que, às três horas, uma
avalanche de espíritos chegou, com muita fúria, querendo o seu chefe. Fizemos uma
consagração especial, e lá se foram todos... Salve Deus! É o que fazemos nas escaladas.
Pense na paz daqueles doentes!" (Tia Neiva, 26.8.76)

“A Estrela Candente é cabalística e, nela, nós nos libertamos. Libertamo-


nos porque emitimos a nossa energia, e este ritual cabalístico nos conduz o poder das
Amacês e das Cassandras. (...) Sim, filho, vamos iniciar tudo o que Deus nos deu e com
o que temos um compromisso! Sinta a Estrela Candente: aqui na Terra, é o maior
trabalho de desobsessão cabalístico. Sim, filhos, algo para o que, hoje, meus filhos, já
estão preparados! ... (...) A Estrela, com sua poderosa luz, paga o preço de sua Amacê,
na responsabilidade de um ritual cabalístico que implica a força extraída de uma
jornada no horário e da emissão de seus Comandantes. A jornada é o desenvolvimento
do plexo na formação de uma sequência com o Comandante na cabine; faz-se a
preparação, o envolvimento com as Sereias e com o Povo das Cachoeiras; mais uma
jornada, que é a revisão final; e, por último, os Esquifes, os Tronos, que são o resultado
da cultura geral.” (Tia Neiva, 8.80)

➢ O MICROMAPA
Koatay 108 esquematizou as energias da Estrela Candente em um
desenho, denominado micro mapa, cuja figura, por si só, pretendia explicar seu
funcionamento. Há uma certa dificuldade em entendê-lo, motivo pelo qual
damos, abaixo do texto escrito por Tia Neiva, digitalização do micro mapa
original e uma cópia digital:

“Reino Central, 7 de agosto de 1977.

Meu filho Jaguar:

Na singeleza deste micro mapa, rogo a Deus que sintas o impacto deste
promissor conhecimento. Seguro por ele, descobrirás a Ciência da Vida Etérica.

Nada, na Vida, acontece sem o despertar de um poder!

Todo imprevisto resulta de um acontecimento e por um conhecimento. A


Ciência e a Fé! Distintas em suas forças, mas reunidas em sua ação para dar ao
espírito do Homem uma regra, que é a Razão Universal.
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Porque a Ciência que nega a Fé em Deus é tão inútil como a Fé que nega a
Ciência!

Se assim encarares este micro mapa, sereis Magos do Evangelho.

O equilíbrio moral é o princípio e o poder de todas as coisas.”

Micro Mapa (Cópia do Original):

Micro Mapa (Cópia Digital):


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3. O Adjunto Koatay e a formação do Povo


Em 1978, sob sua clarividência Tia Neiva cria o Adjunto.
Mas o que seria o Adjunto, qual era sua função na doutrina?

Quando falamos em nossa doutrina, não há como deixar o


fator transcendental, ou nosso processo reencarnatório de lado, pois ele forma
a nossa raiz e os caminhos que passamos durantes os cinco ciclos sem chegar
a Capela, ou as vinte e uma encarnações que nós outros Jaguares passamos.

Há de se considerar que durante essas encarnações houve


ajustes, reajustes e desajustes. Portanto, as amizades e as antipatias, são uma
constante em nossa doutrina. Então hoje, neste terceiro milênio estamos a
conviver com todos aqueles que durante esses dois mil anos estivemos juntos
nestes corredores do tempo.

A palavra Adjunto já nos leva a uma reflexão muito profunda


e séria. Adjunto é aquele que está junto, e no nosso caso é o representante de
seu superior, no nosso caso do ministro que está nos planos espirituais.

Como os nossos mentores não podem interferir na matéria


organizada e até aqui chegam em sua forma etérica, então eles lançam mão de
alguém cuja sintonia e herança transcendental coincidem nesta missão
espiritual e este encarnado tem a missão de reunir o povo deste ministro e
conduzi-los nesta encarnação dentro da Doutrina do Amanhecer.

Sua missão espiritual é de suma importância, pois ele é o


referencial para seu povo, e mais interessante nesta organização, ou
caminhada é que não se sabe se o Adjunto que deve ao povo, ou este ao
Adjunto.

➢ Carta de Tia Neiva para o Mestre Adjunto:


“Filhos, jovens Adjuntos Koatay 108!

Adjunto é um governo. Ele governa pelo amor e pela justiça, dando-se a


cada um segundo as suas obras. Se o Adjunto irradia amor, ele entra no Primeiro Ciclo;
se ele emite o seu desequilíbrio, afasta-se do Ciclo. (...)

Sim, meu filho, Adjunto Koatay 108: há três graus de hierarquia, como há
três portas no Templo! Há três Raios de Luz, há três Forças da Natureza. Estas forças
são governadas pela Justiça e pela Ordem, dando a cada um segundo as suas obras. O
Templo é a realização da Verdade e da Razão sobre a Terra. Por ele o Homem domina a
Ciência e, pela Sabedoria, emana seus conhecimentos.
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O teu padrão, meu querido Adjunto, é o princípio e o fim de tua obra, de


tua missão!

Entenda, filho, que havendo à tua frente três hierarquias, três raios de
forças desiguais, tu só as manipulas pelo teu sábio comportamento, isto é, as forças
vêm ou chegam cruas para serem preparadas e distintamente manipuladas. (...)

Filho, na Lei do Auxílio, quando não conhecemos as Ciências Ocultas, por


estar na Linha da Caridade, achamos que nada nos acontece. Nem tanto, filho.
Juramos uma Ciência, e nada acontece sem razão.

A Ciência Oculta é indispensável no teu caso, meu filho Adjunto, para


melhor esclarecer a Ciência da vida fora da matéria. (...)

Meu filho Ajunto Koatay 108: sem a pretensão de te fazer um monge ou


um robô místico, vou te descrever as pequenas obrigações de um Ativo Adjunto:

❖ Tornar-se um perfeito cavalheiro e aprender a dar o devido respeito


aos outros.

❖ Não passar simplesmente de um religioso acomodado nas maravilhas


do misticismo.

❖ Aprender a ser tolerante, mesmo diante da provocação dos seus


colaboradores.

❖ Seguir os princípios do Santo Evangelho e de suas revelações,


fixando-se nas comunicações reveladas.

❖ Não causar ansiedade para os outros pelas ações de teu corpo, pelos
pensamentos de tua mente ou por tuas palavras.

❖ Não se identificar falsamente com grosserias, fazendo-se de melhor,


abusando de tua autoridade.

❖ Não se apegar a nada que te faça sofrer.

❖ Procurar assumir teu compromisso de família com amor, mesmo à


distância dos mesmos, ou quando, por incompatibilidade, te afastares da esposa e dos
filhos.

❖ Discernir entre o que é importante e o que não é; ser firme como uma
rocha quando à tua frente tiver que decidir entre o Bem e o Mal. Esforçar-se para
averiguar o que vale a pena ser feito, não usando, em vão, as tuas armas.
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❖ Não entregar tua alma à fatalidade, que é a verdade infernal,


possessões da fatalidade das almas enfraquecidas, sem fé em Deus. Estamos com duas
espadas com que podemos nos defender. Filho, o segredo das Ciências Ocultas é o da
Natureza mesmo. É o segredo da geração dos Grandes Iniciados e dos mundos de Deus.
Os grandes talismãs da Vida, a substância criada, é chamada Atividade Geradora. A
manipulação do fogo na mirra, sal e perfume.

❖ Evitar a disciplina relacionada com os outros. Lembra-te, sempre, que


enquanto tiveres um corpo material terás que enfrentar as forças do teu plexo físico:
nascimento, velhice, doença e morte. Não devemos pagar nada além das necessidades
da vida física.

E, para melhor servir em tua hierarquia, criar uma personalidade em frente


das três portas da Vida Iniciática, sem ironia, com distinção do que respeita, amando!”
(Tia Neiva, 17.5.78)

➢ Adjunto Arjuna Rama


Segundo a tradição hindu, o Arjuna é o príncipe, o homem
perfeito, para se chegar ser um Arjuna o homem deve palmilhar um caminho de
muita luz e determinação..., mas também traz uma triste sina... Guerrear contra
seus irmãos. Esta rama dos Adjuntos tinham uma transcendência Indiana.

➢ Adjunto Raja Adjuração


Esta rama dos Adjuntos tinha e trazia a força e raiz africana,
mas devido a problemas internos, Tia Neiva unificou todos numa só raiz:
Adjunto Rama Adjuração.
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5° ENCONTRO – ROTEIRO 05

1. O evangelho redivivo de Nosso Senhor Jesus


Cristo.
Embora Tia Neiva tivesse estudado apenas o até o ensino
primário, possuía em sua condição de clarividente uma sabedoria que
ultrapassava os limites da razão.

E como fora criada por familiares católicos, sua formação não


poderia ser menos evangélica. Não propriamente o evangelho clássico, mas
sim o evangelho que deve ser vivido, praticado em toda a sua essência como
Jesus um dia o pregou.

Este evangelho seria o de praticar todas as ações voltadas para


a fraternidade, para o verdadeiro amor incondicional e ela o denominou de
Evangelho redivivo.
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2. Misticismo e doutrina.
A Doutrina do Amanhecer por sua configuração, carrega toda
uma carga mística, isto em função dos uniformes coloridos, dos aspectos
arquitetônicos diferenciados e também pelos símbolos contidos nos Templos
do Amanhecer.

Mas olhando mais profundamente a doutrina, a vemos em dois


aspectos, um sob o aspecto místico, onde toda a profusão de ritos nos leva a
considerar esse aspecto mágico e um outro mais profundo, que é o técnico
mediúnico, onde uma manipulação dos médiuns gera uma energia própria que
é manipulada pelos mentores para a cura desobsessiva.

O caráter cabalístico da doutrina leva seus médiuns a seguir


seus rituais como foram deixados pela clarividente. Por força da atividade
cabalística, onde a sequenciação de cada passo dentro do ritual é essencial ao
alcance dos objetivos, sem, portanto, alterar nenhum deles, faz com que a
movimentação mediúnica, aja de forma a dar aos mundos espirituais e,
consequentemente aos mentores a condição adequada para utilização das
energias ali manipuladas para a cura desobsessiva.

3. Hierarquia.
Assim como em qualquer outra doutrina temos como princípio
maior DEUS PAI TODO PODEROSO e NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
PAI SETA BRANCA é o Mentor espiritual da Corrente Indiana do
Espaço, tendo sido o orientador de Tia Neiva.
Dentro de uma visão um tanto quanto simplória tentamos
dimensionar o mundo espiritual, mas nem sempre somos felizes em tal
empreitada, haja visto nosso pouco conhecimento das coisas que permeiam
esse mundo etérico. É sabido que este mundo é composto de uma organização
complexa, onde espíritos, ou individualidades coexistem em vários estágios
evolutivos.
Assim, existe uma hierarquia espiritual onde um espírito segue
uma linha de comando norteado nos princípios evolutivos Crísticos, ou melhor,
universal. Para que um espírito possa atingir uma gradação a nível de poder
conduzir outros espíritos é necessária uma longa trajetória por mundos que nós
desconhecemos. Pai Seta Branca é considerado um desses gestores. Sob sua
direção neste ciclo está o Brasil que é guiado pela égide do Assis.
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➢ O Adjunto e o Povo
Quando mensuramos a relação Adjunto e Povo, temos que
considerar valores que transcendem os aspectos físicos e logicamente vão
além dos valores espirituais.

Certamente, ao considerarmos o número de encarnações


vividas pelos Jaguares, considerando ainda o fato dessas encarnações terem
sidas algumas, ou na sua maioria desastrosas, levando-se em conta a
necessidade do reajuste cármico ser parte das responsabilidades do Adjunto
na condução do seu povo, veremos então que esta responsabilidade é muito
grande e obrigam a abnegação do homem a muitos valores terrenos e
abraçando os valores espirituais.

➢ Responsabilidades mediúnicas do Povo.


Na lei Dharman-Oxinto existe uma citação interessante e
bastante séria de Tia Neiva quanto a filiação a um adjunto ou Ministro. Ela diz
assim:

“Quando você entra para um Adjunto, você deposita sua herança


transcendental nas mãos de um Ministro, que passa a lhe reger. Não deve ser tão fácil
você tomar daquele Ministro o que você depositou e dar a outro Ministro. Alguma
coisa não fica boa naquela contagem. O Ministro gastou muito com você ou você
gastou muito, confiado no seu Ministro. Você se esquece. Porém, o Ministro não!”.
Nesta afirmação vemos que além das responsabilidades com o
uso da mediunidade e sua aplicabilidade, existe o fator transcendental,
heranças que necessitam de fatores de coesão, ou ainda melhor, faixas
cármicas, dívidas cármicas que devem e só podem ser ressarcidas ou
acertadas, no coletivo.

Por essa razão entra em ação um fator muito sério, que é a


necessidade de que os componentes do adjunto lhe acompanhem durante os
trabalhos coletivos, pois no local onde o adjunto está presente, todas as
energias transcendentais estão ali presentes, diga se nota, “heranças”,
mentores e também cobradores.

Muito embora, a condução do Adjunto será no campo espiritual,


não há como negar que esses fatores também atingem o mundo físico e a
caminhada daqueles que estão afiliados ao Adjunto.

➢ Deveres do Adjunto com seu Povo


Ninguém sabe qual é o relacionamento ou fator cármico entre o
Adjunto e seu povo. Não se sabe se o Adjunto é que deve ao povo, ou se todo
o povo deve ao Adjunto. Mas considerando-se que foi o Adjunto que se
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predispôs, aí não entra em julgamento as razões, sejam elas físicas ou não, na


formação de um povo, ele deverá estar sempre em harmonia, para poder
conduzir seus componentes, estando sempre pesando os valores espirituais,
assim como, vigilante quanto sua conduta doutrinária.

Sua condução é espiritual, mas não impede que se possa levar


até seus componentes o alento de uma conversa amiga para o bem estar de
seu Povo.
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6° ENCONTRO – ROTEIRO 06

1. Apará:
Para entender o que é o Apará e suas manifestações é
necessário que voltemos no tempo e remontemos a mediunidade de
incorporação.

O Mestre Apará tem suas forças, suas energias emitidas pelo


Oráculo de Olorum.

“Incorporar” significa juntar, agregar, somar uma coisa à outra.


Pois bem, o homem sempre teve a necessidade de estabelecer um contato
com o mundo espiritual, e principalmente com aqueles seus entes queridos que
morreram, ou desencarnaram, e o meio usado para esses contatos foi através
dos dons como a visão (vidência) e principalmente a incorporação, ou
psicofonia. Esse processo muito antigo, tanto que o vemos descrito no Antigo
testamento quando o rei Salomão fora consultar a pitonisa de Endor.

O médium de incorporação, porém agia sem o controle de suas


ações, ou melhor, não tinha domínio enquanto estava sob a ação do espírito e
ou individualidade que nele estava manifestada.

Dentro do transe completo, perdia o total domínio sob a


manifestação do espírito, por vezes causando situações ao médium, que
somente depois de voltar do transe ele tomava conhecimento do que estava
acontecendo. No nível de ilustração, basta-se saber que quando Tia Neiva
começou apresentar os sinais de sua mediunidade, foi testada inclusive com
charutos em brasa em sua mão para verificar se estava incorporada ou não.

Pelos dissabores que Tia Neiva passou durante a afirmação de


sua mediunidade, ela pediu a Pai Seta Branca que mantivesse a consciência
do médium de incorporação em nossa corrente, para que ele tivesse pleno
domínio de sua manifestação, e diga se nota, consciência de ser e estar, para
quem além de tudo, também tivesse a responsabilidade no fenômeno.

Assim sob os auspícios de Nossa Senhora da Conceição, nasce


o médium Apará. Uma das características importante do Médium Apara, é o
que mesmo exerce sua mediunidade sob juramento. A possibilidade de
mistificação pelo médium é mínima, embora seja possível acontecer.

A tônica da manifestação do médium Apara é de um semi-


transe, pois durante o processo, a irrigação sanguínea se faz presente no plexo
umbilical (região do abdome) empobrecendo a irrigação no cérebro, desta
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forma a oxigenação nesta região diminui, levando o médium ao semi-transe,


embora com toda a consciência durante todo o processo.

O Apará é o veículo que conduz a individualidade e a faz


manifestar, sendo que no caso de uma individualidade sofredora (espírito
sofredor) o médium vive, sente quase todas as sensações que o espírito está
sentindo.

Quando está manifestado por entidades de luz, embora com


plena consciência (de estar) ele não consegue interferir na comunicação da
mesma, pois o processo é automático, onde na forma de atuação do processo
mediúnico, não lhe é possível raciocinar, ou pensar nesta ou naquela resposta
que necessita dar a quem o está consultando, pois enquanto a entidade está
comunicando, o médium pode estar pensando em sua vida, em seus
problemas.

Portanto há uma dissociação entre o que a entidade está


comunicando e o que o médium está pensando. Muito embora, o médium
Apará tenha outras formas de mediunidade como desdobramento, psicografia,
vidência etc., para a doutrina é importante a mediunidade de desobsessão.

O Apará incorporado durante a comunicação, ele é o interprete


da entidade comunicante, e a qualidade desta comunicação depende de vários
fatores, como por exemplo, a entrega total, a receptividade em seu Guia
espiritual e também a familiaridade com o fenômeno.

Ao chegar na doutrina esse médium traz consigo toda uma


história de fobias, visões e sua vida normalmente está toda desorganizada, em
muitas situações esse médium chega com mania de estar sendo perseguido.

Ao ser integrado ao desenvolvimento o mesmo começa a


compreender e aceitar os fenômenos de que é portador, reequilibrando seus
plexos ao convergir toda a sua energia para a desobsessão, assim ele
encontra o seu equilíbrio e sua vida volta ao normal.

Mesmo dentro da mediunidade do Apará, existem várias


ramificações, e dentro do mediunismo cada uma dessas formas de
manifestação possui características próprias.

O Ajanã, por sua personalidade e por ser do sexo masculino, é


provido de uma sustentação maior em função de sua quantificação na linha
desobsessiva. No consoante e no tocante a forças ele é portador da força
positiva, por essa razão há determinados trabalhos que devem ser designados
aos mestres Lua.

A Ninfa lua é a ternura, como nos diz o Pai Seta Branca, e sua
forma é sempre vista como ternura, como uma Mãe. É a escrava do cavaleiro
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Verde e com ele forma uma conjunção de forças perfeitas conduzindo espíritos
para Deus.

A Ninfa Lua é que representa Koatay 108 nos grandes rituais.


Incorpora Pai Seta Branca, para dar a benção todo o primeiro domingo do mês
no Templo-Mãe. É portadora do carinho, é a figura da candura das vovós, das
pretas velhas das senzalas e dos congás.

➢ Cartas de Tia Neiva aos Aparás:


“Alma livre, evoluída, é o mestre Apará, que rompe o véu da Ciência, dos
preconceitos, que transporta o transcendente, perscruta a alma, descreve com clareza e
precisão.

Quanto mais simples, mais perfeito o exemplo de amor do extra-sensorial;


cientista, se expande com fenômenos inexplicáveis dos surdos e mudos.

É, também, a dor para os que desejam prova. É mais verdadeiro do que


pensamos, pois o mundo é o seu cenário, onde se desenrolam os dramas da vida e da
morte.

Quando desejo explicar, na minha clarividência surge um foco diferente: é


fenômeno especial! Cada Apará é um ator diferente, que exige seu cenário de acordo
com seu padrão. Com auxílio da minha clarividência, vai além do impossível, chega ao
que não foi descoberto.

Sua maravilha e distinção são que o Apará não dispõe de sua inteligência,
vendo tudo por natureza, indo além, muito além de tudo que, comumente, é possível
descobrir, nem sequer pressentido pela inteligência mais perspicaz, mesmo servida por
um microscópio.

Salve Deus, meu filho Apará, fui onde me era possível, onde minha pobre
analogia pode chegar, prevendo outras buscas de Evolução!

Alma humana que não provém de seitas ou de escolas, somente Castro


Alves nos recorda, com a figura do majestoso “O Navio Negreiro”, que, entre mil
versos, diz:

(...) Era um sonho dantesco... O tombadilho/ Que das luzernas avermelha o


brilho, / Em sangue a se banhar. / Tinir de ferros... Estalar de açoite.../ Legiões de
homens negros como a noite, / Horrendos a dançar...//Um, de raiva, delira, outro
enlouquece.../ Outro, que de martírios embrutece, / Cantando, geme e ri!
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Foi então que neste quadro dantesco de dor, apareceu a figura de Nossa
Senhora da Conceição APARÁ; compadecida, chegava sutil e falava, naquela era
sofrida, àqueles que, por Deus, ali estavam, sem carinho, sem esperança e sem amor.

Apará, Apará! Era como a chamavam.

Ela se manifestava entre eles, dando-lhes força, soprando suas feridas.


Apará hoje és, na tradição deste exemplo, deste amor.

Apará, meu filho, Apará! Não te esqueças de que, outrora, na dor, Nossa
Senhora Apará, de poderes infinitos, nunca ensinou a ira, muita menos a vingança ou
a riqueza, mas, sim, a humildade, a tolerância e o amor!

É tudo, filho querido do meu coração, na tua graça singular. É a história


que ficou. Os teus poderes são tudo o que disse, este pouco que pude dizer...”

(Tia Neiva, 23.1.79)”.

“Sabemos que nossas vidas são governadas pelos nossos antepassados e que
tudo vem do princípio doutrinário que nos rege. A vontade tem sua origem na
sensitividade, com predominância na fonte de energia que nos dá a faculdade da
inteligência, na consciência animal que se transforma na sensibilidade cristã, a
consciência espiritual.

Sim, filho, a consciência espiritual. Aparelho anímico ou material psíquico,


constituído pela memória, atenção, percepção, compreensão e cristianismo, sempre
iluminado pela razão. Em ti, filho, refletimos todos os atos da força absoluta que vem
de Deus Todo Poderoso. E para que possamos condenar sem precipitação, o teu
comportamento é o único sentimento a ser julgado.

Você, filho Jaguar, Raio Lunar, é a própria revelação. Sim, muitas vezes,
um aparelho em sua conduta moral agasalha um espírito das Trevas, dando-lhe a
oportunidade de ser gente, isto é, segurando suas terríveis e pesadas vibrações e, com
amor, o deixa falar ou promover um diálogo com o Doutrinador.

Filho, muitas vezes, eu, tua mãe clarividente, vejo muitas oportunidades
perdidas: um feroz exu que, por falta de um diálogo, poderia voltar para Deus. No
entanto, só diz heresias por falta do bom comportamento do sensitivo. Filho, todos nós
precisamos de carinho e, eles, apesar do seu endurecimento, são carentes de amor.
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Eis a razão do Doutrinador, em Cristo Jesus, sabendo conduzir o anjo e o


demônio em sua conduta doutrinária.

É assim, filho, um aparelho sensitivo espiritual pelo qual as forças extra-


sensoriais se manifestam. Por conseguinte, você é o próprio poder da Justiça, se
engrandece ou se condena.

Sim, a consciência fecha o ciclo evolutivo da força psíquica sensitiva.


Então, filho, com um pouco de reflexo poderá concluir as mensagens e se souber colocar
esta candeia viva nos mais tristes recantos da dor, mais uma vez poderá aliviar e
esclarecer os incompreendidos.

Tanoaê, filho, é um poder que emite sua força no vento, nas tempestades.
Tanoaê tem poderes de manipular forças, abrindo o nêutron, para levar sua mensagem e
fazer a sua reparação.

Não é justo, filho, depois da incorporação, ficar em dúvida: Será que


incorporei? Será que foi o Preto Velho ou o Caboclo? Não foi somente uma impressão
minha? É triste para os nossos mentores que se apressam para que saia tudo com a
precisão do Espírito da Verdade.

Trata-se de um conjunto, de um ritmo de aparência, de encantos, de


energia. Não podemos designar este sentimento de amor. É o coroamento das virtudes,
é muito mais científico do que pensamos. Quando solicitamos uma incorporação, uma
enorme e complexa força se faz em nós.

Seria bastante o cruzamento destas forças para a cura desobsessiva, quanto


mais que sabemos da presença de Caboclos e Pretos Velhos. Contamos ou marcamos
uma história que o velho mundo ensinou, quando surgiu o cristianismo.

Subiram os Deuses Alexandrinos e o Mitra Solar para combater a


adivinhação, os adivinhos, porque, além da sua magia, formaram um grande comércio.
E a religião não sobrevive ao lado dos adivinhos, dos magos ou pitonisas. Condena-se
os adivinhos porque predizem sem intervenção divina.

Muitas vezes, pensamos que somos obrigados a dizer o que exige a nossa
real intuição. Não, absolutamente, a profecia ou adivinhação é algo muito perigoso. A
nossa obrigação em Cristo, na Lei de Auxílio, é procurar, pois, a nossa luz íntima,
oferecendo, aceitando e confiando o máximo de nós sem pedir nada em troca, isto é,
nem mesmo a vaidade pelos fenômenos de que somos portadores. Estamos no caminho
dos homens e, por isso, devemos nos resguardar de cada coisa.
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Uma expressão diferente para fazer luz desde as manifestações dos


humildes dos planos inferiores, desta natureza em sua feição divina, porque até o mar
profundo sabe agasalhar sua natureza.

Sim, a função do duplo é servir como condutor e condensador de energia e


de emanações ectoplasmáticas entre o perispiritual e o físico. É um processo no centro
de forças que denominamos chakras.

Neamze, uma rica pitonisa, que estarrecia a todos com sua força, seu poder,
de qualquer forma era eficiente. Sim, ainda se falava em Amon-Zeus por todo o Egito.
Oráculo de Amon-Zeus.

Neamze era uma das divinas, após curar o filho de Thunis, fez uma
adivinhação: Preconizou a morte de sua escrava preferida. Thunis ficou furioso e
esperou o dia fatídico, porém, a escrava não morreu naquele dia. Então, Thunis
esqueceu do que recebera e pensou: Foi a fatalidade que decidiu a cura de seu filho e,
acusando-a de impostora, mandou matá-la.

Três dias depois, sua escrava morreu, também, porém, seu filho foi feliz e
nada lhe aconteceu, Thunis foi infeliz por toda sua vida. No entanto, tudo era tão
lindo antes da adivinhação.

Sim, não se preocupe se o seu Mentor não é adivinho. Partimos, filhos, para
os curadores ou curandeiros. Não são médiuns Aparás - ou são e não se desenvolveram
- e fazem suas curas pelo seu canal de emissão que Deus lhes proporcionou. Pagam, na
maioria das vezes, os velhos débitos pelas críticas dos que são curados.

A percepção é algo perigoso. O médium que tenha a faculdade de percepção


vive sempre triste por suas percepções. Eu, com toda a minha clarividência, em nome de
Nosso Senhor Jesus Cristo, sofro por não saber assimilar uma visão.

Filho, para ser um verdadeiro medianeiro, viver emitindo a voz direta do


céu é preciso única e exclusivamente a sua conduta doutrinária ao lado do seu Mentor,
para sustentar a sua emissão.

Sim, filho, o desenvolvido recebe a sua emissão. Emissão é um canal na


linha horizontal, que capta as forças que atravessam o nêutron. O médium
desenvolvido é responsável por dois canais de emissão que se cruzam e são ligados em
seu interoceptível, formando seu equilíbrio na conduta doutrinária.

Vê-se o poder que se levanta em um Mestre Lunar. Observem, também, que


o simples Apará, em força ou emissão menor, também tem suas emissões diretas. Sem
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mestres iniciados, o médium que não tem suas emissões em heranças transcendentais,
está sempre em desequilíbrio.

Sim, o interoceptível é como uma balança onde nossa cabeça é o fiel desta
balança. Pesando só terra entra em equilíbrio.

Salve Deus, meu filho!

Que Jesus nos ilumine nesta jornada.”

(Tia Neiva, 8.4.79)


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2. O Doutrinador.
Por receber o influxo da projeção das energias espirituais em
seu centro frontal, ou chakra frontal, onde a irrigação sanguínea se faz com
grande intensidade, ele se mantém sempre alerta, sempre de olhos abertos,
sempre com a razão predominando acima de suas deduções, porém sem
perder o caráter de sua personalidade.

O Doutrinador é um médium de certa forma novo neste terceiro


plano, foi preconizado nos planos espirituais no século dezoito por Pai João,
Pai Zé Pedro e Natacha na cachoeira do Jaguar.

Na década de cinquenta na UESB, em uma reunião nasceu o


Doutrinador. Ele é o médium que não precisa entrar em transe mediúnico para
receber a intuição, a projeção de suas entidades.

Quando mediunizado pode perceber as variações de energia no


ambiente, pode discernir os espíritos que estão manifestados. Tem a condição
através da elevação cabalística, de transpor um espírito além deste plano
físico, conduzindo-o aos planos espirituais para tratamento.

É aquele que acompanha o médium Apará em suas


manifestações, dando assistência ao médium e as entidades que ali irão
chegar. Através de seus passes e limpezas magnéticas podem dar ao espírito
novamente a clareza e a certeza de novamente ser gente.

Sua responsabilidade vai além da manifestação propriamente


dita, pois tem também a incumbência de dirigir, coordenar e supervisionar todo
o sistema doutrinário. Ainda mais, ele tem o fluído ectoplasmático, quantificado
e qualificado para dar ao espírito a condição necessária para que possa
restabelecer e voltar a Deus, retomando sua caminhada missionária.

➢ Cartas de Tia Neiva sobre o Doutrinador:

“O Doutrinador é um poderoso foco de Luz, cujos raios atingem a fronteira


intelectual que ilumina todo o ciclo da vida.

Ele esclarece e justifica as chamadas Ciências Ocultas, explicando


racionalmente suas deduções, os porquês das vidas astral e física. É o canto universal,
é a vida de povos com caráter e sua natureza. Estão sempre a receber a mais viva Luz!

Ser um Doutrinador é ser um profundo conhecedor, até ser um cientista.


Sim, cientista é ter conhecimento das coisas, dos fatos e dos fenômenos em si mesmo, em
sua natureza e em suas origens.
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Analisa e expõe a origem da evolução humana; a criação das matérias; o


significado de átomos e células; a formação dos seres; e a força psíquica,
proporcionadamente.

O Doutrinador se utiliza de seus conhecimentos fundamentais, cuja


linguagem é sempre clara. É ciência da Luz e do fenômeno simples, dirigindo somente o
seu raciocínio, sem esquecer a independência de seu caráter.

A sinceridade e suas convicções provam o fato de ser um Doutrinador. Para


nunca se enganar, persuasivo autor; sempre de olhos abertos, sempre no alerta dos
fatos, dos fenômenos da vida; sempre o sentido no fenômeno e na vida fora da matéria.

O Doutrinador deve sentir-se o “extraordinário”, sublime, palpitante de sua


silenciosa manifestação doutrinária nos extra-sensoriais e no Homem, até sentir estar
penetrando em suas três emissões, sempre exposto à Justiça Universal.

Expressivo e atento, é o Doutrinador confiante.

Assim é o Doutrinador!”

(Tia Neiva, 24.6.78)”.

“O Doutrinador está se preparando para não ter dúvidas - essa a minha


insistência!

Nos enfermos, pela atuação de uma projeção negativa, obsessiva, a


tendência é confundir o ambiente para que não se obtenha um diagnóstico preciso para
levar a vítima ao seu objetivo. (...)

O Doutrinador não é simplesmente um Doutrinador, porque o coração do


Homem é um santuário de Deus vivo. O certo é que todas as vidas individuais são
centros de consciência na vida única.

A sensibilidade afetiva se encontra em todas as formas de vida, pois em


tudo existe a essência divina e, por conseguinte, aí proliferam o amor e a sabedoria.

Meu filho, nossa obra chegou, agora, a um plano superior de


desenvolvimento espiritual, superior aos ensinamentos elementares e às simples
manifestações.
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É chegada a hora dos Grandes Iniciados. Veremos, num futuro próximo,


grandes acontecimentos que se desencadearão aos nossos pés, fenômenos que vão nos
ligar deste mundo a outro.”

(Tia Neiva, 13.9.84)”.


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3. Outras mediunidades e a visão da doutrina


A Doutrina do Amanhecer não nega outras mediunidades que
não sejam Doutrinador e Apará (Vidência, psicografia, etc.), mas não incentiva
ou utiliza as mesmas, sendo esta a razão técnica da doutrina ser
essencialmente desobsessiva.

Muito embora exista a manifestação dessas mediunidades nos


médiuns, endossar ou apoiar esses desenvolvimentos não irá contribuir para o
progresso da doutrina e nem tão pouco do médium, mas por outro lado não
quer dizer que essas mediunidades não possam ser usadas em benefício
próprio.

Outro fato digno de nota é a situação que se encontram muitos


de nossos médiuns. Com o aflorar de suas mediunidades e sem ter um apoio
adequado, acabam por cair num caminho de desequilíbrio.
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➢ Distúrbios mediúnicos e psicológicos


Segundo definição da OMS (Organização Mundial de Saúde)
“saúde” é o completo bem estar físico e mental, mas não significa que saúde é
a ausência de doenças, mas sim, o perfeito equilíbrio entre corpo e mente, e
em nosso caso há um terceiro que é o equilíbrio espiritual.

A Doutrina do Amanhecer é essencialmente desobsessiva, por


esta razão procura tratar das doenças espirituais e, uma vez essas doenças
curadas, o corpo físico por si só se regenera.

Outro fato muito complicado para nós médiuns que lidamos com
as patologias físicas emocionais e espirituais é definir onde termina uma e
começa a outra. A promessa do acerto dessas situações no sentido de defini-
las, é somente através de nossas entidades, pois as mesmas conseguem ver o
quadro cármico espiritual dos pacientes, fazendo, portanto, essa definição ou
diagnose mediúnica.

A atuação de um espírito sobre um encarnado se faz por


osmose, ou seja, a aproximação do espírito sobre o encarnado vai permitindo
uma troca de fluidos, essa troca vai proporcionando ao encarnado falência
gradual de seus sistemas físicos, psicológicos e emocionais.

Quando esta aproximação, chamada por nós de obsessão, se


acentua, o encarnado vai perdendo sua identidade e sua razão também vai
diminuindo. Com isto a alimentação por parte do obsessor vai aumentando, e
este relacionamento só pode ser interrompido ou descontinuado, quando o
afastamento dessa entidade é realizada através de um trabalho espiritual.
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➢ Atuação cármica
O carma é intocável, não pode ser retirado, mas pode ser
atenuado ou recartilhado. Através do trabalho mediúnico o médium vai
adquirindo seus bônus e com ele vai de certa forma diminuindo sua dívida
cármica.

O carma são as dívidas adquiridas por nós durante nosso


processo encarnatório. É complicado para nós que habitamos este terceiro
plano, saber identificar e quantificar o que é carma e o que não é. Muitas vezes
essa palavra é usada indevidamente, deturpando sua essência.

Nossas dores nem sempre são consequências cármicas, podem


ser caminhos que nós mesmos escolhemos, e na lei de ação e reação não é
difícil identificar tais fatos. É evidente que também estamos a resgatar nossos
carmas, e a melhor maneira de fazê-lo e pelo amor.
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4. Transcendentalidade
São cinco ciclos sem voltar ao Planeta Mãe Capela, segundo Tia
Neiva são aproximadamente dezenove encarnações que a maioria de nós
outros Jaguares estamos neste terceiro plano a peregrinar entre esta
encarnações no sentido de ressarcir essas dividas transcendentais.

Nossa primeira experiência como Equitumans foi desastrosa,


tínhamos poderes especiais, éramos adaptados fisiologicamente para
conseguir desempenhar a missão a qual fomos designados.

Mas nos perdemos, e assim, numa sucessão de outras


encarnações, os erros e as falhas encarnatórias nos levaram a ficar por volta
de cem anos no espaço, para a preparação da vinda do Doutrinador e este
desafio do Terceiro milênio.

A análise das encarnações que tivemos deveria servir de alerta


para que hoje possamos nos preparar interiormente e sob a luz Crística vencer
as dificuldades encontradas nesta encarnação.
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5. Obsessores
O obsessor é um espírito que mantém um relacionamento direto
com um ser encarnado, por afinidade, e esta afinidade, normalmente foi ou é
adquirida quando os dois espíritos estão ou estavam encarnados.

Por afinidade, porque a proximidade e os relacionamentos mais


próximos, quando fadados ao fracasso, tendem a criar um clima de ódio que
perdura até depois do desencarne. Então fica um plano espiritual, assediando,
perseguindo o encarnado até que se faça o reencontro e consequentemente o
reajuste. O processo desta obsessão se faz através de vampirizar, sugar a
energia do encarnado. Mas esta obsessão nem sempre se faz através de
ações de desentendimentos, pode ser feita através de um amor mal
correspondido.

No mediunismo, este afastamento pode ser realizado, mas sem


a razão do assédio ser resolvido, pode levar a transtornos maiores, inclusive
agravando-se esta situação a ponto do obsessor ser levado a condição de seu
ódio aumentar de tal forma que o leve a se tornar um Elítrio.

Para que este reajuste seja feito a contento, é necessário o


reencontro do obsessor, e aquele que objeto de tal ação.

6. Obsessões:
As obsessões são o resultado da ação do obsessor, e elas
podem ser as mais variadas e das mais diversas formas.

Também segundo o 1º Mestre Sol Trino Tumuchy, diz-se


que uma pessoa é obsediada quando ela tem uma ideia fixa, ou seja, ama ou
odeia descontroladamente.

No âmbito do mediunismo o fenômeno adquire outra


dimensão, ao admitir fatos estranhos a sua vida pelo paciente, e mais por
abranger fatores e fatos transcendentais da anormalidade.

Para que seja considerada no mediunismo como obsessão


é necessário que este paciente perca sua liberdade, seja total ou parcial, para
outro espírito.

No processo reencarnatório o espírito encarnado submete-


se às leis que regem este processo, atendendo as leis de ser encarnado,
inclusive seguindo os padrões sociais onde se encarna, nesta situação a
psique, ou alma é que determina as condições sob as quais o espírito deve
transitar.
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Então, trava se uma luta, onde a simbiose entre


personalidade e individualidade entram em cena e onde a obediência ao
programa preestabelecido pelo espírito quando se propôs a encarnar e os
interesses cotidianos da vida física começam a conflitarem e serem
divergentes.

Em contrapartida o espírito necessita das metas


estabelecidas pela individualidade no processo evolutivo, devendo ser
considerados dois fatores preponderantes e decisivos nas obsessões: a
relatividade do tempo para a psique ou alma, e os valores atemporais do
espírito.

Enquanto a personalidade procura o oceano de ventos


calmos, estabelecendo para seu corpo físico uma paz mais duradoura, a
dinamicidade do espírito procura o conflito que é gerador, propulsor dos
reajustes.

Mais que obsessão, o termo mais adequado para definir o


processo seria “obsessões” (no plural), por se tratar de várias formas e tipos
encontrados em nosso terceiro plano. Existem diversas formas de obsessões,
e a seguir falamos sobre algumas delas:

➢ Obsessão por desencarnado:


É a mais comum das obsessões, onde o espírito ao
encarnar já traz uma série de programação voltada aos outros espíritos
desencarnados.

Quando um encarnado é obsediado ele gera um quantum


de energia que alimenta o obsessor e este, sentindo-se vingado ou alimentado,
deixa o obsediado.

A outra forma de libertar o espírito obsessor é através do


trabalho mediúnico.

Quando a atuação causada pelo obsessor não provoca um


sofrimento em nível que o encarnado sinta dor suficiente para dar ao obsessor
o sentimento de ser ressarcido pelas dores causadas pelo fato que gerou a
obsessão, esse obsessor pode se aproximar com mais intensidade, penetrando
no centro nervoso do encarnado, chegando ao ponto de assumir a
personalidade do mesmo. Este quadro é notado quando o encarnado
apresenta quadros neuro-psicóticos, esquizofrenia, ou pseudo esquizofrenias.
Estes sintomas mal interpretados geram toda uma gama de pacientes que se
encontram em clínicas e manicômios.
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➢ Obsessão por Falanges:


Numa similar ao nosso terceiro plano, os espíritos também
se agrupam em grupos sociais. Estes grupos também são bastantes
organizados hierarquicamente em suas funções e atuações. Suas atuações
são mais no sentido de atuar em uma coletividade, ou na forma de atingir um
grupo. Suas ações são voltadas para desequilíbrio da estrutura harmônica de
uma coletividade.

Mas mesmo que esta obsessão vise alterar a estrutura


desta coletividade, o alvo ou objeto desta atuação é o indivíduo que dispõe de
um fator energético maior, portanto produz mais energias e consequentemente
alimenta mais seus obsessores.

Mas isto não quer dizer que esta atuação seja somente no
coletivo, pois, segundo o mestre Tumuchy, um alcoólatra que perambula pelas
ruas pode estar atuado por uma falange ou mais de espíritos.

➢ Obsessão Licantrópica:
São os casos onde o espírito já traz em seu corpo físico
seu obsessor, sua densidade molecular é muito alta, extremamente
condensada, e vem programado para despertar, atuar em determinado tempo
da vida do encarnado.

É sabido que o espírito, ao desencarnar, leva consigo as


impressões ou sensações de suas encarnações. Quando esta situação
acontece no modo mais terrível da crueldade humana, o ódio e o desejo de
vingança é levado ao extremo, causando uma alteração no corpo espiritual
daquela individualidade, que se atrofia, se condensa tanto em estrutura
molecular, quanto sua consciência espiritual estiver voltada para o desejo de
vingança.

Mas mesmo neste desejo de vingança, e a programação de


cobrança, ele só a faz quando o encarnado atinge uma condição espiritual
suficiente para que seja feita tal desdita.

Até o terceiro mês de gestação é programado todo o


processo de cobrança e então, após este período, é adicionado ao feto os
Elítrios que fazem parte daquela programação cármica. Neste caso, ele pode
aparecer em qualquer fase da vida do encarnado, ou seja, na infância, na fase
adulta ou na velhice.

Muitas vezes o espírito encarna somente com o objetivo de


proporcionar àquele Elítrio a oportunidade ideal para este triste reajuste. Uma
vez efetuada a cobrança e realizado o reajuste, o Elítrio retoma sua condição
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na escala evolutiva, e o encarnado livre de sua cobrança volta também para o


plano espiritual.

➢ Obsessão possessiva:
Poderia ser classificada como possessão, pois se dá entre
vivos. Na obsessão o espírito se liga ao outro, principalmente pelos centros
nervosos, ou chacras nervosos e, na possessão a energia emitida é de tal
maneira poderosa que ela penetra na áurea do outro, formando quase que uma
outra personalidade destacada do indivíduo, normalmente isto se dá pelos
ódios e amores exagerados gerados pelo excesso de apego ao outro.

Normalmente o possuído por esta força costuma atribuir


todos os seus fracassos ao outro, gerando uma anomalia psíquica altamente
nociva.

Ao ocupar parte do corpo do outro, faz com este gere um


ectoplasma nocivo que invade a medula irradiando por todo o corpo e sendo
distribuído aos membros inferiores, gerando como primeiro sintoma dores
generalizadas na perna.

Esta ação acentua-se durante o período do sono. Onde o


corpo ectoplasmático entra e sai provocando estados alternados de depressão
e anormalidade. A ação direta dos mentores é fator primordial para a cura e
amenização deste estado nos pacientes.

➢ Obsessão do próprio espírito:


Esta forma de atuação é do próprio espírito, pois este se
liga a fatos transcendentais nos quais houve sofrimentos ou atuações psíquicas
deturpadas, e aliadas a este fato, soma se a presença de espíritos que
estiveram juntos nestes processos encarnatórios provocando uma dissociação
entre o espírito conturbado no passado e a presente encarnação, gerando
assim quadros de desequilíbrios e angustias constantes, normalmente acomete
pessoas aculturadas, de pensamentos radicalistas, então ele se liga a outros
espíritos na mesma frequência vibratória.

Por haver distonia entre as ideias espirituais e transitórias


causam um desequilíbrio tanto espiritual quanto psíquico levando o indivíduo
ao limiar da esquizofrenia. Isto se manifesta pela violência conjugada com
crises de convulsões, uma forma de identificar este tipo de atuação é a maneira
como o paciente reage quando é pronunciado seu nome.

➢ Obsessão religiosa:
Como o nome diz é a forma extremada de conceituação e
vivência religiosa, onde o indivíduo deixa suas atividades normais e essenciais
do dia a dia e passa ser subjugado pela religiosidade e ou prática dela.
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No espaço se liga vibracionalmente a falanges


especializadas na atuação de componentes de sistemas religiosos, cuja
argumentação destes seres é falar em nome de Deus e agir dentro de um
sistema radical, não participando de nenhuma forma dos ideais do evangelho
de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sua lei é dente por dente, e olho por olho.

É composta por cientistas, líderes religiosos


inescrupulosos, grandes sábios que ao desencarnar continuam a agir dentro
dos padrões racionais exagerados.

No espaço constroem grandes universidades voltadas para


a engenharia genética cuja finalidade é conseguir encarnar sem passar pelos
métodos Crísticos. Fazem parte do Vale das Sombras.

➢ Obsessão alcoólica.
Também chamada de obsessão química. Essas
substâncias passam a fazer parte da corrente sanguínea de seus usuários,
alterando a química do ectoplasma.

No decorrer do tempo as células nervosas vão perdendo


suas características e o encarnado vai perdendo o contato com a realidade e o
meio que o cerca, e suas ações psicofísicas vão se distanciando do mundo real
em termos de normalidade e percepção.

Nessa obsessão acontecem dois fenômenos: um da


osmose, onde troca de fluidos magnéticos entre o encarnado vão se
intensificando cada vez mais, e outra da simbiose, onde cada vez mais o
encarnado passa a ser monitorado e manipulado pelos espíritos que se
alimentam deste tipo de fluidos ectoplasmáticos.

O espírito desencarnado passa a conduzir seu tutelado,


fornecendo uma falsa proteção para poder continuar se alimentando até que as
condições fisiológicas do encarnado chegam à exaustão levando ao
desencarne.

➢ A desobsessão:
Dependendo do nível da obsessão a cura pode ser rápida,
demorada ou quase impossível.

Há de se levar em conta que o paciente quando entra num


quadro obsessivo intenso e este é entendido como uma síndrome psicótica,
neurótica ou esquizofrênica, antes de se optar pelo tratamento espiritual
geralmente é levado a tratamento nos manicômios por processos químicos
pesado e choques elétricos, tornando a ação do mediunismo quase que
ineficaz.
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Mas na maioria das obsessões de intensidade leve e


mediana, o tratamento espiritual produz grandes resultados, e isto se faz pela
atenuação das cargas magnética geradas por espíritos e suas atuações.

Assim, o afastamento dos obsessores e seu


encaminhamento para as casas transitórias, faculta ao encarnado um alivio
imediato e consequentemente a regeneração das células afetadas e a cura se
procede usando os métodos da medicina tradicional, ou o próprio organismo se
ocupa desta regeneração.
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7° ENCONTRO – ROTEIRO 07

1. O Fator Humano:
Não há como desvincular ou separar o fator humano, ou a parte
humana (a personalidade) da parte espiritual propriamente dita.
Nós seres humanos somos essencialmente movidos por
sentimentos ou pela parte psicológica.
Sentimos, vivenciamos tudo que nos rodeia e agimos dentro do
processo inerente a parte psicológica, também diante das situações em que
nossa sociedade ditou como regra.
Os relacionamentos sociais foram pouco a pouco sendo
incorporados a cada grupo social a medida em que ele se firmava no local em
que começava um grupamento ou núcleo habitacional.
Há 32000 anos um grupo de individualidades oriundo de um
planeta chamado Capela, chegou na terra com o objetivo de trazer toda uma
cultura a um povo que aqui já existia, fato este corroborado pela gênese
Mosaica quando em seus versículos diz:
“E vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas,
tomaram para si de todas as que escolheram, e lhe nasceram filhos.” (Gn 6:1-2)
São eles os gigantes ou nefilins da antiguidade. Os Equitumans
quando aqui chegaram encontraram todo um povo com uma cultura própria e,
mais adiantados tecnológica e culturalmente, logo trataram de informar,
aculturar o povo que aqui vivia. E a medida em que o tempo foi passando,
civilização após civilização, foi essa cultura vinda de outros mundos sendo
incorporada à cultura dos terráqueos.
Esse fato observa-se também quando os portugueses deixaram
as terras lusitanas e encontraram os silvícolas nestas Terras de Santa Cruz, e
através dos padres Jesuítas foi sendo feita a “catequese” dos índios brasileiros.
A Doutrina do Amanhecer em sua forma de execução também
aqui no plano físico é muito nova, basta voltarmos ao passado e teremos como
marco a década de cinquenta, onde na Serra do Ouro Tia Neiva em uma
reunião cria o doutrinador.
A maioria das pessoas que participaram no início da formação
da doutrina, graças à clarividência de Tia Neiva, foram “convidados” a participar
da corrente. Todos eles traziam alguma formação doutrinária e em sua maioria
eram católicos, evangélicos e participantes de religiões espíritas. Chegando ao
Vale do Amanhecer, passaram a absorver uma cultura nova, a assimilando em
toda a sua extensão.
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Mesmo hoje, diante do avanço doutrinário que os componentes


da doutrina alcançaram ainda há a presença do fator humano no exercício da
mesma, pois mesmo a doutrina possuindo sua essência divina, ainda há o fator
medianeiro para o cumprimento da mesma.
Na comunicação emanada pelo médium Apará, por muitas
vezes ele fica um pouco preocupado, pois a mesma é de forma muito sutil, ele
então se pergunta até onde vai a sua participação na execução da
incorporação e onde é o médium, onde é a entidade comunicante.
Para que possamos compreender o fenômeno da incorporação e
comunicação é necessário que saibamos compreender o mecanismo da
mesma. O médium de incorporação cuja tônica ectoplasmática se faz sentir no
plexo solar, onde toda a pressão e irrigação sanguínea são convergidas para a
região do plexo solar, empobrecendo assim a condução de oxigênio pelo
sangue até o cérebro, fazendo com que haja um leve transe, facilitando assim
o trabalho da entidade comunicante.
Mas quem fala é o médium, seu sistema psicológico não é todo
ocupado, “tomado”, e como a palavra incorporação traduz que é
incorporar...Juntar uma coisa à outra. Ou seja, a entidade comunicante e o
médium, numa simbiose perfeita, onde na medida em que vai havendo uma
relação de confiança maior entre o médium e a entidade que ele tem como
Guia, também vai facilitando as comunicações e o trabalho daquele guia.
Mas haverá sempre o fator humano presente em todas as ações
mediúnicas em que estiver o ser humano presente, o próprio nome já outorga
essa condição... Médium... meio entre um ponto e outro.
Então em síntese esse fator humano é de extrema importância,
pois as entidades que assistem nossa doutrina, respeitam acima de tudo o
homem em sua livre vontade, em seu livre arbítrio, porém a consciência do
missionário na maioria das vezes isenta essa participação do médium na
comunicação, cortando assim a possibilidade de interferência ou mistificação
na comunicação mediúnica.
Há sim a interferência ou mistificação por parte dos espíritos,
onde o processo é uma brecha, um descuido, pois a faixa vibratória ou energia
mediúnica cai de padrão dando a oportunidade que espíritos que vibram na
mesma frequência aproximem e entrem naquela comunicação e somente o
doutrinador bem atento, “bem sintonizado é capaz de perceber esta
interferência”.
É lógico e evidente também que nos meandros da execução da
doutrina as questões essencialmente humanas também estejam presentes. Há
a necessidade da organização física, jurídica, financeira etc. Portanto, não há
como essas questões que são da esfera humana não estarem presentes.
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Porém, nos rituais onde a parte divina é exercida, o fator


humano, melhor ainda, a personalidade nunca está presente, pois, predomina
uma outra força e situação mais importante e mais concreta, embora em sua
forma abstrata, que é a individualidade.
É o homem e sua força espiritual, no trabalho e mediúnico
predomina o Mestre, esse homem ou ninfa que evoca e invoca as forças
inerentes a sua transcendência, e quando investe os poderes que lhe foram
confiados na força absoluta de Koatay 108, ele é intocável em suas ações, pois
todas as suas atitudes estão isentas do fator da personalidade.
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2. Pensamento Doutrinário:
A doutrina do Amanhecer em suas linhas doutrinárias procura
conscientizar o homem de sua responsabilidade com o desenvolvimento deste
terceiro plano e de sua ligação com o transcendente.

Como a doutrina tem uma visão clara do processo


reencarnatório é lógico que há toda uma implicação a nível desse passado em
nosso dia a dia, o que na verdade estamos falando é no carma, sua lei e sua
inexorável presença em nossas vidas. As nossas ações hoje podem ter toda
uma influência do passado e o compromisso na evolução desta terra. Este
compromisso é INDIVIDUALIDADE E PERSONALIDADE.

O que diferencia o homem de outros animais é a capacidade


que ele tem de raciocinar e comunicar-se entre os seus. Ele tem consciência
de si mesmo e acima de tudo de sua finitude, ou melhor, que um dia irá morrer,
deixar de existir neste plano.

Diante dessa verdade inexorável ele procurou no mito, na


natureza, enfim no que lhe pudesse dar-lhe a certeza que esse “morrer” seria
apenas a “morte” da parte física, da parte biológica que nele está contido. Com
o desagregar, ou o cessar das funções orgânicas das quais constituem seu
corpo, a parte abstrata ou a parte psicológica iria se juntar a uma outra
imaterial a qual denominamos espírito.

Os gregos falam muito sobre psique ou psicossoma que nós


chamamos ou denominamos de alma. Alma quer dizer a parte anímica que
está contida na carne, então logo temos uma unidade que comporta, contém
um corpo físico ou estrutura biológica que está reunida em centenas de
milhares de átomos, que por sua vez está também em centena de milhares de
células com as mais variadas formas e funções mantendo esta unidade
biológica funcionando e sendo dirigida, comandada pelo cérebro com seus
impulsos elétricos.

A alma e o espírito se juntam formando uma identidade


transitória que começa a se consolidar a partir da formação do feto e
culminando com sua interação logo após três meses de idade.

Então temos uma personalidade, e ela é formada até mesmo


antes do “indivíduo” existir, nascer nesta terra, e terminará ou deixará de existir
em sua plenitude após esse mesmo corpo morrer, deixar de existir neste
terceiro plano. Após esse corpo deixar de existir ficará o espírito, que já existia,
e continuará a existir indefinidamente procurando a sua perfeição como
unidade e ou individualidade transcendente.
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Então temos que a personalidade é transitória sendo formada


pelas informações que o homem acumula a partir de seu nascimento, e claro a
mesma é transitória.

A individualidade sempre existiu e caminha pelo tempo e nos


tempos sempre indo e voltando a seu ponto de origem e cada vez que se
agrega a personalidade, somando se a ela e após se desatar, se soltar leva
não só o aprendizado como todas as experiências acumuladas durante a
encarnação.

Durante o tempo em que a individualidade (espírito) fica no


etérico aguardando uma outra oportunidade para voltar a reencarnar, se
necessário, esta individualidade volta a encontrar-se com os seus, ou seja, sua
família espiritual. Neste local no universo, há toda uma organização social, um
mundo imerso em outros mundos, perfeitamente organizado.

Quando comunicada, esta individualidade já ciente de sua


próxima encarnação, começa a programá-la, escolhendo todos os tópicos que
serão necessários para o perfeito cumprimento da meta estabelecida por ele
mesmo.

Não só a personalidade é moldada, escolhida por ele mesmo,


assim como o meio em que irá encarnar, sua família cármica, as doenças, e o
que irá desempenhar enquanto encarnado na organização social terrena que
irá pertencer.

Tudo acertado, em um processo inverso ao da morte terrena,


porém consciente do fato, se despede dos seus se dirigindo a um
departamento onde serão apagadas todas as lembranças de sua última
encarnação, pois ao chegar à terra ele terá que construir sua próxima
personalidade, embora obedecendo todas as linhas mestras daquilo que ele
mesmo livremente escolheu para cumprir.

Como um motorista que segue de uma cidade a outra, sabendo


que terá de chegar, mas tem a liberdade como chegar, escolhendo as estradas
em que deverá trafegar, mas dentro de si, embora no seu inconsciente, que
precisa cumprir, ou seja, que precisa chegar ao seu destino.

Ao chegar na terra, dependendo de sua missão e principalmente


se for um missionário esta individualidade terá uma dádiva ou uma qualidade
sensorial a mais que é a mediunidade agregada à condição de missionário.

Às vezes, porém, aqui ao chegar o espírito, mesmo tendo uma


missão específica a cumprir, se desvia pelos atrativos que a terra oferece, onde
a alma, a psique, esta parte anímica mais se afina, e numa atração mútua,
prazeres terrenos e alma se fundem fazendo o espírito se esquecer deixando
de cumprir as metas assumidas no plano etérico.
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Ao reencarnar esta individualidade foi acompanhada por seu


Guia espiritual, e este também tem uma missão a cumprir, e esta missão pode
ser justamente ter que acompanhar, auxiliar aquela individualidade encarnada
a executar sua missão.

Se por algum motivo ele se desvia de sua programação original,


há o chamamento por parte de seu guia, para que ele volte a trajetória original
de sua encarnação.

Mediunidade e missão, não sendo exercida e nem cumprida


começa então o desequilíbrio na vida deste ser, onde as coisas não dão certo
de nenhuma forma. Então paulatinamente vai retomando sua consciência
missionária e volta-se para seu cumprimento.
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3. Organização Física:
Somos físicos, vivemos em um mundo onde a ingerência social
é montada nas reações de nós seres humanos. Obedecemos a regras sociais
que foram sendo implantadas e implementadas através dos milênios. Das
cavernas rupestres, das ocas indígenas, das casas montadas em árvores
fomos evoluindo lentamente até chegarmos aos palácios e edifícios cuja altura
parecem tocar o céu.

As estruturas destinadas a alcançar a divindade também


obedeceram ao mesmo princípio evolutivo, do altar em pedra onde eram
imolados os animais, das pirâmides no Egito, chegamos hoje a imensas
catedrais, as mesquitas, aos templos do amanhecer que embora em sua
maioria são construções simples, mas que demonstram complexidade em sua
estrutura arquitetônica.

Para que essas construções pudessem ser erigidas, construídas


foi necessário além dos materiais de construção, uma mão de obra de
centenas de pessoas, sem mencionar o fator financeiro e a maneira como
esses recursos foram levantados para esse fim.

No Amanhecer não há uma participação pecuniária efetiva


direta, há sim uma participação espontânea de seus membros, não sendo
permitida a ajuda financeira de pessoas que não pertencem à doutrina, e
mesmo entre seus participantes esta ajuda é realizada esporádica, sendo
acionado seu corpo mediúnico quando surge a necessidade de se construir, ou
reformar suas dependências.

Quanto ao estilo arquitetônico de seus templos e locais de


rituais, não houve a participação de nenhum arquiteto, engenheiro ou,
profissional dessas áreas.

Tia Neiva idealizou todas essas construções. Através de sua


clarividência recebia dos planos espirituais, dos mentores, no caso específico,
de Tiãozinho, essas informações.

Na construção da estrela candente, Tia Neiva com uma varinha


riscava ou marcava o chão segundo um desenho que via no céu ou espaço. Na
organização de suas estruturas administrativas a Doutrina do Amanhecer tem
um padrão próprio.

Quando Tia Neiva ainda estava encarnada era ela que decidia
praticamente tudo. Com seu desencarne assumiu essa administração física,
administrativa e espiritual (diga se rituais e problemas de ordem mediúnica) os
Trinos Presidentes Triadas.
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Os Trinos como a maioria dos componentes que começaram


essa obra com Tia Neiva, receberam por ela cada um sua função e
classificação segundo sua herança transcendental. Mesmo não dispondo dos
olhos da clarividente, esses médiuns detêm a mediunidade do Doutrinador,
cuja inspiração e intuição lhes auxiliam na condução dessa tarefa.

Em cada templo do Amanhecer que surge em cada cidade, há


um comandante em especial que é chamado de Adjunto Presidente, porém
esses Presidentes seguem as orientações emanadas dos Trinos Presidentes.

Os Trinos são quatro: Trino Tumuchy, Trino Arakén, Trino


Sumanã e Trino Ajarã, dos quais já estão desencarnados o Trino Tumuchy e o
Trino Arakén, até a edição deste trabalho (maio de 2014).
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4. O Mediunismo:
Não há como não conceber que estamos imersos em um mundo
de formas e forças que ainda nos são desconhecidas. O Homem não conhece
seu potencial e ou o que nele está contido.

Por isso, estamos sempre a colocar toda a ação que foge a


percepção usual de nossos sentidos como extraordinário, fantástico ou
sobrenatural.

O estudo das forças contidas no homem, mediunismo, nos


trouxe a oportunidade de poder dimensionar e até classificar todos esses
“dons” que o homem sempre esteve a conviver e a viver.

Na doutrina do amanhecer é o princípio técnico básico para toda


a movimentação da estrutura doutrinária, ou seja, a mediunidade e sua ação no
dia dos seres humanos.

Todos os indivíduos são médiuns, ou seja, estabelecem um elo


de ligação entre o físico (terra) e espiritual (etérico).

Ao nos colocarmos em condição de prece, ou ritual, no qual


buscamos alcançar a Deus, ou os mundos espirituais, com certeza estarão
estabelecendo um elo ligação entre esses dois planos, porquanto o termo
Médium, medianeiro, o ponto de ligação, intermediário entre dois pontos, é um
fator que independe da religião, mas também é um exercício da religiosidade,
pois religiosidade e religião são coisas distintas.

Mas temos um termo o qual estamos contidos enquanto


pertencentes a qualquer sistema doutrinário: Missionário. Mas para que se
possa ser um Missionário é necessário contar com o elemento intrínseco e
indispensável para essa ação, que é o fator mediúnico.

Existem inúmeros tipos de mediunidade, mas em nosso caso


vamos nos ater somente em três tipos: Clarividência, o Apará e o Doutrinador.

A Clarividência é a mediunidade mais completa contida no ser


humano. Tia Neiva é uma clarividente, e foi através de sua mediunidade que
tudo que temos enquanto sistema doutrinário nos foi mostrado e implantado.

Todos os rituais, mantras, indumentárias, emissões, enfim tudo


que compõe a Doutrina do Amanhecer foi executado através da clarividência.

O clarividente é aquele que vê com clareza (detalhar) em


qualquer plano, seja ele físico ou etérico em que ele que se encontra. A
simultaneidade dessa ação é que faz com que ele nunca se engane diante
daquilo que vê.
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Tia Neiva vivia e interagia em vários planos simultaneamente.


Recebia as instruções dos mentores, verificava o quadro transcendental de
todos que lhe procuravam, verificava sua situação cármica e as compensava
através dos trabalhos e rituais.

Sua condição de operar em vários planos, tendo plena


consciência deles, permitiu que buscasse as raízes de nossa doutrina, onde
todos os parâmetros espirituais, cada um baseado e adaptados a tônica deste
final de século pudessem equipar o Jaguar para essa missão.

Também através da Clarividência de Tia Neiva, nasceram o


Doutrinador e o Apará.
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5. Fenômenos Energéticos:
É impossível não admitir que vivemos em um bailar de energias
que se entrelaçam formando um imenso conglomerado de forças. Elas estão
presentes em todo o universo e determinam o mais complexo e mais
perceptível fato que norteia e rege as nossas vidas: o tempo.

O movimento gravitacional é o senhor do universo, através deles


é evitado o caos, e por ele esse nosso planeta, em um movimento de rotação e
de translação nos traz o tempo, dimensionado em suas faixas horárias e
culminando com o formar dos séculos e séculos sem fim.

Através da física, a ciência nos traz conhecimentos dos elétrons,


dos nêutrons, dos prótons, e a formação deste átomo é o segredo de tudo.
Moléculas atômicas dispostas e ordenadas entre si formando estruturas
orgânicas e inorgânicas sendo o grande maestro da vida.

Feixe de elétrons transmitidos através de satélites nos ligam de


um lato ao outro do planeta, abrindo janelas entre distancias, deixando-nos
vivenciar em tempo real esses mesmos fatos que acontecem a milhares de
quilômetros.

Mas o que tem isso a ver com nossa doutrina e conosco? Tem
muito, acima vimos o que é mediunismo e suas aplicações. Analisaremos um
fenômeno simples que ocorre frequentemente em nosso dia a dia que é a
puxada e a doutrina de um espírito, onde ocorrem a integração, a
desintegração e a reintegração, que trataremos a seguir.

6. Integração, Desintegração e Reintegração

➢ Integração:
Um espírito desencarnado é sumariamente uma energia
condensada, moldada pelo períspirito, ou corpo espiritual. Esta reunião de
partículas atômicas e subatômicas, não são simplesmente energias sem
domínio de si mesma, ou melhor, não estão como forças esparsas,
caminhando a esmo pelo universo.

Elas estão organizadas e reunidas segundo a sua coesão e


padrão energéticos similares.
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Então podemos concluir que estão reunidas e interagem sob


a coordenação de outras com condições de encaminharem essas frequências
vibratórias para instrumentos físicos os quais poderão ser orgânicos e ou
inorgânicos em condições de trata-los, equaciona-los destinando-os a mundos
mais puros onde as frequências energéticas existem em melhores condições.

Tudo isto em nosso caso significa que, quando um


Doutrinador e um Apará, utilizando suas forças mediúnicas, somadas às
energias iniciática e evangélicas existentes nos recintos templários, fornecem
as condições necessárias para que um espírito sofredor possa ser transportado
deste plano para outro, através da elevação cabalística do Doutrinador e da
manipulação do Apará.

➢ Desintegração:
Uma vez trabalhada, refinada e tratada, esta energia precisa
ser reconduzida a um novo ambiente com condições adequadas e similares a
esta nova condição a qual ela se encontra. Ela existia sob a forma de energia
reunida de uma individualidade, um espírito com um corpo e uma identidade.

Foi integrada no plano da terra para ser melhorada, para isto


foi transformada em partículas, viajou pelo cosmo em veículos especiais
(Amacês) projetados e condicionados para este fim. Contou com a presença de
um número grande de outras individualidades encarnadas para que este fato
acontecesse as quais poderemos citar os Mentores da corrente, os
responsáveis pela rede magnética, os ministros dos orixás do dia, os mentores
do Doutrinador, do Apará, do paciente e os encarnados, como os Orixás do dia,
o Doutrinador, o Apará e o paciente.

Sabemos que a terra é cercada por um campo magnético


bastante atuante e preciso que nós denominamos de neutrôn.

Para transpor a barreira formada por este campo magnético,


foi necessário usar artifícios especiais proporcionados pelas técnicas
mediúnicas, no caso a puxada e a elevação do doutrinador, a absorção pelo
médium Apará através de sua incorporação para eleva-los, desintegrando o
que foi integrado, transformando a energia daquela individualidade em
moléculas atômicas sob a forma de feixes de correntes energéticas, o
Doutrinador faz a elevação cabalística, redirecionando-o, transportando-o além
do neutrôn onde, em ambientes especiais (como nos hospitais terrenos), irão
receber esta energia que lá irá chegar.
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➢ Reintegração:
Assim como nosso aparelho de TV recebe os feixes de
elétrons em seus circuitos e os transformam em áudio e vídeo, nos planos
espirituais aquela individualidade que passou por dois estágios – integração e
desintegração – chega ao seu destino, onde individualidades espirituais com
alto adiantamento espiritual as recebem, a reintegram novamente sob a forma
corpórea espiritual, refazendo sua identidade espiritual, reorganizando e
tratando suas células espirituais passando por diversos estágios até que sua
condição molecular, vibratória esteja isentas das cargas pesadas oriundas dos
locais e ou sua própria consciência.

Destes três estágios somente em um não há a participação


de nós encarnados, que é a reintegração, pois a mesma só poderá ser feita
pelos mentores nos planos espirituais.

A grande diferença da Doutrina do Amanhecer é justamente


essa, pois os espíritos ao serem doutrinados são entregues e conduzidos a
quem de direito, não ficando, portanto, a esmo no espaço.
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7. A Comunicação Mediúnica:
Sem dúvida, a comunicação é o trunfo maior que nós seres
humanos temos em relação a todos os animais. A verbalização nos condiciona
a nos relacionarmos com todos de nossa espécie e ainda compreender os
outros animais não humanos.

A condição de falar e ouvir, entender, estabelecer um elo de


comunicação entre nós faz diminuir as diferenças, aumentar ou estreitar as
distancias entre os grupos humanos. Até aí não há nenhuma novidade. Mas
onde está o interesse na comunicação na Doutrina do Amanhecer?

Mesmo ao iniciado, aquele que tem as condições de ultrapassar


as barreiras de suas próprias possibilidades, este homem iniciado, carece
ainda de ouvir e também de falar. Nós outros, médiuns, seja ele de qualquer
pensamento doutrinário ou religioso, trabalhamos com individualidades que já
estiveram nesta terra como encarnados, ou seja, tiveram um corpo físico, e
após cumprir esta etapa, passaram a habitar os, mundos etéricos, ou
espirituais. Portanto, “existem”, “habitam” uma dimensão atemporal, etérica,
fluídica e para que possamos nos relacionar com essas individualidades,
lançamos mão da mediunidade.

Podemos chamar de psicofonia, ou simplesmente de


incorporação, a qual na Doutrina do Amanhecer é exercida pelo médium Apará.

Esse processo tecnicamente falando, ocorre quando a irrigação


sanguínea ocorre essencialmente no plexo solar do médium, empobrecendo
assim a irrigação cerebral proporcionando o transe mediúnico.

Essa ação não faz com que o médium perca sua consciência
(entenda-se consciência, de estar, de ser), o médium é o agente comunicante,
o interprete da entidade, podemos até dizer que ele, sua parte física e até
psicológica atua juntamente com a entidade, mas a mensagem, a essência da
mensagem a ser passada será sempre da entidade.

O processo é automático, ou seja, dificilmente o médium


conseguirá interferir nesta comunicação, dando ele mesmo as respostas, pois a
conversa entre a entidade e o paciente ocorre tão naturalmente que as
respostas são perfeitamente ordenadas e passadas a ele numa sequência
lógica e natural sem que o Apará consiga colocar suas ideias nas mensagens
da Entidade.

Outro fato digno de nota é que o médium por ser consciente,


torna-se mais um a assistir e ouvir aquela comunicação, não é raro, enquanto a
entidade comunica, ele estar pensando em suas coisas do dia a dia. Portanto,
há uma dissociação entre a entidade comunicante e o médium, embora ele
seja o medianeiro, o intermediário.
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Ele empresta seu corpo, sua voz para a entidade. Quanto ao


fato de haver interferência na comunicação é também um fato que pode ser
explicado.

A comunicação a distância seja ela através dos meios


eletrônicos em nosso planeta, ou na comunicação mediúnica, necessita e
funciona através de faixas de energias. Essas ondas elétricas, ou energias
sonoras, viajam no espaço em faixas vibratórias em frequências pré-
estabelecidas ou predeterminadas, no trabalho mediúnico onde há o fator de
comunicação, e precisamente na Doutrina do Amanhecer, necessita do Apará
e Doutrinador no plano físico. No plano etérico ou espiritual as individualidades
ou entidades entrarão ou participarão daquele trabalho na frequência vibratória
estabelecida pelo mesmo.

Por exemplo, nos tronos há toda uma movimentação de forças


para que se tenha o cuidado de não haver interferência de uma outra entidade
na comunicação do Preto Velho, porém, se houver uma falha neste campo de
força criado pela ionização, a frequência vibratória daquele trabalho poderá
mudar, e mudando, pode dar oportunidade para que entre na comunicação
uma outra entidade.

Na maioria das vezes a entidade que interfere nesta


comunicação é um sofredor, pois no momento em que a frequência vibratória
cai a níveis mais densos, o sofredor que vibra nesta faixa e assim entra no
processo de comunicação.

Portanto, mesmo quando essa comunicação vai além das


comumente chamadas de interferência, ainda assim não é o médium o agente
mistificador, e sim ele está sendo instrumento de uma entidade sofredora.

As extensões e formas da interferência, se há, por vezes o


excesso em qualquer uma das partes, a espiritual ou a física, são casos em
que o próprio médium ainda não entendeu a doutrina em sua essência e
extensão.
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8. Ordem financeira.

➢ Bens móveis e imóveis.


Muito embora sejamos uma ordem espiritualista cuja finalidade é
a cura desobsessiva, é necessário que exista toda uma estrutura física para
acomodar não somente os médiuns e pacientes, mas também todas as formas
de execução ritualística na doutrina.

Então é necessário que a doutrina tenha bens imóveis, os quais


são terrenos e edificações arquitetônicas para abrigar também os pacientes
que buscam em nossos templos o atendimento.

Esses bens normalmente são adquiridos de forma coletiva, os


médiuns se juntam para adquirir esses recursos, os quais passam a ser de
domínio da coordenação dos Templos do Amanhecer. O estatuto padrão da
Ordem estabelece que, na possibilidade de qualquer templo encerrar suas
atividades, esses bens não poderão ser vendidos, e sim, doados a uma
entidade filantrópica de assistência social daquela cidade.

Todos os bens e finanças dos Templos do Amanhecer, são


geridos segundo o que preceituam as leis do nosso País.
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9. Templos do Amanhecer

➢ A Missão
A missão maior dos Templos do Amanhecer é promover a
cura espiritual de todos que ali buscam alivio para as suas dores, sejam elas
físicas ou espirituais através da cura desobsessiva, ou seja, da cura espiritual,
sem fazer qualquer tipo de cobrança ou receber em troca qualquer donativo,
seja ele qual for.

➢ Definição de missão espiritual.


Definimos como missão espiritual receber de
individualidades espirituais o auxílio na forma de mediunismo, cuja única
finalidade é auxiliar os seres humanos na transição de suas vidas nessa terra
curando suas enfermidades espirituais e físicas.

➢ Compromisso mediúnico
Desenvolver as aptidões mediúnicas de todos que
procurarem os templos do Amanhecer sem nada cobrar ou induzir essas
pessoas a usarem suas forças mediúnicas para o mal. Essa força uma vez
desenvolvida deverá ser utilizada para o bem comum, tanto de encarnados
quanto desencarnados.
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10. O Trino Presidente

➢ O Trino Presidente e a hierarquia.


O Trino Presidente Triada é o representante espiritual de
Tia Neiva, sua indicação pela Clarividente se deu por heranças
transcendentais, dentro de um processo doutrinário, podemos afirmar
claramente que hoje segundo afirmação da Clarividente o Trino Presidente
Triada é a maior autoridade da doutrina.

➢ – Trino Tumuchy – Poder da Ciência

➢ – Trino Arakén – Poder da Invocação

➢ – Trino Sumanã – Poder da Cura

➢ – Trino Ajarã – Poder de nos tornar Crísticos


Simplificando: A Doutrina do Amanhecer é uma Ciência Etérica
alicerçada em um Poder Cabalístico.

Para que um Poder Cabalístico possa ser manipulado na Terra,


existe a necessidade do poder do conhecimento para a execução dos rituais
técnicos e científicos (Poder Tumuchy), do poder das invocações para que do
outro lado alguém nos ouça e projete este poder (Poder Arakén) e do poder da
Cura para que exista uma finalidade do poder cabalístico na terra (Poder
Sumanã).

Cada um desses três Trinos (Tumuchy / Arakén / Sumanã) ao


ser consagrado por Tia Neiva, passou a dispor dos três poderes
(conhecimento, invocação e cura). Assim, cada um com três poderes, 3 X 3 =
9, representando o Santo Nono.

Mas, mesmo com todo este poder, faltava o essencial: JESUS!

Ao consagrar o 4º Trino / Trino Ajarã, Tia Neiva deu a ele a


condição de também dispor dos poderes do conhecimento, da invocação e da
cura e, assim, 3 X 3 = 9 e representavam o Santo Nono. Com a chegada do 4º
Trino, 3 X 4 = 12, representando os 12 discípulos de Jesus e Sua missão na
formação dos Planos Espirituais e das Casas Transitórias, onde a Doutrina, a
exemplo do Deus Apolo, unificou-se a JESUS e ao Sistema Crístico.

➢ O Trino Presidente e força decrescente.


Hierarquia e força decrescente são situações comuns e
existentes em todo o universo. A hierarquia gera a ordem e, sem essa, fica
somente o caos. Não há ordem no caos.
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Tia Neiva, quando encarnada, recebia as forças emitidas


pelos mundos espirituais, ao chegar até ela, essas forças eram manipuladas e
direcionadas aos seus subordinados de maneira que cada um recebia o que
lhe era de direito. Nessa ação ela deixou os herdeiros dessa força.

Muito embora os Trinos Presidentes Triada e todo corpo


mediúnico manipulem, utilizem essas forças inconscientemente, o fazem
segundo a decrescência da mesma.

Então podemos afirmar que todo o potencial de forças


recebido do plano espiritual pelos Trinos, mesmo que inconscientemente, é
manipulado e distribuído aos graus hierárquicos que decrescem dos mesmos.
Um exemplo claro dessa condição é que ao abrir nossos rituais pede se
permissão aos Trinos para que a força possa se fazer presente (Chave de
Abertura).

➢ O Trino Presidente e a condução da doutrina.


A Doutrina do Amanhecer é um legado espiritual que Pai
Seta Branca nos permitiu como membros numa obra grandiosa de cura e
cultura doutrinária conduzi-la em favor de todos os espíritos, sejam eles
encarnados ou não, para o desenvolvimento de uns e a oportunidade para que
os outros possam exercer auxilio Crístico na etapa evolucionista do universo.

Em nossa doutrina são os Trinos que tem como missão e


permissão a direção da doutrina. A missão do Trino é Cumprir e se fazer
cumprir as leis ditadas ou proferidas pelos gestores espirituais da doutrina.

Paralelamente a direção espiritual da doutrina, há todo um


sistema físico, principalmente ao que tange os preceitos patrimoniais e jurídicos
em relação as leis sociais que os médiuns da doutrina precisam cumprir, que
são as leis dos governantes onde ficam situados os Templos do Amanhecer.
Por isso atualmente existem duas Ordens nesse sentido:

CGTA (Coordenação Geral dos Templos do Amanhecer) e


OSOEC (Obras Sociais da Ordem Espiritualista Crista Vale do Amanhecer)
mas essas duas ordens são atributos jurídicos que versam e normatizam os
bens físicos da doutrina e sua condição perante as leis humanas, não podendo
interferir nas leis espirituais que são competência dos Trinos Presidentes
Triadas.

➢ O Trino e o Adjunto
No que falamos acima de decrescência da força, os
Adjuntos Arcanos, e nisso estão implícitos os Presidentes Adjuntos, decrescem
dos Trinos Presidentes, e quando estão nessa forma ou relação espiritual
recebem em sua total condição as energias oriundas dos mundos espirituais.
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11. Os Jovens e a Doutrina do Amanhecer

➢ Desenvolvimento de mediunidade dos jovens e


plexo físico
Muito embora os conflitos de sintomas mediúnicos causam
diversas patologias conhecidas e desconhecidas, ainda é necessário
considerar os efeitos indesejados causados pelo desenvolvimento no plexo do
jovem e adolescente.

Segundo nossa Clarividente, dos 12 anos até


aproximadamente 16 anos, o homem tem todas as suas forças físicas e
espirituais convergidas para a sua formação física e psicológica, portanto
colocá-lo no desenvolvimento normal junto com os adultos pode prejudicar sua
formação, porém, cabe ao Adjunto Presidente avaliar cada caso e observar até
que ponto esse desenvolvimento pode ou não atrapalhar seu desenvolvimento
assim como os riscos de se deixar o jovem sendo acometido de uma situação
causada por distúrbios mediúnicos.

➢ Desenvolvimento e as Leis do País


Em casos onde a solução encontrada seja o
desenvolvimento do adolescente, o Adjunto Presidente deverá, antes de dar
início ao desenvolvimento, cumprir as normas estabelecidas pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente, mesmo em se tratando de filhos de Médiuns da
Doutrina do Amanhecer.

A participação do adolescente nos rituais da Doutrina


também deve obedecer fielmente o prescrito no Estatuto da Criança e do
Adolescente.
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12. Classificação Mediúnica

➢ Origens da classificação
Ao chegar na doutrina o médium está com seu plexo sendo
preparado pelas diversas etapas que o aguardam na sua jornada em busca de
todas as suas patentes espirituais e físicas.

Sabe-se que o mediunismo é a condição que o médium


busca para alcançar níveis espirituais e, assim, poder resgatar suas dívidas
transcendentais.

Em nossa doutrina esses níveis tem seus aspectos


positivos, só são considerados negativos quando essa busca gera uma
expectativa exagerada que leva o médium a perder o objetivo principal de sua
função na doutrina que é aprender a lidar com sentimentos como os gerados
pela vaidade humana.

A função da classificação mediúnica é colocar o médium


em condições de plexo compatível com sua missão e com suas cobranças e
reajustes espirituais. Também podemos afirmar que funciona como um atrativo
psicológico condicionando o mestre a buscar as etapas evolutivas desse
processo.

➢ Etapas da classificação
À medida em que o plexo do médium vai sendo alimentado
mediunicamente, também vai aumentando sua capacidade de absorver e de
trabalhar as cargas moleculares que chegam até ele, e dessa forma o médium
vai ganhando condições de entendimento de todo o sistema doutrinário e
automaticamente vai alcançando mundos mais sutis, assim como, trabalha com
mais facilidade as cargas mais pesadas, elaborando mais precisamente os
diversos estágios das etapas da classificação que se propõem.

Muito embora essas classificações necessitam de certo


tempo a sensibilidade mediúnica dos Devas pode diminuir o espaço de tempo
entre uma classificação e outra e o médium chegará as últimas etapas de
classificação mais rápido, esse fato embora inconsciente deve ser ao peso de
seu carma e as possíveis cobranças que ele pode estar sujeito.

➢ Mestres Devas e classificação


Tia Neiva formou os Devas com atributos específicos, não
somente para coordenar os rituais como também para fazer todo trabalho que
ela fazia a nível de classificação mediúnica, seja ela como na identificação dos
nomes de Guias missionárias, cavaleiros e ministros quanto na organização e
manutenção dos diversos rituais da doutrina.
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Nessas classificações não estão inclusas a classificação de


Arcano ou Trino Herdeiro, tarefa essa somente cabível ao Trinos Presidentes
Triadas.

➢ Formas de classificação
A forma como classificar os aspirantes a esse tipo de
situação é intrinsicamente mediúnica. Quando o médium se coloca a frente dos
Devas em pleno ritual, os poderes a eles conferidos são ativados e dessa
forma lhe é dada a classificação e o nome da Entidade que irá acompanhar
aquele Mestre ou Ninfa dali a adiante.
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13. O fator transcendental.


Por ser uma doutrina cuja base é o espiritismo, é lógico e
evidente que as encarnações vividas e vivenciadas por seus componentes
exerçam direta ou indiretamente em tudo que tange a mesma.
Como uma grande pirâmide os componentes desta doutrina
estão ainda montando esse imenso quebra-cabeças que é a busca do
ressarcimento de dividas adquiridas nestas encarnações. Mas o que é
realmente Herança transcendental? No que ela implica em nosso dia a dia?
Pelo que foi ensinado pela Clarividente e pelas doutrinas que
também pregam o mesmo princípio, a cada encarnação estamos a reencontrar
com aqueles com os quais, por um motivo ou outro, tivemos desacertos e
desencontros e esta dívida que é a ação cármica ou resto dela, fica arquivada
em nossa “conta espiritual”.
Até as doenças de origens somáticas ou psicológicas sofrem a
ação destas vidas passadas. Bom tudo no universo é energia, tudo vibra. Neste
princípio a energia quando modificada de seu estado original não consegue
exercer a mesma atividade que antes fazia.
Quando Jesus disse “Não fazer a outros, aquilo que não gostaria
que fosse feito a você”, talvez tenha uma colocação bem mais profunda, pois a lei
do carma nos coloca sempre a recuperar e reparar as ações cometidas contra
outros e até por vezes, fazendo nos sentir o que a outros fizemos. Pois as
dívidas contraídas em uma encarnação são pagas, na maioria das vezes, na
encarnação seguinte.
Numa continua migração de corpos ou personalidades, a cada
encarnação vai sendo agregado ao espírito como receptor das experiências
vividas pela alma, e nestas idas e vindas no processo reencarnatório a
oportunidade concedida ao espírito de conduzir sua missão e fazendo com que
as metas antes assumidas possam ser cumpridas.
Os objetivos que a personalidade (ou alma) desejam atingir
podem ser bastante diferentes daqueles que o espírito almeja, e nessa
dissociação de metas a serem atingidas surge um elemento que atinge
diretamente o ser humano: a dor, mas não é simplesmente uma dor, mas sim
uma associação de fatores transcendentais que culminam entre si, levando o
ser encarnado a refletir e somente se realizar quando encontra o fator
transcendental, ou uma religião ou doutrina que preencha este vazio que é o
vazio transcendental. Somente o reencontro destas metas a serem atingidas
pode dar a paz a esse homem encarnado, aliviando sua dor.
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14. Força Decrescente

Quando nos referimos a força decrescente, estamos buscando


uma forma de conscientizar nossos médiuns da importância desse tema que na
verdade é a sustentação de nosso sistema doutrinário.

Na Doutrina do Amanhecer não existe um processo de


fiscalização sobre seus participantes; muito embora, haja uma observação
assistida sobre a conduta de seus componentes, o médium é livre para
programar a sua forma de trabalhar dentro desse sistema doutrinário.

Fugimos dos padrões convencionais de nível de comportamento


dos participantes de outras doutrinas, somos justamente elos de uma corrente
que se posiciona segundo classificações adquiridas por conquista.

Estas classificações ou hierarquias, são outorgadas por Adjuntos


Presidentes, pelos Devas e, no caso de Arcanos, pelos Trinos Presidentes
Triadas legitimamente classificados pela Clarividente, pelo fato de que, pelas
Leis da Doutrina, o Arcano fica onde quer.

Apesar disso, existem normas de conduta espirituais que


precisam ser obedecidas (mesmo pelos Arcanos), para que o fluxo da força ou
energia espiritual possa percorrer, sem sofrer alterações, os diversos canais ou
estágios e ainda chegar pura a quem de direito.

Vamos recorrer a carta de Tia Neiva “Os poderes de um Adjunto


Koatay 108”, para tentar encontrar mais explicações para esse assunto tão
complexo.

“... Em Koatay 108 percorre a necessidade onde cabe chegar à evolução


de cada Adjunto que ainda pertence à Terra (não é preciso dizer que ainda pertence à
Terra: falando em Koatay 108 falamos em Adjuntos nos carreiros terrestres). As
legiões, onde seus Ministros consagram um Adjunto aqui na Terra, são responsáveis
por ele. Sim, desde que ele (Adjunto) disponha de uma força decrescente...”
(Tia Neiva – 09 de outubro de 1979)

Nesse trecho vemos a evolução do Adjunto, que ainda está


encarnado, onde cada Adjunto (aquele que está junto, ligado, substituto), cada
Mestre Adjunto tem uma legião de espíritos que o assiste e é responsável por
ele e por seus componentes, desde que disponha e esteja em uma força
decrescente. Na mesma carta, Tia detalha ainda:
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 120 de 183

“... Toda força decrescente de um Adjunto segue pelo que é SEU, o


SEU Aledá, o SEU posto de receptividade na linha do SEU Adjunto. Se eu tiver -
EU - 7 Raios na Linha de Koatay 108, em minha linha decrescente autorizada, crio,
aos poucos, a minha estação, o QUE É MEU, o que cabe, por Deus, aos meus esforços,
ao meu amor, ao meu plexo em harmonia. Isto é o meu pequeno ALEDÁ, que servirá
aos meus dependentes num mesmo conjunto de forças ...”
(Tia Neiva – 09 de outubro de 1979)

Todos os Mestres de nossa doutrina a partir de sua centúria,


começam a formar seu ponto de partida nos planos espirituais ou seu Aledá,
portanto constrói e busca em suas heranças a condição de ser um Adjunto.

Tomemos como base nossa maior classificação que é a raiz de


nossa força decrescente que é o Trino Presidente Triada, vejamos um trecho
do Trino Tumarã Mestre José Carlos:

“Quando Tia Neiva foi preparada na Alta Magia, foi levada por
Umahã ao Oráculo de Simiromba e ali recebeu o direito de trazer a Estrela Candente e
de formar os Trinos, que seriam os representantes das nossas Raízes. Em carta sem
data, Tia Neiva nos revelou que um Trino possui três forças, três Raios do Oráculo de
Simiromba: Arakén, Adones e Oner, que formam um Aton. Na força de Koatay 108,
formam outro Raio. Tendo como ponto de honra cumprir e fazer cumprir as leis do
amanhecer...”
(Trino Tumarã Mestre José Carlos)

Ao serem classificados e consagrados por Tia Neiva, esses


Trinos (sempre considerando sua condição transcendental), cada Mestre Trino
Presidente Triada passou a fazer parte da abertura da corrente Mestra, que é
nosso canal de ligação com os planos espirituais para condução e manipulação
de forças em nossos trabalhos, dessa maneira tornou se ponto de partida para
que os outros mestres que foram partindo dessas raízes tivessem acesso as
mesmas forças ou energias acessadas pelos Trinos maiores.

Cada Adjunto por sua vez forma sua estação ou Aledá,


formando a sua força decrescente.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 121 de 183

“... Na conjunção de um Adjunto, vou também emitindo e edificando a


minha estação, o meu Aledá. Por que - podem perguntar - somente um Adjunto
consagrado em seu povo decrescente? Porque somente um povo decrescente consagrado
em uma força poderá emitir a sua energia no que É SEU! Digo, no posto, na legião
originalizada, na amplidão do que é seu, o seu Aledá, o seu Terceiro Sétimo. Não há
condições de um mestre, sem as suas devidas consagrações, atingir o seu Terceiro
Sétimo. As hierarquias o obrigam, uma vez que tudo é Ciência, precisão e amor ...”
(Tia Neiva – 09 de outubro de 1979)

O Trino Arakén nos falava da “Origem”, segundo ele, um local


extremamente organizado e evoluído onde os mentores da Corrente convivem
na mais perfeita harmonia. De lá partem para nossa assistência nos momentos
em que “estivermos em nossa emissão, dentro de uma força hierárquica decrescente”,
teremos acesso a todo esse poder para realizarmos a cura desobsessiva, no
último parágrafo fica claro e evidente através das palavras de Tia Neiva as
obrigações que assumimos, e isto o fazemos sem sermos obrigado no castelo
iniciático de seguirmos as orientações e determinações de nossos mestres
veteranos.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 122 de 183

8° ENCONTRO – ROTEIRO 08

Salve Deus!

Vivemos em um mundo onde tudo é bipolar, estando sempre


presentes e em confronto a luz e a escuridão, o bem e mal, o feio e o belo e
assim por diante. No mediunismo ou na ação dele, ou melhor citando, na
participação do homem nessa condição de manipular suas forças ele está
imerso nessa dualidade de forças: o Sagrado e o profano!

Como partículas individualizadas de Deus a nossa raiz seja sagrada,


porém, quando ocupamos um corpo físico no processo conhecido por nós
como encarnação, no instante em que deixamos o ventre materno
mergulhamos e tomamos a consciência do mundo físico e, nessa situação, até
adquirirmos uma condição evangélica Iniciática, vivemos em ambientes
profanos e nossas ações são profanas.

Assim, da mesma maneira que os ambientes sacro-religiosos ou


doutrinários abrigam o sagrado, onde a comunicação com os planos espirituais,
dimensões superiores, ou simplesmente espaço sagrado nos condiciona ao
Sagrado, permitindo esse intercâmbio com Deus, Jesus, santos, anjos e
espíritos iluminados, os ambientes profanos abrigam seu oposto, nos tentando
aos atos profanos, mundanos, onde a busca é somente pelo bem estar físico
temporário, passageiro e transformista deste terceiro plano.

Em nossa doutrina tecnicamente, o Templo abriga esse ambiente


sagrado, e isso não importa se o Médium se encontra no interior do templo
convencional fechado, ou nos “templos” a céu aberto formados pela Contagem
das Estrelas, em nossos trabalhos de Alabá, Abatá e outros que são realizados
diariamente por nossos médiuns.

Concluindo, mesmo possuindo um plexo iniciático, os nossos


médiuns vivem, convivem, trabalham e se relacionam em ambientes extra
templos, ou seja, ambientes profanos.

Seja para visitar ou para exercer sua mediunidade na lei do auxílio


esse Médium obedece a regras precisas ao chegar ao templo e ir de encontro
a esse sagrado e é a matéria que trataremos a seguir.

1. A Preparação:
A preparação para um trabalho espiritual seja ele o Retiro, um
Trabalho Oficial ou Especial, começa bem antes do médium chegar ao templo.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 123 de 183

Nos planos espirituais, os Mentores de cada Médium que se fará


presente no Templo naquele dia já acertam entre eles a formação de toda a
estrutura para a manutenção daquele retiro ou trabalho espiritual.

Então os comandantes espirituais (Mentores e Guias), os


médiuns e os espíritos sofredores, já com uma programação pronta para
aquela condição, aguardam o dia acertado para que se consume no plano
físico o reencontro dessas individualidades.

No dia do trabalho a Amacê, em seu local pré-determinado,


aguarda que Tapir envie suas forças através da abertura ou invocação na Pira
para o trabalho a ser concretizado.

O médium ao atravessar a porta do templo depara-se com a


Pira. Mais que um registro ou visualização, nesse momento, há um encontro,
uma ligação do plexo do médium com as forças circulantes no templo.

Quando então esse médium se dirige para a Pira, faz uso do sal
na representação da ligação com esse mundo sagrado. O sal é a ionização do
médium a proteção das forças densas ou pesadas que ele irá se deparar na
sua jornada.

Na fila da preparação o médium se coloca numa posição de


silêncio, em fila indiana, mantendo uma distância confortável com o Mestre à
sua frente. Ao chegar na Pira se alternam entre jaguares e ninfas na
preparação.

Diante da Pira, ele estende o braço e emite a chave da


preparação (Senhor, Senhor! Faze a minha preparação, para que neste instante, possa
eu estar Contigo!). Neste instante como no ritual da iniciação, há a morte da
personalidade, e o renascimento da individualidade. Dali para frente prevalece
o Mestre sobre o homem, o Sagrado sobre o profano.

2. Mesa Evangélica
A Mesa evangélica é o local onde acontece o primeiro impacto
no tratamento dos espíritos, é onde o tratamento começa.

Como em um grande pronto socorro após um grave acidente, os


espíritos encontram-se com suas diversas patologias, a caminho de receberem
o primeiro impacto da transmutação de um plano para outro. Se for a primeira
mesa evangélica, espíritos recém desencarnados em macas, mutilados, muitos
deles inconscientes, se preparam para aquele ritual.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 124 de 183

Em cada um dos três ângulos do triângulo formado pela mesa


evangélica, se senta um doutrinador, e cada lado representa um plano distinto.
Cada espirito, segundo sua condição vibratória, é encaminhado a um lado da
mesa.

Ao dar o passe nos faróis, como em uma jornada, o Doutrinador


se purifica para a nova jornada formada em cada lado do triangulo da mesa.

Tia Neiva conta que por vezes um espirito ainda se encontra


arredio e é empurrado para cima do Apará, o qual pode sentir todas as dores
que aquele espirito está sentindo. Unem-se para a realização daquele trabalho
o ectoplasma do Comandante da Mesa, dos doutrinadores e dos Aparás, e a
força da Corrente Mestra.

A mesa evangélica é constituída de dois triângulos entrelaçados,


um deles no Plano Físico – que nós enxergamos com os olhos físicos – e o
outro no Plano Espiritual, formando a estrela de seis pontas, um perfeito portal
de desintegração.

Terminado o trabalho o médium encontra-se liberto das cargas


negativas que possa ter trazido dos ambientes profanos extra templo, e de
espíritos sofredores que porventura o tenham acompanhado até o templo,
sejam eles cobradores seus ou não, saindo dali mais purificado, pronto para
dirigir-se aos demais setores de trabalho.

3. Tronos Vermelhos e Amarelos


O trabalho de Tronos é um dos poucos locais onde o paciente
tem a oportunidade de colocar suas dores e, de imediato, receber o conforto de
uma Entidade de luz.

➢ A Ionização
Ionizar é o mesmo que preservar, manter separado, formar
um campo de força com a união do plexo do Apará e do Doutrinador. Esse
campo de força é mantido pela sintonia do Doutrinador. Enquanto se mantiver
em perfeita sintonia, concentrado ligado em seus guias, dificilmente haverá
uma interferência naquele ritual.

Mas, uma vez que o Doutrinador se distraia, o campo de


força irá perdendo sua ação de proteção, e assim, o padrão vibratório começa
a cair e as interferências podem acontecer naquele trabalho, o Preto velho se
afasta e o sofredor passa a dar a comunicação tanto para o paciente quanto
para o próprio Doutrinador.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 125 de 183

Uma vez percebendo essa ação, o Doutrinador faz uma


elevação, reequilibra o padrão vibratório daquele trabalho, o Preto Velho
retoma a comunicação e o paciente sai feliz e realizado.

➢ A Interferência
No Amanhecer, os canais normais e oficiais da
comunicação mediúnica são realizados através dos médiuns Aparás.

Sabemos que neste meio de comunicação, o Apará tem


suas ações psicomotoras, psicológicas, emocionais e espirituais “usadas” pela
entidade que incorpora, portanto, a comunicação depende e muito desses
fatores, de como está a situação psicológica, emocional e espiritual daquele
Apará, para que seja então o “meio”, a “Voz Direta do Céu” de forma isenta e
perfeita.

Tia Neiva nos disse que não existe mistificação por parte
dos nossos médiuns Aparás, mas deixou bem claro que pode haver uma
mistificação por parte dos espíritos. Se por um lado, não há mistificação por
parte dos médiuns, abre se uma lacuna na mistificação de espíritos. Estas
situações nos trazem algumas reflexões, as quais precisamos analisar a luz da
razão doutrinária.

O Médium de comunicação de nossa doutrina é o único


“incorporador” que trabalha sob juramento, assim como é o único que executa
suas funções mediúnicas em uma linha Iniciática.

Por isso, mesmo que a interferência pareça ser uma


intervenção do médium, a mesma é causada por um espírito sofredor. Quando
Doutrinador e Apará se encontram em seu trabalho mediúnico, formam uma
conexão de energias perfeitas mantidas pela sintonia de ambos, pela ionização
e ainda alicerçada pela segurança da Corrente Mestra, a qual proporciona aos
médiuns presentes no trabalho de tronos essa proteção.

➢ A Comunicação nos Tronos


A comunicação verbal, articulada em palavras e sua junção
em frases é que diferencia profundamente o homem dos demais animais. A
torre de Babel é uma história que marca como surgiram os diversos idiomas
existentes em nosso planeta, mas além deste tipo de linguagem existem tantas
outras, como por exemplo, as geradas pelos meios de comunicação.

Em nosso caso esse tipo de linguagem ainda é mais séria,


pois pode ser gerada de duas fontes distintas, uma de espíritos sofredores e
outra de espíritos de luz. Tanto uma como a outra dependem de um agente
emissor e também de um receptor, no nosso caso as entidades
(individualidades) e os agentes humanos encarnados.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 126 de 183

As mensagens passam pelo processo psicológico de quem


as recebe (Médium incorporador) e nesse momento podem acontecer as
interferências, gerando a dúvida se aquela mensagem foi gerada por uma ou
por outra fonte.

Estas situações são comuns em vários tipos de ações


mediúnicas, mas na doutrina esse processo é ainda mais delicado pois, de
certa forma, não há interferência do médium e sim, do espírito comunicante.

O responsável para evitar essas interferências é o


Doutrinador, o qual deve atentar para as diferenças entre as mensagens
provenientes dos Espíritos de Luz daquelas provenientes dos sofredores.

No sentido prático o Doutrinador deve se lembrar quais são


as características comuns das entidades de luz enquanto se comunicam com
os pacientes e os médiuns, quais sejam:

❖ As entidades de luz não dão opiniões sobre a vida das


pessoas, ou seja, não interferem em sua trajetória, não orientam mudanças,
não dizem qual o caminho a ser tomado.

❖ Sua comunicação é sempre clara, voltada para os


princípios Crísticos, cuja finalidade é que o próprio individuo encontre suas
respostas e consecutivamente o caminho a ser trilhado.

❖ Não interferem nas situações emocionais, não indicam


qual é a pessoa certa para que as pessoas possam namorar, casar, etc.

❖ Não diz que determinada pessoa é a outra metade, ou


alma gêmea do paciente ou do médium.

❖ Não diz que alguém tem alguma missão a cumprir com


determinada pessoa.

❖ Não orienta e nem opina sobre qualquer assunto


voltado para os negócios materiais.

❖ Não indica medicação e não interfere na conduta


médica.

❖ Não receita chazinho, sal ou qualquer outra coisa para


ser jogada em casa.

Mas, se esse Iluminado Espírito não interfere em qualquer


assunto material, qual é papel deles em nossa vida?
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 127 de 183

Eles zelam pela nossa caminhada neste plano, agindo no


plano espiritual, nos condicionando para que possamos alcançar nossas
consagrações, impregnando o nosso plexo de forças e energias, nesta
ativação, conseguiremos mais forças espirituais e, assim, passamos a acreditar
no potencial mediúnico que temos, conseguindo atingir nossas metas cármicas
e transcendentais.

Eles podem nos auxiliar quanto ao caminho a tomarmos,


mas no sentido intuitivo, através da voz direta e assim, através desta interação,
conseguimos alcançar tudo o que nos comprometemos a cumprir nesta
encarnação quando estávamos no plano espiritual.

➢ A diagnose mediúnica
A diagnose mediúnica é o diagnóstico que a Entidade de
Luz faz em relação ao encarnado, seja ele o paciente ou o Médium. Essa
diagnose envolve situações diversas, as quais não estão ligadas ao aspecto
patológico no sentido da cura física, mas sim, da Cura Desobsessiva.

Assim, nessa diagnose, o Preto Velho indicará os


procedimentos sucessivos que o paciente deverá fazer, definindo em quais
trabalhos aquele encarnado deverá passar.

➢ Profecias
O tempo existe para nós seres humanos, que vivemos a
sucessão de dias e noites gerada pelo movimento incessante da terra em torno
do sol e em torno de si mesma, definindo os dias meses e anos.

Os Guias e mentores estão em uma dimensão atemporal,


onde não existe passado, presente ou futuro. Dessa forma eles podem ter
acesso aos registros de nossas tantas encarnações assim como, ao nosso
futuro.

Porém, nossas Entidades não trabalham na linha da


profecia. Em raríssimos casos uma Entidade de nossa doutrina faz alguma
previsão em relação ao futuro dos pacientes.

4. Cura
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a doença é a
ausência de saúde, e a saúde é o perfeito equilíbrio entre e o corpo e mente.

No mediunismo existe mais um elemento a ser agregado aos


demais que é o equilíbrio entre os plexos, ou a harmonia do corpo espiritual ou
etérico com o corpo físico. O resultante da harmonia perfeita entre esses
elementos é a cura desobsessiva ou espiritual.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 128 de 183

Todos os trabalhos em nossa doutrina são voltados para a cura


desobsessiva, fomos criados, treinados e moldados para executar esse tipo de
cura. Mas, a cura está aliada a fatores complexos variados, nos quais o
merecimento é o mais importante. Merecimento significa ter conseguido
permissão, ou ter adquiridos bônus para essa condição de ser curado.

Segundo a Clarividente a doença também é um elemento de


alerta para a conscientização missionária. É fator de reajuste ocasionado por
dívidas transcendentais, e essas são causadas por individualidades que
possuem permissão dada por Deus para reivindicar seus direitos cármicos.

Essa ação e reação que nos conhecemos como carma só é


sanada, erradicada, quando há o acerto espiritual entre o cobrado e o
cobrador. Essa é a cura desobsessiva que nós outros processamos e, segundo
o Trino Tumuchy Mestre Mário, é por isso que somos Mestres desse
sacerdócio, agindo como profissionais do Mediunismo Cristão.

Nas doutrinas espiritas ou em qualquer outro movimento


religioso, é necessária uma fonte de energias para que os fenômenos que
denominamos espirituais possam realizar-se, seguindo a lei de Lavoisier em
sua afirmação de que, no universo, nada se cria e tudo se transforma.

Os mentores para realizarem suas ações de cura ou


desobsessão utilizam uma forma de energia que chamamos de Ectoplasma,
que é uma substancia vaporosa, com tendência a tornar-se física devido a
influência do campo modificador e quantificador formado pela mente dos
encarnados.

O ectoplasma é o resultado da mistura do ectolítero com o


ectolítrio no plexo do ser humano Médium.

O ectolítrio é uma energia que o Médium (desenvolvido ou não)


recebe de maneira ininterrupta dos planos espirituais, juntamente com o Prana.
Já o ectolítero permanece com as energias resultantes das ações que foram
praticadas por aquele espírito enquanto encarnado, contendo o charme.

“É o Corpo Fluídico que guarnece os três Reinos da nossa natureza, e


também se desloca do nosso períspirito e continua vivo junto ao nosso corpo após o
desencarne, isto é, junto ao centro nervoso. É o que chamamos de Herança
Transcendental.” (4ª Carta de Tia para a Corporação dos Mestres Adjuntos-4/6).
O ectoplasma fica situado entre a matéria densa e o períspirito,
é extremamente sensível e funciona como condutor de energias e magnetismo,
sendo subordinado à vontade dos médiuns, originando-se de estruturas
atômicas no interior das células, e sua criação ou movimentação se dá na
corrente sanguínea, nos plasmas contidos no interior das células.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 129 de 183

Pode ser alterado por substancias químicas, ou processo


radiativo. Nos médiuns com dons ou mediunidades especiais pode dar
condição favorável a realização de fenômenos variados, inclusive a
materialização. Tia Neiva falava da presença ectoplasmática em nossa água
fluidificada.

É substância emanada por seres vivos, que as fabrica,


condensa, transmuta e dependendo da condição biológica do médium, no que
diz respeito a sua conduta doutrinária, pode servir de instrumento ou condição
evolução para outros espíritos que dele dependem para seu padrão evolutivo.

Neste mesmo raciocínio, as curas espirituais ou mediúnicas são


realizadas por mecanismos invisíveis, onde as energias emanadas por diversas
fontes de natureza variável, incluindo o ambiente arquitetônico, rituais,
indumentárias e suas cores, mantras e o magnético animal emanado pelos
médiuns e pacientes (ectoplasma), interferem na estrutura magnética espiritual
dos espíritos e suas células, modificando sua constituição, alterando seu
funcionamento normal, consequentemente, de acordo com essas alterações no
corpo espiritual ou duplo etérico, o corpo físico é atingindo diretamente por
essa ação.

Esta alteração pode ser causada tanto pelas energias quanto


pelos espíritos cujas células se encontram alteradas por sua condição psíquico
espiritual, onde sua consciência de ser lhe condiciona a sentir e,
posteriormente, agir segundo o seu padrão vibratório.

Por essa razão a visão dos espíritos sofredores estão sempre


distorcidas, enxergam somente em planos onde não há a presença da luz
solar, sua condição anômala não lhe permite discernir corretamente o certo e
errado, muito embora há um áudio de Tia Neiva que nos diz o seguinte: “Meus
filhos acima de nossas cabeças quem pode dizer o que é certo e errado? Mas estes
sofredores conservam sua consciência física, de seu aprendizado no plano terreno,
preservando os valores que lhe foram ensinados”.
Também por esta razão no Canal Vermelho há um
departamento para adequar, aculturar os espíritos recém desencarnados. Um
espírito sofredor nem sempre tem atitudes negativas por que simplesmente
deseja agir dessa forma, mas sim por sua condição de marginalizado e doente.

Muito embora nossa cura seja desobsessiva, sua resultante tem


proporcionado grandes curas espirituais e físicas.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 130 de 183

➢ Médicos de Cura
Essas Entidades que assistem o trabalho de cura são
médicos que viveram durante um certo tempo em nosso planeta, muitos deles
envolvendo o período da “peste negra”. Um grupo de médicos alemães se
envolveu na busca do atendimento de milhares de pessoas que
desencarnaram sob a ação dessa moléstia, não se importando se poderiam ser
contaminados ou não. Desses médicos citamos a presença do Dr Ralph e do
Dr Bezerra de Menezes.

5. Junção
Podemos afirmar que a junção é a complementação da Cura.
Nesse ambiente essencialmente cabalístico os médicos fazem uma análise
mais detalhada dos Elítrios que estão causando as patologias nos pacientes e,
segundo o bônus que cada paciente tem, é verificado o merecimento da cura
daquela moléstia que o está acometendo.

Se aquele paciente tiver bônus, o espirito (Elítrio) será retirado


daquele paciente e a área lesada acometida por aquela enfermidade se
regenerará naturalmente e acontecerá a cura física.

Se não for o tempo adequado ou se não houver bônus


suficientes para aquela libertação, o espirito (Elítrio) será acondicionado e até
preservado para continuar realizando a sua cobrança.

Em muitos casos o elítrio é libertado somente quando aquele


paciente desencarnar, por isso não prometemos curar quem quer que seja.

6. Indução
Enquanto encarnados, somos uma reunião de átomos
condensados sob a forma de células perfeitamente condicionadas para dar a
oportunidade para que a outra estrutura molecular, desta vez imaterial,
chamada espírito possa se manifestar e cumprir sua missão nesse terceiro
plano, portanto somos seres espirituais acondicionados em uma estrutura
física, sujeitos a ação desse mundo físico.

No mediunismo existe essa interação entre forças espirituais e


físicas, a indução portanto é o trabalho onde a vida material recebe uma
atenção especial.

Uma corrente de Aparás e de Doutrinadores se forma nos dois


lados da sala de indução. No Sanday, o Comandante, uma Ninfa Lua e uma
Ninfa Sol perfazem o comando desse trabalho. As forças ali invocadas são as
energias negativas de espíritos encarnados e desencarnados.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 131 de 183

Ao iniciar o trabalho os pacientes e o corpo mediúnico são


avisados que gestantes acima do terceiro mês de gestação e crianças abaixo
de 10 anos de idade não devem passar naquele trabalho.

As razões são as seguintes: Como lâminas de forças, as


energias manipuladas ali são tão poderosas que poderiam retirar os Elítrios
contidos naquele espírito que está no ventre da Mãe, invalidando aquela
encarnação. O plexo físico da criança abaixo de dez anos ainda está em
formação, tanto biológica quanto psicológica, por essa razão poderá ser
alterado ou prejudicado pelas forças movimentadas no trabalho.

O Comandante convida o corpo mediúnico a formar a corrente e


faz a invocação das correntes negativas para que cheguem até aquele local,
canta-se o mantra noite de paz duas vezes. Em seguida é feita a chamada dos
Pretos velhos, então o Comandante e as ninfas que estão no Sanday dão o
passe magnético da indução. Terminado o passe, agradece-se a presença das
Entidades e termina se o trabalho.

7. Oráculo de Simiromba
Como uma imensa nave estelar, o Templo do Amanhecer
recebe e distribui as forças etéricas ou espirituais através da Pira, a qual está
situada no centro da nave, e as distribui através dos vários setores no interior
do templo. No lado direito do templo fica situado o oráculo, entre o Sudálio e a
Indução.

O Oráculo é destinado a receber o Mentor espiritual da Doutrina


do Amanhecer, Seta Branca.

A manifestação, ou melhor, a incorporação das individualidades


em nossos médiuns se faz num processo muito seguro e tranquilo nos médiuns
Aparás. Esses médiuns embora sejam uma extensão do médium de
incorporação, ainda contam com a vantagem de fazê-lo sob juramento, além de
contar com as iniciações.

A presença de Pai Seta Branca nos médiuns Aparás se faz


numa condição muito especial. É realizada concomitantemente com um ritual
complexo, no qual a presença de vários outros médiuns que dispõem de várias
outras formas de energias, condicionando o ambiente perfeito para sua
presença na terra.

No Oráculo, Pai Seta Branca se apresenta silenciosamente,


somente emanando sua força espiritual a todo o templo. Todo primeiro
domingo do mês, há um ritual especial para receber Pai Seta Branca, onde ele
com toda a sua corte vem para dar a benção a seus filhos.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 132 de 183

8. Linha de Passes / Sudálio


O Passe é um manancial de energias das matas frondosas, das
águas e do magnético animal. Como estrelas cadentes percorrendo o céu, os
Caboclos e Cavaleiros de Oxosse percorrem o universo levando a força
curadora, bem como conduzindo espíritos para serem tratados nos hospitais
espirituais.

No Sudálio ou Linha de Passes sua manifestação é sempre


ruidosa, onde mesclam suas saudações e estampidos, quando batem as mãos
no peito dos Aparás.

O paciente ao ser conduzido à Linha de Passes recebe toda


uma manipulação no sentido de retirar as cargas negativas que ainda possam
estar impregnadas em sua aura.

Numa analogia, eles se assemelham aos índios, guerreiros


fortes, destemidos e poderosos, determinados, que sabem o que querem.

Sua batida forte no peito dos Aparás tem duas finalidades, a


primeira física, tem por função e finalidade fazer circular o sangue com mais
fluidez no plexo dos médiuns, a segunda espiritual tem por finalidade espargir
raios luminosos de luz, iluminando todo o ambiente onde estejam.

Assumem duas roupagens, uma como Caboclo e a outra como


Cavaleiros de Oxosse, percorrendo os planos espirituais à procura de espíritos
para serem conduzidos aos hospitais espirituais, aos albergues.

Neste trabalho grandioso entram nas cavernas etéricas à


procura desses espíritos com sua companheira, a Guia Missionária, e juntos
estão onde necessitam de sua caritativa e reparadora ação.

Os caboclos têm por sua característica máxima a lei, ou seja,


quando incorporam nos tronos, onde lhe é concedida a possibilidade de
comunicação, sua ação é sempre voltada para as palavras curtas e dentro de
um processo da lei, somente incorporam quando se faz necessário uma ação
decisiva.

9. Cruz do Caminho
Sem dúvida a Doutrina do Amanhecer é um conjunto de
heranças transcendentais reunidas num local onde povos, raízes e forças se
convergem para a cura desobsessiva.

O transcendente da Cruz do Caminho vem da história da Rainha


exilada, berço do nascimento do Primeiro Cavaleiro da Lança Vermelha, se
junta a essa força a energia dos Ramsés, de Akhenaton, do Povo das Águas e
dos Médicos de Cura do Espaço.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 133 de 183

Sob a guarda de Iemanjá, Rainha das Águas, partem a corte


com seus quatorze pares na formação deste trabalho. Ao iniciar o trabalho o
comandante pede a presença de Iemanjá, quando a Yuricy inicia o terceiro
sétimo, complementando com o cruzamento das morsas.

Naquele ambiente todo o magnético animal é trabalhado e


reunido para a cura desobsessiva, como um imenso navio onde as forças
predominantes do povo das águas banham de eflúvios curadores todos que ali
estão. Na quantificação de forças do terceiro sétimo toda a estrutura iniciática
dos cavaleiros da luz, cavaleiros do Terceiro Sétimo, voltam-se para a cura
desobsessiva, que é a mais poderosa de todas as curas.

10. Tronos Milenares


Homens ou individualidades com grandes capacidades
intelectuais não são de domínio somente do plano físico. No mundo etérico ou
espiritual, os espíritos ou individualidades conservam o seu aprendizado, sua
cultura e ainda se considere o fato dessas individualidades conservarem e
acumularem essa inteligência a qual é somada a cada encarnação.

As colônias espirituais podem ser consideradas como grandes


reservatórios de espíritos em várias faixas evolutivas, onde o desenvolvimento
das mais variadas formas de instrumentos são pesquisados cotidianamente.

A energia é simplesmente uma grande quantidade de moléculas


agrupadas e dimensionadas em forma de átomos gerando não só objetos, mas
tudo quanto existe no universo, e a energia bruta é gerada a partir da quebra
desses átomos. A maneira como irá ser utilizada depende de quem a utiliza,
tanto pode ser para a construção de tudo quanto existe, como para a
destruição.

Existe uma guerra silenciosa que acontece acima de nossas


cabeças. Há um mundo assimétrico, onde poderosas forças governadas por
grandes espíritos são trabalhadas e emanadas no propósito do domínio dos
habitantes do planeta terra. O conceito de bem e mal acima de nossas cabeças
também é outro fator de difícil compreensão e explicação.

Neste difícil e engendrado enredo da evolução, nos tornamos


diminutos ante o propósito da evolução universal. Tudo quanto conhecemos é
analisado, dimensionado, em sua maioria segundo as convenções físicas, de
nosso conhecimento das coisas que na terra existem. Assim, muitas vezes o
não conhecimento das coisas Crísticas pode ser muito mais conhecido como
um atraso espiritual, ou uma não aceitação das leis Crísticas do que
simplesmente uma ação deliberadamente má.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 134 de 183

A medida em que os encarnados vão conhecendo sua própria


razão de “existir”, a sua centelha Crística, suas ações se voltam para o
propósito coletivo na ação da evolução, em busca de sua origem espiritual.

Nesta luta silenciosa por conhecimentos, ou aqueles que os


detém, podemos afirmar com plena certeza que o mundo negro, ou mundo das
dimensões densas, também se esforçam para que seus exércitos sejam
“povoados” com essas individualidades, assim, quando desencarna um
cientista, ou um personagem importante, é montado dos dois lados, tanto do
lado da luz, quanto do mundo negro toda uma estratégia para poder trazer para
o seu lado essas individualidades.

Os Mentores chegam a ponto de criarem um desencarne falso


em outro ponto para poder confundir esses espíritos, fazendo com que aquele
cientista desencarnado possa ser conduzido em sua evolução espiritual.

Existem no plano etérico imensas universidades, situadas nos


vales negros da incompreensão, que desenvolvem pesquisas no sentido de
canalizar o ectoplasma para a construção de máquinas e experimentos cuja
função é a manutenção de seu poderio na clara intenção de escravizar e somar
outros espíritos em suas fileiras, sem mencionar o fato das experiências na
área da biogenética.

Essas pesquisas tem por objetivo encarnar espíritos sem passar


pelos processos Crísticos. Também há de se mencionar o fato desses mundos
conterem departamentos destinados a filósofos, religiosos, psicanalistas etc.

Há de considerar ainda, que a mediunidade e sua manifestação


é essencialmente um fenômeno psicológico, portanto quanto mais espíritos
tiverem conhecimento de seu funcionamento, quanto a condução das ondas
cerebrais e sua manifestação, quanto melhor e mais fácil será a possibilidade
de se induzir e até conduzir os seres humanos no propósito desejado pelos
líderes dos vales das sombras.

Após este interlúdio um tanto preocupante em sua forma e


extensão, encontramos outro grupo de individualidades celestiais, cujo
propósito é o oposto, ou seja, dar ao ser humano e também aos espíritos uma
condição favorável para que sua ascensão possa ser favorecida em toda a sua
plenitude.

As religiões, as doutrinas, pensamentos esotéricos e filosóficos


espalhados por todo o planeta também procuram meios, sejam eles
ritualísticos, científicos, ou até movimentos simplesmente voltados para o bem
comum, deter, capturar e orientar esses espíritos que não têm uma consciência
Crística para proporcionar sua retomada evolutiva.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 135 de 183

Na Doutrina do Amanhecer há um lugar em especial para esse


fim que se chama comumente de Trono Milenar. Situado ao lado da imagem
central do Mentor espiritual da Corrente, Pai Seta Branca, destinam-se eles a
receber espíritos que há milênios estão nas fileiras da incompreensão e do
desconhecimento das leis Crísticas.

Com o advento das energias iniciáticas, as quais tem uma ação


mais efetiva no espírito, também contando com a ação curadora do ectoplasma
desses missionários iniciáticos foi possível formar um ambiente adequado,
tanto do ponto de vista espiritual, quanto no físico, que tivesse as condições
necessárias para receber esses espíritos, sem que parecesse um tribunal de
inquisição, esclarecendo-os de seus atrasos na caminhada evolutiva e
relembrando-os do compromisso e da presença Crística de Jesus.

Este trabalho com certeza tem seu início no plano espiritual,


onde os Cavaleiros da Legião do Divino Mestre Lázaro, juntamente com seus
Ministros, fazem um trabalho, ou preâmbulo com aquele espírito, juntamente
com os médiuns que no plano físico irão atendê-los.

Diga se médiuns, todos aqueles que naquele dia de trabalho


espiritual, tiveram um pré-encontro para que possam ter as condições corretas
para recebe-los dando lhes toda a assistência necessária que o trabalho possa
ser coroado de sucesso.

Ao chegar ao trabalho o Doutrinador deve ter em mente que


aquele trabalho não se destina a passar ou receber um cobrador seu, mas sim
um espírito que atua, prejudica toda uma coletividade.

Outro fato também de suma importância é que, aquele espírito


que ali irá chegar detém informações que nem sequer sonham os
doutrinadores que ali estão e, por isso, ficar divagando a respeito de posições
filosóficas ou teológicas é estar se arriscando a se perder, ou a cair no triste
quadro da desilusão, pois com certeza o posicionamento daquele espírito é
muito mais abrangente, dado o fato que o Doutrinador só conhece o presente,
esta encarnação, e aquela individualidade ali manifestada, conhece e viveu
várias encarnações, e estando “vivendo” sua individualidade, tem acesso a
essas informações, além da possibilidade dele conhecer o transcendente dos
médiuns que ali estão.

Através da troca de energias, da manipulação ectoplasmática e


do emprego do conhecimento das leis Crísticas, dando a oportunidade para
aquele espírito emitir sua mensagem, o que possibilita uma manipulação
ectoplasmática que, juntamente com a assistência da Corrente Mestra e de
seus mentores, aquele espírito poderá ser reconduzido aos planos espirituais,
onde será processado seu tratamento espiritual.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 136 de 183

Durante a realização do trabalho, há toda uma movimentação de


energias espirituais, pois enquanto um dos doutrinadores “troca o fluido
magnético animal” através da conversação na incorporação do mestre Apará, o
outro doutrinador atrás do Apará promove a limpeza das crostas e ou energias
pesadas daquele espírito.

Segundo Tia Neiva, os espíritos que ali incorporam não têm


condições de serem incorporados em nenhum outro trabalho de incorporação
em nossa doutrina, outro fato importante é que o Doutrinador deve facilitar a
comunicação do espírito que ali está manifestado, para que ele possa trocar
seu fluido ectoplasmático.

Outra informação importante é que até o presente momento, o


trabalho de Trono Milenar foi autorizado tanto pela clarividente quanto pelos
Trinos Triada Presidentes, somente no Templo Mãe, porém, com a implantação
de todos os rituais iniciáticos e cabalísticos nos Templos do Amanhecer, como
a Estrela Candente e outros, já existe a possibilidade de que seja autorizado tal
trabalho para os Templos do Amanhecer.

Finalizando este tópico, vamos nos ater à uma tese um tanto


quanto complicada: o bem e o mal.

Jesus quando estava na cruz e antes de desfalecer disse: Pai


perdoai-os, pois não sabem o que fazem.
Tia Neiva através de sua clarividência nos trouxe uma frase
também muitíssimo interessante: Devemos amar o anjo e o demônio com a mesma
intensidade, porém, discernindo as duas forças.
Há uma gravação em áudio de Tia Neiva em que ela nos diz o
seguinte: Acima de nossas cabeças quem pode dizer o que é bem o que é mal?

Quando pensamos nos espíritos sofredores, na maioria das


vezes os associamos com o mal e criamos uma certa repulsa, imputando aos
mesmos muitas situações difíceis existentes em nossa vida.

Fica, porém o seguinte questionamento: essas individualidades


fazem o mal simplesmente por fazer, ou ainda não atingiram um grau de
compreensão que os faça caminhar dentro das Leis Crísticas?

Precisamos acima de qualquer situação ou condicionamento


elevar sempre nosso pensamento e nosso padrão vibratório e exercer
verdadeiramente o cristianismo pregado e outorgado pela Doutrina do
Amanhecer, como, também, devemos assumir nossos erros e não transferir a
responsabilidade deles aos espíritos sofredores, muito menos colocar sobre os
ombros de nossas entidades de luz as nossas decisões.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 137 de 183

9° ENCONTRO – ROTEIRO 09

1. Randy
Como uma imensa trança de energias, o Randy forma um
grande potencial de raios luminosos de força curadora. O mais interessante é
que sua ação se estende além dos domínios de sua área de realização. Nos
conta Tia Neiva que certa vez, um paciente não podendo estar presente no
referido trabalho, estando ele fora da área do templo eis que o Randy o
alcançou e realizou sua ação curadora.

Com o poder do Reino Central, da Legião do Divino Mestre


Lázaro e de seus cavaleiros, a cada emissão formam-se fios de luz,
construindo imensas redes que vão capturando e acumulando energias para
serem transmutadas e elevadas aos planos espirituais.

Forma uma contagem cabalística com suas emissões, a


presença de médicos espirituais e do povo das Cachoeiras, culminando com a
elevação cabalística e o Mantra Simiromba. Ao que se indica este trabalho tem
grande atuação em doenças causadas por Elítrios, principalmente as de origem
degenerativas como alguns tipos de câncer.

2. Estrela Sublimação
Chamada de Estrela Sublimação ou Estrela de Nerhú, este foi
provavelmente um dos últimos trabalhos trazidos por Tia Neiva a esta terra. É
um poderoso trabalho iniciático, onde forças incalculáveis são manipuladas.
Hoje graças a iniciativa dos Trinos Presidentes Triadas esse trabalho está
sendo realizado todos os dias.

A origem desse trabalho começou quando, em 1982, numa


convocação especial por parte de Tia Neiva, houve numa quinta-feira um
trabalho na estrela candente. Neste trabalho aconteceu uma inversão de
forças, ou seja, os Mestres Luas foram para os esquifes e os Doutrinadores
para os bancos. Logo depois começou o trabalho de Estrela sublimação,
formando a confrontação dos oráculos de Obatalá (comando dos Mestres
Arcanos) e Olorum (comando dos Mestres Ajanãs).

A Estrela Sublimação é a fonte de energia da transição para


uma nova era e, com a Estrela Candente e o Turigano, formam a perfeita
simetria que completou a triangulação de forças dos Grandes Iniciados.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 138 de 183

Traz toda uma nova energia de espíritos que formaram uma


civilização super avançada e que, com o tempo, nos trarão grandes inovações.
Foi ela quem guiou os Magos do Oriente quando do nascimento de Jesus, o
marco desta era.

Nerhú foi um grande sacerdote do Antigo Egito que conseguiu


unir e cruzar essas forças em um trabalho de grande precisão, no qual se
purificavam e se reforçavam as forças dos sacerdotes do Templo de Karnak,
onde está o Oráculo de Amon-Rá, quando o nível de impregnação, pelas
cargas negativas do povo que se reunia ao redor do Templo, chegava a altos
níveis. Agora, sua força se faz presente para nos guiar para o III Milênio, no
cruzamento das forças das Estrelas.

Regida pelos Grandes Arcanos, é um trabalho preciso e exige


harmonia e concentração de quem dele participa.

O Ministro Eganaro é o responsável por toda a harmonização e


manipulação dos raios das Estrelas e das pesadas cargas das Esmênias.

O Ajanã que representa o Ministro Eganaro deve ser Vancares,


para ter condições de manipular as forças do ritual, conduzindo os raios que
chegam para seus projetores na medida ideal e necessária ao perfeito
cruzamento destas mesmas forças, operando durante todo o ritual como um
estabilizador, distribuindo as forças de acordo com o potencial de cada um dos
respectivos representantes das Estrelas que estão projetando seus raios:
Gairo, Agamor, Agero, Enuro, Nezaro e Riva.

Junto ao Vancares atua o Cavaleiro da Lança Verde, o poder da


mente, direcionando e manipulando as forças em conjunção que vão atuar nos
pacientes e nos mestres e ninfas ali reunidos.

Por tudo isso, pelo elevado grau de forças envolvidas no


trabalho, é exigida a máxima concentração de todos os seus participantes.
Com seu ritual contido no Livro de Leis, as observações se dirigem às ninfas
que vão ser Esmênias.

As ninfas se concentram no Turigano, acompanhadas por seus


mestres e portando suas lanças.

No momento em que o trabalho é aberto na Estrela Sublimação,


também se abre o canal de força no Turigano e as forças de que elas serão
portadoras começam a ser manipuladas no Plano Espiritual.

É um momento perigoso, pois são forças das quais não temos a


menor noção, e as ninfas e mestres devem manter-se concentrados e em
harmonia, evitando falar, movimentar-se e, principalmente, fumar.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 139 de 183

Os Núbios eram um povo ao qual eram entregues, no Antigo


Egito, diversas tarefas de confiança, formando uma classe acima dos escravos.
Trabalhavam nos templos e nos palácios.

No Templo de Karnak haviam cerimônias em que nove Núbios


carregavam um andor onde estava o Deus Velado, Amon-Rá, de onde se
originou a denominação de Santo Nono.

As Esmênias Compõe o Santo Nono – cinco Ninfas Lua e quatro


Ninfas Sol (5 + 4 = 9) -, e levam para a Estrela de Nerhú cargas negativas que
não temos como aferir. Sabemos, apenas, por Koatay 108, que são imensas e
poderosas, tendo as Esmênias toda a responsabilidade por sua condução.

Quando chegam ao portão, são impedidas de entrar por não


contarem com qualquer proteção. Vêm, então, as Niatras, mensageiras de
Nerhú, que controlam as forças de desintegração da Estrela, e pedem que o
representante do Cavaleiro da Lança Vermelha dê proteção ao Santo Nono e,
então, acompanhadas pelo 1º Cavaleiro da Lança Vermelha, podem entrar no
recinto.

Muita atenção deve ter o mestre que, representando Arakén, faz


a Contagem: ali este trabalho é direcionado para o resíduo de cargas que
possam ter ficado da Mesa Evangélica, não devendo se perder a mentalização
de pessoas, locais, governo, etc.

O poder da Estrela de Nerhú é tão grandioso que, com o tempo


e o avinhamento, irá permitir fenômenos de materialização e aparição de
espíritos de outras dimensões, por ação do Oráculo de Agamor, que recebe e
manipula as forças dos três Oráculos – de Simiromba, de Olorum e de Obatalá
– e faz seu cruzamento, resultando em um conjunto de forças especiais e de
caráter específico, destinadas a ir enfraquecendo a proteção do neutrôn, de
modo a permitir que seja feita muito lentamente a conjunção de dois planos – o
visível e o invisível -, de acordo com a capacidade de controle dos fenômenos,
desenvolvida pelos Jaguares do Amanhecer.

Inicialmente, o trabalho era realizado somente aos sábados, às


16h00min. Em abril de 1999, os Trinos Presidentes decidiram que fosse
realizado, também, às 21h00min das quartas-feiras.

3. Abatá
Se há um ritual em nossa doutrina que por sua simplicidade e
sua abrangência espiritual consiga movimentar um grande número de médiuns
nos templos é o trabalho de Abatá.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 140 de 183

Sua ação e força é correspondente a uma consagração perfeita.


É onde o médium dispõe de sua força mediúnica e é ouvido em seus ais. Pode
ser realizado em todos os templos, mesmo os que não dispõe de Corrente
Mestra. Assim como pode ser realizado fora dos dias de trabalho
espiritual como nos templos que não funcionam todos os dias.

Contam uma história muito interessante quando do início do


trabalho de Abatá no templo Mãe: Naquela época Tia Neiva escalava os
mestres para o Comando do Abatá. Certa feita um desses Mestres chegou
atrasado para o comando e foi se justificar a Tia Neiva por seu atraso. À
primeira vista ela ouviu o Mestre, quando ele ia saindo, ela o chamou
energicamente de volta e disse:

– Meu Filho! Vá e realize só o seu Comando, pois seu Cavaleiro está lá


lhe aguardando!
Depois ela explicou que, quando o médium se escala para
comandar ou fazer parte de qualquer trabalho espiritual, mesmo se ele não for,
o seu Guia ou Mentor irá e ficará aguardando por ele.

Também no início do trabalho de Abatá no Templo Mãe, tão logo


terminava o trabalho, os Mestres voltavam e adentravam o templo e diante de
Pai Seta Branca encerravam o trabalho.

Tia Neiva mudou logo depois mudou esse procedimento,


recomendando que o trabalho seja encerrado, sem nenhuma forma especial,
no local onde foi realizado.

O Abatá deve realizado preferencialmente nos cruzamentos,


mas não impede que o Comandante realize em outros locais. Nossa doutrina
por sua ação mediúnica, deve seguir também a intuição espiritual de cada
Comandante, podendo assim, esse trabalho ser realizado fora dos
cruzamentos.

É um trabalho destinado a centuriões, pois é um trabalho


exclusivo de emissões. Sua abertura é simples, não havendo necessidade de
frases mirabolantes longas e cansativas.

Deve conter no mínimo cinco pares de Mestres e três Mestres


Adjuração. O Ajanã poderá comandar um Abatá, mas deve ter o curso de
Sétimo. Deverá ser realizado das 10h00min, às 12h00min e das 15h00min às
20h30min, não devendo ultrapassar este horário.

O Abatá de missionárias deve ser formado por ninfas de uma só


falange, por exemplo: Se for de Samaritanas, deve conter somente ninfas
Samaritanas.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 141 de 183

Não há Abatás de Falange missionárias de Magos e Príncipes.


Existe sim Abatás com a participação de Magos e de Príncipes, onde os
mesmos participam com outros Mestres e Missionárias, portanto sendo um
Abatá normal formado por Mestres, e não um Abata de Falange Missionária.

O trabalho de Abatá é uma força poderosa de cura


desobsessiva, também auxilia o médium em sua vida material. Onde se realiza
o trabalho de Abatá, é formada uma grande concentração de forças, atraindo e
conduzindo espíritos para serem tratados aos mundos espirituais.

O trabalho concede ao médium prisioneiro 1000 (mil) bônus a


cada consagração.

Tia Neiva diz estar neste trabalho Médicos espirituais,


enfermeiros, curandeiros, negociantes, sendo um trabalho de força centrífuga,
onde uma espiral de energias integra e desintegra as cargas de forças para
uma transmutação e modificação de sua morfologia física proporcionando uma
mudança favorável na vida e situação não só do ambiente, quanto da vida de
seus participantes.

4. Alabá
O Alabá é um trabalho que se faz durante os sete dias de lua
cheia.

É um trabalho de características iniciáticas e o Templo deverá


ter Corrente Mestra.

Não deverão participar Mestres com Mestres ou Ninfas com


Ninfas. A incorporação é de Pretos velhos.

Mesmo sendo um trabalho de cunho desobsessivo, o trabalho


de Alabá é baseado na comunicação dos Pretos Velhos. A comunicação é
ponto forte nesse trabalho.

Certa feita Tia Neiva nos disse que ele seria um trabalho de cura
e significaria algo como Deus na Mesa. Mas a tradução ou explicação final
ficou com “Peço licença para entrar no seu Aledá!”

5. O Aledá Físico na Residência


A religiosidade é algo comum e saudável na vida do missionário
e o Aledá é um ponto em sua casa em que a espiritualidade encontra uma
condição vibratória mais favorável, é onde o médium psicologicamente
favorece essa condição.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 142 de 183

Porém é recomendado que o médium não faça desse Aledá uma


extensão do Templo fora de casa. Essa condição irá conduzir sob forma mais
intensa energias ou espíritos que em determinado ponto o médium não mais
poderá manipular, pois as cargas negativas poderão ser de tal modo fortes que
o ectoplasma dos médiuns que estão na casa não será suficiente para
encaminhar aquelas energias de volta aos mundos espirituais.

6. Incorporação fora dos Templos


Nossa visão em relação às coisas espirituais ainda é limitada,
sentimos, mas não enxergamos os espíritos e suas manifestações. Ao fazer
um convite de uma Entidade de luz, o Doutrinador conta com sua mediunidade
e com técnicas especificas para essa identificação, e isto se faz com perfeição
apenas dentro de nossos ambientes templários, onde existe toda uma
proteção, tanto da corrente ali circulante formada pelos Mentores daquele setor
de trabalho, quanto Corrente Mestra, sem mencionar os rituais e as invocações
específicas para tal finalidade.

Via de regra geral não se deve proceder incorporações nas


residências ou em qualquer outro local fora dos Templos do Amanhecer e as
razões são simples e técnicas.

Quando começa a fazer incorporações em casa, naquele local


se abre uma janela no espaço ou um portal de desintegração, e as forças e
energias ali conduzidas trazem com elas várias individualidades, nessas estão
inclusas sofredores!

Pois bem, essas incorporações chegarão ao ponto do


Doutrinador não mais ter ectoplasma para reconduzir esses sofredores para os
planos espirituais. Eles se acostumam com a energia daqueles moradores e
em determinado ponto formam uma simbiose com eles a ponto de passar a
conduzir as ações e a vida daqueles moradores.

Os Trinos não mais autorizam a realização de trabalhos


especiais em residências, pelo fato de que, após esses trabalhos, torna-se
bastante difícil fazer a limpeza espiritual na residência, quando aquelas
energias invocadas estiverem atrapalhando a vida de seus moradores.

7. Troca de Adjunto
No universo existe uma ciência exata onde os corpos coexistem
numa sintonia perfeita, e tudo isso se deve por leis que regem a tudo com
harmonia e perfeição. Não existe ordem no caos.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 143 de 183

Em nossa doutrina foi necessário que os Mentores


estabelecessem uma ordem para que as energias iniciáticas pudessem ser
transformadas e transmutadas. Para que houvesse esse intercâmbio entre nós
encarnados e os espíritos, sejam eles evoluídos ou não, cores, mantras,
preces, rituais foram alinhados dentro de uma força espiritual tecnicamente
definidas em seus parâmetros de decrescência de força.

Vamos considerar a evolução dos mundos ou planos. Cada um


em sua faixa e seus habitantes, suas leis e regras. Também vamos levar em
consideração as encarnações e os compromissos assumidos e que não foram
cumpridos.

O Adjunto Koatay 108 é uma criação perfeita que Tia Neiva nos
trouxe de outros planos.

Adjunto é aquele que rege os poderes do Ministro que lhe


confiou determinada missão e um povo.

Mas isto ainda é o meio dessa história. Pois, para se tornar um


Adjunto neste terceiro plano é preciso ingressar na doutrina. Para isso também
é necessário que haja uma entidade espiritual que investe no mestre. Negocia
suas dividas transcendentais com os seus cobradores e finalmente, o leva ao
salão iniciático.

Daí para frente ele ainda o acompanha, dando sua proteção, até
que esse Mestre tenha condições e forças para ganhar seus próprios bônus e
pague a esse Ministro tudo aquilo que foi investido. É isso que nos diz Tia
Neiva na Lei Dharman-Oxinto a qual vamos citar um pequeno trecho em sua
íntegra:

“Meus filhos, sinto dizer que estamos correndo riscos em nossa vida
iniciática, se não formarmos aquele velho critério que eu sempre digo. A Iniciação: a
hora de efetivamente iniciar o Homem, dando-lhe direito ao seu trabalho na linha
espiritual. Para melhor critério, ficam agora os mestres Adjuntos com a
responsabilidade de dar uma Autorização por escrito a cada médium que fará a sua
Iniciação Dharman-Oxinto. Todos os Templos Externos podem ter suas Iniciações
onde estiverem, se o seu Adjunto recomendar ao Trino Ajarã Herdeiro Triada Arcano,
Mestre Gilberto Zelaya”

“Sinto dizer a vocês que não é tão fácil uma conduta doutrinária sem
erros. Sempre lhes falei que a conduta doutrinária é o caminho para sua hierarquia
transcendental. O teu sacerdócio é o teu Oráculo!
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 144 de 183

Quando você entra para um Adjunto, você deposita sua herança


transcendental nas mãos de um Ministro, que passa a lhe reger. Não deve ser tão fácil
você tomar daquele Ministro o que você depositou e dar a outro Ministro. Alguma
coisa não fica boa naquela contagem.

O Ministro gastou muito com você ou você gastou muito confiando no


seu Ministro. Você se esquece. Porém, o Ministro não! Por isso, eu digo sempre a vocês:
Venho de um mundo onde as razões se encontram, onde não temos erros!

É preciso falar com o Coordenador dos Templos Externos, Gilberto


Zelaya, meu filho, Trino Herdeiro Ajarã, e receba dele as explicações, e escute onde
estão as causas.

Graças a Deus, foi uma das coisas boas que Deus colocou em meu
caminho, porque ele tem a capacidade de ver os motivos pelos quais chegastes até mim.

Com carinho, Gilberto Zelaya, Trino Herdeiro Ajarã, tenho certeza que
fará ao meu lado, numa harmonia mandada por Pai Seta Branca, tudo o que eu sempre
preciso.” (Tia Neiva, 17.5.84)
Infelizmente temos visto alguns Adjuntos e Presidentes Adjuntos
tomarem para a si a decisão de mudar ou trocar Mestres de Adjuntos. Como
disse nossa mãe acima, como fica essa conta?

O Adjunto que fez essa troca por sua conta tem bônus para
pagar essa troca? Como fica a dívida com o Ministro de Origem daquele
Mestre?

Nestes tempos em que na nossa doutrina muitos tomam para si


títulos, classificações e representações que não lhe foram confiadas pela
Espiritualidade Maior, muitas atitudes anti-doutrinárias foram e estão sendo
tomadas.

Para explicar essas mudanças somente se existissem duas Tia


Neiva, o que não é o caso, ou um Pai Seta Branca que deixasse mais de uma
Lei Doutrinária, o que também não é verdade.

O certo é que as orientações doutrinárias de Tia Neiva estão aí


para que todos vejam em compêndios e transcrições que todos os filhos e
filhas do Pai Seta Branca têm acesso, nunca ficou escondido de ninguém,
portanto, não há razão para os Mestres e Ninfas se deixarem levar por pessoas
que se outorgam com o direito de descumprir as normas, leis e ensinamentos
trazidos do Céu por Tia Neiva.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 145 de 183

Voltando a citar o nosso Trino Triada Presidente Ajarã, um dia


cada um de nós estará no Anfiteatro, e não haverá como fugir da verdade que cada um
viveu, se a Verdade trazida do Céu pela Clarividente, ou se a sua própria verdade,
criada em razão de interesses pessoais!

8. Mantras e Hinos Mântricos


O Mediunismo baseia-se na manipulação e no controle das
energias espirituais, ou seja, forças concentradas e emanadas pelo espírito.

A intensidade dessa mediunidade e sua ação no encarnado será


maior ou menor quanto for a capacidade desse encarnado, transmitir, ser o
medianeiro dessas forças em relação àquilo se propõe, sob o domínio de sua
mente que, por sua vez, depende de fatores externos da matéria física
orgânica, inorgânica e espiritual para poderem atuar com mais presteza e
qualidade.

Através de ritmos, sejam eles de forma melodiosa ou de prece,


se formam vetores energéticos condutores de forças extremante poderosas,
mas que, como outros sistemas espirituais, dependem do ectoplasma, o qual
facilita para que tudo que seja de estrutura fluida ou espiritual encontre melhor
veiculação e possa ser encaminhado, conduzido através dos portais
interdimensionais. A esses elementos chamamos de Mantras.

No Sânscrito dos Brâmanes o Mantra é uma forma sagrada dos


Cânticos divinos. Em nossa doutrina imantrar significa impregnar, tornar o
ambiente o mais favorável possível através da emissão de ectoplasma, dando
condições para que as individualidades espirituais possam melhor realizar suas
funções.

Mantra é vocábulo do Sânscrito clássico significando fórmula


sagrada, oração, canto, palavra mágica.

Os Vedas da famosa sabedoria Hindu os dividem em quatro


seções: Rigveda (hinos) Samavedas (melodias) Jadjuveda (formas oblacionais)
e Arthaveda (palavras mágicas) e remontam a mais de 1500 anos antes de
Cristo. Todos os mantras do Amanhecer foram recebidos através da
clarividência de Tia Neiva.

O Mantra Mayanty foi “recebido” através de um General da


queda da Bastilha chamado Claudionor de Plance Ferrate. Neste mantra
encontramos uma referência ao Prana, e prana é o hálito sagrado, sopro divino
que nas madrugadas varre a terra trazendo a cura das enfermidades físicas e
espirituais, sendo trazidos à terra pelos “enfermeiros do Senhor”.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 146 de 183

➢ Hino Oficial do Amanhecer


“Sob o céu azul do Amanhecer Seta Branca de amor apareceu,
com as ordens do Oriente nos faz ver a grandeza que Jesus nos concedeu”.
Em meio a esta busca pela identificação do homem neste
terceiro plano, na sua redenção perante as faltas cometidas durante as várias
fases em que nós estivemos reunidos, Pai Seta Branca, em suas várias
roupagens no processo reencarnatório, buscou sempre a evolução espiritual de
seus contemporâneos.

Hoje, no limiar deste terceiro milênio, volta com seus


jaguares, desta vez no planalto central do Brasil, no Vale do Amanhecer, o
Amanhecer que dá esperança a encarnados e desencarnados em cada sol que
desponta neste vale.

“Prana luz aqui resplandeceu no oriente maior que é de Tapir,


conduzindo as almas tristes para Deus”.
Mais uma vez a força benéfica do Prana com sua ação
curadora e reparadora, vem chegando ao planeta, sob a força de Tapir. Tapir é
a plataforma espacial onde são projetados os raios do oráculo de Simiromba,
Obatalá e Olorum que vão compor a Corrente Mestra fluindo da Pira para os
demais setores do Templo.

Esta ligação é constante, pois Tapir funciona como potente


dinamizador de forças espirituais, direcionando e dosando estas forças na
medida da necessidade dos trabalhos e de acordo com o potencial de cada
médium que faz na Pira sua preparação.

Ali se projetam, diretamente do Campo de Morsas, em


Tapir, forças curadoras e desobsessivas que abastecem o médium, através de
suas morsas (as cruzes nas mangas das camisas), e também de acordo com
as possibilidades do trabalho.

9. Função da Defumação (Queima do incenso)


A queima da resina que nós usamos em nossa doutrina tem uma
função técnica e é empregada para facilitar o intercambio das forças espirituais,
facilitando a passagem das correntes de um plano para outro.

Ela faz com que o Neutrôn fique mais permeável e, dessa forma,
a energia da defumação forma uma janela interdimensional, tornando mais
acessível o intercâmbio entre o plano físico e os Planos Espirituais.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 148 de 183

Curso de Evangelização com o Trino Tumuchy

TRANSCRIÇÃO DO CURSO DE EVANGELIZAÇÃO MINISTRADO PELO


TRINO TUMUCHY MESTRE MÁRIO SASSI EM 1983

1ª AULA
Salve Deus, meus Mestres!

Imaginem um mar encapelado, ondas muito fortes, um mergulhador,


mergulhando fundo, e, lá embaixo, toda uma tranquilidade. Os peixes nem se
dão conta da tempestade que está lá em cima!

Assim é, também, esta Corrente. Ela trabalha no meio do tumulto e


da confusão, mas, logo acima de nossas cabeças, há toda uma tranquilidade.

Pai Seta Branca navega neste espaço sideral, comandando esta


Amacê com a rota sempre firme, cumprindo fielmente o seu roteiro, sem se
importar com o que possa estar acontecendo com os seus tripulantes. Nascem,
morrem, sofrem os tripulantes, mas a nave continua seu roteiro... E nós a bordo
dela! Isto é a grande segurança.

Esta Doutrina do Amanhecer, que é o Evangelho redivivo, está cada


vez mais se destacando. Nossa força reside em termos uma concentração,
porque uma luz concentrada na escuridão ilumina muito mais do que muitas
luzes na confusão. A concentração de luzes é a nossa grande força. É por isso
que sempre há dificuldade de se fazerem as coisas fora daqui.

Em termos desta concentração, pedimos ao Divino e Amado Mestre


Jesus que as forças possam descer sobre nós, para que nossos corações
fiquem abertos à recepção das coisas que serão trazidas nesta reunião e neste
curso.

Além da tranquilidade e segurança habituais com que trabalhamos,


faça com que tenhamos a conscientização necessária à compreensão das
coisas.

Nós sempre falamos em Evangelho e, agora, a preocupação da


Espiritualidade é a Evangelização.

Para o Vale do Amanhecer, a Evangelização significa tornar os


Mestres conscientes dos fatos e das coisas que eles vêm fazendo. Trata-se de
transformar em síntese objetiva um fato que é diluído em todos os recantos da
vida.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 149 de 183

Evangelizar é transformar em síntese este trabalho ininterrupto, que


já tem vinte e quatro anos de existência.

Quando se fala em Evangelho vem logo a ideia da Bíblia, o que nos


dá sensação de culpa, pensando que no Vale não se lê a Bíblia e, portanto,
não se conhece o Evangelho.

Mas, em certa oportunidade, pensando assim, comecei a ler o


Evangelho – o do Pastorini, que me pareceu ser o de mais fácil assimilação.
Depois de determinado tempo, senti que começava a me distanciar das coisas
do Vale. Aí, fiz uma consulta à Clarividente, que me aconselhou a não ler mais.

É que eu estava entrando no caminho das mesmas velhas estradas,


de todo mundo que pega a partir do livro escrito como sendo a base de tudo,
para que se construíssem todas as religiões do planeta e que, até hoje, não se
entendem e vivem discutindo.

Existe muita gente que está ficando obsediada pela preocupação do


formalismo do Evangelho. Este fato, que para nós parece ridículo, tem
impressionado milhões de pessoas!

No Vale do Amanhecer não existem estes fatos porque, partindo da


clarividência, Tia Neiva seguiu para a vivência do Evangelho em todo o seu
conteúdo.

Vivência do Sistema Crístico, porque Jesus nada escrevia.

Os Evangelhos foram escritos depois, pelos seus seguidores. A


preocupação destes seguidores levou a que se colocasse tudo em torno deste
livro.

O verdadeiro Evangelho – a Boa Nova – é todo o sistema que Jesus


implantou, mesmo antes de sua encarnação.

Já havia sido preparado o terreno, a reorganização de todo o


relacionamento do Homem com o mundo espiritual.

O Vale vive o Evangelho real como um todo, e nós, que vamos lidar
com pessoas preparadas em termos de hábitos, palavras, construções,
teremos, então, de conciliar em nossos espíritos, para ver onde se enquadra,
no Evangelho, aquela parte que está sendo tratada. Precisamos ter, portanto,
uma referência do livro sem, entretanto, ser necessário ter um livro para
consultar a todo instante.

O que você precisa saber é a essência do Evangelho, que, em nosso


meio, se resume nas palavras: amor, tolerância e humildade. Nós sabemos
quais ensinamentos do Evangelho atingem mais diretamente a nossa vida.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 150 de 183

Assim, quando nos foi ensinado o Sol Interior, quando nos ensinaram
que o ser humano é trinário e não binário, quando nos ensinaram que o
Homem, para se harmonizar, precisa ter os três reinos da Natureza em
harmonia e em sintonia, a partir daí estamos recebendo coisas que foram
contidas em todos os ensinamentos de Jesus, mas que nós recebemos da
maneira como se fosse uma novidade atual.

Na verdade, ela já existia, e nisto se constituiu a verdadeira busca.


Aqueles que tiverem mais tempo para ler vão descobrir maravilhas a partir de
agora, destas revelações que vão sendo feitas aqui, para que depois, pegando
o Evangelho, venham a encontrar aquelas coisas que são explicadas.

Temos agora, em nossos corações, a chave do Evangelho!

Em um trecho do Evangelho, os apóstolos saíram com Jesus num


barco pelo lago de Genezaré. No meio da viagem, surgiu uma tempestade, e
logo as águas se encapelaram. Os apóstolos começaram a ficar preocupados
com um naufrágio iminente, enquanto Jesus dormia profundamente. Os
apóstolos resolveram acordá-Lo:

"Mestre! Desperta que morremos! ... Vamos naufragar!"

Jesus acordou e, calmamente, disse:

"Ora, por que temeis, homens de pouca fé?"

Ele fez um gesto, as águas se acalmaram e a tempestade passou.


Só depois vim a perceber que aquele episódio era simbólico.

Jesus se referia às tempestades de nossa vida, em que temos


dificuldades para despertar nosso Cristo interior. O barco era o barco de nossa
própria existência, era nossa própria vida.

Vejam, pois, a interpretação literal e a interpretação dentro do que já


aprendemos aqui, nesta Corrente: Falamos em individualidade, Jesus disse:

"Eu sou o caminho da Verdade e da Vida!".

"Eu" será Jesus? Não. Jesus se referia à individualidade, ao "Eu


Superior", aquele "Eu" que existe dentro de cada um de nós. É o "Eu"
transcendental, que já existia antes de nós chegarmos à encarnação.

Então, se dentro de cada ser humano existe uma partícula Crística, a


partir do momento em que Jesus organizou o sistema todos os seres humanos
nasceram com esta partícula dentro deles. Se "Eu", ser superior
transcendental, sou capaz de ser o meu caminho da Verdade e da Vida, eu
estou com Jesus porque Ele está dentro de mim! O encontro do nosso espírito
com o caminho da Verdade e da Vida é que vai determinar a nossa Verdade.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 151 de 183

Pelo sentido de interpretação literal, a frase significa que "fora de


Jesus não há salvação!" Mas a verdade, pura e simples, é que Jesus está
dentro de mim, porque faço parte do Sistema Crístico!

É aí que o Vale do Amanhecer está demonstrando sua grande


capacidade, pois recebe homens pouco ilustrados, de qualquer natureza e de
várias procedências, e os transforma em poderosos missionários, trabalhando
com precisão iniciática.

Assim, mergulhamos na nossa individualidade. Recebemos nosso


Cavaleiro, recebemos nossas origens, nossos graus hierárquicos, tudo na
nossa individualidade. Somos poderosos apóstolos, trabalhando com precisão
iniciática, porque foi despertado este "Eu Interior" que existe dentre de cada
um.

Nós vivemos o Evangelho sem nunca termos lido o Evangelho!

Ultimamente, sentimos que não estamos em condições de assumir,


de imediato, os graus hierárquicos que recebemos, porque temos que vencer
determinados carmas para podermos chegar lá. Recebemos um direito de
herança, mas precisamos nos colocar à altura dela.

Os mecanismos são muito simples: basta observar a ideia da


tolerância, do amor e da humildade, e chegar a compreender o que é o amor
incondicional. Assim, mergulhamos automaticamente no Sistema Crístico.

A filosofia cristã é toda esta série de controvérsias, que há dois mil


anos existe no planeta, por divergências de ideias, de palavras e de
construções. Mas, o Sistema é totalmente diferente. A filosofia faz parte do
Sistema como sua parte mais negativa.

O Sistema é completo e a filosofia é só uma parte do processo.


Como nós recebemos o Sistema diretamente, não precisamos de leituras de
livros, etc.

O Evangelho redivivo, como diz Tia Neiva, é o Cristo caminheiro, o


Cristo que caminha!

Nós temos o Livro da Vida para ler, todos os dias. Basta analisar os
fatos do dia a dia.

Quando nos desesperamos por qualquer fato adverso em nossa


vida, por que não despertamos o Cristo existente dentro de nós? Se o fizermos,
vamos sentir que aquilo estava previsto.

Como turma de Instrutores, temos que nos familiarizar com os


ensinamentos bíblicos, porque temos que transmitir os ensinamentos e
estarmos em condições de dialogar com todos os tipos de pessoas.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 152 de 183

Vamos, então, nos colocar na situação de mestres e nos


conscientizar de que o Evangelho é a Vida, a "Boa Nova" da Vida! Vamos
transformar esta conscientização em fatos que possam melhor atender às
nossas obrigações de Instrutores.

As cartas, que estão publicadas desde 1976, têm todas estas


interpretações de forma bem discutida, para aqueles que desejarem mais se
aprofundar no assunto.

Quando Tia Neiva fala na formação do plexo, na formação do


interoceptível, são coisas que estão dentro do Evangelho, mas que já estamos
aprendendo de maneira direta, experimentando.

Sentimos quando nosso ectoplasma está pesado. Estamos vivendo o


Evangelho total, em todos os seus aspectos possíveis e imaginários.

É o Evangelho vivo, que nós estaremos transmitindo a vocês, até


que Tia Neiva tenha condições de fazê-lo pessoalmente.

Salve Deus!
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 153 de 183

2ª AULA
Salve Deus!

Uma das coisas que mais me impressionou foi esta possibilidade


fisiológica de nos encontrarmos com Jesus, este Mestre Jesus, que se tornou
tão pequenino, se tornando uma partícula Crística, para residir dentro de cada
um de nós.

Esta partícula tão pequena, um átomo Crístico, que se incendeia


dentro de nós e produz uma explosão atômica do átomo Crístico,
principalmente no coração do Jaguar.

Nós, que já fomos bárbaros, que já passamos por situações difíceis,


atravessamos civilizações, nunca tivemos uma realização espiritual tão grande
como a que ora se nos apresenta.

Nós começamos, realmente, quando se iniciou a preparação do


terreno para a vinda de Jesus. Tínhamos uma ansiedade milenar, um desejo
muito grande de encontrar um caminho para o Céu, ou seja, o retorno ao nosso
planeta de origem, nossa querida Capela.

Trezentos anos antes da chegada de Jesus, começamos, no Oráculo


de Delfos, a nossa jornada, hoje relembrada no trabalho de Unificação.

Em nossa jornada, procurávamos um ponto comum de referência


que saciasse os desesperos íntimos dos nossos corações. Este ponto de
referência foi Pítia, que hoje encarna nossa Clarividente Neiva.

Quando chegou o dia em que os céus tiveram que se abrir para a


chegada de Jesus, tremendas modificações planetárias e sísmicas
aconteceram. Não há registros, porque a História só conta os fatos localizados.

Na América, houve a desintegração dos Homens-Pássaros. Na


Europa, que já existia, não houve qualquer notícia a respeito.

O ser humano, em sua encarnação, vive numa escuridão muito


densa e é limitado. Compara-se a um escafandrista que só possui aquele
tubinho para respirar. É como os peixes, que só podem viver dentro da água. O
ser humano só tem pela frente um visor, que é o seu carma, sua vida. Só
percebe aquilo que vê, que ouve e que apalpa. Seus sentidos são
reduzidíssimos.

Mas vem Pítia, a grande missionária, e estabelece uma abertura para


o Céu, para as coisas que estão em torno de nós e que, na verdade,
fisicamente não percebemos.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 154 de 183

Nossa Clarividente nos traz, então, o Evangelho de Nosso Senhor


Jesus Cristo, e nos ensina a viver, alheios ao que os outros estão fazendo em
outras religiões. Nós só vislumbramos aquele farol Crístico que seguimos, que
é Tia Neiva.

Achamos tão natural seus ensinamentos que ela é, para nós,


simplesmente Tia Neiva, nossa Mãe.

O grande fenômeno da Clarividente, que desvendou para nós todos


os mistérios do Sistema Crístico, deste mesmo Jesus, por quem tanto
esperamos durante tantos milênios, é que, com a sua chegada, nos
proporcionou muita confiança, desvendando tudo isso para a nossa
individualidade, para a nossa percepção transcendental, para tudo aquilo que
representa o nosso acervo de velhos Jaguares, experimentados que conhecem
todas as formas religiosas e sociais da Terra.

Isso explica nossa indiferença por outras formas de religiões, cultos,


etc. Estamos nesta tribo coesa, temos uma nave com a segurança de Pai Seta
Branca e desses Espíritos Iluminados que nos assistem, e a segurança da
Clarividente.

Mas, agora, nesta partida, chegou o momento de colocarmos nossa


roupagem de gala, chegou o momento em que a Humanidade já não está
encontrando nada, em lugar nenhum, para poder se agarrar.

Tudo indica que a esperança somos nós, porque estamos com


aquele Jesus, aquele átomo Crístico desenvolvido. Conhecemos e
desenvolvemos o nosso Sol Interior e, por isso, somos chamados magos e
cientistas do Evangelho!

Qual o médium desta Corrente que não sabe o que é carma, Sol
Interior, Sol Simétrico, plexo físico, etc.?

Além do "Eu", temos, para aprender estas coisas com mais


facilidade, o 1º Mestre Jaguar, com seu grande Ministro Arakén, que vem,
como um raio, penetrando no coração dos Centuriões, jogando lá dentro
aquelas palavras candentes.

O Jaguar não faz quaisquer comentários sobre esta Doutrina – ele a


vive intensamente. Estamos vivendo Jesus, o Grande Mestre que nos trouxe
abertura para todos os planos espirituais. Ele chegou e percorreu todos os
caminhos da Terra, permitiu as soluções cármicas para todos os seres
humanos e se fez tão pequeno nos nossos corações.

Este é o Jesus vivo de Reili e Dubali, como diz nossa Mãe


Clarividente.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 155 de 183

Mas este Jesus, que se fez tão pequeno, aproveitou, também, todos
os ódios, todas as guerras, todas as manifestações de energia humana-animal
e tornou tudo aquilo improdutivo, para que os espíritos pudessem se libertar
das coisas da Terra.

Em nossa vida de Jaguar estão contidas todas as experiências


humanas de violência, grosseria, descrença, comando, encarnações de reis, de
escravos, etc. Jesus aproveitou as coisas claras e as ocultas, as coisas
terríveis e as boas, as pestes, os terremotos, as violências, as guerras, etc.
Tudo isso Jesus envolveu naquele grande sistema que permitiu a grande dor e
a recuperação cármica dos seres humanos.

A Clarividente constantemente reaviva fatos passados para que


penetrem em nossos corações. Reili e Dubali são figuras simbólicas
extraordinárias.

Quando os componentes passam pelo Radar, todos se parecem no


mesmo turno. Eles se completam, e parece que, naquele momento, está
passando um exército. Naquela hora, em que passamos ali, estamos levando
conosco todas as recordações e a saudade daquele tempo, em que lutávamos
por razões variadas. Ali, passamos a ver a inutilidade da vida terrena.

Agora, estamos em outra guerra e esta é contra os vales negros da


incompreensão. Os mesmos soldados, os mesmos cavaleiros, os mesmos
príncipes daqueles tempos estão aqui lutando, e todas estas coisas nos foram
dadas por Jesus.

Neste mundo – que não é só dos Jaguares, mas, sim, que é de


Jesus – estamos oferecendo a Ele nossos préstimos e nosso trabalho.

É por isso que mantemos nossa Doutrina em constante operação. É


a nossa ansiedade de dar ao mundo aquilo de que ele precisa e que temos
sobrando, e que precisamos usar, para poder nos redimir, na Lei do Auxílio.

Respeite as outras religiões. Não se preocupe com elas, pois cada


uma está dentro de sua faixa cármica e cada uma tem a sua sensibilidade. É
preciso viver o Evangelho, lembrando de todas as coisas.

Precisamos tomar cuidado para não cairmos nas velhas estradas,


porque nossas heranças não o permitem. Mas, devemos ter cuidado pelo que
poderá nos acontecer, por causa da dor que resulta.

Tudo o que se passa na Terra, todos os nossos atos, todas as coisas


que acontecem, todas as coisas da nossa vida, todas as dores, os percalços,
tudo isto faz parte de um sistema perfeito que Jesus aproveitou, inverteu a
polarização e permitiu que estas dores, a partir do ponto em que Ele iniciou o
seu sistema, viessem a se transformar em combustível para a evolução do
espírito.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 156 de 183

A base principal do Sistema Crístico implantado é a Lei do Auxílio.


Mas, como as pessoas, para serem auxiliadas, não se contentam com um
simples toque de mão, Tia Neiva constituiu um sistema para a Lei do Auxílio,
com indumentárias brilhantes, com posicionamentos ritualísticos, elegantes,
etc. que, além de facilitar a própria recepção do médium, oferecem maior
possibilidade aos espíritos que nos procuram, dentro da Lei do Auxílio.

Dentro do processo do Evangelho, tudo que nós temos e vivemos é o


Evangelho vivo, de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele deixou uma parte oculta,
para aqueles que têm olhos para enxergar.

Isto ocorre porque, se todos tomassem conhecimento do segredo do


Sistema Crístico, poderiam destruir o próprio Sistema. É por isso que
transmissões iniciáticas, de mestre para discípulo, são feitas de maneira verbal.

Não adianta ensinar aos que têm a mente despreparada para


receber o ensinamento. Jesus preparou o Sistema. A Clarividente veio e, antes
de nos dar esta fase atual, ela passou pelo Angical, passou, no Século XVII,
com Pai João e Pai Zé Pedro, e preparou todo o Sistema que, hoje, está
pronto. Preparou, também, o nosso Sol Interior. Chegou a hora de procurarmos
avivar mais a nossa memória e começarmos a utilizar mais a nossa experiência
para a nossa própria vida.

Estas são as coisas que eu gostaria que começássemos a recordar,


porque temos milênios para trás, e o Terceiro Milênio está batendo à porta.
Não sabemos o dia de nossa partida, mas uma coisa é certa: nosso trabalho
vai começar agora, no Terceiro Milênio.

Nós transmitimos amor, paz e humildade. Mas, será que os


discípulos estão recebendo os ensinamentos? Até que ponto estamos sendo
autênticos em nossas palavras?

Temos a segurança de nos encontrarmos na aura de nossa Mãe


Clarividente. Imaginem os discípulos de Jesus, quando se encontravam na
segurança de Sua aura!

Neste momento, será que estamos ouvindo a voz de Jesus? Será


que ela penetra em nosso coração? Será que não estamos fazendo dominar a
nossa personalidade, os nossos maus hábitos e mesquinharias?

Para os que nos procuram, a Corrente está no caminho certo. Mas


será que, individualmente, estamos atingindo nossos objetivos?

A nave de Seta Branca está fazendo circunvoluções, evoluções,


soltando as correntes magnéticas, e nós vamos recebendo os eflúvios. A
Corrente vai nos envolvendo, e vamos vivendo o Evangelho redivivo.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 157 de 183

Só existe uma aura real: é aquela que leva à possibilidade do amor


dentro da pessoa, o desenvolvimento da partícula Crística dentro da pessoa. A
cura desobsessiva consiste em libertar o indivíduo das cargas pesadas dos
seus cobradores, afastar os espíritos para dar a eles a possibilidade de Luz.

Nós tiramos as cargas magnéticas, cargas pesadas que estão presas


na pessoa, abrindo espaço para que a Luz possa penetrar. Depois,
impregnamos aquele espírito com ectoplasma do nosso fluido magnético
animal, manipulado com a nossa Doutrina. O espírito, então, cresce e se
desliga ao receber esta energia benéfica.

As células daquela pessoa que é beneficiada começam a receber as


energias da Corrente Mestra e vão se reativando, se revitalizando, e o espírito
recebe a cura, a cura desobsessiva, porque aquele esclarecimento tirou a
obsessão e fez com que ele, mesmo sem saber, tivesse clareado o seu Sol
Interior e iniciasse o caminho para Deus. Esta é a verdadeira cura!

Agora, se pegarmos uma pessoa, independentemente de saber qual


o seu carma, só porque sabemos que temos muito poder de cura mediúnica,
mal assessorados, porque, na nossa Doutrina, o poder está na reunião de
forças dos Jaguares, aí estaremos interferindo no carma daquela pessoa.

E, depois, como é que vamos afastar uma doença que Deus, em Sua
infinita misericórdia, concedeu àquele espírito em sua trajetória cármica, para
ele sofrer na Terra através daquela doença e poder chegar até Deus, pagando
seu carma?

É o carma daquele espírito, e seus reajustes, como ficarão? E nós,


como poderemos ser felizes se utilizamos nosso sacerdócio para prejudicar
aquele espírito? Entraremos em choque conosco mesmos, em dúvida com o
nosso trabalho.

Então, queremos que todos percebam a diferença entre uma visão


puramente humana do Sistema de Jesus e a visão espiritual de quem tem uma
individualidade. Daqui por diante, só nos será permitida a visão da nossa
individualidade.

Salve Deus!
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 158 de 183

3ª AULA
Salve Deus!

Nossa Corrente entrou em uma forma interpretativa completamente


diferente e vai se encontrando, na sua forma expressiva, com o Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo.

É o caso da frase:

"Eu sou o Caminho da Verdade e da Vida!" (grifei)

Houve, inicialmente, uma dúvida quanto à semântica desta frase,


com a versão:

"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!" (grifei)

Mas, nossa intuição mediúnica nos dizia que a primeira versão seria
a mais correta.

Coloquemos de lado a parte intelectual, uma vez que, em nosso


meio mediúnico, todos são semelhantes e aprendemos pelo processo do
ensino intuitivo mediúnico. Aprendemos pela nossa mediunidade, e não pelo
nosso intelecto.

Nossa memória não seria capaz de gravar todas as coisas que são
ditas em nossa Doutrina. Se isto acontecesse, seríamos doutores em Teologia.
Em nossa individualidade, estamos alertas às coisas que se passam. Mesmo
considerando nossos conhecimentos, nossos problemas e o nosso cansaço,
vamos recebendo uma emanação e uma imantração das mensagens que
deveremos ouvir.

Em nossas mensagens, somos sempre assistidos por espíritos


maiores, que nos orientam. Na última aula, fomos assistidos pelo Mago de
Arimatéia, um espírito extraordinário, do tempo de Jesus. Nós deixamos, então,
a transmissão dos conhecimentos por conta dos mentores, que vêm e
transmitem, através de nossa mediunidade.

Todos os seres humanos partiram de um átomo Crístico. É uma


partícula divina que, segundo informações, fica situada no ventrículo do
coração. Jesus, quando disse: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!", quis
dizer: "Eu sou a própria Verdade!" Mas Jesus, falando assim na primeira pessoa
– Eu – não ficaria muito de acordo com sua humildade. Há, portanto, alguma
coisa diferente na interpretação destas palavras.

Aí, surge, então, a individualidade, o espírito, é que seria o caminho


da Verdade e da Vida. O "Eu", no caso, é a nossa individualidade, o nosso
espírito, a parte superior do nosso ser.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 159 de 183

Nossa parte negativa, isto é, a parte inferior do nosso Triângulo, é


representada por dois ângulos, que seriam a vida positiva e a vida negativa, o
Jeová Branco e o Jeová Negro.

As duas partes caminham para a nossa individualidade, lá em cima,


no terceiro ângulo do Triângulo.

O tamanho do Triângulo corresponde à evolução de cada um.

Todas as virtudes daqui da Terra, os sistemas de vivência, moral,


etc., a Lei do Perdão, a Lei do Evangelho, formam esta parte humana que
tende a se absorver na individualidade. Os conflitos da Terra não existem na
individualidade, porque esta é o ponto de encontro, o símbolo do
transcendental, é eterna e está muito acima destes valores.

O caminho da Verdade está situado na ponta superior deste


Triângulo. O nosso espírito não é afetado pela vida. Ele afeta o plexo físico e o
micro plexo, mas não é afetado pelos dois. O espírito traduz sempre, em todos
os atos, a nossa transcendentalidade, nossa individualidade, e nessa
individualidade nós mergulhamos no Triângulo, aqui na Terra.

Então, o "Eu" é o ser superior que contém a partícula Crística.

Naquela época, o próprio Jesus, que estava na Terra e que, apesar


de ser um espírito muito evoluído, se submeteu a todas as condições da Terra,
inclusive da destruição da matéria, através da morte física.

Nós, na nossa individualidade, somos, também, o caminho da


Verdade e da Vida – mas, da nossa Verdade e da nossa Vida!

Através da individualidade é que vamos ter a percepção da nossa


personalidade, dos nossos compromissos, do dia a dia da nossa vida.

A Verdade é um problema individualizado. Cada um tem a sua


Verdade, de acordo com suas possibilidades, dentro do universo das coisas. E,
por isso, temos que cuidar de nossa individualidade, para termos nosso espírito
iluminado, e ele só estará bem quando emitir em harmonia com a nossa
Verdade.

Todos nós vivemos subordinados aos vários padrões de


comportamento e pontos de referência, onde medimos nossos critérios de certo
e errado. Quando passamos a admitir que somos uma vítima do destino, é
porque tudo está errado e estamos sob a ação do nosso carma.

A falta de aceitação dos nossos problemas provém do


desconhecimento da nossa Verdade. À proporção que vamos conhecendo
nossa Verdade, vamos, também, começando a orientar nossa vida particular.

O conhecimento de nossa vida – nossa Verdade – depende do nosso


esforço, trabalhando na Lei do Auxílio, e da nossa conduta doutrinária.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 160 de 183

Através do trabalho adquirimos uma série de bônus, que são


traduzidos em energia celular. Esta energia, então, é traduzida em pranas,
adquiridos pela nossa permanência dentro do ambiente da Corrente.

À medida que vamos penetrando em nossa individualidade, nossa


luz interior vai ficando mais intensa. Ela ilumina nossa consciência, e vamos
ficar sabendo o porquê e a resposta de tudo em nossas vidas. A vida
mediúnica é o desenvolvimento da vida intuitiva, à revelia da dedução e da
indução.

O pensamento humano, adotado na nossa civilização – civilização


que adotou oficialmente esta posição filosófica do conhecimento que os gregos
tinham do conhecimento humano – basicamente, é o seguinte: ou se aprende
do particular para o geral, ou se aprende do geral para o particular.

O Vale do Amanhecer não se preocupa com estes fundamentos de


dedução e indução. Aqui, nos preocupamos com a intuição. Não nos
preocupamos em discriminar as pessoas. Perante nossa Doutrina, todos são
iguais e procuramos ensinar pelo processo intuitivo. Cada um vai recebendo os
ensinamentos e vai construindo o seu conhecimento, porque cada um é uma
Verdade e uma Vida.

A nossa individualidade é o caminho para encontrarmos nossa


Verdade e nossa Vida.

É isto o que significa "Eu sou o caminho da Verdade e da Vida!"

Nossa individualidade se assemelha a um computador, que vai


acumulando cargas de informações. Nosso computador é como se estivesse
ligado em série com outros computadores. Para o nosso computador
convergem as informações de nossas encarnações anteriores. Mas só temos
acesso a essas informações quando mergulhamos em nossa individualidade.

O maior problema que se apresenta para a vida de nossos médiuns


e para o progresso desta Corrente é a capacidade, que um número cada vez
maior de médiuns tem, de mergulhar na sua individualidade e, através dela,
adquirir a clareza, o esclarecimento e o conhecimento da sua Verdade, de
maneira que, ao conhecê-la, se harmoniza com o seu próprio destino. A
adaptação à realidade é muito simples, mas, ao mesmo tempo, muito difícil.

Toda explicação e todo conhecimento dos problemas que estão


contidos dentro de nós têm, como solução, nada mais, nada menos, do que a
nossa adaptação a uma realidade.

Se quisermos nos equacionar para vivermos felizes, precisamos nos


harmonizar com a nossa Verdade! Ao fazermos isso, estaremos nos
enquadrando completamente no processo evangélico.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 161 de 183

Estas explicações não são para os intelectuais – são para serem


entendidas por todos nós. Assumimos compromissos muito sérios com a
espiritualidade e vamos ter que deslanchar com observadores presentes
ininterruptamente. Vamos ter que nos deslocar e dar respostas a todos que nos
abordarem.

O Vale do Amanhecer começa a se apresentar como uma opção de


vida, e teremos que equacionar os problemas, tanto no sentido da experiência
de vida como retransmitindo os ensinamentos àqueles que serão instruendos.

Vamos nos preparar, porque vamos receber discípulos com


condições intelectuais muito superiores às nossas, e estas pessoas só
aceitarão os ensinamentos se eles tiverem um mínimo de coincidência com a
maneira que eles têm de encarar a vida.

Não poderemos mais ser agressivos, como vem ocorrendo!

Precisamos transmitir os conhecimentos de acordo com as pessoas


que vão recebê-los, pela intuição e com muito amor, tolerância e humildade.

Para terminar, lembramos a história daquele barqueiro, que sempre


viveu à beira do rio. Um professor foi atravessar o rio e começou a brincar com
o barqueiro:

"Você conhece São Paulo?"

O barqueiro, muito humilde, disse que não. O professor continuou:

"Então, você está perdendo a sua vida... Você já leu Homero?"

O barqueiro respondeu que não sabia ler. De novo, o professor


disse:

"Você está perdendo a sua vida..."

A viagem continuou e, quando estavam no meio do rio, surgiu uma


tempestade. O barqueiro perguntou ao professor:

"O senhor sabe nadar?"

O professor respondeu que não. Então, o barqueiro disse:

"O senhor já perdeu a sua vida! ..."

Para apresentarmos nossa Doutrina, só precisamos ter amor,


tolerância e sermos humildes.

Assim, não teremos nenhum problema ao transmitirmos os


ensinamentos.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 162 de 183

Precisamos conhecer o Evangelho que praticamos para poder


explicá-lo aos que chegam e só conhecem o Evangelho do livro.

A maioria das pessoas conhecem o Evangelho em torno de frases e


não sabem o que é uma experiência mística, que é a nossa especialidade.

É por isso que Pai João determinou a execução dessas aulas


evangélicas.

Salve Deus!
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 163 de 183

4ª AULA
Salve Deus!

Agora, mais do que nunca, estou ficando convencido de que a nossa


partida evangélica vem se tornando efetiva.

Vamos estabelecer uma ponte entre o tempo de Jesus e a nossa


vivência atual, e vamos ver que, cada vez mais, vamos nos aproximando da
semelhança das situações. Vivemos intensamente as coisas, mas não as
avaliamos devidamente!

É como as grandes pinturas, às quais só podemos avaliar com


profundidade quando as olhamos a uma certa distância. Para fazermos a
avaliação do que estamos vivendo, precisamos sair do corpo, para assim
podermos perceber como é vivo este Evangelho de Nosso Senhor Jesus
Cristo.

Já dissemos que, aqui, não aprendemos pelo intelecto, mas, sim,


pelo processo intuitivo. Todo nosso trabalho é intuitivo, é a assimilação direta
do fenômeno mediúnico. Assim, procuramos fazer uma relação entre o nosso
grupo e aquele grupo iniciático que trabalha com Jesus, principalmente os
Apóstolos.

João, por exemplo, que foi um dos Evangelistas, era, também um


pescador, e foi ele quem escreveu o Apocalipse. O Apocalipse, que é uma
projeção do futuro, foi um trabalho especial realizado por João. Como um
pescador poderia realizar um trabalho de tamanha profundidade?

Nós, também, somos pescadores, e estamos realizando o verdadeiro


trabalho evangélico, por inspiração direta. Muito recentemente, aprendemos
com Tia Neiva que o traçado entre o Tibet e a Palestina tem uma situação
muito especial.

No Tibet, durante séculos, foram preparados muitos iniciados, que


trabalharam em concentração, como verdadeiros espíritos extraterrestres. Não
há explicação para tal concentração de intensidade de conhecimentos
transcendentais e de construções nas montanhas, nas condições mais
adversas.

Só se pode assemelhar aos grupos dos Equitumans, que chegaram


em naves espaciais, nos Andes. A Palestina continua sendo, até hoje, o centro
de onde parte a maior quantidade de informações, de conhecimentos, de
concentração de gente e a maior área de conflitos. A Palestina era, justamente,
a porta entre a área ocidental e a área oriental. A ela tinham acesso todas as
informações do Tibet.

Esta era a situação no tempo em que chegou Jesus: uma


preparação, que havia se iniciado no Tibet, e a Palestina, área escolhida, que
havia recebido a preparação direta.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 164 de 183

José de Arimatéia era um lhama tibetano. Ele era o mesmo Simão


Sirineu, que ajudou a Jesus carregar a cruz, e era, também, um rabino.
Portanto, tinha várias personalidades. Foi também ele que conseguiu, com
Maria e José, a preparação de Jesus, tendo ele como tutor. Só ele tinha
condições para tratar de um espírito tão elevado.

Jesus passou por tudo porque a Lei assim determinava. Só não


passou pelo casamento, porque não tinha carma...

Isso nos dá ideia de que casamento é carma. Uma das


determinações do carma é que a pessoa não pode deixar de casar. E é por
isso que os sacerdotes católicos não casam, em busca de se assemelharem ao
Grande Mestre Jesus. Como se isso fosse possível a um ser humano! ...

Na verdade, Jesus não veio para se redimir, mas para confirmar a lei
natural física, que rege o sistema estabelecido por Deus. Para se entender o
espírito do Evangelho é preciso entender o sentido das leis naturais.

O mundo de Deus não tem nenhuma segurança, nem nada certo.


Ninguém sabe a hora da morte, nada sabemos sobre o dia de amanhã, etc.
Todos os fenômenos da natureza, tanto físicos como sociais, são sempre em
termos de insegurança, e esta insegurança é que traz, ao espírito, a busca da
segurança transcendental. Se não houvessem os estados de insegurança, os
conflitos e as guerras, o Evangelho não falaria em armas, como a lança, a
espada, etc.

Para que possamos encontrar a tranquilidade, é preciso que


subamos em busca do vértice do Triângulo, ponto comum e mundo do espírito,
ponto de purificação. Só existe tranquilidade da individualidade. Fora disto é
impossível porque o organismo físico impede que ocorra. A todo momento
estamos vivendo, intensamente, a vida e a morte. A paz só existe na
individualidade, no espírito, na sede do transcendental.

À medida em que a parte física vai enfraquecendo, o conflito vai


diminuindo, vamos caminhando para as soluções cármicas, vamos ao encontro
da paz, e nos encontramos livres do fator físico-psíquico, do fator luta e do fator
conflito. Assim, é preferível enfrentar as lutas, as dúvidas e os conflitos, do que
fugir deles.

A maioria dos prejuízos financeiros resulta da tentativa constante de


fugir à luta. Daí resulta o mundo que progrediu tanto tecnologicamente, em
busca do conforto, que perdeu completamente a realidade de poder chegar à
área de paz. A busca de fugir à luta, pelo conforto, é tão intensa, que levou o
Homem a se apegar, cada vez mais, ao mundo físico, se fixando na base do
Triângulo.

No tempo de Jesus aconteceu a mesma coisa. Os homens já tinham


ultrapassado todas as faixas de encaminhamento para o ângulo superior do
Triângulo, e ficaram anulados em termos de percepção espiritual. O Homem ia
se anulando em relação a seu próprio espírito, face à luta natural pela vida.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 165 de 183

Todo o Evangelho fala que os judeus seriam o bode expiatório do


Cristianismo. Na verdade, toda aquela humanidade o era, exceto o Tibet e
outras áreas de mosteiros, onde estavam situados os focos Crísticos realmente
atuantes.

Houve uma transferência daquele foco Crístico para a área onde


estavam concentrados os vários tipos de humanidade, na Palestina. Foi aí o
lugar escolhido para a chegada de Jesus.

Entre o Tibet e o Oriente Médio havia uma comunicação, apesar da


distância imensa. A comunicação era rápida, e José de Arimatéia era o
responsável por estas comunicações. Inclusive, Maria e José visitavam Jesus,
no Tibet!

O povo tibetano atuava sobre as pessoas que estavam com Jesus,


da mesma forma que, hoje, entidades atuam sobre nós. Quando trabalhamos e
emitimos, nós somos a própria entidade, ela atua sobre nós.

É por isso que dizemos: "Eu, Cavaleiro Verde, Cavaleiro Especial..."


Naquela hora, quem fala é o próprio Cavaleiro que está incorporado em nós,
não fisicamente, mas espiritualmente.

Então, os lhamas tibetanos, que eram, talvez, descendentes dos


Equitumans, vindos, quem sabe, de Capela, prepararam toda a infraestrutura
para a chegada de Jesus. Os lhamas projetavam sobre os Apóstolos e eram
eles que falavam através deles. Daí a ligação entre os tempos mais remotos,
mais longínquos, e os Grandes Iniciados, que estavam preparados para
receber aquele impulso Crístico.

Aí vemos que Jesus foi parte do Sistema. O Sistema, como um todo,


é o Verbo Divino, e sempre existiu em todos os tempos. Do Tibet, aquela força
poderosa se projetou na Palestina.

Os judeus carregavam com eles a Arca da Aliança, que, para eles,


era um instrumento inter galaxial. Para conter a Arca, no Templo de Salomão
se fez necessário uma construção especial. O Templo de Salomão era uma
construção essencialmente iniciática, tecnicamente construído, assemelhado a
uma usina atômica atual. Dentro dele havia o lugar onde somente os santos
sacerdotes podiam penetrar, equivalendo aos sacrários da Igreja Católica. Há,
portanto, uma série de relações das coisas que são sistemáticas. Todas as
técnicas iniciáticas do Templo de Salomão foram levadas do Egito, por Moisés.

Moisés se iniciou no Egito e, depois, utilizou seus segredos contra os


próprios egípcios, porque lá ele se rebelou, libertando seu povo da escravidão.
Na realidade, ele estava se rebelando contra a degeneração dos sacerdotes
egípcios. Quem denunciou estes sacerdotes foram os Tumuchy, como vem
ocorrendo, atualmente, no Vale do Amanhecer.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 166 de 183

O Vale é uma forma de denúncia de todos os sacerdócios, de uma


maneira indireta, porque nada cobra de ninguém. Falamos alto e em viva voz
que nós é que agradecemos a honra de servir ao Mestre Jesus.

Então, Moisés, quando percebeu a decadência dos sacerdotes,


fugiu, levando com ele os segredos iniciáticos, entregando-os na Terra
Prometida. Foi onde nasceu Jesus, já com o terreno preparado para a Sua
chegada. Aquela humanidade que se transferiu para a Terra Prometida, ali
formou o começo de sua individualidade.

Mas os sacerdotes que foram se formando, geração após geração,


foram, também, se degenerando, e quando Jesus chegou, estava tudo
preparado segundo os planos espirituais, mas os homens permaneciam
concentrados na base do Triângulo, presos às coisas da Terra.

O Templo de Salomão representou, em princípio, o sacerdócio


iniciático – a capacidade de comunicação entre os planos.

Um templo iniciático funciona durante um certo tempo. Depois,


começa a degeneração, os formalismos, as ambições humanas. Os sacerdotes
começam a dominar a situação; estabelece-se uma política e termina com um
sacerdócio desorganizado, como é até os dias de hoje.

Qual o perigo que corremos em nosso sacerdócio? É, exatamente, o


que aconteceu com os outros. Se não nos alertarmos, se não fizermos esta
Partida Evangélica, nosso Templo vai caindo dentro da rotina! (grifei)

Para que isto não aconteça, devemos, primeiro, não ficarmos presos
somente à organização. Devemos viver os fatos extraordinários que se passam
em torno de nós, e procurar entendê-los.

São importantes o ritual, o formalismo, o uniforme, mas é muito mais


importante a nossa missão simétrica, para a qual trazemos um mundo
assimétrico.

Portanto, procurem em seus íntimos, porque a riqueza está lá dentro,


e não aqui fora.

Temos que enriquecer esta Partida Evangélica dentro desta


Corrente. Vamos transformá-la numa realidade!

Resumindo: o Sistema Crístico já existia antes da chegada de Jesus;


existiam pontos focais, onde se concentravam os ensinamentos do Sistema
Crístico; houve uma transferência de concentração humana para a Palestina;
vieram egípcios e judeus, e, pelo céu, chegavam Amacês, com os Grandes
Iniciados projetando sobre a comunidade, como acontece, hoje, com os nossos
Cavaleiros; então, foi preparado o clima para a chegada de Jesus, que veio
confirmar a Lei Crística; Jesus se reúne aos Apóstolos, únicos seguidores,
naquela época.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 167 de 183

Não esqueçam, como grande ensinamento:

"A riqueza está dentro de nós, na partícula Crística!"

Salve Deus!
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 168 de 183

5ª AULA
Salve Deus, meus mestres!

Estamos entrando numa fase decisiva desta Corrente nesta Partida


Evangélica, que diz respeito diretamente ao teste prévio dos Jaguares nesta
nossa era.

É o teste pelo qual estamos passando, antes de entrarmos em nossa


jornada mais difícil. As armas já nos foram distribuídas, e nossa Clarividente
está aproveitando cada minuto de sua vida para nos deixar todo este sistema
pronto e em funcionamento, o sistema composto pelo Turigano, Estrela de
Nerhú e Estrela Candente, em funcionamento conjugado com os Oráculos em
confronto.

Ela vem, durante todos esses anos, distribuindo as armas,


individualmente, e, hoje, já existe um número suficiente de Jaguares
credenciados para enfrentar esta jornada.

O problema, entretanto, repousa em um exame de consciência, e


esta Partida Evangélica nada mais é do que um alerta em torno das coisas
fundamentais desta Corrente, e a respeito mais diretamente da nossa
individualidade.

Temos que tomar uma consciência individualizada das nossas


posições estratégicas dentro desta Corrente, porque os prenúncios de
tempestade são muito claros e nos parece que o princípio do fim está
chegando.

Periodicamente, nossa Corrente recebe influxos, trazendo à tona


uma série de recordações. As inspirações mediúnicas que se apresentam
nestas aulas nos chegam à semelhança de situações que se externam nesses
milênios e das quais nós participamos. Nossas situações são mais ou menos
as mesmas, e começam as definições.

É por isso que, em nossos cantos, sempre aparecem algumas


alusões aos dramas que vivemos em outras oportunidades e, quando
chegamos nos momentos das batalhas decisivas, entramos em revisão de todo
o nosso passado. Cada Jaguar, de acordo com seus carmas e com sua
personalidade atual, está passando por um verdadeiro fogo cerrado, que dá
uma ideia bem clara das vacilações quando chega a hora da batalha.

É preciso, pois, que cada um de nós tenha uma compenetração cada


vez maior e individualizada, que mergulhe no conflito e que veja qual o seu
posicionamento, porque, daqui a pouco, não haverá mais tempo para
preparação.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 169 de 183

Por exemplo: a emissão de cada um irá se tornar o passo mais


importante do nosso trabalho, porque vamos partir para a cura pelo plexo. O
mestre, em qualquer circunstância, faz a sua emissão, e com sua emissão e
uma elevação feita por um outro mestre, um paciente poderá ser curado
instantaneamente.

Ora, as curas instantâneas foram realizadas, em grande número, por


Jesus, através dos tempos, sempre como um alerta, como demonstração do
poder do amor e do perdão. Traçamos uma ponte entre as coisas que foram
realidade no tempo de Jesus e a nossa realidade atual.

O Sistema Crístico é um organismo vivo, que nunca parou de


funcionar. Quando realizarmos uma cura pela emissão, naturalmente haverá
uma repercussão muito grande, pelo fato em si, porque o mundo está
preocupado com a saúde, com a sobrevivência física. Então, o Vale do
Amanhecer irá ser alvo da corrida de muitas pessoas e, nesta altura, nós,
Jaguares, deveremos estar preparados para enfrentar as situações.

Esta é a razão básica desta Partida Evangélica. É a hora do


combate!

A repercussão se fará sentir, também, nas universidades negativas,


nas sombras, e estes espíritos milenares serão trazidos para se acertarem, se
curarem. Temos, pois, que estar preparados em nossa individualidade, para
que, juntos, formemos um verdadeiro exército.

Mestres, as coisas que brotaram, em termos de informações, do


tempo de Jesus, nos levaram a pensar em muitas coisas aqui na Terra.
Espíritos que estiveram empenhados na preparação daquela tarefa, naquele
momento crítico de passagem de um milênio para outro, tiveram muitos
momentos de contradições.

Participamos, com muito sofrimento, em Esparta, em Roma, e hoje


estes espíritos continuam tendo suas contradições.

Segundo nossa Clarividente, são sete as tribos que povoam nosso


planeta e, curiosamente, estas sete tribos estão representadas aqui em
Brasília.

Da mesma forma que, no tempo de Jesus, estamos nós aqui


preparados, dentro da implantação da ideia de Jesus. Estamos preparados
dentro de um sistema milenar e, de tempos em tempos, recebemos um toque
de Jesus para o cumprimento de uma determinada missão.

Se não existir um amor realmente incondicional dentro de nós, é


quase impossível enfrentar a realidade. Uma amostragem disto está à nossa
frente, aqui dentro do Vale do Amanhecer, quando enfrentamos um problema
de população, com dificuldades terríveis. São pessoas irrecuperáveis, que se
intrometeram entre nós, e criam problemas insolúveis.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 170 de 183

Segundo nossa Mãe, quem ama não precisa ter tolerância, pois tem
a força do amor assimilado, vivido e espontâneo, porque esta situação é a
mesma em que estávamos em Jerusalém, no Oriente Médio, no período de
Jesus e quando surgiram as perseguições.

Graças a Deus, não estamos sós e somos assistidos pela força do


amor que recebemos através do canal de nossa emissão. Assim, quando
estamos à frente de um obsessor grudado em sua vítima, duas forças se
apresentam: uma para a libertação daquele espírito, e outra para seu maior
acrisolamento.

Quando fazemos nossa emissão, se não colocarmos nela toda a


intensidade do nosso amor, os canais são abertos, mas não nos atingem.

É preciso, portanto, que, além da nossa preparação milenar, nós nos


conscientizemos, em nossa individualidade, da realidade de nossa emissão,
dando todo o nosso amor.

Quando Jesus implantou o Sistema Crístico, procurou dar uma


definição aos sete planos da vida, que se antecipam ao Canal Vermelho.

O Canal Vermelho é uma organização feita depois destes sete


planos, onde o primeiro é o plano físico. Estes planos estavam indefinidos,
misturados. O plano é o ponto até onde a mente humana alcança. Todo o
sistema da Justiça Divina passa através do próprio Homem, que define sua
posição.

Por exemplo: se eu me culpo de alguma coisa, eu procuro me


colocar no plano daquela culpa. Porque os planos não eram definidos, os
espíritos ficavam na terra, amarrados, formando legiões e assediando uns aos
outros.

Quando Jesus acionou o Sistema, passando por todas as exigências


da terra, os sacerdotes da época entraram em confrontação – uns, cumpridores
fiéis dos rituais, e outros, que complicavam as doutrinas – formando cismas.

Esta confrontação era uma atração para os espíritos de correntes


negativas, e eles ficavam todos no plano da Terra.

Jesus organizou o Sistema e, com auxílio da força do Sol e a


manipulação desta força, individualizou os sete planos e permitiu que os
espíritos se individualizassem dentro de cada plano. Esta Justiça Divina é a
prova de tudo, porque nos julgamos a nós mesmos, nos colocando no plano
em que nos achamos merecedores.

Todos estes conhecimentos faziam parte do acervo dos sábios dos


Himalaias, dos monges e dos lhamas, e estes espíritos trabalharam na
implantação e complementação do Sistema Crístico – e estávamos no meio
disto tudo!
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 171 de 183

Hoje, novamente, estamos realizando um trabalho tão ou mais


importante do que naquele tempo, e a nossa participação se faz em termos de
um julgamento ou de uma autoconsciência.

Cada um se coloca dentro de uma posição, mais ativa ou menos


ativa, de acordo com aquilo que conseguimos de nós mesmos.

Nossa responsabilidade, como grupo sacerdotal, é tão séria como


era a posição dos sacerdotes egípcios de outrora: muitos vacilaram e outros
tomaram decisões – como acontece, também, atualmente.

É por isso que estamos tomando a decisão desta Partida Evangélica,


cada um de acordo com suas possibilidades e confissões cármicas.

Salve Deus!
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 172 de 183

6ª AULA
Salve Deus!

Uma carta de Tia Neiva diz:

"... a vaguear na amplidão circunstancial desta Doutrina."

Esta frase é importante em nossos contatos, nestas informações


sobre evangelização, pelas circunstâncias e atitudes das coisas.

Se quisermos entender a nós mesmos, se quisermos entender esta


Doutrina, temos que nos colocar mentalmente nas circunstâncias que
rodearam o Mestre Jesus.

Não esqueçamos o fato fundamental de que, enquanto Ele não fez


sua aparição pública, Ele estava interligando todos os pontos do Sistema.

No mundo anterior a Jesus – talvez dois milênios – toda uma


civilização, aqui nas Américas, lá no Oriente Médio, na Índia, no Tibet e em
outras regiões do mundo, tudo estava acontecendo de terrível, e problemas
estavam se acumulando, da mesma forma como está ocorrendo atualmente.

Hoje, o fator básico humano, fundamental, determina, pelo


mecanismo natural, o fator religioso que já entrou em fase de abstração. Os
homens falam da doutrina de Deus, mas de maneira totalmente abstraída.

Da mesma forma, predomina em certas regiões o formalismo


religioso, em detrimento de seu sentido mais profundo, que é a religiosidade
natural. O mecanismo sempre foi o mesmo: o espírito vem para a Terra e
prepara o seu retorno.

Seria absurdo pensar que Deus Pai Todo Poderoso houvesse criado
o mundo e não houvesse criado os mecanismos para cada geração, para cada
milênio. Todo o mecanismo do Sistema Crístico está no interior do Homem,
porque sua religiosidade acontece naturalmente.

Em todos os quadrantes do planeta, todos os seres humanos


dispõem do mesmo mecanismo: nascem, crescem, reproduzem e, quando se
completam, começam a se preparar, conscientemente, para sua partida de
volta.

Assim, cria-se o culto, a reverência a Deus, exteriorizada em termos


de individualidade. Os índios, por exemplo, adoram o Sol e a Lua. Os fatores
Sol e Lua estavam previstos nas antigas religiões há milhares de anos.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 173 de 183

Periodicamente, o excesso de formalismo fazia cair no dogmatismo,


isto é, o indivíduo abandonado, no impulso natural de encontrar dentro de si a
divindade, põe em prática as coisas que lhe são ensinadas por fora. Este
fenômeno cíclico se repete, periodicamente, e estava acontecendo, também,
no tempo de Jesus. Os homens haviam abandonado a percepção interior e
buscavam os mecanismos das coisas exteriorizadas nos livros dos sistemas de
cultos, dos templos, etc.

Se nossa assistência doutrinária não fosse ininterrupta, poderíamos


cair, também, no mesmo formalismo, e isto acontece quando o médium de
afasta do seu trabalho de elaboração interna, do seu interior, se afasta da
observação dos fatos que ocorrem consigo mesmo. Ele fica só no exterior,
desligado, e quando chega a hora da cobrança cármica, ele está despreparado
e desguarnecido.

Segundo o próprio Jesus, isto ocorre com o Homem que construiu


sua casa em terreno arenoso. Quem constrói em terreno firme, tem sua casa
segura. As coisas seguras só podem ser obtidas na elaboração individualizada,
isto é, ninguém pode lhe dar segurança. Você terá de obtê-la no raciocínio
interior, próprio, na percepção interiorizada. Aí, sim, estaremos fazendo
religião.

Jesus começou desbastando toda aquela camada pesadíssima,


onde os homens não perderam o instinto normal de religiosidade, não
perderam o impulso natural de derivação. Eles perderam a percepção e
começaram a se agarrar ao exterior, ficando dominados pelo orgulho e
procurando fazer de Deus a sua imagem e semelhança.

Os homens começaram, então, a pensar de acordo com seus


interesses e suas imaginações, e até criaram uma suposta legislação vinda de
Deus, que determinava as maneiras de proceder. Este é o mesmo mundo que
estamos vivendo hoje, mundo em viveram, naquele tempo, os homens do
Oriente Médio.

A falta de funcionamento do organismo mediúnico atrofia os impulsos


do homem, e ele vai vivendo ao sabor das circunstâncias, agarrando-se às
ideias que lhe são fornecidas, porque perdeu sua capacidade de elaboração
própria. Surgem, aí, as seitas, como esta do Reverendo Moon, que é um dos
exemplos mais fantásticos e terríveis. A mente humana chega à alienação total.

O Homem abriu mão de seu poder decisivo, de seu poder de livre


arbítrio. Cada vez mais ele se transforma em massa. Seus mecanismos de
comunicação, neste plano, se atrofiam, e ele começa a viver um Deus falso e
uma nuvem negra cobre o planeta, não deixando passar mais nem a voz. O
neutrôn se satura de tal maneira que fica quase impossível transpô-lo.

Jesus, quando chegou, iniciou a primeira fase do trabalho da


preparação, e tudo o que aconteceu, a partir daí, foi feito no silêncio do
recolhimento dos grandes espíritos missionários, que tinham suas sedes, seus
lugares e sua triangulação de forças, como temos aqui, em nosso Templo.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 174 de 183

Nossas três elipses formam uma triangulação de forças. Isto significa


estabelecer um sistema que irradia para todos os quadrantes, para todos os
lugares, do centro para a periferia. A triangulação de forças tornou possível a
transferência de espíritos.

É preciso que, para se entender bem as coisas, se mantenha a


mente ligada nesta ponte que estamos formando entre o que estamos fazendo
aqui e o que foi feito no tempo de Jesus.

Ele preparou tudo, organizou o Sistema e, depois, quando tudo


estava preparado, iniciou o ensinamento público, dando exemplo público. Os
Grandes Mestres tibetanos trabalhavam diretamente com os Apóstolos, no
Oriente Médio. Eles tinham a capacidade da percepção e da emissão.

Muita pouca coisa ficou registrada e nós, através da Clarividente,


podemos ficar sabendo destes detalhes, que estamos trazendo. A amplidão
circunstancial desta Doutrina de Jesus é casual e está sendo transmitida pelos
espíritos. Os Grandes Iniciados não aprendiam a Doutrina de Jesus como era
ensinada, mas, sim, aprendiam o que era Jesus, o que era o Sistema. Aí a
diferença entre a Filosofia Cristã e o Sistema Crístico.

O Sistema Crístico é o aprendizado transmitido de mestre para


discípulo, através dos tempos. Esta é a segurança da comunicação inter
planos. Estamos vivendo intensamente, hoje, situações similares às do tempo
de Jesus.

Quando a massa maior vai entrando no processo de alienação, da


não percepção e da não individualização, este processo de integração com a
mente integrada nos formalismos, nas formas preestabelecidas, surge a
necessidade do carma coletivo, porque os indivíduos viram massa.

Os espíritos entram em catástrofes, e são transferidos para outras


escolas, conforme o tipo de atividades religiosas. Nós estamos caminhando
para um destes carmas coletivos e já há quem esteja fazendo planos de
sobrevivência. Assim foi, no tempo de Jesus, quando Ele transferiu multidões
de espíritos através dos canais de comunicação dos mestres preparados.

O Sistema Crístico foi se impregnando na Humanidade através dos


fenômenos que aqueles homens faziam. Os Iniciados de Jesus transformavam
verdadeiras multidões pela iluminação dos resíduos ectoplasmáticos, das
cargas magnéticas pesadas, e as pessoas começavam a sentir as suas
percepções.

Jesus já havia, antes, preparado aqueles espíritos, mas, durante


aqueles três anos, foram as demonstrações práticas, pois, a partir daquele
instante, Ele apareceu publicamente e começou a pregação, a demonstração
prática e mediúnica de execução dos trabalhos.
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 175 de 183

Todos os supostos milagres de Jesus não eram mais do que


técnicas, que eram ensinadas e que Ele demonstrava para os discípulos como
fazer. Aquela região foi escolhida porque ali havia uma amostragem da
Humanidade daquele tempo. As coisas que hoje estamos aprendendo foram
ensinadas por Jesus àqueles, naquele tempo, para que as transmitissem à
frente, dando alicerces ao Sistema Crístico.

Estas coisas não estão escritas, porque os segredos iniciáticos só


são transmitidos de mestre para discípulos, verbalmente. Através da percepção
mediúnica estes ensinamentos são transmitidos e recebidos até hoje.

Nossa grande dificuldade, hoje, não está no perdão que a Doutrina


possa nos dar, mas sim na nossa capacidade de perdoar a nós mesmos. As
coisas só são erradas quando nos atingem pessoalmente. Para aprendermos a
nos perdoar, temos que ser humildes, e seguir Jesus.

Toda esta filosofia que existe entre nós é o Sistema Crístico em


funcionamento. É a nossa vibração própria que irá estabelecer os campos
magnéticos. Uma sensação de culpa pode levar muito mais ao desespero e ao
fracasso do que qualquer agressividade que possamos ter.

A religião, no sentido restrito da palavra, é aquele desenvolvimento


que nós aqui fazemos como mestres e que se refere ao nosso Sol Interior.

Nosso Sol Interior é alimentado com as coisas que são tão vivas
como no tempo de Jesus.

Nós vivemos o Cristo Redivivo, como diz nossa Mãe Clarividente. É


assim, porque temos Iniciação, consagrações, ligações com os nossos
Cavaleiros, nossos Ministros, nossas Princesas, etc.

Quando ligamos nosso espírito, colocamos nossa mente na condição


de percepção das coisas que dominam o nosso espírito. Saímos da
personalidade e ingressamos na individualidade e, através dessa vivência,
vamos alimentando nosso Sol Interior.

Salve Deus!

Confere com o original constante em meus acervos doutrinários.

Marcos Antônio de Souza – Adj ANORO


Transcritor / Mestre Artes
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 176 de 183

SALMO 2, de DAVI

“Por que se amotinam as gentes e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da


Terra se levantam e os príncipes, juntos, se mancomunam contra o Senhor e contra o
seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras e sacudamos de nós as suas cordas.

Aquele que habita nos Céus se rirá; o Senhor zombará deles. Então lhes
falará na sua ira e o seu furor os confundirá.

Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião. Recitarei o
decreto: O Senhor me disse: Tu és meu filho! Eu hoje te gerei. Pede-me e eu te darei as
nações por herança, e os fins da Terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma
vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.

Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da Terra. Servi
ao Senhor com temor, e alegrai-vos com temor! Beijai o Filho, para que não se ire, e
pereçais no caminho, quando em breve se inflamar a sua ira. Bem aventurados todos
aqueles que Nele confiam.

Do acervo de milênios de vida na Terra, os homens escolhem para


suas normas de vida e relação, apenas as coisas do conjunto corpo-alma. O
transcendente, as coisas do espírito, que contrariam os interesses imediatos,
são combatidas sistematicamente.

Os "donos do poder" abominam as coisas "do Senhor". Mas, aquele


que está em sintonia com seu espírito, está em paz! Este sorri complacente,
pois o transcendente predominará sobre o transitório e o imediato virará pó.

As Leis Cármicas – Causa e Efeito – exercerão sua ação. Os


Homens se confundem com a represália da Lei. O sábio, porém, que edifica
sua casa sobre a rocha, aceita a direção do seu espírito, "unge o seu Rei em
Sião" e aceita o "decreto do Senhor".

Ele "olha os lírios do campo e as aves do Céu". Sabe que tudo lhe
será dado por acréscimo, a terra e as nações são para o seu uso.

Não existe argumento na luta entre o eterno e o provisório. Seria


bom que os senhores do mundo se submetessem ao “Senhor”, ao espírito
transcendente.

Seria bom que entendessem a manifestação do Filho, o Verbo


palpável, o Sistema Crístico.

Bem aventurados os que confiam na vida depois da morte.

Salve Deus!
Evangelização – Templos do Amanhecer Página 177 de 183

A Partida Evangélica – Tia Neiva

Salve Deus, meu filho e Mestre Jaguar!

...

Quantas vezes, vejo uma filha Missionária com sua Indumentária trazida
do Céu, bem vestida fisicamente, porém, em seu íntimo despida de
Compreensão e de qualquer esclarecimento de seu Sacerdócio. Mesmo que
ela não tenha aprendido, fica livre a minha consciência, pois não deixei de
ensinar.

...

Filho, agora eu quero a Vida Evangélica. Vamos, agora, fazer algumas


renovações e enfrentar as coisas que eu nunca tive oportunidade de fazer.
Quero uma nova distribuição de Mestres para um Curso Evangélico. Teremos
novas instruções para estes Mestres e irei formar novos Instrutores, para o
Desenvolvimento de Médiuns a caminho das Iniciações. Estes terão que
adquirir Conhecimentos Evangélicos. E se tratará de Jesus ou da Sua vida.
Serão conhecimentos de precisão, com Mestres escolhidos com muito Amor.
Quero Jesus, o Caminheiro! Quero Jesus, o Nazareno! Quero Jesus Redivivo!
Quero Jesus de REILI e DUBALI!

Eu não gosto que falem em Jesus crucificado. Quem somos nós para
entrarmos neste mérito? Jesus crucificado, ao lado do bom ladrão e do mau
ladrão. Na sua maioria, os homens só dão valor a Jesus por ter sido crucificado
e, há muito, já querem também se libertar do Jesus crucificado, dizendo que
Ele tinha um Corpo Fluídico. Não é verdade! Jesus passou por todas as dores
do homem físico da Terra.

Como já disse, não gosto que falem em Jesus Crucificado, porque poucos
entendem, poucos sabem da Sua dor. Sabemos que Ele olhava para o Céu e
estava perto de Deus, naquele grande cenário. Porém, olhando para baixo,
sentiu-se entristecido ao ver o regozijo dos planos inferiores, a incompreensão
daqueles que o olhavam sofrer na cruz. Jesus chorou, porque subindo tão alto,
deixando seus irmãos na Individualidade, viu que eles ainda não acreditavam
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ser Ele realmente o Messias, obedecendo às Leis de Deus Pai Todo Poderoso.
Exato: Os homens há pouco Lhe permitiam tudo, pensando ser Ele um Rei,
mas igual a um Rei neste Mundo Físico.

Entramos com a filosofia de Mãe Yara, que nada é obrigatório. O povo


daquela época, não raciocinava como se aquela atitude de Jesus fosse de
Humildade. Raciocinava, sim, como se fosse uma falta de força. Continuando
com a filosofia de Mãe Yara, até hoje Deus não nos quer obrigados às
Doutrinas. O homem só tem confiança no outro quando o vê com uma força
maior. Longe estavam de sentir Jesus e, então, nos diz Mãe Yara: “O homem
deixa sua grande força e vai buscar outra força em uma pessoa que, às vezes,
não promete nada. Assim, ele não permite que seu sexto sentido faça uma
análise do seu SOL INTERIOR, nos Três Reinos de sua Natureza, rejeitando,
na sua vida, a busca do que é seu!”.

Jesus veio com todo aquele sofrimento e deixou que cada se analisasse
por si mesmo, em sua própria filosofia. O que eu quero é que vocês se
conscientizem em Jesus, no Seu Amor, que era tão grande. Foi tão grande, é
tão grande e veio para nos mostrar que a felicidade não é somente neste
mundo.

Meu filho Jaguar!

Num mundo de provações, mundo onde as razões ainda se encontram, a


cada dia nos afloram novos pensamentos, novas lições. Porém, os Planos
Espirituais ainda não conseguiram apagar as imagens de Jesus crucificado.
Aqui no Plano Físico, desde quando foi escrito o Santo Evangelho, seus
ensinamentos são iguais e até hoje ninguém se atreveu a mudá-los.

Meu filho, o homem ama pela força perceptível e receptível. Ninguém


acredita na Ressurreição dos Mortos e, sim, na Ressurreição do Espírito Vivo,
mais alto que o Céu. O homem só quer crer nas alturas acima do seu olhar.

Filhos, estamos no Limiar do Terceiro Milênio e temos que afiar nossas


garras. É a hora da Religião, do desintegrar das forças e não podemos
esquecer um só momento da figura de JESUS, o Caminheiro, e Seu Santo
Evangelho. E, para que sejamos vivos ao lado de Jesus, temos que respeitá-Lo
em todos os sentidos e no sentido religioso, temos que respeitar as tradições.
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Porque a religião, filho, exige o bom propósito moral e social. Assim, é a única
maneira que podemos dizer: Vivemos num mundo onde as razões se
encontram.

Meu filho Jaguar, filho querido do meu coração!

No descortinar da minha mediunidade, minha instrutora, Mãe Yara, não


me deixou cair no plano de muitos, e me advertia a toda hora. Eu podia sofrer,
mas Mãe Yara e Pai João não me deixavam sem aquelas reprimendas. Não
tinha importância que eu sofresse, desde que minha obra seguisse seu curso
normal e eu fosse verdadeira. Em 1958, eu estava no auge de minhas
alucinações, como diziam as demais pessoas que me conheciam. Quando eu
trabalhava na NOVACAP. Um dia me sentei num restaurante, porque me
distanciara de casa. Estava conversando com três colegas e falávamos sobre a
NOVACAP onde trabalhávamos. Entramos no Maracangalha, um restaurante
da Cidade Livre. Trouxeram uma travessa com bifes, por sinal muito bonitos, e
era sexta-feira da Paixão. Eu tinha o princípio da Igreja Católica, mas nada
levei em consideração e coloquei o bife no prato. Naquele instante, na vibração
e na desarmonia em que eu vivia, ouvi uns estampidos e era Mãe Yara:

“Filha - disse Ela - continuas como eras... Já estás tão desajustada que
esqueces dos princípios da Igreja Católica Apostólica Romana? Alerta-te!
Cuida dos teus sentimentos. O dia de hoje representa, em todos os planos, os
mesmos sentimentos por Jesus crucificado. Em todos os planos deste Universo
que nos é conhecido sentimos respeito! Filha, está na hora! Devolva o teu bife
para a travessa do restaurante!”.

Eu estava na companhia de três pessoas, como já disse, e vi que não


comiam carne. Eles ainda não acreditavam em mim, entre a mediunidade e a
loucura...

“Coma amanhã – continuou Mãe Yara – Não irás mais festejar as


incompreensões, as fraquezas daquele pobre instrumento que foi Judas! ...”.

Naquele instante comecei a pensar. Começaram a passar por minha


cabeça as imagens de Judas, que vendeu Jesus por trinta dinheiros. No
entanto Mãe Yara, alheia aos meus pensamentos, continuava a sua narração:
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“Judas não foi um traidor! Foi, sim, um supersticioso. Na sua


incompreensão, acreditou ser Jesus um Ser político. Judas tivera grandes
oportunidades de conhecer Jesus, pois O acompanhava desde sua chegada do
Tibet”.

Nesse período, como já nos esclarecera Mãe Yara anteriormente, Jesus


passou dos 12 aos 30 anos nos Himalaias, para onde fora levado com a
permissão de Maria e José, Seus pais. Lá, Ele fora iniciar-se junto às Legiões
em Deus Pai Todo Poderoso e formar o que hoje conhecemos como Sistema
Crístico, os mundos etéricos. De lá Ele voltaria para o início da Sua tarefa
doutrinária evangélica. Foi quando Jesus chamou aqueles humildes
pescadores para serem pescadores de almas, e que viriam a ser em número
de doze, estando Judas entre os escolhidos. Junto a Jesus, Judas sofrera
humilhações nas sinagogas, quando os rabinos voltaram as costas para ele...
Enfim, quantas lições recebidas, fenômenos testemunhados! ..., Mas só os
pobres e os miseráveis O conheciam, analisava Judas em sua incompreensão,
já cansado das perseguições naquela época, e pensando que, ao forçar um
confronto entre Jesus e os homens que O perseguiam, Jesus, com um simples
olhar, colocaria por terra toda aquela gente. Pensava, assim, força-Lo a usar os
Seus poderes e ser, realmente, o Rei do Mundo. Lembrou-se, também, de
quando foram convidados por Jesus para O acompanharem e que o dia estava
ruim para pescar, e o Amado Mestre, atirando a rede sobre as águas, a trouxe
cheia de peixes. Enfim, Judas não acreditaria que o Grande Mestre passaria
por todas aquelas humilhações. Porém, não foi assim. O que viu foi Jesus ser
amarrado e, a pontapés, ser levado à presença de Pôncio Pilatos... Não foi
remorso. Foi um grande arrependimento, uma grande dor por não haver
compreendido a grande missão de Jesus que o levou, chorando, pensando, a
enforcar-se numa figueira. Formou-se um temporal, o céu escureceu, como
escureceu sua própria alma. Por que vamos rir, festejar a sua grande
desgraça?

Meu filho, entre os diversos conceitos da Igreja que nós respeitamos e,


como se tornou uma tradição em quase todos os sacerdócios, nós não
comemos carne nas quintas e sextas-feiras da Semana Santa. Nós
respeitamos esses conceitos. Eles não nos atrapalham em nossa vida
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evangélica. E respeitamos as tradições da Igreja Católica, que foi a base de


todas as religiões.

...

1983! Somos Presidentes Triadas, Trinos Herdeiros, Administração,


Trinos Regentes, somos Adjuntos Trinos, Adjuntos Rama 2000, somos
Comandantes Adjuntos, Adjuntos Koatay 108, Triadas, Adjuntos Regentes,
somos Sétimos Raios, 5º Yurês em Koatay 108, Ninfas a Caminho de Deus,
somos Magos Adjuntos Autorizados. Pertencemos ao quadro dos RAMAS
2000, que fecharam o Ciclo Iniciático do 3º 7º. Nós, meus filhos, estamos em
alto conceito nos Oráculos de Obatalá e de Olorum. É chegada a hora de
movimentar nossa força.

Temos um Sol Simétrico! Somos remanescentes de Amom-Rá! E,


portanto, temos que viver na simetria deste Sol. Não podemos nos afastar do
que é nosso, não podemos, absolutamente, trabalhar inseguros.

Vivemos em um mundo onde as razões se encontram e a grandeza desta


Corrente Mestra é a segurança de uma verdade sã e pura. Onde estivermos,
aqui neste mundo, viveremos todo este acervo. Não é para buscar provas ou
coisas que o valham. Provamos com nossa perseverança e com os fenômenos
espontâneos trazidos pelos nossos Mentores.

Filhos, passamos o tempo de brincar. Vivemos sob a aura da Natureza,


respiramos o seu aroma, sentimos que somos diferentes da constituição dos
demais. Só Deus conhece Deus, nos revelou um grande Sábio no nosso
Terceiro Sétimo!

Filhos, a vida de Deus é a nossa vida, e com Ele vibramos com amor e
integridade! Filho, é chegada a nossa hora! Estamos pisando no limiar do
Terceiro Milênio. Sei que seremos nós os primeiros a socorrer a pressão
provocada pelos grandes fenômenos que virão, que surgirão. Sim, que surgirão
de muitos planos da Terra, nos horizontes das águas e, também, luzes, mil
luzes que, junto a nós, nos ajudarão. A vida, filhos, se tornará além das nossas
forças, das nossas dores...

Não se esqueça, filho, da multiplicação do seu coração. Não cresça em si


mesmo. Procure, sempre, ser pequeno para caber no coração dos demais.
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Cuide de si mesmo: o Homem só sabe que está evoluindo quando deixa de se


preocupar com os malfeitos do seu vizinho.

Com carinho, a Mãe em Cristo,

Tia Neiva

(27/04/83).

Confere com o áudio original constante em meus acervos doutrinários.

Marcos Antônio de Souza – Adj ANORO


Transcritor / Mestre Artes

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