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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DA FOZ DO ITAJAÍ – CESFI


ENGENHARIA DE PETRÓLEO

ENGENHARIA DE POÇO I

PROJETO DE POÇO
FASE 3

LIGIA B. BERTOLINI
LUAN MERLINO
MARIA EDUARDA FERREIRA
MYLENA WEBBER

BALNEÁRIO CAMBORIÚ – SC
ABRIL 2021

1
Sumário
1. INTRODUÇÃO 3
2. OBJETIVO 4
3. ÁREA DE ESTUDO 5
3.1 Dados do Poço 5
3.2 Características Geológicas 5
3.3 Características do Reservatório 6

4. DADOS DA LOCAÇÃO 7
4.1 Geohazards 7
4.2 Afastamento, Rumo e Azimute 7
4.4 Comprimento Total do Poço 11
4.5 Trajetória da broca 12
4.6 Equações de fechamento 13

5. GEOPRESSÕES 16
5.1 Gradiente de Sobrecarga 17
5.2 Gradiente de Poros 21
5.3 Gradiente de Fratura 23

6. SAPATA, REVESTIMENTO E CIMENTAÇÃO 27


6.1 Janela Operacional 27
6.2 Dados do Revestimento 27
6.3 Dimensionamento de Revestimento 28
6.4 Volume da pasta de cimento 31
6.5 Volume de produto da pasta 32
6.6 Acessórios de Cimentação 34

7. CABEÇA DE POÇO 35
7.1 Sistema de Cabeça de Poço 35

8. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO 37
9. BROCAS 38
10. COLUNA DE PERFURAÇÃO 40
11. BOP 47
12. REFERÊNCIAS 53

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1. INTRODUÇÃO
Poço de petróleo é o termo utilizado para toda e qualquer perfuração na
superfície terrestre e marítima, para retirar e produzir petróleo e/ou gás natural. Gases
naturais são produzidos juntamente com o óleo, além de água.

O estudo antecipado e o planejamento de estruturação de poços, visa antecipar e


evitar quaisquer ocorrências indesejadas durante todo o processo do projeto. Analisar
situações inesperadas ocorridas em cada poço e utilizar os aprendizados em poços
futuros contribui para que todo o processo de planejamento seja verdadeiramente
efetivo.

O projeto em questão tentará alcançar com a maior eficiência possível seu


objetivo, a estruturação de um poço. Para isso, a construção da trajetória se dará de
acordo com o tipo de poço escolhido através de dados sugeridos pelo professor titular
da matéria, que auxiliarão em seu desenvolvimento.

O poço selecionado será do tipo Horizontal com 2 BuildUp, caracterizado por ter
uma seção vertical finalizada pelo KOP, uma de ganho de ângulo e um trecho tangente
SLANT opcional. A perfuração selecionada foi a direcional.

A perfuração direcional tem como objetivo maximizar a produção de um poço, e


diminuir os riscos ambientais associados ao setor petrolífero, sabendo que este é um dos
grandes problemas das produções offshore de óleo e gás. O processo em questão auxilia
poços inclinados a localizem e atingirem objetivos em diferentes coordenadas.Além do
mais, com esse sistema de perfuração é possível que diferentes poços de ampliação
sejam originados de uma única plataforma, fazendo com que o custo de instalações
submarinas e linhas de produção seja bem reduzido.

3
2. OBJETIVO
Expor um projeto direto e teórico de perfuração para Poço Horizontal com 2
Build Ups, aplicando os conceitos ministrados na disciplina de Poço I. Com intuito de
obter um esboço da trajetória do poço e dados de geopressão a partir de referências
fornecidas e de dados encontrados.

4
3. ÁREA DE ESTUDO
3.1 Dados do Poço
O poço projetado é horizontal com 2 Build Ups. Localizado no mar, será
completado, contará com uma LDA de 200 metros e uma mesa rotativa de sonda a 25m
acima do nível do mar. O objetivo do poço é a produção de óleo e derivados.E um poço
de correlação, vertical, o 1-BRSA-5-SCS descobridor do campo.

3.2 Características Geológicas


Com a interpretação sísmica 3D da área é possível conhecer os topos e bases das
principais camadas tal como prever as indicações de zonas de pressões de poros
anormais. Caso ocorram falhas, as mesmas não deverão provocar perda de circulação,
no entanto, espera-se uma zona de alta pressão de poros.
Mesmo mediante uma leve inclinação, as camadas litológicas não alteram a
direção da broca, por conta disso o uso de informações do poço de correlação foi
permitido. Por conseguinte, é possível a determinação da geologia da bacia marítima.
Pode-se observar que o topo do reservatório se encontra a uma profundidade
vertical (coluna geológica) de 1600m, com 50m de espessura e cota de até 1650m.
A tabela a seguir exemplifica algumas dessas informações.

Item Litologia Características Profundidade (m)

1 Argila Mole 200-300

2 Folhelho Médio 300-500

3 Folhelho c/ intercalações de areia Mole 500-800

4 Folhelho Duro 800-850

5 Arenito A1 Médio 850-1600

6 Arenito A1 ZONA 3 Médio 1600-1650


Tabela 1: Coluna litológica.

5
3.3 Características do Reservatório
Denominado como 1-BRSA-5-SCS, o poço vertical de correlação possui grau
API 25, e RGO = 50 m3/m3.O perfil sônico está disponível na Tabela 2 com os dados em
profundidade vertical.

Profundidade Δt(μs/ft)
(m)
250 165
350 149
450 147
550 135
650 123
750 118
850 104
950 92
1050 85
1150 77
1250 77
1350 79
1450 81
1550 84
1650 84
Tabela 2: Tempo de trânsito da sísmica.

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4. DADOS DA LOCAÇÃO
4.1 Geohazards
Assim como previsto, pode-se observar a existência de um geohazard na área de
locação. Este termo trata-se basicamente de um processo geológico ou hidrológico que
pode engendrar riscos tanto ao homem quanto às instalações de perfuração.

Um exemplo de geohazard relacionado à migração de fluidos é o Shallow Water


Flow (SWF) ou fluxo de águas rasas. Estes, por sua vez, se devem pelas formações
pressurizadas que podem comprometer a integridade do poço.

Normalmente as zonas de SWF ocorrem acima de onde foi assentado o


revestimento de superfície, e podem ser originadas por fraturas induzidas, armazenagem
induzida, areias pressurizadas (sendo esta a causa mais comum) ou a transmissão de
pressão através de canais no cimento.

É possível detectar essas zonas por meio de técnicas sísmicas baseadas em


modelagem avançada, de interpretação de atributos sísmicos como a variação da
amplitude com a deslocamento (AVO), e a análise geológica de sequências
estratigráficas.

Quando detectada a possibilidade de zonas SWF, deverá ser desenvolvido no


projeto de poço um método que permita chegar no reservatório de modo que a coluna
não passe por essas áreas de risco.

4.2 Afastamento, Rumo e Azimute


A partir dos dados de localização apresentados na Tabela 3, foram calculados o
cálculo do afastamento (Da), rumo e azimute da posição do objetivo em relação à sonda.
Grup Perfil de trajetória Sonda e X(m) Y(m) KOP Prof.
o alvo Alvo(m)
3 Tipo Horizontal Sonda 7.487.592,56 349.800,56 400 1625
com 2 BuildUp alvo 7.486.192,45 351.500,56
Tabela 3: Coordenadas de trajetória do poço.

A Figura 1 mostra em planta baixa (fora de escala) o posicionamento da sonda e


objetivo. Através dela pode-se observar o afastamento e notar que o quadrante do rumo
sonda-objetivo é na coordenada SW (sudoeste).
7
Figura 1: Croqui de localização da sonda e objetivo.

Através dos dados fornecidos pela tabela 3 e da figura 1, é possível calcular o


afastamento, rumo e azimute.
O afastamento é a distância horizontal entre a posição da sonda e do objetivo,
este foi calculado a partir da Equação (1).

𝐷𝑎 = (𝑥𝑜 − 𝑥𝑝)2 + (𝑦𝑜 − 𝑦𝑝)2 (1)

Sendo:
𝐷𝑎 = Afastamento horizontal;

𝑥0 = Coordenada x da sonda;

𝑥𝑝 = Coordenada x do alvo;

𝑦0 = Coordenada y da sonda;

𝑦𝑝 = Coordenada y do alvo.

Substituindo os valores:

2 2
𝐷𝑎 = (7. 486. 192, 45 − 7. 487. 592, 45) + (351. 500, 56 − 349. 800, 65) = 2. 202, 27 𝑚

Portanto o afastamento entre a sonda e o objetivo é de 2202, 27 𝑚. Para efetuar


o cálculo do azimute, foi utilizada a Equação 2 e 3 abaixo:

8
−1 (𝑦𝑜−𝑦𝑝)
𝐴𝑧𝑖𝑚𝑢𝑡𝑒 = 𝑡𝑎𝑛 (𝑥𝑜−𝑥𝑝)
(2)

Substituindo os valores

−1 (351500,56−349800,56)
𝐴𝑧𝑖𝑚𝑢𝑡𝑒 = 𝑡𝑎𝑛 (7486192,45− 7487592,56)
= 50, 53°

Rumo = 50 ͦ 31’ 48’’

4.3 Trajetória do poço horizontal com 2 Build up

A trajetória é composta de 5 seções: Seção vertical finalizada pelo KOP (kickoff


Point) e duas seções de ganho de ângulo e um trecho tangente (slant) opcional e uma
fase horizontal.Baseando-se na Figura 2 abaixo, foi calculada a trajetória do poço com 2
Build Up.

Figura 2: Esquema de cálculo da trajetória.

Onde:

9
𝑉𝐾= Profundidade vertical do KOP;

𝑉1= Profundidade vertical do EOB;

𝑉𝑎=Profundidade vertical do objetivo;

𝐷𝑎=Afastamento do objetivo;

θ=ângulo máximo do trecho reto.

Primeiramente determina-se o raio de curvatura R, dada pela equação (3)

180∙𝐾
𝑅= π∙𝐵𝑈𝑅
(3)

Onde o Buildup é a seção onde acontece o ganho de ângulo, na qual α


(inclinação do poço a cada estação) varia com a profundidade. Normalmente, a seção
buildup ocorre a uma taxa de ganho de ângulo constante chamada de buildup rate
(BUR).

2° 1,5°
Substituindo os valores para 𝐵𝑈𝑅 = 30
, 30

180∙30 180∙30
𝑅1 = π∙2
= 859, 87 𝑚 𝑒 𝑅2 = π∙1,5
= 1. 146, 49 𝑚

Determinando o ângulo máximo do trecho reto θ através da Equação 4, 5 e 6

θ = 90° − Φ − β (4)
𝑉𝐴 − 𝑅2 − 𝑉𝑘
Φ = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔( (𝐷𝑎 − 𝑅1)
) (5)

𝑅2 − 𝑅1
β = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛( 2 2
) (6)
(𝐷𝑎 − 𝑅1) +(𝑉𝑎 − 𝑅2 − 𝑉𝑘)

Dados: R1= 859,87m

R2= 1.146,5 m,

VA = 1625 m

Vk = KOP = 400 m

Da = 2.202,27m

10
Substituindo os valores nas Equações 6 e 7, para encontrar Φ e β

1625− 1.146,5 − 400


Φ = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔( (2.202,27 − 859,87)
) = 3. 35 ͦ

1.146,5 − 859,87 286,63


β = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛( 2 2
) = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 1.344,7
= 12, 31 ͦ
(2.202,27− 859,87) +(1625 − 1.146,5 − 400)

Substituindo os valores de Φ e β na Equação 4, para encontrarθ1

θ1 = 90° − 3. 35 ͦ − 12, 31 ͦ = 74, 34 ͦ

Tendo θ1é possível encontrar θ2

θ2 = 90° − θ1(7)

θ2 = 15, 66 ͦ

4.4 Comprimento Total do Poço

𝑉1 = 𝑉𝐾 + 𝑅1𝑠𝑒𝑛θ (8)
𝑉1 = 400 + 859, 87𝑠𝑒𝑛74, 34 = 1. 227, 95 𝑚
𝐾1*θ1
𝐿𝐵𝑈𝑅1 = 𝐵𝑈𝑅1
(9)

30*74,34
𝐿𝐵𝑈𝑅1 = 2
= 1. 115, 10 𝑚

𝑑𝑒𝑙𝑡𝑎 𝑉 = 𝑅2 * (1 − 𝑐𝑜𝑠 (90 ◦ − θ1))


𝑑𝑒𝑙𝑡𝑎 𝑉 = 42, 53

(𝑉𝐴 − 𝑉1−𝑑𝑒𝑙𝑡𝑎 𝑉)
𝐿𝑠𝑙𝑎𝑛𝑡 = 𝑐𝑜𝑠θ1
(10)

11
(1625 − 1.227,95−48,15)
𝐿𝑠𝑙𝑎𝑛𝑡 = 𝑐𝑜𝑠74,34
= 1292, 57 𝑚

(α1−α2)
∆𝑚 = 𝐵𝑈𝑅2 = 2π𝑅2 360 ͦ
(11)

Sendo α1 = θ1 = 74, 34 𝑒 α2 = 90

Fazendo a substituição de valores

|(74,34−90)|
∆𝑚 = 𝐵𝑈𝑅2 = 2𝑥3, 14𝑥1. 146, 5 * 360 ͦ
= 313, 20

Dado o comprimento do trecho horizontal = 500m

𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑉𝐾 + 𝐿𝐵𝑈𝑅1 + 𝐿𝑠𝑙𝑎𝑛𝑡 + 𝐿𝐵𝑈𝑅2 + 𝐿ℎ (12)

𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 400 + 1115, 10 + 1292, 57 + 313, 20 + 500 = 3620, 87 𝑚

4.5 Trajetória da broca

𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑉𝐾 = 3. 799, 25 − 400 = 3. 399, 25 𝑚



3. 399, 25 * 200
= 16, 99 ͦ = Δԑ

Δԑ
φ = 2
= 8, 5 ͦ

Correção do Azimute = 50,53 ͦ- 8,5 ͦ= 42, 03 ͦ

12
Figura 3: Projeção vertical do poço.

Figura 4: Projeção horizontal do poço

4.6 Equações de fechamento

13
𝑉𝑎 = 𝑉𝐾 + 𝑅1 * 𝑠𝑖𝑛 θ + 𝐿 * 𝑐𝑜𝑠 θ + 𝑅2 * (1 – 𝑐𝑜𝑠 (90 − θ)) (13)
𝐷𝑎 = 𝑅1 * (1 – 𝑐𝑜𝑠 θ) + 𝐿 * 𝑠𝑖𝑛 θ + 𝑅2 * 𝑠𝑖𝑛 (90 − θ) + 𝐿2 (14)

Figura 5: Esquema de cálculo da trajetória.

Abaixo, os cálculos das equações de fechamento para os dados fornecidos, equação 13 e


14

𝑉𝑎 = 𝑉𝐾 + 𝑅1 * 𝑠𝑖𝑛θ + 𝐿𝑠𝑙𝑎𝑛𝑡 * 𝑐𝑜𝑠θ + 𝑅2 * (1–𝑐𝑜𝑠(90 − θ))


𝑉𝑎 = 400 + 859, 87 * 𝑠𝑖𝑛74, 34 + 1470, 95 * 𝑐𝑜𝑠74, 34 +
+ 1146, 50 * (1–𝑐𝑜𝑠(90 − 74, 34))
𝑉𝑎 = 1667, 6~1625 𝑚

𝐷𝑎 = 𝑅1 * (1 – 𝑐𝑜𝑠 θ) + 𝐿𝑠𝑙𝑎𝑛𝑡 * 𝑠𝑖𝑛 θ + 𝑅2 * 𝑠𝑖𝑛 (90 − θ)


𝐷𝑎 = 859, 87 * (1 – 𝑐𝑜𝑠 74, 34) + 1470, 95 * 𝑠𝑖𝑛 74, 34 + 1146, 50 * 𝑠𝑖𝑛 (90 − 74, 34)
𝐷𝑎 = 2. 353, 6 ~2. 202, 27 𝑚

14
Através das equações de fechamento nota-se que os valores obtidos são
praticamente os mesmos dados no enunciado, o que aponta que o caminho seguido é
certo.

15
5. GEOPRESSÕES
Ao analisar geopressões, tem-se como objetivo determinar as curvas de
sobrecarga, fratura e pressão dos poros e colapso. A partir dos dados obtidos e
obtendo-se as curvas, é possível limitar a janela operacional que irá definir o peso
específico do fluido de perfuração e o assentamento de sapatas, que são acessórios
colocados na extremidade de revestimento e servem como guia para a introdução do
revestimento no poço.
Em sua parte superior, estão sobrepostas camadas que limitam o peso do fluido,
que juntas definem a curva de tensão de sobrecarga e gradiente de fratura. Em
contrapartida, inferiormente ele se encontrará limitado pela curva de pressão de colapso
e de pressão de poros.
Para que a execução da perfuração de um poço tenha êxito, é fundamental que se
tenha um projeto completo e confiável de geopressões. Constantes problemas
relacionados ao campo de geopressões são responsáveis pela perda de tempo durante a
perfuração de um poço e consequentemente gastos adicionais. Problemas estes bastante
conhecidos na indústria do petróleo que acarretam consigo complicações operacionais,
tais como aprisionamento de coluna, torques elevados que podiam atingir os limites do
equipamento, colapso total do poço e influxo de fluido da formação para dentro do poço
(kick), o que pode levar a um influxo descontrolado de fluido saindo pelo poço
(blowout) e nesse caso pode levar a destruição total da sonda de perfuração. Assim,
individual ou de forma coletiva, tais problemas podem representar perdas humanas,
prejuízos econômicos e também danos ambientais. (SILVA, 2015)
Por conta disso, é necessário o conhecimento do campo de geopressões para
executar a perfuração com segurança. No presente estudo não será calculada a pressão
de colapso, por determinação anteriormente feita pelo professor.

16
Figura 6: Janela Operacional de um Poço (Rocha).

5.1 Gradiente de Sobrecarga


A pressão do peso total das camadas sobrepostas a uma rocha a uma certa
profundidade é chamada de pressão de sobrecarga. Essa pressão é em função das
densidades das camadas sobrejacentes, isso inclui rocha e fluidos.
Conhecer a pressão de sobrecarga é importante para estimar as outras curvas de
geopressões, sendo assim, a precisão do resultado influencia nos valores obtidos da
pressão de poros e fraturas.
O primeiro passo foi calcular a densidade, através da Correlação de Gardner, e a
tensão de sobrecarga em todas as profundidades.

A seguir a fórmula utilizada e a tabela com valores obtidos:

( )
6
10
ρ𝑏 = 𝑎 * ∆𝑡
(13)

Sendo:

ρ𝑏 = Densidade total da formação (𝑔/𝑐𝑚³)

𝑎 = Constante empírica (valor usual de 0,23, definido para o Golfo do México)

𝑏 = Constante empírica (valor usual de 0,25, definido para o Golfo do México)

17
∆𝑡 = Tempo de trânsito (μ𝑠/𝑓𝑡)

Os valores do tempo de trânsito estão listados na Tabela 2.

E então, a tensão de sobrecarga pode ser calculada através da seguinte fórmula:

𝑛
σ𝑜𝑣 = 1, 422(ρ𝑤 * 𝐷𝑤 + ∑ ρ𝑏𝑖 * 𝐷𝑖 (14)
0

Deve-se lembrar que em poços marítimos, como é o caso da análise do presente


estudo, a pressão de sobrecarga será composta por um trecho de ar, água do mar e rocha.
Assim deve-se considerar o trecho de ar como sendo a distância da mesa rotativa até o
nível do mar. Como a densidade do ar é praticamente zero é permitido desconsiderá-la,
esta parte é chamada de air gap.Já a densidade da água do mar é conhecida e vale 1,03
g/cm3, esse trecho é denominado lâmina d’água (LDA), medindo 200m.
Na tabela abaixo encontram-se os resultados obtidos, e na figura uma relação da
profundidade e da tensão de sobrecarga.

18
Tabela 4: Sobrecarga.

Gráfico 1: Tensão de sobrecarga vs Profundidade total.

Ao considerar um elemento de rocha no subsolo, o gradiente de sobrecarga é


definido como o somatório de todas tensões de sobrecarga aplicadas às camadas
sobrepostas a este elemento.

Para o cálculo do Gradiente de Sobrecarga foi utilizado a seguinte Equação 4:

𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑆𝑜𝑏𝑟𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
𝐺𝑂𝑉 = 0,1704*𝑃𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
(15)

Onde:

𝐺𝑂𝑉 = Gradiente de Sobrecarga (𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙)

Tensão de Sobrecarga: 𝑝𝑠𝑖

Profundidade Total: 𝑚

Na tabela abaixo estão representados os resultados obtidos, juntamente com o gráfico do


Gradiente de sobrecarga vs Profundidade total.

19
Tabela 5: Gradiente de sobrecarga.

Gráfico 2: Gradiente de sobrecarga vs Profundidade total.

20
5.2 Gradiente de Poros
Considerada um dos fatores mais importantes nas operações de perfuração, a pressão
de poros deve ser devidamente avaliada, pois caso contrário sérios problemas podem ser
causados, como perda de circulação, influxo de fluidos, prisão de coluna de perfuração,
instabilidade do poço, originando custos excessivos. Por conseguinte, a prevenção de tais
problemas típicos da indústria associa-se à previsão e estimativa de pressão de poros antes e
durante a perfuração do poço. (ADAMS, 1985; MADATOV, 2005).

Para o cálculo do Gradiente de Poros, é utilizado a fórmula abaixo:

(
𝐺𝑝 = 𝐺𝑂𝑉 − (𝐺𝑂𝑉 − 𝐺𝑁) * ( ))
∆𝑡𝑛 3
∆𝑡𝑜
(16)

Onde:

𝐺𝑂𝑉 = Gradiente de Sobrecarga (𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙)

𝐺𝑁 = Gradiente Normal adotado como 8, 5 𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙

∆𝑡𝑛 = Valor da reta normal para o tempo de trânsito

∆𝑡𝑜 = Tempo de trânsito observado

Gráfico 3: Semi-log da Profundidade vs Tempo de Trânsito.

Na tabela abaixo segue os valores encontrados vs profundidade total e o gráfico da


pressão de sobrecarga e a pressão de poros.

21
Tabela 6: Gradiente de Poros.

Gráfico 4:Gradiente de Sobrecarga e Gradiente de Poros.

22
5.3 Gradiente de Fratura
Assim como ocorre com o gradiente de pressão de poros, realiza-se a estimativa
do gradiente de fratura de duas principais maneiras diferentes, que são as medições
diretas, conhecidas como métodos diretos, e os cálculos baseados em modelos
empíricos ou teóricos, que são chamados métodos indiretos. (ROCHA, 2009).

No presente estudo foi utilizado a correlação específica descrita abaixo para


calcular a pressão de fratura, em seguida basta transformar para o gradiente de fratura.

𝑃𝑓 = 𝑘 * (𝑃𝑜𝑣 − 𝑃𝑝) + 𝑃𝑝 (19)


𝑃𝑓 =Pressão de Fratura(𝑝𝑠𝑖)

𝑘 = Coeficiente de tensão na matriz

𝑃𝑜𝑣 = Pressão de sobrecarga (𝑝𝑠𝑖)

𝑃𝑝 = Pressão de poros (𝑝𝑠𝑖)

Os valores de 𝑘 foram obtidos através do gráfico abaixo, disponibilizado pelo


professor.

23
Figura 7: Coeficientes de tensões da matriz.

A tabela traz os Coeficientes de tensões da matriz (𝑘) e o Gradiente de fratura


(𝐺𝑓) vs a Profundidade:

24
Tabela 7: Coeficientes de tensões da matriz, Gradiente de Sobrecarga, Gradiente de Poros e Gradiente de
Fratura.

O gráfico final consiste em todos os gradientes juntos, gradiente de sobrecarga


(𝐺𝑂𝑉), gradiente de poros (𝐺𝑝) e o gradiente de fratura (𝐺𝑓).

O resultado foi o esperado, a janela operacional condiz com o que está na


literatura.

25
Gráfico 5: Janela Operacional em psi

26
6. SAPATA, REVESTIMENTO E CIMENTAÇÃO

6.1 Janela Operacional

Com base no critério da janela operacional foi possível definir a posição de


assentamento das sapatas dos revestimentos, utilizando uma margem de segurança de
0,3 lb/gal.

Abaixo está representada a janela operacional com as sapatas posicionadas.

Gráfico 6: Janela Operacional com as sapatas posicionadas.

6.2 Dados do Revestimento

Após a definição das profundidades de cada revestimento, foram selecionados


dados para completarmos a tabela, como OD, grau do aço, rosca, range e diâmetro da
broca. A partir dos dados, foi calculado o peso do revestimento pela equação 16.

𝑃𝑟𝑒𝑣 = 3, 28084 * ρ𝑟𝑒𝑣 * 𝐿𝑟𝑒𝑣𝑚 (16)

A seguir, a tabela constam os dados obtidos do revestimento:

27
Fase Tipo P.V P.M OD de Peso Grau Rosca Peso do Ran Diâmetr
(m) (m) Rev. (lb/ft) do Rev ge o da
aço (lbf) Broca

1 Tubo 200 - 30 - - - - - 36
condutor

2 Superfície 400 400 20 94 J-55 Buttress 123359,58 3 26

3 Intermediário 1200 1550 13 3/8 68 N-80 Buttress 345800,54 3 17 1/2

4 Produção 1420 1600 9 5/8 40 N-80 Buttress 209973,76 3 12 1/2


Tabela 8: Dados do Revestimento

6.3 Dimensionamento de Revestimento

Para fazer a escolha de um revestimento é necessário analisar se o mesmo


suporta os efeitos combinados de tração, a seguir são apresentados os cálculos que
afirmam o suporto desses efeitos. Os cálculos feitos são apenas para um revestimento,
podendo ser realizado para os demais da mesma forma.

Sabendo que o peso do fluido é γ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 9, 5 𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙, valor esse obtido através

da análise da janela operacional e o peso do aço γ𝑎ç𝑜 = 65, 5 𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙 .

Assim, pode-se calcular o empuxo:

γ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜
α = 1− γ𝑎ç𝑜
(17)

α = 0, 856

Determinando a tração através da Equação 18, sabendo que o peso do


revestimento é

𝑃𝑒𝑠𝑜 = 345800, 54 𝑙𝑏𝑓.

𝑇𝑟𝑎çã𝑜 = 𝑃𝑒𝑠𝑜 · α (18)

𝑇𝑟𝑎çã𝑜 = 296005, 26 𝑙𝑏𝑓

28
Assumindo que a espessura da parede é 𝑡 = 0, 395" e que a espessura do
revestimento vale 𝑂𝐷 = 13, 375" , então:

𝐼𝐷 = 𝑂𝐷 − 2𝑡 (19)

𝐼𝐷 = 12, 585"

Com esses valores encontrados pode-se obter a área de ação da força, descrita
abaixo.

π
𝐴𝑠 = 4
(𝑂𝐷² − 𝐼𝐷²) (20)

𝐴𝑠 = 16, 099 𝑖𝑛²

A seguir calcula-se a tensão axial.


𝑇𝑟𝑎çã𝑜
τ𝑎𝑥𝑖𝑎𝑙 = 𝐴𝑠
(21)

τ𝑎𝑥𝑖𝑎𝑙 = 18386, 56 𝑝𝑠𝑖

Utilizando a Equação (22) para o cálculo da τ𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 , sabendo que

τ𝑒 = 80000 𝑝𝑠𝑖 é a tensão de escoamento dada pelo Aço N-80. Admitindo Pi = 0.

τ𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 =


1 − 0, 75 ( )
τ𝑎
τ𝑒
² − 0, 5 ( )
τ𝑎
τ𝑒


𝑃𝑐

τ𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 = 0, 9195 * 𝑃𝑐 𝑝𝑠𝑖

Determinando o colapso pelo escoamento.

𝑂𝐷
𝑡
= 33, 861 (23)

Através desse valor encontrado pode-se determinar o tipo de colapso através da


tabela disponibilizada pelo professor.

Para o Aço N-80 com 33, 861 o colapso é elástico. Portanto, a pressão de
colapso pode ser calculada pela Equação (24).

29
6
46,95 ×10
𝑃𝑐 = (24)

) ( ) ⎤⎥⎥
2

⎢( 𝑂𝐷
𝑡
−1 ×
𝑂𝐷
𝑡
⎣ ⎦

Assim, a pressão de colapso é:

𝑃𝑐 = 1284, 03 𝑝𝑠𝑖

Encontrada a Pc, vamos substituir na equação da tensão corrigida, para achar o valor
real:

τ𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 = 0, 9195 * 1284, 03 = 1180, 66 𝑝𝑠𝑖

No entanto, precisa-se encontrar a máxima pressão de estática que o poço


suporta. Na profundidade de 𝐿 = 1200𝑚 e pressão de poros de 𝑃𝑃 = 9, 5 𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙 , a

máxima pressão estática vale:

𝑃𝑒 = 0, 1704 * 𝑃𝑝 * 𝐿 (28)

𝑃𝑒 = 1942, 56 𝑝𝑠𝑖

Na profundidade de 𝐿 = 1200𝑚 e pressão de poros de 𝑃𝑃 = 8 𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙 dentro

do revestimento, a máxima pressão estática vale:

𝑃𝑒 = 0, 1704 * 𝑃𝑝 * 𝐿 (29)

𝑃𝑒 = 1635, 84 𝑝𝑠𝑖

Logo, a pressão estática existente de fora para dentro será a diferença entre as
duas pressões estáticas calculadas:

𝑃𝑒𝐹𝐼𝑁𝐴𝐿 = 306, 72 (30)

30
Desta forma, o revestimento suporta uma pressão de 𝑃𝑒 = 306, 72 𝑝𝑠𝑖, como

ele possui uma resistência superior a este valor e igual a 𝑃𝑐 = 1284, 03 𝑝𝑠𝑖. Caso

contrário, teria que alterar o modelo de revestimento ou então aumentar a espessura.

6.4 Volume da pasta de cimento

Todos os revestimentos são cimentados, mas por conveniência iremos calcular


apenas para a fase 3.

Para o cálculo da capacidade do anular e da capacidade interna foram utilizadas


as seguintes equações.

𝑂𝐷𝑏𝑟𝑜𝑐𝑎²
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 = 314
(29)

(17,5)²
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 = 314
(30)

𝐶𝑎𝑝𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 = 0, 975 (31)

(𝑂𝐷𝑏𝑟𝑜𝑐𝑎² − 𝑂𝐷𝑟𝑒𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑜²)
𝐶𝑎𝑝𝑎𝑛𝑢𝑙𝑎𝑟 = 314
(32)

(17,5² − 13,375²)
𝐶𝑎𝑝𝑎𝑛𝑢𝑙𝑎𝑟 = 314
(33)

𝐶𝑎𝑝𝑎𝑛𝑢𝑙𝑎𝑟 = 0, 405 (34)

Na figura a seguir está representado um esquema de cimentação.

31
Figura 8: Esquema de cimentação.

Calculando os dois volumes:

𝑉1 = 0, 0178942 · (𝑂𝐷𝑏𝑟𝑜𝑐𝑎² − 𝑂𝐷𝑟𝑒𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑜² · ℎ1 ) (35)

𝑉2 = 0, 178942 · (𝑂𝐷𝑏𝑟𝑜𝑐𝑎²) · ℎ2 (36)

𝑉1 = 182, 3195303 𝑓𝑡³

𝑉2 = 109, 601975 𝑓𝑡³

Portanto, o volume de pasta encontrada é de 𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 291, 9215053 𝑓𝑡³.

Tabela 9: Dados do Revestimento

6.5 Volume de produto da pasta

Nesta etapa calculamos a concentração de aditivos, onde o cálculo do volume de


pasta utilizada no revestimento de superfície a seguir é feito para o volume de um saco

32
de cimento classe “A”, com 3% de bentonita, 5% de NaCl (para saco de cimento) e fator
água cimento 60% e colchão de 30 bbl.

A partir da densidade relativa do cimento (ρ = 3, 14), é possível obter o peso


absoluto dele, por meio da subsequente fórmula:

1
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝐴𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = (𝑑∗11,2)
(37)

𝑃𝑒𝑠𝑜 𝐴𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 0, 028 𝑔𝑎𝑙/𝑙𝑏

Na sequência foi calculado o volume de cimento para um saco de pasta:

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 1 𝑠𝑎𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑡𝑎 = 94 𝑙𝑏 × 0, 028 𝑔𝑎𝑙/𝑙𝑏

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 1 𝑠𝑎𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑡𝑎 = 2, 64 𝑔𝑎𝑙

*
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑏𝑒𝑛𝑡𝑜𝑛𝑖𝑡𝑎 = 0, 03 𝑥 94𝑙𝑏/(2, 65𝑥 8, 33) = 0, 13 𝑔𝑎𝑙

O mesmo procedimento repete-se para os demais produtos. Possibilitando o


complemento da tabela 1 e o cálculo do rendimento da pasta, o qual é realizado através
do somatório do volume (gal) da pasta:

Água:

𝑚 = 94 ∗ 0, 6 = 56, 40 𝑙𝑏

56,40
𝑉= 11,2
= 5, 03 𝑔𝑎𝑙

NaCl:

𝑚 = 0, 05 ∗ 56, 40 = 2, 82 𝑙𝑏

2,82
𝑉= 11,2
= 0, 25 𝑔𝑎𝑙

Tipo Unid. Peso Vol. Vol. Massa Rend. Fator Peso de Gf da

33
(lb) Absol. (gal) específica produtos formação
(gal/lb) (lb/gal) (lb)

Cimento 94,00 0,028 2,64 19,34 0,99 294,8 27.716,8 20,33


6

Água 60% 56,40 0,017 5,03 19,34 0,99 294,8 16.630 20,33
6

Bentonita 3 - 0,13 19,34 0,99 294,8 - 20,33


6

NaCl 5% 2,82 0,001 0,25 19,34 0,99 294,8 831,5 20,33


6

- Total 153,22 7,92

Tabela 10: Volume da pasta

Σ𝑉 = 7, 92 𝑔𝑎𝑙de pasta por saco de cimento.

1𝑓𝑡³ 𝑝𝑎𝑠𝑡𝑎
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑡𝑎 𝑓𝑡³ ∗ 1𝑓𝑡³ 𝑠𝑎𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
(38)

Se dividir o volume total de pasta de cimento usado para o revestimento de


superfície e para o revestimento intermediário pelo volume de pasta por saco de
cimento, tem-se a quantidade de sacos de cimento que será usada na cimentação destes
revestimentos.

(1𝑓𝑡³ 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑡𝑎)
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 7, 92 𝑔𝑎𝑙 ∗ ∗ (1𝑓𝑡³ 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜)
(39)

𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 0, 99𝑓𝑡³

𝑅𝑒 = 0, 99𝑓𝑡³ 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑡𝑎/1 𝑠𝑎𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

Cálculo do fator:

𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜 291,92


𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 = 𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
= 0,99
= 294, 86

(40)

34
6.6 Acessórios de Cimentação
Revestimento intermediário

Equipamento Tipo Quantidade

Sapata Guia 1

Colar Filt Collar 1

Plug topo e fundo Aluminium Core Top Core 2


Bottom

Centralizador Spring Bow Centralizer 89

Tabela 11: Relação dos acessórios de cimentação.

7. CABEÇA DE POÇO

A cabeça de poço submarina é composta basicamente pelo alojador de alta pressão


(AAP), alojador de baixa pressão (ABP), base guia temporária (BGT), base guia
permanente (BGP), suspensores de revestimentos e elementos de vedação.

7.1 Sistema de Cabeça de Poço

Para este poço foi delegado que se utilizasse o sistema cabeça de poço
submarina para a 𝐿𝐷𝐴= 200m é descida com cabos guias utilizando sonda ancorada onde

desce-se a BGT por meio de quatro cabos de aço, em seguida a broca é descida para
iniciar a primeira fase da perfuração, que termina com a colocação do tubo condutor
junto com o ABP e a BGP no fundo do mar. Logo após estes eventos inicia-se a
segunda fase, onde perfura-se novamente e termina-se com a descida do revestimento
de superfície juntamente com o AAP, que sustentará os demais revestimentos. Por fim,
desce-se o BOP junto com o anel de vedação que promoverá a vedação entre o poço e o
fundo do mar.

35
Uma vista do sistema de cabeça de poço com cabos guia utilizado na perfuração
do poço é mostrada na figura a seguir.

Figura 9: Sistema de cabeça de poço.

36
Figura 10: Cabeça de poço em corte.

Figura 11: Zoom da cabeça de poço em corte.

37
8. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO

8.1 Peso fluido

Analisando a janela operacional, o peso do fluido para a profundidade das

sapatas dos revestimentos está especificado conforme a tabela 12.

Tabela 12: Peso do fluido para cada fase.

8.2 Peso do fluído mínimo ao final do poço

Com base na janela operacional, o peso do fluido mínimo ao final do poço é o


que consta na tabela 13.

Tabela 13: Peso de fluido mínimo ao final do poço.

O peso mínimo possível do fluido na profundidade final do poço,


adicionando-se baritina é determinado para 1bbl de fluido e em lb de baritina.

Para o cálculo da correção do fluido para o valor mínimo no final do poço com
adição de baritina, tem-se:

𝑙𝑏 𝑙𝑏 𝑙𝑏
ρ𝑏 = 35 𝑔𝑎𝑙
, ρ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 9, 5 𝑔𝑎𝑙
, ρ𝑚í𝑛 = 11, 6 𝑔𝑎𝑙
, 𝑉1 = 1 𝑏𝑏𝑙

(ρ𝑏−ρ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜)
𝑉2 = 𝑉1 (ρ𝑏−ρ𝑚í𝑛)

(41)

(35𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙 − 9,5𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙)
𝑉2 = 1 𝑏𝑏𝑙 (35𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙 − 11,6 𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙)

38
𝑉2 = 1, 08𝑏𝑏𝑙

𝑙𝑏
𝑚𝑏 = (𝑉2 − 𝑉1). ρ𝑏 = (1, 08𝑏𝑏𝑙 − 1𝑏𝑏𝑙). 35 𝑔𝑎𝑙
= 2, 8

(42)

𝑙𝑏 𝑔𝑎𝑙 𝑔𝑎𝑙
𝑚𝑏 = 2, 8𝑏𝑏𝑙 𝑔𝑎𝑙
. 𝑏𝑏𝑙
𝑥 * 42. 𝑏𝑏𝑙
= 117, 6𝑙𝑏

Portanto, para que o fluido tenha 11,6 lb/gal num volume de 1 bbl, será preciso
adicionar aproximadamente 2,8 lb de baritina.

9. BROCAS

Na análise de brocas utiliza-se um fluxograma específico que relaciona diâmetro


externo de um revestimento com o diâmetro da broca (do poço). E juntamente com a
classificação IADC para brocas, é possível efetuar uma classificação mais específica e
assim, o projeto conta com uma probabilidade menor de ocorrência de problemas
durante a perfuração.

Tabela 14: Diâmetro das brocas

A proposta do projeto solicita o valor de GPM e perda de carga apenas na fase 3.

Através da tabela fornecida em aula, com o diâmetro do poço em 17 ½ como consta na


fase 3, obtemos uma vazão mínima de 900 gpm.

39
O TFA foi obtido por tentativa, a fim de que a perda de carga estivesse entre entre 800 e
1600 psi. Foi estimado uma perda de 65% da carga.

Cálculo perda de carga:

2
(𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑎 𝑙𝑎𝑚𝑎 𝑥 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑎 𝑙𝑎𝑚𝑎)
𝑃𝑝𝑠𝑖 = 2 (43)
0,65 𝑥 𝑇𝐹𝐴 𝑥 10856

2
((900) 𝑥 9,5)
𝑃𝑝𝑠𝑖 = 2
0,65 𝑥 (1,1137) 𝑥 10856

𝑃𝑝𝑠𝑖 = 848, 4 𝑝𝑠𝑖

10. COLUNA DE PERFURAÇÃO

O BHA é formado por um conjunto de componentes que estão na extremidade


inferior da coluna de perfuração, consistindo na broca, sub-broca, estabilizadores,
motor de perfuração, sistema de navegação direcional, comandos de perfuração, tubos
pesados de perfuração, entre outros.

Supondo que a broca esteja na profundidade média de 1200m, e possua um


diâmetro de 17 ½, por se tratar de uma formação de resistência média, pode-se usar a
broca Soft-Medium Compressive Strength, com peso mínimo de 2.000 lbf por
diâmetro da broca, e o peso máximo de 6.000 lbf por diâmetro da broca. O peso
mínimo do fluido obtido na janela operacional é de 11,6 lb/gal.

O cálculo dos pesos mínimos e máximos sobre a broca são representados por:

𝑃𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 = 2. 000 × 17 ½ = 35. 000 𝑙𝑏𝑓

𝑃𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 = 2 = 6. 000 × 17 ½ = 105. 000 𝑙𝑏𝑓

40
Figura 12: Tabela para seleção da broca.

A seguir é realizado o cálculo da Linha Neutra de Flambagem (LNF),


utilizando a seguinte equação:

𝑃𝑆𝐵
𝑁= 𝑊α𝑐𝑜𝑠θ
(44)

Onde:

N= Linha Neutra de Flambagem;

Psb = Peso sobre a broca;

w = 102 lb/ft;

α= Empuxo;

θ = 74, 34º (inclinação do poço).

Sabendo que o peso do fluido é γ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 11, 6 𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙, valor esse obtido através da

análise da janela operacional e o peso do aço γ𝑎ç𝑜 = 65, 5 𝑙𝑏/𝑔𝑎𝑙.

41
Assim, pode-se calcular o empuxo através da Equação (17) exposta anteriormente
no trabalho.

γ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜
α = 1 − γ𝑎ç𝑜
(45)

α = 0, 823

Substituindo os valores na Equação (44), temos:

35000
𝑁= 102*0,823*0,269
= 1549, 94 𝑓𝑡

Levando em consideração que o comando leva 30ft, então:

1549,94
𝑛 ◦ 𝑐𝑜𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜𝑠 = 30

𝑛 ◦ 𝑐𝑜𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜𝑠 = 52 𝑐𝑜𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜𝑠

Considerando um acréscimo de 20%, são necessários 63 comandos.

Assim, o comprimento do Drill Collar é:

1890
𝐿𝐷𝐶 = 30 * 63 = 1890 𝑓𝑡 = 3,26
= 579, 75𝑚

𝑂𝐷 = 6’’

𝐼𝐷 = 2’’

Logo, torna-se possível obter o comprimento do Drill Pipe:

Dado que a broca está na profundidade média de 1200 metros ( mais 500 metros de
coluna dentro do revestimento linear) e vai até a profundidade medida de 1550
metros, valores esses obtidos através da janela operacional, podemos calcular DP:

𝐷𝑃 = 𝑃𝑚 − 𝐿𝐷𝐶

42
𝐷𝑃 = 1550 − 579, 75

𝐷𝑃 = 970, 25 𝑚

Figura 13: Drill Collar e Drill Pipe.

Figura 14: Diagrama de Pressões.

43
Diâmetro do DP:

𝑂𝐷 = 4, 5" (𝐷𝑃)

𝐷𝑃 = 16, 6 𝑙𝑏/𝑓𝑡

𝐼𝐷 = 3, 826"

Cálculo da espessura:

𝑂𝐷 = 𝐼𝐷 − 2𝑡

4, 5 = 3, 826 − 2𝑡

𝑡 = 0, 337

Para desgaste do DP sob tração, aplicar o desgaste no OD:

Desgastando o OD do DP = 0, 337 * 0, 8 = 0, 2696

𝑂𝐷 = 3, 826 + 2 * 0, 2696 = 4, 3652

Área reduzida:

3,14 2 2
𝐴𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 = ( 4
) * (4, 3652 − 3, 826 )

2
𝐴𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 = 3, 468 𝑝𝑜𝑙

Área original:

3,14 2 2
𝐴𝑜𝑟𝑖𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 = ( 4
) * (4, 5 − 3, 826 )

2
𝐴𝑜𝑟𝑖𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 = 4, 405 𝑝𝑜𝑙

44
Correção do Peso:

2 𝑙𝑏
4, 405 𝑝𝑜𝑙 → 11, 6 𝑔𝑎𝑙

2
3, 468 𝑝𝑜𝑙 → 𝑥

𝑙𝑏
𝑥 = 9, 132 𝑔𝑎𝑙

Cálculo do P1:

𝑃1 = (ℎ − 𝑁) × 𝑥

1
𝑃1 = (1550 * 0,3048
− 1549, 94) × 9, 132

𝑃1 = 32. 284, 92 𝑙𝑏𝑓

Cálculo do P2:

𝑃2 = 𝑤 × 𝑁

𝑃2 = 102 × 1549, 94

𝑃2 = 158. 093, 88 𝑙𝑏𝑓

Cálculo do P3 (empuxo 1):

Área DC sem desgaste para definição:

Á𝑟𝑒𝑎 𝐷𝐶 =
π
4 (62 − 22) = 25, 132 𝑝𝑜𝑙2
Então:

𝑃3 = 0, 17 × γ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 × ℎ × Á𝑟𝑒𝑎

𝑃3 = 0, 17 × 11, 6 × 5085, 30 × 25, 132

45
𝑃3 = 252. 029, 10 𝑙𝑏𝑓

Cálculo do P4 (empuxo 2, diferença das áreas):

2
Á𝑟𝑒𝑎 𝐷𝐶 − Á𝑟𝑒𝑎 𝐷𝑃𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 = 25, 132 − 3, 468 = 21, 664 𝑝𝑜𝑙

ℎ − 𝑁 = 5085, 30 − 1549, 94

ℎ − 𝑁 = 3535, 36 𝑙𝑏𝑓

Então:

𝑃4 = 0, 17 × γ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 × (ℎ − 𝑁) × (Á𝑟𝑒𝑎 𝐷𝐶 − Á𝑟𝑒𝑎 𝐷𝑃𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎)

𝑃4 = 0, 17 × 11, 6 × (3535, 36) × (21, 664)

𝑃4 = 151. 035, 56 𝑙𝑏𝑓

Cálculo da carga na Catarina, considerando o peso de fluido adequado para essa


profundidade:

𝑃 = 𝑃1 + 𝑃2 + 𝑃4 − 𝑃3 − 𝑃𝑆𝐵

𝑃 = 32284, 92 + 158093, 88 + 151035, 56 − 252029, 10 − 35000

𝑃𝑐𝑎𝑡𝑎𝑟𝑖𝑛𝑎 = 54385, 26 𝑙𝑏𝑓

Cálculo para encontrar a posição da Linha Neutra de tração e compressão, sendo


o sinal apenas para convenção, negativo para tração e positivo para compressão:

46
Figura 15: Posição da Linha Neutra.

11. BOP

Denomina-se BOP um conjunto de válvulas, colocado acima da cabeça do poço.


O Blowout Preventer (BOP) é o principal elemento de ligação entre a cabeça do poço
no fundo do mar e a sonda. Utilizado principalmente para selar, controlar e monitorar
poços de gás e petróleo. Foi desenvolvido para lidar com pressões absurdamente
grandes e com escoamentos descontrolados de fluidos provenientes do reservatório
para o poço.

Durante a perfuração, o BOP é um dos equipamentos mais importantes do sistema


de perfuração, usado para manter o controle das pressões no interior do poço durante
a operação de perfuração e circular o kick quando houver ocorrência, contendo-o e
evitando um blowout. Fundamental para evitar que a coluna de produção, ferramentas
ou o revestimento sejam lançados para o exterior do poço caso haja um blowout.
Sendo assim, é um instrumento de grande valia para a integridade e segurança do
poço, dos operadores e também do meio ambiente.

11. 1 Dimensionamento do BOP

47
• Pressão de formação:

𝑃𝑝 = 0, 17 · 𝐺𝑝 · 𝐻𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜

𝑃𝑝 = 0, 17 · 11, 09 · 1650

𝑃𝑝 = 3110, 74 𝑝𝑠𝑖

• Coluna de Gás:

𝐶𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝐿𝐷𝐴 = 200 𝑚

𝐺𝑔á𝑠 → 𝐻 > 3000𝑚 → 0, 34 𝑝𝑠𝑖/𝑚

𝐺𝑔á𝑠 → 𝐻 < 3000𝑚 → 0, 45 𝑝𝑠𝑖/𝑚

(
𝑃𝐵𝑂𝑃 = 𝑃𝑃 − 𝐺𝑔á𝑠 · 𝐻 − 𝐻𝐵𝑂𝑃 )
𝑃𝐵𝑂𝑃 = 3110, 74 𝑝𝑠𝑖 − 0, 34 · (1650 − 200) = 2617, 74 𝑝𝑠𝑖

Verificou-se então que o BOP em questão deve suportar uma pressão de 2617, 74 𝑝𝑠𝑖
. Portanto, é necessário a utilização de um 𝐵𝑂𝑃 = 3000 𝑝𝑠𝑖.

O BOP de gavetas foi criado em 1922, esse modelo de preventor é utilizado como
uma válvula de gaveta. Composto por duas gavetas de aço que servem para restringir
ou permitir o fluxo no poço. Na figura abaixo pode-se observar um exemplo desse
tipo de equipamento:

48
Figura 16: BOP de Gavetas.

São três os tipos de BOP de gavetas:

· Com gavetas cegas, feitas para fechar o poço sem a presença de colunas ou
ferramentas (Desenho (a) da figura 17);

· Com gavetas vazadas (Desenho (b) da figura 17 e a figura 18), que visam fechar só
o anular.

· De gaveta cisalhante (Desenho (c) da figura 17 e figura 19) que fecham todo o
poço, inclusive cortando a coluna.

Figura 17: BOP de Gavetas.

Figura 18: BOP de Gavetas vazadas.

49
Figura 19: BOP com gaveta cisalhante.

BOP Completo:

Figura 20: BOP Completo

50
Figura 21: Esquema BOP completo.

51
11.2 Esquema com gavetas e suas posições no BOP

Figura 22: Esquema de Gavetas no BOP.

52
12. REFERÊNCIAS
Domingues, F. C. (2013). Aplicação de um Projeto de Perfuração para um Poço
Marítimo. Niterói, Brasil.

Rocha, L. A. (2009). Projetos de Poços de Petróleo. Rio de Janeiro: Interciência Ltda.

Silva, D. S. (2015). Estudo de Geopressões e Assentamento de Sapatas de


Revestimento. Natal, Brasil.

53

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