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Sumário
Introdução ........................................................................................................................................................ 3
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INTRODUÇÃO
Caro aluno! Vamos dar continuidade, aqui no Estratégia Concursos, ao Curso de Direito Tributário
com teoria e exercícios resolvidos e comentados para o concurso de ingresso à carreira de Auditor
Fiscal da Receita Federal.
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A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1891, em seu artigo 9º, estabelecia
que era competência exclusiva dos Estados a decretação de impostos sobre indústrias e
profissões.
Por sua vez, a Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1934 fixou em seu artigo
8º a competência privativa dos Estados para a decretação de impostos sobre indústrias e
profissões. Contudo, o §1º do aludido artigo estabelecia que o imposto de indústrias e profissões
seria lançado pelo Estado e arrecadado por este e pelo Município em partes iguais.
Além disso, a Constituição de 1934 previu que os Municípios tinham competência para instituir o
imposto sobre diversões públicas, conforme previsto em seu art. 13, §2º, inciso III.
A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1937 fixou em seu art. 23, inciso I,
alínea “f”, a competência exclusiva dos Estados para a decretação de impostos sobre indústrias e
profissões, mantendo a disposição de que o referido imposto seria lançado pelo Estado e
arrecadado por este e pelo Município em partes iguais (§2º do art. 23).
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Ficou mantida na Constituição de 1937, especificamente por meio do seu art. 28, inciso III, a
competência dos Municípios para instituir o imposto sobre diversões públicas.
Na Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1946, o imposto sobre indústrias e profissões
passou para a competência do Município (art. 29, inciso III no texto original, posteriormente
renumerado para o inciso V pela EC nº 5, de 1961), mantendo-se a competência municipal para
instituir o imposto sobre diversões públicas (art. 23, inciso IV no texto original, posteriormente
renumerado para inciso VI pela EC nº 5, de 1961).
Contudo, ainda na vigência da Constituição de 1946, a EC nº 18, de 1965, que reformou o Sistema
Tributário Nacional, fixou em seu art. 15 que competia aos Municípios o imposto sobre serviços
de qualquer natureza não compreendidos na competência da União e dos Estados.
O parágrafo único do art. 15 estabeleceu expressamente que Lei Complementar estabeleceria
critérios para distinção entre as atividades tributadas pelo Imposto sobre Operações relativas à
Circulação de Mercadorias, realizadas por comerciantes, industriais e produtores, de competência
estadual, daquelas tributadas pelo Imposto Sobre Serviços, de competência municipal.
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1967, em seu art. 25, inciso II, estabeleceu
que competia aos Municípios decretar impostos sobre serviços de qualquer natureza não
compreendidos na competência tributária da União ou dos Estados, definidos em lei
complementar.
A Emenda Constitucional nº 1, de 1969, manteve texto análogo em seu art. 24, inciso II.
Por seu turno, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – CRFB estabeleceu em
seu art. 156, inciso III, que aos Municípios competem instituir impostos sobre serviços de qualquer
natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.
Eis o histórico sumarizado da evolução da tributação do ISS no ordenamento jurídico pátrio, em
especial em sede constitucional.
A seguir adentraremos na análise minuciosa desse tributo que, como vimos, desde sua origem
apresenta pontos de intersecção com outros tributos de competência da União e dos Estados.
Com a União, há conflito de competência e, portanto, alguma polêmica na tributação do IPI e do
IOF em relação a algumas atividades que na visão municipalista estariam sujeitas ao ISS.
Com os Estados, sem dúvida, há o maior nível de polêmicas e conflitos de competência.
Em especial quanto às atividades que integram a evolução tecnológica, quebrando a dicotomia
software de prateleira e software de encomenda.
Também os serviços de streaming e outros de Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC,
como na computação em nuvem.
Há também a questão da interpretação quanto aos limites do que vem a ser serviço de
comunicação, que constitucionalmente está no campo de incidência do ICMS.
Para os Estados, a semântica comunicação é amplíssima, para os Municípios sua exegese merece
contornos mais restritos. De todo modo, como mandamento constitucional insculpido no art. 146
da CRFB, cabe à Lei Complementar dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária,
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
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O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS está previsto na Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988 – CRFB em seu artigo 156, inciso III, a princípio, como um imposto
de competência municipal.
Ocorre que, nos termos do artigo 147 da CRFB, compete ao Distrito Federal, também, os impostos
de competência municipal.
Desse modo, o ISS é de competência dos Municípios e do Distrito Federal.
O concurso para Analista de Gestão do CEGÁS, aplicado pelo IESES em 2017, apresentou a seguinte
alternativa em uma de suas questões: “O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza é de competência
apenas dos Municípios.”
Comentários: alternativa incorreta. A Assertiva está incorreta porque o ISS é de competência dos Municípios
e do DF (art. 1º: O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do
Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses
não se constituam como atividade preponderante do prestador). Também é de competência da União nos
territórios não divididos em Municípios (art. 147 da CRFB).
1
Curso de Direito Tributário Municipal, 2ª edição. p 337.
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No plano constitucional, além da previsão constante no art. 156, inciso III e seu § 3º, merece
também destaque o art. 88 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT.
O art. 156, quanto ao ISS, assim dispõe:
2
Idem. p. 338.
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(...)
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei
complementar.
(...)
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:
III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão
concedidos e revogados. (grifos não constantes no original)
Art. 88. Enquanto lei complementar não disciplinar o disposto nos incisos I e III do § 3º do art. 156
da Constituição Federal, o imposto a que se refere o inciso III do caput do mesmo artigo:
I – terá alíquota mínima de dois por cento, exceto para os serviços a que se referem os itens 32,
33 e 34 da Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968;
II – não será objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais, que resulte,
direta ou indiretamente, na redução da alíquota mínima estabelecida no inciso I. (grifos não
constantes no original)
De plano, importante identificar que não se inclui no campo de incidência do Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza - ISS os serviços que integram o campo de incidência do Imposto
sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre prestações de Serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior – ICMS.
Ou seja, não competem aos Municípios e ao Distrito Federal tributarem serviços de comunicação,
transporte interestadual e intermunicipal.
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Outro relevante ponto a ser observado é que, em que pese a semântica usada pelo Poder
Constituinte no sentido de que os serviços aos quais incidirão o ISS serão definidos em Lei
Complementar, em verdade, a Lei Complementar nº 116, de 2003, que faz essa função fixada
constitucionalmente, não define, de forma denotativa, os serviços sujeitos ao ISS.
A Lei Complementar nº 116, de 2003, apenas declara por meio de uma extensa lista os referidos
serviços, mas não se utiliza da técnica de definir um a um o que vem a ser cada serviço listado.
Avançando com relação ao mandamento constitucional de que trata o art. 156, inciso III, da CRFB,
temos que o §3º do referido artigo também nos apresenta importantes dispositivos acerca do ISS.
Nesse sentido, a CRFB, em seu art. 156, §3º, definiu competência à Lei Complementar para
determinar as alíquotas mínimas e máximas do ISS, excluir da incidência desse imposto as
exportações de serviços para o exterior do país e regular a forma e as condições como isenções,
incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
Ademais, o art. 88 do ADCT definiu que, enquanto lei complementar não disciplinasse as alíquotas
máximas e mínimas do ISS e não disciplinasse a forma e as condições como isenções, incentivos e
benefícios fiscais seriam concedidos e revogados:
a) a alíquota mínima do ISS seria de 2%, exceto para serviços de construção civil, previstos
até então nos itens 32, 33 e 34 da lista anexa ao Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezembro de
1968; e
b) o ISS não seria objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais, que
resulte, direta ou indiretamente, na redução da alíquota abaixo do mínimo de 2%.
Ocorre que, a Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003, que derrogou o Decreto Lei nº
406, de 31 de dezembro de 1968, e dispôs sobre o ISS, tratou, em seu texto originário, apenas
parcialmente dos temas a ela cometidos pela CRFB.
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Mais especificamente, a Lei Complementar nº 116, de 2003, fixou apenas a alíquota máxima do
ISS em 5% (art. 8º, inciso II) e excluiu da incidência do imposto as exportações de serviços para o
exterior do País (art. 2º, inciso I, combinado com seu parágrafo único).
Contudo, a Lei Complementar nº 116, de 2003, manteve-se silente, frise-se que em seu texto
originário, quanto à alíquota mínima do ISS e quanto à regulação da forma e condições como
isenções, incentivos e benefícios fiscais seriam concedidos e revogados pelos Municípios e pelo
Distrito Federal.
Dessa forma, a importância histórica das disposições constantes no art. 88 do ADCT, de modo
que, quanto às alíquotas máximas e mínimas do ISS, a mínima de 2% era fixada pelo ADCT e a
máxima de 5% já era fixada pela Lei Complementar nº 116, de 2003.
De igual modo, quanto à regulação da forma e condições como isenções, incentivos e benefícios
fiscais seriam concedidos e revogados pelos Municípios e pelo Distrito Federal, também o ADCT
previu que não poderiam ser concedidas se resultassem, direta ou indiretamente, em redução de
alíquota do ISS abaixo do mínimo de 2%.
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A referida Lei Complementar introduziu alterações na Lei Complementar nº 116, de 2003, entre
as quais3:
➢ a introdução do §1º no aludido art. 8º-A no qual fixa que o ISS não será objeto de
concessão de isenções, incentivos ou benefícios tributários ou financeiros, inclusive de
redução de base de cálculo ou de crédito presumido ou outorgado, ou sob qualquer outra
forma que resulte, direta ou indiretamente, em carga tributária menor que a decorrente da
aplicação da alíquota mínima de 2%, exceto para os serviços a que se referem os subitens
7.02 (execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção
civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração
de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e
a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos), 7.05 (reparação,
conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres) e 16.01 (serviços
de transporte coletivo municipal rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de
passageiros) da lista anexa à Lei Complementar nº 116, de 2003.
Antes de darmos continuidade quanto as especificidades do ISS, cabe esclarecer que a sequência
para a incidência de qualquer tributo é:
Portanto, o tributo só passa a ser exigível a partir do momento de sua instituição por meio de lei
do Ente Político. Esta lei é o instrumento necessário para o exercício da pretensão tributária do
referido ente.
Não há, dessa forma, a possibilidade de cobrança tributária sem lei própria do Ente Político,
mesmo sob o argumento de que a referida competência tenha sido outorgada pela CRFB ou de
que exista lei complementar disciplinando o referido tributo.
Resumindo: é a lei do ente local que institui o ISS e que faz surgir a capacidade tributária para o
Município ou para o Distrito Federal e não a Constituição ou Lei Complementar Federal.
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Ao longo desta aula, veremos todas as alterações introduzidas pela Lei Complementar nº 157, de 2016.
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O ISS é um imposto municipal. É dizer, ao Município competirá instituí-lo (CF, art. 156,
III). Todavia, está ele jungido à norma de caráter geral, vale dizer, à lei complementar
que definirá os serviços tributáveis, lei complementar do Congresso Nacional (CF, art.
156, III). Isto não quer dizer que a lei complementar possa definir como tributáveis pelo
ISS serviços que, ontologicamente, não são serviços. No conjunto de serviços tributáveis pelo
ISS, a lei complementar definirá aqueles sobre os quais poderá incidir o mencionado imposto.
(...) a lei complementar, definindo os serviços sobre os quais incidirá o ISS, realiza a sua finalidade
principal, que é afastar os conflitos de competência, em matéria tributária, entre as pessoas
políticas (CF, art. 146, I). E isso ocorre em obséquio ao pacto federativo, princípio fundamental
do Estado e da República (CF, art. 1º) (...) não adoto a doutrina que defende que a lista de
serviços é exemplificativa. [RE 361.829, voto do rel. min. Carlos Velloso, j. 13-12-2005, 2ª
T, DJ de 24-2-2006.]= AR 2.105 AgR-segundo, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 19-9-2013,
P, DJE de 16-10-2013.
Comentários: muito rico em orientações o referido julgado do STF. O primeiro ponto é aquele
em que alinha a competência da lei municipal (ou do DF) para instituir o ISS.
O fundamento de validade se encontra na CRFB e na lei complementar de normas gerais, mas
a instituição do ISS depende necessariamente de lei do ente tributante instituindo o imposto
(Município ou DF).
Essa lei do ente tributante deve respeitar os limites definidos pela CRFB e pela lei
complementar.
Outro ponto importantíssimo é aquele em que se afirma a vedação à lei complementar de incluir
na lista aquilo que ontologicamente não é serviço. Isto é, aquela atividade que por sua natureza
não seja serviço não pode dar azo à cobrança do ISS.
O que a lei complementar deve fazer é, considerando todos os núcleos de serviços possíveis,
listar quais deles estarão no âmbito de incidência do ISS. Ao assim agir, estará mitigando o
conflito de competência entre os entes da federação, em especial entre Municípios e Estados,
privilegiando o pacto federativo.
Por fim, esse julgado também se alinha à corrente que considera a lista de serviços como
numerus clausus ou taxativa, em detrimento da corrente que a considera numerus apertus ou
exemplificativa.
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Comentários: perceba que o STJ não autoriza o emprego da analogia, mas sim a interpretação
extensiva para se amoldar ao termo congênere aqueles serviços que apenas não constaram
expressamente na lista, mas sua natureza é nuclear àqueles constantes no subitem em que
consta a expressão congênere.
Importante diferenciar a analogia da interpretação extensiva.
Ou seja, para o emprego da analogia, constata-se haver ausência de previsão legal sobre
determinado tema, fazendo com que, desde que autorizado pelo ordenamento, seja utilizada a
técnica da analogia para a integração do sistema.
Na interpretação extensiva, por seu turno, há lei tratando sobre o tema e o que se busca é uma
interpretação do dispositivo que possa extrair o verdadeiro significado normativo, ampliando
sua exegese para além das palavras da lei.
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As análises dos dispositivos da Lei Complementar Federal nº 116, de 2003, acerca do ISS,
serão realizadas daqui para frente, de modo que você tenha um estudo completo desse
imposto que é, do ponto de vista arrecadatório, muito importante para o Município e que
apresenta muitos pontos de conflitos com os Estados.
As novas regras do ISS instituídas pela Lei Complementar nº 157, de 2016, na Lei
Complementar nº 116, de 2003, foram incluídas na análise.
Do ponto de vista didático vamos iniciar nossa abordagem do ISS no plano infraconstitucional por
meio da Lei Complementar nº 116, de 2003, e do Decreto-Lei nº 406, de 1968.
A Lei Complementar nº 116, de 2003, apresenta todo o arquétipo necessário para que o ente
competente institua e cobre o ISS.
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o fato gerador,
abordando o que
está e o que não • arts. 1º e
está em seu 2º
campo de
incidência
a quem é devido
o ISS, fixando
regras para
identificação de a
qual Município ou • arts. 3º e
ao DF é devido o
ISS, de modo que 4º
busca mitigar o
conflito de
competência
horizontal
quem é a figura
do contribuinte
• art. 5º
regras de
responsabilidade • art. 6º
tributária
disposições
acerca do quanto
devido de ISS,
em especial com
regramentos
sobre a base de • arts. 7º,
cálculo, a 8º e 8º-A
alíquota e as
concessões de
vantagens fiscais
relativas a este
imposto
Iremos analisar detalhadamente cada um desses dispositivos, fixando também as regras adicionais
previstas na lei municipal.
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Antes, contudo, cabe consignar que o art. 10 da Lei Complementar nº 116, de 2003, não revogou
a totalidade dos dispositivos do Decreto-Lei nº 406, de 1968, que tratava do ISS.
É o caso do art. 9º do referido diploma que se mantém em vigor e tem importante repercussão na
fixação da base de cálculo dos serviços de construção civil, autorizando a dedução da base de
cálculo tanto dos materiais quanto das subempreitadas já tributadas, bem como na tributação das
Sociedades Uniprofissionais – SUPs, temas que analisaremos oportunamente.
Indico abaixo, posicionamento do STF que corrobora com o entendimento não só de que há
dispositivos do Decreto-Lei nº 406, de 1968, que ainda produzem efeitos relativos ao ISS como
também de que esse diploma foi recepcionado pela CRFB com força de lei complementar, já que
para o seu objeto, normas gerais tributárias, a constituição de 1988 exige a forma de lei
complementar (art. 146 da CRFB).
CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ISS. CONSTRUÇÃO CIVIL. D.L. 406/68, art. 9º, § 2º,
a e b. I. - Dedução do valor dos materiais e subempreitadas no cálculo do preço do
serviço. D.L. 406/68, art. 9º, § 2º, a e b: dispositivos recebidos pela CF/88. Citados
dispositivos do art. 9º, § 2º, cuidam da base de cálculo do ISS e não configuram
isenção. Inocorrência de ofensa ao art. 151, III, art. 34, ADCT/88, art. 150, II e 145, § 1º, CF/88.
RE 236.604-PR, Velloso, Plenário, 26.5.99, RTJ 170/1001. II. - RE conhecido e provido. Agravo
improvido” (RE 214.414-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 29.11.2002).
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Ou seja, de acordo com o art. 10 da Lei Complementar nº 116, de 2003, foram revogados apenas
os artigos 8º, 10º, 11º e 12º do Decreto-Lei nº 406, de 1968, permanecendo as disposições do art.
9º acerca do ISS.
Cabe esclarecer que o Decreto-Lei nº 406, de 1968, estabeleceu normas gerais de direito
financeiro, aplicáveis aos impostos sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
serviços de qualquer natureza.
No que tange ao imposto sobre circulação de mercadorias, o Decreto-Lei nº 406, de 1968, aborda
os seus principais aspectos nos artigos 1º a 7º.
Já quanto ao imposto sobre serviços, os artigos basilares constaram do 8º ao 12º.
Com a revogação dos artigos relativos ao imposto sobre serviço pela Lei Complementar nº 116,
de 2003, exceto o art. 9º, esse imposto passou a ter como lei de normas gerais
predominantemente a Lei Complementar nº 116, de 2003, porém mantendo-se as disposições do
art. 9º do Decreto-Lei nº 406, de 1968, que trata da base de cálculo dos serviços de construção
civil (autorizando a dedução de materiais e subempreitadas já tributadas), da tributação das
Sociedades de Profissionais e da fixação da base de cálculo dos serviços de exploração de
rodovias com cobrança de pedágio.
Faremos as menções e considerações necessárias no estudo de cada um desses pontos.
Abordaremos o ISS de modo esquematizado por meio da identificação de sua Regra Matriz de
Incidência.
Didaticamente, podemos pensar na Regra Matriz de Incidência com 5 elementos cujos objetivos
são:
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Apresento a seguir, de forma esquematizada, a Regra Matriz de Incidência do ISS com base na Lei
Complementar nº 116, de 2003, e, pontualmente, no Decreto-Lei nº 406, de 1968.
Exceção: há 23 hipóteses expressas quando o ISS será devido em outro local definido em lei
Atenção: ADIN 5835 com Medida Cautelar concedida pelo Ministro Alexandre de Moraes em 23
de março de 2018, publicada no DJe 04 de abril de 2018 (das 23 hipóteses, 3 estão com eficácia
suspensas – as 3 últimas incluídas pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
Atenção: Quando a prestação do serviço for subdividida em partes, considera-se devido o ISS no
mês em que for concluída qualquer etapa contratual a que estiver vinculada a exigibilidade do
preço do serviço.
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2) o sujeito passivo:
2) a base de cálculo do ISS quando se tratar de prestação de serviço de forma pessoal do próprio
contribuinte será um valor fixo (referem-se aos Profissionais Autônomos e às Sociedades
Uniprofissionais – Decreto-Lei nº 406, de 1968)
Mínimo: 2%
Máximo: 5%
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Os tipos de serviços que dão azo à cobrança do ISS são aqueles constantes no anexo da Lei
Complementar nº 116, de 2003, já com as alterações promovidas pela Lei Complementar Federal
nº 157, de 2016.
O concurso para Fiscal de Tributos da Prefeitura de Novo Gama, aplicado pela banca IDIB em 2016,
apresentou a seguinte alternativa em uma de suas questões: “A incidência do tributo e a sua cobrança é
exigível com o efetivo pagamento do preço dos serviços no mesmo mês ou no mesmo exercício.”
Comentários: alternativa incorreta. A incidência do ISS independe do efetivo pagamento do preço do serviço.
Ou seja, o imposto é devido pela prestação de um dos serviços constantes na lista de serviços anexa à Lei
Complementar nº 116, de 2003. Como vimos, o pagamento do serviço não integra a regra matriz de
incidência do ISS.
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Importante ressaltar, também, que a lista de serviços é bastante extensa. Ela possui 40 itens, sendo
que a maioria dos itens possuem inúmeros subitens.
Mesmo para nós Auditores Fiscais que trabalhamos com a lista de serviços do ISS no dia a dia, não
é simples gravá-la em sua integralidade.
É claro que, com o uso constante, os serviços mais corriqueiros e comuns nós acabamos gravando.
Assim, minha dica é que você não gaste energia tentando decorar essa lista.
Nós abordaremos os principais serviços, em especial aqueles mais “badalados” em questões de
concursos.
Portanto, nessa aula, seja aqui na parte teórica ou nos exercícios comentados, abordaremos os
serviços mais indicados à eventual tema de prova.
De todo modo, ressalto a importância quanto à assimilação dos novos serviços incluídos na lista
pela Lei Complementar nº 157, de 2016.
Do ponto de vista didático, contudo, creio ser importante apresentar a você a listagem completa
de serviços que faz parte do critério material de incidência do ISS.
#ficadica
Item Subitem
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3 – Serviços prestados 3.01 – Locação de bens móveis. (Vetado pela Lei Complementar Nº
mediante locação, 116, de 31 de julho de 2003)
cessão de direito de
3.02 – Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de propaganda.
uso e congêneres.
3.03 – Exploração de salões de festas, centro de convenções,
escritórios virtuais, stands, quadras esportivas, estádios, ginásios,
auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e
congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer
natureza.
3.04 – Locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou
permissão de uso, compartilhado ou não, de ferrovia, rodovia, postes,
cabos, dutos e condutos de qualquer natureza.
3.05 – Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de
uso temporário.
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de capitalização e
congêneres.
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telecomunicações e
congêneres.
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O concurso para Analista Judiciário do Tribunal de Justiça de Pernambuco, aplicado pela banca IBFC em 2017,
apresentou a seguinte alternativa em uma de suas questões: “O Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de
serviços constantes da lista anexa a esta Lei, ainda que esses não se constituam como atividade
preponderante do prestador.”
Comentários: alternativa correta. Correta a assertiva que apresenta a literalidade do “caput” do art. 1º da
Lei Complementar nº 116, de 2003.
O concurso para Titular de Serviços de Notas e de Registros do Tribunal de Justiça de Rondônia, aplicado pelo
IESES em 2017, apresentou a seguinte alternativa em uma de suas questões: “O ISS tem como fato gerador
a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade
preponderante do prestador.”
Comentários: alternativa correta. Afirmação em linha com caput do art. 1º da Lei Complementar nº 116, de
2003.
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a reparação, conservação e
7.05 reforma de edifícios, estradas,
pontes, portos e congênere
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2. Por ser oportuno, ressaltamos também os serviços constantes dos subitens 7.06, 14.06 14.09 e
39.01, cuja prestação poderá ser objeto de incidência de ISS ou de ICMS. Para facilitar a sua
memorização, preparamos o esquema abaixo.
Subitem Descrição
Observação: pense que nesses casos o que Observação: pense que nesses casos o
ocorreu foi a venda do material (exemplo: TOMADOR já tem o material (exemplo:
carpete, equipamentos, tecido e ouro) e o carpete, equipamentos, tecido e ouro) e
serviço é um mero acessório da venda. contratou a execução de serviços.
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O concurso para Analista Judiciário do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, aplicado pela banca CESPE
em 2017, apresentou a seguinte questão:
“O ISS
a) é devido por serviços prestados que não constituam atividade preponderante do prestador.
b) é de competência da União, com arrecadação destinada aos municípios.
c) exclui a cobrança sobre serviços cuja prestação se tenha iniciado no exterior.
d) pode ser cobrado em conjunto com o ICMS.
e) tem sua incidência condicionada à denominação dada ao serviço prestado.”
Comentários: correta a alternativa “a”. De acordo com o art. 1º da Lei Complementar nº 116, de 2003, o ISS,
de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços
constantes em sua lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do
prestador. Assim, correta a alternativa “a” e incorreta a alternativa “b”. Incorreta a alternativa “c” porque,
de acordo com o §1º do art. 1º da Lei Complementar nº 116, de 2003, o ISS incide também sobre o serviço
proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País. Incorreta a
alternativa “d”, ainda que tenha redação infeliz, porque a incidência do ISS e do ICMS são excludentes. O
critério material de um não se confunde com o do outro (ao menos em tese). E para isso, a Lei Complementar
nº 116, de 2003, listou os serviços sobre os quais incide o ISS, afastando ou mitigando o conflito de
competência. Ademais, em seu §2º do art. 1º, a Lei Complementar nº 116, de 2003, previu que, ressalvadas
as exceções expressas na lista, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao ICMS, ainda que sua
prestação envolva fornecimento de mercadorias. Ou seja, em regra, incide exclusivamente o ISS sobre
prestação de serviço, ainda que inclua fornecimento de mercadoria. Contudo, para os casos especificados
na lista, incidirá o ISS sobre o serviço, exclusivamente, e o ICMS sobre o material ou mercadoria. E nesse
ponto é que a redação da alternativa foi infeliz, já que ambígua ao utilizar a expressão “em conjunto”, o que
deveria ter sido motivo para anulação (o que a banca não fez). De todo modo, o sentido utilizado pela banca
foi exatamente a proibição da bitributação, isto é, sobre um mesmo fato incidir o ISS e o ICMS. Ou incide um
ou outro. Por isso, não podem ser cobrados em conjunto. Por fim, incorreta a alternativa “e” porque, de
acordo com o §4º do art. 1º da Lei Complementar nº 116, de 2003, a incidência do imposto não depende da
denominação dada ao serviço prestado.
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Subitem Descrição
Um ponto importante e que pode ser um diferencial em sua aprovação é você saber alguns casos
especiais em que incide ou não o ISS. Nessa linha, a Lei Complementar nº 116, de 2003, estabelece
que o ISS também incide:
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a. sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior
do País (IMPORTAÇÃO de serviço).
O concurso para Auditor Fiscal de Amontada, aplicado pela banca UECE em 2016, apresentou a seguinte
alternativa em uma de suas questões: “o ISS não incide sobre os serviços prestados com a utilização de bens
e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização, permissão ou concessão.”
Comentários: alternativa incorreta. A assertiva está incorreta porque incide o ISS sobre os serviços prestados
mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização,
permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço (§3º do
art. 1º da LC nº 116, de 2003).
O concurso para Procurador Municipal de Fortaleza, aplicado pela banca CESPE em 2017, apresentou a
seguinte alternativa em uma de suas questões: “O aspecto material da hipótese de incidência do imposto
sobre serviços de qualquer natureza consiste na obrigação de fazer em prol de terceiro, mediante
remuneração, quando essa obrigação é objeto de relação jurídica de direito privado. A prestação por
delegatário e remunerada pelo usuário de serviços públicos não se submete à incidência dessa espécie
tributária devido a interesse público subjacente.”
Comentários: alternativa incorreta. Errada a assertiva porque, de acordo com o §3º do art. 1º da Lei
Complementar nº 116, de 2003, o ISS incide sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e
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A Lei Complementar nº 116, de 2003, estabelece, ainda, que NÃO incide o ISS sobre:
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tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do fundações, bem como dos sócios-gerentes e
serviço dos gerentes-delegados.
O concurso para Titular de Serviços de Notas e de Registros do Tribunal de Justiça de Rondônia, aplicado pelo
IESES em 2017, apresentou a seguinte alternativa em uma de suas questões: “A alíquota máxima do ISS é 5%
(cinco por cento).”
Comentários: alternativa correta. Afirmação em linha com art. 8º, II, da Lei Complementar nº 116, de 2003.
O concurso para Analista Judiciário do Tribunal de Justiça de Pernambuco, aplicado pela banca IBFC em 2017,
apresentou a seguinte alternativa em uma de suas questões: “O imposto não incide sobre as exportações de
serviços para o exterior do País.”
Comentários: alternativa correta. Correta a assertiva porque, de acordo com o inciso I do §2º do art. 1º da
Lei Complementar nº 116, de 2003, o ISS não incide sobre as exportações de serviços para o exterior do país.
Por fim, quanto ao critério material, e em linha com o que já externei algumas vezes para os
senhores quanto ao aumento de questões acerca da jurisprudência dos tribunais superiores nos
últimos concursos para a carreira fiscal, apresento abaixo alguns posicionamentos do STF e do STJ
acerca da incidência do ISS (critério material).
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Comentários: o instituto da súmula vinculante, você já deve ter estudado com seu professor de
direito constitucional, foi introduzido no ordenamento jurídico, especificamente no art. 103-A
do texto da CRFB, por meio da Emenda Constitucional nº 45, de 2004.
A súmula vinculante, após sua publicação na imprensa oficial, passa ser de observância
obrigatória aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta,
nas esferas federal, estadual e municipal. Ou seja, a súmula vinculante não é de observância
obrigatória apenas para:
➢ o Poder Legislativo que poderá, desde que cumpridos os requisitos constantes no
ordenamento jurídico, em especial na CRFB, legislar de modo a alterar ou aprimorar o
ponto cuja interpretação foi fixada pela jurisprudência do STF; e
➢ o próprio STF para eventuais alterações ou cancelamento das súmulas vinculantes
publicadas.
Assim, a Administração Tributária (integrante do Poder Executivo) está vinculada a este
posicionamento sumulado pelo STF.
Cabe, contudo, esclarecer que há muitas vozes doutrinárias e jurisprudenciais que, no mérito,
não concordam com o teor da referida súmula, em especial aqueles que não adotam o conceito
de serviço pela dicotomia “prestação de dar” versus “prestação de fazer”. Isto é, aqueles que
adotam um conceito econômico de serviço não limitado à referida dicotomia.
Entretanto, repise-se que para a sua prova e para a sua atuação como Auditor Fiscal, após sua
aprovação, você está vinculado ao entendimento esposado na súmula vinculante 31 do STF, até
ulterior alteração ou cancelamento, se o caso.
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primeiro. [ARE 656.709 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 14-2-2012, 2ª T, DJE de 8-3-2012.]
O concurso para Advogado do CFM, aplicado pela banca IADES em 2018, apresentou a seguinte alternativa
em uma de suas questões: “A incidência do ISS sobre operações de locação de bens móveis é constitucional.”
Comentários: alternativa incorreta. Incorreta a alternativa “a” porque, de acordo com a Súmula Vinculante
nº 31 do STF, é inconstitucional a incidência do ISS sobre operações de locação de bens móveis.
O concurso para Procurador Jurídico de Andradina, aplicado pela banca VUNESP em 2017, apresentou a
seguinte questão:
“Nos termos da Súmula Vinculante 31, é inconstitucional a
a) incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre operações de locação de bens
móveis.
b) não incidência do ICMS sobre alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras
c) a contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da CF, exigível somente dos filiados ao sindicato
respectivo.
d) cobrança do serviço de iluminação pública que não seja realizada por meio de taxa.
e) lei que sujeita a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.”
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Comentários: correta a alternativa “a”. Correta a alternativa “a” que apresenta o teor da Súmula Vinculante
31 do STF. Incorreta a alternativa “b” porque, de acordo com o teor da Súmula Vinculante 32, o ICMS não
incide sobre alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras. Incorreta a alternativa “c” porque, de
acordo com o teor da Súmula Vinculante 40, a contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da
Constituição Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo. Incorreta a alternativa “d” porque, de
acordo com a Súmula Vinculante 41, o serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante
taxa. Incorreta a alternativa “e” porque, de acordo com a Súmula Vinculante 44, só por lei se pode sujeitar a
exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
O concurso para Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Ceará, aplicado pela banca CESPE em
2016, apresentou a seguinte alternativa em uma de suas questões: “O aspecto material da hipótese de
incidência de ISSQN consiste na prestação de serviços, conceito jurídico de direito privado que indica uma
obrigação de fazer a favor de terceiros mediante remuneração, de modo que abrange a atividade de locação
de bens móveis.”
Comentários: alternativa incorreta. A questão aborda a Súmula Vinculante nº 31 do STF que declara: é
inconstitucional a incidência do imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS sobre operações de
locação de bens móveis.
Além da súmula vinculante 31, o STF se manifestou em várias outras oportunidades acerca do ISS.
Nesse momento, apresento aos senhores 3 casos em que o STF deliberou acerca da incidência do ISS sobre
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terceiros prestadores dos serviços médicos. [RE 651.703, rel. min. Luiz Fux, j. 29-9-2016,
P, Informativo 841, com repercussão geral. Tema 581: As operadoras de planos de saúde
realizam prestação de serviço sujeita ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN,
previsto no art. 156, III, da CRFB/88.]
O Tribunal, por maioria, deu parcial provimento aos terceiros embargos de declaração apenas
para corrigir a tese jurídica fixada no julgamento de 29.9.2016, dela excluindo-se a referência
ao "seguro-saúde", hipótese não contemplada pela presente repercussão geral, resultando na
seguinte redação: "As operadoras de planos de saúde realizam prestação de serviço sujeita ao
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, previsto no art. 156, III, da CRFB/88",
nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio. Ausentes, justificadamente,
os Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli (Presidente). Presidência do Ministro Luiz Fux (Vice-
Presidente). Plenário, 28.2.2019.
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diferenciação que justifique a tributação dos serviços públicos concedidos e a não tributação
das atividades delegadas. [ADI 3.089, rel. p/ o ac. min. Joaquim Barbosa, j. 13-2-2008, P, DJE de
1º-8-2008.] = Rcl 6.999 AgR, rel. min. Teori Zavascki, j. 17-10-2013, P, DJE de 7-11-2013
O concurso para Advogado do CFM, aplicado pela banca IADES em 2018, apresentou a seguinte alternativa
em uma de suas questões: “O ISS não incide sobre o valor dos serviços de assistência médica.”
Comentários: alternativa incorreta. Incorreta a alternativa porque, de acordo com a Lei Complementar nº
116, de 2003, especificamente em seu item 4, incide o ISS sobre serviços de saúde, assistência médica e
congêneres. Nessa linha também é a decisão do STF no RE 651703 (Tema 581), bem como a Súmula 274 do
STJ: “O ISS incide sobre o valor dos serviços de assistência médica, incluindo-se neles as refeições, os
medicamentos e as diárias hospitalares”.
Portanto, quanto aos planos de saúde e serviços notariais, o STF fixou entendimento de que esses
serviços estão incluídos no campo de incidência do ISS.
De igual modo quanto aos serviços de registros públicos, cartoriais e notariais. Também sobre eles
incide o ISS, não fazendo jus à imunidade tributária os seus respectivos delegatários. Como
veremos oportunamente, também esses delegatários não fazem jus ao regime especial de
recolhimento do ISS por enquadramento como Sociedades Profissionais.
Com relação ao leasing, é preciso compreender as três modalidades que o STF assumiu existir
nesse instituto jurídico, de modo que o entendimento fixado é pela incidência do ISS sobre o
leasing financeiro e sobre o lease-back, mas não quanto ao leasing operacional.
Vejamos as características e diferenças entre essas 3 modalidades de leasing, tanto com base na
lavra do Ministro Eros Grau, relator do julgamento do RE 592.905/SC, leading case do tema,
quanto na legislação atualizada do Banco Central sobre o tema:
1. leasing operacional: o fabricante do bem o dá em locação a quem dele fará uso. O arrendante
é o próprio produtor industrial.
Nos termos da Resolução 2.309/96 do Banco Central, artigo 6º, tem-se que (redação atual):
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II - o prazo efetivo do arrendamento mercantil seja inferior a 75% (setenta e cinco por cento) do
prazo de vida útil econômica do bem; (Redação dada, a partir de 27/2/2019, pela Resolução nº
4.696, de 27/11/2018.)
III - o preço para o exercício da opção de compra seja o valor de mercado do bem arrendado;
(Redação dada pela Resolução nº 2.465, de 19/2/1998.)
IV - não haja previsão de pagamento de valor residual garantido; (Redação dada, a partir de
27/2/2019, pela Resolução nº 4.696, de 27/11/2018.)
A marca distintiva do leasing operacional é que sua realização é feita pelo próprio produtor
industrial.
Ou seja, em regra, há apenas duas figuras envolvidas: o produtor industrial, arrendante, e o
arrendatário. O arrendatário fica com o direito de uso do bem, mas a obrigação de manutenção é
do arrendante.
Além disso, em regra, não há opção de compra. Contudo, caso haja, o valor deverá ser o de
mercado.
2. leasing financeiro: a arrendante obtém o bem de um produtor industrial e entrega seu uso ao
arrendatário por pagamento periódico, estabelecendo a opção de compra ou a devolução do bem
ao final do prazo.
De acordo com a Resolução 2.309/96 do Banco Central, artigo 5º:
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3. lease-back: nas palavras do Ministro Eros Graus “no sale and lease-back a própria arrendatária
vende um bem que lhe pertence à arrendadora e, em seguida, toma-o de volta, em arrendamento
mercantil”.
Ou seja, o arrendatário já é o dono do bem, mas por questões financeiras diversas, prefere ele
transmitir o bem ao agente arrendante e de imediato já realizar o arrendamento do bem que, a
partir de então, fica sob a sua guarda e uso na figura de arrendatário. Com isso, pretende utilizar
o valor recebido pelo bem da arrendante em, por exemplo, ampliação de sua atividade ou
investimento em seu ramo de atuação.
Portanto, tirando a característica de que o bem era da propriedade do arrendatário antes de sua
transmissão para o arrendante e efetivação do leasing, o lease-back se assemelha ao leasing
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financeiro (é uma espécie de leasing financeiro no qual a figura do arrendatário também faz as
vezes do produtor industrial, já que ele era titular do bem antes do arrendamento).
Apresento a seguir a última jurisprudência do STF sobre o critério material e em linha com o que
comentamos anteriormente sobre haver duas correntes principais acerca do conceito de serviço,
uma que adota a dicotomia “prestação de dar” versus “prestação de fazer” e a outra que adota
um conceito econômico de serviço.
Tal qual fizemos com a jurisprudência do STF, vejamos agora alguns dos posicionamentos do
STJ acerca da incidência do ISS (critério material):
Comentários: perceba que o STJ não autoriza o emprego da analogia, mas sim a interpretação
extensiva para se amoldar ao termo congênere aqueles serviços que apenas não constaram
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expressamente na lista, contudo, sua natureza é nuclear àqueles constantes no subitem em que
consta a expressão congênere.
Ou seja, para o emprego da analogia, constata-se haver ausência de previsão legal sobre
determinado tema, fazendo com que, desde que autorizado pelo ordenamento, seja utilizada a
técnica da analogia para a integração do sistema.
Na interpretação extensiva, por seu turno, há lei tratando sobre o tema e o que se busca é uma
interpretação do dispositivo que possa extrair o verdadeiro significado normativo, ampliando
sua exegese para além das palavras da lei.
Incide ISSQN e não ICMS nas hipóteses em que são desenvolvidas operações
mistas de fornecimento de mercadorias e prestação de serviço, desde que este
esteja expressamente previsto na listagem anexa ao DL n. 406/1968 e à Lei
Complementar n. 116/2003.
Comentários: como vimos, incide, em regra, exclusivamente o ISS para os serviços constantes
na lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116, de 2003, mesmo que haja emprego ou
uso de material.
Excepcionalmente, entretanto, ocorrerá a incidência do ICMS para os casos pontuais expressos
na lista (subitens 1.09; 7.02; 7.05; 13.05; 14.01; 14.03; e 17.11).
Não incide ISS sobre o serviço de provedor de acesso à internet, por ausência de
previsão legal.
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Vejamos, ainda, algumas súmulas do STJ sobre a incidência do ISS (critério material):
Súmulas do STJ:
Súmula 138: o ISS incide na operação de arrendamento mercantil de coisas
móveis.
Súmula 167: o fornecimento de concreto, por empreitada, para construção civil, preparado no
trajeto até a obra em betoneiras acopladas a caminhões, é prestação de serviço, sujeitando-se
apenas a incidência do ISS.
Súmula 274: o ISS incide sobre o valor dos serviços de assistência médica, incluindo-se neles as
refeições, os medicamentos e as diárias hospitalares.
Superados os principais aspectos do critério material, vamos passar à análise do critério espacial
da regra matriz de incidência do ISS.
O concurso para Assistente Judiciário de Quixadá, aplicado pela banca Serctam em 2016, apresentou a
seguinte alternativa em uma de suas questões: “O ISS não incide na operação de arrendamento mercantil
de coisas móveis.”.
Comentários: alternativa incorreta. A alternativa incorre em erro porque incide o ISS conforme esclarece a
súmula 138 do STJ: o ISS incide na operação de arrendamento mercantil de coisas móveis.
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Exceção: há 23 hipóteses expressas quando o ISS será devido em outro local definido em lei
Atenção: ADIN 5835 com Medida Cautelar concedida pelo Ministro Alexandre de Moraes em 23
de março de 2018, publicada no DJe 04 de abril de 2018 (das 23 hipóteses, 3 estão com eficácia
suspensas – as 3 últimas incluídas pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
O critério espacial do ISS define a qual Município (ou Distrito Federal) é devido o imposto.
Como, em alguns casos, a execução e o resultado da prestação do serviço não são de fácil
identificação, em função de sua imaterialidade, bem como há a possibilidade de que a prestação
possa ocorrer em diversos lugares, a Lei Complementar nº 116, de 2003, fixou a regra de que o
ISS é devido para o Município (ou DF) onde se localiza o estabelecimento prestador ou, no caso
de não existir estabelecimento prestador, no local do domicílio do prestador.
Contudo, em que pese a regra estabelecida ser o ISS devido para o Município (ou DF) onde estiver
localizado o estabelecimento do prestador do serviço, a Lei Complementar nº 116, de 2003,
estabelece 23 exceções.
O texto original do art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003, que trata do tema, apresentava
22 incisos, sendo que 2 incisos foram vetados lá em 2003, antes da sua entrada em vigor.
Assim, o texto inaugural apresentava 20 exceções.
Contudo, com a publicação da Lei Complementar nº 157, de 2016, foram inseridos 3 novos incisos
(além de também ter alterado a redação de outros 3 incisos já existentes). Portanto, atualmente,
na literalidade da lei há 23 exceções à regra do critério espacial do ISS.
Na relação a seguir nós temos a identificação dos 23 casos de exceção constantes na Lei
Complementar nº 116, de 2003, atualizada pela Lei Complementar nº 157, de 2016.
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O ISS deixa de ser devido ao Município (ou Distrito Federal) onde está localizado o
estabelecimento prestador e passa a ser devido ao Município (ou DF) onde 4:
Executada a instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos
serviços descritos no subitem 3.05 da lista de serviços
Executada a obra, no caso dos serviços descritos nos subitens 7.02 e 7.19 da lista de serviços
Executada a demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista de serviços
Executada edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços
descritos no subitem 7.05 da lista de serviços
Executada a decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso dos serviços descritos
no subitem 7.11 da lista de serviços
4
A sequência apresentada não é a mesma constante na Lei Complementar nº 116, de 2003. Tentei agrupar os
tipos, de modo a facilitar a sua fixação.
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Executada a limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da lista de
serviços
Onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços descritos no subitem 11.01
da lista de serviços
Atenção: a Lei Complementar nº 116, de 2003, excetua neste caso o subitem 12.13 (Produção,
mediante ou sem encomenda prévia, de eventos, espetáculos, entrevistas, shows, ballet,
danças, desfiles, bailes, teatros, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres ).
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Os casos listados acima com o fundo roxa são aqueles que foram introduzidos pela Lei
Complementar nº 157, de 2016, (incisos XXIII, XXIV e XXV) e em que o ISS passará a ser devido no
local do domicílio do tomador. Ou pelo menos passaria!!!
Isto porque, em 23 de março de 2018, o Ministro Alexandre de Moraes do STF concedeu medida
cautelar na ADI 5835 para suspender a eficácia exatamente desses dispositivos da tabela
destacados com o fundo roxo e que previam a alteração do critério espacial para os serviços dos
subitens:
O concurso para Analista Judiciário de STJ, aplicado pela banca CESPE em 2015, apresentou a seguinte
alternativa em uma de suas questões: “No caso de empresa comercial regularmente registrada, o local da
prestação de serviços para efeito da aplicação do imposto sobre serviços de qualquer natureza será a sede
da empresa, independentemente do local onde o contribuinte desenvolva sua atividade em caráter
predominante.”.
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Comentários: alternativa incorreta. O critério espacial do ISS é definido no art. 3º da Lei Complementar nº
116, de 2003, no qual fixa-se a regra de que o ISS é devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta
do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses expressamente previstas nos
incisos do referido artigo, hipóteses em que o imposto será devido em local diverso.
O concurso para Técnico em Contabilidade do TRT - 3ª Região, aplicado pela banca FCC em 2015, apresentou
a seguinte alternativa em uma de suas questões: “haverá incidência de Imposto sobre Serviços-ISS,
determinando a lei que o tomador, ou seja, o Tribunal, é responsável tributário, devendo efetuar a retenção
do imposto na fonte e fazer o pertinente recolhimento integral do imposto devido.”.
Comentários: alternativa correta. O serviço descrito no item 7.19 (acompanhamento e fiscalização da
execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo) é exceção quanto ao local em que é devido o
ISS. Ou seja, em vez de ser devido o ISS no local do estabelecimento prestador ou, na falta do
estabelecimento, no local do domicílio do prestador, o ISS nesse caso será devido no local da execução da
obra (art. 3º, inciso III, da LC nº 116, de 2003). O art. 6º da LC nº 116, de 2003, fixa as regras de
responsabilidade tributária.
(...) com fundamento no art. 10, § 3º, da Lei 9.868/1999 e no art. 21, V, do RISTF,
CONCEDO A MEDIDA CAUTELAR pleiteada, ad referendum do Plenário desta
SUPREMA CORTE, para suspender a eficácia do artigo 1º da Lei Complementar
157/2016, na parte que modificou o art. 3º, XXIII, XXIV e XXV, e os parágrafos 3º e 4º
do art. 6º da Lei Complementar 116/2003; bem como, por arrastamento, para suspender a
eficácia de toda legislação local editada para sua direta complementação. (ADI 5835 MC/DF,
Min. Alexandre de Moraes, 23/03/2018)
Comentários: ou seja, os três novos incisos incluídos no art. 3º e os dois novos parágrafos
incluídos no art. 6º da Lei Complementar nº 116, de 2003, pela Lei Complementar nº 157, de
2016, tiveram sua eficácia suspensa.
E não só!
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Por arrastamento, o STF também suspendeu a eficácia de toda legislação local editada que
complementasse os aludidos dispositivos.
Mas fique atento!!! Não são todos os dispositivos da Lei Complementar nº 157, de 2016, que
foram suspensos, mas só os incisos XXIII, XIV e XXV que incluiu no art. 3º e os §§3º e 4º que
incluiu no art. 6º da Lei Complementar nº 116, de 2003:
XXIII - do domicílio do tomador dos serviços dos subitens 4.22, 4.23 e 5.09;
XXIV - do domicílio do tomador do serviço no caso dos serviços prestados pelas administradoras
de cartão de crédito ou débito e demais descritos no subitem 15.01;
XXV - do domicílio do tomador dos serviços dos subitens 10.04 e 15.09.
§ 3º No caso dos serviços descritos nos subitens 10.04 e 15.09, o valor do imposto é devido ao
Município declarado como domicílio tributário da pessoa jurídica ou física tomadora do serviço,
conforme informação prestada por este.
§ 4º No caso dos serviços prestados pelas administradoras de cartão de crédito e débito,
descritos no subitem 15.01, os terminais eletrônicos ou as máquinas das operações efetivadas
deverão ser registrados no local do domicílio do tomador do serviço.
Ou seja, das 23 exceções constantes no art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003, as 3 últimas,
incluídas pela Lei Complementar nº 157, de 2016, foram suspensas.
Desta forma, fixe que em regra o ISS é devido no Município (ou DF) onde localizado o
estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador,
mas há atualmente 20 exceções com plena eficácia.
Repito: não foram todos os dispositivos da Lei Complementar nº 157, de 2016, que foram
suspensos pelo STF.
Ressalte-se também que:
1. Quando se tratar dos serviços descritos no subitem 3.04 (locação, sublocação, arrendamento,
direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não, de ferrovia, rodovia, postes,
cabos, dutos e condutos de qualquer natureza) da lista de serviços, considera-se ocorrido o fato
gerador e devido o ISS no Município na parte correspondente ao seu território à extensão de
ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza, objetos de locação,
sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não;
2. Quando se tratar dos serviços descritos no subitem 22.01 (serviços de exploração de rodovia
mediante cobrança de preço ou pedágio dos usuários, envolvendo execução de serviços de
conservação, manutenção, melhoramentos para adequação de capacidade e segurança de
trânsito, operação, monitoração, assistência aos usuários e outros serviços definidos em contratos,
atos de concessão ou de permissão ou em normas oficiais ) da lista de serviços, considera-se
ocorrido o fato gerador e devido o ISS no Município na parte correspondente à extensão de
rodovia explorada pertencente ao seu território.
3. Quando se tratar de serviços executados em águas marítimas, o ISS será devido no local do
estabelecimento prestador dos serviços, exceto quanto aos serviços descritos no subitem 20.01
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Tal como fizemos no estudo do critério material, vamos ver aqui também alguns
posicionamentos jurisprudenciais acerca do critério espacial.
ISS: competência para tributação: local da prestação do serviço. [AI 571.353 AgR, rel.
min. Sepúlveda Pertence, j. 21-6-2007, 1ª T DJ de 10-8-2007.]
Comentários: cabe esclarecer que a primeira turma do STF não admitiu esse Agravo Regimental
no Agravo de Instrumento em função de ser controvérsia que deve ser decidida com base em
legislação infraconstitucional. Cabe dizer, com base no antigo art. 12 do Decreto-Lei nº 406, de
1968, e no art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003.
Nesse sentido, o mandamento atual da Lei Complementar é que o ISS é devido no local do
estabelecimento prestador, havendo alguns casos excepcionais expressos.
Portanto, em sua prova, adote a posição da Lei Complementar em questões objetivas, exceto
se o examinador expressamente questionar a posição do tribunal (STF ou STJ).
Em prova subjetiva (discursiva), aponte a polêmica quanto ao critério espacial, citando o art. 3º
da Lei Complementar nº 116, de 2003, bem como a posição do STF acima e também do STJ,
que abordaremos a seguir.
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Atenção: Quando a prestação do serviço for subdividida em partes, considera-se devido o ISS no
mês em que for concluída qualquer etapa contratual a que estiver vinculada a exigibilidade do
preço do serviço.
O critério temporal da regra matriz do ISS nos auxilia a responder a partir de quando se torna
devido o imposto.
Como regra, a obrigação tributária relativa ao ISS surge no momento da execução do serviço,
quando indivisível.
Por outro lado, caso seja possível fracionar o serviço em etapas, a partir do momento que
encerrada cada etapa, com a respectiva medição, será devido o ISS quanto à parte fracionada.
O critério temporal define o momento que surge a obrigação tributária entre o ente tributante e
o prestador do serviço (contribuinte) ou o responsável tributário.
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2) o sujeito passivo:
A sujeição ativa fica caracterizada pela lei municipal instituidora do ISS, cujo fundamento de
validade é a CRFB e o CTN (art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito
público, titular da competência para exigir o seu cumprimento).
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Já em relação à sujeição passiva que, nos termos do art. 121 do CTN, genericamente se subdivide
em contribuinte (quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo
fato gerador) e responsável (quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação
decorra de disposição expressa de lei) temos:
Art. 6º Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da
respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em
caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive no que se refere
à multa e aos acréscimos legais.
II – a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços descritos
nos subitens 3.05, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.16, 7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e
17.10 da lista anexa5.
III - a pessoa jurídica tomadora ou intermediária de serviços, ainda que imune ou isenta, na
hipótese prevista no § 4º do art. 3º desta Lei Complementar.
5
Os subitens 7.14 (Saneamento ambiental, inclusive purificação, tratamento, esgotamento sanitário e
congêneres) e 7.15 (Tratamento e purificação de água) foram vetados pelo Presidente da República. Assim, em que
pese haver a citação desses dois subitens no art. 6º, §2º, inciso II, não há efeitos práticos.
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§ 3º No caso dos serviços descritos nos subitens 10.04 e 15.09, o valor do imposto é devido ao
Município declarado como domicílio tributário da pessoa jurídica ou física tomadora do serviço,
conforme informação prestada por este.
§ 4º No caso dos serviços prestados pelas administradoras de cartão de crédito e débito, descritos
no subitem 15.01, os terminais eletrônicos ou as máquinas das operações efetivadas deverão ser
registrados no local do domicílio do tomador do serviço. (grifos não constantes no original).
Ou seja, lei municipal ou distrital pode atribuir a responsabilidade tributária pelo pagamento do
ISS e seus encargos legais, de forma exclusiva ou supletiva, a terceira pessoa vinculada ao fato
gerador do imposto.
Ressalte-se que a responsabilidade pelo pagamento se mantém com a retenção do valor do ISS
ou mesmo que ela não ocorra.
O concurso para Fiscal de Tributos de Bom Jesus, aplicado pela banca COPESE em 2015, apresentou a
seguinte alternativa em uma de suas questões: “Contribuinte é o tomador de serviço, ou seja, o cliente do
prestador de serviço.”
Comentários: alternativa incorreta. A assertiva está errada porque o contribuinte do ISS é o prestador do
serviço.
Ainda nessa linha, a Lei Complementar nº 116, de 2003, fixa que são responsáveis:
a) o tomador ou intermediário6 de serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se
tenha iniciado no exterior do País;
b) a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos seguintes serviços
(subitens com numeração da Lei Complementar nº 116, de 2003, já com as alterações da Lei
Complementar nº 157, de 2016):
6
Entende-se por intermediário aquele que não é o usuário final do serviço, mas atua como primeiro contratante
deste e o presta, no todo ou em parte, em seu próprio nome, a um terceiro, usuário final ou não, aplicando-se a
responsabilidade ao credito tributário correspondente a essa prestação ao terceiro.
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7.04 Demolição.
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2) a base de cálculo do ISS quando se tratar de prestação de serviço de forma pessoal do próprio
contribuinte será um valor fixo (referem-se aos Profissionais Autônomos e às Sociedades
Uniprofissionais – Decreto-Lei nº 406, de 1968)
Quanto ao critério quantitativo, em regra, temos dois elementos essenciais: a base de cálculo e a
alíquota.
No âmbito da Lei Complementar 116, de 2003, os temas base de cálculo e alíquota são tratados
nos artigos 7º e 8º.
Quanto à base de cálculo, a lei de normas gerais sobre o ISS estabelece que ela é o preço do
serviço.
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➢ determina que a base de cálculo será proporcional, conforme o caso, à extensão da ferrovia,
rodovia, dutos e condutos de qualquer natureza, cabos de qualquer natureza, ou ao número
de postes, existentes em cada Município, quando os serviços descritos pelo subitem 3.04
(Locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso,
compartilhado ou não, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer
natureza) forem prestados no território de mais de um Município;
➢ autoriza a não inclusão na base de cálculo do ISS do valor dos materiais fornecidos pelo
prestador dos serviços previstos nos subitens 7.02 (Execução, por administração, empreitada
ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras
semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação,
terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e
equipamentos - exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços
fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS ) e 7.05 (Reparação,
conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres - exceto o
fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da
prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).
Cabe a observação de que a redação original do inciso II, do §2º, do art. 7º da Lei Complementar nº 116,
de 2003, que autorizava a dedução de subempreitadas sujeitas ao ISS da base de cálculo foi vetada.
As razões do veto informam, entre outros motivos, o fato de que essa dedução no art. 9º do Decreto-Lei
nº 406, de 1968, apresentava a redação subempreitadas já tributadas pelo imposto e não apenas sujeitas
ao ISS.
Em que pese o veto no texto original da Lei Complementar nº 116, de 2003, a posição do STF é de que
essa disposição relativa às subempreitadas já tributadas pelo ISS, prevista no art. 9º do Decreto-Lei nº
406, de 1968, foi recepcionado pela CRFB e que pode ser aplicado na dedução da base de cálculo do ISS.
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O concurso para Técnico de Contabilidade do CFO-DF, aplicado pela banca QUADRIX em 2017, apresentou a
seguinte alternativa em uma de suas questões: “O ISS, por seu caráter cumulativo, onera o custo de produção
das empresas em relação aos serviços que utilize na produção de seus bens e serviços.”
Comentários: alternativa correta. Correta a assertiva porque, de fato, o ISS é um imposto cumulativo, não
permitindo que se deduza na cadeia de produção eventual incidência deste imposto anteriormente
incidente. Ou seja, acaba por onerar o custo da produção. A exceção, eventual, pode ocorrer nas
subempreitadas já tributadas de Construção Civil.
Dessa forma, de acordo com o Supremo, podem ser deduzidos da base de cálculo do ISS tanto
os materiais fornecidos quanto as subempreitadas já tributadas para os serviços expressamente
indicados na legislação.
Veja a jurisprudência do STF nesse sentido:
Antes de passarmos ao estudo das alíquotas, vejamos algumas jurisprudências do STJ sobre a
base de cálculo do ISS.
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O custo dos materiais empregados na construção civil pode ser deduzido da base
de cálculo do Imposto sobre Serviços.
Superadas as principais questões relativas à base de cálculo do ISS, vamos abordar o estudo das
alíquotas!
Alíquotas ad valorem: nada mais são do que aquelas alíquotas que representam um percentual da
base de cálculo.
Alíquotas ad rem: são aquelas alíquotas que representam um valor fixo, podendo ter como
parâmetro uma quantidade ou um período de tempo.
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O concurso para Titular de Serviços de Notas e de Registros do Tribunal de Justiça de Rondônia, aplicado pelo
IESES em 2017, apresentou a seguinte alternativa em uma de suas questões: “A alíquota máxima do ISS é 5%
(cinco por cento).”
Comentários: alternativa correta. Afirmação em linha com art. 8º, II, da Lei Complementar nº 116, de 2003.
O concurso para Procurador Municipal de Goiânia, aplicado pela banca CS-UFG em 2015, apresentou a
seguinte alternativa em uma de suas questões: “compete a cada município definir a alíquota do ISS aplicável
em seu território. No entanto, o legislador municipal deve respeitar a alíquota máxima de 8% (oito por cento)
fixada na LC nº 116/2003.”
Comentários: alternativa incorreta. A alternativa está errada porque a alíquota máxima prevista para o ISS
é de 5%. Essa previsão está no artigo 8º, inciso II, da LC nº 116, de 2003.
Também nesse ponto, cabe informar que o inciso I do art. 8º do texto original da Lei Complementar nº 116,
de 2003, que fixava alíquota máxima de 10% para jogos e diversões públicas, exceto cinema, foi vetado.
Cuidado porque em algumas questões de concurso o examinador coloca esse texto como
“pegadinha” de prova. Não vacile! Essa alíquota de 10% foi vetada.
A alíquota máxima do ISS é de 5% para todo e qualquer serviço tributado por este imposto.
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Cabe reiterar que a partir da produção de efeitos da Lei Complementar nº 157, de 2016, quanto ao art.
8º-A, que ocorreu em 30 de dezembro de 2017, passou a estar fixada no corpo da Lei Complementar nº
116, de 2003, a alíquota mínima do ISS em 2%.
Além disso, a introdução do §1º no aludido art. 8º-A fixou a determinação de que o ISS não será objeto
de concessão de isenções, incentivos ou benefícios tributários ou financeiros, inclusive de redução de
base de cálculo ou de crédito presumido ou outorgado, ou sob qualquer outra forma que resulte, direta
ou indiretamente, em carga tributária menor que a decorrente da aplicação da alíquota mínima de 2%,
exceto para os serviços a que se referem os subitens:
7.02 (execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica
ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem
e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e
equipamentos);
As consequências para o Município (ou DF) que descumprir essa determinação estão previstas nos
§§ 2º e 3º do art. 8-A, quais sejam:
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Encerramos aqui os principais tópicos da Regra Matriz de Incidência do ISS com base na Lei
Complementar nº 116, de 2003.
A seguir teremos uma bateria de questões sobre o ISS que foram objeto de cobrança em concursos
diversos pelo Brasil.
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c) adicional
d) intercâmbio
e) serviço
Situação hipotética: Uma empresa, localizada no município de São Paulo – SP, contratou outra empresa,
estabelecida no município do Rio de Janeiro – RJ, para a prestação do serviço de demolição de uma obra
situada no município de Campinas – SP.
Assertiva: Nessa situação hipotética, o ISS sobre o serviço será devido ao município de São Paulo – SP
( ) CERTO ( ) ERRADO
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Considerando o entendimento majoritário e atual do Supremo Tribunal Federal, assinale a opção correta,
acerca dos impostos que poderão incidir no presente caso.
a) No caso em tela, deve prevalecer a incidência do ICMS, afastando-se a incidência do ISSQN sobre a
operação.
b) Se os serviços prestados pela empresa em questão estiverem previstos na lei complementar federal que
dispõe sobre o ISSQN, prevalecerá a incidência do ISSQN sobre o ICMS.
c) Incidirá, em regra, o ICMS, podendo haver a incidência do ISSQN se o serviço estiver previsto na lei
complementar federal que dispõe sobre esse tributo, caso em que, para evitar a bitributação, o valor pago a
título de ICMS será deduzido da base de cálculo do ISSQN
d) No caso em tela, incidem tanto ICMS como o ISSQN: o ICMS incidirá sobre a parcela relativa à obrigação
de dar e o ISSQN incidirá sobre a parcela referente à obrigação de fazer.
e) Há de se verificar a atividade preponderante do contribuinte: se a atividade preponderante for o
fornecimento de mercadorias, ele deve ser tributado pelo ICMS; se for a prestação de serviços, ele será
tributado pelo ISSQN.
a) O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do país ou cuja prestação se tenha
iniciado no exterior do país, mas não incide sobre as exportações de serviços para o exterior do país.
b) A alíquota máxima do imposto é de 10% (dez por cento) nas capitais dos Estados e do Distrito Federal, e
de 5% (cinco por cento) nos demais municípios, e a mínima de 2% (dois por cento), em qualquer caso.
c) Os municípios e o Distrito Federal poderão atribuir, de modo expresso, mediante lei, a responsabilidade
pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, mantida a
responsabilidade do contribuinte, salvo quanto à multa e aos acréscimos legais.
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certos temas à análise do Poder Legislativo Federal, para aprovação por meio de Lei Complementar,
como, por exemplo:
b) aumento da Base de Cálculo do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana).
c) fixação da alíquota do ITBI (Imposto sobre a Transmissão inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis).
9. (2018/ FCC/ Prefeitura de São Luís – MA/ Auditor Tributário) A “Oficina Mecânica do José”
recondiciona motores de veículos. Para realizar essa prestação de serviços de recondicionamento,
empregam-se, com frequência, peças e partes novas. De acordo com a Lei Complementar federal no
116/03 e com a Lei Complementar federal no 87/96,
a) a prestação do serviço de recondicionamento de motores está sujeita, simultaneamente, à incidência do
ISSQN e do ICMS, enquanto o fornecimento das partes e peças empregadas está sujeito apenas à incidência
do ISSQN.
b) tanto a prestação do serviço de recondicionamento de motores como as partes e peças empregadas estão
sujeitas à incidência do ICMS.
c) a prestação do serviço de recondicionamento de motores está sujeita à incidência do ICMS, enquanto o
fornecimento das partes e peças empregadas está sujeito à incidência do ISSQN.
d) tanto a prestação do serviço de recondicionamento de motores como as partes e peças empregadas estão
sujeitas à incidência do ISSQN.
e) a prestação do serviço de recondicionamento de motores está sujeita à incidência do ISSQN, enquanto o
fornecimento das partes e peças empregadas está sujeito à incidência do ICMS.
10. (2018/ IESES/ TJ-CE/ Titular de Serviços de Notas e de Registros) Considerando a legislação
complementar acerca do Imposto Sobre Serviços – ISS, especialmente a Lei Complementar nº
116/2003, assinale a alternativa INCORRETA:
a) A base de cálculo do imposto é o preço do serviço, sendo que na execução por empreitada de obras de
construção civil considera-se na base de cálculo inclusive o valor dos materiais fornecidos pelo prestador de
serviços.
b) Não incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País.
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c) O serviço considera-se prestado, e o imposto, devido, no local do estabelecimento prestador ou, na falta
do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos do art. 3º
da LC nº 116/2003.
d) A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços é de 2% (dois por cento). Parte inferior do formulário
11. (2018/ CESPE/ CGM de João Pessoa – PB/ Auditor de Controle Interno) Julgue o item subsequente,
relativo ao sistema tributário, ao sistema financeiro, ao orçamento público e ao controle externo
conforme as disposições da CF.
Em relação à divisão das competências em matéria tributária, compete ao município instituir o IPTU, o ITBI
e o ISSQN.
( ) Certo ( ) Errado
12. (2018/ CESPE/ PGM - Manaus - AM/ Procurador Municipal) Tendo por base o que dispõem as Leis
Complementares n.º 116/2003 e n.º 123/2006 e a Lei municipal n.º 1.628/2011, do município de
Manaus, julgue o seguinte item.
( ) Certo ( ) Errado
13. (2018/ VUNESP/ PGE-SP/ Procurador do Estado) Empresa Alfa, com estabelecimento único no
Município de Diadema, contrata a empresa Beta, com estabelecimento único no Município de São
Bernardo do Campo, para a demolição de edifício localizado no Município de São Caetano do Sul.
Consideradas as regras sobre o aspecto espacial do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza –
ISSQN, conforme a Lei Complementar Federal n° 116, de 2003, é correto afirmar que o ISSQN será
devido
a) para o Município de São Caetano do Sul, local da prestação do serviço, se, e somente se, o prestador do
serviço lá estiver inscrito.
b) para o Município de Diadema, local do estabelecimento tomador do serviço, se, e somente se, houver
previsão na lei municipal de responsabilização do tomador do serviço.
c) para o Município de São Caetano do Sul, local da prestação do serviço.
d) para o Município de Diadema, local do estabelecimento tomador do serviço.
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14. (2018/ VUNESP/ Prefeitura de Bauru – SP/ Procurador Jurídico) No Diário Oficial municipal que circulou
no dia 03 de janeiro de 2018, foi publicada lei municipal que modificou a data de recolhimento de ISS
– Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza devido naquela localidade, antecipando o prazo de
vencimento da obrigação tributária. O último dispositivo legal estabeleceu que a lei entraria em vigor
na data de sua publicação. Essa lei
a) não poderá produzir efeitos durante o exercício fiscal de 2018, em respeito ao princípio da anterioridade.
b) poderá ter sua eficácia suspensa administrativa ou judicialmente, em respeito ao princípio da segurança
jurídica.
c) produzirá efeitos a partir da data de sua publicação, uma vez que o princípio da anterioridade não se aplica
à norma legal que apenas altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária.
d) produzirá efeitos a partir da data de sua publicação, uma vez que o critério temporal de incidência
tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade, legalidade ou da confiança.
e) produzirá efeitos a partir de 03 de abril de 2018, devendo observar o princípio da anterioridade
nonagesimal.
15. (2018/ INAZ do Pará/ CRF-PE/ Advogado) O Município de Recife criou lei ordinária para instituir o
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e, na mesma lei ordinária, criou outras várias
obrigações acessórias no interesse de promover a melhor arrecadação, bem como adequada
fiscalização desse imposto. É possível afirmar, com relação à referida lei ordinária, que:
a) Usurpou a atribuição de lei complementar, pois cabe a esta a edição tanto das obrigações principais, como
das acessórias.
b) Usurpou atribuição de decreto ao criar obrigações acessórias.
c) Não houve qualquer tipo de irregularidade na criação de obrigações acessórias.
d) Não poderia ter estabelecido obrigações acessórias, pois trata-se de atribuição de normas
regulamentares.
e) Não poderia ter estabelecido obrigação principal.
16. (2018/ FCC/ Prefeitura de São Luís – MA/ Auditor Tributário) Um contribuinte do ISSQN deixou de
efetuar o lançamento do tributo por homologação, conforme determinava a lei do Município em
relação ao qual ele era o sujeito passivo. A autoridade fiscal que realizou os trabalhos de fiscalização,
que culminaram com a apuração dessa irregularidade, constatou que o referido contribuinte agiu
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dolosamente, com a nítida intenção de sonegar o tributo. De acordo com o Código Tributário Nacional,
a autoridade administrativa municipal terá um prazo
a) decadencial, de cinco anos, para efetuar o lançamento do imposto devido, contado do primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que o lançamento puder ser efetuado.
b) prescricional, de dois anos, para efetuar a cobrança do imposto devido, contado da data em que se
comprovou a sonegação.
c) de homologação tácita da atividade de autolançamento, por decurso de prazo, contado da data da
ocorrência do fato gerador.
d) revisional, de um ano, para efetuar o lançamento do imposto devido, contado da data em que se
comprovou a sonegação.
e) prescricional, de 48 meses, para efetuar a cobrança do imposto devido, contado da data em que se
comprovou a sonegação.
17. (2018/ IESES/ TJ-CE/ Titular de Serviços de Notas e de Registros) Determinada prestação de serviços
não declarada pelo contribuinte foi objeto de fiscalização, com a competente lavratura de notificação
de lançamento de ISS, apurando-se o valor histórico do tributo em R$ 6.250,00 e aplicando-se multa
de 500% sobre o valor do tributo. Considerando a situação exposta e que a base de cálculo utilizado
foi de R$ 125.000,00, assinale a alternativa correta.
a) A não declaração do imposto a recolher por parte do contribuinte impediu o início da contagem do prazo
decadencial para constituição do crédito tributário.
b) O ISS é tributo sujeito ao lançamento por declaração.
c) A alíquota aplicada para apuração do tributo desrespeita o limite máximo expresso no CTN.
d) O princípio do não-confisco, em que pese previsto apenas em relação aos tributos, pode ser utilizado como
argumento para afastar judicialmente a multa aplicada.
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b) Planos de medicina de grupo ou individual e convênios para prestação de assistência médica, hospitalar,
odontológica e congêneres.
c) Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo.
d) Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo,
rejeitos e outros resíduos quaisquer.
e) Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda de bens de qualquer espécie.
a) é devido por serviços prestados que não constituam atividade preponderante do prestador.
b) é de competência da União, com arrecadação destinada aos municípios.
c) exclui a cobrança sobre serviços cuja prestação se tenha iniciado no exterior.
d) pode ser cobrado em conjunto com o ICMS.
e) tem sua incidência condicionada à denominação dada ao serviço prestado.
23. (2017/ CESPE / PGE-SE / Procurador do Estado) Os tributos cuja instituição compete aos municípios
incluem o
a) ITBI, o IPI e o IPVA.
b) ITR, o ITCMD e o IPI.
c) ITBI, o IPVA e o ITCMD.
d) IPTU, o ITR e o ISSQN.
e) IPTU, o ITBI e o ISSQN.
24. (2017/ FGV / Prefeitura de Salvador - BA / Cientista da Computação) O Imposto Sobre Serviços de
qualquer natureza (ISS) incide sobre
a) o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários.
b) o valor dos depósitos bancários relativos a operações de crédito realizadas por instituições financeiras.
c) o principal, os juros e os acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições
financeiras.
d) as exportações de serviços para o exterior do país.
e) o serviço proveniente do exterior.
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25. (2017/ IESES / TJ-RO / Titular de Serviços de Notas e de Registros) Sobre o Imposto Sobre Serviço - ISS,
assinale a alternativa INCORRETA:
a) O imposto incide sobre as exportações de serviços para o exterior do país.
b) A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.
c) A alíquota máxima do ISS é 5% (cinco por cento).
d) O ISS tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se
constituam como atividade preponderante do prestador.
26. (2017/ IESES / CEGÁS / Analista de Gestão - Contabilidade) Sobre Lei 116/2003 que dispõe sobre o
imposto sobre os serviços de qualquer natureza, indique quais as afirmações estão corretas.
I. O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza é de competência apenas dos Municípios.
II. Nos serviços de assessoria e consultoria em informática incidem o ISSQN.
III. Nos serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza, incidem o ISSQN.
a) Apenas a alternativa I e III estão corretas.
b) Apenas as alternativas II e III estão corretas.
c) Apenas a alternativa I está correta.
d) Todas as alternativas estão corretas.
( ) Certo ( ) Errado
28. (2017/ CESPE / SEDF / Contador) No que se refere à legislação tributária básica e suas atualizações,
julgue o item que se segue.
Uma empresa domiciliada em Goiânia e prestadora, no aeroporto de Brasília, de serviços logísticos relativos
a mercadorias em trânsito será contribuinte do ISS no DF.
( ) Certo ( ) Errado
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29. (2017/ Quadrix / SEDF / Professor - Contabilidade) Considerando os conceitos gerais sobre tributos e
a legislação tributária, julgue o item a seguir.
Os municípios e o DF, mediante lei, podem atribuir expressamente a responsabilidade pela retenção e pelo
pagamento do ISS à pessoa que não seja prestadora do serviço.
( ) Certo ( ) Errado
30. (2017/ VUNESP / Prefeitura de Andradina - SP / Procurador Jurídico) Nos termos da Súmula Vinculante
31, é inconstitucional a
a) incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre operações de locação de bens
móveis.
b) não incidência do ICMS sobre alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras
c) a contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da CF, exigível somente dos filiados ao sindicato
respectivo.
d) cobrança do serviço de iluminação pública que não seja realizada por meio de taxa.
e) lei que sujeita a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
31. (2017/ FAUEL / Câmara de Maria Helena - PR / Advogado) O Chefe do Poder Executivo Municipal de
Goiabinha encaminhou, à Câmara de Vereadores, projeto de Lei que visa à majoração da arrecadação
tributária. Dentre as disposições legais, estão as seguintes medidas:
PRIMEIRA MEDIDA - elaboração de convênio com o Município de Juqueí, vizinho, para que este exerça, em
seu lugar, sua competência tributária, instituindo e arrecadando o Imposto Sobre Serviço de Qualquer
Natureza (ISS) que lhe seria devido, ficando o Município de Goaibinha com uma “retribuição compensatória”.
A medida, na visão do Prefeito, economizaria os gastos com a arrecadação e fiscalização.
SEGUNDA MEDIDA – Alterar a lei ordinária que instituiu o Imposto Sobre a Transmissão de Bens e Imóveis
(ITBI) naquele município para prever a cobrança do tributo sobre as doações de imóveis feitas entre parentes
em linha reta até o segundo grau, e, em linha colateral, até o terceiro grau. A respeito destas medidas,
assinale a assertiva correta:
a) A PRIMEIRA MEDIDA não padece de qualquer vício de constitucionalidade ou legalidade, podendo ser
aprovada. Todavia, a SEGUNDA MEDIDA é inconstitucional, por ser de competência dos Estados a instituição
do ITBI.
b) A PRIMEIRA MEDIDA não deverá ser aprovada, pois a competência tributária é indelegável, salvo
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos. A SEGUNDA MEDIDA também não poderá ser
aprovada, pois não pode a lei tributária alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e
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formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal para definir ou
limitar competências tributárias.
c) A PRIMEIRA MEDIDA não deverá ser aprovada, pois a competência tributária é indelegável, salvo
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos. A SEGUNDA MEDIDA é inconstitucional, por ser de
competência dos Estados a instituição do ITBI.
d) A PRIMEIRA MEDIDA não padece de qualquer vício de constitucionalidade ou legalidade, podendo ser
aprovada. A SEGUNDA MEDIDA não poderá ser aprovada, pois não pode a lei tributária alterar a definição, o
conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou
implicitamente, pela Constituição Federal para definir ou limitar competências tributárias.
32. (2017/ CESPE / Prefeitura de Fortaleza - CE / Procurador Municipal) Julgue o item a seguir, em relação
aos impostos discriminados na CF.
O aspecto material da hipótese de incidência do imposto sobre serviços de qualquer natureza consiste na
obrigação de fazer em prol de terceiro, mediante remuneração, quando essa obrigação é objeto de relação
jurídica de direito privado. A prestação por delegatário e remunerada pelo usuário de serviços públicos não
se submete à incidência dessa espécie tributária devido a interesse público subjacente.
( ) Certo ( ) Errado
33. (2017/ IBFC / TJ-PE / Analista Judiciário - Contabilidade) Com base na Lei Complementar 116/2003,
analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
I. O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem
como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa a esta Lei, ainda que esses não se
constituam como atividade preponderante do prestador.
II. O imposto não incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País.
III. O imposto não incide sobre a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos,
dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e autarquias, bem como
dos sócios-gerentes e dos gerentes-delegados.
IV. O imposto não incide sobre o valor intermediado no mercado de títulos e valores imobiliários, o valor dos
depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas
por instituições financeiras.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II e III, apenas
b) II, III e IV, apenas
c) I e II, apenas
d) II e III, apenas
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e) I e IV, apenas
34. (2017/ LEGALLE Concursos / Câmara de Vereadores de Guaíba - RS / Procurador) Segundo o Código
Tributário Nacional, quais dos seguintes impostos são de competência de os Municípios instituírem?
I. Imposto sobre serviços de qualquer natureza.
II. Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana.
III. Imposto sobre produtos industrializados.
IV. Imposto sobre a propriedade de veículos automotores.
V. Imposto sobre a transmissão "inter vivos”.
Assinale a opção CORRETA:
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas I, II e V.
c) Apenas II, III e V.
d) Apenas I, II, III e IV
e) I, II, III, IV e V.
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a) Pelo simples fato de o banco fazer parte do mesmo grupo da empresa arrendadora, resta a solidariamente
passiva entre eles.
b) A incidência sobre o arrendamento mercantil não inclui a substituição de garantia, alteração,
cancelamento e registro de contrato e demais serviços relacionados ao arrendamento.
c) Não está configurada a solidariedade entre instituição financeira e empresa de arrendamento mercantil
no tocante ao ISS incidente na operação.
d) Há incidência de ICMS quando o arrendatário exercita sua “opção de compra”, porquanto ela corresponde
à última etapa do processo de financiamento, caracterizando uma compra.
37. (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Auditor Fiscal) De acordo com a disciplina estabelecida na Lei
Complementar no 116, de 31 de julho de 2003, o ISS:
a) incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País, nos termos estabelecidos em lei.
b) não incide sobre a prestação de serviços em relação de emprego, regida pela CLT, dos diretores de
conselho fiscal de sociedades, salvo disposição de lei municipal em contrário.
c) tem como contribuinte o tomador do serviço.
d) tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa a essa Lei, desde que tais serviços
se constituam como atividade preponderante do prestador.
e) incide sobre os serviços mencionados na lista anexa à referida Lei, afastada a incidência do ICMS sobre
eles, mesmo que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias, ressalvadas as exceções expressas na
própria lista.
( ) Certo ( ) Errado
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a) O ISS incide sobre o valor dos serviços de assistência médica, incluindo-se neles as refeições, os
medicamentos e as diárias hospitalares.
b) Não se sujeita à incidência do ISS o fornecimento de concreto, por empreitada, para construção civil,
preparado no trajeto até a obra em betoneiras acopladas a caminhões.
c) Não é defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial
de correção monetária.
d) A prestação de serviço de composição gráfica, personalizada e sob encomenda, que envolva fornecimento
de mercadorias, não está sujeita, apenas, ao ISS.
e) O ISS não incide na operação de arrendamento mercantil de coisas móveis.
a) O prestador do serviço.
b) O tomador do serviço.
c) Qualquer das partes na operação tributada, que será estipulada no contrato.
d) O proprietário do bem.
41. (2016/MPE-SC/ MPE-SC/Promotor de Justiça) A Lei Complementar n. 116/03 que dispõe sobre o
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, tem como fato gerador a prestação de serviços
expressamente indicadas na legislação, ainda que a atividade não seja a preponderantemente
explorada pelo prestador.
( ) Certo ( ) Errado
42. (2016/FGV/Prefeitura de Paulínia – SP/Procurador) Em maio de 2016, a pessoa jurídica X foi notificada,
pelo Município Y, da lavratura de auto de infração, visando à cobrança de Imposto Sobre Serviços de
Qualquer Natureza (ISS) incidente sobre o aluguel de materiais de festa (balcões, mesas, cadeiras,
objetos decorativos), ocorrido entre janeiro e abril de 2012. Sobre a hipótese e considerando que a
pessoa jurídica X pretende impugnar o auto de infração, assinale a afirmativa correta.
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a) A pessoa jurídica X deve impugnar o auto de infração demonstrando que o crédito tributário foi alcançado
pela decadência.
b) Inexiste argumento para a impugnação ao auto de infração, uma vez que ele é imutável e goza de
legitimidade e legalidade, não admitindo prova em contrário para a sua desconstituição.
c) A pessoa jurídica X deve impugnar o auto de infração, demonstrando que o crédito tributário foi alcançado
pela prescrição.
d) A pessoa jurídica X deve impugnar o auto de infração, demonstrando a sua nulidade, uma vez que o
Município X não é competente para a instituição e cobrança do ISS.
e) A pessoa jurídica X deve impugnar o auto de infração, demonstrando que o ISS não incide sobre o aluguel
de materiais de festa.
43. (2016/UECE-CEV/Prefeitura de Amontada – CE/Auditor Fiscal) No que diz respeito ao ISS, assinale com
V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma.
( ) O ISS incide sobre serviço proveniente do exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País.
( ) O ISS incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País.
( ) A incidência do ISS independe da denominação dada ao serviço prestado.
( ) O contribuinte do ISS é o prestador do serviço constante na lista de serviços da Lei Complementar Nº
116/2003.
( ) o ISS não incide sobre os serviços prestados com a utilização de bens e serviços públicos explorados
economicamente mediante autorização, permissão ou concessão.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
a) F, V, F, F, V.
b) V, F, V, V, F.
c) V, V, F, V, V.
d) V, F, V, F, F.
44. (2016/FGV/Prefeitura de Cuiabá – MT/Auditor Fiscal) A pessoa jurídica X contrata a pessoa jurídica Y,
com estabelecimento no Município A, vizinho a Cuiabá, para a prestação de serviço de
acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo em
imóvel de sua propriedade, localizado no Município de Cuiabá.
A esse respeito, sobre a incidência do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, assinale a
afirmativa correta.
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a) A pessoa jurídica Y é o contribuinte do imposto, ficando a pessoa jurídica X responsável tributária pelo
pagamento do imposto que será devido ao Município de Cuiabá.
b) A pessoa jurídica Y é o contribuinte do imposto, ficando a pessoa jurídica X responsável tributária pelo
pagamento do imposto que será devido ao Município A.
c) A pessoa jurídica Y é o contribuinte do imposto que será devido ao Município A. Não há, na hipótese, a
figura do responsável tributário.
d) A pessoa jurídica X é o contribuinte do imposto, ficando a pessoa jurídica Y responsável tributária pelo
pagamento do imposto que será devido ao Município de Cuiabá.
e) A pessoa jurídica X é o contribuinte do imposto, ficando a pessoa jurídica Y responsável tributária pelo
pagamento do imposto que será devido ao Município A.
45. (2015/CS-UFG/Prefeitura de Goiânia – GO/Procurador) O artigo 156, III da Constituição Federal, dispõe
que compete aos Municípios e ao Distrito Federal o ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza,
não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar). Assim, em relação à competência
do ISS e ao que dispõe a Lei Complementar no 116/2003:
a) a delimitação do campo de competência tributária entre estado e município, relativa à incidência de ICMS
e ISS sobre operações que envolvam prestação de serviços, será resolvida em favor do Estado, mesmo que
a operação esteja descrita na lista de serviços da LC nº 116/2003.
b) compete ao município instituir ISS que incida sobre o serviço de locação de maquinário e serviço de
comunicação.
c) compete a cada município definir a alíquota do ISS aplicável em seu território. No entanto, o legislador
municipal deve respeitar a alíquota máxima de 8% (oito por cento) fixada na LC nº 116/2003.
d) compete ao município cobrar o ISS do prestador de serviço, sendo que a base de cálculo varia de acordo
com o tipo de contribuinte; no caso de prestação de serviços por empresas, a base de cálculo é o preço do
serviço.
46. (2015/FCC/TJ-PI/Juiz de Direito) Atenção: Para responder a questão, considere a seguinte situação
hipotética: Banco Gaita S/A, instituição financeira regulamente constituída segundo as leis brasileiras,
com estabelecimento matriz em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul e estabelecimento filial em
Teresina, Estado do Piauí, onde desempenha suas atividades empresariais em imóvel próprio. Em
Teresina o Banco Gaita S/A presta “Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, inclusive
aqueles prestados por instituições financeiras autorizadas a funcionar pela União ou por quem de
direito", passíveis de tributação por meio do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza − ISS, por
serem expressamente contemplados no item 15 da Lista de serviços anexa à Lei Complementar federal
n° 116/2003. De seu turno, a lei daquele Município nordestino tributa pelo ISS o preço desses serviços
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(ii) concedendo benefício fiscal consistente no desconto de 50% do ISS devido pelas instituições financeiras
que se comprometerem a manter estabelecimentos bancários em Teresina pelo prazo mínimo de 5 anos.
Após regular processo legislativo, a lei, com estas disposições normativas é aprovada e publicada. Em seu
juízo, e segundo a disciplina constitucional aplicável ao caso, esta lei é
a) parcialmente constitucional, pois a iniciativa de lei em matéria de isenção e redução de tributos não é
privativa do Chefe do Poder Executivo, tendo sido vulnerada, contudo, a disciplina constitucional balizadora
do benefício fiscal concedido, permanecendo incólume, a despeito disto, a fixação da nova alíquota do ISS.
b) integralmente constitucional, pois a iniciativa de lei em matéria de isenção e redução de tributos não é
privativa do Chefe do Poder Executivo, não tendo sido vulnerada, ainda, a disciplina constitucional balizadora
da nova alíquota do ISS e do benefício fiscal concedido.
c) integralmente inconstitucional, pois a iniciativa de lei em matéria de isenção e redução de tributos é
privativa do Chefe do Poder Executivo, apesar de não ter sido vulnerada a disciplina constitucional balizadora
da nova alíquota do ISS e do benefício fiscal concedido.
d) integralmente inconstitucional, pois, apesar de a iniciativa de lei em matéria de isenção e redução de
tributos não ser privativa do Chefe do Poder Executivo, restaram vulneradas as disciplinas constitucionais
balizadoras da nova alíquota do ISS e do benefício fiscal concedido.
e) parcialmente constitucional, pois a iniciativa de lei em matéria de isenção e redução de tributos não é
privativa do Chefe do Poder Executivo, tendo sido vulnerada, contudo, a disciplina constitucional balizadora
da nova alíquota do ISS, permanecendo incólume, a despeito disto, o benefício fiscal concedido.
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48. (2015/COPESE – UFPI/Prefeitura de Bom Jesus – PI/Fiscal de Tributos) Analise as afirmações a seguir:
I. A alíquota do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza deverá incidir sobre a prestação de serviços;
II. Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar
serviços e que configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as
denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou
contato ou qualquer outras que venham a ser utilizadas;
III. Contribuinte é o tomador de serviço, ou seja, o cliente do prestador de serviço;
IV. Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de modo expresso a responsabilidade
pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou
parcial da referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos legais;
V. O fato gerador do ISSQN é a prestação de serviços por empresas ou profissional autônomo, com ou sem
estabelecimento fixo, de serviços previstos em lei complementar;
a) União
b) Estados
c) Estados e Distrito Federal
d) Municípios e Distrito Federal
e) Municípios e Estados
50. (2015/COPESE – UFPI/Prefeitura de Bom Jesus – PI/Fiscal de Tributos) No que se refere ao ISSQN,
quando a prestação de serviços não constar na Lei Complementar nº 116/2003, ocorrerá o fato de:
a) Não-incidência.
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b) Isenção.
c) Anistia.
d) Não-cumulatividade.
e) Imunidade.
No caso de empresa comercial regularmente registrada, o local da prestação de serviços para efeito da
aplicação do imposto sobre serviços de qualquer natureza será a sede da empresa, independentemente do
local onde o contribuinte desenvolva sua atividade em caráter predominante.
( ) Certo ( ) Errado
a) 77/1993
b) 87/1996
c) 116/2003
d) 127/2007
e) 145/2014
53. (2015/CESPE/MPOG/Contador) De acordo com a Lei Complementar n.º 116/2003, julgue o próximo
item, referente ao imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN).
Os valores pagos como gorjeta a um mecânico, quando incluídos no preço do serviço prestado, estão sujeitos
à incidência do ISSQN.
( ) Certo ( ) Errado
54. (2015/CESPE/MPOG/Contador) De acordo com a Lei Complementar n.º 116/2003, julgue o próximo
item, referente ao imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN).
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As exportações de serviços para o exterior são tributadas de acordo com o fato gerador do serviço prestado.
( ) Certo ( ) Errado
55. (2015/CESPE/MPOG/Contador) De acordo com a Lei Complementar n.º 116/2003, julgue o próximo
item, referente ao imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN).
( ) Certo ( ) Errado
57. (2015/MSGás/MSGás/Analista Contábil) A Lei Complementar 116/2003 dispõe sobre o Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, e dá outras
providências. O referido imposto tem como fato gerador a prestação de serviços tais como:
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58. (2015/FCC/TJ-AL/Juiz de Direito) A lista de serviços anexa à Lei Complementar n° 116/03 arrola
expressamente todos os serviços cujas prestações estão sujeitas ao ISSQN. A referida lista faz
referência expressa à incidência do ICMS sobre as mercadorias fornecidas em algumas destas
prestações de serviços.
59. (2015/FCC/TJ-AL/Juiz de Direito) Dr. Carlos, Juiz de Direito de comarca do interior do Estado de
Alagoas, está analisando vários processos em que o cerne da discussão é a incidência do ISSQN ou,
alternativamente, do ICMS. Trata-se de casos em que há, concomitantemente, prestação de serviços e
fornecimento de mercadorias.
Tendo analisado cada um dos casos a ele submetidos à luz da Constituição Federal, da Lei Complementar n°
87/1996 e da Lei Complementar n 116/2003, Dr. Carlos afirmou que:
I. o ISSQN incide sobre as prestações de serviços constantes da lista anexa à Lei Complementar n°116/2003,
inclusive sobre as prestações de serviço de transporte intermunicipal e sobre a prestação de serviços de
comunicação.
II. o ISSQN incide sobre as prestações de serviços constantes da lista anexa à Lei Complementar n°116/2003
e sobre as mercadorias utilizadas nessa prestação, desde que esse fornecimento não esteja expressamente
indicado na referida lista como sendo sujeito ao ICMS.
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III. o ICMS incide sobre o fornecimento de mercadorias e sobre a prestação de serviços, sempre que o serviço
prestado constar da lista anexa à Lei Complementar n° 116/2003, mas a referida lista expressamente sujeitar
aquele fornecimento à incidência do ICMS.
a) III, apenas.
b) I, II e III.
c) I e III, apenas.
d) II, apenas.
e) II e III, apenas.
a) se referem a disposições gerais sobre ICMS e ISS devidos em operações sobre serviços de qualquer
natureza e serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
b) enquanto normas gerais, fixam fato gerador, base de cálculo e contribuinte do ISS.
c) versam sobre a instituição do ISS, fixando alíquotas, base de cálculo, contribuintes e fatos geradores.
d) fixam a responsabilidade tributária de terceiro, não vinculado ao fato gerador, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a em caráter supletivo.
e) define, como regra geral, a competência para instituir ISS e ICMS, solucionando conflito de competência
entre os entes federados.
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a) pela constitucionalidade dos dispositivos de lei federal que permitem a incidência do Imposto.
b) que os dispositivos de lei federal que permitem a incidência do Imposto são inconstitucionais, e
fundamentou a decisão em entendimento consolidado na Corte de que emolumentos extrajudiciais têm
natureza jurídica de taxa e há vedação constitucional de que haja incidência de imposto sobre taxa (espécie
tributária).
c) que os dispositivos de lei federal que permitem a incidência do Imposto são inconstitucionais e
fundamentou a decisão no princípio da imunidade tributária recíproca, consagrado no art. 150 da
Constituição Federal: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços,
uns dos outros...
d) que os dispositivos de lei federal que permitem a incidência do Imposto são inconstitucionais por violação
a norma da Constituição Federal, porquanto a matriz constitucional do Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza permitiria a incidência do tributo tão-somente sobre a prestação de serviços de índole privada.
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Nos serviços realizados por pessoas jurídicas, atuando exclusivamente como prestadoras de serviços, o ISS é
devido quando o trabalho for
a) contratado
b) encomendado
c) fornecido
d) recebido
e) vistoriado
Assinale:
a) se somente a inovação I for válida.
b) se somente a inovação II for válida.
c) se somente a inovação III for válida.
d) se somente as inovações I e II forem válidas.
e) se somente as inovações I e III forem válidas.
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67. (2014/FUNDEP/Prefeitura de Bela Vista de Minas – MG/Fiscal de Rendas) Sobre o Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), assinale a alternativa INCORRETA.
69. (2014/VUNESP/TJ-SP/Juiz de Direito) Quanto ao ISS (Imposto Sobre Serviços) é correto afirmar que ele
incide sobre
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b) a prestação de serviço a si próprio, como no caso de empresas que têm vários departamentos diferentes,
prestando serviços de natureza diversa entre eles.
c) a prestação de serviço por trabalhadores avulsos, como estivadores ou conferentes.
d) a prestação de serviços por trabalhadores autônomos.
70. (2014/FGV/Prefeitura de Osasco – SP/Fiscal) O ISS é um tributo municipal incidente sobre serviços
prestados por empresa ou profissional autônomo, previsto em lei complementar. Esse tributo
municipal:
a) tem uma alíquota máxima de 5% prevista em lei ordinária, mas não há previsão de alíquota mínima;
b) só pode ser cobrado pelos Municípios após a edição de lei complementar municipal;
c) incide sobre a prestação de serviços de qualquer natureza, de caráter profissional, prestados em caráter
oneroso, desde que a empresa ou o profissional autônomo tenha estabelecimento fixo;
d) incide na importação de serviços, cabendo ao tomador estabelecido em território nacional efetuar a
retenção e o recolhimento do ISS devido pelo prestador estrangeiro;
e) incide sobre o fornecimento de mercadorias com a simultânea prestação de serviços em bares,
restaurantes e estabelecimentos similares.
A alíquota máxima do ISS aplicável a jogos e diversões públicas é a mesma aplicável aos demais serviços.
( ) Certo ( ) Errado
1. os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por
residente no exterior.
2. o valor dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito
realizadas por instituições financeiras.
3. o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários.
4. a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos.
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Incorreta a alternativa “a” porque, de acordo com a Súmula Vinculante nº 31 do STF, é inconstitucional a
incidência do ISS sobre operações de locação de bens móveis.
Incorreta a alternativa “b” porque, de acordo com os julgamentos do STF do RE 547.245 e 592.905, entre
outros, ficou fixado o entendimento de que incide o ISS sobre o leasing financeiro e sobre o leaseback, só
não incidindo sobre o leasing operacional (lembre-se que arrendamento mercantil e leasing são sinônimos).
Incorreta a alternativa “c” porque, de acordo com o §2º do art. 82 do ADCT, para o financiamento dos Fundos
Municipais, poderá ser criado adicional de até meio ponto percentual na alíquota do Imposto sobre serviços
ou do imposto que vier a substituí-lo, sobre serviços supérfluos.
Incorreta a alternativa “e” porque, de acordo com a Lei Complementar nº 116, de 2003, especificamente em
seu item 4, incide o ISS sobre serviços de saúde, assistência médica e congêneres. Nessa linha também é a
decisão do STF no RE 651703 (Tema 581), bem como a Súmula 274 do STJ: “O ISS incide sobre o valor dos
serviços de assistência médica, incluindo-se neles as refeições, os medicamentos e as diárias hospitalares”.
Gabarito: “e”.
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Situação hipotética: Uma empresa, localizada no município de São Paulo – SP, contratou outra empresa,
estabelecida no município do Rio de Janeiro – RJ, para a prestação do serviço de demolição de uma obra
situada no município de Campinas – SP.
Assertiva: Nessa situação hipotética, o ISS sobre o serviço será devido ao município de São Paulo – SP
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( ) CERTO ( ) ERRADO
Comentários
De acordo com o inciso IV do art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003, o serviço considera-se prestado,
e o imposto, devido, no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do
domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXV, quando o imposto será devido no
local: (...) IV - da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista anexa.
Portanto, em que pese a regra ser o ISS devido ao Município em que localizado o estabelecimento prestador,
o serviço de demolição (subitem 7.04) é uma exceção na qual o ISS passa a ser devido ao Município do local
da realização da demolição.
Gabarito: “ERRADO”.
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universalidade, sem divisão das etapas de execução para efeito de recolhimento do ISS. (STJ – REsp 1117121
SP, Ministra Eliana Calmon, 14/10/2009, DJe 29/10/2009).
Portanto, em que pese a regra do art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003, para os serviços de
construção civil relativos a projeto, assessoramento na licitação e gerenciamento da obra contratada, o STJ
adota como sendo uma universalidade sem divisões ou, em outras palavras, como uma unicidade. Dessa
forma, é devido no Município em que executada a obra.
Gabarito: “b”.
Considerando o entendimento majoritário e atual do Supremo Tribunal Federal, assinale a opção correta,
acerca dos impostos que poderão incidir no presente caso.
a) No caso em tela, deve prevalecer a incidência do ICMS, afastando-se a incidência do ISSQN sobre a
operação.
b) Se os serviços prestados pela empresa em questão estiverem previstos na lei complementar federal que
dispõe sobre o ISSQN, prevalecerá a incidência do ISSQN sobre o ICMS.
c) Incidirá, em regra, o ICMS, podendo haver a incidência do ISSQN se o serviço estiver previsto na lei
complementar federal que dispõe sobre esse tributo, caso em que, para evitar a bitributação, o valor pago a
título de ICMS será deduzido da base de cálculo do ISSQN
d) No caso em tela, incidem tanto ICMS como o ISSQN: o ICMS incidirá sobre a parcela relativa à obrigação
de dar e o ISSQN incidirá sobre a parcela referente à obrigação de fazer.
e) Há de se verificar a atividade preponderante do contribuinte: se a atividade preponderante for o
fornecimento de mercadorias, ele deve ser tributado pelo ICMS; se for a prestação de serviços, ele será
tributado pelo ISSQN.
Comentários
De acordo com o art. 1º da Lei Complementar nº 116, de 2003, o ISS, de competência dos Municípios e do
Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes em sua lista anexa, ainda que
esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.
Ademais, seu §2º afirma que: ressalvadas as exceções expressas em sua lista anexa, os serviços nela
mencionados não ficam sujeitos ao ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias.
Nessa linha, também é o entendimento do STF no RE 651703/PR: As operadoras de planos privados de
assistência à saúde (plano de saúde e seguro-saúde) realizam prestação de serviço sujeita ao Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, previsto no art. 156, III, da CF/88.
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Gabarito: “b”.
a) O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do país ou cuja prestação se tenha
iniciado no exterior do país, mas não incide sobre as exportações de serviços para o exterior do país.
b) A alíquota máxima do imposto é de 10% (dez por cento) nas capitais dos Estados e do Distrito Federal, e
de 5% (cinco por cento) nos demais municípios, e a mínima de 2% (dois por cento), em qualquer caso.
c) Os municípios e o Distrito Federal poderão atribuir, de modo expresso, mediante lei, a responsabilidade
pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, mantida a
responsabilidade do contribuinte, salvo quanto à multa e aos acréscimos legais.
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Logo, há dois erros, não cabe dizer que o local de desenvolvimento de atividade temporária somente será
caracterizado estabelecimento prestador excepcionalmente, bem como não cabe dizer que a caracterização
de estabelecimento prestador depende da denominação dada.
Gabarito: “a”.
b) aumento da Base de Cálculo do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana).
c) fixação da alíquota do ITBI (Imposto sobre a Transmissão inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis).
9. (2018/ FCC/ Prefeitura de São Luís – MA/ Auditor Tributário) A “Oficina Mecânica do José”
recondiciona motores de veículos. Para realizar essa prestação de serviços de recondicionamento,
empregam-se, com frequência, peças e partes novas. De acordo com a Lei Complementar federal no
116/03 e com a Lei Complementar federal no 87/96,
112
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10. (2018/ IESES/ TJ-CE/ Titular de Serviços de Notas e de Registros) Considerando a legislação
complementar acerca do Imposto Sobre Serviços – ISS, especialmente a Lei Complementar nº
116/2003, assinale a alternativa INCORRETA:
a) A base de cálculo do imposto é o preço do serviço, sendo que na execução por empreitada de obras de
construção civil considera-se na base de cálculo inclusive o valor dos materiais fornecidos pelo prestador de
serviços.
b) Não incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País.
c) O serviço considera-se prestado, e o imposto, devido, no local do estabelecimento prestador ou, na falta
do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos do art. 3º
da LC nº 116/2003.
d) A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços é de 2% (dois por cento). Parte inferior do formulário
Comentários
Incorreta a alternativa “a” porque, de acordo com o §2º do art. 7º da Lei Complementar nº 116, de 2003,
não se inclui na base de cálculo do ISS o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços previstos
nos itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços. Relembre as descrições desses subitens: 7.02: Execução, por
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11. (2018/ CESPE/ CGM de João Pessoa – PB/ Auditor de Controle Interno) Julgue o item subsequente,
relativo ao sistema tributário, ao sistema financeiro, ao orçamento público e ao controle externo
conforme as disposições da CF.
Em relação à divisão das competências em matéria tributária, compete ao município instituir o IPTU, o ITBI
e o ISSQN.
( ) Certo ( ) Errado
Comentários
De fato, de acordo com o art. 156 da CRFB, compete aos municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana (IPTU);
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão
física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição
(ITBI);
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar
(ISSQN).
Gabarito: “certo”.
12. (2018/ CESPE/ PGM - Manaus - AM/ Procurador Municipal) Tendo por base o que dispõem as Leis
Complementares n.º 116/2003 e n.º 123/2006 e a Lei municipal n.º 1.628/2011, do município de
Manaus, julgue o seguinte item.
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( ) Certo ( ) Errado
Comentários
De acordo com o art. 2º, inciso I, da Lei Complementar nº 116, de 2003, não incide o ISS sobre as exportações
de serviços. Não há na lei qualquer ressalva quanto aos serviços de engenharia.
Gabarito: “certo”.
13. (2018/ VUNESP/ PGE-SP/ Procurador do Estado) Empresa Alfa, com estabelecimento único no
Município de Diadema, contrata a empresa Beta, com estabelecimento único no Município de São
Bernardo do Campo, para a demolição de edifício localizado no Município de São Caetano do Sul.
Consideradas as regras sobre o aspecto espacial do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza –
ISSQN, conforme a Lei Complementar Federal n° 116, de 2003, é correto afirmar que o ISSQN será
devido
a) para o Município de São Caetano do Sul, local da prestação do serviço, se, e somente se, o prestador do
serviço lá estiver inscrito.
b) para o Município de Diadema, local do estabelecimento tomador do serviço, se, e somente se, houver
previsão na lei municipal de responsabilização do tomador do serviço.
c) para o Município de São Caetano do Sul, local da prestação do serviço.
d) para o Município de Diadema, local do estabelecimento tomador do serviço.
e) para o Município de São Bernardo do Campo, local do estabelecimento prestador do serviço.
Comentários
De acordo com o inciso IV do art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003, o serviço de demolição descrito
no subitem 7.04 da lista de serviço é exceção à regra de que o serviço se considera prestado e o ISS devido
no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador.
No caso de demolição o ISS é devido ao Município onde realizada a demolição.
No caso, em São Caetano do Sul.
Gabarito: “c”.
14. (2018/ VUNESP/ Prefeitura de Bauru – SP/ Procurador Jurídico) No Diário Oficial municipal que circulou
no dia 03 de janeiro de 2018, foi publicada lei municipal que modificou a data de recolhimento de ISS
– Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza devido naquela localidade, antecipando o prazo de
vencimento da obrigação tributária. O último dispositivo legal estabeleceu que a lei entraria em vigor
na data de sua publicação. Essa lei
a) não poderá produzir efeitos durante o exercício fiscal de 2018, em respeito ao princípio da anterioridade.
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b) poderá ter sua eficácia suspensa administrativa ou judicialmente, em respeito ao princípio da segurança
jurídica.
c) produzirá efeitos a partir da data de sua publicação, uma vez que o princípio da anterioridade não se aplica
à norma legal que apenas altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária.
d) produzirá efeitos a partir da data de sua publicação, uma vez que o critério temporal de incidência
tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade, legalidade ou da confiança.
e) produzirá efeitos a partir de 03 de abril de 2018, devendo observar o princípio da anterioridade
nonagesimal.
Comentários
Correta a alternativa “c” que está em linha com a Súmula Vinculante nº 50 do STF: Norma legal que altera o
prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade
Gabarito: “c”.
15. (2018/ INAZ do Pará/ CRF-PE/ Advogado) O Município de Recife criou lei ordinária para instituir o
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e, na mesma lei ordinária, criou outras várias
obrigações acessórias no interesse de promover a melhor arrecadação, bem como adequada
fiscalização desse imposto. É possível afirmar, com relação à referida lei ordinária, que:
a) Usurpou a atribuição de lei complementar, pois cabe a esta a edição tanto das obrigações principais, como
das acessórias.
b) Usurpou atribuição de decreto ao criar obrigações acessórias.
c) Não houve qualquer tipo de irregularidade na criação de obrigações acessórias.
d) Não poderia ter estabelecido obrigações acessórias, pois trata-se de atribuição de normas
regulamentares.
e) Não poderia ter estabelecido obrigação principal.
Comentários
Correta a alternativa “c” e incorreta a alternativa “e”, já que a instituição de imposto exige a produção de lei
em sentido estrito (art. 150, inciso I, da CRFB combinado com o art. 97 do CTN) e a instituição de obrigação
acessória, em que pese decorrer da legislação tributária, nada impede que seja criada por lei (até porque lei
está contido no conceito de legislação tributária – art. 113, §2º do CTN, combinado com art. 96 do CTN).
Incorreta a alternativa “a” porque a instituição dos impostos dos municípios compete às leis de cada um
desses entes. À Lei Complementar compete as atribuições do art. 146 da CRFB.
Incorreta a alternativa “b” porque a lei não usurpa atribuição de Decreto quanto instituiu obrigação
acessória, já que a própria lei possui essa atribuição.
Incorreta a alternativa “d” porque lei está no conceito de legislação tributária (CTN: Art. 96. A expressão
"legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as
normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles
pertinentes).
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Gabarito: “c”
16. (2018/ FCC/ Prefeitura de São Luís – MA/ Auditor Tributário) Um contribuinte do ISSQN deixou de
efetuar o lançamento do tributo por homologação, conforme determinava a lei do Município em
relação ao qual ele era o sujeito passivo. A autoridade fiscal que realizou os trabalhos de fiscalização,
que culminaram com a apuração dessa irregularidade, constatou que o referido contribuinte agiu
dolosamente, com a nítida intenção de sonegar o tributo. De acordo com o Código Tributário Nacional,
a autoridade administrativa municipal terá um prazo
a) decadencial, de cinco anos, para efetuar o lançamento do imposto devido, contado do primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que o lançamento puder ser efetuado.
b) prescricional, de dois anos, para efetuar a cobrança do imposto devido, contado da data em que se
comprovou a sonegação.
c) de homologação tácita da atividade de autolançamento, por decurso de prazo, contado da data da
ocorrência do fato gerador.
d) revisional, de um ano, para efetuar o lançamento do imposto devido, contado da data em que se
comprovou a sonegação.
e) prescricional, de 48 meses, para efetuar a cobrança do imposto devido, contado da data em que se
comprovou a sonegação.
Comentários
De acordo com o §4º do art. 150 do CTN, se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a
contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado,
considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a
ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Em havendo dolo, fraude ou simulação, a regra para a decadência
segue o art. 173, I, do CTN: o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5
(cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter
sido efetuado
Gabarito: “a”.
17. (2018/ IESES/ TJ-CE/ Titular de Serviços de Notas e de Registros) Determinada prestação de serviços
não declarada pelo contribuinte foi objeto de fiscalização, com a competente lavratura de notificação
de lançamento de ISS, apurando-se o valor histórico do tributo em R$ 6.250,00 e aplicando-se multa
de 500% sobre o valor do tributo. Considerando a situação exposta e que a base de cálculo utilizado
foi de R$ 125.000,00, assinale a alternativa correta.
a) A não declaração do imposto a recolher por parte do contribuinte impediu o início da contagem do prazo
decadencial para constituição do crédito tributário.
b) O ISS é tributo sujeito ao lançamento por declaração.
c) A alíquota aplicada para apuração do tributo desrespeita o limite máximo expresso no CTN.
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d) O princípio do não-confisco, em que pese previsto apenas em relação aos tributos, pode ser utilizado como
argumento para afastar judicialmente a multa aplicada.
Comentários
Correta a alternativa “d” que está em linha com o posicionamento do STF (RE 833106) no sentido de que a
multa acima do valor da obrigação principal (maior que 100%), em regra, já caracteriza o confisco (art. 150,
inciso IV, da CRFB).
Incorreta a alternativa “a” porque o prazo decadencial para o ISS, um imposto por homologação, está
previsto no art. 150 do CTN. A falta de declaração do particular não afasta a contagem do prazo decadencial.
Se houver dolo, fraude ou simulação, a regra de contagem apenas seguirá a regra do art. 173, I, do CTN: o
direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.
Incorreta a alternativa “b” porque o ISS é tributo lançado por homologação (art. 150 do CTN).
Incorreta a alternativa “c” porque R$ 6.250,00 corresponde a 5% de R$ 125.000,00.
Portanto, considerando que a alíquota máxima do ISS, nos termos do art. 8º da Lei Complementar nº 116,
de 2003, é 5%, não houve desrespeito.
Gabarito: “d”.
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Por fim, incorreta a alternativa “d” porque imposto principal é aquele que independe de qualquer outro para
ser cobrado, já o imposto adicional é aquele que tem como base de incidência um outro imposto.
Gabarito: “a”.
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2018. Assim, atualmente esses serviços são devidos no local do estabelecimento prestador (regra do “caput”
do art. 3º). Na época da prova, contudo, estava correta.
Incorreta a alternativa “a” porque, de acordo com o inciso XVIII do art. 3º da Lei Complementar nº 116, de
2003, os serviços descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13, são devidos no local da execução dos
serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres. Assim, o serviço de espetáculo circense de que
trata o subitem 12.03 é devido ao município em que executado o serviço e não do tomador do serviço.
Incorreta a alternativa “c” porque os serviços de acompanhamento e fiscalização da execução de obras de
engenharia, arquitetura e urbanismo (subitem 7.19) são devidos no local da execução da obra (inciso III do
art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003).
Incorreta a alternativa “d” porque os serviços de varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento,
reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer (subitem 7.09) são
devidos no local da execução (inciso VI do art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003).
Incorreta a alternativa “e” porque os serviços de armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e
guarda de bens de qualquer espécie (subitem 11.04) são devidos no local do armazenamento, do depósito,
da carga, da descarga, da arrumação e da guarda do bem (inciso XVII do art. 3º da Lei Complementar nº 116,
de 2003).
Gabarito: “b”
a) é devido por serviços prestados que não constituam atividade preponderante do prestador.
b) é de competência da União, com arrecadação destinada aos municípios.
c) exclui a cobrança sobre serviços cuja prestação se tenha iniciado no exterior.
d) pode ser cobrado em conjunto com o ICMS.
e) tem sua incidência condicionada à denominação dada ao serviço prestado.
Comentários
De acordo com o art. 1º da Lei Complementar nº 116, de 2003, o ISS, de competência dos Municípios e do
Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes em sua lista anexa, ainda que
esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.
Assim, correta a alternativa “a” e incorreta a alternativa “b”.
Incorreta a alternativa “c” porque, de acordo com o §1º do art. 1º da Lei Complementar nº 116, de 2003, o
ISS incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no
exterior do País.
Incorreta a alternativa “d”, ainda que tenha redação infeliz, porque a incidência do ISS e do ICMS são
excludentes. O critério material de um não se confunde com o do outro (ao menos em tese). E para isso, a
Lei Complementar nº 116, de 2003, listou os serviços sobre os quais incide o ISS, afastando ou mitigando o
conflito de competência. Ademais, em seu §2º do art. 1º, a Lei Complementar nº 116, de 2003, previu que,
ressalvadas as exceções expressas na lista, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao ICMS, ainda
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que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias. Ou seja, em regra, incide exclusivamente o ISS
sobre prestação de serviço, ainda que inclua fornecimento de mercadoria. Contudo, para os casos
especificados na lista, incidirá o ISS sobre o serviço, exclusivamente, e o ICMS sobre o material ou
mercadoria. E nesse ponto é que a redação da alternativa foi infeliz, já que ambígua ao utilizar a expressão
“em conjunto”, o que deveria ter sido motivo para anulação (o que a banca não fez). De todo modo, o sentido
utilizado pela banca foi exatamente a proibição da bitributação, isto é, sobre um mesmo fato incidir o ISS e
o ICMS. Ou incide um ou outro. Por isso, não podem ser cobrados em conjunto.
Por fim, incorreta a alternativa “e” porque, de acordo com o §4º do art. 1º da Lei Complementar nº 116, de
2003, a incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço prestado.
Gabarito: “a”.
23. (2017/ CESPE / PGE-SE / Procurador do Estado) Os tributos cuja instituição compete aos municípios
incluem o
a) ITBI, o IPI e o IPVA.
b) ITR, o ITCMD e o IPI.
c) ITBI, o IPVA e o ITCMD.
d) IPTU, o ITR e o ISSQN.
e) IPTU, o ITBI e o ISSQN.
Comentários
De acordo com o art. 156 da CRFB, compete aos Municípios o IPTU, o ITBI e o ISS (correta alternativa “e”).
Incorreta a alternativa “a” porque o IPVA compete aos Estados e ao DF (art. 155).
Incorreta a alternativa “b” porque o ITR e o IPI competem à União (art. 153) e o ITCMD compete aos Estados
e ao DF (art. 155).
Incorreta a alternativa “c” porque o IPVA e o ITCMS competem aos Estados e ao DF (art. 155).
Incorreta a alternativa “d” porque o IPVA compete aos Estados e ao DF (art. 155).
Gabarito: “e”
24. (2017/ FGV / Prefeitura de Salvador - BA / Cientista da Computação) O Imposto Sobre Serviços de
qualquer natureza (ISS) incide sobre
a) o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários.
b) o valor dos depósitos bancários relativos a operações de crédito realizadas por instituições financeiras.
c) o principal, os juros e os acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições
financeiras.
d) as exportações de serviços para o exterior do país.
e) o serviço proveniente do exterior.
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Comentários
De acordo com o art. 2º da Lei Complementar nº 116, de 2003, o ISS não incide sobre: – as exportações de
serviços para o exterior do País;
II – a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de
conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem como dos sócios-gerentes e dos
gerentes-delegados;
III – o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos depósitos bancários, o
principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições
financeiras.
Portanto, incorretas as alternativas “a” a “d”.
Correta a alternativa “e” porque, de acordo com o §1º do art. 1º da Lei Complementar nº 116, de 2003, o ISS
incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no
exterior do País.
Gabarito: “e”.
25. (2017/ IESES / TJ-RO / Titular de Serviços de Notas e de Registros) Sobre o Imposto Sobre Serviço - ISS,
assinale a alternativa INCORRETA:
a) O imposto incide sobre as exportações de serviços para o exterior do país.
b) A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.
c) A alíquota máxima do ISS é 5% (cinco por cento).
d) O ISS tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se
constituam como atividade preponderante do prestador.
Comentários
Incorreta a alternativa “a” porque, de acordo com o inciso I do art. 2º da Lei Complementar nº 116, de 2003,
não incide o ISS sobre as exportações de serviços para o exterior do País.
As demais alternativas estão em linha com os seguintes dispositivos da Lei Complementar nº 116, de 2003:
“b” (art. 7º); “c” (art. 8º, II); “d” (“caput” do art. 1º).
Gabarito: “a”.
26. (2017/ IESES / CEGÁS / Analista de Gestão - Contabilidade) Sobre Lei 116/2003 que dispõe sobre o
imposto sobre os serviços de qualquer natureza, indique quais as afirmações estão corretas.
I. O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza é de competência apenas dos Municípios.
II. Nos serviços de assessoria e consultoria em informática incidem o ISSQN.
III. Nos serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza, incidem o ISSQN.
a) Apenas a alternativa I e III estão corretas.
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( ) Certo ( ) Errado
Comentários
Correta a assertiva porque, de fato, o ISS é um imposto cumulativo, não permitindo que se deduza na cadeia
de produção eventual incidência deste imposto anteriormente incidente. Ou seja, acaba por onerar o custo
da produção. A exceção, eventual, pode ocorrer nas subempreitadas já tributadas de Construção Civil.
Gabarito: “certo”
28. (2017/ CESPE / SEDF / Contador) No que se refere à legislação tributária básica e suas atualizações,
julgue o item que se segue.
Uma empresa domiciliada em Goiânia e prestadora, no aeroporto de Brasília, de serviços logísticos relativos
a mercadorias em trânsito será contribuinte do ISS no DF.
( ) Certo ( ) Errado
Comentários
De acordo com o inciso XXII do art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003, o ISS incide no local do porto,
aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso dos serviços descritos pelo
item 20 da lista anexa. Ou seja, em que pese a regra do critério espacial do ISS ser o local do estabelecimento
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prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, há inúmeras exceções nos
incisos do art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003, entre as quais a do item 20 da lista.
Relembre a descrição do item 20 (e subitens 20.01 e 20.02): 20 – Serviços portuários, aeroportuários,
ferroportuários, de terminais rodoviários, ferroviários e metroviários. 20.01 – Serviços portuários,
ferroportuários, utilização de porto, movimentação de passageiros, reboque de embarcações, rebocador
escoteiro, atracação, desatracação, serviços de praticagem, capatazia, armazenagem de qualquer natureza,
serviços acessórios, movimentação de mercadorias, serviços de apoio marítimo, de movimentação ao largo,
serviços de armadores, estiva, conferência, logística e congêneres. 20.02 – Serviços aeroportuários, utilização
de aeroporto, movimentação de passageiros, armazenagem de qualquer natureza, capatazia, movimentação
de aeronaves, serviços de apoio aeroportuários, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, logística
e congêneres.
Gabarito: “certo”.
29. (2017/ Quadrix / SEDF / Professor - Contabilidade) Considerando os conceitos gerais sobre tributos e
a legislação tributária, julgue o item a seguir.
Os municípios e o DF, mediante lei, podem atribuir expressamente a responsabilidade pela retenção e pelo
pagamento do ISS à pessoa que não seja prestadora do serviço.
( ) Certo ( ) Errado
Comentários
De acordo com o art. 6º da Lei Complementar nº 116, de 2003, os Municípios e o Distrito Federal, mediante
lei, poderão atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada
ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este
em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive no que se refere à
multa e aos acréscimos legais. Terceira pessoa é exatamente aquela que não figura como contribuinte (o
prestador do serviço). Pode ser o tomador, o intermediário ou um terceiro que tenha alguma relação com o
negócio, no interesse da Administração Pública.
Gabarito: “certo”
30. (2017/ VUNESP / Prefeitura de Andradina - SP / Procurador Jurídico) Nos termos da Súmula Vinculante
31, é inconstitucional a
a) incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre operações de locação de bens
móveis.
b) não incidência do ICMS sobre alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras
c) a contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da CF, exigível somente dos filiados ao sindicato
respectivo.
d) cobrança do serviço de iluminação pública que não seja realizada por meio de taxa.
e) lei que sujeita a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
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Comentários
Correta a alternativa “a” que apresenta o teor da Súmula Vinculante 31 do STF.
Incorreta a alternativa “b” porque, de acordo com o teor da Súmula Vinculante 32, o ICMS não incide sobre
alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras.
Incorreta a alternativa “c” porque, de acordo com o teor da Súmula Vinculante 40, a contribuição
confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato
respectivo.
Incorreta a alternativa “d” porque, de acordo com a Súmula Vinculante 41, o serviço de iluminação pública
não pode ser remunerado mediante taxa.
Incorreta a alternativa “e” porque, de acordo com a Súmula Vinculante 44, só por lei se pode sujeitar a exame
psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
Gabarito: “a”
31. (2017/ FAUEL / Câmara de Maria Helena - PR / Advogado) O Chefe do Poder Executivo Municipal de
Goiabinha encaminhou, à Câmara de Vereadores, projeto de Lei que visa à majoração da arrecadação
tributária. Dentre as disposições legais, estão as seguintes medidas:
PRIMEIRA MEDIDA - elaboração de convênio com o Município de Juqueí, vizinho, para que este exerça, em
seu lugar, sua competência tributária, instituindo e arrecadando o Imposto Sobre Serviço de Qualquer
Natureza (ISS) que lhe seria devido, ficando o Município de Goaibinha com uma “retribuição compensatória”.
A medida, na visão do Prefeito, economizaria os gastos com a arrecadação e fiscalização.
SEGUNDA MEDIDA – Alterar a lei ordinária que instituiu o Imposto Sobre a Transmissão de Bens e Imóveis
(ITBI) naquele município para prever a cobrança do tributo sobre as doações de imóveis feitas entre parentes
em linha reta até o segundo grau, e, em linha colateral, até o terceiro grau. A respeito destas medidas,
assinale a assertiva correta:
a) A PRIMEIRA MEDIDA não padece de qualquer vício de constitucionalidade ou legalidade, podendo ser
aprovada. Todavia, a SEGUNDA MEDIDA é inconstitucional, por ser de competência dos Estados a instituição
do ITBI.
b) A PRIMEIRA MEDIDA não deverá ser aprovada, pois a competência tributária é indelegável, salvo
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos. A SEGUNDA MEDIDA também não poderá ser
aprovada, pois não pode a lei tributária alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e
formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal para definir ou
limitar competências tributárias.
c) A PRIMEIRA MEDIDA não deverá ser aprovada, pois a competência tributária é indelegável, salvo
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos. A SEGUNDA MEDIDA é inconstitucional, por ser de
competência dos Estados a instituição do ITBI.
d) A PRIMEIRA MEDIDA não padece de qualquer vício de constitucionalidade ou legalidade, podendo ser
aprovada. A SEGUNDA MEDIDA não poderá ser aprovada, pois não pode a lei tributária alterar a definição, o
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32. (2017/ CESPE / Prefeitura de Fortaleza - CE / Procurador Municipal) Julgue o item a seguir, em relação
aos impostos discriminados na CF.
O aspecto material da hipótese de incidência do imposto sobre serviços de qualquer natureza consiste na
obrigação de fazer em prol de terceiro, mediante remuneração, quando essa obrigação é objeto de relação
jurídica de direito privado. A prestação por delegatário e remunerada pelo usuário de serviços públicos não
se submete à incidência dessa espécie tributária devido a interesse público subjacente.
( ) Certo ( ) Errado
Comentários
Errada a assertiva porque, de acordo com o §3º do art. 1º da Lei Complementar nº 116, de 2003, o ISS incide
sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente
mediante autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário
final do serviço.
Gabarito: “errado”.
33. (2017/ IBFC / TJ-PE / Analista Judiciário - Contabilidade) Com base na Lei Complementar 116/2003,
analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
I. O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem
como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa a esta Lei, ainda que esses não se
constituam como atividade preponderante do prestador.
II. O imposto não incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País.
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III. O imposto não incide sobre a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos,
dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e autarquias, bem como
dos sócios-gerentes e dos gerentes-delegados.
IV. O imposto não incide sobre o valor intermediado no mercado de títulos e valores imobiliários, o valor dos
depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas
por instituições financeiras.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II e III, apenas
b) II, III e IV, apenas
c) I e II, apenas
d) II e III, apenas
e) I e IV, apenas
Comentários
Correta a assertiva I que apresenta a literalidade do “caput” do art. 1º da Lei Complementar nº 116, de 2003.
Correta a assertiva II porque, de acordo com o inciso I do §2º do art. 1º da Lei Complementar nº 116, de
2003, o ISS não incide sobre as exportações de serviços para o exterior do país.
Incorreta a assertiva III, já que, em linha com o inciso II do §2º do art. 1º da Lei Complementar nº 116, de
2003, o ISS não incide sobre a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos
diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações (e não
AUTARQUIAS), bem como dos sócios-gerentes e dos gerentes-delegados.
Incorreta a assertiva IV, já que, em linha com o inciso III do §2º do art. 1º da Lei Complementar nº 116, de
2003, o ISS não incide sobre o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários (e não
IMOBILIÁRIOS), o valor dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a
operações de crédito realizadas por instituições financeiras.
Gabarito: “c”.
34. (2017/ LEGALLE Concursos / Câmara de Vereadores de Guaíba - RS / Procurador) Segundo o Código
Tributário Nacional, quais dos seguintes impostos são de competência de os Municípios instituírem?
I. Imposto sobre serviços de qualquer natureza.
II. Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana.
III. Imposto sobre produtos industrializados.
IV. Imposto sobre a propriedade de veículos automotores.
V. Imposto sobre a transmissão "inter vivos”.
Assinale a opção CORRETA:
a) Apenas I, II e III.
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b) Apenas I, II e V.
c) Apenas II, III e V.
d) Apenas I, II, III e IV
e) I, II, III, IV e V.
Comentários
De acordo com o art. 156 da CRFB, compete aos Municípios instituir o ISS, o IPTU e o ITBI. O IPI ´de
competência da União (art. 153 da CRFB) e o IPVA é de competência dos Estados e do DF (art. 155). Lembre-
se sempre que o DF possui competência cumulativa para instituir os impostos de competência dos Estados
e dos Municípios (art. 147 da CRFB).
Gabarito: “b”.
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a) Pelo simples fato de o banco fazer parte do mesmo grupo da empresa arrendadora, resta a solidariamente
passiva entre eles.
b) A incidência sobre o arrendamento mercantil não inclui a substituição de garantia, alteração,
cancelamento e registro de contrato e demais serviços relacionados ao arrendamento.
c) Não está configurada a solidariedade entre instituição financeira e empresa de arrendamento mercantil
no tocante ao ISS incidente na operação.
d) Há incidência de ICMS quando o arrendatário exercita sua “opção de compra”, porquanto ela corresponde
à última etapa do processo de financiamento, caracterizando uma compra.
Comentários
O serviço de arrendamento mercantil (leasing) está previsto no item 15.09 (arrendamento mercantil – leasing
- de quaisquer bens, inclusive cessão de direitos e obrigações, substituição de garantia, alteração,
cancelamento e registro de contrato, e demais serviços relacionados ao arrendamento mercantil - leasing)
da lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116, de 2003.
A questão aborda posicionamento do STJ no julgamento REsp 603.177/RS, Rel. Ministro Bendito Gonçalves,
primeira turma, julgado em 19/03/2015 e publicado no DJe em 27/03/2015, pelo qual se afastou a
solidariedade entre instituição financeira e empresa de arrendamento mercantil pelo mero fato de
pertencerem a um mesmo grupo econômico.
Gabarito: “c”.
37. (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Auditor Fiscal) De acordo com a disciplina estabelecida na Lei
Complementar no 116, de 31 de julho de 2003, o ISS:
a) incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País, nos termos estabelecidos em lei.
b) não incide sobre a prestação de serviços em relação de emprego, regida pela CLT, dos diretores de
conselho fiscal de sociedades, salvo disposição de lei municipal em contrário.
c) tem como contribuinte o tomador do serviço.
d) tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa a essa Lei, desde que tais serviços
se constituam como atividade preponderante do prestador.
e) incide sobre os serviços mencionados na lista anexa à referida Lei, afastada a incidência do ICMS sobre
eles, mesmo que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias, ressalvadas as exceções expressas na
própria lista.
Comentários
A alternativa “a” incorre em erro porque, em regra, o ISS não incide sobre as exportações de serviços para o
exterior do País, conforme art. 2º, inciso I, da LC nº 116 de 2003.
A alternativa “b” está errada porque a lei municipal não pode dispor de forma diversa ao que estabelece a
LC nº 116, de 2003, no sentido de que não incide o ISS quando há prestação de serviço com relação de
emprego (art. 2º, inciso II).
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A alternativa “c” está errada porque o contribuinte do ISS é o prestador do serviço (art. 5º da LC nº 116, de
2003).
A alternativa “d” incorre em erro porque o fato gerador do ISS é a prestação de serviços constantes na lista
de serviços, ainda que tais serviços não se constituam como atividade preponderante do prestador (art. 1º
da LC nº 116, de 2003).
Já a alternativa “e” está correta porque em linha com a previsão do §2º do art. 1º da LC nº 116, de 2003.
Gabarito: “e”.
( ) Certo ( ) Errado
Comentários
A questão aborda a Súmula Vinculante nº 31 do STF que declara: é inconstitucional a incidência do imposto
sobre serviços de qualquer natureza - ISS sobre operações de locação de bens móveis.
Gabarito: “ERRADO”.
a) O ISS incide sobre o valor dos serviços de assistência médica, incluindo-se neles as refeições, os
medicamentos e as diárias hospitalares.
b) Não se sujeita à incidência do ISS o fornecimento de concreto, por empreitada, para construção civil,
preparado no trajeto até a obra em betoneiras acopladas a caminhões.
c) Não é defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial
de correção monetária.
d) A prestação de serviço de composição gráfica, personalizada e sob encomenda, que envolva fornecimento
de mercadorias, não está sujeita, apenas, ao ISS.
e) O ISS não incide na operação de arrendamento mercantil de coisas móveis.
Comentários
Todas as alternativas remetem a súmulas do STJ.
A alternativa “a” é a literalidade da Súmula 274 do STJ que dispõe: o ISS incide sobre o valor dos serviços de
assistência médica, incluindo-se neles as refeições, os medicamentos e as diárias hospitalares.
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A alternativa “b” incorre em erro porque há sim sujeição ao ISS nos termos da súmula 167 do STJ: o
fornecimento de concreto, por empreitada, para construção civil, preparado no trajeto até a obra em
betoneiras acopladas a caminhões, é prestação de serviço, sujeitando-se apenas a incidência do ISS.
A alternativa “c” trata do IPTU e está em desacordo com a súmula 160 do STJ.
A alternativa “d” está errada porque não se sujeita apenas ao ISS nos termos da súmula 156 do STJ: a
prestação de serviço de composição gráfica, personalizada e sob encomenda, ainda que envolva
fornecimento de mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS.
A alternativa “e” incorre em erro porque incide o ISS conforme esclarece a súmula 138 do STJ: o ISS incide
na operação de arrendamento mercantil de coisas móveis.
Gabarito: “a”
a) O prestador do serviço.
b) O tomador do serviço.
c) Qualquer das partes na operação tributada, que será estipulada no contrato.
d) O proprietário do bem.
Comentários
O contribuinte do ISS é o prestador do serviço, nos termos do art. 5º da LC nº 116, de 2003.
Gabarito: “a”
41. (2016/MPE-SC/ MPE-SC/Promotor de Justiça) A Lei Complementar n. 116/03 que dispõe sobre o
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, tem como fato gerador a prestação de serviços
expressamente indicadas na legislação, ainda que a atividade não seja a preponderantemente
explorada pelo prestador.
( ) Certo ( ) Errado
Comentários
De acordo com o artigo 1º da LC nº 116, de 2003 temos: o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de
competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes
da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.
Gabarito: “CERTO”
42. (2016/FGV/Prefeitura de Paulínia – SP/Procurador) Em maio de 2016, a pessoa jurídica X foi notificada,
pelo Município Y, da lavratura de auto de infração, visando à cobrança de Imposto Sobre Serviços de
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Qualquer Natureza (ISS) incidente sobre o aluguel de materiais de festa (balcões, mesas, cadeiras,
objetos decorativos), ocorrido entre janeiro e abril de 2012. Sobre a hipótese e considerando que a
pessoa jurídica X pretende impugnar o auto de infração, assinale a afirmativa correta.
a) A pessoa jurídica X deve impugnar o auto de infração demonstrando que o crédito tributário foi alcançado
pela decadência.
b) Inexiste argumento para a impugnação ao auto de infração, uma vez que ele é imutável e goza de
legitimidade e legalidade, não admitindo prova em contrário para a sua desconstituição.
c) A pessoa jurídica X deve impugnar o auto de infração, demonstrando que o crédito tributário foi alcançado
pela prescrição.
d) A pessoa jurídica X deve impugnar o auto de infração, demonstrando a sua nulidade, uma vez que o
Município X não é competente para a instituição e cobrança do ISS.
e) A pessoa jurídica X deve impugnar o auto de infração, demonstrando que o ISS não incide sobre o aluguel
de materiais de festa.
Comentários
Com base na Súmula Vinculante nº 31 do STF (é inconstitucional a incidência do imposto sobre serviços de
qualquer natureza - ISS sobre operações de locação de bens móveis) podemos afirmar que não incide o ISS
sobre locação de balcões, mesas, cadeiras, e objetos decorativos para festas.
Gabarito: “e”
43. (2016/UECE-CEV/Prefeitura de Amontada – CE/Auditor Fiscal) No que diz respeito ao ISS, assinale com
V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma.
( ) O ISS incide sobre serviço proveniente do exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País.
( ) O ISS incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País.
( ) A incidência do ISS independe da denominação dada ao serviço prestado.
( ) O contribuinte do ISS é o prestador do serviço constante na lista de serviços da Lei Complementar Nº
116/2003.
( ) o ISS não incide sobre os serviços prestados com a utilização de bens e serviços públicos explorados
economicamente mediante autorização, permissão ou concessão.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
a) F, V, F, F, V.
b) V, F, V, V, F.
c) V, V, F, V, V.
d) V, F, V, F, F.
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Comentários
A primeira assertiva é verdadeira e está em consonância com o §1º do art. 1º da LC nº 116, de 2003.
A segunda assertiva é falsa porque está em contradição com o art. 2º, inciso I, da LC nº 116, de 2003.
A terceira assertiva é verdadeira e está prevista no §4º do art. 1º da LC nº 116, de 2003.
A quarta assertiva é verdadeira e está prevista no art. 5º da LC nº 116, de 2003.
Já a quinta assertiva está incorreta porque incide o ISS sobre os serviços prestados mediante a utilização de
bens e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com
o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço (§3º do art. 1º da LC nº 116, de 2003).
Gabarito: “b”
44. (2016/FGV/Prefeitura de Cuiabá – MT/Auditor Fiscal) A pessoa jurídica X contrata a pessoa jurídica Y,
com estabelecimento no Município A, vizinho a Cuiabá, para a prestação de serviço de
acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo em
imóvel de sua propriedade, localizado no Município de Cuiabá.
A esse respeito, sobre a incidência do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, assinale a
afirmativa correta.
a) A pessoa jurídica Y é o contribuinte do imposto, ficando a pessoa jurídica X responsável tributária pelo
pagamento do imposto que será devido ao Município de Cuiabá.
b) A pessoa jurídica Y é o contribuinte do imposto, ficando a pessoa jurídica X responsável tributária pelo
pagamento do imposto que será devido ao Município A.
c) A pessoa jurídica Y é o contribuinte do imposto que será devido ao Município A. Não há, na hipótese, a
figura do responsável tributário.
d) A pessoa jurídica X é o contribuinte do imposto, ficando a pessoa jurídica Y responsável tributária pelo
pagamento do imposto que será devido ao Município de Cuiabá.
e) A pessoa jurídica X é o contribuinte do imposto, ficando a pessoa jurídica Y responsável tributária pelo
pagamento do imposto que será devido ao Município A.
Comentários
Em regra, o serviço considera-se prestado, e o ISS, devido, no local do estabelecimento prestador ou, na falta
do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses expressamente previstas na LC
nº 116, de 2003, como é o caso do serviço do subitem 7.19 (acompanhamento e fiscalização da execução de
obras de engenharia, arquitetura e urbanismo) no qual o ISS será devido no local (Município ou DF) em que
executada a obra.
Assim, o ISS será devido no Município de Cuiabá, já que é o local onde está sendo realizada a obra.
Gabarito: “a”
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45. (2015/CS-UFG/Prefeitura de Goiânia – GO/Procurador) O artigo 156, III da Constituição Federal, dispõe
que compete aos Municípios e ao Distrito Federal o ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza,
não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar). Assim, em relação à competência
do ISS e ao que dispõe a Lei Complementar no 116/2003:
a) a delimitação do campo de competência tributária entre estado e município, relativa à incidência de ICMS
e ISS sobre operações que envolvam prestação de serviços, será resolvida em favor do Estado, mesmo que
a operação esteja descrita na lista de serviços da LC nº 116/2003.
b) compete ao município instituir ISS que incida sobre o serviço de locação de maquinário e serviço de
comunicação.
c) compete a cada município definir a alíquota do ISS aplicável em seu território. No entanto, o legislador
municipal deve respeitar a alíquota máxima de 8% (oito por cento) fixada na LC nº 116/2003.
d) compete ao município cobrar o ISS do prestador de serviço, sendo que a base de cálculo varia de acordo
com o tipo de contribuinte; no caso de prestação de serviços por empresas, a base de cálculo é o preço do
serviço.
Comentários
A alternativa “a” está errada porque a definição de competência tributária compete à CRFB. Quanto à
competência estadual para instituir impostos, a CRFB o fez em seu art. 155. Quanto aos Municípios, o fez em
seu art. 156. Além disso, uma das atribuições dada à Lei Complementar pela CRFB, em seu art. 146, foi dispor
sobre conflito de competências em matéria tributária entre União, Estados, DF e Municípios.
A alternativa “b” está incorreta porque, de acordo com a súmula vinculante nº 31 do STF, não incide ISS
sobre locação e bens móveis.
Ademais, o serviço de comunicação está no campo de incidência do ICMS e não do ISS. Os serviços de
comunicação e transporte interestadual e intermunicipal estão no campo de incidência do ICMS.
A alternativa “c” está errada porque a alíquota máxima prevista para o ISS é de 5%. Essa previsão está no
artigo 8º, inciso II, da LC nº 116, de 2003.
Gabarito: “d”
46. (2015/FCC/TJ-PI/Juiz de Direito) Atenção: Para responder a questão, considere a seguinte situação
hipotética: Banco Gaita S/A, instituição financeira regulamente constituída segundo as leis brasileiras,
com estabelecimento matriz em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul e estabelecimento filial em
Teresina, Estado do Piauí, onde desempenha suas atividades empresariais em imóvel próprio. Em
Teresina o Banco Gaita S/A presta “Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, inclusive
aqueles prestados por instituições financeiras autorizadas a funcionar pela União ou por quem de
direito", passíveis de tributação por meio do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza − ISS, por
serem expressamente contemplados no item 15 da Lista de serviços anexa à Lei Complementar federal
n° 116/2003. De seu turno, a lei daquele Município nordestino tributa pelo ISS o preço desses serviços
à alíquota de 5%. Procurando incrementar sua competitividade no referido Município, os dirigentes do
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Banco Gaita S/A reúnem-se com o líder da oposição da Câmara de Vereadores do Município de
Teresina, após o que o parlamentar se comprometeu a apresentar projeto de lei
(ii) concedendo benefício fiscal consistente no desconto de 50% do ISS devido pelas instituições financeiras
que se comprometerem a manter estabelecimentos bancários em Teresina pelo prazo mínimo de 5 anos.
Após regular processo legislativo, a lei, com estas disposições normativas é aprovada e publicada. Em seu
juízo, e segundo a disciplina constitucional aplicável ao caso, esta lei é
a) parcialmente constitucional, pois a iniciativa de lei em matéria de isenção e redução de tributos não é
privativa do Chefe do Poder Executivo, tendo sido vulnerada, contudo, a disciplina constitucional balizadora
do benefício fiscal concedido, permanecendo incólume, a despeito disto, a fixação da nova alíquota do ISS.
b) integralmente constitucional, pois a iniciativa de lei em matéria de isenção e redução de tributos não é
privativa do Chefe do Poder Executivo, não tendo sido vulnerada, ainda, a disciplina constitucional balizadora
da nova alíquota do ISS e do benefício fiscal concedido.
c) integralmente inconstitucional, pois a iniciativa de lei em matéria de isenção e redução de tributos é
privativa do Chefe do Poder Executivo, apesar de não ter sido vulnerada a disciplina constitucional balizadora
da nova alíquota do ISS e do benefício fiscal concedido.
d) integralmente inconstitucional, pois, apesar de a iniciativa de lei em matéria de isenção e redução de
tributos não ser privativa do Chefe do Poder Executivo, restaram vulneradas as disciplinas constitucionais
balizadoras da nova alíquota do ISS e do benefício fiscal concedido.
e) parcialmente constitucional, pois a iniciativa de lei em matéria de isenção e redução de tributos não é
privativa do Chefe do Poder Executivo, tendo sido vulnerada, contudo, a disciplina constitucional balizadora
da nova alíquota do ISS, permanecendo incólume, a despeito disto, o benefício fiscal concedido.
Comentários
A alíquota mínima do ISS é de 2% e está prevista no art. 8º-A do Lei Complementar nº 116, de 2003, após a
inclusão pela Lei Complementar nº 157, de 2016 (já o art. 88 do ADCT previa a alíquota mínima de 2% para
o ISS até que Lei Complementar trata-se do tema).
Logo, a alíquota de 3% está dentro dos limites mínimos (2%) e máximos (5%, previsto no art. 8º da Lei
Complementar nº 116, de 2003). A iniciativa de lei que trata de matéria tributária no âmbito Municipal,
Estadual ou Distrital não é privativa do Chefe do Executivo. Isso porque o entendimento do STF é que a
iniciativa privativa concedida ao Presidente da República em matéria tributária, de acordo com o art. 61, §1º,
inciso II, alínea “b”, da CRFB, não é extensiva aos outros Chefes dos Poderes Executivos dos demais entes
políticos.
Por fim, cabe apontar que o art. 156, §3º, inciso III, da CRFB prevê que compete à Lei Complementar regular
a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. Já o art.
88 do ADCT, por seu turno, estabelecia que enquanto não sobreviesse a referida lei complementar para trata
de benefícios fiscais, o ISS não será objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais que
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resulte direta ou indiretamente na redução de alíquota abaixo de 2%. A Lei Complementar nº 57, de 2016,
contudo, incluiu o art. 8º-A na Lei Complementar nº 116, de 2003, para tratar fixar tanto a alíquota mínima
em 2% quanto acerca da concessão de vantagens fiscais. Como a lei que trata a questão está ofertando
desconto de 50% no ISS devido cuja alíquota passou a ser de 3%, a alíquota efetiva passaria a ser 1,5%,
contrariando a previsão do novo texto da Lei Complementar nº 116, de 2003 (já contrariaria a norma
constitucional estampada no art. 88 do ADCT).
Gabarito: “a”
48. (2015/COPESE – UFPI/Prefeitura de Bom Jesus – PI/Fiscal de Tributos) Analise as afirmações a seguir:
I. A alíquota do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza deverá incidir sobre a prestação de serviços;
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II. Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar
serviços e que configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as
denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou
contato ou qualquer outras que venham a ser utilizadas;
III. Contribuinte é o tomador de serviço, ou seja, o cliente do prestador de serviço;
IV. Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de modo expresso a responsabilidade
pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou
parcial da referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos legais;
V. O fato gerador do ISSQN é a prestação de serviços por empresas ou profissional autônomo, com ou sem
estabelecimento fixo, de serviços previstos em lei complementar;
a) União
b) Estados
c) Estados e Distrito Federal
d) Municípios e Distrito Federal
e) Municípios e Estados
Comentários
O ISS é de competência dos Municípios (art. 156, inciso III, da CRFB) e do Distrito Federal (art. 147 da CRFB).
Gabarito: “d”
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50. (2015/COPESE – UFPI/Prefeitura de Bom Jesus – PI/Fiscal de Tributos) No que se refere ao ISSQN,
quando a prestação de serviços não constar na Lei Complementar nº 116/2003, ocorrerá o fato de:
a) Não-incidência.
b) Isenção.
c) Anistia.
d) Não-cumulatividade.
e) Imunidade.
Comentários
De acordo com o art. 156, inciso III, da CRFB, o imposto sobre serviços de qualquer natureza, não
compreendidos no campo de incidência do ICMS, definidos em lei complementar competem aos Municípios
(e ao DF, nos termos do art. 147 da CRFB). Ocorre que a Lei Complementar nº 116, de 2003, em seu artigo
1º definiu que o fato gerador do ISS é a prestação de serviços constantes na lista anexa à lei. Ou seja, caso o
serviço não conste no rol da lista de serviços, ele estará fora do campo de incidência do ISS. Destarte,
ocorrerá o fenômeno da não-incidência. Incidência e não-incidência são antípodas.
Gabarito: “a”
No caso de empresa comercial regularmente registrada, o local da prestação de serviços para efeito da
aplicação do imposto sobre serviços de qualquer natureza será a sede da empresa, independentemente do
local onde o contribuinte desenvolva sua atividade em caráter predominante.
( ) Certo ( ) Errado
Comentários
Resposta: errado. O critério espacial do ISS é definido no art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003, no
qual fixa-se a regra de que o ISS é devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do
estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses expressamente previstas nos
incisos do referido artigo, hipóteses em que o imposto será devido em local diverso
Gabarito: “ERRADO”
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Aula 14
a) 77/1993
b) 87/1996
c) 116/2003
d) 127/2007
e) 145/2014
Comentários
A Lei Complementar que trata de normas gerais acerca do ISS é a 116, de 31 de julho de 2003.
Gabarito: “c”
53. (2015/CESPE/MPOG/Contador) De acordo com a Lei Complementar n.º 116/2003, julgue o próximo
item, referente ao imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN).
Os valores pagos como gorjeta a um mecânico, quando incluídos no preço do serviço prestado, estão sujeitos
à incidência do ISSQN.
( ) Certo ( ) Errado
Comentários
De acordo com o art. 7º da Lei Complementar nº 116, de 2003, a base de cálculo do ISS é o preço do serviço.
Destarte, incluída a gorjeta no preço do serviço, estará sujeita à incidência do ISS.
Gabarito: “CERTO”
54. (2015/CESPE/MPOG/Contador) De acordo com a Lei Complementar n.º 116/2003, julgue o próximo
item, referente ao imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN).
As exportações de serviços para o exterior são tributadas de acordo com o fato gerador do serviço prestado.
( ) Certo ( ) Errado
Comentários
De acordo com o art. 7º da Lei Complementar nº 116, de 2003, a base de cálculo do ISS é o preço do serviço.
Destarte, incluída a gorjeta no preço do serviço, estará sujeita à incidência do ISS.
Gabarito: “ERRADO”
55. (2015/CESPE/MPOG/Contador) De acordo com a Lei Complementar n.º 116/2003, julgue o próximo
item, referente ao imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN).
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( ) Certo ( ) Errado
Comentários
De acordo com o art. 4º da Lei Complementar nº 116, de 2003, considera-se estabelecimento prestador o
local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário,
e que configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações
de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer
outras que venham a ser utilizadas.
Gabarito: “CERTO”
57. (2015/MSGás/MSGás/Analista Contábil) A Lei Complementar 116/2003 dispõe sobre o Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, e dá outras
providências. O referido imposto tem como fato gerador a prestação de serviços tais como:
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b) O valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos depósitos bancários, o
principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições
financeiras.
c) Serviços de saúde, assistência médica e congêneres.
d) A prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de
conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem como dos sócios-gerentes e dos
gerentes-delegados.
Comentários
De acordo com o art. 2º da Lei Complementar nº 116, de 2003, não incide o ISS sobre: as exportações de
serviços para o exterior do País; a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos,
dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem como
dos sócios-gerentes e dos gerentes-delegados; o valor intermediado no mercado de títulos e valores
mobiliários, o valor dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações
de crédito realizadas por instituições financeiras.
Portanto, erradas as alternativas “a”, “b” e “d”. Os serviços constantes
Gabarito: “c”
58. (2015/FCC/TJ-AL/Juiz de Direito) A lista de serviços anexa à Lei Complementar n° 116/03 arrola
expressamente todos os serviços cujas prestações estão sujeitas ao ISSQN. A referida lista faz
referência expressa à incidência do ICMS sobre as mercadorias fornecidas em algumas destas
prestações de serviços.
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Gabarito: “d”
59. (2015/FCC/TJ-AL/Juiz de Direito) Dr. Carlos, Juiz de Direito de comarca do interior do Estado de
Alagoas, está analisando vários processos em que o cerne da discussão é a incidência do ISSQN ou,
alternativamente, do ICMS. Trata-se de casos em que há, concomitantemente, prestação de serviços e
fornecimento de mercadorias.
Tendo analisado cada um dos casos a ele submetidos à luz da Constituição Federal, da Lei Complementar n°
87/1996 e da Lei Complementar n 116/2003, Dr. Carlos afirmou que:
I. o ISSQN incide sobre as prestações de serviços constantes da lista anexa à Lei Complementar n°116/2003,
inclusive sobre as prestações de serviço de transporte intermunicipal e sobre a prestação de serviços de
comunicação.
II. o ISSQN incide sobre as prestações de serviços constantes da lista anexa à Lei Complementar n°116/2003
e sobre as mercadorias utilizadas nessa prestação, desde que esse fornecimento não esteja expressamente
indicado na referida lista como sendo sujeito ao ICMS.
III. o ICMS incide sobre o fornecimento de mercadorias e sobre a prestação de serviços, sempre que o serviço
prestado constar da lista anexa à Lei Complementar n° 116/2003, mas a referida lista expressamente sujeitar
aquele fornecimento à incidência do ICMS.
a) III, apenas.
b) I, II e III.
c) I e III, apenas.
d) II, apenas.
e) II e III, apenas.
Comentários
A assertiva I está errada porque o serviço de transporte intermunicipal e o serviço de comunicação estão no
campo de incidência do ICMS.
A assertiva III está incorreta porque os serviços constantes na lista anexa à LC nº 116, de 2003, sujeitam-se
ao ISS e não ao ICMS. Além disso, as ressalvas expressas quanto ao ICMS constantes na aludida lista se
referem exclusivamente a eventual incidência do imposto estadual sobre bens ou materiais fornecidos e não
sobre serviços.
Gabarito: “d”
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a) se referem a disposições gerais sobre ICMS e ISS devidos em operações sobre serviços de qualquer
natureza e serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
b) enquanto normas gerais, fixam fato gerador, base de cálculo e contribuinte do ISS.
c) versam sobre a instituição do ISS, fixando alíquotas, base de cálculo, contribuintes e fatos geradores.
d) fixam a responsabilidade tributária de terceiro, não vinculado ao fato gerador, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a em caráter supletivo.
e) define, como regra geral, a competência para instituir ISS e ICMS, solucionando conflito de competência
entre os entes federados.
Comentários
A alternativa “a” e “e” estão erradas porque a LC nº 116, de 2003, não trata de normas gerais do ICMS. A lei
de normas gerais do ICMS é a LC nº 87, de 1996 (Lei Kandir).
A alternativa “c” está incorreta porque a LC nº 116, de 2003, não institui o ISS, ela trata de normas gerais.
Quem institui o ISS é a lei do Município ou do DF.
Também a alternativa “d” porque o art. 6º da LC nº 116, de 2003, prevê que os Municípios e o Distrito
Federal, mediante lei, poderão atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a
terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida
obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos legais. Ou seja, a alternativa diz não vinculada,
por isso o erro. O art. 6º da LC nº 116, de 2003, fixa as regras de responsabilidade tributária.
Gabarito: “b"
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e) haverá incidência de Imposto sobre Serviços-ISS sobre a prestação de serviços, devido pelo prestador de
serviços, sem responsabilidade do tomador, que seria o Tribunal.
Comentários
O serviço descrito no item 7.19 (acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia,
arquitetura e urbanismo) é exceção quanto ao local em que é devido o ISS. Ou seja, em vez de ser devido o
ISS no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do
prestador, o ISS nesse caso será devido no local da execução da obra (art. 3º, inciso III, da LC nº 116, de 2003).
O art. 6º da LC nº 116, de 2003, fixa as regras de responsabilidade tributária.
Gabarito: “c”
a) pela constitucionalidade dos dispositivos de lei federal que permitem a incidência do Imposto.
b) que os dispositivos de lei federal que permitem a incidência do Imposto são inconstitucionais, e
fundamentou a decisão em entendimento consolidado na Corte de que emolumentos extrajudiciais têm
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natureza jurídica de taxa e há vedação constitucional de que haja incidência de imposto sobre taxa (espécie
tributária).
c) que os dispositivos de lei federal que permitem a incidência do Imposto são inconstitucionais e
fundamentou a decisão no princípio da imunidade tributária recíproca, consagrado no art. 150 da
Constituição Federal: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços,
uns dos outros...
d) que os dispositivos de lei federal que permitem a incidência do Imposto são inconstitucionais por violação
a norma da Constituição Federal, porquanto a matriz constitucional do Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza permitiria a incidência do tributo tão-somente sobre a prestação de serviços de índole privada.
Comentários
O STF, no julgamento da ADI 3089, fixou entendimento de que incide o ISS sobre serviços notariais e de
registro, não acolhendo o argumento de que a referida atividade fosse albergada pela imunidade tributária.
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ITENS 21 E 21.1. DA
LISTA ANEXA À LEI COMPLEMENTAR 116/2003. INCIDÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER
NATUREZA - ISSQN SOBRE SERVIÇOS DE REGISTROS PÚBLICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.
CONSTITUCIONALIDADE. Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada contra os itens 21 e 21.1 da Lista
Anexa à Lei Complementar 116/2003, que permitem a tributação dos serviços de registros públicos,
cartorários e notariais pelo Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN. Alegada violação dos arts.
145, II, 156, III, e 236, caput, da Constituição, porquanto a matriz constitucional do Imposto sobre Serviços
de Qualquer Natureza permitiria a incidência do tributo tão-somente sobre a prestação de serviços de índole
privada. Ademais, a tributação da prestação dos serviços notariais também ofenderia o art. 150, VI, a e §§
2º e 3º da Constituição, na medida em que tais serviços públicos são imunes à tributação recíproca pelos
entes federados. As pessoas que exercem atividade notarial não são imunes à tributação, porquanto a
circunstância de desenvolverem os respectivos serviços com intuito lucrativo invoca a exceção prevista no
art. 150, § 3º da Constituição. O recebimento de remuneração pela prestação dos serviços confirma, ainda,
capacidade contributiva. A imunidade recíproca é uma garantia ou prerrogativa imediata de entidades
políticas federativas, e não de particulares que executem, com inequívoco intuito lucrativo, serviços públicos
mediante concessão ou delegação, devidamente remunerados. Não há diferenciação que justifique a
tributação dos serviços públicos concedidos e a não-tributação das atividades delegadas. Ação Direta de
Inconstitucionalidade conhecida, mas julgada improcedente.
Gabarito: “a”
Nos serviços realizados por pessoas jurídicas, atuando exclusivamente como prestadoras de serviços, o ISS é
devido quando o trabalho for
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a) contratado
b) encomendado
c) fornecido
d) recebido
e) vistoriado
Comentários
O fato gerador do ISS, nos termos do art. 1º da LC nº 116, de 2003, é a prestação de serviços constante na
lista de serviços. Ou seja, a incidência surge com a prestação do serviço e não em qualquer fase anterior ou
posterior.
Assim, as alternativas “a” e “b” tratam de momento anterior à prestação do serviço, enquanto as alternativas
“d” e “e” tratam de momento posterior.
Gabarito: “c”
Assinale:
a) se somente a inovação I for válida.
b) se somente a inovação II for válida.
c) se somente a inovação III for válida.
d) se somente as inovações I e II forem válidas.
e) se somente as inovações I e III forem válidas.
Comentários
O art. 156, §3º, da CRFB estabelece que compete à Lei Complementar fixar as alíquotas máxima e mínima do
ISS, excluir da incidência do tributo a exportação de serviços para o exterior e regular a forma e as condições
como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. A fixação de data de
recolhimento do tributo não exige Lei Complementar. Sequer exige lei ordinária, podendo ser fixada por
Decreto do Chefe do Executivo.
Gabarito: “d”
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67. (2014/FUNDEP/Prefeitura de Bela Vista de Minas – MG/Fiscal de Rendas) Sobre o Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), assinale a alternativa INCORRETA.
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d) Cabe à lei complementar regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais
serão concedidos e revogados.
Comentários
Correta alternativa “a”. O art. 156, §3º, da CRFB estabelece que compete à Lei Complementar fixar as
alíquotas máxima e mínima do ISS.
Gabarito: “a”
69. (2014/VUNESP/TJ-SP/Juiz de Direito) Quanto ao ISS (Imposto Sobre Serviços) é correto afirmar que ele
incide sobre
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70. (2014/FGV/Prefeitura de Osasco – SP/Fiscal) O ISS é um tributo municipal incidente sobre serviços
prestados por empresa ou profissional autônomo, previsto em lei complementar. Esse tributo
municipal:
a) tem uma alíquota máxima de 5% prevista em lei ordinária, mas não há previsão de alíquota mínima;
b) só pode ser cobrado pelos Municípios após a edição de lei complementar municipal;
c) incide sobre a prestação de serviços de qualquer natureza, de caráter profissional, prestados em caráter
oneroso, desde que a empresa ou o profissional autônomo tenha estabelecimento fixo;
d) incide na importação de serviços, cabendo ao tomador estabelecido em território nacional efetuar a
retenção e o recolhimento do ISS devido pelo prestador estrangeiro;
e) incide sobre o fornecimento de mercadorias com a simultânea prestação de serviços em bares,
restaurantes e estabelecimentos similares.
Comentários
O ISS incide sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior
do País, conforme definido no art. 1º, §1º, da LC nº 116, de 2003, bem como há responsabilidade quanto à
retenção e o recolhimento do imposto nos termos do art. 6º, §1º c/c §2º, inciso I, da LC nº 116, de 2003.
Gabarito: “d”
A alíquota máxima do ISS aplicável a jogos e diversões públicas é a mesma aplicável aos demais serviços.
( ) Certo ( ) Errado
Comentários
O texto aprovado no Congresso Nacional para o inciso I do art. 8º da Lei Complementar nº 116, de 2003,
chegou a prever no seu inciso I a alíquota máxima de 10% para o ISS incidente sobre serviços de jogos e
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diversões públicas, exceto cinema. Contudo esse inciso foi vetado pelo Presidente da República não
chegando a ter eficácia.
Portanto, a alíquota máxima de ISS é igual para todos os serviços, sendo de 5%, conforme consta no inciso II
do art. 8º da Lei Complementar nº 116, de 2003.
Gabarito: “CERTO”
1. os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por
residente no exterior.
2. o valor dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito
realizadas por instituições financeiras.
3. o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários.
4. a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos.
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8. VERSÕES DA AULA
Caro aluno! Para garantir que o curso esteja atualizado, sempre que alguma mudança no
conteúdo for necessária, uma nova versão da aula será disponibilizada.
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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caríssimos, finalizamos aqui essa nossa.
Lembre-se que, havendo qualquer dificuldade na compreensão da teoria ou na resolução dos exercícios,
você pode contar comigo por meio do Fórum de Dúvidas!
Além disso, para ficar por dentro das notícias do mundo dos concursos públicos, recomendo que você siga
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Por meio dele eu busco não só transmitir notícias de eventos do Estratégia e de fatos relativos aos
concursos em geral, mas também compartilhar questões comentadas de concursos específicos que o
ajudará em sua preparação!
Tudo isso para que você esteja cada dia mais próximo de vencer esse desafio e ver seu nome no Diário
Oficial!
Cordial abraço
Wagner Damazio
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