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2ª CAPA
A INVASÃO DOS
FOOD
Presidente: Paulo Roberto Houch
Vice-Presidente Editorial: Andrea Calmon
redacao@editoraonline.com.br
REDAÇÃO
Jornalista Responsável: Andrea Calmon – MTB 47714
Colaboraram nesta edição: Branca Ferrari (Textos)
Rubens Martim (Projeto gráfico)
TRUCKS
negocios@r2dcomunicacao.com.br
Fotos (Shutterstock e divulgação)
PROGRAMAÇÃO VISUAL
Coordenadora de Arte: Renato Marcel Ribeiro
ESTÚDIO FOTOGRÁFICO
Fotógrafa: Fernanda Venâncio
PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA
Coordenadora: Elaine Simoni
elainesimoni@editoraonline.com.br
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Gerente Comercial: Elaine Houch
Supervisores: Bernard Correa e Gisele França
Agências:
Executivos de Contas :
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Antonio Demésio, Camila Vinhas e Luciana Lemes Com a proposta de oferecer comida de qualidade a
Operações Comerciais: Joelma Lima
MARKETING
Supervisor de Marketing: Vinícius Fernandes
Assistente de Marketing:
José Antônio da Silva atuar no ramo, explicamos passo a passo como montar o
CANAIS ALTERNATIVOS Luiz Carlos Sarra
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seu próprio negócio sobre rodas.
LOGÍSTICA E ARMAZENAGEM Luiz Carlos Sarra
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Para aqueles que não sabem se devem investir em
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Diretora Administrativa: Jacy Regina Dalle Lucca uma franquia, contamos as vantagens de ter uma empre-
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criar a sua própria marca, a partir da página 30, conheça
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Distribuição no Brasil por Dinap Tem vontade de adquirir seu próprio food truck, mas
Meu Próprio Negócio Especial é uma publicação do IBC - Instituto Brasileiro de Cultura Ltda. – Caixa Postal
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ro modelo de food truck e mostramos como é o mercado
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• Código de Defesa do Consumidor, Constituição Federal • Código de Trânsito • Código Penal • Código Ainda nesta edição, especialistas dão 21 dicas para
Tributário Nacional • Consolidação das Leis do Trabalho e Estatuto do Idoso • Legislação do 3° Setor •
Previdência • DECORAÇÃO: Guia Casa & Ambiente Bebê e Gestante • GUIA CASA & DECORAÇÃO •
Guia de Paisagismo • Guia do Feng Shui • Armários de Cozinha • Casa & Ambiente Banheiros & Lavabos empresários do setor darem a volta por cima e consoli-
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& Closets • Casa & Ambiente Salas & Livings • CASA & DECORAÇÃO • Coleção Casa e Decoração
• DECORAÇÃO & ESTILO CASA • DECORAÇÃO & ESTILO FESTAS • Pequenos Ambientes Extra darem seu negócio em meio à crise econômica do País.
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dos anúncios publicados nesta revista, de modo que não restará configurado nenhum tipo de
responsabilidade civil em decorrên
SUMÁRIO conteúdo
HISTÓRIA
LUCRE
NAS VIAS PÚBLICAS
Após o prefeito de São Pau-
lo (SP), Fernando Haddad, re-
gulamentar a Lei Municipal
nº 15.947/2013 e depois de o
Decreto 55.085/2014 ser pu-
blicado, definindo as regras da
comercialização de alimentos
A ORDEM DOS PROCEDIMENTOS E OS PRAZOS
PARA AUTORIZAÇÃO DO COMÉRCIO DE ALIMEN-
TOS SÃO OS SEGUINTES:
Cesar Ogata/SECOM
fazer para entrar no segmento
isso, determinação, compro- de montar uma cozinha sobre
metimento e profissionalismo rodas, é importante prever to-
precisam andar sempre juntos dos os riscos, mapear concor-
quando pensar em montar um rentes, fazer o planejamento
food truck. O trabalho é exi- estratégico sobre o retorno do
gente e puxado, mas, quando investimento, estabelecer a ca-
feito com prazer, flui e tende pacidade de produção e de ven-
a gerar ótimos resultados”, das, determinar o ticket médio,
revelam Carla Somose Noval- analisar os prós e os contras, e,
Shutterstock
ski e Kelly Martins Ferreira, a partir disso, ver se realmen-
Fernando Haddad, prefeito de São
sócias-diretoras do site Food te será um negócio viável e se
FRANQUIAS
Paulo, regulamentou a lei de comida
de rua no fim de 2013 Truck nas Ruas, que ajuda a lo- dará retorno em longo prazo.
8 www.revistaonline.com.br
sucesso, a marca fechou par- o retorno maior do que o es- seja recente, a empresa se diz
NICHOS DE MERCADO
ceria com outros food trucks e perado. Por conta disso, a em- feliz com o resultado. “Mesmo
estuda patrocinar caminhões presa fez parcerias com outros sem métricas previamente es-
de outras regiões do Brasil. trucks, além de apoiar alguns tabelecidas, está superando as
A Cepêra também montou festivais de comida de rua. expectativas pelo feedback que
um food truck dentro de um recebemos daqueles que ex-
carro Smart. Com o intuito de CONSUMIDORES EM FOCO perimentam os sanduíches e
mais lucrativos
para frequentadores de Food posicionar a empresa no emer- res, a Ajinomoto® também re-
Park e clientes de supermer- gente mercado de food trucks, solveu investir nos caminhões.
cado. Chapa para preparação, estando presente nos princi- A empresa tem parceria com o
OUTDOOR
armário para guardar os mate- pais eventos de gastronomia da La Buena Station e com o Te-
riais e balcão para apoio foram cidade de São Paulo, a Tirolez maki Point, e diz que o retorno
alguns dos equipamentos ins- também recorreu à divulga- da divulgação da marca está
Shutterstock
talados no pequeno automó- ção de sua marca nas cozinhas dentro das expectativas.
vel, que circulou pelo estado itinerantes. “Com a parceria A empresa planeja ampliar
de São Paulo. queremos trazer um conceito esses patrocínios em breve por
AMBULANTE
Também patrocinadora do inovador para o segmento, por entender que o segmento de
NOVA FORMA DE Buzina Food Truck, a cerveja meio de combinações diferen- food trucks é uma tendência e
EMPREENDEDORES DE SUCESSO
LUCRAR COM OS Sol Premium tem uma parceria ciadas que vão gerar experi- estabelece relações positivas
FOOD TRUCKS É de exclusividade no veículo em mentação e aumentar o co- com seus clientes. “Trabalhan-
EXPOR LOGOTIPO latarias dos veículos. Foi o que perimentação entre os consu- troca de uma cota de produto nhecimento dos diversos tipos do juntos, temos a oportunida-
aconteceu com o Buzina Food midores. Por isso, a parceria gratuita e do logo aparente no de queijo, suas versatilidades de de evoluir juntos e construir
DE EMPRESAS Truck, que tem a Sol Premium com o Buzina é por meio de truck. Segundo Carina Hermi- e harmonizações”, explica Ga- soluções cada vez melhores”,
NO VEÍCULO
48 www.revistaonline.com.br
EMPREENDEDORES de sucesso
NEGÓCIO RENTÁVEL
fazer cozinha brasileira. É um
resgate de família e de co-
mida caseira, oferecendo um
tipo de confort food na rua”,
afirma Amaral. O cardápio é
mo de Permissão de Uso) da
Subprefeitura de Pinheiros,
Divulgação/ Cozinha com Z/ João Quesado
participa de algum Food Park. ao local, é necessário mon- lor e de frio, que são fatores
NOVIDADE
mento de cardápio e foi per- esse capital. O faturamen- feijoada, salpicão de carne- Entretanto, um dos obs-
funcionamento e 50 litros Colaborou:
sonal chef. Porém, foi quando to diário, em média, é de R$ -seca, moqueca, sanduíches táculos é o clima, e por isso
de água potável Cozinha com Z
uma marca o convidou para 2.700, mas esse valor pode de carne-seca com de cerveja é importante o food truck
• Espaço interno http://cozinhacomz.com.br
viajar pelo Brasil cozinhan- aumentar dependendo do no pão rústico, entre outros. estar adaptado e preparado
Seis pessoas contato@cozinhacomz.com.br
do, que ele se interessou por tipo de evento que fazem. Os “A nossa marca se propõe a para dias de chuva, de ca-
30 www.revistaonline.com.br
A CHAVE DO
adequadamente e mantenha
a sua cozinha sempre lim-
pas, pois os clientes acom-
não vale colocar o caminhão
na rua. Se optar por sair de
casa, tenha alternativas para
gar e descarregar caminhão
e para trabalhar muitas ho-
ras por dia.
LUCRO CERTO
62. Especialistas dão dicas para ganhar
panharão de perto a higiene proteger os clientes dos cli-
SUCESSO
do ambiente. mas desagradáveis.
7. Quem investe em comi- 14. Busque parcerias com
da rápida com novidade soma grandes empresas, que po-
ao negócio diferencial em re- dem ajudar a custear os gas-
21 DICAS PARA VOCÊ lação à concorrência. tos do seu empreendimento.
os clientes podem passar a SEGREDOS PARA LUCRAR seu favor. Divulgue a marca os clientes, especialmente os as críticas que receber. Por
frequentar lugares mais ba- COM SEU NEGÓCIO de forma inteligente (infor- mais jovens, veem seu food meio delas, você poderá me-
restaurantes ambulantes
em constante movimen- 2. Pesquise até que seus se neles nos seus produtos. panhar shows e jogos. metas diárias e pense em es-
com.br
to, ter uma cozinha móvel conhecimentos em gestão Esse tipo de relacionamen- 13. Prepare-se para in- tratégias para conquistá-las.
Serviço Brasileiro de
não é sinônimo de suces- e em culinária tenham o to é muito importante para tempéries. Nos dias de chu- 21. Livre-se da pregui-
Apoio às Micro e Peque-
so. Para alçar voos mais mesmo nível. manter um elo entre o cliente va, muito frio ou muito calor, ça! Quem trabalha com food
nas Empresas (Sebrae):
altos é necessário pesqui- 3. Determine o público- e você. as vendas são drasticamen- truck tem de estar prepara-
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sar e se planejar, além de -alvo do seu negócio. Com 6. Manuseie os alimentos te reduzidas, e muitas vezes do para a batalha de carre-
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HISTÓRIA
O INÍCIO
DE TUDO
DAS PRECÁRIAS CARROÇAS AOS ATUAIS CAMINHÕES
ADAPTADOS, CONHEÇA A HISTÓRIA DOS FOOD TRUCKS,
QUE VÊM FAZENDO SUCESSO EM TODO O BRASIL
Shutterstock
A cultura da comida de rua procuradas, seja por pessoas Mas nem sempre foi assim.
já existe há alguns anos na de classe mais baixa ou por Originária dos Estados Uni-
Europa e nos Estados Unidos. executivos, por se tratar de dos, a “street food” (comida de
Em Nova Iorque, cidade pio- um serviço rápido que oferece rua) surgiu no Texas, em 1866,
neira dos food trucks, os trai- desde o simples hot dog até os quando Charles Goodnight re-
lers são uma das opções mais pratos mais sofisticados. solveu adaptar um pequeno
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HISTÓRIA
caminhão militar para ser- tos para os trabalhadores das proposta vender comida boa,
vir comida aos vaqueiros que regiões mais pobres. Por cau- barata e rápida para pesso-
atravessavam o velho oeste e sa disso, até os anos 2000, os as que se alimentam cada vez
tinham muita dificuldade para food trucks eram considera- mais fora de casa e têm pouco
encontrar algum lugar para dos locais de comida barata e tempo para fazer as refeições.
se alimentar. de baixa qualidade.
Porém, embora Goodnight Entretanto, com a crise eco- SUCESSO NO BRASIL
seja considerado o inventor nômica que a terra do Tio Sam Os food trucks chegaram
do food truck, há controver- viveu entre 2008 e 2009, muitos ao Brasil em 2012, quando os
sas. Alguns defendem que a restaurantes renomados fali- primeiros furgões ganharam
ideia começou em 1872, em ram, deixando grandes chefs as ruas de São Paulo. Porém,
Provence, também nos Es- de cozinha sem emprego. Aos somente em 2014 as cozinhas
tados Unidos, para atender poucos, conforme o país foi se itinerantes passaram a ser
às demandas dos operários estabilizando, muitos profis- vistas como um modelo de
das fábricas da cidade. Como sionais da área de gastrono- negócio – a lei que autoriza
os trabalhadores buscavam mia perderam a perspectiva de a venda de comida de rua na
comidas baratas e rápidas, montar um novo restaurante e capital paulista foi sancionada
Walter Scott passou a vender apostaram nos food trucks, que em dezembro de 2013 –, e des-
café, tortas e sanduíches em precisavam de um investimen- de então vêm ganhando cada
sua carroça. A ideia de Scott to menor. Os empreendedores vez mais destaque por ofere-
foi inovadora e seu modelo de também enxergaram como cer uma grande variedade de
negócio passou a ser copiado vantagem poder mudar de lu- pratos com qualidade, higiene
em outras regiões america- gar de acordo com as necessi- rigorosa e preços acessíveis.
nas. Na década seguinte, Tho- dades da população. Assim, as As mudanças na legislação
mas H. Buckley aprimorou as cozinhas sobre rodas ganha- paulistana favoreceram outras
carroças (conhecidas como ram um novo conceito, com cidades e se expandiram para
chuckwagon) e passou a fa- comidas requintadas e maior outros estados, que também
bricá-las para servir comidas, diversidade gastronômica. estão criando normas próprias
equipando-as com refrigera- Essa tendência, que tem para a operação dos food tru-
dores e até fogões. Nova Iorque como modelo, foi cks. Com isso, o País só tende
Quando a Segunda Guerra ganhando espaço em cidades a ganhar, uma vez que é um
Mundial terminou, em 1945, de todo o mundo, como Lon- tipo de negócio que movimenta
caminhões de comida passa- dres, Paris, Portugal, Tailândia, e possibilita o crescimento do
ram a comercializar alimen- China e Canadá, por ter como mercado, além de se tornar
um atrativo a mais para o tu-
Food truck de culinária grega em Nova Iorque, onde atualmente há cerca de
quatro mil vendedores de comida de rua
rismo de cada região.
O perfil dos donos de food
Shutterstock
6
forma de cultura gastronômi-
ca, os caminhões têm ocupa-
do espaços até então esque-
cidos e pouco aproveitados, o
que acaba trazendo melhorias
Shutterstock
para as cidades e sendo uma
opção de entretenimento para
O conceito de food truck chegou ao Brasil somente em 2014, após
mudanças nas normas de comida de rua na cidade de São Paulo os moradores dessas regiões.
Os restaurantes móveis
revela Karyna Muniz, consul- ter um comércio bacana de são um meio de populari-
tora da área de alimentação, food trucks em São Paulo”, zar a culinária e atingir pes-
do Sebrae-SP. “Muitas pesso- opina Virna Miranda, sócia do soas de diferentes classes
as estão sendo demitidas por Cozinha com Z. sociais com as famosas co-
causa da crise e viram o food O Sebrae ainda não conse- midas gourmet. Além disso,
truck como uma oportunida- gue monitorar o faturamento o modelo de serviço vai ao
de de negócio”, continua. dos food trucks que optaram encontro das tendências de
Quem deseja empreender pelos festivais e parques fe- consumo, em que as pessoas
tem de fazer um plano de ne- chados, mas acredita que o buscam uma refeição prática,
gócios, pois a cozinha itineran- aluguel diário é alto. “E mes- conveniente e relativamen-
te pode ser mais complexa do mo que o caminhão tenha te saudável. “Cada vez mais
que a loja física pela questão sido customizado em uma cansados para sair à noite,
da logística e da distribuição. oficina autorizada, que refor- os brasileiros mudaram seus
Embora a “street food” te- çou o veículo para aguentar o hábitos de vida. Por isso, uma
nha sido inspirada no merca- sobrepeso, são necessárias proposta de negócio mais
do americano, os dois países manutenções preventivas, o descontraída e é informal é
têm características bem dife- que também gera gastos”, interessante para os consu-
rentes. E por se tratar de um opina Muniz. midores”, revela Karyna.
tipo de empreendimento re- As principais queixas dos Outro fator que contribui
lativamente novo, os empre- proprietários de food trucks para o sucesso das cozinhas
sários ainda estão “desbra- são a falta de segurança e itinerantes são os novos hábi-
vando” o setor e criando um a estrutura precária, o que tos de vida dos consumidores.
novo modelo de negócio. Por acontece em todo o Brasil. “A filosofia do food truck é ter
isso, planejam criar algumas Por isso, a ideia é que essa or- mais contato com o cliente
premissas de funcionamento ganização do mercado se es- e ofertar um produto de alta
e sugestões para solucionar tenda para os outros estados. qualidade por um preço rela-
os problemas de se trabalhar “Nos últimos meses, esse tipo tivamente acessível”, finaliza
em via pública. “Como a pro- de negócio chegou na Bahia, a consultora do Sebrae-SP.
posta do food truck é estar em Belo Horizonte e em Ma-
nas ruas, não podemos ficar naus. A gente vê que é um Colaboraram:
reféns de eventos fechados. movimento que veio para ficar Cozinha com Z
Os Food Parks têm um papel e que precisa de uma organi- http://cozinhacomz.com.br
muito importante, até por- zação para que cresça de ma- contato@cozinhacomz.com.br
que o brasileiro adora esses neira saudável”, pontua Virna. Serviço Brasileiro de
eventos, mas precisamos tra- Mesmo com tantos desa- Apoio às Micro e Peque-
balhar para que esse tipo de fios, acredita-se que a cultura nas Empresas (Sebrae):
negócio seja bom para todos dos food trucks não é apenas www.sebrae.com.br
os lados e se consiga, de fato, modismo. Além de ser uma
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COMO MONTAR um food truck
LUCRE
NAS VIAS PÚBLICAS
TER UM NEGÓCIO SOBRE RODAS É O DESEJO DE
MUITOS EMPREENDEDORES. SAIBA QUAIS SÃO OS
PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS PARA INICIAR UMA
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL DE SUCESSO
Shutterstock
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Após o prefeito de São Pau-
lo (SP), Fernando Haddad, re-
gulamentar a Lei Municipal A ORDEM DOS PROCEDIMENTOS E OS PRAZOS
nº 15.947/2013 e depois de o PARA AUTORIZAÇÃO DO COMÉRCIO DE ALIMEN-
Decreto 55.085/2014 ser pu- TOS SÃO OS SEGUINTES:
blicado, definindo as regras da
comercialização de alimentos 1º > Portaria Subprefeitura: 30 dias
nas ruas da cidade, houve um 2º > Pedidos: 15 dias úteis
grande aumento no número 3º > Avaliação (documentação + propostas +
de pessoas interessadas em parecer da CET): 20 úteis
montar um negócio móvel não 4º > Decisão (despacho de deferimento da
só na capital paulista, mas em permissão de uso): 5 dias úteis
todo o Brasil. 5º > Cadastro na Convisa: após emissão,
Isso se deve ao fato chefs 10 dias para apresentação na Sub
de cozinha e empreendedores 6º > Termo de Permissão de Uso (TPU): 5 dias
enxergarem o nicho como uma úteis
oportunidade de negócio. Há 7º > Inspeção Covisa: 90 + 90 dias
pessoas que possuem experi- Fonte: Prefeitura Municipal de São Paulo
ência na área gastronômica e
veem a possibilidade de cres-
cer trazendo um modelo móvel
para as ruas como extensão do em negócio móvel, que é mais calizar os veículos nas vias de
seu restaurante. Também exis- barato e tem como filosofia diversas cidades brasileiras.
tem muitos empresários que ofertar produtos de alta qua-
desistiram das lojas físicas por lidade por um preço relativa- PRIMEIROS PASSOS
causa dos altos gastos (aluguel mente acessível. São Paulo, Rio de Janeiro e
e IPTU) e da questão da segu- Para quem gosta de gas- Curitiba já têm a lei da comida
rança pública – nos últimos tronomia e tem talento para de rua regulamentada, e a ex-
anos, muitos restaurantes fe- administrar seu próprio negó- pectativa é que outras cidades
charam por falta de movimento cio, investir em uma cozinha tenham o olhar empreendedor
noturno devido aos arrastões móvel é trazer para a realidade e continuem a aprovar esse
que aconteceram em alguns um sonho ou uma expansão mercado Brasil afora.
bairros paulistanos. Dessa for- do seu negócio. “Mas é impor- O primeiro passo do futu-
ma, eles optaram por investir tante lembrar que sonho não ro empreendedor é fazer um
é feito só de coisas boas. Por plano de negócios. Na hora
Cesar Ogata/SECOM
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COMO MONTAR um food truck
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eleito para saber sobre a do- no entorno mais comercial da A adequação às normas
cumentação necessária para cidade, como as zonas oeste e higiênico-sanitárias e a apura-
cada tipo de modelo de negócio. sul, a região da Berrini e a Ave- ção das infrações de natureza
Também é preciso definir quais nida Paulista. “Quem conse- sanitária serão exercidas pela
equipamentos serão utilizados, guiu o TPU da Subprefeitura de Covisa e pela Suvis (Supervi-
suas dimensões, produtos que Pinheiros deve estar com um sões de Vigilância em Saúde).
serão manipulados e em quais bom faturamento, pois lá tem A fiscalização das demais re-
dias e horários deseja trabalhar um grande fluxo de clientes gras, como os deveres e proi-
– é comum dois empreendedo- passantes”, analisa a consulto- bições dos comerciantes, será
res partilharem o mesmo ponto ra do Sebrae. exercida pela Subprefeitura,
em períodos ou dias distintos. Cada empresário deverá exceto nos casos de comércio
As propostas são avalia- optar por permanecer no pon- nos parques municipais, que
das pelas Subprefeituras, em to fixo por, no mínimo, 4 horas será fiscalizado pela Secre-
conjunto com a Companhia de e, no máximo, 12 horas por dia, taria Municipal do Verde e do
Engenharia de Tráfego (CET). mas as Subprefeituras poderão Meio Ambiente.
Caso haja dois candidatos aptos determinar regras próprias de Cada comerciante terá um
ao mesmo ponto e nos mesmos limites de horário e de frequên- custo anual para a permissão
dias e horários, a decisão vai cia de funcionamento. de uso, que corresponde a 10%
para sorteio. O comércio de alimentos do valor venal do metro qua-
Uma vez definido quem em vias e áreas públicas com- drado da respectiva quadra,
tem direito ao TPU e ao pon- preende a venda direta confor- conforme consta da Planta
to pretendido, a Subprefeitura me as seguintes categorias de Genérica de Valores, calculado
deverá publicar todas as espe- equipamentos: por metro quadrado de área
cificações no Diário Oficial da Categoria A: alimentos co- pública efetivamente utilizada
Cidade. Depois disso, o empre- mercializados em veículos au- pelo comerciante.
endedor terá prazo de 90 dias, tomotores, assim considerados
prorrogável uma única vez por os equipamentos montados A ESCOLHA DO VEÍCULO
igual período, para se instalar, sobre veículos a motor ou rebo- O investimento inicial mé-
realizar inspeção no equipa- cados por estes, desde que re- dio para montar um food truck
mento junto à Coordenação de colhidos ao final do expediente. varia de R$ 40 mil a R$ 300 mil.
Vigilância em Saúde (Covisa) Deve ter o comprimento máxi- Como essa quantia é alta, mui-
antes de seu efeito funciona- mo 2,20 m de largura máxima tos empreendedores recorrem
mento, além de comprovar a e de 6,30 m de comprimento, aos empréstimos bancários e
regularidade das alterações do considerando a soma do com- aos financiamentos para quitar
veículo junto ao órgão de trânsi- primento do veículo e do rebo- a dívida. Esse valor pode mu-
to quando aplicável (nos casos que (food truck); dar de acordo com o veículo e
em que o veículo foi adaptado). Categoria B: alimentos co- a estrutura interna necessária.
O TPU emitido não tem prazo mercializados em carrinhos ou Para transformar o veículo
definido para expirar, mas pode tabuleiros, assim considerados em um restaurante sobre ro-
ser revogado pelo poder público os equipamentos tracionados, das, é essencial customizar o
a qualquer momento. impulsionados ou carregados baú de alumínio, obedecendo
A lei de comida de rua en- pela força humana, com área as medidas estabelecidas pela
trou em vigor há pouco mais de máxima de 1m² (food carts); prefeitura da cidade em que
um ano e já disponibilizou mais Categoria C: alimentos co- pretende trabalhar.
de 800 pontos na cidade de São mercializados em barracas Hoje em dia, existem diver-
Paulo, sendo que 300 deles são desmontáveis, com área máxi- sas empresas especializadas
muito disputados por ficarem ma de 4m². em fazer esse tipo de adapta-
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COMO MONTAR um food truck
12
ponto de distribuição), há a ne- informando a agenda dos lo- também tem um grande poder
cessidade de deslocamento de cais em que estacionará o ca- de influência e credibilidade
matéria-prima, o que faz que minhão, compartilhando fotos para formar opiniões. Portanto,
você tenha menor controle da e permitindo que eles partici- manter os critérios de higiene e
segurança alimentar do produ- pem da escolha de novos itens atender os clientes com simpa-
to por submetê-lo a transporte, do cardápio, por exemplo. tia são essenciais para ganhar
ainda que seja acondicionado O canal Food Truck nas boas recomendações.
adequadamente. Ruas também é uma ótima
oportunidade de mídia, já que
Colaboraram:
DIVULGUE SUA MARCA funciona como um guia de lo-
Food Truck nas Ruas
Empresas iniciantes geral- calização das cozinhas itine-
www.foodtrucknasruas.
mente não têm verba para in- rantes. Seja pelo site ou pelo
com.br
vestir em agências de marke- aplicativo, que pode ser bai-
Prefeitura de São Paulo
ting, mas as redes sociais são xado gratuitamente, o guia já
www.capital.sp.gov.br
uma ótima ferramenta para tem uma audiência de mais de
Serviço Brasileiro de
propagar seu food truck. 2,5 milhões de acessos, o que
Apoio às Micro e Peque-
Divulgue suas páginas para comprova a boa aceitação dos
nas Empresas (Sebrae):
os clientes e procure estar food trucks.
www.sebrae.com.br
sempre em contato com eles, A propaganda boca a boca
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 3º Para fins deste decreto, consideram-se: metros e vinte centímetros);
Art. 1º O comércio e a doação de alimentos em I - produto ou alimento perecível: produto ali- II - categoria B: alimentos comercializados em
vias e áreas públicas no Município de São Paulo mentício, “in natura”, semi-preparado, industria- carrinhos ou tabuleiros, assim considerados os
obedecerão ao disposto na Lei nº 15.947, de 26 de lizado ou preparado pronto para o consumo que, equipamentos tracionados, impulsionados ou
dezembro de 2013, e às disposições deste decreto. pela sua natureza ou composição, necessita de carregados pela força humana, com área máxi-
condições especiais de temperatura para sua ma de 1m² (um metro quadrado);
Parágrafo único. As disposições da Lei nº conservação (refrigeração, congelamento ou III - categoria C: alimentos comercializados em
15.947, de 2013, e deste decreto não se aplicam aquecimento), tais como bebidas e alimentos à barracas desmontáveis, com área máxima de
ao comércio de alimentos em feiras livres nem a base de leite, produtos lácteos, ovos, carne, aves, 4m² (quatro metros quadrados).
quaisquer outras atividades previstas em legisla- pescados, mariscos ou outros ingredientes; Parágrafo único. Os equipamentos das catego-
ção específica. II - produto ou alimento não perecível: produto rias B e C não estão autorizados a permanecer
alimentício que, pela sua natureza e composição, na via de rolamento.
Art. 2º O comércio de alimentos em vias e áreas pode ser mantido em temperatura ambiente até
públicas será exercido mediante permissão de seu consumo e não necessita de condições espe- Seção II
uso, a título precário, oneroso, pessoal e intrans- ciais de conservação (refrigeração, congelamento Dos alimentos
ferível, podendo ser revogada a qualquer tempo, ou aquecimento), desde que observadas as condi- Art. 5º Poderão ser comercializados nas vias e áre-
sem que assista ao permissionário qualquer di- ções de conservação e armazenamento adequa- as públicas alimentos preparados e produtos ali-
reito à indenização. das, as características intrínsecas dos alimentos e mentícios industrializados prontos para consumo,
bebidas e o tempo de vida útil e o prazo de validade. sejam estes produtos perecíveis ou não perecíveis.
§ 1º Incumbe às Subprefeituras e à Secretaria § 1º O Subprefeito poderá estabelecer, por por-
Municipal do Verde e do Meio Ambiente, no âmbi- CAPÍTULO II taria, a lista de produtos que não poderão ser
to das respectivas atribuições, estabelecer o nú- DO COMÉRCIO DE ALIMENTOS comercializados em cada via ou área de atuação,
mero de permissões de uso a serem outorgadas Seção I de acordo com as normas estabelecidas pela
nas vias e áreas públicas sob sua administração, Dos equipamentos Coordenação de Vigilância Sanitária em Saú-
mediante portaria a ser publicada no prazo de 30 Art. 4º O comércio de alimentos em vias e de – COVISA e pela Supervisão de Vigilância em
(trinta) dias a contar da data da publicação deste áreas públicas compreende a venda direta, Saúde – SUVIS.
decreto, devendo nela indicar os pontos passíveis em caráter permanente ou eventual, sempre § 2º Somente será permitida a comercialização
de outorga de permissão de uso. de modo estacionário, conforme as seguintes de produtos ou alimentos perecíveis mediante a
§ 2º A divulgação dos pontos de que trata o § 1º categorias de equipamentos: disponibilização de equipamentos específicos,
deste artigo será acompanhada de chamamento I - categoria A: alimentos comercializados em em número suficiente, que garantam as condi-
público para apresentação dos requerimentos veículos automotores, assim considerados os ções especiais de conservação dos alimentos
por eventuais interessados. equipamentos montados sobre veículos a motor resfriados, congelados ou aquecidos.
§ 3º A indicação dos pontos passíveis de outorga de ou rebocados por estes, desde que recolhidos ao § 3º Fica vedada a comercialização de bebidas
permissão de uso e o chamamento previsto neste final do expediente, com o comprimento máximo alcoólicas em equipamentos das categorias A,
artigo serão divulgados anualmente ou, quando de 6,30m (seis metros e trinta centímetros), con- B e C, exceto na hipótese prevista no Capítulo VI
houver disponibilidade de locais, em periodicidade siderada a soma do comprimento do veículo e do deste decreto.
menor, a critério da autoridade responsável. reboque, e com a largura máxima de 2,20m (dois Art. 6º O armazenamento, o transporte, a mani-
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COMO MONTAR um food truck
pulação e a venda de alimentos deverão observar de entradas e saídas de estabelecimentos com § 2º O solicitante poderá indicar mais de um pon-
a legislação sanitária vigente no âmbito federal, comércio varejista de alimentos e de mercados to para exercício do comércio de comida de ali-
estadual e municipal. municipais que comercializem categorias de pro- mentos em vias e áreas públicas, desde que to-
dutos alimentícios, pratos e preparações culinárias, dos os pontos pretendidos estejam localizados no
Parágrafo único. Todos os equipamentos deverão incluindo as típicas, iguais ou semelhantes; território administrativo da Subprefeitura compe-
ter depósito de captação dos resíduos líquidos gera- IV – não estar em frente a guias rebaixadas; tente e não sejam utilizados concomitantemente.
dos para posterior descarte de acordo com a legis- V – não estar em frente a portões de acesso a es- § 3º O modelo de formulário e a lista de docu-
lação em vigor, vedado o descarte na rede pluvial. tabelecimentos de ensino, farmácias, portões de mentos necessários para a instrução do pedido
acesso a edifícios e repartições públicas. serão disponibilizados no Portal da Prefeitura do
Art. 7º A Coordenação de Vigilância em Saúde Município de São Paulo na Internet.
– COVISA e as Supervisões de Vigilâncias em CAPÍTULO III Art. 13. Os pedidos de permissão de uso para o
Saúde – SUVIS poderão aplicar, além do disposto DO PROCEDIMENTO exercício do comércio de alimentos em parques
neste decreto, outras normas vigentes que as- Seção I municipais serão apresentados perante a Secre-
segurem as condições higiênico-sanitárias e o Do Pedido taria Municipal do Verde e do Meio Ambiente –
cumprimento das boas práticas nas atividades Art. 12. No prazo de 15 (quinze) dias úteis con- SVMA, instruídos com os documentos indicados
relacionadas com alimentos, equipamentos e tados da divulgação dos pontos passíveis de ou- no artigo 12 deste decreto.
utensílios mínimos para a comercialização de torga de permissão de uso, o interessado deverá
alimentos com segurança sanitária. formalizar o pedido mediante preenchimento de Seção II
formulário próprio dirigido à respectiva Subpre- Da análise preliminar das condições de viabili-
Seção III feitura ou à Secretaria Municipal do Verde e Meio dade do pedido
Dos pontos para o exercício do comércio Ambiente, conforme o caso, indicando: Art. 14. A análise da viabilidade do pedido de per-
Art. 8º Poderão ser objeto de permissão de uso as I - a categoria do equipamento a ser utilizado; missão de uso para determinado ponto levará em
vias e logradouros públicos, largos, praças e par- II - os alimentos a serem comercializados; consideração os seguintes requisitos:
ques municipais previamente definidos pela Admi- III - os dias e os períodos requeridos para o fun- I - a compatibilidade entre o equipamento e o
nistração Municipal, nos termos deste decreto. cionamento. local pretendido, considerando as normas de
§ 1º Para efeitos de identificação do ponto, serão § 1º O pedido deverá ser instruído com os seguin- trânsito, o fluxo seguro de pedestres, automóveis
utilizados, além do nome oficial e número de ins- tes documentos: e demais veículos, as regras de uso e ocupação
crição no Cadastro de Logradouro - CODLOG da I - cópia do contrato social da pessoa jurídica do solo e as normas de acessibilidade;
via constante do Termo de Permissão de Uso - solicitante,devidamente registrado, ou Certifi- II - a qualidade técnica da proposta;
TPU, os nomes oficiais e CODLOG das vias que cado da Condição de Microempreendedor Indi- III - a adequação do equipamento quanto às nor-
delimitam o quarteirão e os nomes constantes do vidual - CCMEI, emitido pela Receita Federal do mas sanitárias e de segurança do alimento tendo
Mapa Oficial da Cidade. Brasil; em vista os alimentos comercializados, nos ter-
§ 2º Um mesmo ponto poderá ser objeto de ou- II - cópia do documento de identidade e do CPF mos dos §§ 2º e 3º do artigo 5º deste decreto;
torga de permissão de uso a permissionários di- dos sócios da pessoa jurídica; IV - o número de permissões já expedidas para
ferentes, desde que exerçam suas atividades em III - comprovante de residência atualizado em os dias e períodos pretendidos;
dias ou períodos distintos. nome do requerente ou de pessoa da família, V - as eventuais incomodidades que poderão ser
desde que comprovado o parentesco, ou no geradas pela atividade pretendida.
Art. 9º É vedada a instalação de equipamentos nome do locador, mediante apresentação do § 1º Para os pedidos relativos aos equipamentos
de qualquer categoria nas Zonas Estritamente contrato de locação; da categoria A, o processo administrativo será
Residenciais - ZER e em vagas especiais de es- IV - comprovante de inscrição no Cadastro Na- submetido à análise da Companhia de Engenha-
tacionamento. cional de Pessoas Jurídicas – CNPJ; ria de Tráfego – CET, que, no prazo de 5 (cinco)
V - comprovante de inscrição no CCM – Cadastro dias úteis, emitirá parecer técnico sobre a sua
Art. 10. A instalação de equipamentos em pas- de Contribuintes Mobiliários; viabilidade.
seios públicos deverá respeitar a faixa livre de VI - comprovante do Cadastro Informativo Mu- § 2º O pedido será indeferido quando constatada
1,20m (um metro e vinte centímetros). nicipal – CADIN em nome da pessoa jurídica a inadequação do ponto pretendido ou a incom-
requerente; patibilidade entre o ponto, o equipamento a ser
Parágrafo único. A Subprefeitura poderá estabe- VII - identificação do ponto pretendido, contendo utilizado, os dias e horários pretendidos e os ali-
lecer uma faixa livre maior do que a prevista no os seguintes itens: mentos a serem comercializados.
“caput” deste artigo, considerando as normas e a) definição do período e dias da semana em que
diretrizes fixadas pelo Departamento de Opera- pretende exercer a atividade, não podendo ser in- Seção III
ção do Sistema Viário e pela Companhia de En- ferior a 4 (quatro) nem superior a 12 (doze) horas Da seleção técnica
genharia de Tráfego. por dia; Art. 15. Concluída a análise preliminar de viabi-
b) croqui do local de instalação, que deverá con- lidade do pedido e havendo mais de um interes-
Art. 11. A definição dos pontos para o exercício ter o layout e o dimensionamento da área a ser sado no ponto indicado no edital, as propostas
de comércio deverá observar os seguintes limites ocupada, com indicação do posicionamento do apresentadas serão selecionadas, com base nos
mínimos e condições: equipamento e das mesas, bancos, cadeiras e critérios estabelecidos no artigo 14 deste decreto,
I – distância mínima de 5m (cinco metros) de: toldos retráteis ou fixos, se o caso; por Comissão de Avaliação constituída no âmbito
a) cruzamento de vias; VIII - descrição da categoria e dos equipamentos da Subprefeitura.
b) faixas de pedestres; que serão utilizados de modo a atender às condi- § 1º As sessões de seleção serão divulgadas no
c) rebaixamento para acesso de pessoas com ções técnicas necessárias em conformidade com Diário Oficial da Cidade e deverão ocorrer na
deficiência; a legislação sanitária, de higiene e segurança do sede da Subprefeitura, sendo aberto ao acompa-
d) pontos de ônibus e de táxis; alimento, controle de geração de odores e fumaça nhamento dos interessados.
e) equipamentos públicos, hidrantes e válvulas IX - indicação dos alimentos que pretende co- § 2º Em caso de empate, a proposta vencedora
de incêndio, orelhões e cabines telefônicas, tam- mercializar; será escolhida por meio de sorteio, que ocorre-
pas de limpeza de bueiros e poços de visita; X - indicação dos auxiliares, com o respectivo rá na própria sessão de seleção prevista no § 1º
II – distância mínima de 20m (vinte metros) de: documento de identidade, Cadastro de Pessoa deste artigo.
a) entradas e saídas de estações de metrô e de Física - CPF e atestado médico de aptidão para § 3º O resultado da seleção de propostas será pu-
trem, e de plataformas de embarque, rodoviárias o exercício da atividade; blicado no Diário Oficial da Cidade e no Portal da
e aeroportos; XI - certificado de realização de curso de boas Prefeitura do Município de São Paulo na Internet.
b) monumentos e bens tombados, medida a par- práticas de manipulação de alimentos em nome
tir do ponto de contato mais próximo; dos sócios da pessoa jurídica e dos auxiliares; Seção IV
c) hospitais, casas de saúde, prontos-socorros e XII - certificado de Registro e Licenciamento de Da permissão de uso
ambulatórios públicos ou particulares, medida a Veículos – CRLV em nome do permissionário Art. 16. Definida a proposta vencedora, no prazo
partir do ponto de contato mais próximo; para os equipamentos da categoria A; de 5 (cinco) dias úteis, o Subprefeito ou o Secre-
d) ginásios esportivos e estádios de futebol, me- XIII - declaração de que não é detentor de outro tário Municipal do Verde e do Meio Ambiente,
dida a partir do ponto de contato mais próximo; Termo de Permissão de Uso - TPU para comér- conforme o caso, procederá à análise final da
III – distância mínima de 25m (vinte e cinco metros) cio de alimentos em vias e áreas públicas. documentação apresentada e, constatada sua
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regularidade, proferirá despacho de deferimento § 2º O permissionário cuja permissão de uso te- Trânsito Brasileiro - CTB e nas resoluções do
da permissão de uso. nha sido suspensa nos termos do “caput” deste Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, bem
Parágrafo único. O despacho de deferimento da artigo poderá requerer sua transferência para como à regulamentação estabelecida pelo órgão
permissão de uso conterá o nome do permissio- um raio de até 50m (cinquenta metros) do ponto executivo municipal de trânsito.
nário, a categoria do equipamento, a descrição atual. Parágrafo único. O órgão executivo municipal de
do ponto, os alimentos a serem comercializados § 3º Não havendo local adequado para realo- trânsito poderá regulamentar mediante portaria
e os dias e períodos de atividade, e será publicado cação do permissionário dentro do raio de 50m específica o estacionamento de que trata o “ca-
no Diário Oficial da Cidade. (cinquenta metros), a permissão será revogada, put” deste artigo.
Art. 17. Após a publicação do despacho de defe- podendo o permissionário fazer novo pedido para Art. 25. Caberá ao permissionário obter a neces-
rimento da permissão de uso, o permissionário outro local. sária ligação elétrica perante a empresa conces-
dos equipamentos das categorias A, B e C deverá Art. 22. Ao permissionário é facultado solicitar, sionária de eletricidade.
requerer inscrição no Cadastro Municipal de Vi- a qualquer tempo, o cancelamento de sua per- Art. 26. Fica proibido ao permissionário:
gilância em Saúde missão, respondendo pelos débitos relativos ao I - alterar o equipamento, sem prévia autorização
§ 1º A inscrição no Cadastro Municipal de Vigilân- preço público. da autoridade que expediu o Termo de Permissão
cia em Saúde publicada no Diário Oficial da Cidade de Uso – TPU;
deverá ser apresentada pelo permissionário à Sub- CAPÍTULO IV II - manter ou ceder equipamentos ou mercado-
prefeitura, ou à Secretária Municipal do Verde e do DAS OBRIGAÇÕES DO PERMISSIONÁRIO rias para terceiros;
Meio Ambiente, conforme o caso, em até 10 (dez) Art. 23. O permissionário fica obrigado a: III - manter ou comercializar mercadorias não
dias contados da publicação, para instrução do pro- I - apresentar-se pessoalmente durante o perío- autorizadas ou alimentos em desconformidade
cesso e emissão do Termo de Permissão de Uso, do de comercialização, munido dos documentos com a sua permissão IV - depositar caixas ou
que deverá ocorrer no prazo de 5 (cinco) dias úteis. necessários à sua identificação, exigência que se qualquer outro objeto em áreas públicas e em
§ 2º Após a publicação do Cadastro Municipal de aplica também aos auxiliares; desconformidade com o Termo de Permissão de
Vigilância em Saúde no Diário Oficial da Cidade, a II - responder, perante a Administração Muni- Uso – TPU;
Coordenação de Vigilância em Saúde – COVISA e cipal, por seus atos e pelos atos praticados por V - causar dano ao bem público ou particular no
as Supervisões de Vigilância em Saúde – SUVIS, seus auxiliares quanto à observância das obriga- exercício de sua atividade;
terão o prazo de 90 (noventa) dias, prorrogáveis ções decorrentes de sua permissão e dos termos VI - permitir a permanência de animais na área
uma vez por igual período, para realizar a inspe- da Lei nº 15.947, de 2013, e deste decreto; abrangida pelo respectivo equipamento;
ção sanitária do equipamento. III - comunicar previamente à Subprefeitura as VII - montar seu equipamento fora dos limites
Art. 18. O Termo de Permissão de Uso – TPU mudanças de auxiliar, acompanhadas da docu- estabelecidos para o ponto;
para comércio de alimentos constitui documento mentação indicada no inciso X do artigo 12 deste VIII - estacionar o equipamento da categoria A
indispensável para a instalação dos equipamen- decreto; em desacordo com a regulamentação expedida
tos nas vias e áreas públicas, bem como para o IV - pagar o preço público e os demais encargos pelo órgão executivo municipal de trânsito;
início da atividade, devendo conter todos os dados devidos em razão do exercício da atividade; IX - utilizar postes, árvores, gradis, bancos, can-
necessários à qualificação do permissionário, V - afixar, em lugar visível e durante todo o perí- teiros e edificações para a montagem do equipa-
identificação da permissão e do equipamento. odo de comercialização, o seu Termo de Permis- mento e exposição das mercadorias;
Parágrafo único. Não será concedido mais de são de Uso - TPU; X - perfurar ou de qualquer forma danificar cal-
um Termo de Permissão de Uso – TPU à mesma VI - armazenar, transportar, manipular e comercia- çadas, áreas e bens públicos com a finalidade de
pessoa jurídica nem àquela composta por um ou lizar apenas os alimentos aos quais está autorizado; fixar seu equipamento;
mais sócios de pessoa jurídica já detentora de VII - manter permanentemente limpa a área ocu- XI - comercializar ou manter em seu equipa-
permissão de uso para comércio de alimentos pada pelo equipamento, bem como o seu entorno, mento produtos em desacordo com a legislação
em vias e áreas públicas. instalando recipientes apropriados para receber o sanitária aplicável;
Art. 19. Os pedidos de permissão de uso para o lixo produzido, que deverá ser acondicionado em XII - fazer uso de muros, passeios, árvores, pos-
exercício do comércio de alimentos em parques saco plástico resistente e colocado na calçada, tes, banco, caixotes, tábuas, encerados ou toldos,
municipais serão analisados pelo respectivo observando-se os horários de coleta, bem como com o propósito de ampliar os limites do equipa-
Conselho Gestor e submetidos à decisão do Di- cumprir, no que for aplicável, o disposto na Lei nº mento ou de alterar os termos de sua permissão;
retor do Departamento de Parques e Áreas Ver- 13.478, de 30 de dezembro de 2002; XIII - apregoar suas atividades através de quais-
des - DEPAVE. VIII - coletar e armazenar todos os resíduos sóli- quer meios de divulgação sonora ou utilizar qual-
§ 1º Poderá o Diretor negar, motivadamente, a dos e líquidos para posterior descarte de acordo quer tipo de equipamento sonoro;
emissão de Termo de Permissão de Uso - TPU, com a legislação em vigor, vedado o descarte na XIV - jogar lixo ou detritos, provenientes de seu
sendo-lhe vedada a emissão do documento sem rede pluvial; comércio ou de outra origem, nas vias ou áreas
parecer favorável do Conselho Gestor. IX - manter higiene pessoal e do vestuário, bem públicas;
§ 2º Aos pedidos de outorga de permissão de uso como assim exigir e zelar pela de seus auxiliares; XV - utilizar a via ou área pública para colocação de
em parques municipais aplicam-se todos os pro- X - manter o equipamento em estado de conser- quaisquer elementos do tipo cerca, parede, divisó-
cedimentos e prazos previstos neste decreto, no vação e higiene adequados, providenciando os ria, grade, tapume, barreira, caixas, vasos, vegeta-
que for pertinente. consertos que se fizerem necessários; ção ou outros que caracterizem o isolamento do
Art. 20. Os pedidos de permissão de uso que inci- XI - manter cópia do certificado de curso de boas local de manipulação e comercialização;
dam sobre vias e áreas públicas limítrofes a par- práticas realizado pelo sócio da pessoa jurídica XVI - manipular e comercializar os produtos de
ques municipais serão analisados e decididos, permissionária e por seus auxiliares, com carga forma que o vendedor, o manipulador, o consu-
conjuntamente, pelo Subprefeito e pelo Diretor horária mínima de 8h (oito horas), promovido pe- midor e as demais pessoas envolvidas na ativida-
do Departamento de Parques e Áreas Verdes - los órgãos competentes do Sistema Municipal de de permaneçam na pista de rolamento;
DEPAVE. Vigilância em Saúde, ou apresentar certificado de XVII – transferir, a qualquer título, o Termo de
Parágrafo único. As Secretarias Municipais de Co- curso de capacitação promovido por entidade de Permissão de Uso.
ordenação das Subprefeituras e do Verde e do Meio ensino reconhecida por órgãos vinculados ao Mi-
Ambiente editarão portaria intersecretarial para nistério da Educação – MEC, à Secretaria da Edu- CAPÍTULO V
estabelecer o fluxo de análise dos pedidos de per- cação do Estado de São Paulo ou outras entida- DA DOAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
missão de uso de que trata o “caput” deste artigo. des com profissionais devidamente habilitados; DE ALIMENTOS
Art. 21. Na hipótese de qualquer solicitação de in- XII - atender as disposições do Decreto nº 36.996, Art. 27. Fica autorizada a doação e a distribuição
tervenção por parte da Prefeitura, obras na via ou de 11 de agosto de 1997, no que for pertinente; gratuita, em vias e áreas públicas, de alimentos
implantação de desvios de tráfego, restrição total ou XIII - obter autorização prévia da autoridade que manipulados e preparados para consumo imediato,
parcial ao estacionamento no lado da via, implan- expediu o Termo de Permissão de Uso – TPU para condicionada a prévia autorização da Subprefeitura
tação de faixa exclusiva de ônibus, bem como em quaisquer alterações nos equipamentos utilizados competente, dispensados o procedimento de sele-
qualquer outra hipótese de interesse público, o per- e, em se tratando de equipamentos da categoria A, ção técnica, a obtenção de Termo de Permissão de
missionário será notificado pela Prefeitura quanto à o processo administrativo deverá ser instruído com Uso - TPU e o pagamento de preço público.
suspensão da permissão de uso. novo parecer técnico do DSV e da CET. § 1º O pedido de que trata o “caput” deste artigo
§ 1º No caso de serviços ou obras emergenciais, Art. 24. O estacionamento do veículo do equi- deverá vir acompanhado de descrição do equipa-
a permissão de uso será suspensa sem prévio pamento da categoria A nas vias públicas de- mento a ser utilizado na doação ou distribuição,
aviso. verá obedecer às regras previstas no Código de comprovação do atendimento das normas de
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COMO MONTAR um food truck
higiene e segurança do alimento, do registro do Comida de Rua, com caráter consultivo e pari- todo o período constante de sua permissão;
local de produção junto à autoridade competente, tário, que se reunirá bimestralmente para apre- V - colocar caixas e equipamentos em áreas par-
se cabível, e a indicação do local, dias e períodos sentação de propostas e discussão das questões ticulares e áreas públicas ajardinadas;
pretendidos para a doação e distribuição. relativas ao comércio de comida de rua na Cidade VI - causar dano a bem público ou particular no
§ 2º Fica dispensada de autorização a distribui- de São Paulo, cujos membros serão designados exercício de sua atividade;
ção de produtos industrializados devidamente mediante portaria do Prefeito. VII - montar seu equipamento ou mobiliário fora
regularizados perante os órgãos de vigilância § 1º A Comissão será presidida pelo Secretário do local determinado;
sanitária e que não dependam de manipulação Municipal de Coordenação das Subprefeituras ou VIII - utilizar postes, árvores, grades, bancos,
para preparo. por servidor por ele indicado, que proferirá voto canteiros e residências ou imóveis públicos ou
§ 3º O interessado deverá observar, no que cou- de desempate. particulares para a montagem do equipamento
ber, as obrigações e vedações previstas nos arti- § 2º A Comissão será constituída por 2 (dois) mem- e exposição de mercadoria;
gos 23 e 26 deste decreto. bros de entidades representativas do comércio IX - permitir a presença de animais na área abran-
estabelecido, 2 (dois) membros de entidades repre- gida pelo respectivo equipamento e mobiliário;
CAPÍTULO VI sentativas do comércio de alimento de rua, 1 (um) X - fazer uso de muros, passeios, árvores, postes,
DO COMÉRCIO DE ALIMENTOS DURANTE A membro da sociedade civil e por 5 (cinco) membros bancos, caixotes, tábuas, encerados, toldos ou
REALIZAÇÃO DE EVENTOS da Administração Municipal, dentre servidores da outros equipamentos, com o propósito de am-
Art. 28. A comercialização de alimentos e bebi- Coordenação de Vigilância Sanitária em Saúde pliar os limites do equipamento e que venham a
das alcóolicas em evento organizado por pessoa – COVISA, Companhia de Engenharia de Tráfego alterar sua padronização;
jurídica de direito privado que ocorra em vias e – CET e das Secretarias Municipais do Verde e do XI - expor mercadorias ou volumes além do limi-
áreas públicas, independentemente da lotação Meio Ambiente, de Segurança Urbana e de Coorde- te ou capacidade do equipamento;
ou área ocupada, depende da obtenção de au- nação das Subprefeituras. XII - colocar na calçada qualquer tipo de carpete,
torização prévia do Subprefeito ou da Secretaria § 3º Sempre que entender necessário, o Subpre- tapete, forração, assoalho, piso frio ou outros que
Municipal do Verde e do Meio Ambiente, confor- feito poderá solicitar, fundamentadamente, que a caracterizem a delimitação do local de manipula-
me o caso. Comissão se reúna para a apreciação de questão ção e comercialização dos produtos;
§ 1º O responsável pela organização do evento estratégica relacionada à comida de rua ou de XIII - perfurar calçadas ou vias públicas com a
deverá solicitar uma única autorização contem- questão relevante surgida por ocasião da outorga finalidade de fixar equipamento.
plando a relação de todas as pessoas jurídicas de determinada permissão de uso. Parágrafo único. Será aplicada multa em caso de rein-
participantes, bem como a indicação de respon- § 4º Os membros da Comissão serão designados cidência das infrações punidas com advertência.
sável pelo controle de qualidade, segurança e no prazo de 30 (trinta) dias, contado da publicação Art. 37. A suspensão da atividade será aplicada
higiene dos alimentos a serem comercializados. deste decreto. quando o permissionário cometer uma das se-
§ 2º O requerimento deverá ser instruído com a guintes infrações:
documentação prevista nos incisos I a VI do § 1º CAPÍTULO VIII I - deixar de pagar o preço público devido em ra-
do artigo 12 deste decreto, bem como: DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS zão do exercício da atividade;
I - identificação do local da realização do even- Art. 34. As infrações às disposições da Lei nº 15.947, II - jogar lixo ou detritos provenientes de seu comércio
to, contendo a completa identificação da via ou de 2013, e deste decreto ficam sujeitas, conforme o ou de outra origem nas vias e logradouros públicos;
área pública; caso, às seguintes sanções administrativas, sem III - deixar de destinar os resíduos líquidos em
II - indicação do dia e horário do evento ou calen- prejuízo das de natureza civil e penal: caixas de armazenamento e, posteriormente,
dário de eventos; I - advertência; descartá-los na rede de esgoto;
III - croqui do local com o layout e o dimensiona- II - multa no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais); IV - utilizar na via ou área pública quaisquer ele-
mento da área a ser ocupada, indicação do posi- III - apreensão de equipamentos e mercadorias; mentos que caracterizem o isolamento do local
cionamento do equipamento e das mesas, ban- IV - suspensão da atividade; de manipulação e comercialização;
cos, cadeiras e toldos retráteis ou fixos, se o caso; V - cassação do Termo de Permissão de Uso - TPU. V - não manter o equipamento em perfeito estado
IV - descrição da categoria e dos equipamentos § 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, de conservação e higiene, bem como deixar de pro-
que serão utilizados de modo a atender às condi- duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, videnciar os consertos que se fizerem necessários;
ções técnicas necessárias em conformidade com cumulativamente, as sanções a elas cominadas. VI - descumprir as ordens emanadas das autori-
a legislação sanitária, de higiene e segurança do § 2º Para efeito de aplicação das penalidades dades municipais competentes;
alimento, controle de geração de odores e fumaça; previstas neste artigo, considera-se reincidência VII - apregoar suas atividades através de qual-
V - indicação dos alimentos a serem comer- a prática da mesma infração, em período igual ou quer meio de divulgação sonora;
cializados. inferior a 1 (um) ano. VIII - efetuar alterações físicas nas vias e logra-
Art. 29. A autorização de que trata o artigo 28 § 3º O valor da multa de que trata o inciso II do douros públicos; IX - manter ou ceder equipa-
deste decreto será concedida pelo Subprefeito “caput” deste artigo será atualizado anualmen- mentos ou mercadorias para terceiros;
ou pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio te pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo X - alterar o seu equipamento sem prévia ciência
Ambiente juntamente com a autorização de uso – IPCA, apurado pelo Instituto Brasileiro de Ge- e autorização do órgão competente.
do bem público para a realização do evento, ografia e Estatística – IBGE ou outro que venha § 1º Será aplicada pena de suspensão de 10 (dez)
quando for o caso. a substituí-lo. dias para as infrações descritas nos incisos I, VI e
Art. 30. A autorização de que trata o artigo 28 deste Art. 35. A advertência será aplicada quando o per- VII do “caput” deste artigo.
decreto não dispensa o interessado da obtenção, se missionário cometer uma das seguintes infrações: § 2º Será aplicada pena de suspensão de 30 (trin-
o caso, do competente Alvará de Autorização para I - deixar de afixar, em lugar visível e durante ta) dias para as infrações descritas nos incisos II,
eventos públicos e temporários de que trata o artigo todo o período de comercialização, o seu Termo III, IV e V do “caput” deste artigo.
5º do Decreto nº 49.969, de 28 de agosto de 2008, de Permissão de Uso - TPU; § 3º Será aplicada pena de suspensão de 90 (no-
que tem por objeto a análise das condições de se- II - deixar de portar cópia do certificado de reali- venta) dias para as infrações descritas nos inci-
gurança do evento a ser realizado. zação do curso de boas práticas de manipulação sos VIII, IX e X do “caput” deste artigo.
Art. 31. O comércio de alimentos e bebidas alco- de alimentos. § 4º Será aplicada a pena de suspensão das ati-
ólicas em eventos organizados pela Administra- Art. 36. A multa será aplicada, de imediato, sem- vidades, pelo prazo de 30 (trinta) dias, em caso de
ção Municipal dependerá de autorização prévia e pre que o permissionário: reincidência das infrações punidas com multa.
específica das entidades ou dos órgãos públicos I - não estiver munido dos documentos necessá- Art. 38. A apreensão de equipamentos e mer-
promotores do evento. rios à sua identificação e à de seu comércio; cadorias deverá ser feita mediante a lavratura
Art. 32. Aplica-se o disposto neste Capítulo à re- II - descumprir com sua obrigação de manter do respectivo auto de apreensão e ocorrerá nos
alização de feiras gastronômicas. limpa a área ocupada pelo equipamento, bem seguintes casos:
Parágrafo único. O comércio de alimentos em como seu entorno, deixar de instalar recipientes I - comercializar ou manter em seu equipamento
feiras gastronômicas será incentivado por órgãos apropriados para receber o lixo produzido, ou produtos sem inspeção, sem procedência, alte-
e entidades da Administração Municipal. deixar de acondicioná-lo e destiná-lo nos termos rados, adulterados, fraudados e com prazo de
das normas aplicáveis; validade vencido;
CAPÍTULO VII III - deixar de manter higiene pessoal e do vestu- II - utilizar equipamento sem a devida permissão ou
DA COMISSÃO PERMANENTE DE ário, bem como exigi-las de seus auxiliares; modificar as condições de uso determinados pela
COMIDA DE RUA IV - deixar de comparecer e permanecer, ao me- lei ou aquelas fixadas pela vigilância sanitária;
Art. 33. Fica criada a Comissão Permanente de nos um dos sócios, no local da atividade durante III - utilizar equipamento que não esteja cadas-
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trado no Cadastro Municipal de Vigilância em do por metro quadrado de área pública aprovada Parágrafo único. O permissionário do comércio
Saúde - CMVS. para uso pelo permissionário. ambulante de que trata a Lei nº 11.039, de 23 de
Art. 39. O Termo de Permissão de Uso – TPU § 1º O preço público deverá ser recolhido pelo per- agosto de 1991, poderá comprovar o exercício da
será cassado por ato do Subprefeito, ou do Dire- missionário de acordo com a seguinte fórmula: atividade mediante a apresentação do Termo de
tor do DEPAVE, nas seguintes hipóteses: P = a (x) PGV (x) 0,10, onde: Permissão de Uso – TPU outorgado pela Prefeitura
I - reincidência em infrações de apreensão ou P = preço público por ano; do Município de São Paulo, acompanhado de cópia
suspensão; a = área pública total ocupada pelo permissio- da decisão judicial que autorizou sua permanência
II - transferência do Termo de Permissão de Uso nário; na área de permissão, se cabível, observados os
- TPU ou alteração do quadro societário da em- PGV = valor do metro quadrado da respectiva qua- prazos previstos no “caput” deste artigo.
presa permissionária em desacordo com a Lei nº dra, de acordo com a Planta Genérica de Valores;
15.947, de 2013, e com este decreto; 0,10 = 10% (dez por cento). Art. 47. As despesas decorrentes da execução des-
III - armazenamento, transporte, manipulação e § 2º O preço público resultante da aplicação da fór- te decreto correrão por conta das dotações orça-
comercialização de bens, produtos ou alimentos mula prevista neste artigo terá, no mínimo, o valor mentárias próprias, suplementadas se necessário.
diversos em desacordo com a permissão de uso. estabelecido pelo item 18.2.1 da Tabela integrante
Parágrafo único. A cassação do Termo de Per- do Decreto nº 54.730, de 27 de dezembro de 2013. Art. 48. Este decreto entrará em vigor na data da
missão de Uso – TPU impede a outorga de nova § 3º No primeiro ano de concessão, o preço pú- sua publicação.
permissão à mesma pessoa jurídica ou àquela blico será pago de uma só vez por ocasião da ou- PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos
composta por um ou mais sócios do permis- torga do Termo de Permissãode Uso – TPU. 6 de maio de 2014, 461º da fundação de São Paulo.
sionário cujo Termo foi cassado, pelo prazo de 2 § 4º Nos anos subseqüentes, o preço público po- FERNANDO HADDAD, PREFEITO
(dois) anos, a contar da desocupação do ponto. derá ser pago de uma só vez, ou em até 4 (quatro) RICARDO TEIXEIRA, Secretário Municipal de Co-
Art. 40. O Auto de Infração e Auto de Multa será parcelas com vencimento até o último dia útil de ordenação das Subprefeituras
lavrado em nome do permissionário, podendo ser cada trimestre. WANDERLEY MEIRA DO NASCIMENTO, Secre-
recebido ou encaminhado ao seu representante le- § 5º Caso o Termo de Permissão de Uso – TPU tário Municipal do Verde e do Meio Ambiente
gal, assim considerados os seus auxiliares. permita a instalação do permissionário em PAULO DE TARSO PUCCINI, Secretário Munici-
Parágrafo único. Presumir-se-á o recebimento diversos pontos correspondentes a diferentes pal da Saúde - Substituto
do Auto de Infração e Auto de Multa quando en- quadras fiscais, o cálculo do preço público de- JILMAR AUGUSTINHO TATTO, Secretário Muni-
caminhado ao endereço constante do Cadastro verá levar em consideração a média aritmética cipal de Transportes FRANCISCO MACENA DA
Nacional da Pessoa Jurídica do permissionário. dos correspondentes valores constantes da SILVA, Secretário do Governo Municipal
Art. 41. Contra a aplicação das penalidades Planta Genérica de Valores.
previstas no artigo 34 deste decreto, caberá § 6º O preço público devido em razão da rea- Publicado na Secretaria do Governo Municipal,
apresentação de defesa, com efeito suspensivo, lização do evento de que trata o artigo 28 deste em 6 de maio de 2014.
dirigida ao Supervisor de Fiscalização da Sub- decreto deverá ser pago de uma só vez e corres- DECRETO Nº 55.086, DE 6 DE MAIO DE 2014
prefeitura, no prazo de 10 (dez) dias, contados da ponderá a 12% (doze por cento) do valor venal do Estende a denominação da Rua Mouquim.
data do recebimento do Auto de Infração e Impo- metro quadrado da respectiva quadra, constan- FERNANDO HADDAD, Prefeito do Município de São
sição de Penalidade – AIIP. te da Planta Genérica de Valores, calculado por Paulo, no uso da atribuição conferida pelo inciso XI
§ 1º Contra o despacho decisório que rejeitar a metro quadrado de área pública efetivamente do artigo 70 da Lei Orgânica do Município de São
defesa, caberá recurso, com efeito suspensivo, utilizada pelo evento, calculado de forma propor- Paulo e à vista do que consta do processo adminis-
dirigido ao Subprefeito, no prazo de 30 (trinta) cional ao período de sua realização, devendo ser trativo nº 2014–0.065.425–0, D E C R E T A:
dias contado da data da publicação da decisão no calculado de acordo com a seguinte fórmula: Art. 1º Fica estendida a denominação da Rua
Diário Oficial da Cidade, excluído o dia do início e P = a (x) PGV (x) 0,12 dividido por 365 (x) D, onde: Mouquim, CODLOG 30.469-7, conferida pelo De-
incluído o dia do fim. P = preço público; creto nº 15.504, de 4 de dezembro de 1978, situ-
§ 2º A decisão do recurso encerra a instância a = área pública total ocupada pelo evento; ada no Distrito de Capão Redondo, Subprefeitura
administrativa. PGV = valor do metro quadrado da respectiva qua- do Campo Limpo, ao logradouro conhecido pelo
§ 3º O permissionário de áreas situadas em par- dra, de acordo com a Planta Genérica de Valores; mesmo nome, que constitui seu prolongamento
ques deverá apresentar defesa ao Diretor do De- 0,12 = 12% (doze por cento); natural (setor 184 – quadra 203), passando a via
partamento de Parques e Áreas Verdes – DEPA- 365 = número de dias do ano civil; a ter os seguintes pontos de referência: Início:
VE e interpor recurso ao Secretário Municipal do D = número de dias de realização do evento. Rua Almada Negreiros; Término: Rua Francesco
Verde e do Meio Ambiente, observados os prazos § 7º Caso o local de realização do evento englo- Martini (setor 184 – quadra 203).
e demais procedimentos previstos neste artigo. be diversos valores de metro quadrado cons-
tante da Planta Genérica de Valores, o cálculo Art. 2º As despesas com a execução deste de-
CAPÍTULO IX deverá levar em consideração a corresponden- creto correrão por conta das dotações orçamen-
DA FISCALIZAÇÃO te média aritmética. tárias próprias.
Art. 42. A fiscalização das normas higiênico- Art. 45. Fica estabelecido o prazo de 6 (seis)
-sanitárias e a apuração das infrações de natu- meses, a contar da publicação deste decreto, Art. 3º Este decreto entrará em vigor na data de
reza sanitária serão exercidas pela Coordenação para que os permissionários de que trata Lei nº sua publicação.
de Vigilância em Saúde - COVISA e pelas Su- 12.736, de 16 de setembro de 1998, procedam à
pervisões de Vigilância em Saúde - SUVIS, com compatibilização de seus Termos de Permis- PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO,
base nas disposições do Código Sanitário do são de Uso – TPU com as disposições da Lei nº aos 6 de maio de 2014, 461º da fundação de São
Município, podendo incidir sobre o equipamento 15.947, de 2013, e deste decreto. Paulo.
utilizado para o exercício do comércio e sobre o Parágrafo único. As Secretarias Municipais de FERNANDO HADDAD, PREFEITO PAULA MARIA
estabelecimento usado pelo permissionário para Coordenação das Subprefeituras e de Transpor- MOTTA LARA, Secretária Municipal de Licencia-
preparação ou manipulação do alimento a ser tes editarão portaria intersecretarial para estabe- mento FRANCISCO MACENA DA SILVA, Secretá-
comercializado em vias e áreas públicas. lecer os procedimentos para compatibilização do rio do Governo Municipal
Art. 43. A fiscalização das demais regras atinentes Termo de Permissão de Uso – TPU do “dogueiro Publicado na Secretaria do Governo Municipal,
à permissão de uso será exercida pela Subprefei- motorizado” com as disposições da Lei nº 15.947, em 6 de maio de 2014.
tura competente, com apoio da Guarda Civil Metro- de 2013, e deste decreto.
politana, com exceção dos Termos de Permissão PORTARIAS
de Uso emitidos pelo Departamento de Parques e Art. 46. Aqueles que comprovadamente exerce- PORTARIA 203, DE 6 DE MAIO DE 2014
Áreas Verdes, que serão fiscalizados pela Secretaria ram atividade em determinada área de permis- FERNANDO HADDAD, Prefeito do Município de
Municipal do Verde e do Meio Ambiente. são, de modo contínuo e regular, nos últimos 2 São Paulo, usando das atribuições que lhe são
(dois) anos antes da entrada em vigor da Lei nº conferidas por lei, RESOLVE:
CAPÍTULO X 15.947, de 2013, terão o prazo de 6 (seis) meses, I – Alterar a composição do Conselho Técnico de
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS a contar da publicação deste decreto, para solici- Análise de Projetos e Obras - CTAPO, vinculado
Art. 44. O preço público anual pela permissão de tar a permanência na área de permissão, ficando ao Departamento de Controle de Uso de Vias Pú-
uso corresponderá a 10% (dez por cento) do valor dispensada a seleção de propostas, desde que blicas, da Secretaria Municipal de Infraestrutura
venal do metro quadrado da respectiva quadra, atendidos os requisitos constantes no artigo 12 Urbana e Obras, de acordo com o disposto no
constante da Planta Genérica de Valores, calcula- deste decreto. artigo 4º da Lei 13.614, de 02 de julho de 2003.
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FRANQUIAS
INVESTIMENTO CERTO
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COM O AUMENTO DA DEMANDA DE PESSOAS DISPOSTAS
A MONTAR FRANQUIAS DE FOOD TRUCK, MARCAS
CONSOLIDADAS APOSTAM NA MODALIDADE
PARA EXPANDIR SEUS NEGÓCIOS
Desde o fim de 2013, quan- centemente no segmento de referentes a essa modalidade,
do o prefeito Haddad sancio- Food Service, realizada pela mas, para se ter uma ideia,
nou a lei que mudou as regras ABF (Associação Brasileira de no segmento de quiosques o
para venda de comida de rua Franchising), 11% das fran- faturamento foi de R$ 2.162
em São Paulo, muitas redes quias de alimentação com bilhões, com um aumento de
de franquia adotaram o food operações tradicionais em 7,1% em relação a 2013.
truck como um formato alter- shopping centers ou lojas de Embora o panorama eco-
nativo de ponto de venda. Além rua aderiram a essa modali- nômico do Brasil não esteja no
do sucesso junto ao público, o dade de oferta de produtos, seu melhor momento, o setor
menor valor de investimen- como Big X Picanha, Espeti- de franquias vem se mantendo
to inicial, maior agilidade na nhos Mimi e Los Cabrones. durante a crise, apesar de os
montagem e a possibilidade Em 2014, o segmento de investimentos terem diminuí-
de deslocamento se adequa- franquias de alimentação fa- do. Para quem deseja montar
ram bem às características de turou R$ 25.635 bilhões. Como o próprio negócio, talvez este
versatilidade e expansão ace- a ABF começou a monitorar seja um bom momento. “As-
lerada do franchising. os dados de food truck recen- sim como em outros merca-
Segundo pesquisa feita re- temente, não tem os valores dos de franquias, de fato, há
18
um cenário desafiador, com a
pressão inflacionária e a que-
da do poder de consumo. No MOTIVOS PARA APOSTAR EM UMA
entanto, é nesses momentos
que surgem oportunidades FRANQUIA DE FOOD TRUCK
como, por exemplo, a busca • Partir do zero e criar um negócio bem-suce-
por produtos e serviços mais dido exige um planejamento maior. Uma franquia
baratos. Logo, o importante consolidada no mercado tende a obter bons resul-
é que o empreendedor faça tados em menos tempo.
uma análise pormenorizada • Apostar em uma franquia pode ser uma boa
na hora de tomar a decisão opção para quem não tem habilidades na cozinha,
de investimento”, orienta João mas deseja montar um food truck. Como uma
Baptista, coordenador do Co- rede precisa padronizar seus produtos, geral-
mitê de Alimentação da ABF. mente, os franqueados só necessitam finalizar o
As vantagens da cozinha preparo dos pratos.
móvel sobre uma loja física • O capital de giro operacional é mais baixo do
são a redução sensível do cus- que de uma loja física.
to de aluguel do imóvel, se- • Muitas redes de franquia têm parceria com
guido de menor necessidade concessionárias e oficinas, o que pode ser vanta-
de mobiliário, a possibilidade joso na hora de comprar e customizar o veículo,
de deslocamento e a maior com descontos e/ou facilidades de pagamento.
flexibilidade de forma geral. • Diferentemente do que acontece em uma loja
Porém, há custos de manu- física, na franquia móvel, caso o ponto escolhido
tenção e suprimentos extras não fature o esperado, é possível mudar de local
que não são tão baixos, além em busca do aumento de vendas e rentabilidade.
das dificuldades logísticas. • Por ter como proposta mudar sua localiza-
Também há um menor espa- ção, no mínimo, diariamente, é possível atender
ço de operação, que pode in- às demandas de diferentes públicos e horários.
fluenciar na produtividade por • Enquanto o food truck circula pelas ruas, ele
pessoa, e o limite de oferta de faz a divulgação da marca em diversas regiões da
produções e serviços. cidade de operação.
Na opinião de Baptista, o
mercado de cozinha itineran-
te ainda tem muito a ama- afirma que ambos podem ser dade de franchising. “Avalie a
durecer, mas é algo que veio rentáveis, mas o importante é solidez da rede de franquia à
para ficar, já que a busca por estudar bem o mercado que qual pensa em aderir, analise
modelos alternativos de ne- se quer operar, fazer um pla- o plano de negócios envolvido,
gócio, a crescente alimenta- no de negócios consistente e as dificuldades inerentes e o
ção fora do lar e a dificulda- caprichar na operação. potencial de público das regi-
de de locomoção nas cidades Quem está iniciando no ões em que se pretende atu-
são tendências perenes para ramo da alimentação pode se ar”, orienta o membro da ABF.
as quais o food truck pode ser sentir mais seguro ao mon-
uma solução. tar uma franquia de food tru- Colaborou:
Para aqueles que têm dú- ck. Porém, na hora de buscar Associação Brasileira de
vida se devem montar um food uma empresa, considere al- Franchising (ABF)
truck de “marca própria” ou guns pontos importantes para www.portaldofranchising.
investir em uma franquia, João a escolha de qualquer modali- com.br
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FAST FOOD SOBRE RODAS
BIG X PICANHA INVESTE EM COZINHA AMBULANTE PARA
AUMENTAR VENDAS EM TODO O PAÍS
Com 15 anos de mercado e moldes atuais”, explica Rita cisam desembolsar de R$ 280
50 lojas espalhadas pelo Bra- de Cássia Poli, diretora de a R$ 300 mil reais. O retorno
sil, a empresa Big X Picanha franquias da empresa. previsto para recuperar o in-
é uma das principais redes Foram investidos R$ 1,5 vestimento é de 24 a 36 meses,
de sanduíches e grelhados milhão para desenvolver o uma vez que o faturamento
do território nacional, com restaurante sobre rodas, que mensal do food truck gira em
venda de 150 mil lanches e possui 12m² de área útil e está torno de R$ 30 a 60 mil. Com
90 mil pratos por mês. equipado com fritadeira, dois uma taxa de franquia de R$ 40
A ideia de expandir a mar- balcões refrigerados, cervejei- mil, o franqueado terá treina-
ca para os food trucks surgiu ra e toda a estrutura necessá-
devido à tendência mundial, ria para agilizar o atendimento
que no momento também e garantir a fluidez na opera-
Divulgação/ Big X Picanha
está muito forte por aqui. “O ção, que precisa de quatro fun-
Big X Picanha já tinha pen- cionários trabalhando.
sado ter uma loja dentro de Os interessados em fran-
uma carreta, mas o projeto quear este modelo devem ter
acabou não dando certo na espírito empreendedor, vonta-
época. Então, em novembro de de liderar, habilidade para
de 2014, a ideia se concreti- lidar com pessoas e participar
zou de forma mais completa da administração e do dia a dia O Big Burguer é um dos
e totalmente adequada aos do caminhão. Além disso, pre- carros-chefes do truck
20
mento prévio para assumir a
rotina da unidade, assessoria
em ações de marketing, de-
senvolvimento de novos pro-
dutos e acompanhamento
constante em sua gestão para
garantir o sucesso do negócio.
De acordo com Poli, os
gastos mensais com a manu-
tenção do caminhão são bem
mais baixos do que o de uma
unidade fixa, considerando
que o veículo tem caracterís-
ticas próximas à de um car-
ro comum e a manutenção
dos equipamentos também
Divulgação/ Big X Picanha
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CHURRASCO NO ASFALTO
ESPETINHOS MIMI AMPLIA MARCA PARA
ALIMENTAÇÃO MÓVEL E CHEGA AO MERCADO
COMO PROMISSORA OPÇÃO DE NEGÓCIOS
Com 47 anos de história, a A invenção foi patentea- a empresa, que já tinha três
Espetinhos Mimi era, inicial- da pelos Espetinhos Mimi – modelos de franquia (Empó-
mente, uma fábrica de em- nome que faz referência ao rio, Express e Grill), resolveu
butidos na região de Vinhedo, apelido de Wladimir –, e a criar também os food trucks.
interior de São Paulo. Quan- crescente demanda do pro- “Desde o início, nós tínhamos
do o proprietário da empresa, duto fez a empresa se ex- vans e carretas que usáva-
Wladimir Lene, foi contratado pandir, dando origem, em mos para servir o público nas
para realizar um churrasco 1988, a um método pioneiro festas. Era um precursor do
para cinco mil pessoas, teve de comercialização dos espe- food truck, embora não tives-
a ideia de cortar a carne em tinhos: as franquias. Devido se esse nome”, explica Fausto
pedaços e, para facilitar o a isso, a empresa é uma das Martins Borba Junior, diretor
transporte, colocá-la em es- sócias-fundadoras da ABF geral da empresa. Com a mo-
petos de aço. Assim, come- (Associação Brasileira de dernização dos caminhões, a
çou uma nova maneira de se Franquias). marca adaptou o modelo, que
fazer churrasco, principal- Em 2014, ao perceber que eles já sabiam operar, para
mente para eventos com um o consumidor estava em bus- os conceitos atuais de “comi-
grande número de pessoas. ca de comida rápida e prática, da sobre rodas”.
22
Para quem deseja montar
uma franquia de food truck
dos Espetinhos Mimi, o inves-
timento inicial é de cerca de
R$ 240 mil, valor que inclui
somente o veículo. Com fa-
turamento médio de R$ 70 a
R$ 100 mil por mês, o tempo
previsto para recuperar esse
capital é de 24 a 36 meses.
A marca dá todo o suporte
para o franqueado, como trei-
Divulgação/ Espetinhos Mimi
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MEXICANO ITINERANTE
FRANQUIA LOS CABRONES MEXICANO APOSTA
NOS TRAILERS, QUE TÊM BAIXO
CUSTO OPERACIONAL E DE INVESTIMENTO
24
sobre rodas. “Acredito que
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Divulgação/ Portugalo
QUITUTES EUROPEUS
SEGUINDO TENDÊNCIAS, PORTUGALO LEVA
OS SABORES DA COZINHA LUSITANA
ÀS RUAS PARANAENSES
26
líquida de quase R$ 13 mil, o
Divulgação/ Portugalo
tempo esperado de retorno
do capital é de 20 a 24 meses,
uma vez que os food trucks não
precisam de ponto comercial e
operam com poucos funcio-
nários, o que reduz os custos
operacionais em comparação
a outros negócios.
As vantagens de investir na
marca é que todos os produtos
são recebidos de maneira pa-
dronizada e organizada, além
de serem ultracongelados,
o que evita possíveis perdas.
Além disso, a empresa oferece
todos os treinamentos neces-
sários para a equipe e para os A franquia Portugalo prevê expansão em todo o território brasileiro
gerentes e possui uma central
de marketing, que é respon- tal na venda, pois recebe todos que as cozinhas sobre rodas
sável pelo planejamento de os produtos pré-preparados, estão aí para sanar esse pro-
comunicação da franquia. Se- só necessitando finalizar (as- blema, levando comida boa e
gundo Del Bosco, o grande di- sar ou fritar). “Isso faz que ele acessível para todos”, comen-
ferencial da Portugalo é que o não perca tempo e não tenha ta. Entretanto, para ele, a le-
franqueado mantém o foco to- desperdícios com a produção, gislação brasileira está muito
além de manter a qualidade atrasada em relação aos food
dos alimentos”, afirma. trucks, o que dificulta a atua-
CARACTERÍSTICAS Uma das características do ção dos franqueados. “Vemos
DO VEÍCULO food truck é que estar nas ruas esse movimento mais flexível e
• Modelo permite uma relação direta a favor do consumidor em ou-
Sprinter 311 CDI Street com o consumidor, o que pode tros países, mas com certeza
Extra-Longo ser muito gratificante. Porém, iremos evoluir também nesse
• Equipamentos essa proximidade também exi- quesito”, continua.
instalados ge grande dedicação, já que o A Portugalo planeja uma
Um balcão de inox, duas fri- cliente está atento a tudo: higie- expansão gradual e segura
tadeiras industriais, um for- ne, organização e atendimento. por todo o território nacional,
no combinado e um tacho Na opinião de André, a cul- tendo como objetivo estar
• Capacidade de tura dos food trucks veio para presente nas capitais e nas
estoque do veículo ficar, já que a alimentação para principais cidades das regi-
Não informado grandes públicos é um proble- ões Sul, Sudeste e Centro-
• Autonomia de ma presente há muito tempo. -Oeste até o final de 2016.
energia e de água “Costumo dizer que não me
Gerador a diesel para lembro de ter ido a um gran-
10 horas e caixa d’água Colaborou:
de evento, como show, jogo
de 200 litros Portugalo Food Truck
de futebol ou congresso, e ter
• Espaço interno www.portugalo.com.br
vivido uma verdadeira experi-
Cinco pessoas (41) 3311-2771
ência gastronômica. Acredito
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NICHOS de mercado
DE OLHO NAS
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VENDAS
OS RAMOS MAIS LUCRATIVOS NO SEGMENTO
DE ALIMENTAÇÃO PODEM SER RENTÁVEIS TAMBÉM
NOS RESTAURANTES MÓVEIS
Muitos empreendedores No caso dos food trucks, brae mostram que, entre as
apostam no setor alimen- que são o modelo de negócio tendências de hábito de con-
tício por acreditarem que é da vez, a situação não é muito sumo, o que tem se destaca-
uma área rentável. Embora diferente. Assim como acon- do com movimento crescente
isso seja verdade, as pesso- tece no momento de montar são os negócios voltados para
as costumam encarar a ati- qualquer outro empreendi- a questão da saúde.
vidade sem todo o preparo mento, é importante deixar o Como as pessoas estão
necessário, o que pode ren- amadorismo de lado e fazer acima do peso e, consequen-
der um resultado diferente um plano de negócios, tra- temente, com mais doenças,
do esperado: em São Paulo, çar a concorrência, pesquisar elas têm procurado se alimen-
por exemplo, a cada 100 res- quais são os melhores nichos tar de forma mais saudável,
taurantes inaugurados, 35% de mercado dentro do seg- o que foge à regra aos fins de
encerram suas atividades no mento e se capacitar. semana. “Como 70% do con-
primeiro ano. Pesquisas feitas pelo Se- sumo da alimentação fora do
28
lar se dá de segunda a sexta, ALIMENTOS ESPECIAIS dos ingredientes de acordo com
principalmente no horário de Cresceu o número de pes- o movimento. Criatividade é
almoço, os negócios que fize- soas com alergias ou intolerân- essencial na hora de montar o
rem algo diretamente ligado a cias alimentares, além daquelas cardápio, que deve ser apetito-
esse hábito de consumo pode- que buscam uma alimentação so como todos os outros.
rão ter mais de sucesso do que mais saudável. Pesquise quais
os tradicionais”, explica Kary- as necessidades do público PRATOS ORIENTAIS
na Muniz, consultora da área celíaco, com intolerância a lac- Não há dúvidas de que o
de alimentação do Sebrae-SP. tose e alergia a ovo para criar brasileiro aderiu e criou o há-
Por ser um mercado re- receitas diferentes e muito sa- bito de consumir os pratos da
lativamente novo, ainda não borosas para oferecer eles. culinária oriental, especial-
foi traçado um panorama dos mente a japonesa. Embora não
food trucks, mas, segundo o PRODUTOS DE seja um negócio exatamente
fundador da Food Consulting, ORIGEM VEGETAL novo, pode ser uma boa op-
Sergio Molinari, no segmento Motivados por princípios ção para quem deseja entrar
alimentício, os nichos mais pessoais ou por questões de no mercado. Sushis, sashimis,
lucrativos são o de alimen- saúde, o número de vegeta- yakisoba e outras delícias não
tação saudável/natural, res- rianos e veganos cresceu nos podem faltar no menu, entre-
taurantes orientais, padarias últimos tempos. Embora vá- tanto, por se tratar de manipu-
que servem refeições, rotis- rios food trucks tenham, pelo lação de peixes crus, os cuida-
serias e bolos caseiros. menos, uma opção de prato dos devem ser redobrados.
Os negócios focados com sem ingredientes de origem
a questão da praticidade e animal, o ramo pode ser lucra- BOLOS CASEIROS
da conveniência de rotina do tivo. Invista nas receitas doces As lojas de bolo chegaram
consumidor também estão e salgadas. com tudo ao mercado brasilei-
em alta, o que explica a ali- ro e conquistaram uma cliente-
mentação móvel ter atraído COMIDA ORGÂNICA la fiel. Porém, como é inviável
tantos fregueses. E NATURAL vender bolos grandes nos ca-
Já que as cozinhas sobre A qualidade dos alimentos minhões, você pode vendê-los
rodas são bem democráticas, sem agrotóxicos é chamariz em versão miniatura. A vanta-
uma forma de aumentar suas para quem busca alimentos gem desse tipo de negócio é
chances de lucro é adaptando saudáveis. Porém, por se tra- que você não precisará investir
essas ideias para o seu negó- tar de um alimento mais caro, em muitos equipamentos, já
cio ambulante. é preciso calcular a quantidade que toda a produção será feita
em uma cozinha de apoio.
Shutterstock
Colaboraram:
Sergio Molinari –
Food Consulting
www.foodconsulting.com.br
contato@foodconsulting.
com.br
Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Peque-
nas Empresas (Sebrae):
www.sebrae.com.br
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EMPREENDEDORES de sucesso
Zeca Amaral descobriu o montar um food truck. “Nesse gastos mensais são conside-
interesse pela cozinha aos 12 trabalho, rodamos 12 mil km ráveis, pois envolvem limpeza
anos, inspirado na mãe e na em uma caravana, então per- e combustível.
avó, que eram cozinheiras na- cebi a receptividade do públi- A proposta do Cozinha com
tas. Apesar disso, sua vida pro- co e descobri como é bom ver Z é trabalhar com a releitura
fissional tomou outros rumos o cliente reagir à sua comida. da cozinha brasileira servindo
e ele se tornou executivo em Essa itinerância serviu de ins- pratos que custam, em mé-
outra área. Depois de um tem- piração para eu montar o meu dia, R$ 22. Os carros-chefes
po, a paixão por cozinhar falou negócio”, conta o empresário. do truck são o baião de dois e
mais alto. Então, ele fez facul- O investimento de Amaral a feijoada, mas também há a
dade de gastronomia, traba- e de sua sócia, Virna Miranda, carne no molho de cerveja es-
lhou como professor de cozi- foi de R$ 170 mil, e como es- cura com purê de mandioqui-
nha brasileira, virou consultor tão há menos de um ano nas nha com castanha, o flamba-
em alimentos e de planeja- ruas, ainda não recuperaram dinho na cachaça com tutu de
mento de cardápio e foi per- esse capital. O faturamen- feijoada, salpicão de carne-
sonal chef. Porém, foi quando to diário, em média, é de R$ -seca, moqueca, sanduíches
uma marca o convidou para 2.700, mas esse valor pode de carne-seca com de cerveja
viajar pelo Brasil cozinhan- aumentar dependendo do no pão rústico, entre outros.
do, que ele se interessou por tipo de evento que fazem. Os “A nossa marca se propõe a
30
fazer cozinha brasileira. É um
resgate de família e de co-
mida caseira, oferecendo um
tipo de confort food na rua”,
afirma Amaral. O cardápio é
sazonal, e costuma ser alte-
rado de acordo com o clima.
Como tem o TPU (Ter- Divulgação/ Cozinha com Z/ João Quesado
mo de Permissão de Uso) da
Subprefeitura de Pinheiros,
Zeca estaciona seu veículo
na região quatro vezes por
semana. Nos demais dias, o
caminhão participa de even-
tos para os quais o cozinheiro
é convidado, como shoppings,
lojas e festivais de food truck.
Eventualmente, ele também Foram investidos R$ 170 mil para montar o Cozinha com Z
participa de algum Food Park. ao local, é necessário mon- lor e de frio, que são fatores
O empreendedor acorda tar toda a estrutura externa. que podem diminuir as ven-
muito cedo, pois, a partir das Após o término das vendas, das. Outros problemas são
7h30, o caminhão começa tem de guardar tudo nova- a insegurança e a violência.
ser carregado para, às 10h, mente e levar o carro de vol- “Como não temos pontos
ir para a rua. Quando chega ta para a garagem, onde ele consolidados, com a estru-
é descarregado e limpo. “Ao tura necessária e policia-
montar um food truck, a gen- mento, a gente fica vulnerá-
CARACTERÍSTICAS te faz uma empresa de co- vel”, revela Amaral.
DO VEÍCULO mida e, ao mesmo tempo, de Como a busca pelo au-
• Modelo logística”, brinca Zeca. mento de venda neste seg-
VUC Renault Master 2015 Mesmo com a rotina puxa- mento é constante, ele pen-
• Equipamentos da, Amaral nunca pensou em sa em montar, futuramente,
instalados mudar de ramo de empreen- outra unidade de venda, ex-
Geladeira com três portas, dimento. “Esse é um sonho pandindo sua marca. O em-
fogão de quatro bocas se- que virou realidade, e não tem presário acredita que já está
mi-industrial, uma chapa como desistir de algo que é a constatado que o mercado
profissional, dois banhos- sua paixão”, afirma. dos food trucks veio para fi-
-maria e um cooler Para Zeca, o melhor de car. “Quando o nicho ficar
• Capacidade de trabalhar nas ruas é ver a re- saturado, haverá um filtro e
estoque do veículo ação das pessoas ao provar a quem tiver proposta definida
Produção de 500 refeições sua comida e ter a liberdade vai sobreviver e seguir em
• Autonomia de de atender públicos com per- frente”, finaliza.
energia e de água fis diferentes a cada dia.
três a quatro horas de Entretanto, um dos obs-
funcionamento e 50 litros Colaborou:
táculos é o clima, e por isso
de água potável Cozinha com Z
é importante o food truck
• Espaço interno http://cozinhacomz.com.br
estar adaptado e preparado
Seis pessoas contato@cozinhacomz.com.br
para dias de chuva, de ca-
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noite para ajudar no fechamen-
to das contas. Aos sábados e
domingos saímos só com uma
unidade, assim é possível reve-
zar a equipe e concentrar todas
Reprodução Facebook
as forças em um único ponto”,
explica Márcio.
A escolha do nome Buzi-
na se deve ao fato de ser uma
palavra forte e sonora, que tem Criado em 2013, o Buzina foi o primeiro food truck nos moldes americanos
tudo a ver com a proposta do
empreendimento. “Nós chega- res da semana para criar certo a pessoa tem de amar cozinha.
mos para fazer barulho.Tanto vínculo com o ponto e fidelizar Estudar o mercado, fazer um
é que, quando estacionamos o os clientes. plano de negócios, pesquisar
veículo e quando vamos embo- Diariamente, os empresá- se é viável, analisar o que está
ra do ponto, tocamos a buzina”, rios chegam à cozinha de apoio faltando no mercado, gostar de
avisa Márcio. às 8h30, onde contam com uma lidar com pessoas, não se im-
Os sócios seguem a filoso- equipe de 16 pessoas para pro- portar com trânsito nem com
fia do food truck à risca. Como dução, escritório e caminhão. mau tempo e ter jogo de cintu-
gostam de ficar nas ruas, só Duas horas depois, eles se- ra também são essenciais. “Os
participam de eventos fechados guem em direção às ruas, cada food trucks não são modismo,
para os quais são contratados. um em um veículo. Entretanto, são uma oportunidade para
O veículo funciona de terça a semanalmente, Jorge e Marcio quem quer abrir o próprio ne-
sexta, cada dia em uma locali- se revezam para ter entrosa- gócio. Se tem até lei, é porque
zação diferente. Aos sábados, mento da equipe e para ambos o governo enxergou como um
sempre repetem um dos luga- explorarem todos os pontos. novo nicho que gera economia.
Na opinião de Márcio, os Então, se tiver vontade, acredite
pontos negativos de se tra- em você mesmo e realize seu
CARACTERÍSTICAS balhar na rua são o trânsito, sonho”, aconselha.
DO VEÍCULO o clima e a dificuldade para Os proprietários do Buzina
• Modelo conseguir funcionários qualifi- têm muitos planos: montar um
Sprinter 311 Street cados e comprometidos com o terceiro caminhão para atender
• Equipamentos trabalho. As vantagens, porém, eventos fechados, abrir uma
instalados são mais numerosas: indepen- loja física, escrever um livro so-
Dois balcões refrigerados, dência, liberdade, contato com bre a história do Buzina, fazer
chapa, fogão de quatro bo- o cliente e feedback rápido são um documentário sobre uma
cas, fritadeira, conserva- algumas delas. viagem gastronômica que farão
dor/cooler de 70 litros de Os diferenciais do Buzina Brasil afora e montar uma pe-
bebidas e exaustão em realação aos concorrentes quena escola de culinária para
• Capacidade de são o atendimento e a qualida- pessoas carentes, para a qual
estoque do veículo de dos ingredientes. “Existe um buscam patrocinadores.
Produção de até mil pratos tripé para um bom food truck:
• Autonomia de serviço, preço e comida”, pon-
energia e de água Colaborou:
tua o empresário.
Oito horas Buzina Food Truck
Àqueles que desejam se
• Espaço interno www.buzinabrasil.com.br
aventurar no ramo, o cozinhei-
Seis pessoas buzina@buzinafoodtruck.com
ro reforça que, acima de tudo,
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pho, que tem o truck como informal. Na época, eles es-
sua fonte de renda. Os outros tacionavam em um ponto
sócios dão suporte ao cozi- que percebiam ter mais mo-
nheiro no que for necessário. vimento, analisavam se dava
Atualmente, a marca tra- para faturar e ficavam por
balha no horário do almoço lá durante dois dias. “O nos-
nos pontos liberados pela so espírito não é de ficar no
Subprefeitura de Pinheiros, mesmo lugar”, relata.
onde estão cadastrados. Os A marca também possui
endereços dos pontos foram uma loja física na região da
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Duda Ferreira, chef e um sollaro, para tocarem o pro- lugares em que estacionam o
dos sócios do Quitinete – Co- jeto comigo, e assim nasceu o truck e dos tipos de eventos
mida de Caminhão, cresceu Quitinete na Rua”, lembra. que participam.
em uma família em que al- O investimento do trio Embora ainda não te-
moços e jantares eram gran- para montar o food truck foi nham pontos fixos – estão
des eventos. E como desde de R$ 350 mil. Com apenas aguardando as Subprefeitu-
criança já gostava de cozi- cinco meses de empresa eles ras de São Paulo liberarem o
nhar, optou por fazer facul- já tiveram o retorno de meta- TPU –, eles fazem parcerias
dade de Gastronomia. de capital, e a meta é que re- com comércios de rua para
Após dez anos de expe- cuperem tudo até o primeiro estacionar o caminhão fre-
riência, tendo passado por semestre de 2016. quentemente nos mesmos
diversos restaurantes reno- Segundo o empresário, são lugares. “Escolhemos nos-
mados de São Paulo, no fim baixos os gastos mensais com sos pontos baseados em al-
de 2013 ele decidiu que era a manutenção do veículo. Ele guns ‘pilares’, como público
o momento de realizar seu paga em torno de R$ 350 de potencial consumidor e loca-
maior sonho: ter sua própria combustível, R$ 400 para lim- lização visualmente privile-
cozinha. Porém, como manter peza interna e externa, e cerca giada”, relata Duda.
um restaurante físico envolvia de R$ 100 para pequenos repa- Além da dificuldade para
um alto custo, ele começou a ros, como troca de lâmpadas. conseguir a licença para es-
pesquisar sobre os food tru- Quanto ao faturamento tacionar, os proprietários do
cks. “Encontrei neste formato diário, no início, era de apro- food truck têm um grande
aquilo que eu desejava para ximadamente R$ 1.500, mas inimigo: o tempo. Quando
desenvolver o meu trabalho. agora essa quantia é de qua- faz muito calor, muito frio ou
Então, convidei dois amigos, se R$ 2 mil. No entanto, esse chove, as vendas diminuem
Luiz Morillo e Renato Con- valor varia de acordo com os drasticamente. Em contra-
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partida, a proximidade com o
cliente, ter mobilidade para
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Shutterstock
PROPOSTA SAUDÁVEL
GORILLA CHEGA AO MERCADO VISANDO
SATISFAZER CLIENTES QUE BUSCAM REFEIÇÕES
RÁPIDAS, SABOROSAS E NUTRITIVAS
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natural, eles dispõem de três
Reprodução Facebook
combinações diferentes, sen-
do uma delas “detox”. Açaí
orgânico, barrinhas e bolo
integral são sugestões nu-
tritivas para aqueles que não
dispensam a sobremesa após
as refeições.
Por serem novos no ramo,
os sócios ainda estão se es-
truturando, mas acreditam
que levarão dois anos para
recuperar os R$ 250 mil in-
vestidos no caminhão, já que
o faturamento médio mensal O chef utiliza forno combinado no processo de cocção dos alimentos,
dispensando o uso de óleo nos preparos
bruto é de R$ 50 mil. Cerca de
R$ 2 mil são destinados aos sempre no mesmo lugar. Os les que oferecem uma refei-
gastos fixos com a manuten- empresários costumam es- ção de qualidade a um preço
ção do veículo, como a lava- tacionar o caminhão perto de acessível. E para quem dese-
gem do truck, que é realizada lojas, bares e estacionamen- ja entrar na área, ele aconse-
a cada dois dias. tos, além de participar de al- lha: “Pense bastante, analise
Como a estratégia do Go- guns eventos fechados para as vantagens e as desvanta-
rilla é atrair um público bem empresas. O perfil dos clien- gens e siga em frente com os
diversificado, o truck não fica tes realmente é bem varia- seus objetivos”, conclui.
do, com pessoas de todas as
idades, mas que têm algo em
CARACTERÍSTICAS comum: buscam pratos rápi-
DO VEÍCULO dos, saborosos e saudáveis.
• Modelo Apesar da rotina corri-
Sprinter 2014 da e dos contratempos que
• Equipamentos os proprietários das cozi-
instalados nha sobre rodas enfrentam
Freezer, geladeira, forno diariamente, como a busca
combinado Rational e li- constante por lugares para
quidificador trabalhar, Guilherme é apai-
• Capacidade de xonado pelo que faz. “Traba-
estoque do veículo lhamos entre amigos, então,
Entre 800 a mil refeições mesmo que o dia seja can-
por dia sativo, estamos sempre nos
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RECEITA DA “NONNA”
COMANDADO POR TRÊS MULHERES, NHOC NHOC ENTRA
NO SEGMENTO COM O OBJETIVO DE OFERECER COMIDA
CASEIRA DE QUALIDADE E MUITA SIMPATIA
Após oito anos de carreira, muitos trucks para conhe- não tiveram o retorno dessa
a jornalista Milena Carril Puig cer o mercado de perto. quantia, mas o faturamento
resolveu trocar a redação pela A ideia inicial era servir mensal já gira em torno de
cozinha. Em menos de um comida saudável, mas, de- R$ 20 a 25 mil.
ano de curso de gastronomia, pois de muita pesquisa, con- O cardápio varia semanal-
ela conheceu Carla Andrade cluíram que não seria o ideal. mente, e os itens custam en-
e Lívia Testa. Como as três Então, optaram por algo que tre R$ 23 e R$ 28, dependen-
tinham muitas afinidades e ainda não existia no universo do dos ingredientes utilizados
o mesmo estilo de cozinhar, das cozinhas sobre rodas e na receita. Como não conse-
montaram um buffet e passa- que remetesse ao gostinho da guem preparar os pratos dia-
ram a fazer eventos. comida de casa: nhoque. As- riamente, fazem os molhos e
Depois de um tempo, sim, no dia 5 de maio de 2015, as massas com antecedência,
elas resolveram montar um o Nhoc Nhoc chegou às ruas. embalam as porções a vácuo
negócio próprio, mas, por As empresárias investi- e as conservam sob refrige-
acharem inviável abrir um ram R$ 230 mil no caminhão, ração. Na hora de servir, elas
restaurante, optaram pelo o que inclui a adaptação e aquecem e finalizam os pre-
food truck. Elas procuraram os equipamentos de cozinha paros em poucos minutos.
o Sebrae, fizeram um pla- profissional. Como estão atu- Seguindo o conceito do
no de negócios e visitaram ando há pouco tempo, ainda food truck, as empresárias
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não têm um ponto certo para
estacionar. O que elas mais
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Divulgação/ Busger
“FOOD BUS”
SÓCIOS INOVAM COM VEÍCULO DIFERENCIADO E
GANHAM AS RUAS DE SÃO PAULO COM BUSGER
Embora trabalhasse no Como já conhecia Luciano Rodrigo diz que que os gastos
ramo de construção civil, Ro- Oberle há 15 anos, Rodrigou foram altos, aproximadamen-
drigo Arjonas sempre teve convidou o amigo para ser te o dobro do que se paga em
vontade de abrir algo voltado seu sócio. Juntos, eles come- um food truck convencional,
para a área da gastronomia, çaram a estudar o mercado pois, além dos equipamentos
mas sempre faltou coragem dos trucks e se propuseram da cozinha profissional e do
de trocar o certo pelo duvi- a ter um diferencial que des- gerador, ele contratou proje-
doso. Até que, em 2014, ao pertasse um sentimento nas tistas do ramo.
perceber que o início da cri- pessoas. “Acredito que, para Como o “food bus” foi
se econômica do País esta- alcançar o sucesso, você pre- inaugurado em junho de
va atingindo o setor em que cisa vender algo que as pes- 2015, os sócios ainda não
trabalhava, procurou algo soas queiram, mas de uma têm um faturamento mensal
que tivesse uma maior ren- forma que mexa com a emo- definido, mas acreditam que
tabilidade e menor risco de ção e a curiosidade delas. levarão um bom tempo para
inadimplência. Então, passou Por isso, resolvemos fazer ter o retorno do valor inves-
a analisar várias possibilida- um food truck diferente dos tido. E como espírito empre-
des e o food truck foi a que demais”, explica Rodrigo. A endedor é o que não falta na
mais chamou a atenção dele, receita deu certo. O Busger, dupla, a ideia é expandir o
pois se tratava de um negócio construído em um ônibus es- negócio e fazer a marca ficar
que poderia ser testado em colar americano antigo, cha- reconhecida pela qualidade
vários locais e com públicos ma a atenção por onde passa. do produto que vendem, não
diferentes, além de ter uma Apesar não informar o va- somente pelo modelo do ôni-
lucratividade alta. lor da adaptação do veículo, bus. “Nosso projeto é abrir,
42
pelo menos, mais dois trucks
até 2016”, conta Arjonas.
Por se tratar de um veículo
grande, eles têm dificuldade
para encontrar lugares com
espaço suficiente para estacio-
nar o ônibus durante a sema-
na. Por isso, pretendem se ins-
talar em um local fixo no bairro
do Ipiranga. Com um ponto
Divulgação/ Busger
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DOCE
NEGÓCIO
COM VISUAL DELICADO, DOCERIAS SOBRE RODAS ENCANTAM
E CONQUISTAM CADA VEZ MAIS ESPAÇO NAS VIAS PÚBLICAS
Shutterstock
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ram o Bamboleiras, nome
que remete à brincadeira de
criança com bambolê e ao
movimento circular de mexer
Divulgação/ Bamboleiras
o bolo.
Com investimento ini-
cial de R$ 200 mil, valor que
abrange equipamentos para
a cozinha de apoio, as sócias
Comandando por duas mulheres, o Bamboleiras, um dos primeiros food trucks
faturam cerca de R$ 30 mil de doces, resgata os sabores de infância de maneira lucrativa
por mês. Apesar dos altos
gastos fixos com a manuten- que garante a qualidade dos
ção do caminhão – oficina, produtos. A confeitaria abre CARACTERÍSTICAS
seguro, limpeza do veículo, às 9h, e uma hora depois o DO VEÍCULO
dedetização e licença para carro é abastecido com os bo- • Modelo
operar na rua –, elas acredi- los. Das 11h às 15h elas cos- Fiat Ducato Maxi Cargo
tam que em seis meses con- tumam ficar no ponto de ven- • Equipamentos
seguirão recuperar o capital da, e depois retornam para a instalados
investido. cozinha de apoio, onde reti- Um balcão refrigerado, duas
A Subprefeitura de Pinhei- ram os produtos que sobra- geladeiras, uma cafeteira pro-
ros, região onde as sócias ram e limpam o caminhão. Às fissional e um micro-ondas
escolheram para estacionar 18h, o truck vai para a gara- • Capacidade de
o food truck, liberou para al- gem, onde são recarregadas estoque do veículo
guns veículos a TPU (Termo as baterias do veículo. Para 500 bolos
de Permissão de Uso). Dessa Para montar o cardápio, a • Autonomia de
forma, elas têm dez pontos dupla reuniu as receitas dos energia e de água
disponíveis no bairro para es- antigos caderninhos da famí- 15 horas
tacionar rotativamente. Além lia e fez adaptações com no- • Espaço interno
desses locais, elas costumam vos ingredientes e técnicas. Quatro pessoas
ficar em lojas que possuem “Os produtos conservam uma
estacionamento privado e ‘caseirisse’ tanto no modo de der ir até o cliente, atender
dentro de empresas. preparo como na apresenta- diversos públicos e divulgar
Os doces são fabricados ção”, explica Ariane. Além do a marca com mais facilidade
diariamente, e a produção é café quentinho, elas vendem são algumas das vantagens
estritamente manual, sem bolos em versão miniatura, da cozinha sobre rodas. Po-
corantes ou conservantes, o como o de morango, que leva rém, estar suscetível às mu-
morangos frescos, geleia ca- danças climáticas e a insegu-
seira e chantili; o de paçoca, rança nas ruas de São Paulo
com paçoca molhada caseira são alguns problemas que os
e recheio de doce de leite; e donos de trucks têm de en-
Divulgação/ Bamboleiras
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TRUCK GOURMET
Quem circula pelas ruas
de Belo Horizonte já deve ter
se deparado com uma Kom-
bi azul retrô. A marca surgiu
em 2011, quando a doceira
e proprietária do food truck
Cadê meu Brigadeiro?, Môni-
ca Drummond Galan, fazia os Divulgação/ Cadê Meu Brigadeiro?
preparativos para o próprio ca- Com visual charmoso e produtos de qualidade, a marca ganhou as ruas da capital mineira
46
ser um desafio de renovação de
energia. Então, aproveitamos o
momento em que os food trucks
começaram a invadir São Paulo
Divulgação/ D’Macarons
e logo fizemos o nosso. Somos
pioneiros em macarons”, diz.
Por ter optado por um trailer,
o investimento da empresária
foi de cerca de R$ 50 mil, que
foram recuperados em menos Pioneira na venda de macarons em trailers, a marca recuperou a
quantia investida em menos de 12 meses
de um ano. E como o produto
tem como característica o pós- familiar, então a produção e dias chuvosos a clientela é me-
-venda, Daniela não explora fabricação dos doces é lidera- nor, a empresária acredita que
somente o trailer nas ruas, mas da por Daniela. Já a parte de os food trucks têm tudo para
também em festas, casamentos vendas, compras e manuten- dar certo. “Assim como em
e eventos corporativos, que ren- ção do trailer fica por conta de qualquer negócio, temos bons
dem um faturamento de até R$ Nilton Diniz, sócio da empresa. profissionais e bom projetos.
12 mil por mês. Entretanto, só Hoje, a marca conta com 15 Porém, aqueles que não se
com a manutenção de veículo, sabores diferentes do delicado adequarem às exigências dos
que engloba limpeza, estaciona- doce francês, como banana ca- clientes, naturalmente sofre-
mento e ajustes, os gastos são ramelizada, baunilha, caramelo, rão com os resultados”, opina.
de R$ 5 mil por mês. cupuaçu e rosas. Todos os pro- Visando expandir a mar-
A D’Macarons é um projeto dutos levam 80% de matéria- ca, os sócios pensaram em
-prima importada, o que garante abrir um ponto fixo, mas deci-
CARACTERÍSTICAS a qualidade deles. diram investir em um contêi-
DO VEÍCULO Na fase inicial, quando esta- ner permanente no Marechal
• Modelo vam testando a fabricação dos Food Park, em São Paulo, que
Trailer macarons, Daniela teve vontade inaugurou no início de agosto
• Equipamentos de desistir. Até que criou a receita de 2015. “Estamos focados no
instalados final e se sentiu preparada para nosso produto, na qualidade
Geladeira e cafeteira encarar o próximo desafio. do atendimento e na satisfação
• Capacidade de Para a chef, a vantagem de dos nossos clientes, por isso,
estoque do veículo ter uma doceria móvel é permi- sempre pensamos em inovar e
Cerca de cinco mil macarons tir que o maior número de pes- fazer diferente”, finaliza.
• Espaço interno soas conheça o seu produto – a
Três pessoas D’Macarons é de São Paulo, mas Colaboraram:
já participou de eventos até em Bamboleiras
Brasília. Além disso, o reconhe- www.bamboleiras.com.br
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NEGÓCIO rentável
OUTDOOR
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NOVA FORMA DE
LUCRAR COM OS
FOOD TRUCKS É
EXPONDO NOMES
AMBULANTE
latarias dos veículos. Foi o que perimentação entre os consu-
aconteceu com o Buzina Food midores. Por isso, a parceria
DE EMPRESAS Truck, que tem a Sol Premium com o Buzina é por meio de
NO VEÍCULO e a Cepêra como patrocina- uso dos produtos da marca nos
dores. “Como o Buzina tem caminhões. “O movimento de
Os food trucks foram des- mais de 50 mil seguidores no food trucks cresce vertigino-
bravando o mercado de comi- Facebook, 30 mil no Instagram samente no Brasil, principal-
da de rua até conquistarem o e tem muita mídia, eles viram mente em São Paulo. Então, foi
paladar dos brasileiros. Devido que seríamos um outdoor am- uma oportunidade de apresen-
ao sucesso que esse tipo de bulante que roda de 15 a 20 tar os nossos produtos para
negócio vem fazendo, um ve- localizações semanais. Esse é um público mais jovem, além
ículo que revela bom gosto no o meu ponto de venda”, reve- de criar um vínculo emocio-
design tende a atrair a aten- la Márcio Silva, proprietário de nal e nos posicionarmos como
ção dos clientes e também de um dos primeiros food trucks uma marca contemporânea”,
grandes empresas. do Brasil. Como o Buzina já explica o CEO da empresa, De-
Quando perceberam que as conta com dois caminhões, ele cio Augusto da Costa Filho.
cozinhas móveis são uma for- também tem parceria com a A estratégia deu certo: ge-
ma itinerante de divulgação, Mercedes-Benz. rou um boca a boca espontâneo
marcas renomadas se interes- De acordo com a Cepêra, a para a marca e potencializou as
saram por fazer parceria com ideia de divulgar a marca em mídias sociais, que tiveram um
proprietários dos caminhões, um food truck surgiu como crescimento na base de fãs em
expondo seus logotipos nas uma forma nova de gerar ex- mais de 3.500%. Devido a esse
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sucesso, a marca fechou par- o retorno maior do que o es- seja recente, a empresa se diz
ceria com outros food trucks e perado. Por conta disso, a em- feliz com o resultado. “Mesmo
estuda patrocinar caminhões presa fez parcerias com outros sem métricas previamente es-
de outras regiões do Brasil. trucks, além de apoiar alguns tabelecidas, está superando as
A Cepêra também montou festivais de comida de rua. expectativas pelo feedback que
um food truck dentro de um recebemos daqueles que ex-
carro Smart. Com o intuito de CONSUMIDORES EM FOCO perimentam os sanduíches e
divulgar a nova linha de produ- Com a estratégia de pro- das manifestações espontâne-
tos, o veículo foi adaptado para porcionar interação com os as que são postadas nas redes
levar todos os ingredientes ne- consumidores por meio de sociais”, revela Colombo.
cessários para servir até 250 uma experiência gastronômica Pensando em reforçar a co-
minilanches de degustação a um preço acessível, além de municação com os consumido-
para frequentadores de Food posicionar a empresa no emer- res, a Ajinomoto® também re-
Park e clientes de supermer- gente mercado de food trucks, solveu investir nos caminhões.
cado. Chapa para preparação, estando presente nos princi- A empresa tem parceria com o
armário para guardar os mate- pais eventos de gastronomia da La Buena Station e com o Te-
riais e balcão para apoio foram cidade de São Paulo, a Tirolez maki Point, e diz que o retorno
alguns dos equipamentos ins- também recorreu à divulga- da divulgação da marca está
talados no pequeno automó- ção de sua marca nas cozinhas dentro das expectativas.
vel, que circulou pelo estado itinerantes. “Com a parceria A empresa planeja ampliar
de São Paulo. queremos trazer um conceito esses patrocínios em breve por
Também patrocinadora do inovador para o segmento, por entender que o segmento de
Buzina Food Truck, a cerveja meio de combinações diferen- food trucks é uma tendência e
Sol Premium tem uma parceria ciadas que vão gerar experi- estabelece relações positivas
de exclusividade no veículo em mentação e aumentar o co- com seus clientes. “Trabalhan-
troca de uma cota de produto nhecimento dos diversos tipos do juntos, temos a oportunida-
gratuita e do logo aparente no de queijo, suas versatilidades de de evoluir juntos e construir
truck. Segundo Carina Hermi- e harmonizações”, explica Ga- soluções cada vez melhores”,
da, gerente de marketing da briela Colombo, gerente de ma- diz o gerente de marketing da
Sol, houve um entrosamento rketing da companhia. Food Service da Ajinomoto do
muito grande entre a empresa A parceria com o food truck Brasil, Eduardo Bonelli.
e os dois chefs desde o início. QG teve início em maio deste As parcerias variam de
“Quando tivemos a primeira ano. A fabricante de queijos acordo com a necessidade
conversa, encontramos mui- fornece seus produtos para de cada cliente, mas a mar-
ta sinergia entre as marcas. o truck, faz divulgação no Fa- ca apoia desde o suprimento
O Márcio e o Jorge se identi- cebook, site e assessoria de de produtos e patrocínios até
ficaram pessoalmente com o imprensa e dá o suporte no o desenvolvimento de menus
‘Espiritu Libre’ da marca Sol, o desenvolvimento de materiais junto à cozinha experimental
que também contribui bastante de comunicação, como layout que possuem. Cada caso é es-
para esse projeto”, explica ela. do truck, lousa para a divulga- tudado profundamente, visan-
A parceria foi uma aposta ção dos sanduíches que serão do proporcionar vantagens e a
para as duas marcas. A mar- vendidos no dia, porta-lan- evolução dos negócios para os
ca de cerveja ainda não estava ches, entre outros. Em troca, o dois lados. “Acreditamos que a
com o novo “visual” nem o con- QG entra com a divulgação na parceria de verdade é aquela na
ceito de “liberdade”, e o Buzina marca no caminhão e nas mí- qual nosso cliente cresce, pois
estava em fase inicial. Porém, dias sociais. a evolução deles é nossa fonte
ambos se surpreenderam com Embora esse patrocínio de sucesso”, finaliza Bonelli.
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FOOD TRUCK no mundo
TENDÊNCIA
MUNDIAL
PRESENTES EM DIVERSOS PAÍSES, AS COZINHAS MÓVEIS
MOSTRAM QUE VIERAM PARA FICAR E TRANSFORMAR O
CONCEITO DE ALIMENTAÇÃO NAS RUAS
nerantes chegaram há algum
tempo, mas somente há cerca
de um ano ganharam o gosto
dos londrinos. Na Alemanha,
eles surgiram em 2014 e, ape-
sar de ainda serem novidade,
já fazem muito sucesso. Em
contrapartida, na França, em-
bora não fossem recentes, so-
mente no ano passado passa-
ram a ser vistos como uma boa
opção gastronômica.
CANADÁ
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food trucks oferecem cardápios canal de Esportes ESPN. Todos guer para agradar o paladar
descontraídos, mas de qualida- os cardápios são inspirados nos dos franceses.
de. Há os que servem os lan- pratos mais pedidos nas lan- Atualmente, é possível en-
ches clássicos, como hot dog e chonetes de cada atração, mas contrar as mais variadas comi-
hambúrguer, mas os transeun- têm um toque especial. das, que vão desde os saboro-
tes também encontram uma sos sanduíches até os sushis,
grande variedade de cardápios: ALEMANHA passando pela culinária argen-
comida indiana, churrasquinho Até 2014, Berlim não ti- tina, italiana e asiática. Como
coreano, o famoso arroz com nha o costume de preparar forma de “garantir” a alta qua-
frango e carneiro, waffles, pret- comida em veículos tipo food lidade dos pratos, os empre-
zels, tacos, batata frita belga, truck. Entretanto, o nicho de endedores fazem questão de
entre outros. Os mais cotados negócio chegou à capital ale- reforçar que utilizam somente
costumam ter longas filas. mã, especialmente na Street matéria-prima francesa.
Assim como no Brasil, al- Food Thursday, uma feirinha
guns veículos são gerenciados gastronômica que acontece às INGLATERRA
por chefs renomados, que tro- quintas-feiras que acontece no A comida sobre rodas é tão
caram as lojas físicas por um bairro de Keruzberg. O evento prestigiada na capital britânica
negócio itinerante. O estacio- tem um local reservado para que há um site que dá todas as
namento em locais privados os trailers, que já ganharam o informações e faz avaliações
também não é prioridade. Eles gosto dos alemães com as di- sobre cada um dos empreen-
costumam parar nas principais versas opções de pratos, como dimentos registrados. Embora
vias da cidade diariamente, in- os típicos do país. os restaurantes itinerantes es-
clusive de madrugada. tejam espalhados pela cidade,
Outra modalidade mui- FRANÇA há um endereço (Kerb King’s
to comum na cidade são os Os food trucks dominaram Cross) em que ficam diversos
food carts, que são maiores e as ruas parisienses. O que con- food trucks enfileirados.
têm formato diferente da ver- tribuiu para que a comida de Algumas opções de menu
são brasileira. Eles costumam rua ganhasse espaço foram as são tacos, guiozas, hambúr-
oferecer pratos mais simples, receitas criadas por jovens che- guer, comida indiana, paella,
como sanduíches e sucos. fs de cozinha, que migraram pizza italiana, sorvetes, bolos,
Em Washington DC, a capi- para os restaurantes móveis. entre outros.
tal federal, é possível encontrar O pioneiro na cidade, e res- Merece destaque a Snog,
food trucks de gastronomia de ponsável por filas imensas, é o uma marca de frozen iogurte
várias nações, inclusive do Bra- Le Camion qui fume, que che- que utilizou o famoso e simbóli-
sil. Os furgões geralmente es- gou ao país em 2011. Queijo co ônibus de dois andares para
tacionam em locais específicos, gruyère e molho de vinho en- montar sua sorveteria ambu-
como em praças e em regiões traram na receita do hambúr- lante de forma original.
de bastante movimento.
Orlando também aderiu aos
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NOVIDADE
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PEQUENOS INVESTIMENTOS
GRANDES NEGÓCIOS
DIFERENTES MODALIDADES SÃO ALTERNATIVAS PARA
QUEM DESEJA INVESTIR GASTANDO POUCO
Com a incursão dos food novos e customizados ser- de negócio, a bicicleta é su-
trucks, muitos empreende- vem produtos que, até pou- ficiente para carregar e ven-
dores viram a modalidade co tempo atrás, pareciam der os produtos, tornando-a
como uma opção acessível e ser impossíveis de se arma- sustentável. Já nos casos em
rentável de negócio. Porém, zenar e transportar sobre que há necessidade de refri-
como o investimento nesse duas rodas. Porém, com a geração, fogão e uso de ou-
tipo de veículo não é exa- possibilidade de criar com- tros utensílios de cozinha, as
tamente baixo, alternativas partimentos para todos os bikes precisam de um carro
mais econômicas passaram tipos de necessidade, atu- de apoio para se deslocar.
a ser um grande atrativo para almente, há food bikes que Outro tipo de serviço que
quem busca ocupar um espa- atendem a todos os tipos se beneficiou com a invasão
ço nas ruas. de comensais: hambúr- da comida de rua foi o de food
Aquelas bicicletas de guer, café, churros, pudim, carts, aqueles carrinhos que
bairro, que passavam ven- bolos, empanadas, briga- antigamente só eram vistos
dendo pão e pipoca, ganha- deiros, entre inúmeras ou- na praia vendendo picolé.
ram roupagem mais moder- tras variedades. Eles ficaram maiores e foram
na e descolada. Os modelos Dependendo do modelo adaptados pra outros tipos de
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cardápio, se transformando o que limita a variedade de
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também em uma possibilida- produtos e também o fatura-
de acessível de comercializa- mento. Por isso, em grande
ção de comida em via pública. parte dos casos, esse tipo de Também conhecidos como “tuk-
Também há duas outras negócio é usado para com- tuk”, os triciclos automatizados são
opções que ainda são pouco plementar renda, principal- uma opção econômica para novos
empreendedores do nicho
vistas, mas que são ótimas mente com participação em
alternativas: a moto food – festas e eventos fechados aos
que tem projeto operacional fins de semana. mais barato também em re-
semelhante à da food bike Entretanto, o vantajo- lação a taxas e manutenção.
– e os triciclos motorizados, so desse tipo de negócio é Além disso, atrai olhares por
que também vêm atraindo o que, justamente por ser pe- onde passa, sendo uma for-
mercado terem baú isotérmi- queno, tem fácil mobilida- ma “gratuita” de divulgação
co embutido, o que permite de, ocupa pouco espaço e é da marca e do produto.
a customização.
As pequenas cozinhas
móveis têm como desvan-
tagem o trajeto ser arris-
cado nas cidades em que
FORMALIZE SEU NEGÓCIO
Quem deseja operar em um ponto fixo na rua
o trânsito é mais intenso precisa solicitar uma autorização emitida pela
– porém, nos casos dos prefeitura da cidade onde pretende atuar. Na ca-
municípios que possuem pital paulista, os empresários que quiserem for-
ciclofaixa, o percurso pode malizar seu negócio para atuar em vias públicas
ser seguro e rápido. Outro também deverão ter o Termo de Permissão de
problema encontrado por Uso (TPU). Para isso, deverão iniciar o procedi-
esses empreendedores é o mento com o cadastro da empresa em CONVIAS
pouco espaço para arma- mediante os seguintes documentos:
zenamento dos produtos,
> Carta da empresa, em papel timbrado,
requerendo o cadastramento
> Contrato social ou ata de assembleia
> Cartão do CPNJ
> Certidões negativas de débitos, mobiliárias
e imobiliárias, nos âmbitos Federais, Estaduais e
Municipais, FGTS, INSS e Certidão de Débitos Tra-
balhistas (CNDT) obtida no site do Tribunal Supe-
rior do Trabalho
> Termo de permissão, concessão ou autori-
zação para a exploração do serviço público emiti-
do pelo órgão competente
> Procuração outorgando poderes específicos
para requerer, assinar e retirar TPU, aprovação
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Divulgação/ Salch&Pão
O modelo do food cart, que imita um hot dog, foi idealizado pelo dono da marca
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NOVIDADE
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DOCES PEDALADAS
Um dos pioneiros da food Como não tinham visto
bike em São Paulo, Joel nenhuma food bike no Bra-
Sant’Anna teve a ideia de sil, somente na Europa e
montar o próprio negócio nos Estados Unidos, come-
Divulgação/ Sant’Anna Doces Divinos
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ca de R$ 10 mil com a bike
personalizada e os acessó-
rios para o carro de apoio.
Depois de um ano de mer-
cado, eles ainda não tiveram
o retorno de todo o dinheiro,
pois fizeram algumas me-
lhorias. “Conforme você vai
trabalhando, percebe que
precisa investir em estru-
tura, que vai além da bike”,
conta.
Embora não informe o
Divulgação/ Sant’Anna Doces Divinos
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NOVIDADE
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cial de R$ 3.500, que foram cios durante a semana. E
recuperados em apenas dois como a rotina deles depen-
meses, a empresa fatura em de da agenda, as compras
torno de R$ 4 mil por mês, são feitas sempre aos fins
que variam conforme os de semana. “Não temos um
eventos que participam. “Em ponto fixo, participamos
média, vendemos 600 mini- apenas de eventos fecha-
pudins por mês, com valores dos ou daqueles para os
entre R$ 7 e R$ 12. Já os pu- quais somos convidados”,
dins tamanho família custam conta Ferreira.
entre R$ 30 e R$ 85”, reve- Ana acredita que, assim
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NOVIDADE
Divulgação/ Picoleteria
CONFEITARIA NO PALITO
Juliana Namura e Suzi A inserção no mundo cuperaram o valor total em
Silva estudaram juntas des- dos trucks começou por apenas quatro meses.
de a infância, e embora suas acaso. Elas já tinham um O faturamento é equi-
vidas profissionais tenham caminhão para transpor- valente ao valor investido,
tomado rumos diferentes tar os freezers, e quando sendo R$ 50 mil no food tru-
por um tempo, ambas ti- souberam que mudariam ck e R$ 10 mil no food cart.
nham o desejo de trabalhar as regras para a venda de No entanto, os gastos com o
na área de gastronomia. comida de rua, decidiram caminhão beiram R$ 1.500
Então, em busca de realiza- fazer algumas alterações por mês, pois sempre tem
ção profissional, decidiram no veículo e transformá-lo de passar por algum tipo de
montar um negócio juntas. em um food truck. Os car- manutenção de emergência.
Na época em que come- rinhos, que eram utilizados Na opinião de Juliana, há
çaram, todos os segmentos na praia e em eventos, fo- um certo modismo nos food
pareciam saturados e sem ram substituídos por mo- trucks, o que atraiu muitos
personalidade. Por isso, delos maiores, podendo ser empresários para o mercado
elas pensaram em produzir usados também e em feiras com o intuito de ganhar di-
picolés artesanais – que até gastronômicas. nheiro. Mas ela acha que ain-
então era um produto pouco Para adaptar o food tru- da tem muita gente que de-
explorado e que tinha mui- ck, elas investiram cerca de fende a cultura cozinha sobre
to mercado para elas tra- R$ 50 mil; para o food cart, rodas e a sua causa inicial,
balharem. Aliaram, assim, desembolsaram R$ 10 mil. que é comida de qualidade
o os gelados comestíveis à As duas ferramentas de a um preço acessível. “Cabe
confeitaria, dando início à venda trouxeram um retor- a nós, empresários do meio,
Picoleteria. no muito rápido, e elas re- trabalharmos bem esse con-
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ceito e fazermos que o consu- Divulgação/ Picoleteria
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LUCRO certo
A CHAVE DO
SUCESSO 21 DICAS PARA VOCÊ
DRIBLAR A CRISE
ECONÔMICA E TER ÊXITO
COMO PROPRIETÁRIO DE
EMPRESA ITINERANTE
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adequadamente e mantenha não vale colocar o caminhão gar e descarregar caminhão
a sua cozinha sempre lim- na rua. Se optar por sair de e para trabalhar muitas ho-
pas, pois os clientes acom- casa, tenha alternativas para ras por dia.
panharão de perto a higiene proteger os clientes dos cli-
do ambiente. mas desagradáveis.
7. Quem investe em comi- 14. Busque parcerias com
da rápida com novidade soma grandes empresas, que po-
ao negócio diferencial em re- dem ajudar a custear os gas-
lação à concorrência. tos do seu empreendimento.
8. Avalie o potencial de ven- 15. Inclua ou substitua
da de seus produtos e, se for o itens do seu cardápio sempre
caso, explore outros horários que possível. Isso atrai o inte-
de refeições, como o café da resse dos comensais.
manhã e o lanche da tarde. 16. Atente-se às dinâmi-
9. Pesquise, com antece- cas do mercado e mantenha-
dência, os eventos em área -se sempre atualizado. Inovar
livre no calendário fixo da cida- é preciso!
de (em São Paulo, acontecem 17. Tenha jogo de cintura
grandes eventos, como Mar- e equilíbrio emocional para
cha de Jesus, Orgulho LGBT, lidar com imprevistos. De-
entre outros) e procure marcar safios podem acontecer a
presença em todos eles. qualquer momento, e você
10. Adiante ao máximo os precisa se preparar para en-
processos de preparo antes frentá-los.
de acomodá-los no caminhão. 18. Escolha bem seus
Isso garante agilidade na hora fornecedores, pois se uma
de atender os clientes. matéria-prima não for de
11. Forneça embalagens qualidade, poderá interferir
para viagem, para o caso de no resultado final dos seus
o consumidor preferir levar a produtos. Não foque somente
iguaria para comer em outro no preço baixo, pois isso pode
lugar, como seu trabalho ou trazer consequências ruins
sua residência. para o seu negócio.
12. Tenha em mente que 19. Aceite com bons olhos
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ENTREVISTA Bob Iser
MERCADO
AQUECIDO
BOB ISER, PROPRIETÁRIO DE
OFICINA DE CUSTOMIZAÇÃO
DE VEÍCULOS, FALA SOBRE
Divulgação/ Bob Iser SUCESSO DE FOOD TRUCKS
A demanda por novos food saiba o tipo de prato que pre- a empresa. A partir daí, o que
trucks movimentou também tende oferecer e o valor que era hobby virou o meu tra-
o mercado das oficinas que pode gastar, já que a ideia da balho. Fomos os primeiros a
trabalham com customização customização é deixar o food produzir um um food truck no
desse tipo de veículo. Apesar truck com a cara do cliente e Brasil com as características
da crise que o Brasil vem en- de sua marca. de um verdadeiro modelo no-
frentando, o faturamento des- Em entrevista à Meu Pró- vaiorquino. Já estou há qua-
ses empresários aumentou prio Negócio, Bob contou a tro anos no ramo.
consideravelmente desde que história de sua empresa e re-
foi sancionada a lei que auto- velou suas impressões sobre o MP – Teve aumento na de-
riza a venda de comida de rua. nicho das cozinhas itinerantes. manda de veículos customi-
Conversamos com Bob zados desde que a Prefeitura
Iser, dono da oficina de cus- Meu Próprio Negócio – de São Paulo aprovou a lei
tomização de veículos homô- Você disse que foi a primeira que autoriza a venda de co-
nima, e ele revelou que rece- oficina a adaptar um food tru- mida de rua?
be diversas encomendas por ck. Há quanto tempo está no BI – Depois da aprovação
mês. Para dar conta de todos mercado de customização? da lei, a demanda aumentou
os pedidos, fica mais de 12 Bob Iser – Há 20 anos te- muito. O que antes era pro-
horas por dia na oficina. nho uma oficina de carros, duzido para eventos fecha-
Bob já fez uma bike café mas sempre fui apaixona- dos, como um projeto pontual
por R$ 12 mil e também mon- do por automóveis antigos, bancado por marcas, virou
tou um food truck que custou customização e restauração. uma opção de renomados
R$ 190 mil. O modelo do ve- Durante o dia, eu atendia os chefs que estão investindo
ículo, bem como os tipos de clientes que chegavam à ofi- em cozinhas itinerantes. Esse
equipamentos utilizados na cina, e, à noite, trabalhava movimento acompanha uma
sua customização, podem en- nos carros antigos e motos. tendência mundialmente fir-
carecer ou baratear o serviço. Certa noite, surgiu a ideia de mada. No último ano, tivemos
Antes de procurar os ser- transformar o veículo em um um aumento de 150%.
viços de uma oficina, o em- bar itinerante para uma mar-
presário ressalta que é es- ca de bebidas. O automóvel MP – Quanto tempo leva para
sencial que o empreendedor rodou o Brasil para promover um veículo ser customizado?
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BI – Em média, de 60 a 90 uma gastronomia acessível. BI – Sem dúvida, a apa-
dias úteis. Não vejo esse nicho de mer- rência é o principal. O clien-
cado como uma competição te sempre vai em direção
MP – E quantas customiza- com bares e restaurantes re- do truck que mais chama a
ções vocês realizam por mês? gulares, mas como uma opção atenção, mas o produto pre-
BI – Cerca de seis projetos para somar. Também é uma cisa ser condizente com a sua
por mês. opção de praça de alimentação apresentação. O mais impor-
para feiras, rodeios e grandes tante é a pessoa ser diferente,
MP – Qual é o investimen- eventos como opções de praça não copiar, ter personalidade
to mínimo para fazer uma de alimentação. e ousar. Todos os nossos pro-
customização de veículo? jetos são customizados de
BI – Depende do tipo de MP – Você foi para os Es- forma diferente um do outro.
customização, mas pode-se tados Unidos buscar inspira-
dizer que com R$ 30 mil é ções para os seus trabalhos. MP – Para você, qual é o
possível fazer o serviço. O que viu de diferente por lá? maior erro que um novo in-
BI – As ruas de Nova Ior- vestidor na área de food tru-
MP – Além dos food tru- que são uma feira aberta cks pode cometer?
cks, é possível customizar para inspiração de projetos BI – Montar o negócio por
outros veículos? E qual é o in- mais ousados de food truck. empolgação ou modismo.
vestimento nesses casos? Além da boa comida, o layout
BI –No ramo de comida de e o design dos carros contam MP – E quais dicas você dá
rua, já customizamos bike e muito para chamar a atenção para quem deseja entrar no
motos. Com um investimento do público, e é isso o que fui ramo?
de R$ 12 mil, dá para montar pesquisar. Vi muitos projetos BI – Pesquise, faça alian-
um negócio de comida de rua. inusitados para servirem de ças e estude o mercado. O
referência no Brasil. trabalho nessa área é árduo,
MP – Por favor, cite al- porém, recompensador.
guns clientes do ramo de MP – Na sua opinião, o que
food truck que recorreram diferencia os serviços dos
aos seus serviços. food trucks brasileiros dos
BI – Já fizemos inúmeros americanos?
trucks. Alguns deles foram Bur- BI – O apoio dos governan-
ger Lab, Makis Place Temake- tes, a flexibilidade de movi-
ria, Veggie Na Praça, Food Truck mentação e a área de atuação
Corujinha, Kombi Frooty Açaí, dos food trucks. Nos Estados
Restaurante Venga, Food Truck Unidos, o conceito é ser itine-
do bar Veloso, Food Truck bar rante, enquanto aqui no Bra-
Divulgação/ Bob Iser
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FOOD TRUCK kids
O sucesso dos food trucks vidas comidinhas especiais e ticipante podia se servir e
é tão grande que o Shopping talheres customizados. vivenciar todo o universo da
JK Iguatemi, de São Paulo, re- Com a finalidade de mos- cozinha sobre rodas, foi inspi-
solveu organizar o Food Truck trar o mundo da gastro- rada na delicadeza visual das
Kids Festival, que aconteceu nomia de forma divertida, candy colors e nos anos 1950.
nos dias 29 e 30 de agosto. o evento contou com uma A ideia do evento foi pro-
Inteiramente pensado para comunicação lúdica que foi mover uma tarde saborosa e
os pequenos, o Terraço JK percebida em cada detalhe. divertida para meninos e me-
reuniu mini food trucks com Já na entrada, a garotada ninas de 2 a 8 anos, que pu-
cardápio especial preparado recebeu bandejas de pape- deram contar com show de
por renomados restaurantes. lão com apoio e menu im- música, oficinas de culinária,
O intuito era que as crianças presso para que pudessem teatro de bonecos, contadores
pudessem viver o universo assistir às atrações degus- de história e cineminha. Parte
dos food trucks, que mediam tando suas comidinhas. do valor arrecadado com a en-
1,60 m e tinham tamanho pro- A cenografia recreativa trada das crianças foi revertida
porcional ao delas. Foram ser- do evento, em que cada par- à ONG Orientavida.
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3ª CAPA
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