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EFETIVIDADE DE POLÍTICAS PÚBLICAS

NO ÂMBITO DA SAÚDE DO ESTADO


DE SANTA CATARINA
O Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM) é divulgado pelos
Tribunais de Contas do Brasil com a finalidade de atender aos anseios da
sociedade por melhor acesso e maior participação no planejamento, no
acompanhamento e na aferição dos resultados alcançados pelas políticas
públicas, de modo a avaliar a sua efetividade, eficácia e eficiência. Ele
representa um importante guia, responsável por estimular e promover a adoção
de práticas voltadas para a maior efetividade na gestão municipal, por meio do
monitoramento e divulgação contínua da qualidade dos serviços fornecidos aos
cidadãos.
No que se refere especialmente ao âmbito da saúde, o indicador que
compõe o IEGM-Educação, o “i-Saúde”, compara a ação da gestão municipal.
Este indicador reúne informações dos questionários aplicados aos órgãos
jurisdicionados, levantando informações relativas à Saúde, com ênfase nos
processos realizados pelas prefeituras relacionados à Atenção Básica,
Cobertura e ação do Programa Saúde da Família, atuação do Conselho
Municipal da Saúde, assiduidade dos médicos e profissionais de saúde,
atendimento à população para tratamento de doenças como a tuberculose e
prevenção de doenças como a dengue, realização de exames, controle de
estoque de insumos, distribuição de medicamentos, cobertura das campanhas
de vacinação e de orientação à população.
Essas informações são computadas em um indicador único,
desagregado em cinco faixas de desempenho que variam de A a C, sendo A o
nível mais alto e C o nível mais baixo, conforme segue:

Quadro 1 – Classificação do IEGM


IEGM com pelo menos 90% da nota máxima e, no
A Altamente efetiva
mínimo, 5 índices com nota A
B+ Muito efetiva IEGM entre 75,0% e 89,9% da nota máxima
B Efetiva IEGM entre 60,0% e 74,9% da nota máxima
C+ Em fase de adequação IEGM entre 50,0% e 59,9% da nota máxima
C Baixo nível de adequação IEGM menor ou igual a 49,9%
Fonte: Adaptado de TCE/SP

As informações também são compiladas em um indicador cuja


pontuação varia de 0 (mais baixa) a 100 (mais alta).

Mapa 01- Índice de Efetividade na esfera da Saúde, i-Saúde, discriminado para


os municípios de Santa Catarina, 2017, (%).
Fonte: Criação própria a partir dos dados de IEGM-SC.

O levantamento feito para o ano de 2017 evidencia que apenas um


município apresentou baixo nível de adequação na gestão da saúde (faixa C), com
apenas um município se encontrando em fase de adequação (faixa C+), sendo
estes Imaruí e Araquari, com 38 e 59 pontos, respectivamente, Mapa 01.

Gráfico 01- Discriminação dos municípios por faixa, i-Saúde, Santa Catarina,
2017.

Fonte: Criação própria a partir dos dados de IEGM-SC.


Em adição, os dados compilados no Gráfico 01 mostram que 40 municípios
se encontram na faixa B (entre 60 e 74,9 pontos), exibindo gestão da saúde
efetiva, e 160 municípios se localizam na faixa B+ (entre 75 e 89,9 pontos),
apresentando gestão muito efetiva. Em consonância, 91 municípios se encontram
na faixa A (a partir de 90 pontos), possuindo uma gestão muito efetiva.

Mapa 02- Índice de Saúde Municipal, i-Saúde, para Santa Catarina, 2018, (%).

Fonte: Criação própria a partir dos dados de IEGM-SC.

Os dados compilados para o IEGM-Saúde, para o ano de 2018, mostram


que o único município que se encontrava na faixa C (baixo nível de adequação)
com 38 pontos (Imaruí) saltou para a faixa B exibindo 74 pontos. O número de
municípios em fase de adequação, faixa C+ (entre 50 e 59,9 pontos), se eleva,
passando para seis municípios. Esses dados evidenciam uma leve deterioração na
eficiência da gestão municipal na área de saúde, demandando a realização de
políticas direcionadas à esses municípios, mediante a identificação dos fatores
responsáveis por essa deterioração e adoção de medidas destinadas à reverter
essa tendência.

Gráfico 02 - Quantidade de municípios por faixa, i-Saúde, Santa Catarina,


2018.
Fonte: Criação própria a partir dos dados de IEGM-SC.

O Gráfico 02 permite observar que houve um decréscimo no número de


municípios localizados nas faixas B e B+, de 7 (2,4%) e 5 municípios (1,7%),
respectivamente. A categoria A foi a que mais cresceu em números de
municípios, 3%, um acréscimo de 9 cidades em relação ao ano anterior (2017).
Como indicador de processo, o IEGM-Educação orienta os gestores
municipais a implantar os processos e controles que são inquiridos nos
questionários. Ele fornece importante contributo para a melhoria na gestão
municipal, evidenciando a quantidade e a qualidade dos insumos aplicados
(recursos financeiros, físicos e humanos) e os serviços nos quais o município
apresenta pior desempenho, contribuindo para a realização de ações
direcionadas que resultem na melhoria das políticas públicas. O que se traduz
em maior fornecimento de serviços públicos e na presença de serviços de
melhor qualidade, exercendo um impacto positivo sobre o desenvolvimento
socioeconômico e o bem estar da população.

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