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FACULDADE DE TECNOLOGIA – FT
BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
MANAUS – AM
2019
GABRIEL MENEZES – 21354605
LETÍCIA THAÍS F. DE OLIVEIRA – 21457679
LUÍS MONTEIRO – 21005118
RODRIGO RAMOS DE OLIVEIRA – 21454542
MANAUS – AM
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO __________________________________________________________________________ 4
7. REFERÊNCIAS _________________________________________________________________________ 19
4
1. INTRODUÇÃO
Conhecido por ser dono de grandes riquezas de espécies e de grande produtividade o rio
Purús é um extenso rio que corta não somente parte do Peru, como também os estados
brasileiros do Acre e Amazonas e pode ser caracterizado como um rio muito sinuoso, de
águas barrentas, sendo o último grande afluente da margem direita do rio Solimões.
A área de estudo também apresenta neste trecho pontos em que se pode analisar quanto as
suas declividades e cotas. Vale ressaltar que estes dados são importantes, visto que a
profundidade de um rio é parâmetro essencial para se determinar o seu potencial de
navegabilidade.
3. PERGUNTA (1)
Considerando-se a planimetria do trecho de rio Purús e fazendo-se uma análise pelas Leis
de Fargue, faz-se verificação se as características observadas em campo estão de acordo com
a Teoria da Evolução dos cursos d’água estabelecidas por Fargue.
A primeira Lei de Fargue, nos diz respeito a Lei dos Afastamentos, que na curva,
quanto mais distante da margem côncava, mais raso será o rio, e quanto mais próximo da
margem côncava, maior será a profundidade.
Para a Análise dessa lei o grupo levou em conta o posicionamento do talvegue. Já que
essa é a maior profundidade que temos em qualquer seção do rio.
É Perceptível que o talvegue sempre está mais próximo da margem côncava, o que nos
garante que próximo a essas margens temos as maiores profundidades, enquanto que as
menores profundidades serão alcançadas no lado convexo do rio, que acumulam
sedimentos, como é possível observar no perfil do Rio.
Portanto o rio Purus neste trecho se enquadra perfeitamente na primeira lei de fargue.
Curva 1 2 3 4 5 6 7
Raio (Km) 1,046 1,53 0,933 0,855 2,84 1,043 1,591
Altura (m) 7,5 11 9 3,5 8,5 11 20
Curvatura (1/R) 0,956 0,6536 1,071 1,169 0,352 0,959 0,628
Sendo:
• R1<R2>R3>R4<R5>R6<R7
• H1<H2>H3>H4<H5<H6<H7
Embora o trecho estudado não siga a risca àquilo que afirma a segunda lei de Fargue –
o raio da curva 5 é maior que o raio da curva 6, mas a altura daquele não é maior que a
altura identificada neste último –, pode-se perceber que há uma relativa proporção entre o
grau de curvatura e a profundidade identificada na seção; isto é, a menor profundidade foi
verificada no trecho de maior curvatura e as maiores profundidades foram verificadas nas
curvas visivelmente mais acentuadas (curvas 2, 6 e 7).
Note que o trecho em estudo adequa-se perfeitamente a esta lei desenvolvida por
Fargue. Para fins de exemplificação, as curvas 3, 6 e 7 (curvas com maiores ângulos)
possuem também as maiores profundidades, enquanto que as curvas 4 e 5 (menores
ângulos), consistem também nos dois trechos mais rasos.
Portanto podemos concluir que o rio Purus, no trecho estudado segue a quinta lei de
Fargue.
Já na segunda, assim como em outras curvas, o rio não segue está lei uma vez que,
apesar da variação contínua da curva em desenvolvimento,quando ela entra na curva ele
possui uma profundidade alta, e fica cada vez mais raso, e finaliza a curvatura profundo
novamente.
Já na terceira curva estudada, o rio começa a curvatura em uma região rasa, e
posteriormente começa a ficar cada vez mais profundo, e quando o rio sai da curva 3, ele
sai com uma profundidade novamente baixa, neste caso, a lei de Fargue se confirma.
4. PERGUNTA (2)
Cálculo do índice de sinuosidade e identificação da classificação correspondente para o
trecho de rio Purús.
4.1. MEMÓRIA DE CÁLCULO
Através do AutoCAD, podem-se obter os seguintes quesitos:
(𝐿 − 𝐸𝑉 ) (34,065 − 12,048)
𝐼𝑠 = × 100 = × 100 ≅ 64,63%
𝐿 34,065
12
Uma vez calculado esse índice de sinuosidade, pode-se classificar o trecho em estudo,
de acordo com a seguinte tabela:
Tabela 5 – Classificação segundo as normas vigentes.
(𝑪𝒏⁄𝟐)
𝑹= ⁄(𝐬𝐢𝐧(𝒂𝒏⁄𝟐))
Distância
Curvas Ângulo Sen (an/2) Raio (km)
(km)
1 120 1,81 0,866025404 1,045004
2 171 3,05 0,996917334 1,529716
3 103 1,46 0,782608157 0,932778
4 84 1,14 0,669130606 0,851852
5 41 2 0,350207381 2,855451
6 157 2,05 0,979924705 1,045999
7 170 3,17 0,996194698 1,591054
Para determinar a redução da velocidade para cada curva nos trechos estudados,
utilizou-se a razão entre o raio encontrado e o comprimento da embarcação (Lc) para a
qual o trecho há que ser dimensionado; isto é: Lc = 270m.
14
R/L Redução
10 0
8 5
6 10
5 20
4 50
3 75
Para determinar a redução da velocidade para cada curva nos trechos estudados,
utilizou-se da seguinte equação:
𝑹 = 𝑿 ∗ 𝑳𝒄
A equação foi obtida da aula da professora Garcia ministrada na Makenzi.
Onde:
R = raio da curva.
X = coeficiente a ser analisado.
Lc = comprimento da embarcação.
6. PERGUNTA (4)
Projete, de acordo com as normas técnicas, a seção transversal do canal de navegação para
o tráfego nos dois sentidos do comboio acima, considerando-se a área molhada, e as folgas
laterais e verticais.
TIPO DO COMBOIO FLUVIAL
𝑷𝒎 = 𝟐𝒉 + 𝒃 = 2.7,826𝑚 + 470,714 𝑚
∴ 𝑷𝑴 = 𝟒𝟖𝟔, 𝟑𝟔𝟔𝒎
e) Raio Hidráulico (𝑹𝒉 )
17
𝑨𝒎 1671,999𝑚2
𝑹𝒉 = =
𝑷𝒎 486,366𝑚
∴ 𝑹𝒉 = 𝟑, 𝟒𝟑𝟖 𝒎
f) Vazão Mínima do canal (Q)
𝟐⁄
𝑨𝒎 . 𝑹𝒉 𝟑 . √𝒊
𝑸=
Onde:
= 0,030 para argila (Rugosidade do canal); e
𝑹𝒄 ≥ 𝟏𝟎. 𝑳𝒄
Onde:
𝐿𝑐 − 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑜𝑖𝑜 → 𝐿𝑐 = 270 𝑚
∴ 𝑅𝑐 ≥ 10𝑥270𝑚
𝑹𝒄 ≥ 𝟐𝟕𝟎𝟎 𝒎
i) Verificação pelo método da US Army:
Onde:
a = folga mínima entre o limite da via e ocomboio = 20 pés (6,10 m);
bc = boca docomboio = largura total do comboio = (4 x 11,0) = 44 m;
f = folga mínima entre comboios em cruzamento = 50 pés (15,24 m).
Portanto, a largura mínima do canal é igual a:
b = 6,10 + 44 +15,24 + 44 + 6,10
b = 115,44m.
Então, o canal projetado atenderá a largura mínima para o tipo de comboio desejado.
18
7. REFERÊNCIAS
h
5, 7 115,44
3
129,44