Você está na página 1de 25

1 - FINALIDADES E TIPOS DE

POÇOS DE PETRÓLEO

WILSON S SANTOS
SET/2008
1 - POÇO DE PETRÓLEO

Poço perfurado com a função de


permitir o acesso ao PETRÓLEO, que
se encontra dentro das
denominadas rochas reservatório,
possibilitando assim sua produção.
O petróleo pode estar contido nos poros, nas fraturas
ou nos buracos das formações (rochas)
2
2 - POÇOS DE PETRÓLEO - CLASSIFICAÇÔES
2.1 - Quanto a finalidade
2.2 – Geometria
2.3 - Profundidade

3
2 - POÇOS DE PETRÓLEO - CLASSIFICAÇÔES
2.1 - Quanto a finalidade

EXPLORATÓRIO

EXPLOTATÓRIO

ESPECIAL
4
2.1.1 POÇO EXPLORATÓRIO

São os poços que tem uma das


finalidades:

-Descoberta de novos campos ou reservatórios


- Avaliação de suas reservas

- Coleta de dados para estudos geológicos


5
2.1.2 POÇO EXPLOTATÓRIO
• Aquele com a finalidade de produzir o
petróleo da rocha reservatório, ou seja,
poços anteriores já confirmaram a
presença do hidrocarboneto, e então o
campo vai ser agora desenvolvido, ou
seja, vai entrar na fase de produção.

6
2.1.3 POÇO ESPECIAL
• Poço especial, é aquele que não tem
objetivo de procurar e produzir petróleo, e
que não esteja enquadrado nas categorias
anteriores, como por exemplo, poço para
produção de água.

7
2 - POÇOS DE PETRÓLEO - CLASSIFICAÇÃO
CATEGORIAS E IDENTIFICAÇÕES
FINALIDADE CATEGORIA IDENTIFICAÇÃO
Exploração Pioneiro 1
Estratigráfico 2
Extensão 3
Pioneiro Adjacente 4
Jazida mais rasa 5
Jazida mais profunda 6

Explotação Desenvolvimento 7
Injeção 8

Especial Outras finalidades 9 8


POÇOS EXPLORATÓRIOS:
Pioneiros Descobrir petróleo, baseado em estudos geológicos
anteriores
Estratigráfi Visam principalmente obter informações sobre a
cos disposição sequêncial das rochas (formações) de
subsuperfície.
• –
De São perfurados quando os poços pioneiros
Extensão encontram petróleo, visando delimitar aquela jazida
(campo)
Pioneiro Perfurado após a delimitação preliminar do campo,
adjacente visando descobrir nova jazida. Se ficar provado, se
tratar do mesmo reservatório anterior, será
reclassificado como poço de extensão.
Jazida São poços perfurados dentro dos limites de um
mais rasa campo, com o objetivo de descobrir reservatórios
ou mais em profundidades diferentes, daquelas 9 já
profunda conhecidas.
POÇO EXPLOTATÓRIO
De São perfurados dentro dos limites do
desenvolvi- campo, após o estudo econômico
mento indicar viabilidade comercial, visando
a produção de petróleo, ou seja, é a
fase de retorno do investimento feito
na fase preliminar.
De injeção Com a finalidade de injetar fluidos na
rocha reservatório p/ aumentar a
produção de petróleo.
Os fluidos mais comumente
utilizados são a água
(principalmente) e o gás.
10
2.2 - Quanto à geometria do percurso:
2.2.1-POÇO VERTICAL
• É aquele cujo objetivo(s) (ponto Superfície da locação
do reservatório, a ser atingido),
esta a sonda de perfuração Ante poço
(cabeça do poço), isto é, está
exatamente na vertical que passa
pelo ante-poço. Não depende da
trajetória real, já que um poço
nunca é exatamente vertical, pois projeto
a trajetória da broca sofre a realizado
influência das formações
atravessadas (falha, dureza,
inclinação, direção e distribuição
das camadas), da composição de
fundo (coluna de perfuração) e alvo
dos parâmetros mecânicos (peso
sobre broca, rotação, vazão)
utilizados. Poço de Petróleo:Projeto e realização
11
Corte vertical, s/ escala
2.2 - Quanto à geometria do percurso:

• 2.2.1-POÇO VERTICAL (continuação)


• Para o monitoramento do trajeto do poço devem ser
feitos periódicos de inclinação e direção, e para
estimativa, faz-se apenas o registro da inclinação, o
que é usual nas perfurações terrestres.
• Quando acontece ganho de ângulo indicando
tendência de não atingir o objetivo previsto,
inicialmente é tentado o controle através de mudança
nos parâmetros de perfuração (notadamente redução
do peso sobre a broca). Pode ainda ser necessária
mudança no BHA (composição de fundo), e até o uso
12
de equipamentos especiais para conduzir a broca.
POÇO VERTICAL (continuação)

• Quando o ganho de ângulo é acompanhado com


registro apenas da inclinação, sem a direção, a
estimativa do afastamento é feita considerando a pior
hipótese, ou seja, que a trajetória está numa única
direção, obtendo-se com isso um cone de
afastamento máximo. Estatisticamente, a posição
real, estaria cerca de 20% aquém daquele valor. Para
que se tenha o valor real, devem ser feitos registros
que indiquem também as direções, com
equipamentos giroscópios ou magnéticos, sendo que
esses últimos requerem que na coluna de perfuração
tenha um elemento (comando) não magnético, para
não interferir na leitura da bússola do equipamento de
medição. 13
ACOMPANHAMENTO DO AFASTAMENTO DE UM POÇO VERTICAL

Em relação aos desenhos esquemáticos abaixo, temos:


O primeiro (abaixo a esquerda), representa a planta da trajetória de um poço vertical
que teve ganho de inclinação e o acompanhamento foi feito apenas com registro de
inclinação, o que significa que o posicionamento adotado, certamente náo
corresponde a realidade, pois pode estar em qualquer posição azimutal.
Para ser feita a estimativa do máximo afastamento (raio 2) para compará-lo com o
raio de tolerância, considera-se que o afastamento ocorreu numa única direção.
Na figura abaixo a direita, foi “adotado” que o poço foi sempre para a direção norte

raio 2 POÇO
POÇO

raio 1

SONDA SONDA
ESQUEMA HORIZONTAL ESQUEMA HORIZONTAL
14
(DIREÇÃO ALEATÓRIA) (DIREÇÃO ADOTADA)
LOCAÇÃO DE POÇÕS DE PETRÓLEO

• LOCAÇÃO TERRESTRE: As locações são tem uma área


plana, cujo tamanho depende do lay out da unidade de
perfuração (sonda). Após sua conclusão é feita a cravação
do condutor (primeiro revestimento do poço), e a seguir é
cravado o ante poço, com a finalidade de permitir que no
final do poço o cabeçal não fique excessivamente alto, e
servir de depósito para os efluentes que caiam sob a
sonda, evitando que se espalhem e poluam.
• Em geral o ante poço tem 1,5 m de profundidade e 2,0 a
2,5 m de lado, e tem parede de alvenaria

15
LOCAÇÃO DE POÇÕS DE PETRÓLEO
• LOCAÇÃO MARÍTIMA:
• As locações marítimas não tem uma área específica. Faz-se um estudo do
relevo e da composição litológica próximas a superfície.

• ESTUDO DO RELEVO:
• Para águas rasas esse estudo pode influenciar no posicionamento e/ou no
tipo de PA’s ou jaquetas
• Em aguas profundas terá influência fundamental no mapeamento da rota
de fuga, no lançamento dos beacons e ainda poderá interferir no
posicionamento das linhas de escoamento.

• COMPOSIÇÃO LITOLÓGICA:
• Em águas profundas, poderá influenciar na forma de ser executada a
primeira fase de um poço. Por exemplo, ela poderá ser jateada ou terá
que ser perfurada, em função da consistência prevista.
• Em águas rasas poderá inviabilizar uma locação, por exemplo por permitir
excesso de penetração das pernas de uma PA durante o jack up.
• Pode ainda determinar o tipo de projeto para a primeira fase de um poço.
A predominância de calcáreo pode inviabilizar cravação e 16 impor
perfuração.
2.2.2-POÇO DIRECIONAL

• É considerado Direcional, aquele poço cujo objetivo


(alvo a ser atingido) para ser alcançado, seja
necessário um afastamento da vertical, existindo
portanto, uma distância horizontal (em planta) entre
a boca do poço e o ponto a ser atingido. Esses
poços são executados, ou com técnicas especiais
(jateamento, por exemplo), ou com equipamentos
específicos, como motores de fundo associados a
uma deflexão, para interferência no ganho vertical e
na direção de forma controlada.
• NOTA: Haverá mais detalhes no capítulo respectivo.

17
2.3 - Quanto à profundidade:
• Quando a profundidade final, há grande variação,
afinal depende da distribuição litológica de cada
campo.
• A rocha reservatório (produtora) esta na grande
maioria da vezes entre 200 e 5000 metros abaixo da
superfície terrestre, mas pode também estar estar
fora desse range.
EXEMPLOS POR ÀREA:

SERGIPE ONSHORE – 500 A 1200 M


SERGIPE OFFSHORE – 1200 A 3500 M
ALAGOAS ONSHORE – 1500 A 4500 M
PRÉ-SAL - 5000 A 6500 M
18
SACO DA PRODUÇÃO
Abaixo da base do reservatório, costuma-se perfurar o
denominado “saco”, constituído por mais 50 a 100 m (algumas
vezes mais), abaixo da base do intervalo produtor.
FINALIDADES:

-Depósito de lixo, isto é, de elementos metálicos, que caindo


no poço, voluntariamente ou não, cheguem nesse local e não
ocorra a necessidade imediata de retirada, ou seja, possibilita
que seja evitado, ou pelo menos reduzido ou adiado o numero
de intervenções futuras para essa pescaria (retirada).
-Possibilitar que o equipamento de perfilagem possa percorrer
a base do intervalo em estudo.
-Espaço para decantação de sólidos areia, proveniente do
intervalo produtor, quando o reservatório é friável.
19
RAIO DE TOLERÂNCIA
• Tanto no poço vertical como no direcional, a equipe
responsável pelo reservatório, baseada no estudo sísmico
e nas correlações, determina o “ponto” onde o poço deverá
ser perfurado, isto é, escolhe as coordenadas e a
profundidade vertical, mas também permite um
afastamento máximo, sendo arbitrado um raio de
tolerância (geralmente de 10 a 100 m) , que estabelece os
limites que devem ser obedecidos na operação. Portanto, o
objetivo é um ponto, mas como atingi-lo operacionalmente
é impossível, é dada uma figura geométrica espacial
denominada alvo, cujo raio que compõe a seção
horizontal, é função da profundidade e da finalidade do
poço, da malha do campo (distância entre poços), da
conformação geológica (espessura do reservatório,
presença de falhas), etc, podendo inclusive ser
assimétrico.

• Há situações especiais, notadamente em poços


horizontais, onde o raio de tolerância pode chegar20 a
apenas 2 a 3 metros.
NOMENCLATURA DOS POÇOS DE PETRÓLEO
POÇOS TERRESTRES –
A nomenclatura tem quatro caracteres separados por um
hífen: A1-A2-A3-A4, sendo:

A1 = Algarismo numérico correspondente à finalidade do poço,


ou seja, varia de 1 a 9

A2 = Constituído por letras compondo siglas, siglas


relacionadas ao nome do campo, em geral uma referência
mais próxima, como cidade, povoado, usina, farol, rio, lago,
ilha, fazenda, etc

A3 = Trata-se de um número, geralmente correspondente à


ordem cronológica de perfuração no campo.
– Se o poço for direcional, acrescenta-se um D ao numero
de ordem do poço

A4 = Sigla que indica o estado no qual está localizado o poço.21


NOMENCLATURA DOS POÇOS DE PETRÓLEO
POÇOS TERRESTRES –

EXEMPLO DE DENOMINAÇÃO: 7-CP-1800D-SE

7 = poço de desenvolvimento
CP = sigla do campo, na cidade de carmópolis ( CP)
1800 = Milésimo octagézimo poço do campo
D = poço direcional
SE = Sigla do estado de Sergipe, onde está a cidade
de Carmópolis

22
NOMENCLATURA DOS POÇOS DE PETRÓLEO
POÇOS MARÍTIMOS
LOCAÇÕES EXPLORATÓRIAS: São identificadas por três caracteres
A1-A2-A3, sendo:

A1 – finalidade do poço
A2 – estado onde se localiza o poço, acrescido da letra S (Submarino)
A3 - Sequência cronológica de perfuração, acrescentando-se um D,
quando direcional.

Exemplo: 1-SES-45
1 – exploratório
SES – Sergipe Submarino
45 – seqüência de pioneiros no estado

• LOCAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO:
Descoberto o campo, esse recebe um nome da fauna ou flora marítima da
região, e o prefixo dos poços de desenvolvimento passa a seguir o
mesmo padrão dos poços terrestres (A1-A2-A3-A4), apenas sendo
adicionado a letra S após a sigla do estado correspondente.
23
FASES DE UM POÇO DE PETRÓLEO
FASES DE UM POÇO DE PETRÓLEO
• Um poço de petróleo, em geral não é perfurado em uma
única fase, isto é, com um único diâmetro, devido à
necessidade de contenção de rochas e/ou de fluidos
nelas contidos.
• Tem pelo menos um fase rasa, cujo revestimento é
cravado ou descido e cimentado, para contenção das
formações superficiais, e mais uma fase perfurada e
posteriormente revestida.
• Na maioria das vezes possui várias fases, ou seja, vários
diâmetros decrescentes, os quais são sequencialmente
perfurados, revestidos e cimentados.
• No Brasil, predomina a seguinte combinação diâmetro do
poço e seu respectivo revestimento (casing, do ingles):
• 26”-20”/ 17 ½”- 13 3/8” / 12 ¼”- 9 5/8” / 8 ½”- 7 24
25

Você também pode gostar