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COMPLETAÇÃO DE POÇOS DE

PETRÓLEO

Instrutor: MSc. Luã Monteiro


Doutorando em Engenharia de Petróleo com ênfase em Simulação Numérica de Reservatório:
Mestre em Engenharia de Materiais e Tecnólogo em Petróleo e Gás

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

O trabalho de levantamento sísmico permite estimar o contorno das estruturas


rochosas no subsolo.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

Tendo-se o contorno estimado das estruturas rochosas, pode-se selecionar locais nos
quais há chance de se encontrar petróleo.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

A única maneira de constatar a existência ou não do petróleo é perfurando um poço até a


profundidade desejada.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

Constatando-se petróleo, avalia-se a economicidade da jazida (volume existente e


produtividade) através de testes de avaliação.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

Sendo uma jazida de petróleo economicamente atrativa, instalam-se diversos


equipamentos no poço para permitir a produção do petróleo encontrado.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

A completação de um poço inicia-se após a conclusão dos serviços de perfuração.


A completação de poços é o conjunto de serviços que permitem colocar e manter o poço
em condições seguras e eficientes de operação ou de abandono.

Como será visto a seguir, cada poço apresenta características individuais e, portanto,
demanda projetos de completação individuais.

Foco da completação:
do reservatório até a
cabeça do poço.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

Numa determinada região podemos ter diversas jazidas, cada uma com suas
características individuais (seção geológica abaixo).

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

Neste mapa pode-se ver poços com finalidades diferentes: POÇO PRODUTOR

POÇO PRODUTOR
Utilizado para produzir
petróleo (óleo ou gás)

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

Neste mapa pode-se ver poços com finalidades diferentes: POÇO INJETOR

POÇO INJETOR
Utilizado para injetar água (ou outro
fluído) para manter a energia do
reservatório (= pressão)

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

Neste mapa pode-se ver poços com finalidades diferentes: POÇO SECO OU SUBCOMERCIAL

POÇO SECO OU SUBCOMERCIAL


Perfurado com algum objetivo,
mas que não encontrou o
reservatório e foi abandonado

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
QUANTO À LOCALIZAÇÃO, OS POÇOS PODEM SER:

Terrestres (onshore)
Marítimos (offshore)
“Completação Seca”
“Completação Molhada ou Seca ”

- Água rasa (Shallow water) - 0 até 300 m molhada

- Água profunda (Deepwater) - 300 até 1500 m

- Água ultra-profunda (Ultra Deepwater) - acima de 1500 m

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
ALGUNS CRITÉRIOS DE SEGURANÇA A SEREM ATENDIDOS:
✓ Durante todo ciclo de vida de um poço (perfuração, avaliação, completação,
produção e restauração) deverá haver, necessariamente, no mínimo, 02 (dois)
conjuntos simultâneos de barreiras de segurança entre a formação produtora e a
superfície;
✓ A única exceção a essa regra é para poços seguramente não-surgentes

ALGUNS CRITÉRIOS TÉCNICOS A SEREM ATENDIDOS:


✓ Deve-se buscar uma completação de forma a:
a. Não danificar o reservatório (isto é, não prejudicar sua permeabilidade);
b. Maximizar a produção ou a injeção do poço (vazões);
c. Minimizar os custos da intervenção;
d. Torná-la a mais permanente possível, de forma que não sejam necessárias
intervenções posteriores devido à problemas mecânicos;
e. Executá-la da forma mais simples possível.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
ALGUNS CRITÉRIOS ECONÔMICOS A SEREM ATENDIDOS:
✓ O investimento necessário à completação de um poço depende:
a. Da localização do poço (mar / terra) e infra-estrutura para o escoamento da
produção do(s) reservatório(s):
• número de zonas produtoras;
• mecanismo de produção do(s) reservatório(s);
• potencial de produção / injeção (vazões);
• necessidade de contenção de areia ou de estimulações.

b. Da finalidade do poço:
• produção de óleo e/ou gás;
• injeção de água, gás, polímero, entre outros.

c. Do método de elevação (surgente, gas-lift, BCS, bombeio mecânico, entre outros);

d. Da geometria de poço (vertical, direcional, horizontal ou multilateral).

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
POÇO PERFURADO E ABANDONADO, AGUARDANDO PARA SER COMPLETADO

✓ Poço deve ser abandonado com barreiras para


evitar que haja vazamento de fluidos até a
superfície ou até o fundo do mar;

✓ Essas barreiras são o próprio fluído de


perfuração e os tampões de cimento;

✓ A capa de corrosão (corrosion cap) serve para


proteger a cabeça do poço e evitar
contaminação do fluido de perfuração, o que
altera suas propriedades.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

CLASSIFICAÇÕES DA
COMPLETAÇÃO DE POÇOS

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CLASSIFICAÇÕES DA
COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Quanto à condição do poço na zona de interesse, a completação pode ser:
B C
A

A POÇO ABERTO cimento vazio areia (*)


Nenhum revestimento é
colocado em frente à zona de POÇO REVESTIDO
interesse Com canhoneio convencional (A) ou liner
rasgado (B) ou tubo telado e
empacotamento com areia (C)
(*) serve para reter partículas da formação e evitar que entrem no poço.

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TIPOS DE COMPLETAÇÃO
QUANTO AO POSICIONAMENTO DA CABEÇA DO POÇO
• Seca: Terra, Mar (Plataforma Fixa ou Jack-up);
• Molhada (ANM).

QUANTO AO REVESTIMENTO DE PRODUÇÃO.


• Poço aberto: (formações consolidadas)
‐ Vantagens: maior área aberto ao fluxo, redução de custo;
‐ Desvantagem: falta de seletividade.

• Liner rasgado ou Tela: (formações inconsolidadas)


‐ Vantagens e desvantagens similares ao poço aberto;
‐ Grande aplicação em poços horizontais.

• Revestimento ou Liner canhoneado.


‐ Vantagens: seletividade e maior facilidade das operações de estimulação.

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TIPOS DE COMPLETAÇÃO
TELA EXPANSÍVEL PARA CONTENÇÃO DE AREIA

✓ Tela para contenção de areia a poço aberto


que se expande contra a parede do poço;

✓ Tem a função de conter a areia de


reservatórios friáveis/ inconsolidados
dispensando o uso de Gravel Packing.

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TIPOS DE COMPLETAÇÃO
QUANTO AO NÚMERO DE ZONAS EXPLOTADAS, A COMPLETAÇÃO PODE SER:

Simples Seletiva Dupla


(um só intervalo produz) (dois intervalos, mas só um (cada intervalo produz
produzindo na única coluna) numa coluna exclusiva)

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TIPOS DE COMPLETAÇÃO
CONDICIONAMENTO DO POÇO

✓ Limpeza do revestimento de produção com broca e raspador;


✓ Substituição do fluido de perfuração pelo de completação;
✓ A broca corta os tampões e o restante de cimento;
✓ O raspador limpa o que sobrou;
✓ Testa-se o interior do revestimento com pressão.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

DETALHAMENTO DE UMA
OPERAÇÃO DE COMPLETAÇÃO -
SEQUÊNCIA TÍPICA

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
SEQUÊNCIA TÍPICA

1. Movimentação da unidade de intervenção para o poço;


2. Instalação dos equipamentos de segurança (BOP, ...);
3. Condicionamento do poço (corte de tampões / troca de fluido / check da
cimentação com perfis);
4. Canhoneio / avaliação (testes/perfis) / estimulação / eventual abandono de zonas
(após avaliação/estimulação);
5. Instalação de coluna de produção ou injeção;
6. Retirada dos equipamentos de segurança (BOP, ...);
7. Instalação dos equipamentos de superfície (AN, ...);
8. Indução de surgência.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
BOP EM TERRA

SPM SPT
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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
BOP SUBMARINO

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
BLOW- OUT

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
PARA A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA CIMENTAÇÃO, SÃO UTILIZADAS AS
FERRAMENTAS CBL/VDL E CEL

PERFIL CBL/VDL
Cabo elétrico
CBL = Casing Bond Log
VDL = Variable Density Log
Emissor
✓ É um perfil sônico (ferramenta
3 ft
acústica), composto basicamente por

Receptor 1
um emissor de pulsos sonoros e dois
receptores; 2 ft
✓ Uma única ferramenta registra as Receptor 2
duas medidas.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

✓ Pulsos sonoros são emitidos (20-30/seg) e se


propagam pelo fluido, revestimento, cimento
e formação, antes de retornarem e serem
captados pelos receptores;

✓ Os pulsos que viajam pelo fluido são os que


chegam mais tarde pelo fato dos líquidos
terem velocidades do som menores que os
sólidos (ver figura);

✓ A idéia básica dessa ferramenta é a seguinte: o


que está solto vibra diferente daquilo que está
preso a algo.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

✓ O CBL é o registro contínuo da medida da amplitude da primeira onda que chega ao receptor 1;
✓ O CBL investiga a aderência do CIMENTO ao REVESTIMENTO. Boa aderência resulta em valores
baixos do sinal do CBL.
Sinal Amplitude
0 100%
Revestimento
livre

Aderência
parcial

Boa
aderência

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

✓ O VDL é o registro contínuo do trem de ondas


completo no receptor 2.
✓ O VDL investiga a aderência do CIMENTO às
PAREDES DA ROCHA.
✓ É mostrado como uma sequência de faixas claras
e escuras.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

VDL - RECONHECIMENTO DE SINAIS

SINAIS DA FORMAÇÃO: Quando há boa aderência do cimento com a formação, grande parte da energia
acústica se propaga através da formação, resultando em presença forte do sinal da formação. Os sinais
da formação são reconhecidos por faixas onduladas devido a variação do tempo de trânsito (rocha não é
material homogêneo).

SINAIS DO REVESTIMENTO: São faixas retas e paralelas devido a uniformidade do tempo de trânsito no
revestimento (material homogêneo). Boa aderência do cimento com o revestimento resulta em
ausência dos sinais do revestimento. Quando esses sinais aparecem significa revestimento solto.

SINAIS DO FLUIDO: São as últimas faixas a serem registradas. Isso é devido ao fato de que nos líquidos a
velocidade do som é menor. Essa faixas são bem paralelas devido à homogeneidade do fluido.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

VDL - RECONHECIMENTO DE SINAIS

cimento com
revestimento:
boa aderência

cimento com
revestimento:
má aderência
Boa aderência entre
Revestimento livre cimento-formação
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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
PERFIL SÔNICO – CBL/VDL - Exemplo de resposta
Amplitude VDL
0 100% 0 1000
Revestimento livre

Aderência parcial

Boa aderência

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
PERFIL TÍPICO GR/CCL/CBL/VDL

Sinal “chevron”
é devido à luva
do revestimento

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
PERFIL ULTRA-SÔNICO – CEL (CEMENT EVALUATION LOG)
Emissão

✓ Utiliza pulsos ultrassônicos


para avaliar a qualidade da
cimentação em 8 direções;

✓ É uma ferramenta que se


Recepção propõem avaliar com maior
resolução a aderência entre
revestimento e cimento.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
PERFIL CEL TÍPICO

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
PERFIL CEL TÍPICO (BAKER ATLAS) Zonas escuras indicam boa cimentação.

✓ O perfil CEL não é tão eficiente


quanto o CBL/VDL, para
investigar a aderência
cimento-formação; REVESTIMENTO LIVRE

✓ O uso combinado de ambos os


perfis, porém, permite a
completa avaliação da
qualidade da cimentação. CBL

CCL

GR
CEL

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
✓ Para a correção da cimentação primária, pode-se também usar um processo chamado de
RECIMENTAÇÃO;
✓ Nesse processo, não há pressurização da pasta, mas sim a sua circulação por detrás do
revestimento.

Passos:
1) canhoneio em 2 pontos;
2) descida do CR a cabo;
3) descida da COP c/ stinger;
4) limpeza do canal;
5) circulação da pasta;
6) retirada da COP c/ circulação reversa;
7) Descida de broca e raspador para corte
do CR e limpeza do revestimento.

Só é executado quando se tem garantias de se obter circulação.


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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

✓ Em seguida à pesquisa da cimentação, e


após eventual correção da mesma, o poço
será canhoneado para produção;

✓ Uma ferramente chamada canhão (gun) é


descida no poço para abrir vários furos no
revestimento em frente à zona de interesse;

✓ Um perfil CCL é descido em conjunto com o


canhão para garantir a exata profundidade
dos disparos. No caso ao lado, a zona de
interesse é a zona portadora de óleo.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

✓ A operação de canhoneio tem por


finalidade colocar a formação produtora
em contato com o interior do poço
revestido, através da perfuração do
revestimento, do cimento e da formação
com potentes cargas explosivas;

✓ Com isso, os fluidos contidos na rocha


terão um caminho para fluir para dentro
do poço (somente quando a pressão
hidrostática em frente aos furos permitir
isso).

Canhoneados
(túneis cônicos)

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
CANHONEADO
Revestimento Cimento Após o disparo e antes de
haver produção

Zona compactada c/ permeabilidade


reduzida (crashed zone)
Detritos da carga
Detritos removidos

Após algum tempo de


produção ocorre a limpeza
dos furos

Zona compactada permanece


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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
TÉCNICAS DE CANHONEIO CONVENCIONAL A CABO:

✓ Neste tipo o canhão é descido com cabo


elétrico por dentro do revestimento, ainda
sem a presença da coluna de produção;

✓ Um perfil CCL é descido em conjunto com o


revest.
canhão para garantir a exata profundidade
dos disparos;

✓ Como o poço está amortecido, não ocorre


limpeza dos detritos dos canhoneados, já que
o FC os empurra para a formação;

✓ Após o serviço o canhão é retirado e pode ser


imediatamente reutilizado após manutenção
e recarga dos explosivos.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
TÉCNICAS DE CANHONEIO TCP (TUBING CONVEYED PERFORATING)

✓ O canhão é descido montado (isto é, enroscado)


na própria coluna de produção;
tubing ✓ A COP é descida com o poço ainda todo revestido,
o que aumenta a segurança das operações;
packer
✓ Permite que a operação de canhoneio seja feita
revest. com “pressão negativa” (under-balance*), de
modo que o poço entra em produção
imediatamente após o disparo, limpando os furos
de cada canhoneado, o que os deixa com menor
restrição ao fluxo;
✓ O canhão fica preso à coluna e só é retirado se
houver um troca de coluna no futuro.
(*) – pressão do fluido menor que a pressão da
formação

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
TÉCNICAS DE CANHONEIO THROUGH TUBING

✓ O canhão é descido com cabo elétrico por


dentro da COP. A presença da COP é aumenta
tubing a segurança das operações;

packer ✓ Permite o recanhoneio de um trecho já


canhoneado ou a ampliação de um canhoneio
revest. ou mesmo que uma outra zona seja aberta ao
fluxo sem a necessidade de retirar a coluna de
produção, gerando economia de custo e de
tempo;

✓ Por ter o canhão mais fino, tem menor poder


penetrante. Não sendo indicado para
canhonear nas completações, só em
restaurações (workover).

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
OBSERVAÇÕES
✓ Após a realização do canhoneio é comum efetuar-se uma avaliação da formação
produtora (ou injetora). O objetivo dessa avaliação é a obtenção de diversos
informações sobre o reservatório:

• Identificação e coleta dos fluidos existentes na formação;


• Obtenção do valor de pressão estática da formação;
• Determinação da produtividade da formação, com a medição dos parâmetros de
produção (vazões de cada fluido produzido, BSW e RGO);
• Estimativa do grau de dano da rocha ao redor do poço;
• Amostragem dos fluidos para obtenção de suas propriedades em laboratório
(análise PVT para o caso do óleo);
• Estimativa do volume de óleo existente/depletividade da formação;
• Outras.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
Essa avaliação é feita através da realização de um TESTE DE FORMAÇÃO A POÇO REVESTIDO
(TFR).
coluna de trabalho ✓ Esse teste consiste numa completação
válvula de circulação provisória do poço na zona de interesse
reversa utilizando-se uma coluna especial,
registrador interno
chamada de coluna de testes;
superior ✓ Na realidade, a coluna de testes consiste
válvula de fechamento numa coluna de trabalho comum, com uma
série de equipamentos especiais na sua
registrador interno inferior
parte inferior. Ao conjunto destes
tubos
equipamentos dá-se o nome de ferramenta
packer
perfurados de testes;
✓ A coluna de testes permite a realização de
formação a ser avaliada fluxos (com medições na superfície) e
registrador externo fechamentos alternados visando a
registrador de temperatura obtenção das informações desejadas.

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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO
CARTA TÍPICA DE UM REGISTRADOR
EXTERNO: DESCRIÇÃO DO REGISTRO:
Tempo 1. Descida da coluna de testes no poço;
Pressão atmosférica 2. Tempo de conexão dos equipamentos de superfície;
3. Assentamento do PKR com abertura simultânea da
4 7 válvula de fundo para o primeiro fluxo: queda
abrupta de pressão;
4. Primeiro fluxo: enchimento da coluna;
3 6
1 1 5. Fechamento da válvula de fundo para a primeira
Pressão

5 1 estática: ;
8 6. Abertura da válvula de fundo para o segundo fluxo:
queda abrupta de pressão;
7. Segundo fluxo: prossegue o enchimento da coluna;
9 8. Segunda estática;
1
2 9. Registrador sente o desassentamento do PKR;
0 10. Circulação reversa e tempo de desconexão dos
equipamentos de superfície;
Neste exemplo de carta, os períodos de 11. Retirada da coluna de testes.
fluxo (4 e 7) mostram que o poço NÃO
conseguiu encher toda a coluna.
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COMPLETAÇÃO DE POÇOS
DE PETRÓLEO

✓ ESTIMULAÇÃO: Técnicas para aumentar ou restaurar o desempenho (produtividade ou


injetividade) dos poços.

• Os tipos básicos são: Acidificação e Fraturamento Hidráulico.

✓ ACIDIFICAÇÃO: Técnica para aumentar a produtividade através da remoção de dano nas


vizinhanças do poço selecionando a melhor formulação ácida para uma dada Rocha
Reservatório.

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FRATURAMENTO
HIDRÁULICO
OBJETIVO: Induzir a criação de fraturas para aumentar a produtividade de reservatórios de
baixa permeabilidade.
OBJETIVO:
CONCEITOS BÁSICOS
✓ Injeção de fluido na formação, com pressão
suficiente para provocar na rocha uma
falha por tração e sua propagação;
✓ Utilização de agente granular, incorporado
ao fluido, para sustentação da fratura, após
cessado o bombeio;
✓ Visa criar um canal de alta condutividade
para fluxo de fluido da formação para o
poço.

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CAUDA DE PRODUÇÃO
✓ A equipagem do poço inicia-se com a instalação da cauda de produção. Esta é descida
com uma coluna de trabalho (momento 1). Ao chegar à profundidade desejada,
assenta-se o packer de produção aplicando-se pressão no interior da coluna (momento
2). Após o assentamento do packer a coluna de trabalho é desconectado no TSR (visto
adiante) e retirada (momento 3).
coluna de trabalho: é
constituída de drill pipes.
Poupa o desgaste da COP e
é mais robusta.
camisa
do TSR
cauda de
produção

canhoneados

Uma standing-valve é colocada na cauda para


permitir o assentamento do PKR hidráulico. Para
evitar que o poço “beba” no momento 3 é necessário
manter uma std-valve na cauda, só que colocada
1 2 3 numa posição no topo para evitar que caia sujeira
dentro da cauda.
50
CAUDA DE PRODUÇÃO

✓ O objetivo da cauda de produção é permitir o isolamento da formação e possibilitar a


retirada da parte superior da COP (camisa do TSR para cima) em caso de futuras
intervenções. A extremidade inferior da cauda fica a cerca de 30 m acima do topo da
formação produtora para permitir, por exemplo, a realização de perfilagens.
coluna de trabalho: é
constituída de drill pipes.
Poupa o desgaste da COP e
é mais robusta.
camisa
do TSR
cauda de
produção

canhoneados

1 2 3
51
CAUDA DE PRODUÇÃO

A CAUDA DE PRODUÇÃO É COMPOSTA DE:


✓ Boca de sino: facilita re-entrada de ferramentas na
coluna;
✓ Nipple: p/ assentamento de uma standing valve, cujo
objetivo é evitar que a formação absorva (“beba”) o FC;
standing-
valve
✓ PKR de produção: obturador que fica instalado no poço
durante sua produção. Separa o anular em duas partes
isoladas hidraulicamente;
✓ TSR (tubing seal receptacle): permite a conexão da COP
com a cauda ou sua retirada a qualquer momento. A
Boca de Sino
camisa do TSR é retirada juntamente com a coluna de
gás trabalho após o assentamento do PKR e depois é descida
junto com a COP;
óleo
✓ Uma vez instalada a cauda, o intervalo produtor estará
água isolado da parte superior do poço, aumentando a
segurança da operação.
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PACKER DE
PRODUÇÃO / OPERAÇÃO
Hold-down: garras que evitam que o packer seja jogado para cima se
submetido a um diferencial de pressão nesse sentido. Quanto maior o diferencial
de pressões, maior será a fixação do hold-down ao revestimento.

Borrachas de vedação: têm diâmetro próximo ao do interior do


revestimento/liner. Quando se aplica peso sobre o PKR, elas são comprimidas
verticalmente e se estufam lateralmente, encostando nas paredes do
revestimento e promovendo vedação hidráulica.

Cunhas: são elementos para fixação do packer ao revestimento evitando que o


packer escorregue para baixo, devido ao peso da coluna ou pressão no espaço
anular do poço.

Assentamento: quando na posição desejada, levanta-se a coluna, gira-se a


mesma para destravamento das cunhas e libera-se o peso da coluna sobre o
PKR, acionando as cunhas contra o revestimento e também comprimindo a
borracha de vedação.

Desassentamento: basta puxar a coluna.


Em poços offshore este PKR não é usado como PKR de produção. Em terra é usado com PKR
de produção. Em geral, esse PKR é mais usado como PKR de operação devido à sua
praticidade em operações, já que pode ser assentado e desassentado diversas vezes sem
necessidade de retirá-lo do poço para manutenção.
53
PACKER DE
PRODUÇÃO / OPERAÇÃO
PACKER DUPLO
Hold-down: evitam que o packer seja jogado
para cima.
Elementos para vedação

Elementos para fixação do packer ao


revestimento (cunhas) - evitam que o packer
escorregue para baixo, devido ao peso da
coluna ou pressão no espaço anular do poço. ou
Mandril de um dos tubings

Passagem do outro tubing ou de cabo


elétrico quando usando BCS

As luvas dos dois tubings são descasadas para


conter as dimensões do PKR.
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NIPPLES DE
ASSENTAMENTO
✓ São “subs” que possuem uma área polida para vedação
e uma sede (apoio) para assentamento e travamento de
acessórios, descidos com arame (slick line):
• Plug: veda interior de uma coluna;
• Standing valve: check valve de coluna;
• Instrument hanger: porta-registrador.

Standing-valve (é Std-valve (quase)


uma check valve) assentada num
(não possui nipple “F”
trava)

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CHECK VALVE

✓ “Sub” instalado na coluna de produção, serve para


impedir o fluxo no sentido descendente por dentro
da coluna. Atua como uma standing-valve;

✓ Quando há pressão vinda de baixo, a válvula de


retenção sobe (até o anel protetor) permitindo fluxo
ascendente;

✓ Durante as intervenções serve para evitar que o


poço “beba” o fluido de completação presente na
coluna, de modo a mantê-la cheia;

✓ Em colunas equipadas com BCS, impede o contra-


fluxo pelo interior da bomba quando a mesma pára
de bombear;

✓ Em desuso em operações offshore, preferindo-se o


uso de standing-valve assentada em nipple.
56
SHEAR-OUT
✓ Sub de pressurização conectado na extremidade inferior da cauda de produção e que
permite o tamponamento temporário da mesma. Possui três sedes, sendo a inferior
descida já tamponada (*). Operação: pressuriza-se a coluna pela 1a. vez p/ romper o
parafuso de cisalhamento da sede tamponada, que cai para o fundo do poço. Para
uma 2a. pressurização, joga-se uma esfera, que se aloja na sede intermediária, e
pressuriza-se a coluna.
✓ A força atuante na sede rompe os
parafusos. A esfera e a sede caem no
Dimensionamento (do
fundo do poço, liberando a passagem na
esforço para romper) por coluna. Pode-se repetir essa operação
quantidade de parafusos
mais uma vez, na sede superior.
✓ Cada sede tem diâmetro menor do que a
que está acima dela, de modo a permitir
passagem da esfera.
(*) – pode também ser descida não tamponada, com sede
normal.

Não há rosca inferior. O bizelado funciona como boca


de sino
57
SHEAR-OUT

58
JUNTA TELESCÓPICA –
TSR (TUBING SEAL RECEPTACLE)

Obs:
Nos poços da Bacia de
Campos utiliza-se o perfil
EORH para a descida da
cauda e da COP.
Já o perfil AILH é usada para
retirada da cauda.

59
SLIDING SLEEVE
(CAMISA DESLIZANTE)
✓ Possui uma camisa interna deslizante
que pode ser aberta ou fechada e com
isso permitir a comunicação entre o
anular e a coluna. Essa operação é
feita com arame (slick line);

✓ Atualmente, seu uso mais intensivo é


nas completações com frac-packs
múltiplos ou para completação
seletiva, onde permite a produção de
uma zona empacotada.

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TIPOS USUAIS DE TUBOS PARA
COLUNAS DE PRODUÇAO

Tubo “EU” – são os tubos mais comuns,


empregados em poços de óleo

Tubo “TDS” (*)– tubos cuja metalurgia e vedação na


rosca é superior. Utilizado em poços de gás ou poços
de óleo com gases tóxicos (H2S) ou corrosivos (CO2).

(*) – TDS signifca o tipo de rosca: Tubing Double Seal. Existem tubos de
várias metalurgias com essa rosca, inclusive tubos não resistente à
corrosão.

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DHSV (DOWN HOLE SAFETY VALVE) –
VÁLVULA DE SEGURANÇA
DE SUB-SUPERFÍCIE
✓ Sua função é servir como barreira de segurança para evitar erupções ou fluxos
descontrolados do poço no caso de falhas dos equipamentos de segurança de
superfície (árvore de natal, etc). A DHSV fica posicionada na COP numa posição que
fique abaixo do fundo do mar (10 a 30 m);

✓ Por ser um item de segurança, a DHSV fica na posição fechada quando não está
pressurizada. Para produzir o poço, a DHSV deve ser mantida aberta por
pressurização da sua linha de controle hidráulico através de um fluido;

✓ Mesmo quando fechada a DHSV ainda permite que se force a injeção de fluido pelo
interior da COP (e consequentemente do reservatório), para que seja possível o
amortecimento do poço quando em condições de descontrole;

✓ As DHSVs podem ser de dois tipos quanto ao assentamento: descidas enroscadas na


coluna, ou tubing mounted (TM) e as insertáveis na COP via operação com arame, ou
wireline retriaveable (WL). Em caso de problemas com a DHSV, a insertável tem a
vantagem de permitir sua substituição sem a necessidade da retirada de toda a
coluna.

62
DHSV (DOWN HOLE SAFETY VALVE) –
VÁLVULA DE SEGURANÇA
DE SUB-SUPERFÍCIE

DHSV enroscável na COP ou tubing mounted (TM) DHSV insertável na COP ou wireline retriaveable (WR)

63
DHSV (DOWN HOLE SAFETY VALVE) –
VÁLVULA DE SEGURANÇA
DE SUB-SUPERFÍCIE
SE O POÇO FOR SURGENTE

no MAR: injeção de N2 (gás) via flexitubo (FT) em TERRA: pistoneio

cabo do
guincho
da sonda
copo de
FT pistoneio

64
DHSV (DOWN HOLE SAFETY VALVE) –
VÁLVULA DE SEGURANÇA
DE SUB-SUPERFÍCIE

SE GAS-LIFT: o gás é
injetado pelo espaço anular,
expulsando o fluido da
coluna de produção para
fora do poço (tubo em “U”)
até atingir o primeiro MGL.
Nesse momento, o gás
começa a entrar para o
interior da coluna de
produção, gaseificando-a e
facilitando o trabalho da
formação em produzir os
fluidos. O processo se
repete para o mandril
seguinte.
Quando se atinge o mandril inferior (de operação), ás demais válvulas estarão fechadas e
a injeção de gás só se processará pelo mandril inferior.
65
ÁRVORE DE NATAL

✓ Logo após a descida da coluna de produção, retira-se o BOP e instala-se a Árvore de


Natal;
✓ Em poços convencionais (isto é, em terra e Exemplo de equipamentos usados
em terra e plataformas fixas
plataformas fixas) a Árvore de Natal (dita
“convencional” - ANC) é conectada sobre a
Cabeça de Produção (CP), e esta, por sua
Árvore de
vez, já está conectada sobre a Cabeça do Natal
Revestimento (CR) de produção desde a Convencio
conclusão da perfuração; nal (ANC)
✓ O conjunto CP + CR é o responsável por Adaptador
Cabeça de
suportar o peso da coluna de produção e Produção
vedar o anular entre a coluna de produção e (CP)
o revestimento de produção. Cabeça de
Revestimento
(CR)

66
ÁRVORE DE NATAL
✓ Em lâminas de água rasas é possível, sob determinadas condições, prolongar os revestimentos que
se encontram ancorados no fundo do mar. Esta operação de reconexão e extensão dos
revestimentos até a altura da plataforma é chamada de tie-back. A vantagem é que nesse caso
pode-se utilizar os mesmos equipamentos de cabeça de um poço convencional (terra), que é de
menor complexidade. Nesse caso a completação é dita completação seca, que é praticamente
idêntica à completação em terra. Então, quanto ao posicionamento da cabeça de poço têm-se as
seguintes possibilidades:
POÇO MARÍTIMO POÇO MARÍTIMO
POÇO TERRESTRE COMPLETAÇÃO SECA COMPLETAÇÃO
MOLHADA

67
ÁRVORE DE NATAL

CONVENCIONAL OU MOLHADA OU SUBMARINA


SECA (ANC) (ANM)

68
ÁRVORE DE NATAL
CONVENCIONAL (ANC)
✓ Equipamento de superfície, instalado na cabeça do poço,
constituído por um conjunto de válvulas do tipo gaveta cuja duas wings
finalidade é permitir a produção controlada do poço;
swab

✓ As ANC’s estão equipadas com duas válvulas mestres, duas


laterais e uma válvula de pistoneio;

✓ As válvulas mestres (masters) têm a função principal de


fechamento do poço;

✓ As válvulas laterais (wings) têm o objetivo de controlar o fluxo


do poço e permitir que o fluxo seja interrompido enquanto
equipamentos são introduzidos no poço via cabo elétrico ou
arame;

✓ A válvula de pistoneio (swab) é uma válvula que fica localizada


no topo das ANC’s, acima do ponto de divergência do fluxo.
Sua função é, quando aberta, permitir a descida de
ferramentas dentro da coluna de produção.
duas masters

69
ÁRVORE DE NATAL
CONVENCIONAL (ANC)

BEAN ou CHOKE:
destina-se a controlar a
KERO-TESTE: pequena vazão com que o poço
válvula de agulha, para produz através do
coleta de amostras. controle de sua abertura.
Não é usado para fechar
ou abrir o poço.

70
ÁRVORE DE NATAL MOLHADA
(ANM)
✓ Existem diversos tipos de ANMs mas, basicamente, todas têm as seguintes válvulas:
• Mestra de produção (M1) (master 1) / mestra
do anular (M2) / wing lateral de produção (W1)
/ wing lateral do anular (W2) / crossover, de
interligação (XO) / de “pistoneio” da produção
(S1) / “pistoneio” do anular (S2);
• As válvulas mestres (masters) têm a função
principal de fechamento da COP e do anular do
poço;
• As válvulas laterais (wings) abrem ou fecham o
fluxo do poço e o acesso ao anular. A W1
também permite que o fluxo do poço seja
interrompido enquanto equipamentos são
introduzidos na COP via cabo elétrico ou arame.

71
ÁRVORE DE NATAL MOLHADA
(ANM)
✓ As válvulas de pistoneio (swabs) ficam localizadas no topo das ANC’s, acima do ponto de
divergência do fluxo. A função da S1 é, quando aberta, permitir a descida de
ferramentas dentro da coluna de produção durante operações de workover. A da S2 é
permitir o acesso ao anular pela sonda de intervenção também durante operações de
workover;
✓ As S1 e S2 não são controláveis
remotamente a partir da plataforma de
produção, permanecendo normalmente
fechadas para evitar acidentes. Como
segurança adicional, são colocados plugs
acima dessas válvulas;
✓ A crossover (XO) é uma válvula de
interligação entre a COP e o anular,
permitindo maior flexibilidade operacional
para a ANM.
72
ÁRVORE DE NATAL MOLHADA
(ANM)
Desenho esquemático típico de uma ANM, indicando suas válvulas

flowlines

COP anular
73
ÁRVORE DE NATAL MOLHADA
(ANM)
Tree Cap

S = SWAB VALVE
S1 S2
Bloco de Válvulas
W1 X = CROSS-OVER
X
W2

M1 M2 W = WING VALVE

M = MASTER VALVE
Linhas de Fluxo
1 = COP
(flowlines)
2 = ANULAR
BAP
Suspensor de Coluna BAP: Base Adaptadora
de Produção

74
ÁRVORE DE NATAL MOLHADA
(ANM)

acesso ao
produção anular Mandril das
linhas de Fluxo
(MLF)

Linhas de Fluxo
(flowlines)

BAP
Suspensor de Coluna

75
BASE ADAPTADORA
DE PRODUÇÃO – BAP

✓ A BAP é usada em poços de


desenvolvimento e sua função é ser a
S1 S2 interface entre poço e flowlines;
BAP W1 ✓ A ANM deve ser adequada a usar BAP.
X
W2 Existem ANMs que não demandam
M1 M2
BAP (+ antigas);
✓ A BAP é assentada sobre o housing
(HSG) de alta pressão;
✓ Na perfuração, o BOP é conectado
sobre o HSG de alta;
✓ Já durante as intervenções de
completação ou workovers, o BOP é
conectada sobre a BAP pois esta
possui um perfil idêntico ao do HSG de
flowlines alta.

Equivalência mar x terra: HSG alta ➔ CR e BAP ➔ CP


76
BASE ADAPTADORA
DE PRODUÇÃO – BAP
LINHAS DE FLUXO INSTALADAS MLF

77
CLASSIFICAÇÃO DAS ANM’s

✓ ANM – DO (Diver Operated)


✓ ANM – DA (Diver Assisted)
✓ ANM – DL (DiverLess)
✓ ANM – DLL (DiverLess Lay Away)
✓ ANM – DL-GLL (DiverLess-GuideLineLess)

78
ÁRVORE DE NATAL MOLHADA
(ANM)
ANM – DO (Diver Operated)

❑ Utilizadas em águas rasas (até 200m) para viabilizar


campos marginais;
❑ Suas válvulas podem ser operadas por mergulhadores;
❑ São de baixo custo de aquisição;
❑ Tempo e custo de instalação é grande, a ponto de
viabilizar o uso da ANM DA (+ avançada);
❑ Necessidade de mergulhadores para fazer a instalação
da ANM (travamento e destravamento);
❑ Necessidade de mergulhadores para fazer a
conexão/desconexão das linhas de fluxo e controle.

79
ÁRVORE DE NATAL MOLHADA
(ANM)
ANM – DA (Diver Assisted)

❑ Utilizadas em águas rasas (até 300m);


❑ Não existem válvulas de acionamento manual por
mergulhadores;
❑ Faz uso de cabo-guia para orientar a descida e
acoplamento da ANM;
❑ Dispensa mergulhadores para fazer a instalação da
ANM;
❑ Necessidade de mergulhadores para fazer a
conexão/desconexão das linhas de fluxo e controle;
❑ Mais cara e complexa do que a DO.

80
ÁRVORE DE NATAL MOLHADA
(ANM)
ANM – DL (DiverLess)
❑ ANM operada sem mergulhador;
❑ Utilizadas em águas de até 400m;
❑ Faz uso de cabo-guia para orientar a descida e
acoplamento da ANM;
❑ Todas as conexões e acoplamentos são feitos através
de ferramentas ou conectores hidráulicos, inclusive
linhas de fluxo e controle;
❑ A conexão das linhas de fluxo e controle são feitas a
partir da superfície com a ANM já descida (pull in);
❑ Histórico de muitos problemas nos pull in;
❑ Atualmente são consideradas obsoletas;
❑ São as precursoras das DLL e GLL, já que seus
problemas levaram à novas soluções.

81
ÁRVORE DE NATAL MOLHADA
(ANM)
ANM – DLL (DiverLess Lay-Away)

❑ ANM operada sem mergulhador, fazendo uso de cabos-


guia para orientar descidas e acoplamentos;
❑ Utilizadas em águas de até 500m;
❑ Demanda uso de BAP, sendo esta descida pela sonda
antes da ANM;
❑ Descem com as linhas de fluxos e controle já
conectadas à ANM, permitindo teste das conexões antes
da descida;
❑ A descida das linhas demanda barco de lançamento de
linhas: método lay away;
❑ Permite acionamento de válvulas com ROV.

82
ÁRVORE DE NATAL MOLHADA
(ANM)
ANM DLL – descida de ANM e linhas de fluxo e controle
Método LAY AWAY de conexão das linhas

Em seguida
leva as Sonda
flowlines Barco ✓ Este método tem o inconveniente
até a UEP
lançador de necessitar de uso simultâneo
de linhas do barco e da sonda, cujos
cronogramas são difíceis de
ajustar.
ANM

Flowlines
BAP

83
ÁRVORE DE NATAL MOLHADA
(ANM)
ANM – DL-GLL (DiverLess GuideLineLess)

❑ ANM operada sem mergulhador. Não utiliza


cabos-guia para acoplamentos;
❑ Todas as orientações para acoplamentos são
feitas através de grandes funis, utilizando sistemas
com rasgos e chavetas;
❑ Utilizadas em profundidades superiores a
500m;
❑ Também demandam uso de BAP;
❑ Métodos de conexão das linhas: Lay Away e
Conexão Vertical Direta (CVD) e Indireta (CVI).

84
ÁRVORE DE NATAL MOLHADA
(ANM)
ANM DL-GLL – Método LAY AWAY de conexão das linhas

Barco
lançador de
linhas
✓ Necessita de
ajuste perfeito
dos cronogramas
do barco e da
Em seguida leva as sonda.
flowlines até a UEP ANM
Flowlines
funil BAP

85
ÁRVORE DE NATAL MOLHADA
(ANM)
ANM DL-GLL – Método CVI de conexão das linhas
1 2 Vantagem:
Sonda pega o
mandril das
descompatibiliza
Barco linhas de fluxo
(MLF) cronogramas do barco e
da sonda
Desvantagem:
A sonda precisa se mover
Trenó BAP Trenó BAP para buscar o MLF.

3 4
Sonda acopla o
MLF na BAP

ANM
Trenó Trenó
BAP BAP

86
ÁRVORE DE NATAL MOLHADA
(ANM)
ANM DL-GLL – Método CVD de conexão das linhas

Barco

Barco conecta o MLF Barco


Flutuadores na BAP
MLF

Flutuadores

BAP
Sonda
BAP

Flutuadores
Vantagens: ANM
Descompatibiliza os cronogramas do barco e da
sonda. A sonda NÃO precisa se mover para BAP
buscar o MLF.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
• GARCIA, José Eduardo de Lima. A Completação de Poços no Mar. Apostila
SEREC/CEN-NOR, Salvador, BA 1997;

• BELLARBY, Jonathan. Well Completion Design. Elsevier, 2009;

• FLATERN, Rick von. The Science of Oil and Gass Well Construction -
www.slb.com;

• PERRIN, Denis. [Denis Perrin Well Completion and Servicing]. Editions


OPHRYS, 1999. - books.google.com.br.

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NOÇÕES DE COMPLETAÇÃO

Obrigado por estar conosco nessa missão de


compartilhar conhecimento.

Aguardamos você no próximo Curso!

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