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FORÇA E
CONTROLE
COMANDOS DE MOTORES
COMANDOS DE MOTORES
1
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autorização prévia, por escrito, da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS.
131P.:118il.
2
ÍNDICE
UNIDADE I ............................................................................................................................................ 11
1.1 - Ligação de motores de indução monofásico (MIM).................................................................. 11
1.1.1 Exemplos de ligações para o MIM ....................................................................................... 12
1.1.2 Procedimento para identificação das bobinas de um MIM .................................................. 15
1.2 - Ligação dos motores de indução trifásico (MIT)........................................................................ 16
1.2.1 - Ligação de Motores de Indução Trifasico com 6 Terminais............................................... 17
1.2.2 - LIGAÇÃO DE MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICO COM 9 TERMINAIS ..................... 21
1.2.3 - Ligação de Motores de Indução Trifásico com 12 Terminais............................................. 24
1.2.4 - Motores com Duas ou Mais Velocidades ........................................................................... 27
UNIDADE II ............................................................................................................................................ 30
UNIDADE III ........................................................................................................................................... 32
3.1 Exemplo de esquema de força de uma chave de partida direta simples no modo unifilar e no
modo multifilar.................................................................................................................................... 33
3.1.1 Modo Multifilar ...................................................................................................................... 33
3.1.2 Modo Unifilar......................................................................................................................... 34
UNIDADE IV ........................................................................................................................................... 35
UNIDADE V ........................................................................................................................................... 36
UNIDADE VI ........................................................................................................................................... 38
6.1 - Função de um Dispositivo de Partida ........................................................................................ 39
6.2 -Composição de um Dispositivo de Partida ................................................................................. 40
6.2.1 Definições das coordenadas de proteção - IEC 60 947-4 ................................................... 41
6.3 - Glossário.................................................................................................................................... 42
6.4 - Chave de Partida Direta Simples............................................................................................... 44
6.4.1 Esquema de força da chave de partida direta no modo multifilar e no modo unifilar .......... 46
6.4.2 Esquema de comando da chave de partida direta respectivamente aos esquemas de força
acima ............................................................................................................................................. 47
6.5 Chave de partida direta simples com reversão ........................................................................... 48
6.5.1 Esquema de força da chave de partida direta com reversão no modo multifilar e no modo
unifilar ............................................................................................................................................ 49
6.5.2 Esquema de comando da chave de partida direta com reversão........................................ 50
6.6 - Chave de partida indireta estrela – triângulo (y–d).................................................................... 51
6.6.1 Esquema de força da chave de partida y – d automática no modo multifilar e no modo
unifilar ............................................................................................................................................ 55
3
6.6.2 Esquema de comando da chave de partida y – d automática ............................................. 56
6.6.3 Esquema de força da chave de partida y – d automática com reversão no modo multifilar 57
6.6.4 Esquema de comando da chave de partida y – d automática com reversão ...................... 58
6.7 - Chave de partida indireta autocompensadora ou compensadora............................................. 59
6.7.1 Exemplo dos valores de tensão das derivações de um autotranformador .......................... 60
6.7.2 Esquemas de ligação dos enrolamentos ............................................................................. 61
6.7.3 Demonstração dos cálculos com derivação de 65%............................................................ 61
6.7.4 Exemplo da chave de partida autocompensadora, no modo unifilar, com os valores de
corrente por ramo do circuito, conforme derivação do autotransformador. .................................. 62
6.7.5 Esquema de força da chave de partida autocompensadora automática no modo multifilar e
no modo unifilar ............................................................................................................................. 63
6.7.6 Esquema de comando da chave de partida autocompensadora automática ...................... 64
6.8 - Chave de Partida Semi - Automática ........................................................................................ 66
6.9 - Chave de Partida Automática .................................................................................................... 67
UNIDADE VII .......................................................................................................................................... 69
7.1 Funcionamento ............................................................................................................................ 70
7.2 - Conexões Elétricas .................................................................................................................... 71
UNIDADE VIII ......................................................................................................................................... 72
8.1 - Chave de partida soft-starter / stop ........................................................................................... 72
8.1.1 - Princípio de Funcionamento............................................................................................... 72
8.1.2 - Tipos de Soft – Starter ....................................................................................................... 78
8.1.3 - Parametrização do soft – starter ........................................................................................ 82
8.1.4 - Aplicações e ligações feitas com a soft – starter ............................................................... 86
8.2 - Inversor de freqüência ............................................................................................................... 91
8.2.1 - Princípio de funcionamento do inversor de freqüência ...................................................... 92
8.2.2 – Tipos de inversor de freqüência ...................................................................................... 104
8.2.3 - Aplicações e ligações feitas com o inversor de freqüência ............................................. 106
8.2.4 - Controle de velocidade de um motor trifásico alimentado por um inversor de freqüência
..................................................................................................................................................... 108
8.2.5 - Parametrização do inversor de freqüência ...................................................................... 114
UNIDADE IX ........................................................................................................................................ 116
9.1 O Socorro às Vítimas................................................................................................................. 117
9.2 - Dispositivos DR........................................................................................................................ 118
9.2.1 Proteção complementar contra contatos diretos:............................................................... 118
9.2.2 Função Dispositivos DR ..................................................................................................... 118
9.2.3 Princípio de Funcionamento............................................................................................... 119
9.2.4 Tipos de DR’s ..................................................................................................................... 121
9.2.5 Módulo DR.......................................................................................................................... 122
4
9.2.4 Aplicação ............................................................................................................................ 122
9.2.5 Principais Características para Selecionar DR .................................................................. 122
9.3 Interruptor Diferencial ................................................................................................................ 123
9.4 Disjuntor Diferencial Seletivo ..................................................................................................... 124
9.5 Ligação dos Dispositivos de Proteção por Corrente Residual .................................................. 125
9.6 Botão de Teste........................................................................................................................... 126
9.7 Montagem dos Dispositivos DR’s em Quadros de Distribuição ................................................ 127
UNIDADE X ......................................................................................................................................... 128
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................... 130
5
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 Representação das bobinas de um motor de indução monofásico com bobina auxiliar de
partida..................................................................................................................................................... 12
Figura 1.2 - Associação das bobinas em paralelo ................................................................................. 12
Figura 1.3 - Inversão do sentido de rotação .......................................................................................... 13
Figura 1.4 - Associação das bobinas em paralelo ................................................................................. 13
Figura 1.5 Associação em série das bobinas de trabalho ..................................................................... 14
Figura 1.6 - Inversão do sentido de rotação .......................................................................................... 14
Figura 1.7 Representação das bobinas de um motor de indução trifásico com seis terminais............. 17
Figura 1.8 Bobinas de um motor trifásico .............................................................................................. 17
Figura 1.9 – Representações da ligação triângulo................................................................................. 18
Figura 1.10 – Representações da ligação triângulo (continuação)........................................................ 18
Figura 1.11 – Representações da ligação estrela.................................................................................. 19
Figura 1.12 – Representações da ligação estrela (continuação)........................................................... 19
Figura 1.13 Representação das bobinas de um motor de indução trifásico com nove terminais ......... 21
Figura 1.14 - Triângulo Série.................................................................................................................. 22
Figura 1.15 - Triângulo Paralelo............................................................................................................. 22
Figura 1.16 - Estrela Série ..................................................................................................................... 23
Figura 1.17 - Estrela Paralelo................................................................................................................. 23
Figura 1.18 Representação das bobinas de um motor de indução trifásico com doze terminais ......... 24
Figura 1.19 - Triângulo Paralelo............................................................................................................. 25
Figura 1.20 - Estrela Paralelo................................................................................................................. 25
Figura 1.21 - Triângulo Paralelo............................................................................................................. 26
Figura 1.22 - Estrela Paralelo................................................................................................................. 26
Figura 1.23 - Motor com 4 pólos considerando 2 bobinas de umas das fases. .................................... 28
Figura 1.24 Inversão do sentido da corrente num motor dahlander para mudança do número de pólos
................................................................................................................................................................ 28
Figura 1.25 - Tipos de ligação para motores dahlander ........................................................................ 29
Figura 2.1 - Motor de indução trifásico................................................................................................... 30
Figura 2.2 - Motor de indução trifásico (continuação)............................................................................ 31
Figura 3.1 - Esquema de força de uma chave de partida direta simples no modo multifilar ................. 33
Figura 3.2 - Esquema de força de uma chave de partida direta simples no modo unifilar.................... 34
Figura 4.1 Exemplos de comando manuais simples de um MIM e de MIT ........................................... 35
Figura 5.1 Exemplo de uma chave de partida manual autocompensadora........................................... 36
6
Figura 5.2 Exemplo de uma chave de partida manual y - d .................................................................. 37
Figura 6.1 Composição mínima para uma chave de partida ................................................................. 39
Figura 6.2 Comportamento da corrente e conjugado de um motor partindo a plena tensão ................ 45
Figura 6.3 - Esquema de força da chave de partida direta no modo multifilar e no modo unifilar ........ 46
Figura 6.4 Esquema de comando da chave de partida direta respectivamente aos esquemas de força
acima ...................................................................................................................................................... 47
Figura 6.5 - Esquema de força da chave de partida direta com reversão no modo multifilar e no modo
unifilar ..................................................................................................................................................... 49
Figura 6.6 - Esquema de comando da chave de partida direta com reversão ...................................... 50
Figura 6.7 - Esquema de ligação dos enrolamentos.............................................................................. 53
Figura 6.8 - Comportamento da corrente e conjugado de um motor partindo com uma chave de tensão
indireta Y – D.......................................................................................................................................... 54
Figura 6.9 - Esquema de força da chave de partida y – d automática no modo multifilar e no modo
unifilar ..................................................................................................................................................... 55
Figura 6.10 - Esquema de comando da chave de partida y – d automática ......................................... 56
Figura 6.11 - Esquema de força da chave de partida y – d automática com reversão no modo multifilar
................................................................................................................................................................ 57
Figura 6.12 - Esquema de comando da chave de partida y – d automática com reversão................... 58
Figura 6.13 - Representação das bobinas de um autotransformador ligado em estrela....................... 59
Figura 6.14 - Valores de tensão de fase e de linha em um autotransformador ligado em Y ................ 60
Figura 6.15 - Esquemas de ligação dos enrolamentos.......................................................................... 61
Figura 6.16 - Exemplo da chave de partida autocompensadora ........................................................... 62
Figura 6.17 - Esquema de força da chave de partida autocompensadora automática no modo multifilar
e no modo unifilar ................................................................................................................................... 63
Figura 6.18 - Esquema de comando da chave de partida autocompensadora automática .................. 64
Figura 6.19 - Chave de Partida Semi - Automática................................................................................ 66
Figura 6.20 - Chave de Partida Automática ........................................................................................... 67
Figura 6.21 - chave de partida puramente automática .......................................................................... 68
Figura 7.1 - Funcionamento ................................................................................................................... 70
Figura 7.2 - Conexões Elétricas ............................................................................................................. 71
Figura 8.1 Tiristores SCR’s ligados em anti - paralelo, sendo 2 por fase, controle nas três fases ....... 73
Figura 8.2 - Aceleração ......................................................................................................................... 74
Figura 8.3 Otimização para carga parcial .............................................................................................. 74
Figura 8.4 - Desaceleração .................................................................................................................... 75
Figura 8.5 - Gráfico ................................................................................................................................ 75
Figura 8.6 – Gráfico 2............................................................................................................................. 76
Figura 8.7 - Partida direta....................................................................................................................... 77
Figura 8.8 - Partida estrela - triângulo.................................................................................................... 77
7
Figura 8.9 - Partida suave soft - starter.................................................................................................. 77
Figura 8.10 - Soft – starter com controle em apenas uma fase............................................................. 78
Figura 8.11 - Soft – starter com controle em duas fases, com relé de by-pass e bimetálico contra
sobrecarga.............................................................................................................................................. 79
Figura 8.12 - Soft – Starter com duas fases semi - controladas............................................................ 80
Figura 8.13 - Soft – starter com controle em três fases, com relé de by – pass e bimetálico contra
sobrecargas............................................................................................................................................ 81
Figura 8.14 - Parametrização via potênciometros ................................................................................. 82
Figura 8.15 - Parametrização da soft – starter via potenciômetros ....................................................... 83
Figura 8.16 - Parametrização da soft – starter via software dedicado................................................... 84
Figura 8.17 - Parametrização da soft – starter via IHM ......................................................................... 85
Figura 8.18 - Soft – Starter Partindo um único motor ............................................................................ 86
Figura 8.19 - Starter Partindo Vários Motores simultaneamente........................................................... 87
Figura 8.20 - – Starter Partindo Vários Motores em Seqüência ou Cascata......................................... 88
Figura 8.21 - Partida em seqüência de 3 motores com apenas uma soft - starter................................ 89
Figura 8.22 - Soft – starter montada dentro do delta da ligação de um motor ...................................... 90
Figura 8.23 - Blocodiagrama de um inversor de freqüência .................................................................. 93
Figura 8.24 - Princípio de funcionamento do inversor de freqüência simplificada ................................ 95
Figura 8.25 – Etapa de Retificação ........................................................................................................ 95
Figura 8.26 - Etapa retificação completa ............................................................................................... 96
Figura 8.27 - Etapa pós retificação ou filtragem .................................................................................... 96
Figura 8.28 - Inversor Tradicional. ......................................................................................................... 97
Figura 8.29 - Inversor para tensão constante ou variável e a saída que depende da freqüência de
chaveamento dos transistores. .............................................................................................................. 98
Figura 8.30 - Modulação por amplitude e por largura de pulso. ............................................................ 98
Figura 8.31 - Torque e sobre-torque do motor..................................................................................... 100
Figura 8.32 - Performance do motor .................................................................................................... 100
Figura 8.33 - Princípio de funcionamento do pwm............................................................................... 101
Figura 8.34 - Princípio de funcionamento do pwm senoidal ................................................................ 101
Figura 8.35 - Forma de onda da tensão e corrente gerada por controle por pwm analisando uma fase
.............................................................................................................................................................. 102
Figura 8.36 - Forma de onda da tensão e corrente gerada por controle por pwm analisando três fases
.............................................................................................................................................................. 102
Figura 8.37 - Características dos conversores de freqüência pwm..................................................... 103
Figura 8.38 - Inversores com alimentação mono ou bifásica e saída trifásica .................................... 105
Figura 8.39 - Inversores com alimentação trifásica e saída trifásica ................................................... 105
Figura 8.40 - Ligação da força num inversor de freqüência com alimentação mono ou bifásica........ 106
8
Figura 8.41 - Ligação das entradas e saídas digitais, ligação das entradas analógicas, suas funções e
características ...................................................................................................................................... 107
Figura 8.42 - Exemplo de ligação do comando num inversor de freqüência....................................... 107
Figura 8.43 - Controle em malha aberta da velocidade de um motor CA............................................ 110
Figura 8.44 - Controle de velocidade de um motor ca em malha aberta (sensorless) ........................ 111
Figura 8.45 - Modo do controle de velocidade em malha aberta Controle Vetorial............................. 111
Figura 8.46 - Controle em malha fechada da velocidade de um motor CA ......................................... 112
Figura 8.47 - Controle de velocidade de um motor ca em malha fechada (encoder).......................... 113
Figura 8.48 - Inversor de freqüência com realimentação de velocidade proporcionada através do sinal
gerado pelo encoder, e com sinal de posicionamento gerado por um resolver .................................. 113
Figura 8.49 - Parametrização do inversor de freqüência via IHM........................................................ 114
Figura 8.50 - Parametrização do inversor via IHM............................................................................... 115
Figura 9.1 – Tipos de Contato.............................................................................................................. 116
Figura 9.2 - Efeito fisiológico da corrente no corpo humano. .............................................................. 117
Figura 9.3 Dispositivos DR................................................................................................................... 119
Figura 9.4 Corrente diferencial-residual ............................................................................................... 119
Figura 9.5 Corrente de Fuga ocasionado por Falha de Isolação do Equipamento – Contato Indireto 120
Figura 9.6 Princípio de Funcionamento dos DR’s................................................................................ 120
Figura 9.7 Interruptor Diferencial.......................................................................................................... 123
Figura 9.8 Disjuntor Diferencial Seletivo .............................................................................................. 124
Figura 9.9 Como Ligar no Esquema TN .............................................................................................. 125
Figura 9.10 Como Ligar no Esquema TT ............................................................................................. 125
Figura 9.11 Funcionamento de um Botão de Teste de um DDR......................................................... 126
Figura 9.12 Quadro Metálico................................................................................................................ 127
Figura 9.13 Quadro Plástico................................................................................................................. 127
9
INTRODUÇÃO
Em todo setor industrial, do mais simples ao mais complexo sistema produtivo, há algum tipo de
máquina ou equipamento sendo acionado por motor, no qual o motor elétrico é o mais largamente
utilizado. Para que esses motores venham a desempenhar de maneira satisfatória o seu papel no
processo produtivo, ou seja, colocar alguma máquina e/ou em movimento, deve-se assegurar que o
mesmo irá funcionar de modo eficaz e – principalmente – seguro, tanto no que diz respeito à máquina
em si como para as pessoas que por ventura possam estar diretamente ou indiretamente envolvidas
na operação do equipamento.
Os motores elétricos são acionados (energizados) através de chaves de partida. As chaves de
partida podem ser do tipo manual – há intervenção direta do operador na comutação dos contatos da
chave, através de acionamento por esforço mecânico em uma manopla ou alavanca comutadora,
como por exemplo, a chave tripolar tipo faca, chave de partida direta reversora manual, chave Y-D
manual e a chave compensadora manual; do tipo eletromagnéticas quando usados contatores para
estabelecer ou interromper a energia de alimentação do motor – há intervenção indireta ou inexiste
intervenção por parte do operador na comutação dos contatos da chave de partida. As chaves de
partida eletromagnéticas com o uso do contator podem ser acionadas por comando tipo semi-
automático – o operador deve acionar uma botoeira para que, conforme a lógica de funcionamento do
esquema elétrico do equipamento seja acionado o motor; do tipo automática – quando o comando do
contator é feito diretamente através de dispositivos analógicos como termostatos, chaves de nível,
pressostatos, existência de tensão, temporizadores, etc; ou ainda associados a uma lógica de
funcionamento de um processo controlado por uma programação feita num PLC.
As chaves de partida manuais estão sendo cada vez mais substituídas por chaves de partida
eletromagnéticas por vários motivos, entre eles: o fato do comando de acionamento do motor poder
ser feito a distância, já que as chaves de partida manual são instaladas junto ao equipamento e não
possuir controle por instrumentação associada ao sistema; a segurança das chaves pelo fato das
chaves manuais terem um índice de proteção muito baixo e por vezes inexistir (IP00), como em
algumas chaves tripolar do tipo faca ainda comercializadas , entre outros. As chaves de partida
manuais ainda tem uso, porém, está mais restrito a pequenos produtores agrícolas e/ou
agropecuários e a processos produtivos de baixa complexidade.
Neste capítulo será abordado as chaves de partida manuais, eletromagnéticas convencionais,
como a chave de partida direta, direta reversora, chave de partida estrela – triângulo e a
compensadora, e a chave de partida eletrônica em estado sólido (soft-starter). O inversor de
freqüência não é propriamente uma chave de partida, salvo raras aplicações muito específicas, e
também será abordado.
10
I – LIGAÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS CA
O primeiro passo para dimensionar os dispositivos de uma chave de partida é saber o tipo de
ligação a ser feito no motor. Conforme as características da placa do motor, e as características da
rede de alimentação, é possível determinar a ligação que será executada entre as bobinas de um
motor e realizar o cálculo da corrente nominal presumida que o motor consumirá quando em
funcionamento em regime nominal.
11
Figura 1.1 Representação das bobinas de um motor de indução monofásico com bobina auxiliar de partida.
Como aqui no Brasil há redes de alimentação em baixa tensão com valores de tensão de
380/220 Vac e 220/127 ou 110 Vac, fica claro aqui que sendo o motor formado com duas bobinas de
trabalho, que são aquelas que ficam constantemente energizadas, as mesmas só poderiam ser
projetadas para um valor de tensão de 110 Vac. A aplicação dos MIM se faz para uso em pequenas
máquinas ou equipamentos, sendo na sua grande maioria potências de até 5 CV. Há o uso de
motores monofásicos de potências maiores, normalmente até 12,5 CV, porém seu uso é mais restrito
a instalações em que se necessita a correção da potência da carga instalada por fase.
Associação das bobinas em paralelo para uma rede alimentação de 110Vac entre fase e neutro
12
Inversão do sentido de rotação
Para inverter a rotação de um MIM, se faz necessário somente inverter a ligação da bobina
auxiliar em relação à bobina de trabalho. (MIM ligado entre fase e neutro).
Caso o circuito alimentador seja bifásico, sendo a tensão entre fases de 220 VAC, também é
possível ligar o MIM. Basta associar as bobinas de trabalho em série, para provocar uma queda de
tensão entre as mesmas, e a bobina auxiliar conectar em paralelo com a bobina principal 2-4, pois o
valor de tensão entre 2-4 é de aproximadamente 110 Vac. (MIM ligado entre fases).
13
1.1.1.2 Ligação do MIM para uma rede de alimentação sendo UL =
380 Vac
Associação em série das bobinas de trabalho, sendo a bobina auxiliar ligada em paralelo com a
bobina 2-4. (MIM ligado entre fase e neutro)
14
A inversão do sentido de rotação ocorre devido à inversão do sentido em que a corrente elétrica
percorre a bobina auxiliar, invertendo assim o campo magnético produzido por essa bobina, logo o
sentido da f.e.m. induzidas nas barras do rotor por essa bobina.
Onde:
In (A): Corrente nominal em ampéres;
P (cv): Potência nominal em cavalo-vapor;
736 W/cv: equivalência cavalo-vapor em watts;
Un: Tensão nominal aplicado aos terminais das bobinas do motor;
Cos PHI: fator de potência do motor;
Rendimento: razão entre a potência de saída (potência mecânica na ponta do eixo do motor) e a
potência de entrada (tensão e corrente disponibilizada aos terminais do motor).
15
ohmímetro deflexionar e indicar valor de resistência nula (0 Ohms), significa que o capacitor está em
curto-circuito, não há condições de uso.
c) Ligar o motor conforme a Un disponível na rede; UL ou UF=Ub ligar em série as bobinas
principais (a bobina auxiliar sempre será ligada em paralelo em relação às bobinas principais). Uf=Ub
ligar as bobinas em paralelo. (1ª tentativa)
d) Caso o motor partir com ruído anormal deve-se desenergizar imediatamente o motor e inverter
a numeração do 2 pelo 4 ou do 1 pelo 3 e ligar o motor novamente. (2ª tentativa). Feito esse último
procedimento o motor ira partir normalmente.
Observação: a falta do capacitor não impede o acionamento do motor. Quando ocorre um defeito
no capacitor, o motor não ira partir, porém, basta um auxílio manual no eixo do mesmo que o motor
ira entrar em funcionamento. A falha do interruptor centrífugo, pode ser resolvida instalando um
interruptor comum tipo campainha externamente, e abrindo o motor e desfazendo a conexão do
interruptor centrifugo e fazer a conexão com o interruptor externo; liga-se o motor a rede, aciona-se o
interruptor durante aproximadamente 2 segundos. Soluções paliativas.
Os motores de indução trifásicos assíncronos são os mais utilizados no setor industrial, pois a
alimentação de aproximadamente 95%, de todo montante de energia elétrica consumida, das cargas
utilizadas nesse setor são para receber alimentação de uma rede trifásica. O rendimento, a relação
peso / potência, facilidades no comando e controle, valor comercial, dos motores de indução trifásicos
são muito mais atrativos comparados com o motor monofásico. A relação peso / potência do motor
trifásico é melhor em relação ao motor monofásico, devido o fato do motor trifásico não possuir bobina
auxiliar de partida, pois, o próprio sistema de alimentação do motor trifásico já ser defasado num
ângulo de 120 graus elétricos. Assim sendo as bobinas de um MIT (motor de indução trifásico) são
todas energizadas constantemente. Somente justifica-se o uso do MIM quando não se possui a rede
de alimentação no sistema trifásico, ou por um uso muito específico. Os MIT possuem na sua grande
maioria 6 terminais acessíveis, ou seja, constituídos por 3 bobinas. Há também o uso de motores de
indução trifásico com 9 ou 12 terminais. o motor de 12 terminais é constituído por 6 bobinas, sendo 2
bobinas por fase. Cada bobina do motor de 12 terminais é projetada para receber 220 Vac. Tem-se
com esse motor de 12 terminais a possibilidade de ligá-lo em 4 valores de tensão de linha diferentes,
como será visto a seguir.
16
1.2.1 - Ligação de Motores de Indução Trifasico com 6 Terminais
Figura 1.7 Representação das bobinas de um motor de indução trifásico com seis terminais
As bobinas de um motor trifásico, na sua grande maioria, são projetados e fabricados para um
valor de tensão de 220 Vac ou para 380 Vac.
17
1.2.1.1 Tipos de ligação do Motor de Indução Trifásico de 6
terminais
Como cada bobina foi projetada para receber 220 Vac, e na rede de alimentação há 220 Vac
entre fases, assim sendo, cada bobina deve ficar ligada entre fases. Pela representação vetorial, o
nome da ligação denomina-se triangulo. Assim como a ligação mostrada abaixo para um motor em
que a Ub é para 380 Vac.
18
Ligação estrela ou ligação ipsilon
Como cada bobina foi projetada para 220 Vac, e na rede de alimentação há 220 Vac entre fase e
neutro, cada bobina deve ficar ligada entre fase e um ponto neutro. Pela representação vetorial
verifica-se que o somatório dos valores das tensões no ponto onde estão conectados os terminais
finais das bobinas do motor é igual a 0, ou seja, um ponto neutro. Para inverter o sentido de rotação
de um MIT, basta inverter a seqüência de fases na alimentação do motor, para tal, inverte-se apenas
duas fases.
19
1.2.1.2 Cálculo da Corrente Nominal do Motor de Indução Trifásico
Onde:
In (A): Corrente nominal em ampéres;
P (cv): Potência nominal em cavalo-vapor;
736 W/cv: equivalência cavalo-vapor em watts;
UL: Tensão de linha aplicado aos terminais das bobinas do motor;
cos PHI: fator de potência do motor;
Rendimento: razão entre a potência de saída (potência mecânica na ponta do eixo do motor) e a
potência de entrada (tensão e corrente disponibilizada aos terminais do motor);
Raiz de 3: relação matemática entre a tensão de fase e a tensão de linha, em um circuito
polifásico constituído por três fases defasadas de 120 graus.
c) Caso o motor partir com ruído anormal deve-se desenergizar imediatamente o motor e inverter
a numeração do 3 pelo 6 e ligar o motor novamente. (2ª tentativa)
d) Caso o motor partir com ruído anormal deve-se desenergizar imediatamente o motor e inverter
a numeração do 2 pelo 5 e ligar o motor novamente. (3ª tentativa)
20
e) Caso o motor partir com ruído anormal deve-se desenergizar imediatamente o motor e
reinverter a numeração do 3 pelo 6 e ligar o motor novamente. (4ª tentativa). Feito esse último
procedimento o motor ira partir normalmente.
Figura 1.13 Representação das bobinas de um motor de indução trifásico com nove terminais
Os motores de indução trifásicos com 9 terminais acessíveis podem ser ligados em redes de
alimentação com valores de tensão de linha iguais ao valor de tensão de bobina e com valor de
tensão de linha igual a duas vezes o valor de tensão de bobina. Se Ub= 220 Vac esse motor pode ser
ligado em UL= 220 Vac ou UL= 440 Vac. Esse motor é usado em chaves de partida do tipo série –
paralelo, sendo que já há a ligação das bobinas de cada fase entre si ligadas em paralelo, quando
usado a chave triângulo série - paralelo (UL= 220 Vac), ou as bobinas estão ligadas em estrela (une-
se os terminais 10, 11 e 12) e usa-se a chave estrela série - paralela (UL= 380 Vac).
Os mesmos esquemas a seguir servem para outras tensões quaisquer, desde que sempre seja o
dobro da tensão de bobina, como por exemplo 220/440 ou 230/460Vac.
21
1.2.2.1 Tipos de Ligação do Motor de Indução Trifásico de 9
Terminais com o uso da Chave Triângulo Série – Paralelo
Triângulo Série
Triângulo Paralelo
Na partida as bobinas do motor são ligadas em triângulo série, sendo assim, as bobinas recebem
sobre seus terminais o valor de UL/2, ou seja, 110 Vac. Quando a chave é comutada para ligação
triângulo paralelo, as bobinas recebem sobre seus terminais o valor de UL que é igual ao valor de Ub.
Esse método de partida é usado para reduzir a corrente de partida consumida pelo motor.
22
1.2.2.2 Tipos de ligação do motor de indução trifásico de 9
terminais com o uso da chave estrela série – paralelo
Estrela Série
Estrela Paralelo
Na partida as bobinas do motor são ligadas em estrela série, sendo assim, as bobinas recebem
sobre seus terminais o valor de UF/2, ou seja, 110 Vac. Quando a chave é comutada para ligação
estrela paralelo, as bobinas recebem sobre seus terminais o valor de UF que é igual ao valor de Ub.
Esse método de partida é usado para reduzir a corrente de partida consumida pelo motor.
23
1.2.3 - Ligação de Motores de Indução Trifásico com 12 Terminais
Figura 1.18 Representação das bobinas de um motor de indução trifásico com doze terminais
O motor de 12 terminais pode ser ligado em 4 diferentes valores de tensão de linha. Possuem
duas bobinas por fase. Há a possibilidade de ligar esse motor em redes de alimentação com valores
de tensão típica de instalações Sul Americanas (UL 220 Vac e UL 380 Vac), como também em redes
com valores de tensão de linha usadas em redes de distribuição encontradas na Europa e Norte
Americanas (UL 440 Vac). A rede de alimentação onde a tensão de linha é de 760 Vac é apenas um
demonstrativo de possibilidade de ligação, pois não há redes com esse valor de UL. Note que tanto
para o motor de 9 terminais acessíveis e os com 12 terminais acessíveis, a corrente elétrica percorre
as bobina da mesma fase com o mesmo sentido.
24
1.2.3.1 - Tipos de Ligação do Motor de Indução Trifásico de 12
Terminais
Triângulo Paralelo
Estrela Paralelo
25
1.2.3.2 - Tipos de Ligação do Motor de Indução Trifásico de 12
Terminais
Triângulo Paralelo
Estrela Paralelo
26
1.2.4 - Motores com Duas ou Mais Velocidades
Esta versão apresenta a vantagem de se combinar enrolamentos com qualquer número de pólos,
porém, limitada pelo dimensionamento eletromagnético do núcleo (estator/rotor) e carcaça geralmente
bem maior que o de velocidade única.
O sistema mais comum que se apresenta é o denominado ligação Dahlander. Esta ligação
implica numa relação de pólos de 1:2 com conseqüente relação de rotação de 1:2. Podem ser ligadas
da seguinte forma:
- Conjugado constante
O conjugado nas duas rotações é constante e a relação de potência é da ordem de 0,63:1. Neste
caso o motor tem uma ligação de D/YY. Exemplo: Motor 0,63/1cv - IV/II pólos - D/YY. Este caso se
presta as aplicações cuja curva de torque da carga permanece constante com a rotação.
- Potência constante
Neste caso, a relação de conjugado é 1:2 e a potência permanece constante. O motor possui
uma ligação YY/D. Exemplo: 10/10cv - IV/II pólos - YY/D.
27
1.2.4.3 Exemplo ligação motor dahlander
Figura 1.23 - Motor com 4 pólos considerando 2 bobinas de umas das fases.
Com a inversão do sentido da corrente em uma das bobinas teremos a formação de apenas 2
pólos.
Figura 1.24 Inversão do sentido da corrente num motor dahlander para mudança do número de pólos
28
1.2.4.4 Tipos de ligação para motores dahlander
29
II - MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO E
SUAS PARTES CONSTITUINTES
Onde:
Estator
1 – Carcaça; 2 – Núcleo de chapas; 8 – Enrolamento (bobinas) trifásico;
Rotor
3 – Núcleo de chapas; 7 – Eixo ou veio; 12 – Barras e anéis de curto-circuito;
Outra partes
4 – Tampa; 9 – Caixa de ligação;
5 – Ventilador; 10 – Terminais das bobinas;
6 – Tampa defletora; 11 – Rolamentos.
30
Figura 2.2 - Motor de indução trifásico (continuação)
31
III - DIAGRAMAS ELÉTRICOS
APLICADOS A CHAVES DE PARTIDA
Os esquemas e diagramas das instalações elétricas industrais são representados a partir das
conexões elétricas feitas através de condutores - fios, cabos ou barramentos -, entre os dispositivos e
equipamentos utilizados para manobra, comando, proteção, sinalização, seccionamento, e demais
dispositivos. Todos dispositivos são desenhados, segundo a simbologia normatizada, no seu estado
natural desenergizado, ou, no caso de dispositivos de atuação sob ação de esforço mecânico, como,
botoeiras e seccionadores manuais, no seu estado natural sem a ação do esforço mecânico.
No caso de diagramas elétricos de uma subestação, QGBT ou de um CCM, o esquema unifilar
simplifica dispositivos ou equipamentos elétricos de múltiplos pólos, que possuam comportamento
semelhantes ou iguais sob ação de energização, como no caso dos contatos de um contator quando
energizado a bobina do mesmo. Nesses caso é bastante usual indicar o sentido da corrente elétrica
pelos dispositivos elétricos como também o valor da corrente que circula pelos mesmos.
A seguir estão representados no modo multifilar e no modo unifilar, o esquema de força uma
chave de partida direta. O esquema de comando sempre é representado na forma multifilar.
32
3.1 Exemplo de esquema de força de uma chave de
partida direta simples no modo unifilar e no modo
multifilar.
Figura 3.1 - Esquema de força de uma chave de partida direta simples no modo multifilar
33
3.1.2 Modo Unifilar
Figura 3.2 - Esquema de força de uma chave de partida direta simples no modo unifilar.
34
IV - COMANDOS MANUAIS SIMPLES PARA
MOTOR MONOFÁSICO E MOTOR TRIFÁSICO
Os comandos manuais simples, para dar partida em motores, normalmente são aplicados
para partir pequenas máquinas e ,em situações em que o operador está diretamente controlando o
funcionamento da máquina. Esta situação é mais comum ser vista em pequenas máquinas de uso
rural e industrial, como esteiras transportadoras.
Com esse comando o operador aciona o dispositivo de proteção que, com o fechamento dos
contatos energiza a carga. Para ser usado esse tipo de comando, normalmente, é usado um disjuntor-
motor ou um disjuntor termomagnético com o número de pólos do disjuntor no mínimo igual ao
número de pontos de energização da carga. O comando se dá apenas no local onde está montado o
comando. Esse método de partida de motores é o mais simples de ser feito, porém, os contatos do
dispositivo de comando devem ser feitos para manobra sob carga,
35
V - COMANDOS MANUAIS DE MOTORES
TRIFÁSICOS COM CHAVES DE TENSÃO
REDUZIDA
As chaves de partidas com tensão reduzida, com comando manual, é o método mais simples de
chave de partida usada para energizar um motor elétrico quando se necessita reduzir a corrente
elétrica absorvida pelo motor durante a partida. A comutação dos contatos da chave são feitos
manualmente através de uma alavanca, normalmente instalada na lateral externa da chave de partida
que é montada dentro de um painel metálico. São fabricados chaves de partida manual tipo Y – D e
auto - compensadora. O seu uso está mais restringido a acionamentos mais simples onde não se
necessita de um controle complexo sobre o funcionamento da chave e do motor, em relação ao
sistema no qual está inserido. Usado normalmente em bombas de levante em lavouras irrigadas,
mineradoras de pedras em britadeiras, compressores de ar e de amônia (NH3), entre outros.
36
Figura 5.2 Exemplo de uma chave de partida manual y - d
37
VI - COMANDOS NÃO MANUAIS, SEMI-
AUTOMÁTICOS E AUTOMÁTICOS DE
MOTORES TRIFÁSICOS
1 – Partida direta: partida no qual o motor recebe o valor de tensão nominal das bobinas desde o
instante que é energizado, por isso, também chamado de partida a plena tensão. Esse método de
partida produz um elevado torque na partida, alto consumo de corrente na partida (entre 2 a 12 vezes
a corrente nominal In), pode provocar queda de tensão momentânea no ato de sua energização,
ocasiona golpes mecânicos. Método mais simples de acionar um motor, sendo aplicado a motores de
pequena potência.
2 - Partida com tensão indireta: partida no qual o motor é acionado com um valor de tensão sobre
suas bobinas menor do que o valor nominal, ocasionando assim uma queda na corrente consumida
no motor durante a partida. Após o motor atingir cerca de 90% da sua rotação nominal o motor é
energizado com o valor nominal da tensão de bobina do mesmo. Dentre as formas de se conseguir
esse método de partida há o método de partida estrela – triangulo (o motor parte ligado em estrela e
após atingir 90% da rotação nominal é desfeito a ligação estrela e feito a ligação triangulo) e o método
com chave autocompensadora (o motor na partida é alimentado a partir da derivação de um
autotransformador e após atingir cerca de 90% da rotação nominal o mesmo é conectado diretamente
na rede de alimentação). Métodos usados para reduzir o alto consumo de corrente elétrica consumida
pelo motor na partida, além de ser exigido por norma. Há também o método com resistores e
indutores em série com as bobinas do motor, indicado para motores de grande potência e,
normalmente, motores alimentado em média ou alta tensão.
3 – Partida com chaves eletrônicas: partida de motores no qual se usa uma chave de partida
eletrônica, chamada soft-starter, que com o uso dessa chave há um controle continuo no valor de
tensão eficaz aplicada ao motor, desde a partida até o regime nominal, não gerando altas correntes
de consumo pelo motor na partida e golpes mecânicos, no qual ocorre com os outros métodos de
partida.
38
6.1 - Função de um Dispositivo de Partida
39
6.2 -Composição de um Dispositivo de Partida
As funções que uma chave de partida deve assegurar segundo a norma IEC 60947-1são:
Proteção contra sobrecargas: todas as cargas estão sujeitas a incidentes de origem elétrica e
mecânica como sobretensão, queda de tensão, desequilíbrio ou falta de fase, rotor bloqueado,
sobrecargas mecânicas, etc. Todos incidentes provocam um aumento de corrente absorvida pelo
motor e um aquecimento perigoso nos enrolamentos do motor (efeito térmico). Para evitar estes
incidentes é obrigatório ter uma proteção contra sobrecargas, para detectar aumentos de corrente, de
sobre e subtensão e interromper a partida ou funcionamento antes que o aquecimento do motor e dos
condutores provoque a deterioração dos isolantes. A sobrecarga é o defeito mais freqüente nas
máquinas. Segundo o nível de proteção desejado e a categoria de emprego do receptor, a proteção
contra sobrecarga pode ser realizada com relés térmicos bimetálicos, relés para sondas e termistores,
relés eletrônicos multifunção e disjuntor-motor.
40
Comutação: a comutação consiste em estabelecer e interromper a alimentação dos receptores,
quando requer um comando semi ou automático e uma grande cadência de manobras. O uso
industrial para essa finalidade são do tipo eletromagnéticos como os contatores , eletrônicos como
relés em estado sólido (SSR – solid state relay), disjuntor-motor, partidas combinadas, e as do tipo
eletrônicos como partidas progressivas (soft-starter e inversor de freqüência).
Coordenação tipo 1
Sem riscos para as pessoas e instalações, ou seja, desligamento seguro da corrente de curto-
circuito. O conjunto estará incapaz de continuar funcionando após o desligamento, permitindo danos
ao contator e o relé de sobrecarga ou outro dispositivo.
Coordenação tipo 2
Sem riscos para as pessoas e instalações, ou seja, desligamento seguro da corrente de curto-
circuito. Não podendo haver danos ao relé de sobrecarga ou outro dispositivo, com exceção de leve
fundição dos contatos e estes permitam fácil separação sem deformação significativa.
41
6.3 - Glossário
Termos técnicos utilizados nessa apostila, segundo as normas vigentes.
Contator: dispositivo de manobra (mecânico) de operação não manual, que tem uma única
posição de repouso e é capaz de estabelecer (ligar), conduzir e interromper correntes em condições
normais do circuito, inclusive sobrecargas de funcionamento previstas.
Fusível encapsulado: fusível cujo elemento fusível é completamente encerrado num invólucro
fechado, o qual é capaz de impedir a formação de arco externo e a emissão de gases, chama ou
partículas metálicas para o exterior quando da fusão do elemento fusível, dentro dos limites de sua
característica nominal.
42
simplesmente relés de sobrecarga), por razões construtivas, podem ser térmicos (quando atuam em
função do efeito joule da corrente sobre sensores bimetálicos), ou senão eletrônicos, que atuam em
função de sobrecarga e que podem adicionalmente ter outras funções, como supervisão dos
termistores (que são componentes semicondutores), ou da corrente de fuga.
Corrente de partida: valor eficaz da corrente absorvida pelo motor durante a partida,
determinado por meio das características corrente-velocidade.
43
6.4 - Chave de Partida Direta Simples
44
Figura 6.2 Comportamento da corrente e conjugado de um motor partindo a plena tensão
A chave de partida direta é aplicada em máquinas com qualquer tipo de carga; máquinas que
permitem normalmente suportar o conjugado (torque) de aceleração; fonte com disponibilidade de
potência para alimentação; confiabilidade de serviço pela composição e comando simples.
45
6.4.1 Esquema de força da chave de partida direta no modo
multifilar e no modo unifilar
Multifilar Unifilar
Figura 6.3 - Esquema de força da chave de partida direta no modo multifilar e no modo unifilar
Sendo:
Q1 + k1: Q1 = disjuntor – motor, com função de proteção contra curto-circuito e sobrecarga, com
contato auxiliar NF (95-96) para comando; k1 = contator de força com função de estabelecer e
interromper a alimentação do motor.
46
6.4.2 Esquema de comando da chave de partida direta
respectivamente aos esquemas de força acima
Figura 6.4 Esquema de comando da chave de partida direta respectivamente aos esquemas de força acima
Sendo:
L1 e L2: alimentação do comando conforme tensão de bobina do contator. Normalmente a
bobina do contator é fabricada para: 380, 220 ou 110 Vac, ou 48, 24 ou 12 Vdc; por isso a
necessidade ora do uso do F22.
F21 e F22: fusíveis, ou disjuntor mono ou bipolar, para proteção do circuito do comando, sendo
F22 de uso obrigatório quando o circuito de comando alimentado entre fases, ou entre positivo e
negativo.
NF de Q1 ou NF de FT1 (95-96): contato auxiliar dos dispositivos de proteção com função de
proteção do motor indiretamente com a abertura do circuito alimentador da bobina do contator.
SE + S0 + S1: SE = botão tipo soco para emergência, com trava; S0 = botão pulsador com
função de DESLIGA; S1 = botão pulsador com função de LIGA.
47
6.5 Chave de partida direta simples com reversão
A chave de partida direta com reversão possui características semelhantes a chave de partida
direta. Os contatores usados na montagem dessa chave possuem a categoria de emprego diferente
dos utilizados na chave de partida direta, conforme as categorias de emprego mostradas nos anexos.
Quando a reversão é feita após o motor parar por completo, as curvas de corrente e torque em função
da rotação ou escorregamento são idênticas ao gráfico mostrado da chave de partida direta. Porém,
quando a comutação para reversão do motor ocorre com o motor em funcionamento, o tempo de
corrente de rotor bloqueado (Ip) é maior. Este tempo corresponde ao tempo em que o motor custa a
reduzir a rotação do valor nominal a zero RPM e inverter o sentido de rotação.
A inversão do sentido de rotação se dá através da inversão da seqüência de fase aplicada ao
motor. Para inverter o sentido de rotação se faz necessário alterar somente a posição de duas fases
que alimentam o motor. A inversão da seqüência de fase é feita através das conexões elétricas feita
nos pólos de dois contatores como mostrado a seguir nos esquemas de força e comando.
Quando é feita a reversão do sentido de rotação do motor, estando o motor em funcionamento,
deve-se atentar que ocorre um momento de esforço mecânico torçor no sistema de acoplamento da
máquina com o motor, principalmente, nos eixos das máquina motriz e motora. É característico as
máquinas e equipamentos que necessitem inverter o sentido de rotação, que a troca de peças
sobressalentes (rolamentos, selo mecânico, retentores, buchas, etc) sejam feitas num intervalo de
tempo mais curto em relação as máquinas acionadas por chaves de partida direta simples.
48
6.5.1 Esquema de força da chave de partida direta com reversão no
modo multifilar e no modo unifilar
Multifilar Unifilar
Figura 6.5 - Esquema de força da chave de partida direta com reversão no modo multifilar e no modo unifilar
Sendo:
Q1 + k1 + FT1: Q1 = disjuntor – motor, com função de proteção contra curto-circuito e
sobrecarga, sem contato auxiliar NF (95-96) para comando; k1 = contator de força com função de
estabelecer e interromper a alimentação do motor com uma determinada seqüência de fase; K2 =
contator de força com função de estabelecer e interromper a alimentação do motor com seqüência de
fase diferente de K1; FT1 = relé de sobrecarga bimetálico com função de proteção contra
sobrecargas, através da inserção de seu contato auxiliar para comando NF (95-96) no esquema de
comando.
49
6.5.2 Esquema de comando da chave de partida direta com
reversão
Sendo:
L1 e L2: alimentação do comando conforme tensão de bobina do contator. Normalmente a
bobina do contator é fabricada para: 380, 220 ou 110 Vac, ou 48, 24 ou 12 Vdc; por isso a
necessidade ora do uso do F22.
F21 e F22: fusíveis, ou disjuntor mono ou bipolar, para proteção do circuito do comando, sendo
F22 de uso obrigatório quando o circuito de comando alimentado entre fases, ou entre positivo e
negativo.
NF de Q1 ou NF de FT1 (95-96): contato auxiliar dos dispositivos de proteção com função de
proteção do motor indiretamente com a abertura do circuito alimentador da bobina do contator.
SE + S0 + S1 + S2: SE = botão tipo soco para emergência, com trava; S0 = botão pulsador com
função de DESLIGA; S1 = botão pulsador com função de LIGA num sentido de rotação e S2 no outro
sentido.
50
6.6 - Chave de partida indireta estrela – triângulo (y–d)
51
O método de partida com tensão reduzida, ou, tensão indireta, do tipo estrela – triangulo é
aplicado em motores que acionam cargas ou máquinas que partem em vazio ou com conjugado
resistente baixo; esse método alivia o conjugado ( torque ) de aceleração em base a tensão inicial (
reduzida ), e conseqüente redução da disponibilidade de potência para alimentação do motor. Há,
porém, no momento da comutação da ligação do motor de estrela para triângulo, além de um pico de
corrente, uma aceleração brusca, devido ao aumento do torque do motor quando alimentado a plena
tensão, pois o torque é diretamente proporcional ao quadrado da tensão. Isso no motor e na máquina
acionada significa um golpe, ou, solavanco mecânico, o que diminui a vida útil do motor e da máquina,
diminuindo assim o intervalo de tempo da manutenção preventiva do motor e da máquina. Há a
possibilidade de montar uma chave de partida Y – D com reversão, porém, no método mais simples
de inversão, no qual será mostrado a seguir, a inversão poderia ocorrer sem a parada total do motor.
Para que haja a inversão deve-se aguardar o motor parar totalmente. Caso essa observação de notar
a parada total do motor seja dificultosa, deve-se então, prever o tempo de parada por inércia do
motor, ou da carga acionada, e, adicionar / incrementar esse valor de tempo no temporizador através
do ajuste de tempo no dial do mesmo.
Para ser aplicado a chave de partida Y – D, o valor de tensão de bobina deve ser igual ao valor
de tensão de linha da rede. Como na partida o motor estará ligado por um intervalo de tempo em
estrela, o motor irá receber sobre seus terminais das bobinas o valor de tensão de fase da rede, que é
raiz de três vezes menor que da tensão de linha. Exemplos de tensão de bobina de motores e valores
de tensão de linha / tensão de fase de redes de alimentação onde se possam ligar motores com a
chave de partida Y – D.: Motor 380/660 Vac – Rede 380/220 Vac; Motor 220/380 Vac – Rede 220/127
Vac ou 220/110 Vac.
Motor 380/660 Vac – Rede 380/220 Vac, na partida o motor recebe, por estar ligado em estrela,
220Vac (UF), após quando ligado em triangulo, recebe 380 Vac (UL).
Designando:
52
E baseado no esquema de ligação dos enrolamentos, a seguir,
53
Relacionando entre si a corrente de alimentação e os momentos de partida, resulta que,
passando da ligação estrela para a triângulo, temos a relação de 1:3, como segue:
Figura 6.8 - Comportamento da corrente e conjugado de um motor partindo com uma chave de tensão indireta Y – D
54
6.6.1 Esquema de força da chave de partida y – d automática no
modo multifilar e no modo unifilar
Multifilar Unifilar
Figura 6.9 - Esquema de força da chave de partida y – d automática no modo multifilar e no modo unifilar
Sendo:
Q1,2 + k1,2,3 + FT1: Q = seccionador porta-fusível, com função de proteção contra curto-circuito
sem contato auxiliar NF (95-96) para comando; k = (k1+k3) contator de força com função de
estabelecer e interromper a alimentação do motor na partida em estrela sendo K3 com função de
fechar o centro da estrela da ligação do motor; k1+k2 fecham a ligação triângulo; FT1 = relé de
sobrecarga bimetálico com função de proteção contra sobrecargas, através da inserção de seu
contato auxiliar para comando NF (95-96) no esquema de comando.
55
6.6.2 Esquema de comando da chave de partida y – d automática
56
6.6.3 Esquema de força da chave de partida y – d automática com
reversão no modo multifilar
Figura 6.11 - Esquema de força da chave de partida y – d automática com reversão no modo multifilar
57
6.6.4 Esquema de comando da chave de partida y – d automática
com reversão
Normalmente o ajuste de tempo no relé temporizador, para que seja feita a comutação de da
ligação estrela para triangulo, é em torno de 10 a 15 segundos, conforme o torque resistente da
carga. Caso ocorre-se a comutação antes desse tempo, que é o tempo em que o motor leva pra
acelerar de 0 a aproximadamente 90% da rotação nominal, ocorreria um pico de corrente mais
elevado, podendo ser até, proporcional a corrente da partida direta (triangulo nesse caso), como
mostrado no gráfico do comportamento da corrente com o uso da chave Y – D. Quando usado
reversão na chave Y – D, e usado o comando acima, sendo esse o mais simples para tal função,
deve-se adicionar o tempo em que o motor leva para parar completamente, independente do método
de parada. Normalmente a parada é por inércia, e esse tempo deve-se ser incrementado no relé
temporizador, para evitar uma inversão do sentido de rotação estando o motor ainda em movimento
no sentido oposto.
58
6.7 - Chave de partida indireta autocompensadora ou
compensadora
Como visto na chave Y – D, o valor de tensão aplicado ao motor, na partida, fica restringido a
58% do valor da tensão nominal. Esse valor de tensão produz um valor de conjugado que ,por vezes,
não é capaz de acionar / acelerar a máquina movida. Isso ocorre devido o conjugado ser diretamente
proporcional ao quadrado da tensão, nesse caso, o conjugado de partida, assim como a corrente de
partida, ficaria limitado a 1/3 dos valores nominais. Quando com o uso da chave Y – D, for observado
que não ocorre a aceleração em tempo hábil para efetuar a comutação de estrela para triangulo, sem
que tal procedimento ocasionasse um elevado pico de corrente e, conseqüentemente, um elevado
golpe mecânico na carga, deve-se utilizar um método de partida que aumente o valor de tensão
aplicada ao motor, na partida, para que, com esse valor de tensão, seja produzido pelo motor um
valor de conjugado maior, sendo que esse valor de conjugado maior seja capaz de acelerar a
máquina, ou seja, produza uma curva de conjugado maior que a curva do conjugado resistente da
carga.
A chave de partida compensadora consistente em, na partida, alimentar o motor a partir da
derivação de um autotransformador. O autotransformador trifásico usado para essa utilidade,
normalmente é ligado em estrela e, consiste num transformador com um único enrolamento por lado,
ou fase, de um núcleo ferro-magnético. As derivações mais usuais de um autotransformador, são de
80, 65% ou 80, 65 e 50%.
59
6.7.1 Exemplo dos valores de tensão das derivações de um
autotranformador
O valor de tensão nas derivações do auto transformados são em percentuais dos valores
nominais aplicados aos terminais 100%. Lembrando que a relação existente entre a tensão de linha e
a tensão de fase é de raiz de 3.
Quando acionado o comando para partir o motor, o mesmo é alimentado a partir de uma das
derivações do autotransformador (80 ou 65%). Após atingir cerca de 90% da rotação nominal, o
motor passa a ser alimentado, por um curtíssimo intervalo de tempo, tanto a partir da derivação do
autotransformador, como pela rede de alimentação principal, até que o autotransformador é by-
passado e o motor fica continuamente alimentado pela rede de alimentação principal, como será visto
a seguir. Com a chave de partida Y – D, a forma de se conseguir uma menor corrente de partida,
indiretamente através da diminuição do valor de tensão aplicada as bobinas do motor, está na forma
de como o motor está ligado na partida e de como será ligado em regime nominal. Já com a chave
autocompensadora a diminuição da tensão aplicada ao motor, e conseqüentemente diminuição da
corrente de partida, esta no fato da alimentação do motor, na partida, derivar de uma rede de
alimentação momentânea, com valores de tensão diferentes da rede de alimentação principal,
conseguido através do uso de um autotransformador.
60
6.7.2 Esquemas de ligação dos enrolamentos
61
6.7.4 Exemplo da chave de partida autocompensadora, no modo
unifilar, com os valores de corrente por ramo do circuito, conforme
derivação do autotransformador.
Note que não há modificação na ligação do motor. O motor pode, para quando usado uma chave
autocompensadora, ter apenas 3 terminais acessíveis, no entanto, deve estar ligado de tal maneira a
receber o correto valor de tensão nas bobinas, ou seja, a plena tensão.
Exemplos motores com 3 terminais acessíveis (ligação estrela ou triangulo já vem pronto de
fábrica através de ligação fixa soldada entre os terminais da bobina do motor):
Motor 220 Vac ligado em triangulo – Rede 220/127 Vac ou 220/110 Vac.
Motor 220 Vac ligado em estrela – Rede 380/220 Vac.
62
6.7.5 Esquema de força da chave de partida autocompensadora
automática no modo multifilar e no modo unifilar
Multifilar Unifilar
Figura 6.17 - Esquema de força da chave de partida autocompensadora automática no modo multifilar e no modo
unifilar
63
6.7.6 Esquema de comando da chave de partida autocompensadora
automática
64
No comando da chave de partida autocompensadora, se for garantido que a abertura de K2
ocorra somente depois do fechamento de K1, o motor fica recebendo alimentação na comutação da
chave. Para obter essa garantia é que se justifica o uso do contator KA (esquema de comando). O
contator K2 permanecendo ligado na comutação da chave autocompensadora da condição de partida
para a condição de regime do motor, ainda proporciona uma mudança menos brusca de tensão
porque estando K2 ligado, sem que K3 esteja ligado, uma parte da bobina do autotransformador fica
em série com o motor. Por tudo isso, a chave autocompensadora não provoca tranco causado pela
mudança brusca de tensão como na chave Y – D, e o golpe mecânico é de baixa intensidade.
A chave de partida autocompensadora também pode ser reversora. É pouco usual por tratar-se,
normalmente, de acionamentos de grandes máquinas que possuem grandes potências. Após a
partida do motor a autocompensadora fica inativa, sendo possível a sua utilização para partir outro
motor, através da combinação e intertravamentos com o comando dos outros motores.
65
6.8 - Chave de Partida Semi - Automática
66
6.9 - Chave de Partida Automática
As chaves de partida automática são caracterizadas pelo modo em que são acionadas e
desacionadas, assim com também, quando se necessita de uma mudança de estado
automaticamente, sem intervenção na mudança de estado por meio manual. As chaves de partida
estrela – triângulo e a autocompensadora, mostradas anteriormente, são chamadas automáticas pelo
fato de não haver intervenção manual na comutação da ligação do motor de estrela para triângulo, no
caso da chave de partida estrela - triângulo, assim como da mudança do circuito de alimentação do
motor na chave de partida autocompensadora. O exemplo mostrado a seguir mostra uma chave de
partida automática com habilita. Só haverá o acionamento do motor caso o sentido da seqüência de
fases esteja de R pra S pra T, assim como o operador habilite o funcionamento através da manopla
S1, e o nível de um determinado sistema esteja baixo (S2 fechado). Logo atingido o nível desejado o
motor é desenergizado pela abertura de K1. Tão logo o nível comece a diminuir o motor é energizado
novamente, sem que o operador tenha que acionar o sistema novamente.
67
O exemplo a seguir mostra uma chave de partida puramente automática. As condições de
acionamento são unicamente haver tensão na rede de alimentação, e os dispositivos de proteção
estarem em condições de uso e habilitados. Tanto o acionamento do motor, como o desligamento do
mesmo é feito exclusivamente pelo acionamento da chave de nível.
68
VII - CONTATOR OU RELÉ EM ESTADO
SÓLIDO
Os relés em estado sólido (SSR – solid state relay), são componentes eletrônicos totalmente em
estado sólido, ou seja, não possuem elementos mecânicos móveis. Visam principalmente a
substituição de relés comuns e contatores, incorporando uma série de vantagens. Os relés em estado
sólido não possuem desgaste de contatos mecânicos, pois estes não existem, tornando maior a vida
útil. Respondem a freqüência de acionamento elevadas, permitindo assim controle de luminosos e
temperatura de forma direta, precisa e econômica. Os SSR possuem detector de cruzamento de zero
“zero crossing” ligando cargas AC no cruzamento de zero da tensão (senóide) e desligando no
cruzamento de zero da corrente, evitando assim, interferências em outros equipamentos
(harmônicos), além de aumentar muito a vida útil da carga (no caso de uma resistência ou lâmpada
cerca de 3 a 4 vezes). A corrente de acionamento são muito baixas, comparadas com relés comuns
ou contatores. Usado em chaveamento de cargas e resistivas e indutivas, nos controles com
freqüências elevadas e ambientes com baixa emissividade de ruídos, tanto elétrico quanto mecânico.
Esses relés são divididos em duas categorias: uma de pequena potência denominada “MÓDULOS
I/O” e outra denominada “CHAVES ESTÁTICAS”. Os módulos I/O, podem ser de saída AC ou DC e
entradas AC ou DC. Os módulos de saída são comandados por sinais de baixa corrente (da ordem de
10mA) em tensões que variam de 5, 15 ou 24 VDC para acionamento de cargas AC de 24 a 280 VAC
(4 A) ou cargas DC de 5 a 60 VDC (3 A) ou 5 a 200 VAC / VDC, e os sinais de 5, 15 ou 24 VDC
podem ser acoplados diretamente a sistemas de controle para monitoração como SDCD e CLP.
Todos este modelos são acoplados opticamente com isolação de 4000 VRMS entre entrada e saída e
podem ser instalados em cartão de circuito impresso, PCI ou trilhos DIN, o que permite grande
facilidade na montagem em painéis e máquinas, incorporando inclusive fusíveis de proteção
69
7.1 Funcionamento
Ao receber um sinal de comando em seus terminais de entrada (INPUT), o SSR conduz (liga)
e alimenta a carga. A condução acontece efetivamente na próxima passagem por zero da tensão de
rede. No desligamento acontece o mesmo. O sinal de comando é retirado, porém o SSR somente
bloqueia (desliga) na próxima passagem por zero. Isto implica em atrasos nunca superiores a 8,3
milisegundos entre o instante de disparo do comando LIGA / DESLIGA e a efetiva alimentação /
desalimentação da carga. O fato de ligar e desligar a alimentação da carga sempre em um
cruzamento por zero da tensão de rede trás vantagens importante para instalação. Praticamente não
são geradas interferências elétricas na instalação e o SSR não é submetido a condições severas de
chaveamento. Outra implicação é a impossibilidade de chavear tensão contínua (DC), somente
tensão alternada (AC).
70
7.2 - Conexões Elétricas
São duas ligações necessárias: Sinal de comando e ligação com a carga. Na ligação com a
carga, um fusível ultra-rápido deve ser utilizado para proteger a instalação. Terminais bem fixados e
fios adequados ajudam na eficiência de instalação
71
VIII – CHAVES DEPARTIDA ESTÁTICA;
ACIONAMENTO DE MOTORES COM CHAVES
DE PARTIDA ELETRÔNICA EM ESTADO
SÓLIDO, MICROPROCESSADA
Como vimos anteriormente, tanto a partida estrela - triângulo como a partida compensadora
provocam solavancos ao passarem de uma posição de tensão reduzida para a posição de tensão
plena. Para as cargas que exijam acionamentos suaves acopladas a motores de grande porte usa-se
atualmente a partida suave com eletrônica de potência (soft-starter). É o caso dos ventiladores,
bombas e compressores de grande porte, esteiras transportadoras de potência, máquinas de grande
momento de inércia, etc.
As chaves de partida estática, ou, chaves de partida em estado sólido, assim chamados por
não haver comutação tipo ON-OFF, como o contator, são dispositivos de manobra (microprocessado),
adequado para partida e parada suave de motores assíncronos trifásicos, onde desejamos eliminar os
altos conjugados de aceleração do motor e picos de corrente na partida. A partida suave é atualmente
a mais utilizada em cargas acionadas por motores de potências superiores, operando em categoria de
emprego AC-2 e AC-3. Assim, sua aplicação é mais encontrada em ventiladores, esteiras
transportadoras, bombas, compressores, máquinas com grande momento de inércia de modo geral, e
outros semelhantes. Dados para uma melhor especificação podem ser inseridos em um programa
de simulação em PC e um programa de comunicação para colocação em operação, gerenciamento e
manobra em PC. Através de um programa de comunicação / parametrização podemos colocá-lo em
operação, gerenciar e manobrar através de um PC.
72
Como principais características podemos mencionar:
• Aplicação no acionamento de máquinas que partem em vazio e com carga;
• Permite parametrização de tensão oferecendo uma aceleração / desaceleração progressiva e
uniforme da máquina, o que possibilita a redução da potência necessária;
• A qualidade de supervisão precisa ser de nível mais sofisticado;
• Ausência de choques mecânicos (trancos) na aceleração / desaceleração da máquina, o que
aumenta consideravelmente os intervalos de manutenção contribuindo para uma maior vida útil do
equipamento e pelas características básicas, tem substituído a partida por autotransformador
(compensadora) e estrela - triângulo.
Neste método de partida, o controle da potência fornecida na fase de partida é feita mediante um
escalonamento da fração da tensão de alimentação fornecida a cada instante, em um dado número
de semiciclos de tensão, que pode ser ajustado às características desejadas, até o seu valor pleno.
Esse programa de escalonamento é executado por meio de um par de tiristores por fase, ligados em
antiparalelo, e que atuam em função de um programa previamente estipulado. Com esse
procedimento, tem-se a possibilidade de partir do estado de repouso e chegar ao de rotação plena,
através de uma série de degraus, cuja variação atende plenamente à própria curva de carga. Nos
primeiros modelos de chaves de partida estática, as soft – starters, havia apenas a possibilidade de
controle da aceleração do motor. Ainda mais remoto, os primeiros modelos possuíam controle em
apenas uma das fases, após foi desenvolvido o de controle a duas fases, e hoje o mais utilizado é o
que tem a capacidade de controle nas três fases, melhorando a potência por fase. Ainda são
fabricados soft – starters com controle a duas fases. O que é feito na aceleração, pode ser feito, no
sentido inverso, na desaceleração, partindo-se da onda de tensão plena e chegando-se, passo a
passo, a interrupção total da ondas de tensão, como mostra as figuras abaixo.
Figura 8.1 Tiristores SCR’s ligados em anti - paralelo, sendo 2 por fase, controle nas três fases
73
8.1.1.1 Período de aceleração
No período de partida do motor é feito o controle do valor eficaz de tensão aplicado ao motor,
feito através do controle do ângulo de disparos dos tiristores SCR. O tempo de disparo é calculado
por um microprocessador que controla a eletrônica dedicada ao acionamento do gate (gatilho) dos
tiristores, que permitem a passagem de tensão, a partir da parametrização feita pelo usuário no tempo
de rampa de aceleração.
a) Os tiristores após serem usados para controlar o ângulo de disparo dos semiciclos, até entrar
em estado de disparo em ângulo 0, ou seja, plena condução como se estivesse a carga ligada
diretamente a rede de alimentação, podem ser desacionados, ou seja, é acionado o relé de by-pass
da chave, que é montado em paralelo com cada par de tiristores por fase, e o motor recebe
alimentação diretamente da rede de alimentação. A soft – starter fica funcionando como controlador
de corrente da carga, podendo, dependendo da parametrização, desacionar a carga em caso de
alguma falha no funcionamento da carga, ou falha na rede de alimentação. Também há a
possibilidade de leitura de outras valores de grandeza referentes a carga, como fator de potência,
temperatura do dissipador de calor, valor de tensão percentual aplicada ao motor (nesse caso 100%),
entre outros.
b) Com o uso das chaves de partida soft-starter, em alguns modelos, há a possibilidade de uma
parametrização para economia de energia. Com essa função os tiristores não podem estar
desacionados, ou seja, o relé de by-pass deve estar desabilitado. Há uma continua supervisão na
corrente absorvida pelo motor, e os tiristores entram em estado de corte de uma parte do semiciclo,
diminuindo o valor eficaz de tensão aplicada ao motor, conseqüentemente, da corrente absorvida pelo
mesmo, como mostrado na figura a seguir. Há o inconveniente de geração de distúrbios provocados
por harmônicos, quando do uso de economia de energia.
Modo economia de energia
74
8.1.1.2 Período de desaceleração
75
8.1.1.4 Comportamento da corrente elétrica absorvida por um motor
com o uso de uma chave de partida soft – starter em relação a
partida direta.
76
8.1.1.5 Oscilogramas comparativos entre métodos de partida
77
8.1.2 - Tipos de Soft – Starter
Há modelos no mercado que controlam apenas uma das três fases na partida. A fase controlada,
aliás, é, de fato, controlada apenas na janela de tempo de partida. Quando o motor atinge a rotação
nominal, o soft-starter funciona como um contator, ligando-o diretamente na rede de alimentação.
Veja na figura abaixo como uma fase tem sua potência limitada até o instante de plena potência. A
figura ilustra o primeiro tipo, onde apenas uma das fases, nesse caso a R é controlada através de um
circuito que adianta ou atrasa o ângulo de disparo , e cujos pulsos de disparo são enviados ao SCR.
Notem que, à medida que o tempo passa (inércia sendo vencida), o ângulo de disparo vai diminuindo.
Conforme o ângulo de disparo reduz, o de condução aumenta, permitindo que uma maior parcela da
senóide chegue na carga, aumentando o valor eficaz de tensão aplicada no motor,
conseqüentemente, maior conjugado.
78
B) Duas fases controladas
Essa é a arquitetura mais popular no mercado. A figura abaixo ilustra como R e T são
controladas enquanto S vai direto a motor. Deve-se ter o cuidado quando da intervenção de
manutenção no motor pois uma das fases está diretamente conectada ao motor, ou seja, tem-se
potencial no motor.
Figura 8.11 - Soft – starter com controle em duas fases, com relé de by-pass e bimetálico contra sobrecarga
79
C) Duas fases semi - controladas
Um outro tipo de soft – starter utilizado é ilustrado na figura abaixo onde é montado dois SCR’s
ligados em antiparalelo com dois diodos. Isso provê uma senóide semicontrolada nas fases R eT
(nesse exemplo) sendo que apenas um semiciclo é chaveado. . Deve-se ter o cuidado quando da
intervenção de manutenção no motor pois uma das fases está diretamente conectada ao motor, ou
seja, tem-se potencial no motor.
80
D) Três fases controladas
Figura 8.13 - Soft – starter com controle em três fases, com relé de by – pass e bimetálico contra sobrecargas
81
8.1.3 - Parametrização do soft – starter
a) Via potenciômetros: é o modo mais simples de parametrizar uma chave de partida soft –
starter. Esse tipo de parametrização aplica-se as soft – starters mais simples, onde há, normalmente,
a parametrização do tempo de rampa de aceleração, tempo de rampa de desaceleração, tensão
inicial aplicada ao motor na partida (percentual do valor de tensão nominal aplicado na alimentação de
força da chave), e limitação da corrente consumida pelo motor.
82
Figura 8.15 - Parametrização da soft – starter via potenciômetros
83
b) Via software dedicado: esse modo de parametrização é feito através da porta de comunicação
serial (RS-232 OU RS-485) do soft – starter (quando possui essa opção) que é conectado a uma
porta de comunicação de um computador ou a uma rede (switch). É preciso, no entanto, possuir
instalado no computador o software de programação fornecido pelo fabricante, e, que o software
tenha atualizado os drives referentes a chave que se quer parametrizar, com a versão de firmware
referente ao programa instalado na soft – starter. Esses dados vêm impressos numa etiqueta colada
na chave, como também, etiquetado em cima do processador do soft – starter. Com o software de
parametrização, também é possível, além de parametrizar a soft – starter, supervisionar, em tempo
real, estando a chave on-line com o computador, seja diretamente ou através de uma rede, as
variáveis referentes ao funcionamento e comportamento da chave como também do motor, tais como,
valor de corrente do motor, valor de tensão aplicada ao motor, estado da chave (habilitada - ready, em
funcionamento – run, ou em falha – fault), entre outros.
84
c) Via IHM ou HMI: a parametrização via IHM é o método mais usual de se parametrizar uma soft
– starter quando essa possui IHM. Normalmente essa parametrização via IHM se faz em campo, ou
seja, no local onde está instalado a chave, seja num CCM dentro de uma sala onde se encontram os
QGBT’s, ou num CCM próximo a carga a ser acionada. Essas soft-starters geralmente também
possuem comunicação serial, mas nem sempre é possível comunicar com uma rede ou computador,
devido ao local onde se encontra a chave. As parametrizações feitas no local via porta de
comunicação serial normalmente são feitas com um laptop, e nem sempre se tem um a disposição
para tal. Para parametrizar a chave via IHM deve se ter o manual da chave com a descrição
detalhada de cada parâmetro, assim como em alguns casos, o parâmetro de desbloqueio, ou, acesso
aos parâmetros que se deseja modificar, em função sempre da carga acionada.
85
8.1.4 - Aplicações e ligações feitas com a soft – starter
A chave de partida soft – starter tem a mesma lógica de alimentação de uma chave de partida
comum. É preciso energizar a parte de força da chave, onde estão os tiristores, e que é o circuito que
alimenta o motor; como também a parte do comando, onde se tem as entradas digitais para
elaboração da forma de como será acionada a chave. Uma chave soft – starter, como visto, após
partir um motor, dependendo do modelo, é acionado o relé de by-pass dos tiristores (modo economia
de energia desativado) e a carga fica diretamente conectada a rede. Quando o by-pass é feito
externamente, através de um contator, a mesma chave pode, através de uma lógica de comando,
partir e parar mais de um motor.
86
8.1.4.2 Soft – Starter Partindo Vários Motores simultaneamente
Partidas simultâneas
Neste tipo de partida a potência da chave deve ser no mínimo igual a soma das potências de
todos os motores. As cargas devem ter curvas de conjugado / rotação e momentos de inércia
semelhantes.
Note que K2 está em paralelo com a chave, portanto, K2 é o by-pass que é feito com um contator
em paralelo com a chave.
87
8.1.4.3 Soft – Starter Partindo Vários Motores em Seqüência ou
Cascata
Partidas seqüenciais
Para este tipo de partida a potência da soft – starter deve ser no mínimo igual à potência
nominal do maior dos motores. Não havendo pausa entre as partidas dos motores deve-se especificar
a capacidade da soft -starter em base ao resultado da corrente eficaz. O ajuste de parâmetros para
diferentes capacidade dos motores e/ou cargas pode ser realizado através do software de
comunicação da soft - starter. Permite-se a entrada de até três diferentes jogos de parâmetros. A
partida seqüenciada pode atender motores de pólos comutáveis em suas diferentes rotações.
88
Partida em seqüência de 3 motores
Figura 8.21 - Partida em seqüência de 3 motores com apenas uma soft - starter
89
8.1.4.4 Soft – starter montada dentro do delta
90
8.2 - Inversor de freqüência
91
8.2.1 - Princípio de funcionamento do inversor de freqüência
92
8.2.1.1 Blocodiagrama de um inversor de freqüência
CPU
CPU - A CPU (unidade central de processamento) de um inversor de freqüência pode ser
formada por um microprocessador ou por um microcontrolador (CLP). Isso depende apenas do
fabricante. De qualquer forma, é nesse bloco que todas as informações (parâmetros e dados do
sistema) estão armazenadas, visto que também uma memória está integrada a esse conjunto. A CPU
não apenas armazena os dados e parâmetros relativos ao equipamento, como também executa a
função mais vital para o funcionamento do inversor: geração dos pulsos de disparo, através de uma
lógica de controle coerente, para os IGBT’s.
IHM
O segundo bloco é a IHM (Interface Homem Máquina). É através desse dispositivo que se pode
visualizar (display) o que está ocorrendo no inversor, ou seja, supervisionar os estados e as variáveis
pertinentes ao acionamento do motor , e configurá-lo de acordo com a aplicação pelas teclas de
acesso, incremental e decremental.
93
Interfaces
A maioria dos inversores pode ser comandada através de dois tipos de sinais: Analógicos ou
digitais. Normalmente, quando se quer controlar a velocidade de rotação de um motor CA com
inversor, utiliza-se tensão, ou corrente, analógica de comando proporcional a uma variável, como
pressão, temperatura, vazão, velocidade referencial, etc. Essa tensão, ou corrente, situa-se entre 0 e
10 Vdc, no caso de tensão, e entre 0 a / ou 4 a 20 mA, no caso te corrente. A velocidade de rotação
(rpm) será proporcional ao seu valor, por exemplo, com uma parametrização linear:
1 Vdc = 1000 RPM, 2Vdc = 2000 RPM.
Para inverter o sentido de rotação basta inverter a polaridade do sinal analógico (de 0 a 10 Vdc
sentido horário, e –10 á 0 Vdc sentido anti-horário). Além da interface analógica, o inversor possui
entradas digitais, com sinais de tensão, normalmente em 24 Vdc ou 220 Vac. Através da
parametrização seleciona-se em uma lista, as possibilidades referentes à função de cada entrada
digital, tais como, ligar, habilitar, reset de erro, inversão do sentido de rotação, desliga, parada de
emergência, entre outros
Etapa de potência
A etapa de potência é constituída por um circuito retificador de onda completa, que alimenta
através de um circuito intermediário chamado “barramento DC” ou “link DC”. A entrada de
alimentação no inversor é em CA, provindo da rede de alimentação principal (60 ou 50Hz). Após a
retificação de CA para CC é feito uma filtragem na forma de onda retificada, através de capacitores
(as vezes com indutores também), para formar uma tensão CC mais linear, ou seja, diminuir o riplle.
Essa tensão CC alimenta o link DC onde estão instalados os módulo de transistores do tipo IGBT,
onde a tensão DC é, através do sistema PWM (Modulação da Largura de Pulsos) transformada
novamente em CA, mas com valores de freqüência ajustáveis, conforme uma lógica de
funcionamento desenvolvido na parametrização do inversor de freqüência, no qual ira alimentar o
motor
94
8.2.1.2 Princípio de funcionamento do inversor de freqüência
simplificada
95
Etapa retificação completa
Nessa etapa é feita uma redução do teor de tensão CA na onda de tensão CC, ou seja,
diminuição do riplle.
96
Etapa de inversão ou conversão de tensão cc em tensão ca
O inversor
O inversor é a última conexão do inversor de freqüência antes do motor e o ponto final onde a
adaptação da tensão de saída ocorre.
Do circuito intermediário o conversor pode receber tanto:
• Uma corrente contínua variável
• Uma tensão contínua variável
• Uma tensão contínua constante.
Em todos os casos o inversor assegura que a saída para o motor se torna variável. Em outras
palavras, a freqüência para o motor é gerada no inversor. Se a corrente ou tensão são variáveis, o
inversor gera apenas a freqüência. Se a tensão é constante o inversor gera a tensão e a freqüência.
Mesmo que os inversores trabalhem de formas diferentes, sua estrutura básica é sempre a mesma.
Os componentes principais são semi condutores controláveis, colocados em para em três ramos.
Atualmente os tiristores tem sido largamente substituídos pelos transistores que podem ser
chaveados de forma mais rápida. Apesar de depender do tipo de semicondutor utilizado, a freqüência
de chaveamento esta tipicamente entre 300Hz e 20kHz. Os semi condutores no inversor são ligados e
desligados por sinais gerados no circuito de controle. Os sinais podem ser controlados de diversas
formas.
97
e assim sucessivamente. Mesmo que isso faça a corrente do motor quase quadrada, a tensão do
motor é quase senoidal. Entretanto, sempre existem picos de tensão quando a corrente é chaveada.
Os diodos isolam os capacitores da corrente de carga do motor.
Figura 8.29 - Inversor para tensão constante ou variável e a saída que depende da freqüência de chaveamento dos
transistores.
98
A freqüência é mudada através da variação dos pulsos de tensão ao longo do eixo do tempo –
positivamente para meio período e negativamente por o outro meio. Como a técnica muda a largura
dos pulsos de tensão, ela é chamada de PWM (Pulse Width Modulation ou Modulação por Largura de
Pulso). PWM (e técnicas relacionadas com ela como PWM controlada pelo seno) é a técnica mais
utilizada no controle dos inversores. Nas técnicas PWM o circuito de controle determina os tempos de
chaveamento dos semicondutores através da intersecção entre um tensão triangular e uma tensão
senoidal superposta (PWM controlada pelo seno).
O Circuito de Controle
Se um inversor de freqüência fosse capaz de fornecer uma corrente muitas vezes maior que a
corrente nominal do motor, a sua característica de torque seria como visto na figura a seguir. Mas
correntes dessa magnitude podem danificar tanto o motor como o conversor de freqüência.
Conseqüentemente o conversor de freqüência indiretamente limita os valores de corrente através da
redução da tensão e da freqüência. O limite de corrente é variável e garante que o motor não ficará
excedendo por muito tempo sua corrente nominal. Visto que o conversor de freqüência controla a
velocidade do motor independentemente da carga, é possível parametrizar diferentes limites dentro
da faixa de trabalho do motor.
As características de torque do motor estão dentro dos valores nominais para alguns tipos
conversores de freqüência. Entretanto, seria uma vantagem se o conversor permitisse que o torque
atingisse 160% do torque nominal por exemplo.
99
É também normal que o inversor opere o motor numa velocidade acima da velocidade síncrona
como por exemplo 200% da velocidade nominal. O conversor de freqüência não consegue fornecer
uma tensão maior que a tensão de alimentação o que leva a um declínio da relação tensão -
freqüência se a velocidade nominal for excedida. O campo magnético enfraquece e o torque gerado
pelo motor cai na razão de 1/n.
A corrente máxima de saída do conversor se mantém constante. Isso leva a uma potência
constante de saída mesmo com velocidades acima de 200%.
100
8.2.1.4 Tipos usuais de modulaçao da largura de pulso (pwm)
101
Forma de onda da tensão e corrente gerada por controle por pwm
analisando uma fase
Figura 8.35 - Forma de onda da tensão e corrente gerada por controle por pwm analisando uma fase
Figura 8.36 - Forma de onda da tensão e corrente gerada por controle por pwm analisando três fases
102
8.2.1.5 - Características dos conversores de freqüência pwm
Conversores estáticos indiretos de freqüência com tensão imposta PWM são atualmente os
equipamentos mais empregados para a alimentação de motores de baixa tensão nas aplicações
industriais que requerem variação de velocidade. Eles operam como uma interface entre a fonte de
energia (rede) e o motor de indução. O processo de obtenção da tensão e freqüência desejadas por
meio de tais equipamentos passa por três estágios:
Transistores IGBT - Inversão da tensão contínua proveniente do link DC num sinal alternado,
com tensão e freqüência variáveis.
O diagrama a seguir ilustra as etapas descritas acima
Observações:
Quando o motor está em vazio ou com cargas leves, a tensão n o link DC tende a estabilizar
no valor igual a .
Quando, porém, o motor está com cargas mais elevadas (por exemplo, plena carga), a tensão no
link DC tende ao valor .
103
8.2.2 – Tipos de inversor de freqüência
104
Figura 8.38 - Inversores com alimentação mono ou bifásica e saída trifásica
105
8.2.3 - Aplicações e ligações feitas com o inversor de freqüência
Figura 8.40 - Ligação da força num inversor de freqüência com alimentação mono ou bifásica
106
Figura 8.41 - Ligação das entradas e saídas digitais, ligação das entradas analógicas, suas funções e características
107
8.2.4 - Controle de velocidade de um motor trifásico alimentado por
um inversor de freqüência
Controle em Malha Fechada: um Sistema de Controle em Malha Fechada (SCMF) utiliza uma
medida adicional da saída (resposta) real afim de compará-la com a resposta desejada do sistema.
Sistema de Controle: é um sistema que tende a manter uma relação pré-estabelecida entre
duas variáveis do sistema através da comparação de funções destas variáveis e utilizando a diferença
como meio de controle.
108
8.2.4.2 Modos de controle do Inversor de Freqüência
Basicamente existem dois tipos de controle dos conversores eletrônicos: o escalar e o vetorial.
O controle escalar baseia-se no conceito original do conversor de freqüência: impõe no motor
uma determinada tensão/freqüência, visando manter a relação V/f constante, ou seja, o motor
trabalha com fluxo aproximadamente constante. É aplicado quando não há necessidade de respostas
rápidas a comandos de torque e velocidade e é particularmente interessante quando há conexão de
múltiplos motores a um único conversor. O controle é realizado em malha aberta e a precisão da
velocidade é função do escorregamento do motor, que varia em função da carga, já que a freqüência
no estator é imposta. Para melhorar o desempenho do motor nas baixas velocidades, alguns
conversores possuem funções especiais como a compensação de escorregamento (que atenua a
variação da velocidade em função da carga) e o boost de tensão (aumento da relação V/f para
compensar o efeito da queda de tensão na resistência estatórica), de maneira que a capacidade de
torque do motor seja mantida. O controle escalar é o mais utilizado devido à sua simplicidade e devido
ao fato de que a grande maioria das aplicações não requer alta precisão e/ou rapidez no controle da
velocidade.
O controle vetorial possibilita atingir um elevado grau de precisão e rapidez no controle do torque
e da velocidade do motor. O controle decompõe a corrente do motor em dois vetores: um que produz
o fluxo magnetizante e outro que produz torque, regulando separadamente o torque e o fluxo. O
controle vetorial pode ser realizado em malha aberta (“sensorless”) ou em malha fechada (com
realimentação).
Com sensor de velocidade – requer a instalação de um sensor de velocidade (por exemplo, um
encoder incremental) no motor. Este tipo de controle permite a maior precisão possível no controle da
velocidade e do torque, inclusive em rotação zero.
Sensorless – mais simples que o controle com sensor, porém, apresenta limitações de torque
principalmente em baixíssimas rotações. Em velocidades maiores é praticamente tão bom quanto o
controle vetorial com realimentação. As principais diferenças entre os dois tipos de controle são que o
controle escalar só considera as amplitudes das grandezas elétricas instantâneas (fluxos, correntes e
tensões), referindo-as ao estator, e seu equacionamento baseia-se no circuito equivalente do motor,
ou seja, são equações de regime permanente. Já o controle vetorial admite a representação das
grandezas elétricas instantâneas por vetores, baseando-se nas equações espaciais dinâmicas da
máquina, com as grandezas referidas ao fluxo enlaçado pelo rotor, ou seja, o motor de indução é visto
pelo controle vetorial como um motor de corrente contínua, havendo regulação independente para
torque e fluxo.
Como visto há duas formas usuais de controlar a velocidade de um motor acionado por um
inversor de freqüência.
109
a) Controle Sensorless ou Controle em Malha aberta: controle onde é feito uma estimativa da
velocidade do motor, segundo o número de pólos do motor, a corrente absorvida pelo motor
(fornecida pelo inversor), tensão fornecida ao motor, a freqüência em que está sendo alimentado o
motor, entre outras variáveis. É o método mais simples, onde a freqüência e a tensão são ajustadas
de forma a manter a relação V/F constante, ou seja, fluxo aproximadamente constante para manter o
torque constante. É um tipo de controle em malha aberta. O seu sucesso depende do tipo de carga
que o motor aciona, principalmente da curva de conjugado de carga (constante, linear, quadrático,
etc). É o tipo de acionamento usado onde não há fortes acelerações e desacelerações envolvidas,
também em função da carga.
110
Controle de velocidade de um motor ca em malha aberta
(sensorless)
111
b) Controle com Encoder ou Controle em Malha fechada: controle onde a velocidade do
motor é controlada e ajustada a partir de um feedback da velocidade de rotação do eixo do motor. O
controle em malha fechada, utiliza um encoder ou um resolver acoplado diretamente no eixo do
motor, ou através de um flange entre o motor e a carga. O sinal gerado pelo encoder (tacogerador) é
exatamente a mesma velocidade desenvolvida no eixo do motor. Esse sinal é reenviado ao
controlador (realimentado), ou seja, enviado a uma entrada do inversor de freqüência para encoder,
normalmente analógica com resolução entre 8 a 12 bits. O sinal gerado pelo encoder é comparado
com o sinal de referência para velocidade do motor. O sinal de referência para velocidade do motor é
criado por um algoritmo de controle do inversor para essa finalidade segundo uma série de grandezas
e variáveis tais como o número de pólos do motor, a corrente absorvida pelo motor (decomposta em
Id e Iq) fornecida pelo inversor, tensão fornecida ao motor, a freqüência em que está sendo
alimentado o motor, entre outras variáveis. A partir dessa comparação, o erro (diferença) entre o sinal
de referência do inversor e o sinal gerado pelo encoder, é compensado com um sinal resultante, de
maneira a diminuir o erro. Isso quer dizer que com a compensação do sinal, o erro entre o sinal de
referência do inversor tenderá sempre a ser igual ao sinal gerado pelo encoder, fazendo com que o
controle da velocidade seja extremamente o mais fiel com aquilo desejado para o funcionamento da
máquina. Sempre que se necessite de um ajuste fino da velocidade de um motor CA, sendo o mesmo
alimentado por um inversor de freqüência, deve-se utilizar um inversor que possua entrada para
realimentação, pois esse item não é disponível em todos modelos e versões de inversores.
112
Controle de velocidade de um motor ca em malha fechada
(encoder)
Figura 8.48 - Inversor de freqüência com realimentação de velocidade proporcionada através do sinal gerado pelo
encoder, e com sinal de posicionamento gerado por um resolver
113
8.2.5 - Parametrização do inversor de freqüência
114
c) Via IHM ou HMI: a parametrização via IHM é o método mais usual de se parametrizar um
inversor de freqüência. Normalmente essa parametrização via IHM se faz em campo, ou seja, no local
onde está instalado o inversor, seja num CCM dentro de uma sala onde se encontram os QGBT’s, ou
num CCM próximo a carga a ser acionada. Os inversores de freqüência também possuem uma porta
de comunicação, mas nem sempre é possível comunicar com uma rede ou computador, devido ao
local onde se encontra a chave. As parametrizações feitas no local via porta de comunicação
normalmente são feitas com um laptop, e nem sempre se tem um a disposição para tal. Para
parametrizar o inversor via IHM deve se ter o manual do mesmo com a descrição detalhada de cada
parâmetro, assim como em alguns casos, o parâmetro de desbloqueio, ou, acesso aos parâmetros
que se deseja modificar, em função sempre da carga acionada.
115
IX - A PROTEÇÃO CONTRA CHOQUE NA
NBR 5410
A proteção contra choque que visa impedir que uma pessoa ou animal doméstico estabeleça
contato involuntário com alguma parte da instalação elétrica que esteja em potencial que seja
perigoso para a sua integridade física, este potencial pode ser originado tanto de uma parte da
instalação que está energizada para o seu funcionamento normal, quanto de uma parte que foi
acidentalmente energizada. Uma instalação elétrica tem que ser segura, ter a devida proteção tanto
em situação de funcionamento normal quanto em uma situação de falta.
A proteção contra choques deve considerar os seguintes elementos da instalação elétrica
partes vivas, massas e elementos condutores estranhos à instalação. A proteção contra choque que
visa impedir o acesso às partes vivas da instalação é chamada de proteção contra choque por contato
direto. A proteção que visa impedir o choque elétrico a partir de parte condutora da instalação que
normalmente não esta energizada, mas que se tornou energizada com um potencial perigoso
normalmente devido a um defeito na isolação básica de um componente é conhecida como proteção
contra choque por contato indireto.
A base técnica para as prescrições de proteção contra choque nas normas brasileiras é o
relatório IEC 479-1 que trata dos efeitos do choque elétrico no corpo humano. Portanto realizar a
proteção contra choques, no âmbito das normas baseadas nesta filosofia, é manter as partes
acessíveis das instalações dentro dos limites estabelecidos pela IEC 479-1. A proteção contra
choques, portanto, independe do valor da tensão nominal da instalação, dependendo somente da
suportabilidade do corpo humano ao choque.
116
Figura 9.2 - Efeito fisiológico da corrente no corpo humano.
• Respiração assistida
O método boca-a-boca é o mais eficiente.
• Perfuração da traquéia
Quando não se consegue desenrolar a língua a traquéia deve ser perfurada para permitir a
respiração sem uso da boca ou nariz.
• Massagem cardíaca
Pressão ritimada sobre o tórax, combinada com respiração assistida pode manter a circulação
sangüínea (irrigando o cérebro) enquanto não chega socorro médico.
• Desfibrilação
Um aparelho denominado desfibrilador gera pulsos de corrente (produzidos por um capacitor)
que são aplicados por dois eletrodos colocado no tórax de modo que parte desses pulsos passem
pelo coração. Podem ser feitas várias tentativas com valores crescentes dos pulsos, combinados com
massagem cardíaca.
• As queimaduras
São tratadas em clínicas especializadas, mas quando a extensão é muito grande geralmente
resultam namorte da vítima. As queimaduras mais graves são as provocadas pelo arco elétrico, pela
alta temperatura (alguns milhares deºC.)
117
9.2 - Dispositivos DR
• Circuitos que sirvam a pontos situados em locais contendo banheira / chuveiro (exceto circuitos
que
exterior;
• Circuitos de tomadas de corrente de cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço,
garagens e, no geral, a todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a lavagens (podem ser
• Protegem pessoas contra os efeitos nocivos causados por choques elétricos, por detecção da
corrente de fuga e desligamento imediato;
220/380VCA;
118
Figura 9.3 Dispositivos DR
Corrente Diferencial Residual - é a soma algébrica dos valores instantâneos das correntes que
percorrem todos os condutores vivos de um circuito em um dado ponto.
A corrente diferencial residual de um circuito sem defeito de isolamento seja na carga seja
nos condutores, é zero. Este valor é ideal, pois por imperfeição dos materiais isolantes de que são
usados na fabricação dos condutores e das isolações básicas das cargas existe uma pequena
119
cumpra esta função o dispositivo é construído de tal forma que todos os condutores vivos do circuito
passe por dentro de um toroide no interior deste dispositivo. Cada condutor induz um fluxo magnético
sentido da corrente.
Pode-se facilmente concluir que o fluxo resultante no toróide é proporcional à corrente diferencial
residual do circuito. O dispositivo DR usa este fluxo, através de um sistema de detecção, para
dispositivo não atua quando no circuito aparece uma falta, a corrente diferencial assume um valor alto
Figura 9.5 Corrente de Fuga ocasionado por Falha de Isolação do Equipamento – Contato Indireto
120
O DR pode ser encontrado em duas formas diferentes de implementação. Quando o sistema de
detecção, incluindo o toróide, e o sistema de interrupção encontram-se presentes no mesmo
é um módulo que se acopla a este disjuntor. A primeira opção é usada nas instalações prediais e a
norma IEC 1008. Para uma corrente nominal residual de 30 mA, o Dispositivo DR seletivo de
característica K, tem seu disparo retardado em 10 ms acima dos valores normais de atuação, o que
Os Disjuntores DR, além da proteção contra correntes de fuga à terra, protegem as instalações
121
9.2.5 Módulo DR
pelo cliente. A combinação de disjuntor alguns modelos de disjuntores e módulo DR pode ser
alimentada tanto pelo lado superior como pelo inferior.
Alguns disjuntores com módulo DR podem ser fornecidos com blocos de contatos auxiliares e de
alarme, bobina de mínima tensão e bobina de desligamento à distância, sendo sua montagem
dependente dos acessórios já existentes no disjuntor. O módulo DR detecta a presença de correntes
9.2.4 Aplicação
de falta à terra). O módulo DR se vale de uma soma vetorial de todas as correntes de fase, acionando
o trip do disjuntor quando a corrente de falta à terra ultrapassa os valores ajustados de corrente de
atuação e de tempo de retardo.
In (A)
I∆n (mA ou A)
Un (V)
Iint (A ou kA)
f (Hz)
Nº pólos
122
• Dispositivos DR’s Tipo AC
Tetrapolares - Sensibilidade 30, 300 e 500 mA " 40A, 63A, 80A, 125A e 125A
(selet. S);
• Dispositivos DR . Tipo A
Tetrapolares - Sensibilidade 30 mA " 40A (selet. K), 40A, 63A, 80A e 125A;
- Sensibilidade 300 mA " 63A (selet. S), 160A;
123
9.4 Disjuntor Diferencial Seletivo
Para poder coordenar com outros dispositivos a corrente residual de disjuntores DRs em série
em um circuito, estes dispositivos dispõem de um retardo curto de tempo.
124
9.5 Ligação dos Dispositivos de Proteção por
Corrente Residual
125
9.6 Botão de Teste
126
9.7 Montagem dos Dispositivos DR’s em Quadros de
Distribuição
127
X - ESPECIFICAÇÕES E DADOS DE
ENCOMENDA DE COMPONENTES E
DISPOSITIVOS
• Dados Específicos
Disjuntores
Tensão nominal máxima ......................................................................... ____ V
Corrente máxima de interrupção Icu ou Ics / Tensão de rede ................ ____ kA / ____ V
Corrente nominal máxima / Temperatura ambiente ................................ ____ A / ____ oC
Número de pólos ..................................................................................... ____ pólos
Relé disparador de sobrecarga ............................ não _, sim _ fixo _ ajustável ____ a ____ A
Relé disparador de curto-circuito ......................... não _, sim _ fixo _ ajustável ____ a ____ A
128
Seccionador
Tensão nominal máxima ...................................................................... ____ V
Corrente nominal / Categoria de emprego ........................................... ____ A AC-___ ou DC-___
Proteção de curto-circuito - fusível ( tipo / corrente nominal ) ................. Tipo____ / ____ A
Fusível
Tensão nominal máxima ......................................................................... ____ V
Corrente máxima de interrupção / Tensão de rede ................................. ____ kA / ____ V
Corrente nominal / Tamanho ................................................................... ____ A tamanho ____
Contator de potência
Tensão nominal máxima ......................................................................... ____ V
Corrente nominal / Categoria de emprego .............................................. ____ A AC-___ ou DC-___
Tensão de comando / Freqüência .......................................................... ____ V / ____Hz
Contatos auxiliares ( Quantidades / Execução ) ..................................... ____ NA + ___NF
Relé de sobrecarga
Tensão nominal máxima ......................................................................... ____ V
Faixa de ajuste ........................................................................................ ____ a ____ A
Contatos auxiliares ( Quantidades / Execução ) ..................................... ____ NA + ___NF
Contator auxiliar
Tensão nominal máxima ......................................................................... ____ V
Corrente nominal / Categoria de emprego .............................................. ____ A AC-___ ou DC-___
Tensão de comando / Freqüência .......................................................... ____ V / ____Hz
Contatos auxiliares ( Quantidades / Execução ) ..................................... ____ NA + ___NF
129
BIBLIOGRAFIA
SCHMELCHEN, Theodor. Manual de Baixa tensão: informações técnicas Parra aplicação de dispositivos de
manobra, comando e proteção. 1ª edição
DAWES, Chester L. Curso de Eletrotécnica. 13ª edição. Editora Globo. Porto Alegre, 1976.
WEG, Acionamentos. Informações Técnicas. Comando e proteção para motores Elétricos. Jaraguá do Sul, 1990.
A. Capelli. Eletrônica para Automação. Antenna Edições Técnicas, Rio de Janeiro, 2004.
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