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Jorge Pilal Rodrigues

Historial da estatística e sua importância na formação

(Licenciatura em Ensino de Matemtáica)

Universidade Rovuma
Nampula
2021
Jorge Pilal Rodrigues

Historial da estatística e sua importância na formação

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de


Introdução a Teoria de Probabilidade, a ser entregue a
Faculdade de Ciências Naturais e Matemática, 3o Ano,
1o Semestre, a ser leccionada pelo docente:

MSc. Nassone Guambe

Universidade Rovuma
Nampula
2021

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ĺndice
Introdução.........................................................................................................................................4

Estatística..........................................................................................................................................5

As fases da evolução da estatística...................................................................................................6

Antiguidade......................................................................................................................................6

Idade.................................................................................................................................................6

Século...............................................................................................................................................6

Século XVII......................................................................................................................................7

Século...............................................................................................................................................7

Ao longo dos século XVIII e XIX....................................................................................................7

Importancia da estatística na formação............................................................................................8

Conclusão.......................................................................................................................................12

Bibliografia.....................................................................................................................................13

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Introdução
Atualmente a estatística é uma ferramenta de grande importância para a nossa sociedade.
Exemplos de sua amplitude encontramos no mundo empresarial, em que ela é importante
ferramenta para o auxílio na tomada das decisões mais acertadas, além disso, segundo [ CITATION
LKC01 \l 1033 ] “no mundo acadêmico atual, praticamente todas as carreiras têm em seu currículo
uma disciplina introdutória de Estatística”. Mas talvez o seu mais importante papel esteja na
construção da cidadania pelo cidadão comum em sua vida cotidiana, pois numa simples leitura
diária de jornais, e na Mídias como um todo, encontramos diversos termos estatísticos que
expõem fatos sociais e econômicos desvendando realidades do país e do mundo. Média salarial,
taxa de desemprego, índice de crescimento, gráficos e tabelas são elementos que podem – quando
compreendidos – fundamentar a formação da consciência crítica – meta absoluta do ensino
básico. Portanto, a Estatística deve ser tratada com maior atenção desde o início e em toda a
educação básica e consolidar o seu espaço na nossa sociedade com vistas a uma formação escolar
que enriqueça a cultura geral dos cidadãos. A partir disto, cabe verificar e discutir o ensino de
estatística na formação inicial dos professores de Matemática.

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Estatística
A palavra estatística tem origem na palavra em latim status, traduzida como o estudo do Estado e
significava, originalmente, uma coleção de informação de interesse para o estado sobre
população e economia. Essas informações eram coletadas objetivando o resumo de informações
indispensáveis para os governantes conhecerem suas nações e para a construção de programas de
governo.

No fim do século XVIII estatística foi definida como sendo "o estudo quantitativo de certos
fenômenos sociais, destinados à informação dos homens de Estado", desde então esta definição
tem agregado uma série de outras funções além, é claro, a de fornecer informações a nossos
governantes.

Seja qual for a área ou o objeto de estudo do pesquisador, este poderá vir a utilizar conceitos de
Estatística. É indispensável para qualquer profissional o domínio das informações pertinentes ao
seu trabalho: um médico deve conhecer profundamente a eficácia de medicamentos, bem como o
comportamento de determinada patologia; um administrador não pode deixar de lançar mão de
conhecer o seu mercado de atuação, ou ainda sobre o comportamento do seu cliente; um
engenheiro precisa acompanhar com grande precisão o controle de qualidade de sua produção
estando atento para ocorrência de falhas, identificando suas causas; um biólogo precisa estar
atento à diversidade da flora de uma região procurando identificar padrões de desenvolvimento
das plantas. Todos estes exemplos são casos em que a Estatística torna-se indispensável como
uma ferramenta capaz de auxiliar estes profissionais na busca de soluções para seus problemas de
pesquisa.

Desde o início das civilizações, os governos têm interesse nas informações sobre a população e
sobre as riquezas, principalmente as do Estado. Há indícios de que 3.000 a.C. já eram realizados
Censos na Babilônia. Confúcio relatou dados coletados na China há mais de 2.000 a.C., onde o
imperador da China Yao ordenou que fosse feito o primeiro recenseamento com fins agrícolas e
comerciais. Os faraós, no Egito Antigo, utilizavam informações de caráter estatístico,
relacionadas à profissão e fontes de rendimento das pessoas, para fins de arrecadação de tributos.
Também o fizeram as civilizações pré-colombianas, os imperadores romanos, macedônios, reis
absolutistas ingleses, entre muitos outros. Porém, foi no Renascimento, impulsionada pelo

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mercantilismo, que a aplicação dos métodos estatísticos visando à coleta de dados começou a ser
utilizada na administração pública. Os maiores exemplos dessa época são: a obra pioneira do
italiano Francisco Sansovini, de 1561, que orientava descritivamente a estatística italiana, e o
reconhecimento da compulsoriedade dos registros de batismos, casamentos e óbitos por parte da
Igreja Católica, no Concílio de Trento (1545-1563) (CURIOSIDADES sobre a estatística, 2010).

Para [ CITATION Cos11 \l 1033 ] “Embora a Estatística seja recente na área de pesquisa, ela já era
observada de forma rudimentar e imprecisa na antiguidade, quando então os governantes
coletavam e faziam registros de dados que consideravam importantes, tais como as informações
sobre suas populações e suas riquezas, tendo como objetivo fins militares ou tributários. Dados
têm sido coletados ao longo da história”.

Vejamos:

As fases da evolução da estatística

Antiguidade
Vários povos já registravam o número de habitantes, de nascimentos e óbitos. Já se faziam
estimativas das riquezas sociais, distribuíam-se equitativamente terras aos povos, cobravam
impostos e realizavam inquéritos quantitativos por processos que, hoje, chamaríamos de
“estatísticas”.

Idade Média

Colhiam-se informações que geralmente eram tabuladas com finalidades tributárias ou bélicas.

Século XVI

Surgem as primeiras análises sistemáticas, as primeiras tabelas, os números relativos e o cálculo


de probabilidade. Periodicamente, nas civilizações antigas, eram feitos inquéritos sobre os
quantitativos anuais de trigo e outros produtos e, com base nesses dados, eram estabelecidos os
impostos. Essa prática também era utilizada na Idade Média.

Até o início do século XVII, a Estatística servia apenas para assuntos de Estado e limitava-se a
uma simples técnica de contagem, traduzindo numericamente fatos ou fenômenos observados.
Era a fase da Estatística Descritiva.

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Século XVII
Iniciou-se na Inglaterra uma nova fase de desenvolvimento da Estatística, voltada para a análise
dos fenômenos observados. Era a fase da Estatística Analítica.

John Graunt (1620-1674) foi quem publicou pela primeira vez, concretamente, um trabalho de
estatística que se reportava à mortalidade dos habitantes de Londres. Esse trabalho esteve na base
do aparecimento das primeiras tábuas de mortalidade e da elaboração de previsões sobre a
duração de vida humana. Nasceu, assim, a Demografia.

Século XVIII

Segundo [ CITATION Cos11 \l 1033 ] “A origem do termo Estatística surgiu no século XVIII.
Quanto à origem da estatística, a data de seu aparecimento não parece ser encarada com
unanimidade. Há quem diga que o seu autor foi Godofredo Achenwall (1719-1772), que usou
pela primeira vez o termo estatística (statistik, do grego statizein). Outros também afirmam que
tem origem na palavra estado, do latim status, pelo aproveitamento que dela tiravam os políticos
e o Estado”.

Contudo, muito antes do termo Estatística, os romanos asseguravam o recenseamento dos


cidadãos, e a Bíblia chega até a testemunhar um desses recenseamentos.

Ao longo dos século XVIII e XIX


A Estatística desenvolveu-se muito, associada ao cálculo das probabilidades que haviam se
desenvolvido e à realização de trabalhos de pesquisa científica nos domínios da Botânica,
Biologia, Meteorologia, Astronomia, etc. Mais tarde, a Estatística deixou de ser mera técnica de
contagem de fenômenos para se transformar numa poderosa “alfaia” científica a serviço dos
diferentes ramos do saber. Surge então a fase da Estatística Aplicada.

[ CITATION Cos11 \l 1033 ] “É com essas características que a Estatística é hoje reconhecida, pois
informações numéricas são necessárias para cidadãos e organizações de qualquer natureza e de
qualquer parte do mundo globalizado. Portanto, é uma ciência moderna, imprescindível para
entender aspectos e problemas em todas as áreas do conhecimento”.

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Importância da estatística na formação
A estatística é definida como um conjunto de métodos e técnicas que envolve todas as etapas de
uma pesquisa, desde o planejamento, coordenação, levantamento de dados por meio de
amostragem ou censo, aplicação de questionários, entrevistas e medições com a máxima
quantidade de informação possível para um dado custo, até a consistência, processamento,
organização, análise e interpretação de dados para explicar fenômenos socioeconômicos;
inferência, cálculo do nível de confiança e do erro existente na resposta para uma determinada
variável e disseminação das informações.

Para [CITATION Dol \p 1999 \y \l 1033 ] : No alvorecer do século XXI, a actividade educativa e
formativa, em todos seus componentes, tornou-se um dos motores principais do
desenvolvimento.Por outro lado, ela contribui para o progresso cientifico e tecnológico, assim
como para o avanço geral dos conhecimentos, que constituem o fator decisivo do crescimento
econômico.

[ CITATION WNG11 \l 1033 ] “que alertam para a importância de compreender que cabe ao curso de
licenciatura em matemática a formação não só de educadores matemáticos, mas também de
educadores estatísticos. Esses autores consideram que tal visão requer uma modificação no
repertório do professor de matemática, e defendem que os cursos de formação de professores de
matemática gerem espaços para discussões acerca de probabilidade e estatística, não só
partilhando conhecimentos específicos, mas comunicando e suscitando reflexões sobre
experiências com o ensino dessas temáticas na educação básica.

A relevância da probabilidade e da estatística em quase todas as atividades da sociedade


moderna;

Muitos estudantes, nas suas vidas futuras, usarão noções de probabilidade e estatística como
instrumentos em suas profissões e, quase todos, terão que argumentar baseados na probabilidade
e no raciocínio estatístico;

A estatística tem sido utilizada na pesquisa científica nas mais variadas áreas do conhecimento,
visando à otimização de recursos econômicos e de processos de produção, bem como ao aumento
da qualidade e produtividade, nas questões judiciais, na medicina, em pesquisas envolvendo
levantamentos por amostragem, em previsões de safras e em muitos outros contextos. Trata-se de
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uma ciência multidisciplinar, empregada nos diferentes ramos do conhecimento, entre eles, a
agronomia, biologia, direito, economia, engenharia, farmácia, física, geologia, hidrologia,
matemática, medicina, nutrição, odontologia, psicologia, química e sociologia.

Na pesquisa científica, a estatística é empregada na definição do tipo de experimento, na


obtenção dos dados de forma eficiente, em testes de hipóteses, estimação de parâmetros e
interpretação dos resultados. Permite, assim, ao pesquisador, testar diferentes hipóteses a partir
dos dados empíricos obtidos.

a tomada de decisão com relação às respostas das perguntas acima estarão sujeitas a erro,
significando, com isto, que se deve tentar respondê-las de forma a minimizar o risco envolvido. A
estatística é a ciência que permite extrair dos dados a informação necessária para que seja
possível tomar decisões acertadas com base em um determinado nível de confiança e margem de
erro (UFPE, 2010).

Para [ CITATION Alo \l 1033 ] A estatística tem desempenhado papel fundamental por ser uma
ciência destinada a fornecer métodos e técnicas para lidarmos, racionalmente, com situações
sujeitas a incertezas. O profissional que detiver em seu currículo os conhecimentos estatísticos
terá um diferencial na sua carreira profissional. Quer em relação às pesquisas de cunho
experimental, quer no campo das investigações não experimentais, o conhecimento e a aplicação
das técnicas estatísticas assumem hoje um papel de extrema relevância, em função da grande
amplitude e complexidade dos fenômenos que são objeto de estudo e da capital importância de
uma adequada interpretação da massa cada vez maior de informações que a crescente
sofistificação dos recursos de processamento de dados permite coletar e analisar.

[ CITATION Alo \l 1033 ] A Estatística ajuda na leitura e interpretação do mundo que nos cerca,
auxiliando-nos nas resoluções de problemas do cotidiano, instrumentalizando as demais ciências
e aplicando-se em inúmeras atividades profissionais. Porém, indica a insatisfação de alunos e
professores sobre os resultados acadêmicos nessa disciplina, indica que existem problemas em
sua prática de ensino e aprendizagem que devem ser encarados com seriedade.

É comum entre os estudantes de pedagogia a dificuldade na apreensão de conceitos e


procedimentos estatísticos. É comum também os estudantes considerarem a Estatística um
amontoado de fórmulas complicadas desprovidas de sentido, um mundo de aridez.
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Um dos motivos atribuídos a essa realidade deve-se ao fato de os docentes de Estatística Aplicada
à Educação, em geral, não terem como objetivo principal comunicar ao aluno a importância e a
parte dinâmica e aplicada da Estatística. Por isso, os cursos têm-se limitado a fórmulas e a
cálculos, distanciando-se, assim, da sua área de aplicação.

A aplicação da Estatística intensificou-se nas últimas décadas, tornando-se o foco do estudo de


especialistas para as áreas econômicas, sociais, culturais, políticas, educacionais, de saúde, meio
ambiente, etc.

Enfim, explícita ou implicitamente, a Estatística está presente em todos os aspectos da vida


moderna, e essa presença só tende a crescer, pois o estudo estatístico colabora como indicardor
para trabalhar com diversos produtos, possibilitando maiores estratégias na busca e no
planejamento de soluções.

Quando a estatística é aplicada a dados provenientes de observações realizadas em diferentes


aspectos das Ciências da Vida, como: Medicina, Psicologia, Nutrição, Biologia, Farmácia,
Enfermagem, Odontologia, Veterinária e Agronomia, é utilizado o termo bioestatístico para
distingui-la da aplicação de outras áreas do conhecimento.

Segundo [ CITATION Cos11 \l 1033 ] “A estatística fornece-nos as técnicas para extrair informação
de dados, os quais são muitas vezes incompletos, na medida em que nos dão informação útil
sobre o problema em estudo. Sendo assim, é um dos objetivos da Estatística extrair informação
dos dados para obter uma melhor compreensão das situações que representam. Quando se aborda
uma problemática envolvendo métodos estatísticos, estes devem ser utilizados mesmo antes de se
recolher a amostra, isto é, deve-se planejar a experiência que nos vai permitir recolher os dados,
de modo que, posteriormente, se possa extrair o máximo de informação relevante para o
problema em estudo, ou seja, para a população de onde os dados provêm”.

Quando de posse dos dados, procura-se agrupá-los e reduzi-los, sob forma de amostra, deixando
de lado a aleatoriedade presente.

Seguidamente o objetivo do estudo estatístico pode ser o de estimar uma quantidade ou testar
uma hipótese, utilizando-se técnicas estatísticas convenientes as quais realçam toda a
potencialidade da Estatística na medida em que vão permitir tirar conclusões acerca de uma
população, baseando-se numa pequena amostra, dando-nos ainda uma medida do erro cometido.
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Concluindo, a estatística tornou-se uma poderosa ferramenta para a compreensão, análise e
previsão de inúmeras situações na nossa vida. As empresas utilizam modelos estatísticos para
calcular fluxo de estoques, de consumo e de produção, objetivando adaptar-se rapidamente a um
mercado em constante mutação. Para podermos nos situar de forma mais precisa possível nesse
rápido processo de mudanças que enfrentamos, é necessária a utilização dessas ferramentas. Por
isso, é necessário saber ler gráficos, interpretá-los, prever situações, analisar dados, etc. A
estatística nos ajudará nesta tarefa.

Os métodos estatísticos vêm sendo utilizados em diversas áreas do conhecimento, inclusive na


educação. São várias aplicações da estatística relacionadas à educação. Diante dessa importância
e pelo fato da disciplina Estatística fazer parte da estrutura curricular do curso de Pedagogia, o
presente artigo tem como objetivo: a importância da Estatística na formação profissional do
Pedagogo.

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Conclusão
A Estatística está presente na vida do homem desde a antiguidade no entanto tem se mostrada
cada vez mais próxima nos últimos tempos. Os conteúdos de estatística a cada dia estão mais
presentes nas necessidades de conhecimento de cada indivíduo.

Nós educadores devemos estar preparados para dar apoio no sentido de que a escola possa suprir
as necessidades impostas aos seus educandos. Por esta razão devemos discutir e refletir como
melhor trazer estes conteúdos para dentro do currículo escolar, procurando mostrar a sua
importância e abordar os conteúdos de estatística com o suporte metodológico mais adequado
possível. A Estatística e a Educação Estatística devem estar na pauta das discussões e fazer parte
dos debates referentes à educação matemática para que esta área cresça, propiciando a construção
de uma metodologia própria e consequentemente de uma didática que sirva de alicerce para os
professores de matemática.

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Bibliografia
Cordani, L. K. (2001). O ensino da Estatística na Universidade e a controvérsia sobre os
fundamentos da inferência. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação, Universidade
de São Paulo. São Paulo.

Costa, P. R. (2011). Estatística (3a ed.). Santa Maria :Universidade Federal de Santa Maria,
Colégio Técnico Industrial de Santa Maria, Curso Técnico em Automação Industrial.

Dolors, J. (. (n.d.). Educação um tesouro a descobrir: Relatório para a UNESCO da Comissão


Internacional sobre Educação para o século XXI (2 ed.).

Filho, A. M. (n.d.). A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA NA FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL


PEDAGOGO.

W.N.G. Costa, A. P. (2011). Entrecruzando fronteiras: a Educação Estatística na formação de


professores de Matemática. Bolema, Rio Claro.

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