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MECÂNICA
PNEUMÁTICA
1- 1 -
SUPERVISOR DE MECÂNICA
PNEUMÁTICA
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autorização prévia, por escrito, da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS.
67 p.:il.
3
ÍNDICE
1 Automação pneumática básica ................................................................................................. 7
1.1 Introdução ................................................................................................................................. 7
2 Topologia de circuitos ............................................................................................................... 9
2.1 Atuadores: ............................................................................................................................... 10
2.2 Elementos de comando:.......................................................................................................... 10
2.3 Elementos de sinal: ................................................................................................................. 10
2.4 Elementos de energia: ............................................................................................................ 11
3 Cilindros pneumáticos ............................................................................................................. 12
3.1 Êmbolo e haste........................................................................................................................ 12
4 Válvulas pneumáticas ............................................................................................................. 15
4.1 Introdução ............................................................................................................................... 15
4.2 Válvulas de pressão ................................................................................................................ 15
4.3 Válvulas de fluxo ..................................................................................................................... 17
4.4 Válvulas de bloqueio e de fechamento ................................................................................... 17
4.5 Válvulas direcionais................................................................................................................. 18
4.5.1 Simbologia das válvulas direcionais........................................................................................ 18
4.5.2 Exemplos de válvulas direcionais ........................................................................................... 19
4.6 Construções especiais ............................................................................................................ 20
4.6.1 Filtro e dreno ........................................................................................................................... 20
4.6.2 Divisor binário (“flip-flop” mecânico)........................................................................................ 21
4.6.3 Temporizador pneumático....................................................................................................... 21
5 Símbolos pneumáticos e elétricos........................................................................................... 22
5.1 Introdução à simbologia pneumática ...................................................................................... 22
5.2 Atuadores: ............................................................................................................................... 22
5.2.1 Cilindro de simples ação: ........................................................................................................ 22
5.2.2 Cilindro de dupla ação: ........................................................................................................... 22
5.2.3 Cilindro de dupla ação (com fim de curso em amortecimento regulável):.............................. 22
5.3 Válvulas com funções lógicas: ................................................................................................ 23
5.3.1 Válvula "ou" (ou Alternadora): ................................................................................................. 23
5.3.2 Válvula "e" (ou de Simultaneidade):........................................................................................ 23
5.4 Válvulas direcionais:................................................................................................................ 23
5.5 Definições adicionais .............................................................................................................. 24
5.6 Acionamentos.......................................................................................................................... 24
5.6.1 Mecânico por botoeira:............................................................................................................ 25
5.6.2 Mecânico por alavanca: .......................................................................................................... 25
5.6.3 Mecânico por rolete: ................................................................................................................ 25
5.6.4 Mecânico por rolete escamoteável:......................................................................................... 25
5.6.5 Mecânico por botoeira com trava: ........................................................................................... 25
5.6.6 Mecânico por alavanca com trava:.......................................................................................... 25
5.6.7 Mecânico por mola: ................................................................................................................. 25
5.6.8 Por pilotagem a ar comprimido: .............................................................................................. 26
5.6.9 Elétrico (ou por solenóide com um enrolamento): .................................................................. 26
5.6.10 Elétrico (solenóide com dois enrolamentos): .......................................................................... 26
5.6.11 Paralelo elétrico-botoeira (ou “pré-comando manual”): .......................................................... 26
5.6.12 Combinado elétrico/pneumático paralelo a botoeira............................................................... 26
5.7 Introdução à simbologia elétrica ............................................................................................. 26
5.8 Elementos de contato.............................................................................................................. 27
5.9 Elementos de introdução de sinais: ........................................................................................ 27
5.9.1 Acionamento manual:.............................................................................................................. 28
5.9.2 Acionamento mecânico: .......................................................................................................... 28
5.9.3 Sensores eletrônicos:.............................................................................................................. 28
5.10 Elementos de processamento de sinais: ................................................................................ 29
4
5.11 Elementos de conversão de sinais:......................................................................................... 29
5.11.1 Conversores e-p (elétrico-pneumático): .................................................................................. 29
5.11.2 Conversores p-e (pneumático-elétrico): .................................................................................. 30
6 Comandos intuitivos e funcionais............................................................................................ 31
6.1 Introdução ............................................................................................................................... 31
6.2 Funções lógicas ...................................................................................................................... 31
6.2.1 Função identidade pneumática ............................................................................................... 31
6.2.2 Função inversora eletropneumática:....................................................................................... 32
6.2.3 Função "ou" eletropneumática: ............................................................................................... 32
6.2.4 Função "e" eletropneumática: ................................................................................................. 33
6.2.5 Função "não-ou" eletropneumática:........................................................................................ 33
6.2.6 Função identidade pneumática: .............................................................................................. 34
6.2.7 Função inversora pneumática:................................................................................................ 34
6.2.8 Função "ou" pneumática: ........................................................................................................ 35
6.2.9 Função "e" pneumática: .......................................................................................................... 35
6.2.10 Função "não-ou" pneumática:................................................................................................. 36
6.3 Comandos funcionais .............................................................................................................. 36
6.3.1 Comandos em função da posição .......................................................................................... 36
6.3.1.1 Pneumático com fim de curso: ................................................................................................ 37
6.3.1.2 Eletropneumático..................................................................................................................... 37
6.3.2 Comandos em função da pressão .......................................................................................... 38
6.3.2.1 Solução pneumática:............................................................................................................... 38
6.3.2.2 Solução pneumática:............................................................................................................... 39
6.3.3 Comandos em função do tempo ............................................................................................. 39
6.3.3.1 Solução pneumática................................................................................................................ 40
6.3.3.2 Solução elétrica (Exercício de Sala): ...................................................................................... 40
6.4 Elaboração de circutos............................................................................................................ 41
6.4.1 Introdução ............................................................................................................................... 41
6.4.2 Topologia de circuitos ............................................................................................................. 43
7 Diagrama trajeto-passo e cadeia de comandos...................................................................... 45
7.1 Métodos não-sistemáticos....................................................................................................... 46
7.1.1 Emprego de rolete escamoteável............................................................................................ 46
7.1.2 Corte de sinal temporizado ..................................................................................................... 47
7.1.3 Corte de sinal por memória inversora ..................................................................................... 47
7.2 Métodos sistemáticos.............................................................................................................. 47
7.3 Cadeia de comandos .............................................................................................................. 47
7.3.1 Interpretando a cadeia de comandos...................................................................................... 48
7.3.2 Elaborando circuitos para cadeias de comando ..................................................................... 48
7.3.3 Representação dos elementos de trabalho e de comando .................................................... 49
7.3.4 Identificação dos elementos de sinal ...................................................................................... 50
7.3.5 Representação dos elementos de sinal.................................................................................. 50
7.4 Cadeias de comando complexas ............................................................................................ 50
7.4.1 Corte de sinal por gatilho ........................................................................................................ 52
7.4.2 Corte de sinal temporizado ..................................................................................................... 52
7.4.3 Corte de sinal por memória inversora ..................................................................................... 53
7.4.4 Alternativas adicionais............................................................................................................. 53
8 Métodos sistemáticos.............................................................................................................. 54
8.1 Introdução ............................................................................................................................... 54
8.2 O conceito de “caixa-preta” ..................................................................................................... 54
8.3 Método de seqüência mínima de corte de sinais .................................................................... 55
8.3.1 Ligação das válvulas - método cascata .................................................................................. 56
8.3.2 Conclusões acerca do método cascata .................................................................................. 57
8.4 Método de seqüência máxima de corte de sinais ................................................................... 58
8.4.1 Ligação das válvulas - método pneumático (passo-a-passo)................................................. 58
8.4.2 Ligação das memórias - método eletropneumático ................................................................ 58
8.4.3 Uma opção: seqüência máxima com cadeia estacionária ...................................................... 59
5
9 Regulagem de velocidade em atuadores pneumáticos .......................................................... 60
9.1 Introdução ............................................................................................................................... 60
9.2 Regulagem pelo sistema “meter-in” ........................................................................................ 60
9.3 Regulagem pelo sistema “meter-out” ...................................................................................... 61
9.4 Circuitos de regulagem típicos - sistema “meter-in”................................................................ 62
9.4.1 Regulagem da velocidade de avanço (com válvula 4/2 vias)................................................. 62
9.4.2 Regulagem da velocidade de retorno (com válvula 4/2 vias) ................................................. 62
9.4.3 Regulagem da velocidade de avanço (com válvula 5/2 vias)................................................. 63
9.4.4 Regulagem da velocidade de retorno (com válvula 5/2 vias) ................................................. 63
9.5 Circuitos de regulagem - sistema “meter-out”......................................................................... 64
9.5.1 Regulagem da velocidade de avanço ..................................................................................... 64
9.5.2 Regulagem da velocidade de retorno ..................................................................................... 65
9.6 Conclusão................................................................................................................................ 65
6
CAPÍTULO I
1.1 Introdução
A automatização é uma ciência que não se aplica apenas aos setores industrial e comercial.
Em nosso cotidiano quando, por exemplo, acionamos o controle remoto de um televisor estamos,
muitas vezes sem perceber, fazendo parte de um processo automatizado.
Em linhas genéricas, embora muitos não pensem desta forma, o objetivo da automatização é
propiciar conforto ao ser humano, de tal maneira que ele não desenvolva atividades repetitivas e
desconfortáveis, permitindo-o a se preocupar cada vez mais com o intelecto.
Entre as várias técnicas de comando automático, poderíamos citar, em termos cronológicos:
• controle mecânico;
• controle elétrico;
• controle eletrônico;
• controle fotônico.
7
Em termos de confiabilidade, ao menos no estado atual da técnica, podemos afirmar que
nenhum sistema de automatização apresenta confiabiblidade maior que o eletrônico. Suas principais
limitações estão na baixa potência final de acionamento (algo que vem sendo contornado devido às
grandes pesquisas em eletrônica de potência) e sensibilidade às interações elétricas e/ou
magnéticas. Ainda, como pesquisa e protótipos, a utilização das fibras óticas nos faz prever o futuro
promissor da tecnologia fotônica no emprego de comandos automáticos.
8
CAPÍTULO II
2 Topologia de circuitos
Consideremos, a título de exemplo o circuito pneumático abaixo:
Figura 2.2
9
Pela fig. 2.1, observa-se que a cada elemento de circuito corresponde um número (1.0, 1.1,
etc.). O objetivo deste número é localizar os componentes do circuito, uma vez que pode haver
repetição do mesmo em um projeto. Desta forma, mesmo que um circuito apresente dois cilindros
idênticos, cada um deles receberá um número respectivo.
Conforme a norma DIN 19237, observa-se que o fluxo de energia é indicado pelas setas.
Assim sendo, na figura 2.2, tem-se:
2.1 Atuadores:
Dentro do escopo deste estudo, os elementos de comando podem ser interpretados como
sendo elementos que recebem a energia proveniente do sinal e a traduzem para a energia
responsável pelo acionamento final do atuador. Na figura 2.1, a válvula de 4/2 vias faz as vezes de
elemento de comando.
Na numeração padronizada, os elementos de comando recebem numeração “X.1”, isto é, 1.1;
2.1; 3.1;..., conforme a qual os atuadores estão conectados.
10
2.4 Elementos de energia:
a)
b)
11
CAPÍTULO III
3 Cilindros pneumáticos
Os cilindros pneumáticos são também chamados de “motores lineares”, uma vez que o
movimento de saída nos mesmos é de translação linear.
Figura. 3.1 - Cilindro Pneumático conforme ISO 6431 e 6432 (do catálogo FESTO FL-P-28-01-10/94)
P=F/A
12
Alguns fabricantes já têm em sua linha de produtos, cilindros sem haste (vide figura 3.2).
Figura. 3.2 - Cilindro sem Haste (tipo DGPL catálogo 3105.3/90825 Rg FESTO)
Outros exemplos de formas construtivas são apresentadas nas figuras 3.3 e 3.4.
Figura. 3.3 - Cilindro de simples ação conforme ISO 6432 (tipo ESN-...-P catálogo FESTO FL-P-22-02-10/95)
Figura. 3.4 - Cilindro de simples ação conforme ISO 6432 com êmbolo magnético e sensores (tipo ESNU-...-P-A catálogo
FESTO FL-P-22-02-10/95)
Existem, ainda, outras variantes de cilindros. Uma das mais usuais é o cilindro com giro
limitado ou oscilador. Conforme se observa nas figuras abaixo, é um cilindro convencional, com a
haste em cremalheira.
13
Figura. 3.5
Figura. 3.6
Figuras. 3.5 e 3.6 - Oscilador Pneumático. Aspecto externo e em corte (tipo DRQ catálogo FESTO IT/001-03-05/94)
Exemplos:
1) Dimensionar um cilindro pneumático de dupla ação para deslocar uma carga de 120 [kgf], com
pressão da rede de alimentação igual a 6 [bar], a uma velocidade máxima de 0,05 [m/s] em um
curso de 200 [mm].
2) Para o cilindro do item 1), especificar comercialmente, de acordo com 2 (dois) fabricantes, no
mínimo.
Sugestão de Atividade:
Pesquisar outros tipos de cilindros pneumáticos, diferentes dos aqui apresentados, anexando
prospectos de cada um deles (seis tipos, no mínimo).
14
CAPÍTULO IV
4 Válvulas pneumáticas
4.1 Introdução
• de pressão;
• direcionais;
• de bloqueio;
• de fluxo (vazão);
• de fechamento;
São válvulas que têm por objetivo controlar a magnitude de pressão em um circuito, ou em
um segmento deste.
Uma das principais válvulas de pressão aplicada a pneumática é o REGULADOR DE
PRESSÃO (que pode ser com ou sem escape), tanto que é um dos elementos que fazem parte da
unidade de conservação e das válvulas pressostáticas (ou válvulas de seqüência).
A figura abaixo ilustra um regulador de pressão com escape e o seu respectivo símbolo
normalizado:
15
Figura. 4.1 - V.R.P. com escape
Sucintamente, seu funcionamento permite manter constantes (ou com pequenas flutuações e
dentro de certos limites) o valor da pressão do lado da carga (P2).
Em equilíbrio, isto é, a pressão na carga sendo igual à regulada no lado da fonte (P1), a
válvula se apresenta conforme a figura (aberta). Duas situações podem ocorrer:
Neste caso, o incremento de pressão, faz com que se feche a passagem de ar, através do
“plug” e vedação (6), bloqueando a alimentação até que um déficit de pressão ocorra na carga, o que
ocasionará redução de pressão (e, portanto, força) sobre o diafragma (1), fazendo que o pino abaixe
o plugue (6).
16
A válvula reguladora de pressão sem escape é similar à apresenta na fig. 4.1 porém, com
uma pressão maior do lado da carga, o ar não pode escapar.
São válvulas que permitem variar o fluxo de ar em um circuito ou ramo deste. A variação do
fluxo permite que se varie a velocidade de propagação do ar no circuito controlado; veja-se a
equação:
Q = A.v
onde: Q = vazão;
A = área da seção;
v = velocidade do fluxo.
Um exemplo bastante simples de válvula de vazão é a válvula reguladora de fluxo (fig. 4.2):
Com o emprego adequado de válvulas de fluxo, é possível, entre outras aplicações, regular
as velocidades de avanço e retorno de um atuador (sistemas “meter-in” e “meter-out”).
17
Figura. 4.3 - Válvula alternadora
Esta é uma classe de válvulas que permitem influenciar o percurso do fluxo de ar, permitindo
partidas, paradas e controle lógico dos sinais em um circuito, depreendendo-se daí sua importância.
a) O símbolo não caracteriza a forma construtiva de uma válvula ou suas dimensões, apenas sua
função.
18
4.5.2 Exemplos de válvulas direcionais
b) Válvula Direcional de 4 vias e 2 posições (4/2 vias) acionada por solenóide servopilotado.
19
c) Válvula Direcional de 3 vias e 2 posições (3/2 vias) acionada por solenóide direto sem
servopiloto.
20
4.6.2 Divisor binário (“flip-flop” mecânico)
Existem situações de circuito em que é necessário efetuar a operação de divisão binária entre
sinais, por exemplo, a cada dois pulsos de um botão, desejamos apenas um sinal de saída; nestas
situações, empregamos a unidade de construção conhecida como “flip-flop”.
21
CAPÍTULO V
A norma alemã DIN 24300, apresenta os símbolos correntes para emprego em circuitos óleo-
pneumáticos (no Brasil, a simbologia é normalizada pelas NBR 8896 e seguintes).
Resumidamente, apresentaremos a regra de leitura dos principais símbolos empregados, em
forma tabular, abaixo:
5.2 Atuadores:
22
5.3 Válvulas com funções lógicas:
e) Os elementos de bloqueio (uma ou mais vias) são indicados dentro dos quadrados por
traços transversais.
Ex.: Válvula de 2/2 vias.
23
g) As ligações (vias de entrada e saída) são caracterizadas por traços externos ao quadrado.
Cada traço corresponde a uma via.
Ex.:
5.6 Acionamentos
Via de regra, as válvulas direcionais precisam ser comutadas (pilotadas) para as suas
posições de trabalho. Os acionamentos podem ser:
• força muscular;
• mecânico;
• elétrico;
• pneumático (direito ou não);
• combinado.
24
5.6.1 Mecânico por botoeira:
25
5.6.8 Por pilotagem a ar comprimido:
26
5.8 Elementos de contato
27
5.9.1 Acionamento manual:
28
Exemplo: Símbolo genérico de um sensor por contato
São elementos cujo objetivo é, dada a entrada do sinal em uma forma de energia, convertê-lo
em outra, de natureza diferente, agindo como "transdutor". Dois são os tipos principais:
29
Exemplo: Válvula direcional 3/2 vias acionada por solenóide.
30
CAPÍTULO VI
6.1 Introdução
31
6.2.2 Função inversora eletropneumática:
32
6.2.4 Função "e" eletropneumática:
33
6.2.6 Função identidade pneumática:
34
6.2.8 Função "ou" pneumática:
35
6.2.10 Função "não-ou" pneumática:
Sempre que se deseja controlar uma variável em um circuito pneumático, deve-se empregar
um elemento que possa detectar as mudanças de valor desta variável e, conforme a lógica do
programa, influenciar as atuações e sinais ao longo do circuito.
36
6.3.1.1 Pneumático com fim de curso:
6.3.1.2 Eletropneumático
37
b) com sensor de posição tipo "reed-switch".
38
6.3.2.2 Solução pneumática:
Análise: A haste do cilindro só poderá iniciar o seu movimento ao se atingir uma pressão
anteriormente calibrada no pressostato. Um botão comanda o avanço e outro, o retorno.
A figura acima mostra o desenho em corte de uma válvula pressostática e seu respectivo
símbolo. Em algumas bibliografias essa válvula também é chamada de “válvula de seqüência” (por
analogia à hidráulica).
39
6.3.3.1 Solução pneumática
Análise: A haste do cilindro inicia o seu movimento após decorrido um tempo programado no
temporizador. Um pulso num botão comanda o avanço e um pulso, em outro botão, comanda o
retorno.
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO:
1) Circuito Pneumático
40
3) Circuito eletropneumático
6.4.1 Introdução
41
indispensável. Entretanto , neste tipo de composição , a influência da sistemática será sempre menor
do que as influências pessoais do projetista.
Consideram-se pertinentes ao segundo grupo, todos os tipos em que se procede conforme
uma sistemática precisamente estabelecida, onde portanto, a influência pessoal do projetista sobre o
circuito é menor.
Enquanto que no primeiro caso são necessárias muita experiência, intuição e principalmente
em circuitos complexos, bastante tempo, as composições de esquemas conforme o segundo tipo,
necessitam de um trabalho sistemático assim como um certo conhecimento teórico fundamental.
O objetivo, independentemente do tipo de composição do esquema, e de se obter no final, um
comando que se apresente bom funcionamento e transcurso seguro. Enquanto que antigamente se
dava valor a solução de maior vantagem econômica, hoje situam-se em primeiro lugar, a segurança
de transcurso, a simplicidade de manutenção e com isto também, a facilidade de supervisão.
Isto leva necessariamente mais e mais a composição metódica de esquemas. Neste caso, o
comando será construído independentemente das influências pessoais do projetista como
capacidade, disposição, humor, etc., sempre segundo a sistemática estabelecida, sendo portanto,
facilmente compreensível e possível de ser verificado por outras pessoas que necessitam ocupar-se
com o mesmo. Entretanto, o volume tecnológico de um comando deste tipo na maioria dos casos será
maior do que o de um comando desenvolvido segundo o método intuitivo.
Em muitos casos porém, este volume adicional de material é compensado rapidamente
através da economia de tempo no projeto e em seguida também na manutenção. Em geral deve-se
observar que o tempo necessário para o projeto e em seguida, principalmente para a simplificação de
um circuito seja racional em comparação com o volume global do mesmo.
Convém neste ponto ressaltar, explicitamente, que a premissa básica para a composição de
um esquema, independentemente do método ou da técnica empregada, e um conhecimento básico
bem fundamentado da tecnologia considerada e o conhecimento das possibilidades de conexão e
características dos elementos utilizados.
A seguir far-se-á referência à maneira de desenvolver e construir circuitos pneumáticos mais
simples, trabalhando-se aqui ainda segundo métodos mais elementares.
Importante é observar o tipo de comando em cada caso, que resulta do enunciado do
problema. Um esquema para um comando de retenção terá uma sistemática de construção diferente
do que um esquema para um comando de trajetória programada.
Como na pneumática, ocorrem com maior freqüência comando por programa e dentro destes,
comando de trajetória programada, este tipo de comando será tratado detalhadamente.
Finalmente, convém lembrar que na primeira parte deste capítulo vamos mostrar como
elaborar um problema de comando e que antes da composição do esquema, os pontos apresentados
devem estar completamente elaborados e esclarecidos.
42
6.4.2 Topologia de circuitos
Observa-se o exemplo do circuito discreto (o termo “discreto” é aqui empregado como sendo
sinônimo de “não-integrado”, isto é, formada por vários componentes, cada um com suas funções
distintas) de um divisor binário ou “flip-flop”:
43
Exercício resolvido
44
CAPÍTULO VII
45
Quando um atuador avança (ou recua) em um passo e recua (ou avança) no passo
imediatamente seguinte, dizemos que ocorre uma “INVERSÃO ADJACENTE DE SINAL”; observe
que, no diagrama trajeto-passo acima, isto está ocorrendo com o cilindro 4.0 e 1.0.
Quando inversões deste tipo ocorrem, é necessário “cortar o sinal” do(s) respectivo sensor ou
fim de curso.
Via de regra, quando há uma cadeia de comandos, os sensores que confirmam a execução
de um passo, devem ser o elemento de entrada de sinal para o passo seguinte.
Não é lícito, portanto, no exemplo acima, confirmar apenas o retorno do atuador “D” para
reiniciar o ciclo do programa. Deve-se, isto sim, confirmar o retorno de todos os atuadores antes que o
ciclo reinicie (isto é válido para cada passo do programa e não apenas para o seu “start”).
Fique-se evidente que nem sempre é possível aplicar comandos intuitivos, principalmente
quando há a dependência de movimentos. Nestes casos, existem técnicas de projeto que visam
minimizar o tempo de síntese e aumentar a confiabilidade e qualidade em um circuito ou
equipamento, permitindo a instalação, “start-up” e manutenção confiáveis.
Dentre essas técnicas, podemos classificá-las em não-sistemáticas e sistemáticas.
Estes métodos são aperfeiçoamento da síntese intuitiva de projeto, tendo, desta forma
aplicação restrita.
Embora citada em algumas obras, esta técnica nada tem de atrativa haja vista que o corte de
sinal por gatilho apresenta inúmeras falhas, das quais podemos citar:
Em linhas gerais, esta técnica consiste em, sempre que houver inversão adjacente de sinal,
usar o rolete escamoteável.
46
7.1.2 Corte de sinal temporizado
Esta técnica abre mão de um temporizador (integrado ou não) para efetuar o corte de sinal
quando o tempo de um passo anterior à inversão de sinal é maior que o tempo que se pode
programar no temporizador.
Embora não ideal, esta técnica é mais confiável que o emprego de corte de sinais por
“gatilho”, embora apresente um maior número de válvulas o que a torna mais onerosa.
Este arranjo de circuito permite que se crie uma lógica para a entrada de ar nos elementos de
introdução de sinal, controlando sua alimentação.
Saliente-se aqui, que esta técnica é uma base para a lógica por corte mínimo de sinais.
São métodos que aplicam uma série de regras logicamente baseadas, permitindo que não
apenas o corte de sinais se torne mais simples, como também permite o encadeamento de sistemas
automáticos, isto é, permite que uma máquina (ou sistema) com quantidade elevada de atuadores
possa ser dividida em partes e, cada uma dessas partes, ser desenvolvida individualmente.
São dois os métodos sistemáticos usualmente empregados:
• Método de Seqüência Mínima de Corte de Sinais (no caso de o circuito ser unicamente
pneu-mático, este método também é chamado de “Método Cascata”).
• Método de Seqüência Máxima de Corte de Sinais (no caso de o circuito ser unicamente
pneumático, este método também é chamado de “Método Passo-a-passo”).
47
7.3.1 Interpretando a cadeia de comandos
O próximo passo é, agora, elaborar o circuito para realizar este programa. Deve-se observar
que, ao menos por enquanto, o método que será por nós utilizado é o intuitivo. Fique-se claro, porém,
que há muitas situações (a maioria delas) que podem conduzir a horas (ou até dias) de projeto do
circuito. O conhecimento das leis básicas dos circuitos e a experiência podem reduzir,
consideravelmente, este tempo.
48
Vamos, assim, elaborar o circuito correspondente à elaboração do programa ilustrado pelo
diagrama abaixo:
ou seja, A + / B + / A - / B - /
Verifique-se que o elemento de comando poderia ser uma válvula de 5 vias e que, ainda, não
foi definido o acionamento destes elementos. Neste caso, se o circuito for pneumático, utiliza-se a
pilotagem (simples ou dupla, conforme o caso) ou o acionamento por solenóide no caso de circuito
eletropneumático.
Finalmente, deve-se representar o elemento de energia (aqui, para fins de simplificação, não
o representamos).
49
7.3.4 Identificação dos elementos de sinal
Observe-se que o fim-de-curso 1.4, embora não tenha função de emitir sinal para atuadores
seguintes, é de extrema importância pois confirma o fim de programa.
Podemos definir como sendo complexa aquela cadeia de comando em que a simples
aplicação dos procedimentos dificulta enormemente a elaboração dos circuitos. Dentre os elementos
que podem causar esta complexidade encontramos a “inversão de sinais adjacentes” isto é, quando
50
um atuador qualquer apresenta movimentos de avanço e recuo (ou de recuo e avanço) em dois
passos adjacentes. Este fenômeno também recebe o nome de contra-pressão.
Um exemplo de circuito em que ocorre tal fenômeno é:
Nesta situação, surgem algumas técnicas, ainda intuitivas, que permitem contornar a inversão
de sinal.
Conforme vimos, há, basicamente, três técnicas para corte de sinal:
51
7.4.1 Corte de sinal por gatilho
52
7.4.3 Corte de sinal por memória inversora
Uma outra alternativa (não recomendada, por nós, para aplicações práticas) é aplicar lógica e
comandos complexos intuitivos desde que se tenha tempo. Muito tempo!!!
Seja, por exemplo o circuito: A - / B + / B - / A + / B + / B - /
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CAPÍTULO VIII
8 Métodos sistemáticos
8.1 Introdução
Circuitos (programas) complexos exigem uma metodologia que permita a elaboração rápida,
confiável e segura do circuito. Desta forma, criaram-se métodos, logicamente consistentes, para
auxiliar o projetista na elaboração de programas.
Em linhas genéricas, os métodos sistemáticos conduzem a circuitos com mais componentes;
assim, usa-se o método intuitivo quando um determinado programa puder também ser por ele
resolvido, desde que nas mesmas condições de confiabilidade e segurança de um método
sistemático.
Para que se possa fazer uso dos métodos sistemáticos, é fundamental entender o significado
do conceito de “caixa-preta”.
Dentro do escopo deste trabalho, pode-se definir caixa preta como sendo:
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Veja-se a ilustração abaixo:
Assim, dizer que há uma correspondência biunívoca das entradas e saídas, significa dizer
que, ao se injetar um sinal na entrada “i2”, por exemplo, só poderá ocorrer um sinal na saída “q2”; por
outro lado, se a saída “q2” se apresenta energizada, isto implica que ocorreu a injeção de sinal na
entrada “i 2”. Em linguagem matemática:
portanto,
in ⇔ qn; ∀ n ∈ N
Assim, de certa forma, não importa o quê está inserido no interior da caixa-preta. O que
importa é a relação entrada-saída.
A+/B+/B-/C+/C-/A-/
Nele são observadas 3 inversões de sinal ( B+/B-; C+/C- e A-/A+). Pensemos o seguinte: “O
que causa a inversão de sinais?”. A resposta é: “A inversão de movimentos de um atuador”.
Desta forma, o método de seqüência mínima de corte de sinais é baseado na divisão do
programa principal em sub-programas, de modo a não permitir que qualquer atuador apresente
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movimentos positivos (avanço) ou negativos (retorno) em um mesmo sub-programa. Os sub-
programas também são chamados de grupos.
O método de seqüência mínima se apresenta configurado para implementação totalmente
pneumática ou eletropneumática. Deve-se salientar aqui, o fato de que este foi um dos primeiros
métodos desenvolvidos sendo, hoje, sua aplicação um tanto limitada. Por esse motivo, em nosso
estudo veremos apenas o método de seqüência mínima em sua versão pneumática, que também é
chamado de MÉTODO CASCATA.
A seguir, apresentamos uma (existem outras) opção de ligação de válvulas para formar uma
cascata. Para isso vamos usar o programa já visto:
A+/B+/B-/C+/C-/A-/
1. A + / B + /
2. / B - / C + /
3. / C - / A - /
A “receita” do método diz ainda que o número de válvulas da cascata (nv) é igual ao número
de grupos (ng) menos 1 e o número de saídas (ns) é igual ao número de grupos. Ou seja:
nv = (ng - 1)
ns = ng
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O esquema para a ligação, neste exemplo é:
O método cascata, embora sendo um grande avanço comparado ao método intuitivo, vem
sendo cada vez menos empregado. Suas limitações principais são:
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8.4 Método de seqüência máxima de corte de sinais
onde:
Kn → memória atual (ou passo presente);
K(n-1) → memória anterior (ou passo anterior);
K(n+1) → memória seguinte (ou passo posterior);
Ym → saída atual
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É importante observar que, a exemplo do método pneumático, aqui também é necessário
incluir uma condição de rearme, a fim de dar condições de partida à primeira memória.
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CAPÍTULO IX
9.1 Introdução
Neste sistema, a válvula reguladora de fluxo restringe a vazão de ar que entra no cilindro. Isto
pode ocorrer tanto no seu curso de avanço ou de retorno; isto é:
a) Regulagem da velocidade de avanço (meter-in).
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9.3 Regulagem pelo sistema “meter-out”
Aqui, a válvula reguladora de fluxo restringe a vazão de ar que sai do cilindro no seu curso de
avanço ou de retorno, formando uma espécie de “colchão” de ar amortecedor; portanto, temos:
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9.4 Circuitos de regulagem típicos - sistema “meter-in”
Nesta configuração, como as conexões do cilindro têm o mesmo escape através da válvula
de comando (via “R”, no caso) deve-se fazer uso de válvula reguladora de fluxo unidirecional; isto é:
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9.4.3 Regulagem da velocidade de avanço (com válvula 5/2 vias)
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9.5 Circuitos de regulagem - sistema “meter-out”
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9.5.2 Regulagem da velocidade de retorno
9.6 Conclusão
As técnicas de regulagem a serem utilizadas devem ser as mais confiáveis, seguras e menos
onerosas o possível. O projetista deve atentar, como vimos, para as condições e tipos de carga, bem
como as variações de velocidade da mesma.
Não é demais alertarmos para o fato de que a tendência atual é o suso de válvulas de
comando de 5 vias e, portanto, do sistema “meter-out”.
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BIBLIOGRAFIA
MEIXNER, H.; SAUER, E., Introdução a Sistemas Eletropneumáticos. São Paulo. McGraw Hill.1998.
SALAMON, Celso; Bancada didática para experimentação de hidráulica básica. Dissertação de mestrado.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR); Curitiba.2003.
SALAMON, Celso; Notas de Aula. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR); Curitiba. 1996 a 2006.
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