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Conceito histórico

O complexo sistema tributário do Brasil torna o IPI um tema fascinante.


Em particular no quesito regulatório, devido a sua importância como ferramenta
extrafiscal, que é constantemente utilizada pelo nosso governo. Levando em
consideração esse poder de regulamentação fiscal, ele é bastante
utilizado em momentos de crise econômica.
Nosso governo também o utiliza como política protecionista, ou seja, as
exportações são isentas de IPI e alguns produtos importados que concorreriam
de maneira desleal com os nacionais, são sobretaxados com altas alíquotas do
IPI como é o caso dos cosméticos que chega a 22%. Mas esta prática
protecionista é contra os princípios básicos da OMC (Organização Mundial do
Comercio), que é o de não discriminação, e esta posição do nosso governo
gera incontentamento entre os demais participantes do grupo.
O IPI tem função fiscal e seletiva pertence ao Grupo Produção e
Circulação do Sistema Tributário Nacional, (juntamente com o ISS e o IOF),
conforme dispõe a Lei nº 5.172, de 25/10/21966, do Código Tributário Nacional,
em seu Título III, Capítulo IV. O dinheiro arrecadado com o IPI vai para os
cofres do Tesouro Nacional.
A origem do IPI é o antigo Imposto de Consumo, que tem sua cobrança
datada da constituição de 1934.
O Imposto sobre Consumo teve sua legislação regulamentada como
imposto incidente sobre produtos industrializados, conforme ementa da Lei nº
4.502, de 30 de novembro de 1964, sua Lei-Matriz. Na Emenda Constitucional
nº 18, de 1 de dezembro de 1965, é ressaltado o caráter seletivo e não-
cumulativo do imposto sobre produtos industrializados.
A partir do governo Dutra, o contingenciamento das importações
mantinha o regime de substituição de importações como modelo para a
industrialização brasileira. Na verdade, ele possuía dois efeitos junto com o
câmbio sobrevalorizado: permitia baixos e bloqueavam a entrada de produtos
competitivos na economia brasileira. Neste período houve o florescimento de
indústrias de bens de consumo duráveis, como as de eletrodomésticos, por
exemplo, e o IPI vinha a calhar para os cofres públicos.
O fato do Brasil criar nessa época um imposto não cumulativo (IPI e
ICM) que incide apenas em valores agregados foi ousada, era utilizado apenas
na França (Varssano 1996). Os estados e municípios perdiam o poder de
legislar sobre impostos evitando que eles pudessem utilizar alíquotas para
formular políticas independentes da União.
Com o governo Fernando Collor de Mello, primeiro presidente escolhido
com voto popular desde Jânio Quadros, o período foi marcado pelo início do
processo de abertura econômica e as privatizações pela ruptura do modelo de
substituição de importações.
A abertura econômica se deu com a adoção do câmbio livre,
simultaneamente a liberalização na política de importações. No âmbito
tributário, apesar da deterioração das receitas da União com a Reforma de
1988, o nível de arrecadação em 1990 foi alto (29,6% do PIB) devido ao Plano
Collor, que, em razão de algumas mudanças de curta duração e de seu
impacto de curto prazo sobre a inflação, permitiu melhorar a performance da
arrecadação. Uma dessas mudanças foi justamente um aumento no IPI, cuja
arrecadação em 1990 foi de US$ 11,3 bilhões, contra US$ 9,7 bilhões em
1989.
Talvez a principal “atuação do IPI” no Brasil foi em 2008, na crise
subprime, onde o mundo sofreu choque na demanda agregada e o Brasil foi
um dos países que menos sofreu graças a forte restrição na arrecadação
federal, onde o IPI cumpriu papel importantíssimo dentro dessa política de
incentivo ao consumo através da redução de carga tributária.

Principais características do IPI

O IPI deverá ser seletivo, a tributação será definida com base na


necessidade do produto e dos interesses políticos e econômicos.
O princípio da Não cumulatividade do IPI, cujo objetivo é evitar que os
produtos que circulam em mais de uma vez até chegar ao consumidor final,
evitando se assim o “efeito cascata".
O fato gerador a saída de produtos industrializados estabelecimento
industrial ou a ele equiparado.
A apuração do imposto sobre os produtos que passou a ser mensal com
exceção de cigarros que são decendial.
Os contribuintes são os importadores, indústria e estabelecimentos.
O IPI é um tributo de competência Federal e tem caráter extrafiscal.
Princípios constitucionais da tributação e do orçamento.

Constituição Federal os principais Princípios Constitucionais Tributários


como são vistos no quadro a seguir:

Princípio Descrição
Previsto no art. 150, § 6º, e no art. 151,
inciso III, da Constituição Federal, o
exercício da competência tributária é dado
à União, ao Estado ou ao Município, que,
Princípio da competência por meio de sua Casa Legislativa,
exercitarão as competências tributárias, não
sendo permitida qualquer delegação ou
prorrogação desta competência para outro
ente que não seja aquele expressamente
previsto na Constituição.
Nos termos do art. 151, inciso I, a tributação
Princípio da uniformidade da União deverá ser uniforme em todo o
geográfica território nacional, não podendo criar
distinções em relação aos Estados, aos
Municípios e ao Distrito Federal.
O art. 152, visando à procedência e ao
destino dos bens, proíbe a manipulação de
Princípio da não discriminação
alíquotas, bases de cálculo ou qualquer
tributária
outra fórmula tributária em benefício ou
prejuízo da economia da União, dos
Estados ou dos Municípios.
O art. 145, § 1º, estabelece o princípio da
capacidade econômica do contribuinte, que,
por mera definição, seria a possibilidade
econômica de pagar tributos. É considerada
Princípio da capacidade subjetiva quando se refere à condição
contributiva pessoal do contribuinte (capacidade
econômica real); é objetiva quando leva em
conta manifestações objetivas de riqueza
do contribuinte (bens imóveis, títulos etc. –
signos presuntivos de capacidade tributária
ou riqueza).
No art. 145, § 1ª, aparece o princípio da
Princípio da autoridade tributária
autoridade tributária, e são justificadas as
prerrogativas da administração tributária.
As taxas e os impostos não podem ter a
mesma base de cálculo; portanto, as
Princípio da tipologia tributária espécies tributárias são definidas pela
distinção de dois fatores: hipótese de
incidência e base de cálculo, conforme se
depreende do art. 145, § 2º.

Quadro 01: Princípios Constitucionais Tributários


Fonte: Oliveira (2011) transcrito da Constituição Federal (adaptado pelo aluno)

Parágrafo 3 Artigo 153 da Constituição Federal de 1988

➢ SELETIVIDADE

O artigo 153, IV, parágrafo 3º, inciso I da Constituição Federal


estabelece que o IPI seja um imposto seletivo, isto é, será cobrado em função
da essencialidade do produto, ou seja, quanto mais supérfluo for o produto,
maior será a incidência do imposto.

➢ NÃO CUMULATIVIDADE
O artigo 153, IV, parágrafo 3º, inciso II da Constituição Federal,
estabelece que o IPI seja não cumulativo, ou seja, do imposto devido em cada
operação será abatido o valor pago na operação anterior.

➢ DESTINADOS AO EXTERIOR

O artigo 153, IV, parágrafo 3º, inciso III da Constituição Federal,


est,abelece que o IPI não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao
exterior.

➢ IMPACTO

O artigo 153, IV, parágrafo 3º, inciso IV da Constituição Federal,


estabelece que o IPI terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de
capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei.

Art. 153. Compete à I - Será seletivo, em função da essencialidade do


União instituir impostos produto;
sobre: II - Será não-cumulativo, compensando-se o que for
devido em cada operação com o montante cobrado nas

§ 3º O imposto previsto anteriores;


III - Não incidirá sobre produtos industrializados
no inciso IV:
destinados ao exterior.

IV - Terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de


bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma
da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)

CÁLCULOS DO IMPOSTO
Considerando o artigo 190 do Decreto 7.212/2010 (RIPI/2010), o valor
de operação, para fins de cálculo do imposto sobre produtos industrializados-
IPI, compreende o preço do produto, acrescido do valor do frete e das demais
despesas acessórias, cobradas ou debitadas pelo contribuinte ao comprador
ou destinatário dos produtos.
Conforme o artigo 131 §1º do RIPI/2002, o valor do frete deve ser considerado
como parte do valor do produto cobrado ou debitado pelo contribuinte ao
comprador os destinatários.
Será considerado como cobrado ou debitado pelo contribuinte ao
comprador ou destinatário, para efeitos de inclusão do valor do frete na base
de cálculo do IPI, quando o transporte for realizado ou cobrado por firma
coligada.

DOS PRODUTOS DE PROCEDENCIA ESTRANGEIRA:

• O valor que servir ou que serviria de base para o cálculo dos tributos
aduaneiros, por ocasião do despacho de importação, acrescido do
montante desses tributos e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo
importador ou dele exigíveis (Lei 4.502, de 1964, artigo 14, inciso I, alínea
b);

• O valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento


equiparado a industrial (Lei 4.502, de 1964, artigo 18).

DOS PRODUTOS NACIONAIS:

• O valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento


industrial ou equiparado a industrial (Lei 4.502, de 1964, artigo 14, inciso II,
e Lei 7.798, de 1989, artigo 15).

ALIQUOTAS

As alíquotas do IPI são especificadas em uma extensa lista de


produtos (a Tipi), sendo que alguns bens são tributados à alíquota zero e
outros classificados como não tributados. O governo tem o poder para
reduzir as alíquotas de IPI para zero ou aumentálas até os 30 pontos
percentuais (p.p.). Bebidas e cigarros estão submetidos a regimes de
alíquotas específicas, sendo o imposto recolhido em apenas um estágio

nestes casos.

CÁLCULO PRÁTICO

Uma indústria que fabrica e comercializa equipamentos eletrônicos


adquire matéria-prima (chapas de aços e componentes eletrônicos) que será
utilizada na fabricação de seus produtos. A aquisição das chapas de aços tem
como valor da mercadoria R$ 20.000,00 com 5% de IPI, totalizando R$
21.000,00. Os componentes eletrônicos foram comprados no valor de R$
30.000,00 com 10% de IPI, no total de R$ 33.000,00. Os gastos com a
aquisição da matéria-prima totalizaram R$ 54.000,00.
Após a industrialização, os produtos foram vendidos por R$ 128.000,00,
sendo que sobre as vendas incide IPI à alíquota de 10% que, somados ao
preço, totalizaram R$ 140.800,00.
No final do período, foi apurado o imposto a ser pago. O imposto devido
é a diferença entre os impostos devidos na saída dos produtos (débito) e
entradas (créditos). Uma vez que o valor do imposto incidente na saída foi de
R$ 12.800,00 e o imposto creditado foi R$ 4.000,00, o imposto devido a ser
recolhido aos cofres públicos será de R$ 8.800,00.

COMO CALCULAR

• Fato gerador: saída de produto do estabelecimento industrial (ou


equiparado a industrial) ou o desembaraço aduaneiro de produtos de
procedência estrangeira.

• Base de cálculo: valor total da operação de saída da mercadoria da


indústria ou valor que serviria de base para o cálculo dos tributos
aduaneiros nos casos de importação.

• Alíquota: variam de 0% a 30%, de acordo com o produto vendido. Isso


pode ser consultado na Tipi (Tabela de incidência do Imposto sobre
produtos industrializados).

Conforme relacionado abaixo:

NCM DESCRIÇÃO ALÍQUOT


A
(%)
3301.90 - Outros
3301.90.1 Soluções concentradas de óleos essenciais em
0 gorduras, em óleos fixos, em ceras ou em matérias
5
análogas, obtidas por tratamento de flores através de
substâncias gordas ou por maceração
3301.90.2 Subprodutos terpênicos residuais da desterpenação 5
0 dos óleos essenciais
3301.90.3 Águas destiladas aromáticas e soluções aquosas de 5
0 óleos essenciais
3301.90.4 Oleorresinas de extração 5
0
33.02 Misturas de substâncias odoríferas e misturas
(incluindo as soluções alcoólicas) à base de uma
ou mais destas substâncias, do tipo utilizado
como matérias básicas para a indústria; outras
preparações à base de substâncias odoríferas, do
tipo utilizado para a fabricação de bebidas.
3302.10.0 - Do tipo utilizado para as indústrias alimentares ou de 5
0 bebidas
3302.90 - Outras
3302.90.1 Para perfumaria
3302.90.1 Vetiverol 5
1
3302.90.1 Outras 5
9
3302.90.9 Outras 5
0

3303.00 Perfumes e águas-de-colônia.


3303.00.1 Perfumes (extratos) 42
0
3303.00.2 Águas-de-colônia 12
0

33.04 Produtos de beleza ou de maquiagem preparados


e preparações para conservação ou cuidados da
pele (exceto medicamentos), incluindo as
preparações antissolares e os bronzeadores;
preparações para manicuros e pedicuros.
3304.10.0 - Produtos de maquiagem para os lábios 22
0
3304.20 - Produtos de maquiagem para os olhos
3304.20.1 Sombra, delineador, lápis para sobrancelhas e rímel 22
0
3304.20.9 Outros 22
0
3304.30.0 - Preparações para manicuros e pedicuros 22
0
3304.9 - Outros:
3304.91.0 -- Pós, incluindo os compactos 22
0
Ex 01 - Talco e polvilho com ou sem perfume 12
3304.99 -- Outros
3304.99.1 Cremes de beleza e cremes nutritivos; loções tônicas 22
0
3304.99.9 Outros 22
0
Ex 01 - Preparados bronzeadores 12
Ex 02 - Preparados anti-solares, exceto os que 0
possuam propriedades de bronzeadores

33.05 Preparações capilares.


3305.10.0 - Xampus 7
0
3305.20.0 - Preparações para ondulação ou alisamento, 22
0 permanentes
3305.30.0 - Laquês (Lacas*) para o cabelo 22
0
3305.90.0 - Outras 22
0
Ex 01 - Condicionadores 7

33.06 Preparações para higiene bucal ou dentária,


incluindo os pós e cremes para facilitar a
aderência de dentaduras; fios utilizados para
limpar os espaços interdentais (fios dentais), em
embalagens individuais para venda a retalho.
Para fazer o cálculo do IPI basta saber a alíquota sobre a mercadoria
vendida e aplicar a seguinte fórmula:
IPI = Base de cálculo (Valor do produto + Frete + Seguro + Outras
Despesas Acessórias) * (Alíquota / 100)

RECOLHIMENTOS DO IMPOSTO

PRAZOS DE RECOLHIMENTO
Os recolhimentos do imposto sobre os produtos industrializados serão
efetuados nos seguintes prazos:

- antes da saída do produto da repartição que processar o despacho, nos


casos de importação;

- no ato do pedido de autorização da venda de produtos trazidos do exterior


a título de bagagem, despachos com isenção do imposto ou com
pagamento de tributos nas condições previstas na legislação aduaneira;

- em relação ao demais produtos deverão ser observados os seguintes


prazos:

Período
Produto de Prazo Código
Apuração
Até o 3º dia útil do decêndio
Bebidas - Capítulo 22 da
Decendial subsequente ao da ocorrência 0668
TIPI
dos fatos geradores
Até o 3º dia útil do decêndio
Cigarros - Cód. 2402.20
Decendial subsequente ao da ocorrência 1020
da TIPI
dos fatos geradores
Até o último dia útil do decêndio
Veículos - Cód. 8703 e
Decendial subsequente ao da ocorrência 0676
8706 da TIPI
dos fatos geradores
Produtos dos Cód. 8429, Até o último dia útil do decêndio
8433, 8701, 8702, 8704, Decendial subsequente ao da ocorrência 1097
8705 e 8711 da TIPI dos fatos geradores
Até o último dia útil da quinzena
Cigarros - Cód.
Mensal subsequente ao mês da 5110
2402.90.00 das TIPI
ocorrência dos fatos geradores
Até o último dia útil da quinzena
Demais Produtos Mensal subsequente ao mês da 5123
ocorrência dos fatos geradores
Até o último dia útil do mês
ME e EPP - Bebidas Mensal 0668
subsequente ao da ocorrência
dos fatos geradores
Até o último dia útil do mês
ME e EPP - Cigarros Mensal subsequente ao da ocorrência 1020
dos fatos geradores
Até o último dia útil do mês
ME e EPP - Demais
Mensal subsequente ao da ocorrência 1097
Produtos
dos fatos geradores

JUROS E MULTAS

O imposto sobre produtos industrializados não sendo recolhido nos


prazos regulamentares sofrerão a incidência de:

- juros equivalentes a SELIC – taxa referencial do Sistema Especial de


Liquidação e Custódia, acumulada mensalmente, calculados a partir do 1º
dia do mês subsequente ao do vencimento até o mês anterior ao do
pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento;

- multa será aplicada a partir do primeiro dia útil subseqüente ao do


vencimento do prazo para recolhimento do imposto até o dia em que ocorrer
o seu pagamento, sendo a sua taxa de 0,33% ( trinta e três centésimos) por
dia de atraso, limitada em 20%.

QUADRO SINÓTICO

Apresentamos a seguir o quadro sinótico dos prazos de recolhimento do


Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI
Produto Período Dia Observação
1 a 10 13 No caso de a data de recolhimento
11 a 20 23 ocorrer no sábado, domingo ou
Bebidas - Capítulo 22
feriado ou não houver expediente
da TIPI 21 a
03 bancário, o recolhimento será
30/31
efetuado no 3º dia útil corrente
1 a 10 13 No caso de a data de recolhimento
11 a 20 23 ocorrer no sábado, domingo ou
Cigarros - Cód.
feriado ou não houver expediente
2402.20 da TIPI 21 a
03 bancário, o recolhimento será
30/31
efetuado no 3º dia útil corrente
1 a 10 13 No caso de a data de recolhimento
11 a 20 23 ocorrer no sábado, domingo ou
Veículos - Cód. 8703 feriado ou não houver expediente
e 8706 da TIPI 21 a bancário, o recolhimento será
03
30/31 efetuado no 1º dia útil
antecedente
1 a 10 20 No caso de a data de recolhimento
Produtos dos Cód. 11 a 20 30 ocorrer no sábado, domingo ou
8429, 8433, 8701, feriado ou não houver expediente
8702, 8704, 21 a bancário, o recolhimento será
10
8705 e 8711 da TIPI 30/31 efetuado no 1º dia útil
antecedente
No caso de a data de recolhimento
ocorrer no sábado, domingo ou
Cigarros - Cód. 1a feriado ou não houver expediente
15
2402.90.00 das TIPI 30/31 bancário, o recolhimento será
efetuado no 1º dia útil
antecedente
No caso de a data de recolhimento
ocorrer no sábado, domingo ou
1a feriado ou não houver expediente
Demais Produtos
30/31 bancário, o recolhimento será
efetuado no 1º dia útil
antecedente
No caso de a data de recolhimento
ocorrer no sábado, domingo ou
1a
ME e EPP 30/31 feriado ou não houver expediente
30/31
bancário, o recolhimento será
efetuado no 1º dia útil antecedente
Regime Especial de Substituição Tributária

O regime de substituição tributária do IPI, é aplicável mediante a


concessão de Regime Especial e tem como objetivo a racionalização e a
simplificação das operações realizadas pela requerente.
O requerimento de Regime Especial pode se dar nas operações
anteriores, concomitantes ou posteriores às saídas que forem promovidas pela
requerente, nas hipóteses e condições estabelecidas pela Receita Federal do
Brasil (RFB), sem prejuízo das garantias dos interesses da Fazenda Pública.
Examinaremos neste Roteiro de Procedimentos a forma de
operacionalização do regime de substituição tributária do IPI, como base o
RIPI/2010 e a IN RFB nº 1.081/2010.

Considera-se:

I - contribuinte substituto, o estabelecimento industrial ou equiparado


a
industrial que recebe produtos saídos do estabelecimento substituído com
suspensão do IPI;

II - contribuinte substituído, o estabelecimento industrial ou equiparado


a industrial que dá saída a produtos, com suspensão do IPI, para o
contribuinte substituto.

III - Importador
Regime Especial de Tributação de Bebidas Frias (Refrigerantes)

O Regime Especial de Tributação de Bebidas Frias (Refrigerantes)


previsto no artigo 222 do RIPI/2010 e nos artigos 23 e seguintes do Decreto n°
6.707/2008 é um regime opcional ao Regime Geral.
Este regime previa a tributação das bebidas frias pela pessoa jurídica
que as
industrializava ou importava, mediante a utilização de bases de cálculo
apuradas a partir da aplicação de preços de referência, determinados pela
Receita Federal do Brasil, definidos por litro e marca comercial do produto.
A disposição quanto ao tratamento tributário dentro do referido regime
pode ser verificada na matéria CERVEJA E CHOPE - REFRI - Tratamento
Tributário, publicada no Boletim ICMS 05/2014.

Produtos Sujeitos ao novo regime de tributação

Nos termos do artigo 1° do Decreto n° 8.442/2015, o IPI devido pelos


importadores e pelas pessoas jurídicas que procedam à industrialização e
comercialização dos produtos classificados nos seguintes códigos da TIPI,
serão exigidos na forma prevista neste decreto e nos demais dispositivos
pertinentes da legislação em vigor:
O disposto neste artigo, em relação às posições 2201 e 2202 da TIPI,
alcança, exclusivamente, água e refrigerantes, refrescos, cerveja sem álcool,
repositores hidroeletrolíticos, bebidas energéticas e compostos líquidos prontos
para o consumo e que contenham como ingredientes principais inositol,
glucoronolactona, taurina ou cafeína, conforme o parágrafo único do artigo 1°
do Decreto n° 8.442/2015.

Lista de produtos:
Alíquota interestadual

Conceito A alíquota interestadual do ICMS deverá ser utilizada nas


operações que destinem bens e serviços a contribuinte do imposto localizado
em outro Estado. (Constituição Federal de 1988, art. 155, § 2º, VII, “a”) Alíquota
Interestadual de 4% para Produtos Importados.

Concessão de benefícios fiscais - Necessidade da celebração de


convênio A Constituição Federal de 1988 dispõe que cabe à lei complementar
regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal,
isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

Nesse sentido, a Lei Complementar nº 24/1975, que foi recepcionada


pela Constituição Federal de 1988, uma vez que com ela é compatível, dispõe
que os seguintes benefícios fiscais do ICMS somente poderão ser concedidos
ou revogados nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados
e pelo Distrito Federal:

a) Isenções;

b) Redução da base de cálculo;

c) Devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do tributo,


ao contribuinte, a responsável ou a terceiros;

d) Créditos presumidos;

f) Quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, dos quais


resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus; e

g) Prorrogações e extensões das isenções. (Constituição Federal de 1988, art.


155, § 2º, XII, “g”; Lei Complementar nº 24/1975, art. 1º) 4. Aplicação da
alíquota interestadual para produtos importados A partir de 1º.01.2013, a
alíquota do ICMS nas operações interestaduais com bens e mercadorias
importados do exterior é de 4%.

A existência da guerra fiscal é uma decorrência óbvia do mal


planejamento tributário no atual sistema pátrio. Percebesse ao se ver que
mesmo havendo Estados que se beneficiam em prejuízo de outros, não foi
criado ainda, um mecanismo eficaz que coíba tal prática, que custa tão caro
para a população.

Modalidades do IPI

Na definição de IPI utilizamos o termo “Industrializado”, entende-se


qualquer operação que altere o funcionamento, a apresentação, a natureza, o
acabamento ou a finalidade do produto. Assim, de acordo com o RIPI
(Regulamento do IPI, é a norma brasileira que regulamenta a cobrança,
fiscalização, arrecadação e administração do Imposto) são cinco as
modalidades de operações do IPI:

As 5 modalidades do RIPI (Regulamento do IPI):

● Transformação

● Beneficiamento

● Montagem

● Acondicionamento e Reacondicionamento

● Renovação ou recondicionamento.

Transformação - Operação exercida sobre produtos intermediários ou


matérias-primas, que importe na obtenção de espécie nova.

Beneficiamento - O mesmo produto aperfeiçoado. Em outras palavras,


beneficiamento é a operação que importe em aperfeiçoar, modificar, ou alterar
a aparência, a utilização, o funcionamento ou o acabamento do produto.

Montagem - Operação que importe na reunião de produtos, peças ou


partes que resultam em um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob
a mesma classificação fiscal.
Acondicionamento e Reacondicionamento - O mesmo produto, mas
com nova apresentação. Nessa modalidade está a operação que altera a
apresentação do produto pela colocação da embalagem, ainda que em
substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine
apenas ao transporte da mercadoria.

CONCLUSÃO

Depois de tudo que foi apresentado, podemos ver que o IPI é um tributo de
competência da União, pois só sofrera consequências ou alterações pelo
federativo. A hipótese utilizada está prevista em lei e refere-se aos produtos
industrializados estrangeiros e nacionais. e. Foi possível identificar sua origem
e suas bases legais, bem como suas alíquotas de recolhimento. Por fim foi
possível compreender seu tratamento contábil e forma correta de
contabilização.
Referências:

https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-tributario/a-diferenciacao-da-
aliquota-deicms-e-a-guerra-fiscal-entre-os-estados/
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/8835/A -problematica-da-
guerra-fiscal-e-oICMS
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10669350/paragrafo -3-artigo-
153-da-constituicaofederal-de-1988
http://www.portaltributario.com.br/tributario/ip i-base-de-calculo.htm
https://jjrcontabil.com.br/base-calculo-do-icms-e-do-ipi/
https://simulare.com.br/blog/calculo-ipi-e-icms
http://repositorio.ipea.gov.br https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/acesso-
a-informacao/legislacao/documentos-
earquivos/tipi.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc4
2.htm

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