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Apostila APH – Atendimento Pré-Hospitalar
Parada Respiratória e Parada Cardíaca
Sumário
Introdução ............................................................................................................................ 4
Sobre a apostila ............................................................................................................... 4
Licenças desta obra ........................................................................................................ 4
Parada Respiratória............................................................................................................. 5
Sinais de Respiração ....................................................................................................... 5
Técnicas de Abertura das Vias Aéreas ....................................................................... 6
Manobra de Extensão de Cabeça com Elevação de Mandíbula ........................ 6
Manobra de Empurre Mandibular ........................................................................... 7
Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho ...................................................... 8
Características dos Agentes Causadores de OVACE: ......................................... 8
Tipos de OVACE ......................................................................................................... 8
Manobras para OVACE ................................................................................................. 9
Manobra de Heimlich ................................................................................................ 9
Manobra de Compressão Manual Torácica ......................................................... 11
Manobra de Compressão Manual Torácica em Lactentes ............................... 11
Manobra de Tapotagem .......................................................................................... 12
Suporte Ventilatório ..................................................................................................... 14
Técnica Boca - Máscara........................................................................................... 14
Técnica Boca a Boca ................................................................................................ 15
Técnica Boca a Boca-Nariz ..................................................................................... 15
Parada Cardíaca ................................................................................................................. 16
Suporte Básico de Vida (SBV)..................................................................................... 18
Manobra de Ressuscitação Cardiopulmonar ........................................................... 19
Ressuscitação Cardiopulmonar – com 2 socorristas ............................................. 19
Uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA) .............................................. 20
Manobra RCP em Lactentes ....................................................................................... 21
Sinais de Morte ............................................................................................................. 22
Morte .......................................................................................................................... 22
Repercussões Psicológicas Relacionadas à Morte de Pacientes ..................... 22
4

Introdução
Sobre a apostila
Esta apostila faz parte do material didático oferecido como complemento do
treinamento digital.

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5

Parada Respiratória

Parada Respiratória é a interrupção, por tempo indeterminado, dos movimentos


respiratórios e consequente ausência de fluxo de oxigênio para os pulmões, seja
por obstrução das vias aéreas superiores, colapso pulmonar, paralisia
diafragmática ou em decorrência de outras causas.
A parada respiratória pode ocorrer simultaneamente, posteriormente ou causar a
parada cardíaca em pessoas de qualquer idade e condição física.

Sinais de Respiração
A respiração em condições normais é fácil, sem dor e sem esforço. A frequência
respiratória (FR) varia de pessoa para pessoa. Vulgarmente, a inspiração seguida
da expiração é chamada de respiração, mas a denominação apropriada é
ventilação. Através da técnica do VER, OUVIR e SENTIR (VOS) é possível definir
a FR como o número de ventilações que ocorrem a cada minuto, a técnica também
serve para verificação dos outros sinais importantes:
Com o paciente respirando:
• O movimento de subir e descer do peito e do abdome, escutar e sentir o ar
saindo pela boca e/ou nariz;
• Com o paciente não respirando: Não apresenta o movimento de subir e
descer do peito e abdome. Não é possível escutar e sentir o ar saindo pela
boca e/ou nariz o que caracteriza a apneia;
Com o paciente em respiração anormal:
• O movimento de subir e descer do peito e abdome apresenta-se
descompassado, com ritmo anormal com borbulhas, roncos, ruídos e sibilos.
São sinais no paciente de parada respiratória:
• Perda de consciência;
• Cianose na ponta dos dedos, boca e nariz;
• Interrupção do movimento respiratório do peito e abdome.

Notas:
6

Resumidamente, durante o atendimento, é preciso fazer a abertura das vias


aéreas, garantir que não haja nenhum tipo de obstrução à ventilação e fornecer
suporte ventilatório caso necessário.

Técnicas de Abertura das Vias Aéreas


As manobras de abertura das vias aéreas são procedimentos simples, utilizados
para garantir ao paciente, fluxo de oxigênio suficiente para manutenção de suas
funções vitais.
Manobra de Extensão de Cabeça com Elevação de Mandíbula
Adultos ou crianças – Passo-a-passo:
1) Com o paciente em posição supina, em uma superfície firme,
posicione-se ao lado do paciente, na altura dos ombros;
2) Segure a testa do paciente com uma das mãos e com a outra, use os
dedos indicador e médio posicionados abaixo do queixo, segurando o
maxilar; mova a cabeça, de modo a apontar o queixo para cima, deixando
exposto o pescoço;
3) Abra a boca do paciente, movendo somente o maxilar.

Em caso suspeito de lesão de coluna e pescoço, não utilize esta manobra.

Notas:
7

Manobra de Empurre Mandibular


Adultos ou crianças - Passo-a-passo:
1) Com o paciente em posição supina, em uma superfície firme,
posicione-se acima da cabeça do paciente;
2) Coloque os cotovelos na mesma superfície do paciente, tendo a
cabeça dele entre a palma de suas mãos;
3) Encaixe os dedos sob o maxilar, e com os polegares empurre a
mandíbula do paciente para cima, permitindo que a boca fique levemente
aberta.

Notas:
8

Não rotacione ou eleve a cabeça do paciente. Como medida preventiva, em caso


de trauma, todos os pacientes são considerados portadores de lesões desta
ordem. Esta manobra é a única aconselhada em caso suspeito de lesão de coluna
e pescoço.

Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho


Feita a manobra de abertura das vias aéreas, verifique a cavidade bucal para
identificar a existência de algum corpo estranho, que esteja dificultando a
ventilação.
A sigla OVACE – Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho, é o jargão
utilizado pelos profissionais socorristas para designar a obstrução súbita das vias
aéreas superiores por quaisquer elementos.

Características dos Agentes Causadores de OVACE:


• Corpos estranhos: alimentos sólidos e líquidos, vômitos ou regurgitação,
bem como a aspiração de pequenos objetos;
• Danos em tecidos: artefatos penetrantes no pescoço, lesões importantes
de face, aspiração de gases quentes, ingestão de soda cáustica, coágulos
sanguíneos provenientes de traumas e dilacerações;
• Epiglote: reação alérgica à ingestão de alimento, medicamento, aspiração
ou contato com substâncias que causem inflamação e espasmos
obstruindo a epiglote (choque anafilático);
• Enfermidades diversas: infecções e doenças crônicas respiratórias podem
causar inflamação dos tecidos e mucosas (bronquite);
• Língua: durante o desmaio a parte inferior da língua desloca-se para trás
bloqueando o fluxo de oxigênio pela faringe;

Tipos de OVACE
• OVACE parcial: havendo uma redução sensível do fluxo de oxigênio para
os pulmões, a dificuldade de respirar é uma característica de obstrução.
Ouça atentamente a respiração, buscando por sons anormais e observe
sinais de cianose;

Notas:
9

• OVACE total: é a interrupção completa do fluxo de oxigênio para os


pulmões. O paciente apresenta agitação, não consegue falar nem tossir.
Ocorre cianose e geralmente o paciente leva as mãos ao pescoço como
sinal de sufocamento.
Se o paciente não for capaz de falar e não consegue tossir, trate o caso como
OVACE

Manobras para OVACE


A OVACE pode ocorrer com qualquer pessoa, independentemente de sua idade e
estado físico, este fato representa um importante critério na utilização das
manobras de desobstrução que você conhecerá agora. Fique atento! As manobras
têm como objetivo gerar uma pressão positiva no sistema respiratório, através da
compressão do abdome e consequente expulsão do corpo estranho causador da
OVACE.

Manobra de Heimlich
Adultos ou Crianças na Posição Sentado ou em Pé - Passo-a-passo:
1) Coloque-se atrás do paciente, abrace a cintura dele passando seus
braços por baixo das axilas, com o punho fechado de uma das mãos,
posicione a lateral do polegar contra o abdome na altura entre o umbigo e
o apêndice xifoide (a três dedos da parte inferior do esterno);
2) Com a outra mão sobreponha à mão já posicionada e faça um
movimento brusco para dentro e para cima do abdome do paciente.

Notas:
10

Em caso do adulto ou criança estar inconsciente:


1) Coloque o paciente em posição supina sobre uma superfície firme,
monte sobre as coxas do paciente, imitando a posição de mão da RCP
posicione a palma aberta entre o umbigo e o apêndice xifoide;
2) Pressione bruscamente contra o diafragma do paciente. Faça 5
compressões rápidas no abdome, balançando seu corpo para frente e para
trás.

Não execute esta manobra em gestantes e lactentes.

Notas:
11

Manobra de Compressão Manual Torácica


Gestantes e pacientes obesos - Passo-a-passo:
1) Coloque o paciente em posição supina sobre uma superfície firme,
coloque-se ao lado do paciente na altura do tórax;
2) Localize o apêndice xifoide, posicione as mãos imitando a RCP,
pressione o abdome em direção a coluna do paciente tomando o cuidado
para não pressionar as costelas

Esta técnica deve ser aplicada quando não é possível aplicar a manobra de
Heimlich.

Manobra de Compressão Manual Torácica em Lactentes


Passo-a-passo:
1) Coloque o lactente em posição supina sobre uma das coxas,
deixando a cabeça mais baixa que o corpo, porém, com apoio;
2) Localize o ponto a um dedo abaixo do esterno. Faça 5 compressões
usando três dedos da mão livre.

Notas:
12

Manobra de Tapotagem
Somente lactentes - Passo-a-passo:
1) Sente-se para ter melhor apoio, coloque o lactente em posição
pronada apoiado em seu antebraço, segurando com a mão o peito e
mandíbula (use também sua coxa como apoio);
2) Com a palma da outra mão dê 5 golpes secos na costa entre as
escápulas do lactente.

Se a OVACE for parcial, não coloque o lactente nesta posição.

Notas:
13

Manobra de Varredura Digital


Sem restrição de idade e estado de saúde - Passo-a-passo:
1) Coloque o paciente em posição supina;
2) Cruze os dedos: polegar e indicador de uma das mãos, com eles abra
a boca do paciente, estendendo os dedos, forçando o polegar contra os
dentes superiores e indicador contra os inferiores;
3) Com o polegar da mão livre segure os dentes inferiores para que a
boca não se feche, com o indicador agora liberado, utilize como gancho
para retirar o corpo estranho. Pode ser necessário usar os demais ou virar
a cabeça do paciente para retirar o corpo estranho.

Em crianças e lactente faça contato visual com o objeto antes de retirá-lo.


Lembre-se: Em caso do paciente não voltar a respirar após realizada a manobra de
abertura e desobstrução das vias aéreas é preciso iniciar imediatamente o suporte
ventilatório.

Notas:
14

Suporte Ventilatório
O suporte ventilatório é um conjunto de técnicas que de modo artificial
sustentam a ausência da ventilação natural em um paciente vítima de parada
cardiorrespiratória.

Técnica Boca - Máscara


Adultos e crianças sem restrições ao estado de saúde - Passo-a-passo:
1) Abra as vias aéreas com a manobra de impulsão da mandíbula;
2) Coloque a ponta da máscara sobre o nariz, segure as bordas da
máscara com a mão que eleva a cabeça e a base da máscara com o polegar
que faz a elevação do queixo;
3) Inspire profundamente e insufle, através da abertura da máscara,
para dentro da via aérea do paciente até observar a elevação do tórax,
sentindo a resistência ao fluxo da insuflação; insuflar durante 1,5 a 2
segundos.

Insufle a cada 5 segundos ou 12 por minuto. Separe a boca da máscara para


permitir que o ar saia de seus pulmões. Se não iniciar a respiração espontânea,
continue no seguinte ciclo: Observe os movimentos do tórax, ouvindo e sentindo
a saída de ar; inale profundamente; insufle através da máscara; separe a boca da
máscara para permitir que o ar saia de seus pulmões.

Notas:
15

Técnica Boca a Boca


Adultos e crianças sem restrições a estado de saúde - Passo-a-passo:
1) Feito os procedimentos de abertura e desobstrução das vias aéreas,
mantenha a cabeça do paciente estendida;
2) Com os dedos polegar e indicador feche as narinas do paciente;
3) Inspire profundamente e com a boca, envolva completamente a
boca do paciente, para soltar o ar insuflando os pulmões;

Insufle até sentir resistência com a entrada de ar e ver a elevação de tórax do


paciente; repita a cada 6 a 8 segundos ou 8 a 10 vezes por minuto.

Técnica Boca a Boca-Nariz


Crianças e lactentes - Passo-a-passo:
1) Trata-se do mesmo procedimento do Boca a Boca, porém, por
tratar-se de um rosto de proporções menores é possível abocanhar, boca e
nariz do paciente em uma só manobra;
2) Insufle até sentir resistência com a entrada de ar e ver a elevação de
tórax do paciente; repita a cada 3 segundos ou 20 vezes por minuto.
Notas:
16

O suporte ventilatório é um procedimento que oferece riscos para paciente e


socorrista, pois expõem ambos nas seguintes situações:
• Caso o paciente tenha ingerido substâncias cáusticas, isso coloca em risco
o socorrista;
• Se o paciente possuir abdome distendido o que pode implicar em
distensão gástrica;
• A extensão de cabeça pode agravar lesões de coluna e pescoço;
• No caso de um dos elementos possuir algum tipo de infecção respiratória
que pode ser transmitida ao outro.
Administrando Variáveis Durante as Manobras OVACE
O que deve ser evitado no SBV:
• Paciente apoiado em superfície não rígida; - Paciente apoiado em
superfície desnivelada;
• Posicionamento inadequado das mãos no tórax.

Parada Cardíaca

Notas:
17

Parada Cardiorrespiratória (PCR) é a interrupção abrupta dos batimentos do


coração seguido de colapso do sistema respiratório.
O coração está localizado na cavidade torácica entre os dois pulmões, tendo a
maior parte de sua massa (2/3) localizada a esquerda do eixo medial. Ele funciona
como uma bomba contrátil propulsora que mantém o sangue circulando por todo
o corpo através dos vasos sanguíneos. O sangue então é levado pelos vasos
sanguíneos para todas as partes do corpo, através das artérias, veias e capilares.

São sinais de parada cardíaca:


• Estado de inconsciência;
• Sem ventilação;
• Sem batimentos cardíacos.
Os protocolos ora apresentados estão em concordância com os procedimentos da
American Heart Association (AHA) de outubro de 2010, para socorristas leigos,
ou seja, não oriundos da área da saúde. Conheça a nova Cadeia de Sobrevivência
para o Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE) e para Ressuscitação
Cardiopulmonar (RCP).

Cadeia de Sobrevivência (AHA)

Notas:
18

Elo 1 – Reconhecimento imediato da PCR e acionamento do SEM;


Elo 2 – RCP precoce com ênfase nas compressões torácicas;
Elo 3 – Rápida desfibrilação;
Elo 4 – Suporte avançado a vida eficaz; Elo 5 – Cuidados pós-PCR integrados.

Suporte Básico de Vida (SBV)


Adultos e crianças - Passo-a-Passo:
1) Paciente não responde, sem respiração, respiração anormal ou
ineficaz;
2) Ligue para o serviço de emergência – Serviço de Emergência Médica
(SEM);
3) Solicitar o desfibrilador externo automático (DEA);
4) Inicie a RCP (ressuscitação cardiopulmonar);

O que deve ser priorizado:


• Compressão: Rápida e Forte.
• Frequência mínima: 100 compressões/por minuto.
• Profundidade mínima: 5 cm adultos e crianças, 4 cm para lactentes. * -
Retorno total do tórax para nova compressão.
• Minimizar as interrupções nas compressões.

O que deve ser evitado no SBV:


• Paciente apoiado em superfície não rígida.
• Paciente apoiado em superfície desnivelada com a cabeça mais alta que o
corpo.
• Posicionamento inadequado das mãos no tórax.

A RCP deve ser mantida até:


• Ocorrer o retorno da respiração e circulação;
Notas:
19

• O pessoal mais capacitado chegar ao local e assumir o socorro;


• O socorrista está completamente exausto e não consegue mais realizar as
manobras de reanimação cardiopulmonar.

Procedimento para socorrista leigo. Não deve ser usado em recém-nascidos*.


*Veja procedimento para lactentes.

Manobra de Ressuscitação Cardiopulmonar


Passo-a-passo:
1. Com o paciente em posição supina sobre uma superfície firme, localize a
linha imaginária entre os mamilos;
2. Coloque a palma de uma das mãos sobre esta linha, estendendo
completamente seu braço, com a outra mão segure entre os dedos da mão
já posicionada, estenda completamente este braço também;
3. Inicie as compressões torácicas de acordo com os critérios abaixo:
• Compressão: Rápida e Forte;
• Frequência mínima: 100 compressões/por minuto;
• Profundidade mínima: 5 cm adultos e crianças;
• Retorno total do tórax para nova compressão;
• Minimizar as interrupções nas compressões;

Ressuscitação Cardiopulmonar – com 2 socorristas


Passo-a-passo:

Notas:
20

Socorrista 1 - Posiciona-se na linha do peito do paciente, para:


• Verificar estado de consciência (escala AVDI);
• Solicitar ao Socorrista 2 para ativar o SEM;
• Solicitar ao Socorrista 2 o DEA;
• Iniciar a RCP imediatamente;
• Contar em voz alta o número de compressões.

Socorrista 2 - Posiciona-se na linha dos ombros do paciente, do lado oposto, para:


• Ativar o SEM;
• Preparar o DEA;
Os socorristas alternam entre si, a cada 2 minutos, de modo a manter a ênfase
rápida e forte das compressões.

O que deve ser priorizado:


• Compressão: Rápida e Forte;
• Frequência mínima: 100 compressões/por minuto;
• Profundidade mínima: 5 cm adultos e crianças;
• Retorno total do tórax para nova compressão;
• Minimizar as interrupções nas compressões;

Uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)


O procedimento SBV deve ser mantido até a chegada do DEA. Uma vez preparado
o equipamento no paciente, interrompa o procedimento e siga as instruções
passadas pelo equipamento, até a chegada do SEM.

Notas:
21

Manobra RCP em Lactentes


Passo-a-passo:
1) Com o paciente em posição supina sobre uma superfície firme,
localize a linha imaginária entre os mamilos e deslize um dedo para baixo;
2) Usando os dedos indicador e médio de uma só mão, sem estender o
braço, inicie as compressões.

O que deve ser priorizado:


• Frequência mínima: 100 compressões/por minuto;
• Profundidade mínima: 4 cm para lactentes;
• Retorno total do tórax para nova compressão;
• Minimizar as interrupções nas compressões;

Notas:
22

Sinais de Morte
Os movimentos respiratórios e cardíacos são interdependentes. Se um deles parar,
o outro, em curtíssimo prazo também será interrompido. Com a parada
cardiorrespiratória o primeiro órgão a ser comprometido é o cérebro e os demais
são afetados sucessivamente. Caso não haja socorro adequado o paciente
morrerá.

Morte
A morte clínica é um estado reversível, quando o paciente tem a respiração e os
batimentos cardíacos interrompidos. Já a morte biológica ou morte encefálica, é
um processo irreversível, quando as células do cérebro morrem por falta de
oxigênio.
Outros sinais óbvios de morte são: decapitação - quando a cabeça está separada
do corpo; desmembramento – uma ou mais partes importantes são separadas do
corpo, sem qualquer chance de vida. Legalmente, o único profissional habilitado
para decretar o estado de morte é o médico.

Repercussões Psicológicas Relacionadas à Morte de Pacientes


Embora a RCP seja considerada por alguns a iniciativa pública de maior sucesso
nos tempos recentes, a taxa de sobrevivência com alta hospitalar ainda é muito
baixa. Isto significa, que mesmo com a melhor performance do socorrista, muitas
das tentativas de resgate acabam em insucesso.
Sintomas emocionais ou mesmo físicos podem ocorrer nos socorristas após uma
ocorrência com morte. É a chamada reação de fracasso. O desempenho na RCP é
um fator estressante, frequentemente, o socorrista pode se sentir cansado e
inseguro, o que pode levar ao aparecimento de ansiedade, depressão e até estafa.
Quando o insucesso da RCP repercute emocionalmente, sugere-se que os
socorristas trabalhem seus sentimentos, ânsias e medos, falando sobre o assunto.
Este início de diálogo pode ocorrer privadamente através de serviços psicológicos
ofertados dentro ou fora das empresas, em reuniões com equipe de confiança
(colegas de trabalho-setor), após ocorrência com morte, ou no período em que o
socorrista demonstre mudança sensível de comportamento. Uma análise do que
foi feito ou como ocorreu, com uma discussão do que deu certo e errado pode ser

Notas:
23

realizada. Esta discussão é também um momento em que as pessoas podem


aprender coisas úteis para outras situações.
A "dimensão humana" da RCP costuma não ser discutida, por isso a importância
de ser incorporada no treinamento e na prática de RCP. Os efeitos psicológicos,
quando trabalhados, são importantes tanto para os socorristas como para os
familiares no momento da morte. Com conhecimento apropriado destes fatos e
intervenções, tanto socorristas como as famílias podem se preparar pensando no
processo, muitas vezes angustiante, decorrente da morte.

Notas:

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