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A Metáfora do Castelo

"Imagine um castelo magnífico, com corredores intermináveis e milhares de quartos.


Cada espaço do castelo é perfeito e tem um dom especial. Cada quarto representa um
diferente aspecto de si próprio. Como uma criança, você explorou cada centímetro do
seu castelo, sem vergonha ou espírito crítico. Sem medo, procurou as preciosidades e os
segredos de cada espaço. Amorosamente, você assumiu cada aposento, fosse ele um
banheiro, um quarto ou uma adega. Cada um e todos os quartos eram únicos. Seu
castelo estava cheio de luz, amor e maravilhas. Então, um dia, alguém chegou lá e lhe
disse que um dos aposentos era imperfeito, que com certeza não pertencia ao castelo.
Sugeriu-lhe que, se quisesse ter um castelo perfeito, você deveria fechar aquele quarto e
trancar a porta. Como desejava ser amado e aceito, você rapidamente fechou o quarto. À
medida que o tempo foi passando, mais e mais gente foi até o seu castelo. Todos deram
sua opinião sobre os aposentos, de quais gostavam e os que lhe desagradavam. E, aos
poucos, você foi fechando uma porta depois da outra. Seus aposentos maravilhosos
foram sendo trancados, ficaram fora do alcance da luz, mergulhados na escuridão. Um
ciclo havia começado

Desse momento em diante, você passou a fechar cada vez mais portas, pelas mais
diversas razões. Fechou portas porque tinha medo ou porque achou que os quartos eram
muito arrojados. Trancou a porta de outros por julgá-los muito conservadores. Outras
portas foram fechadas porque alguns castelos que você visitou não tinham cômodos
como aqueles. E outras, ainda, porque seu líder religioso lhe disse que você deveria
manter distância de certos quartos. Você fechou toda porta que não se encaixasse nos
padrões da sociedade ou em seu próprio ideal.

Acabou-se o tempo em que o seu castelo parecia não ter fim e o seu futuro se
apresentava brilhante e cheio de emoções. Você já não cuidava mais de cada cômodo
com o mesmo amor e admiração. Aposentos dos quais você se orgulhava, agora queria
que desaparecessem. Você tentou imaginar formas de se livrar deles, mas eles faziam
parte da estrutura do castelo. Chegou um momento em que você, tendo fechado a porta
de todo e qualquer quarto de que não gostasse, acabou por se esquecer completamente
deles.

No princípio, você não percebeu o que estava acontecendo; tinha se tornado um hábito.
Com tanta gente dando palpites tão diferentes sobre qual a aparência que um magnífico
castelo deveria ter, tornara-se mais fácil dar atenção aos outros do que à sua voz
interior: a única que amava seu castelo inteiro. Na verdade, o fato de fechar aquelas
portas começou a lhe dar segurança. Logo você se viu morando em poucos e apertados
cômodos. Aprendera a fechar as portas para a vida e sentia-se à vontade fazendo isso.
Muitos trancaram tantos aposentos que se esqueceram de que algum dia foram um
castelo. Passaram a acreditar que eram apenas uma casa pequena, de dois quartos,
necessitando de consertos.

Agora, imagine seu castelo como o lugar onde você abriga tudo o que você é, a parte
boa e a parte má, e que todas as características que existem no planeta também estão em
você. Um de seus quartos é amor, outro é coragem; outro, elegância; e outro é graça. Há
um número infinito de aposentos. Criatividade, feminilidade, honestidade, integridade,
saúde, sensualidade, poder, timidez, ódio, ganância, frigidez, preguiça, arrogância,
doença e maldade são aposentos do seu castelo. Cada um deles é uma parte essencial da
estrutura, e cada aposento tem seu oposto em algum lugar do seu castelo. Felizmente,
nunca ficamos satisfeitos sendo menos do que somos capazes de ser. Nosso
descontentamento com nós mesmos nos motiva a ir em busca de outros quartos perdidos
do castelo. Só conseguiremos achar a chave da nossa individualidade se abrirmos todos
os aposentos do castelo.

O castelo é uma metáfora para ajudá-lo a perceber a enormidade do seu ser. Cada um
possui esse lugar sagrado dentro de si mesmo. É de fácil acesso, se estivermos prontos e
ansiosos por ver a nossa totalidade. A maioria das pessoas tem medo do que poderá
encontrar por trás das portas desses quartos. Assim, em vez de partir numa aventura,
para encontrar nosso eu escondido, cheio de emoções e maravilhas, conservamo-nos
fingindo que os quartos não existem. O ciclo continua. Mas, se você quer de fato mudar
o rumo da sua vida, terá de entrar em seu castelo e abrir vagarosamente todas as portas,
uma a uma. Precisará explorar seu universo interior e recuperar tudo o que havia
rejeitado. Só na presença do seu eu integral você poderá apreciar sua magnificência e
gozar a totalidade e a singularidade da sua vida."

Extraído do Livro: "Love and Awakening" (John Welwood)


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