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ENGENHARIA DE POÇO I
PROJETO DE POÇO
FASE 3
LIGIA B. BERTOLINI
LUAN MERLINO
MARIA EDUARDA FERREIRA
MYLENA WEBBER
BALNEÁRIO CAMBORIÚ – SC
ABRIL 2021
1
Sumário
1. INTRODUÇÃO 3
2. OBJETIVO 4
3. ÁREA DE ESTUDO 5
3.1 Dados do Poço 5
3.2 Características Geológicas 5
3.3 Características do Reservatório 6
4. DADOS DA LOCAÇÃO 7
4.1 Geohazards 7
4.2 Afastamento, Rumo e Azimute 7
4.4 Comprimento Total do Poço 11
4.5 Trajetória da broca 12
4.6 Equações de fechamento 13
5. GEOPRESSÕES 16
5.1 Gradiente de Sobrecarga 17
5.2 Gradiente de Poros 21
5.3 Gradiente de Fratura 23
7. CABEÇA DE POÇO 35
7.1 Sistema de Cabeça de Poço 35
8. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO 37
9. BROCAS 38
10. COLUNA DE PERFURAÇÃO 40
11. BOP 47
12. REFERÊNCIAS 53
2
1. INTRODUÇÃO
Poço de petróleo é o termo utilizado para toda e qualquer perfuração na
superfície terrestre e marítima, para retirar e produzir petróleo e/ou gás natural. Gases
naturais são produzidos juntamente com o óleo, além de água.
O poço selecionado será do tipo Horizontal com 2 BuildUp, caracterizado por ter
uma seção vertical finalizada pelo KOP, uma de ganho de ângulo e um trecho tangente
SLANT opcional. A perfuração selecionada foi a direcional.
3
2. OBJETIVO
Expor um projeto direto e teórico de perfuração para Poço Horizontal com 2
Build Ups, aplicando os conceitos ministrados na disciplina de Poço I. Com intuito de
obter um esboço da trajetória do poço e dados de geopressão a partir de referências
fornecidas e de dados encontrados.
4
3. ÁREA DE ESTUDO
3.1 Dados do Poço
O poço projetado é horizontal com 2 Build Ups. Localizado no mar, será
completado, contará com uma LDA de 200 metros e uma mesa rotativa de sonda a 25m
acima do nível do mar. O objetivo do poço é a produção de óleo e derivados.E um poço
de correlação, vertical, o 1-BRSA-5-SCS descobridor do campo.
5
3.3 Características do Reservatório
Denominado como 1-BRSA-5-SCS, o poço vertical de correlação possui grau
API 25, e RGO = 50 m3/m3.O perfil sônico está disponível na Tabela 2 com os dados em
profundidade vertical.
Profundidade Δt(μs/ft)
(m)
250 165
350 149
450 147
550 135
650 123
750 118
850 104
950 92
1050 85
1150 77
1250 77
1350 79
1450 81
1550 84
1650 84
Tabela 2: Tempo de trânsito da sísmica.
6
4. DADOS DA LOCAÇÃO
4.1 Geohazards
Assim como previsto, pode-se observar a existência de um geohazard na área de
locação. Este termo trata-se basicamente de um processo geológico ou hidrológico que
pode engendrar riscos tanto ao homem quanto às instalações de perfuração.
Sendo:
𝐷𝑎 = Afastamento horizontal;
𝑥0 = Coordenada x da sonda;
𝑥𝑝 = Coordenada x do alvo;
𝑦0 = Coordenada y da sonda;
𝑦𝑝 = Coordenada y do alvo.
Substituindo os valores:
2 2
𝐷𝑎 = (7. 486. 192, 45 − 7. 487. 592, 45) + (351. 500, 56 − 349. 800, 65) = 2. 202, 27 𝑚
8
−1 (𝑦𝑜−𝑦𝑝)
𝐴𝑧𝑖𝑚𝑢𝑡𝑒 = 𝑡𝑎𝑛 (𝑥𝑜−𝑥𝑝)
(2)
Substituindo os valores
−1 (351500,56−349800,56)
𝐴𝑧𝑖𝑚𝑢𝑡𝑒 = 𝑡𝑎𝑛 (7486192,45− 7487592,56)
= 50, 53°
Onde:
9
𝑉𝐾= Profundidade vertical do KOP;
𝐷𝑎=Afastamento do objetivo;
180∙𝐾
𝑅= π∙𝐵𝑈𝑅
(3)
2° 1,5°
Substituindo os valores para 𝐵𝑈𝑅 = 30
, 30
180∙30 180∙30
𝑅1 = π∙2
= 859, 87 𝑚 𝑒 𝑅2 = π∙1,5
= 1. 146, 49 𝑚
θ = 90° − Φ − β (4)
𝑉𝐴 − 𝑅2 − 𝑉𝑘
Φ = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔( (𝐷𝑎 − 𝑅1)
) (5)
𝑅2 − 𝑅1
β = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛( 2 2
) (6)
(𝐷𝑎 − 𝑅1) +(𝑉𝑎 − 𝑅2 − 𝑉𝑘)
R2= 1.146,5 m,
VA = 1625 m
Vk = KOP = 400 m
Da = 2.202,27m
10
Substituindo os valores nas Equações 6 e 7, para encontrar Φ e β
θ2 = 90° − θ1(7)
θ2 = 15, 66 ͦ
𝑉1 = 𝑉𝐾 + 𝑅1𝑠𝑒𝑛θ (8)
𝑉1 = 400 + 859, 87𝑠𝑒𝑛74, 34 = 1. 227, 95 𝑚
𝐾1*θ1
𝐿𝐵𝑈𝑅1 = 𝐵𝑈𝑅1
(9)
30*74,34
𝐿𝐵𝑈𝑅1 = 2
= 1. 115, 10 𝑚
(𝑉𝐴 − 𝑉1−𝑑𝑒𝑙𝑡𝑎 𝑉)
𝐿𝑠𝑙𝑎𝑛𝑡 = 𝑐𝑜𝑠θ1
(10)
11
(1625 − 1.227,95−48,15)
𝐿𝑠𝑙𝑎𝑛𝑡 = 𝑐𝑜𝑠74,34
= 1292, 57 𝑚
(α1−α2)
∆𝑚 = 𝐵𝑈𝑅2 = 2π𝑅2 360 ͦ
(11)
Sendo α1 = θ1 = 74, 34 𝑒 α2 = 90
|(74,34−90)|
∆𝑚 = 𝐵𝑈𝑅2 = 2𝑥3, 14𝑥1. 146, 5 * 360 ͦ
= 313, 20
Δԑ
φ = 2
= 8, 5 ͦ
12
Figura 3: Projeção vertical do poço.
13
𝑉𝑎 = 𝑉𝐾 + 𝑅1 * 𝑠𝑖𝑛 θ + 𝐿 * 𝑐𝑜𝑠 θ + 𝑅2 * (1 – 𝑐𝑜𝑠 (90 − θ)) (13)
𝐷𝑎 = 𝑅1 * (1 – 𝑐𝑜𝑠 θ) + 𝐿 * 𝑠𝑖𝑛 θ + 𝑅2 * 𝑠𝑖𝑛 (90 − θ) + 𝐿2 (14)
14
Através das equações de fechamento nota-se que os valores obtidos são
praticamente os mesmos dados no enunciado, o que aponta que o caminho seguido é
certo.
15
5. GEOPRESSÕES
Ao analisar geopressões, tem-se como objetivo determinar as curvas de
sobrecarga, fratura e pressão dos poros e colapso. A partir dos dados obtidos e
obtendo-se as curvas, é possível limitar a janela operacional que irá definir o peso
específico do fluido de perfuração e o assentamento de sapatas, que são acessórios
colocados na extremidade de revestimento e servem como guia para a introdução do
revestimento no poço.
Em sua parte superior, estão sobrepostas camadas que limitam o peso do fluido,
que juntas definem a curva de tensão de sobrecarga e gradiente de fratura. Em
contrapartida, inferiormente ele se encontrará limitado pela curva de pressão de colapso
e de pressão de poros.
Para que a execução da perfuração de um poço tenha êxito, é fundamental que se
tenha um projeto completo e confiável de geopressões. Constantes problemas
relacionados ao campo de geopressões são responsáveis pela perda de tempo durante a
perfuração de um poço e consequentemente gastos adicionais. Problemas estes bastante
conhecidos na indústria do petróleo que acarretam consigo complicações operacionais,
tais como aprisionamento de coluna, torques elevados que podiam atingir os limites do
equipamento, colapso total do poço e influxo de fluido da formação para dentro do poço
(kick), o que pode levar a um influxo descontrolado de fluido saindo pelo poço
(blowout) e nesse caso pode levar a destruição total da sonda de perfuração. Assim,
individual ou de forma coletiva, tais problemas podem representar perdas humanas,
prejuízos econômicos e também danos ambientais. (SILVA, 2015)
Por conta disso, é necessário o conhecimento do campo de geopressões para
executar a perfuração com segurança. No presente estudo não será calculada a pressão
de colapso, por determinação anteriormente feita pelo professor.
16
Figura 6: Janela Operacional de um Poço (Rocha).
( )
6
10
ρ𝑏 = 𝑎 * ∆𝑡
(13)
Sendo:
17
∆𝑡 = Tempo de trânsito (μ𝑠/𝑓𝑡)
𝑛
σ𝑜𝑣 = 1, 422(ρ𝑤 * 𝐷𝑤 + ∑ ρ𝑏𝑖 * 𝐷𝑖 (14)
0
18
Tabela 4: Sobrecarga.
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑆𝑜𝑏𝑟𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
𝐺𝑂𝑉 = 0,1704*𝑃𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
(15)
Onde:
Profundidade Total: 𝑚
19
Tabela 5: Gradiente de sobrecarga.
20
5.2 Gradiente de Poros
Considerada um dos fatores mais importantes nas operações de perfuração, a pressão
de poros deve ser devidamente avaliada, pois caso contrário sérios problemas podem ser
causados, como perda de circulação, influxo de fluidos, prisão de coluna de perfuração,
instabilidade do poço, originando custos excessivos. Por conseguinte, a prevenção de tais
problemas típicos da indústria associa-se à previsão e estimativa de pressão de poros antes e
durante a perfuração do poço. (ADAMS, 1985; MADATOV, 2005).
(
𝐺𝑝 = 𝐺𝑂𝑉 − (𝐺𝑂𝑉 − 𝐺𝑁) * ( ))
∆𝑡𝑛 3
∆𝑡𝑜
(16)
Onde:
21
Tabela 6: Gradiente de Poros.
22
5.3 Gradiente de Fratura
Assim como ocorre com o gradiente de pressão de poros, realiza-se a estimativa
do gradiente de fratura de duas principais maneiras diferentes, que são as medições
diretas, conhecidas como métodos diretos, e os cálculos baseados em modelos
empíricos ou teóricos, que são chamados métodos indiretos. (ROCHA, 2009).
23
Figura 7: Coeficientes de tensões da matriz.
24
Tabela 7: Coeficientes de tensões da matriz, Gradiente de Sobrecarga, Gradiente de Poros e Gradiente de
Fratura.
25
Gráfico 5: Janela Operacional em psi
26
6. SAPATA, REVESTIMENTO E CIMENTAÇÃO
27
Fase Tipo P.V P.M OD de Peso Grau Rosca Peso do Ran Diâmetr
(m) (m) Rev. (lb/ft) do Rev ge o da
aço (lbf) Broca
1 Tubo 200 - 30 - - - - - 36
condutor
Sabendo que o peso do fluido é γ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 9, 5 𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙, valor esse obtido através
γ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜
α = 1− γ𝑎ç𝑜
(17)
α = 0, 856
28
Assumindo que a espessura da parede é 𝑡 = 0, 395" e que a espessura do
revestimento vale 𝑂𝐷 = 13, 375" , então:
𝐼𝐷 = 𝑂𝐷 − 2𝑡 (19)
𝐼𝐷 = 12, 585"
Com esses valores encontrados pode-se obter a área de ação da força, descrita
abaixo.
π
𝐴𝑠 = 4
(𝑂𝐷² − 𝐼𝐷²) (20)
τ𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 =
⎰
⎱
1 − 0, 75 ( )
τ𝑎
τ𝑒
² − 0, 5 ( )
τ𝑎
τ𝑒
⎱
⎰
𝑃𝑐
𝑂𝐷
𝑡
= 33, 861 (23)
Para o Aço N-80 com 33, 861 o colapso é elástico. Portanto, a pressão de
colapso pode ser calculada pela Equação (24).
29
6
46,95 ×10
𝑃𝑐 = (24)
⎡
) ( ) ⎤⎥⎥
2
⎢
⎢( 𝑂𝐷
𝑡
−1 ×
𝑂𝐷
𝑡
⎣ ⎦
𝑃𝑐 = 1284, 03 𝑝𝑠𝑖
Encontrada a Pc, vamos substituir na equação da tensão corrigida, para achar o valor
real:
𝑃𝑒 = 0, 1704 * 𝑃𝑝 * 𝐿 (28)
𝑃𝑒 = 1942, 56 𝑝𝑠𝑖
𝑃𝑒 = 0, 1704 * 𝑃𝑝 * 𝐿 (29)
𝑃𝑒 = 1635, 84 𝑝𝑠𝑖
Logo, a pressão estática existente de fora para dentro será a diferença entre as
duas pressões estáticas calculadas:
30
Desta forma, o revestimento suporta uma pressão de 𝑃𝑒 = 306, 72 𝑝𝑠𝑖, como
ele possui uma resistência superior a este valor e igual a 𝑃𝑐 = 1284, 03 𝑝𝑠𝑖. Caso
𝑂𝐷𝑏𝑟𝑜𝑐𝑎²
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 = 314
(29)
(17,5)²
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 = 314
(30)
(𝑂𝐷𝑏𝑟𝑜𝑐𝑎² − 𝑂𝐷𝑟𝑒𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑜²)
𝐶𝑎𝑝𝑎𝑛𝑢𝑙𝑎𝑟 = 314
(32)
(17,5² − 13,375²)
𝐶𝑎𝑝𝑎𝑛𝑢𝑙𝑎𝑟 = 314
(33)
31
Figura 8: Esquema de cimentação.
32
de cimento classe “A”, com 3% de bentonita, 5% de NaCl (para saco de cimento) e fator
água cimento 60% e colchão de 30 bbl.
1
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝐴𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = (𝑑∗11,2)
(37)
*
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑏𝑒𝑛𝑡𝑜𝑛𝑖𝑡𝑎 = 0, 03 𝑥 94𝑙𝑏/(2, 65𝑥 8, 33) = 0, 13 𝑔𝑎𝑙
Água:
𝑚 = 94 ∗ 0, 6 = 56, 40 𝑙𝑏
56,40
𝑉= 11,2
= 5, 03 𝑔𝑎𝑙
NaCl:
𝑚 = 0, 05 ∗ 56, 40 = 2, 82 𝑙𝑏
2,82
𝑉= 11,2
= 0, 25 𝑔𝑎𝑙
33
(lb) Absol. (gal) específica produtos formação
(gal/lb) (lb/gal) (lb)
Água 60% 56,40 0,017 5,03 19,34 0,99 294,8 16.630 20,33
6
1𝑓𝑡³ 𝑝𝑎𝑠𝑡𝑎
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑡𝑎 𝑓𝑡³ ∗ 1𝑓𝑡³ 𝑠𝑎𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
(38)
(1𝑓𝑡³ 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑡𝑎)
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 7, 92 𝑔𝑎𝑙 ∗ ∗ (1𝑓𝑡³ 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜)
(39)
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 0, 99𝑓𝑡³
Cálculo do fator:
(40)
34
6.6 Acessórios de Cimentação
Revestimento intermediário
Sapata Guia 1
7. CABEÇA DE POÇO
Para este poço foi delegado que se utilizasse o sistema cabeça de poço
submarina para a 𝐿𝐷𝐴= 200m é descida com cabos guias utilizando sonda ancorada onde
desce-se a BGT por meio de quatro cabos de aço, em seguida a broca é descida para
iniciar a primeira fase da perfuração, que termina com a colocação do tubo condutor
junto com o ABP e a BGP no fundo do mar. Logo após estes eventos inicia-se a
segunda fase, onde perfura-se novamente e termina-se com a descida do revestimento
de superfície juntamente com o AAP, que sustentará os demais revestimentos. Por fim,
desce-se o BOP junto com o anel de vedação que promoverá a vedação entre o poço e o
fundo do mar.
35
Uma vista do sistema de cabeça de poço com cabos guia utilizado na perfuração
do poço é mostrada na figura a seguir.
36
Figura 10: Cabeça de poço em corte.
37
8. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO
Para o cálculo da correção do fluido para o valor mínimo no final do poço com
adição de baritina, tem-se:
𝑙𝑏 𝑙𝑏 𝑙𝑏
ρ𝑏 = 35 𝑔𝑎𝑙
, ρ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 9, 5 𝑔𝑎𝑙
, ρ𝑚í𝑛 = 11, 6 𝑔𝑎𝑙
, 𝑉1 = 1 𝑏𝑏𝑙
(ρ𝑏−ρ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜)
𝑉2 = 𝑉1 (ρ𝑏−ρ𝑚í𝑛)
(41)
(35𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙 − 9,5𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙)
𝑉2 = 1 𝑏𝑏𝑙 (35𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙 − 11,6 𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙)
38
𝑉2 = 1, 08𝑏𝑏𝑙
𝑙𝑏
𝑚𝑏 = (𝑉2 − 𝑉1). ρ𝑏 = (1, 08𝑏𝑏𝑙 − 1𝑏𝑏𝑙). 35 𝑔𝑎𝑙
= 2, 8
(42)
𝑙𝑏 𝑔𝑎𝑙 𝑔𝑎𝑙
𝑚𝑏 = 2, 8𝑏𝑏𝑙 𝑔𝑎𝑙
. 𝑏𝑏𝑙
𝑥 * 42. 𝑏𝑏𝑙
= 117, 6𝑙𝑏
Portanto, para que o fluido tenha 11,6 lb/gal num volume de 1 bbl, será preciso
adicionar aproximadamente 2,8 lb de baritina.
9. BROCAS
39
O TFA foi obtido por tentativa, a fim de que a perda de carga estivesse entre entre 800 e
1600 psi. Foi estimado uma perda de 65% da carga.
2
(𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑎 𝑙𝑎𝑚𝑎 𝑥 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑎 𝑙𝑎𝑚𝑎)
𝑃𝑝𝑠𝑖 = 2 (43)
0,65 𝑥 𝑇𝐹𝐴 𝑥 10856
2
((900) 𝑥 9,5)
𝑃𝑝𝑠𝑖 = 2
0,65 𝑥 (1,1137) 𝑥 10856
O cálculo dos pesos mínimos e máximos sobre a broca são representados por:
40
Figura 12: Tabela para seleção da broca.
𝑃𝑆𝐵
𝑁= 𝑊α𝑐𝑜𝑠θ
(44)
Onde:
w = 102 lb/ft;
α= Empuxo;
Sabendo que o peso do fluido é γ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 11, 6 𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙, valor esse obtido através da
41
Assim, pode-se calcular o empuxo através da Equação (17) exposta anteriormente
no trabalho.
γ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜
α = 1 − γ𝑎ç𝑜
(45)
α = 0, 823
35000
𝑁= 102*0,823*0,269
= 1549, 94 𝑓𝑡
1549,94
𝑛 ◦ 𝑐𝑜𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜𝑠 = 30
𝑛 ◦ 𝑐𝑜𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜𝑠 = 52 𝑐𝑜𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜𝑠
1890
𝐿𝐷𝐶 = 30 * 63 = 1890 𝑓𝑡 = 3,26
= 579, 75𝑚
𝑂𝐷 = 6’’
𝐼𝐷 = 2’’
Dado que a broca está na profundidade média de 1200 metros ( mais 500 metros de
coluna dentro do revestimento linear) e vai até a profundidade medida de 1550
metros, valores esses obtidos através da janela operacional, podemos calcular DP:
𝐷𝑃 = 𝑃𝑚 − 𝐿𝐷𝐶
42
𝐷𝑃 = 1550 − 579, 75
𝐷𝑃 = 970, 25 𝑚
43
Diâmetro do DP:
𝑂𝐷 = 4, 5" (𝐷𝑃)
𝐷𝑃 = 16, 6 𝑙𝑏/𝑓𝑡
𝐼𝐷 = 3, 826"
Cálculo da espessura:
𝑂𝐷 = 𝐼𝐷 − 2𝑡
4, 5 = 3, 826 − 2𝑡
𝑡 = 0, 337
Área reduzida:
3,14 2 2
𝐴𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 = ( 4
) * (4, 3652 − 3, 826 )
2
𝐴𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 = 3, 468 𝑝𝑜𝑙
Área original:
3,14 2 2
𝐴𝑜𝑟𝑖𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 = ( 4
) * (4, 5 − 3, 826 )
2
𝐴𝑜𝑟𝑖𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 = 4, 405 𝑝𝑜𝑙
44
Correção do Peso:
2 𝑙𝑏
4, 405 𝑝𝑜𝑙 → 11, 6 𝑔𝑎𝑙
2
3, 468 𝑝𝑜𝑙 → 𝑥
𝑙𝑏
𝑥 = 9, 132 𝑔𝑎𝑙
Cálculo do P1:
𝑃1 = (ℎ − 𝑁) × 𝑥
1
𝑃1 = (1550 * 0,3048
− 1549, 94) × 9, 132
Cálculo do P2:
𝑃2 = 𝑤 × 𝑁
𝑃2 = 102 × 1549, 94
Á𝑟𝑒𝑎 𝐷𝐶 =
π
4 (62 − 22) = 25, 132 𝑝𝑜𝑙2
Então:
𝑃3 = 0, 17 × γ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 × ℎ × Á𝑟𝑒𝑎
45
𝑃3 = 252. 029, 10 𝑙𝑏𝑓
2
Á𝑟𝑒𝑎 𝐷𝐶 − Á𝑟𝑒𝑎 𝐷𝑃𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 = 25, 132 − 3, 468 = 21, 664 𝑝𝑜𝑙
ℎ − 𝑁 = 5085, 30 − 1549, 94
ℎ − 𝑁 = 3535, 36 𝑙𝑏𝑓
Então:
𝑃 = 𝑃1 + 𝑃2 + 𝑃4 − 𝑃3 − 𝑃𝑆𝐵
46
Figura 15: Posição da Linha Neutra.
11. BOP
47
• Pressão de formação:
𝑃𝑝 = 0, 17 · 𝐺𝑝 · 𝐻𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜
𝑃𝑝 = 0, 17 · 11, 09 · 1650
𝑃𝑝 = 3110, 74 𝑝𝑠𝑖
• Coluna de Gás:
(
𝑃𝐵𝑂𝑃 = 𝑃𝑃 − 𝐺𝑔á𝑠 · 𝐻 − 𝐻𝐵𝑂𝑃 )
𝑃𝐵𝑂𝑃 = 3110, 74 𝑝𝑠𝑖 − 0, 34 · (1650 − 200) = 2617, 74 𝑝𝑠𝑖
Verificou-se então que o BOP em questão deve suportar uma pressão de 2617, 74 𝑝𝑠𝑖
. Portanto, é necessário a utilização de um 𝐵𝑂𝑃 = 3000 𝑝𝑠𝑖.
O BOP de gavetas foi criado em 1922, esse modelo de preventor é utilizado como
uma válvula de gaveta. Composto por duas gavetas de aço que servem para restringir
ou permitir o fluxo no poço. Na figura abaixo pode-se observar um exemplo desse
tipo de equipamento:
48
Figura 16: BOP de Gavetas.
· Com gavetas cegas, feitas para fechar o poço sem a presença de colunas ou
ferramentas (Desenho (a) da figura 17);
· Com gavetas vazadas (Desenho (b) da figura 17 e a figura 18), que visam fechar só
o anular.
· De gaveta cisalhante (Desenho (c) da figura 17 e figura 19) que fecham todo o
poço, inclusive cortando a coluna.
49
Figura 19: BOP com gaveta cisalhante.
BOP Completo:
50
Figura 21: Esquema BOP completo.
51
11.2 Esquema com gavetas e suas posições no BOP
52
12. REFERÊNCIAS
Domingues, F. C. (2013). Aplicação de um Projeto de Perfuração para um Poço
Marítimo. Niterói, Brasil.
53