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A “Pedagogia do Oprimido” é uma das obras mais famosas do escritor,

filósofo e educador Paulo Freire, na qual ele argumenta sobre dois tipos de
educação: a educação bancária e a educação libertadora. O livro foi escrito em
1968 durante o exílio do autor, e só foi lançado no Brasil em 1974. O que no
livro ele chama de educação bancária, é uma educação opressora, e ele trás
como solução a educação libertadora.

A educação bancária é aquela onde o protagonista, o principal, não é o


aluno, mas sim o professor, e ele é considerado o detentor do saber, tendo a
função de transferir da forma que achar melhor o conteúdo e tendo liberdade
para, sutil e indiretamente, incluir valores e opniões pessoais nele. O aluno não
tem vez para apresentar suas opiniões, e está ali apenas para ouvir, escrever
no caderno e passar de série.

Em contrapartida, a educação libertadora (elaborada por Freire baseado


no que ele acreditava), é aquela onde há a valorização do aluno como um ser
humano que sente, que pensa, que tem opnião própria e visão de mundo. O
aluno é o protagonista, afinal, é o saber dele que está sendo formado. O
professor é apenas um mediador, de extrema importância, pois parte dele o
empenho para que essa educação seja exercida.

A teologia da libertação é uma doutrina humanista que busca interpretar


as Sagradas Escrituras através do sofrimento dos pobres e oprimidos. Suas
raíses são Católicas Apostólicas Romanas, e surgiu em 1950, época em que o
marxismo estava crescendo bastante entre os pobres da época. Foi enfatizada
na Segunda Conferência dos Bispos da América Latina em 1968, tendo como
principal ponto estudar a Bíblia para dela extrair as melhores formas de luta por
justiça e acão social nas comunidades católicas.

Acabou se atrelando a ideias marxistas, pois viam muita coisa em


comum quanto aos objetivos e métodos para alcançá-los, isso fez com que, em
1980, a hierarquia católica da época criticasse essa teologia. O Papa João
Paulo acusou os teólogos da libertação de apoiarem e contribuírem com
revoluções violentas de classe marxista.

Nos dias atuais, a pedagogia do oprimido é bastante estudada pelos


educadores nas faculdades e muitos adeptam a educação libertadora como
seu método de ensino. A teologia da libertação “migrou-se” para a América do
Norte tendo como alvo pessoas negras e pobres, a Teologia da Libertação
Negra, e é a mesma filosofia humanista, marxista e revolucionária que consta a
encontrada na América do Sul.

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