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Avaliação Psicológica

para Orientação
Profissional e de
Carreira - OPC
Globalização,
desenvolvimento de
tecnologias de
comunicação e de
armazenamento de
informações, mudanças
sociais marcantes e
flexibilização laboral
geram uma fragilização
das estruturas sociais
vigentes. Gerando
conseqüências diretas e
profundas sobre as
pessoas e seus projetos
de vida.
O mundo
está
conectado,
as pessoas
estão
conectadas.
Março de 2020 – OMS declara pandemia do novo
coronavirus.
A erupção do vírus: do medo pandêmico a
pandemia do medo
• A erupção do vírus surge, no século XXI, como a explosão de um vulcão. A
princípio, a expansão da contaminação na China. Depois, na Itália. Em
seguida, Espanha, França, etc. e Brasil. De forma cataclísmica, o vírus se
espalha, gerando contaminação, e, espantosamente, faz o mundo parar.
• Em seguida, começam as fortes oscilações nas bolsas de todo
o mundo, a depressão dos mercados e a desaceleração
econômica.
• Afinal, começam as medidas de quarentena compulsória, de
fechamento de fronteiras, de impedimento internacional de
circulação de pessoas, até chegarmos às políticas setoriais
compensatórias propostas pelos governos, como forma de
lidar com os efeitos econômicos imediatos da disseminação
do vírus, com riscos à saúde e à vida para milhões de pessoas,
em todo o mundo.
• Para muitos, a única explicação possível vem à carreira do
fatalismo fanático, e se proliferam as visões apocalípticas com
as quais o ‘fim do mundo’ vem sendo invocado, como aliás
nos aponta o filósofo italiano Giorgio Agamben, em Riflessioni
sulla peste (Agamben, 2020).
• Os efeitos sobre o mundo do trabalho e da economia são
altamente comprometedores, e ameaçam toda uma forma de
constituição da vida social, tal como a conhecemos.
• Assim, a pandemia do COVID-19 acentua o medo
pandêmico já instalado nas sociedades contemporâneas
(Bauman, 2008), um tipo de medo indeterminado e líquido,
que agora encontra a sua razão de ser.
• Do medo ao pânico, a sensação de perigo indefinido e incerto,
agora, encontra lugar certo e determinado a que se destinar.
• Por isso, lhe declaramos: guerra!
• Este nome, que estava latente, mas apenas não encontrava
um inimigo que justificasse a sua perseguição, enfim, se
manifestou.
A caixa de Pandora
• Tudo começa, quando Epimeteu, irmão de Prometeu, aceita Pandora como
esposa, abrindo campo para a vingança de Zeus. Na mitologia grega antiga,
o Mito de Pandora aponta para esta caixa misteriosa, capaz de esconder aquilo
que não pode ser visto, e que tem o poder de acometer toda a humanidade.
• O COVID-19 implica numa nova desordem imposta à ordem
das coisas. O cotidiano, nisto, sofre seus abalos. E isso porque
saímos de uma ordem conhecida, mergulhando numa des-
ordem, à qual todos(as) custam a se adaptar.
• Mas, após uma re-ordenação, tudo poderá se re-instaurar. O
que há que se perceber, por agora, é que, diferentemente do
século XIX, ou mesmo, do século XX, em que os momentos
de revolução eram da ordem da luta social, agora, a des-
ordem é instaurada pela natureza. E, de fato, o COVID-19 é
uma mutação viral.
• Mas, ainda assim, uma expressão da microbiológica vida
natural. Então, a des-ordem que nos é imposta, é um ato da
natureza. Neste ponto, o filósofo esloveno Slavoj Žižek aponta
para a necessidade de percebermos algo que parece de
todo significativo para a decodificação desta mensagem
encriptada (Žižek, 2020)
PROBLEMAS QUE NÃO TEM UMA FÓRMULA
DEFINIDA, PEDEM UMA SOLUÇÃO FORA DO
CÓDIGO!
QUE CÓDIGO É ESSE?
O algoritimo cria bolhas. É necessário
pensar fora da Caixa.
O FUTURO É HUMANO.
É a humanidade aumentada que vai
fazer diferença na hora de lidar com
problemas complexos
Pacto dos Não-
humanóides
Nosso Pacto
A BOLHA NOSSA A bolha e a zona de
DE CADA DIA conforto
A PRIMEIRA BOLHA
É O ÚTERO
MATERNO
Romper a bolha implica nascer e ser
jogado ao caos, ao desamparo
fundamental.
ESCOLHER UMA PROFISSÃO NO
CENÁRIO ATUAL IMPLICA ROMPER
COM NOSSAS BOLHAS
PARADOXO DA
ESCOLHA
Quais profissões vem a mente de vocês?
Antes

Antes eu tinha direito, medicina,


engenharia, psicologia, odontologia,
fisioterapia, pedagogia, letras,
filosofia, biomedicina, etc.

Antes eu tinha duas universidades


com o curso de Psicologia em Belém.
Hoje

Hoje quando escolho engenharia,


me deparo com 35 tipos de
engenharias diferentes.

Hoje quando escolho psicologia,


tenho 11 universidades que
disponibilizam o curso em Belém.
O FUTURO DO
TRABALHO E
TRABALHO DO
FUTURO

WORLD ECONOMIC FORUM


• Para Associação Brasileira de Recursos Humanos –
ABRH, a pandemia acelerou algumas coisas que
estavam em transformação principalmente na área
digital. Por conta disso, todas as profissões da
tecnologia da informação continuam em alta.
• Seguindo essa direção, o último relatório “O Futuro
do Trabalho da World Economic Forum,
trabalhadores que lidam com inteligência artificial,
big data, dados e transformações digitais, estão em
alta e ganhando cada vez mais espaço.
• O consumo na pandemia cria uma nova forma de se
relacionar com os clientes, e daí entram em campo
profissionais de marketing, analista de marketing
digital, analista de e-commerce e analista de dados.
• Um terceiro bloco de profissões em ascensão traz um
novo elemento ainda não visto anteriormente. São as
profissões relacionadas a religião e a vida. O
coronavírus acelerou processos sobre conversas de
valorização da saúde, saúde mental e cuidados com
o ser humano, o meio ambiente e a espiritualidade.
36 Profissões do Futuro
1. Diretor de felicidade 11. Gerente de marketing e-
2. Diretor financeiro e controller commerce
3. Especialista em diversidade 12. Conselheiro de aposentadoria
4. Programador 13. Coordenador de
5. Especialista em segurança da desenvolvimento da força de
informação trabalho e educação continuada
6. Analista de business intelligence 14. Bioinformationists
7. Analista de marketing digital 15. Técnico em telemedicina
8. Gerente de logística 16. Especialista em nuvem
9. Gerente de ecorrelações 17. UX writer
10. Diretor de inovação 18. UX design
19. Médicos, Enfermeiros e
Psicólogos
20. Analista e cientistas de dados
36 Profissões do Futuro
21. Especialista em inteligência 30. Engenheiro de robótica
artificial 31. Consultores estratégicos
22. Especialista em big data 32. Analista de gestão e
23. Especialista em automação de organização
processos 33. Engenheiro fintech
24. Profissionais de 34. Mecânicos e reparadores de
desenvolvimento de negócios máquinas
25. Especialista em transformação 35. Especialistas em
digital desenvolvimento organizacional
26. Especialista em internet das 36. Especialistas em gestão de risco
coisas
27. Gerente de projeto
28. Gerente de administração e
serviços comerciais
29. Biomédicos
BEM VINDAS A REVOLUÇÃO 4.0
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 4.0
EDUCAÇÃO 4.0
PSICOLOGIA 4.0
PROFISSIONAL 4.0
• Existem muitas teorias diferentes acerca do desenvolvimento
vocacional.
• Platão já se preocupava com a escolha profissional, pois ele
acreditava na importância das pessoas preencherem vagas de
emprego por aptidão.
• Essa é a ideia do “homem certo no lugar certo”.
• A Orientação Profissional é entendida como ajuda a alguém
que vai escolher uma ocupação.
• Essa escolha implica na relação entre as características
individuais e as exigências ocupacionais.
• Harmonia entre bem-estar pessoal como consequência do
bem-estar social
• Desde muito cedo o adolescente deve optar por uma
profissão, uma escolha que lhe parece definitiva, já que deve
ser “para o resto da vida”.
• Isto, muitas vezes, sem nem mesmo ter formado sua
identidade.
• Considerando uma abordagem psicossocial do
desenvolvimento, na qual a identidade é formada também
levando-se em conta o contexto no qual o indivíduo está
inserido, a família possui papel fundamental nesta formação.
• O indivíduo, ao nascer, já carrega consigo uma série de
expectativas da família, que ele deverá (ou não) cumprir ao
longo da vida.
• Os pais depositam seus sonhos nos projetos que fazem para o
futuro do filho e este desenvolve-se dentro desse contexto,
muitas vezes ouvindo que deve seguir a profissão do pai e/ou
do avô, ou ouvindo que determinada profissão não é
apropriada para o seu sexo, ou que a
remuneração/reconhecimento não é garantida.
• “Quando um adolescente se depara com
a escolha de uma profissão, não estão
apenas em jogo seus interesses e
aptidões, mas também a maneira como
ele vê o mundo, como ele próprio se vê,
as informações que possui acerca das
profissões, as influências externas
advindas do meio social, dos pares e,
principalmente, da família” (Almeida e
Pinho, p. 174, 2008).
A família
• São muitos os fatores que influem na escolha de uma
profissão, desde características pessoais a convicções políticas
e religiosas, valores, crenças, contexto socioeconômico,
família e pares.
• Segundo Santos (2005), a família é apontada pela literatura
como um dos principais aspectos que podem tanto ajudar
quanto dificultar o jovem no momento da decisão
profissional.
• Quando a pessoa nasce, ela já vem encarregada de ocupar
determinado lugar, além de ser depositária de diversas
expectativas, desejos e fantasias dos pais e de toda a família
(Krom, 2000).
• O indivíduo cresce com essa carga de expectativas que irá, de
alguma maneira, refletir em seu desenvolvimento vocacional
e no momento da escolha por uma profissão (Soares, 2002).
• Acaba, então, por ser inevitável que o adolescente busque
fazer uma escolha profissional de acordo com os valores de
sua família.
• A autora conclui que a família tem influência sobre o projeto
do adolescente, sendo a “opinião dos pais” e o “sentimento
gerado pela opinião dos pais” indicadores desta influência.
• De acordo com Soares (1997, 2002), os pais constroem
projetos para o futuro do filho e desejam que ele corresponda
à imagem sobre ele projetada, propondo, muitas vezes,
objetivos que na realidade eram sonhos seus que não
puderam realizar na juventude.
• O filho se torna, então, um depositário das aspirações dos
pais, absorvendo a responsabilidade de escolher a profissão
que o pai não pôde seguir (Andrade, 1997).
• De alguma maneira, os pais introduzem em
seus discursos seus próprios desejos sobre os
projetos de seus filhos, sem nem mesmo
darem-se conta (Pinto & Soares, 2004).
• Segundo Filomeno (1997), o filho estabelece conceitos e
valores acerca das profissões de acordo com o que é falado
pela família.
• Silva (2006), analisando os relatos de adolescentes entre 14 e
17 anos, do sexo masculino, os quais entrevistou em sua
pesquisa, constata que as identificações com as profissões e
com profissionais se dão por meio das relações que o jovem
estabelece com o mundo adulto.
• Daí a importância dessas identificações com os pais e com
outros membros da família com os quais o jovem interage.
• Os filhos nem sempre reconhecem as influências familiares,
pois muitas vezes elas estão implícitas, tanto na ideologia
familiar (Andrade, 1997) sobre os valores e conceitos
ocupacionais, como nos mitos ou legados familiares.
• Assim, ao optar por uma profissão o jovem “pode estar
seguindo, confrontando ou transformando um mito familiar”
(Filomeno, 1997: 69).
• Segundo Krom (2000), os fatores que se mostram mais
importantes nas lealdades são os vínculos psicológicos.
• Quando algum membro da família não corresponde a essas
expectativas de lealdades, pode haver uma sobrecarga nos
laços familiares, bem como um enfraquecimento dos sentidos
organizadores que as lealdades atribuem à vida.
Influência parental desejável
• A necessidade do estabelecimento de relações positivas
na interação pais-filhos que promovam a autonomia e
responsabilização da prole tem sido descrita na literatura
como uma variável processual de importância no
desenvolvimento da carreira.
• É consenso entre pais, alunos, professores e profissionais
da orientação de carreira portugueses, pesquisados por
Carvalho e Taveira (2009), que os pais devem apoiar seus
filhos afetiva e instrumentalmente.
• O apoio é caracterizado em termos de aprovação, incentivo e
compreensão das escolhas dos filhos de forma positiva e
interessada.
• Observam-se diversas formas como os pais exercem suas
funções parentais.
• Além do clima emocional revelado pela linguagem corporal,
pelo tom de voz, pelo trato e pelo humor, é possível perceber
um conjunto de estratégias utilizadas por eles com a intuito
de instruir seus filhos em aptidões acadêmicas, sociais e
afetivas em diferentes contextos.
Estilos Parentais
• Baumrind (1966) propôs a existência de quatro estilos parentais
distintos:

1. Estilo Autoritário
2. Estilo Autoritativo
3. Estilo Indulgente
4. Estilo Negligente

• Percebendo a relação entre estilos parentais e características


importantes para o desenvolvimento vocacional, tais como auto
estima, auto confiança e autonomia, alguns pesquisadores
buscaram relacionar essas variáveis.
Estilo Autoritário
• Autonomia necessária para tomada de decisões não se
desenvolve. Os pais tentam controlar e modelar o
comportamento da criança segundo normas preestabelecidas
e rígidas. Obediência e respeito pela autoridade.
• Ambiente emocional caracterizado pela frieza, reduzida troca
de afeto, distância e ausência de estímulo e encorajamento.
• Inibidos nas tentativas de diálogos e negociação das regras
impostas, os filhos tornam-se pessoas submissas e
dependentes, aparentando não se empenhar na conquista de
objetivos.
• Quanto a escolha profissional, essas famílias promovem
dificuldades, pois não tendem a permitir dúvidas ou
hesitações na hora da escolha.
Estilo Autoritativo
• Pais aplicam regras e normas de forma racional, explicando
aos filhos os motivos de elas existirem. São mais tolerantes,
incentivando o diálogo, reconhecendo os interesses dos
filhos, mas exercem controle e autoridade em situações de
conflito ou comportamento inadequado.
• Ao avaliar a eficácia de cada estilo parental, no que diz
respeito a níveis mais elevados de maturidade, assertividade,
autonomia, conduta empreendedora, alto índice de
competência psicológica e responsabilidade social, vários
trabalham apontam para o estilo autoritativo, conhecido
também como estilo democrático.
Estilo Indulgente
• Pais mostram muito mais receptivos aos desejos dos filhos e
pouco exigentes na aplicação de normas e regras. Tolerantes,
não impõem limites e punições, exercendo pouco controle
sobre o comportamento dos filhos, que não raro comportam-
se de forma inadequada, causando problemas.
• Pesquisas revelam alta auto estima, todavia baixa estabilidade
emocional e instabilidade no seguimento de metas.
Estilo Negligente
• Nem afetivos, nem exigentes, nem responsivos, pais
negligentes tendem a manter distanciamento dos filhos,
respondendo apenas às suas necessidades básicas ou
atendendo a solicitações com o intuito de cessá-las
imediatamente.
• Centrados em si mesmos, pais negligentes quase não se
envolvem na socialização da criança, não supervisionando o
seu comportamento.
• Pode incluir negligência abusiva, com violência e maus tratos
sem satisfação de necessidades básicas.
Dúvidas
• De acordo com Müller (1988), “chegar a uma escolha
vocacional supõe um processo de tomada de consciência
de si mesmo e a possibilidade de fazer um projeto que
significa imaginar-se antecipadamente cumprindo um
papel social e ocupacional” (Müller, 1988: 141).
• Neste sentido, a
orientação profissional
pode auxiliar o
adolescente a realizar
uma escolha mais
esclarecida se reconhecer
as influências que sofre,
que estão relacionadas ao
ambiente em que ele se
desenvolveu: a família, a
escola, o meio social e
econômico, a religião e
mesmo as questões
psicológicas
• A intervenção em orientação profissional deve proporcionar
ao jovem orientando um momento de reflexão,
especialmente acerca do que está por trás da sua escolha.
• Para tal, considera-se necessário um processo de orientação
profissional mais aprofundado, que possa abordar as
questões relativas às influências familiares.
• A abordagem construtivista, com uma visão de mundo
contextualizada e holística, tem por objetivo incentivar o
orientando a refletir ativamente e atribuir significado à sua
história de vida e ao seu desenvolvimento vocacional.
• Segundo as concepções construtivistas, o indivíduo constrói
suas significações pessoais que são refletidas nas experiências
passadas e presentes, bem como na variedade de papéis
vivenciados ao longo da vida (Neimeyer & Neimeyer, 1993;
Brott, 2005).
• Quando se adota uma visão holística, a questão da escolha
profissional não pode ser considerada como uma parte a ser
solucionada, mas sim como um elemento de um todo que é o
indivíduo.
Identidade profissional
• Tap, citado por Santos (1990), destaca, como aspecto principal
do conceito de identidade, o reconhecimento que emana das
relações sociais.
• Para Tap, o indivíduo define-se a partir de como se reconhece
no desempenho de papéis sociais e de como é reconhecido
pelos outros no meio social.
• Penna (1992), também apoiada na idéia de reconhecimento
como fundamental para se tratar a questão da identidade,
postula que esta é constituída no jogo do reconhecimento,
formado por dois pólos – o do auto-reconhecimento (como o
sujeito se reconhece) e o do alter-reconhecimento (como é
reconhecido pelos outros).
• Considerar a identidade inserida nesse jogo pressupõe uma
concepção do sujeito humano como portador da capacidade
de simbolizar, de representar, de criar e compartilhar
significados em relação aos objetos com os quais convive.
• Tomamos a identificação como processo precursor da
construção da identidade por sugerir um vínculo ou atração,
por parte do indivíduo, para algum objeto que esteja “lá”
onde ele deseja estar
• Gouveia (1993, p.100) destaca o processo de identificação
como fundamental e até imprescindível para se falar em
identidade. Apoiada na perspectiva psicanalítica, ela afirma
que “a identificação como um processo em que se toma um
outro como modelo implica necessariamente a formação do
Ideal do Ego, e também do Superego, enquanto instâncias que
internalizam normalizações e regulações culturais”.
• Além da identificação como fundamental na construção da
identidade, Gouveia (1993) reúne outros elementos:
Aspectos conscientes
• Mesmo estando a identidade envolvida com movimentos
inconscientes, que tendem a estar em conflito, há uma
tentativa do sujeito de apresentar uma unicidade naquilo que
o define. É nesse sentido que a identidade é vivenciada como
aspecto consciente, inclusive com coerência e unicidade,
quando verbalizada pelo sujeito.
Constância e Continuidade
• Dos elementos que representam o sujeito, a lógica que os
envolve.
• Refere-se ao “dinamismo temporal na elaboração da
identidade como algo que se estrutura no passado, se atualiza
no presente e se projeta no futuro” (Gouveia, 1993, p. 103). É
nesse sentido que se fala na presença da noção de Ideal do
Ego e do Superego, já que a compatibilidade com um modelo
pressupõe um projeto para alcançar esse modelo
Semelhanças e Diferenças
• As semelhanças são percebidas entre os parceiros com os
quais se compartilha a mesma identidade, e as diferenças são
dirigidas aos outros, que não compartilham essa identidade.
• Além de definir identidade, é necessário circunscrever o
campo no qual trataremos a identidade profissional.
• Enquanto o debate sobre identidade convida-nos a considerar
aspectos ligados ao individual, a idéia de profissional leva-nos
a pensar em aspectos do social.
• Algumas tentativas de diferenciação entre identidade pessoal
e identidade social estão postas na literatura sobre o tema.
• Berger e Luckmann (1976), por exemplo, associam a
construção da identidade pessoal ao processo de socialização
primária e a construção da identidade social, ao processo de
socialização secundária.
• Os autores destacam a internalização de papéis ao tratar a
questão da identidade, caracterizando-a como um fenômeno
de aprendizagem.
• Já a diferenciação defendida por Moita (1992), a partir de
estudos de Lipianski, utiliza como critério a percepção de
características do sujeito.
• A identidade pessoal é construída pela auto percepção,
enquanto a identidade social é construída pela percepção que
os outros têm do sujeito.
• Essa postura restringe os diferentes/diversos espaços nos
quais o sujeito vive e deixa de lado a relação identidade-
papel.
• Consideramos mais adequada a distinção que Penna (1992)
faz entre a identidade pessoal e a social.
• Segundo ela, a identidade pessoal diz respeito à própria
construção pessoal do sujeito, objeto de estudo da Psicologia
e da Psicanálise.
• A identidade social, por sua vez, refere-se a pessoas
consideradas membros da mesma categoria, por
características comuns, o que caracteriza o campo da
identidade comum, independentemente de conviverem
juntos.
• É nesse sentido, pois, que estamos tomando a identidade
profissional como um tipo de identidade social.
• A concepção de identidade social defendida por Penna, ao
reunir indivíduos diferentes num mesmo grupo,
compartilhando a mesma identidade social, não pode,
portanto, ser fundamentada no princípio de igualdade lógica,
onde A = A.
• Ao invés dessa relação que não admite diferença, ela sugere
uma relação de semelhança, pela qual os “pares” que
compartilham algumas semelhanças não necessariamente
precisam estar diante de iguais.
Identidade
adolescente
• A construção da identidade pessoal é considerada a tarefa
mais importante da adolescência, o passo crucial da
transformação do adolescente em adulto produtivo e maduro.
• Construir uma identidade, para Erikson (1972), implica em
definir quem a pessoa é, quais são seus valores e quais as
direções que deseja seguir pela vida.
• O autor entende que identidade é uma concepção de si
mesmo, composta de valores, crenças e metas com os quais o
indivíduo está solidamente comprometido.
Intrapessoais: as capacidades inatas
do indivíduo e as características
adquiridas da personalidade
Influência
de três Interpessoais: identificações com
outras pessoas
fatores
Culturais: valores sociais a que uma
pessoa está exposta, tanto globais
quanto comunitários.
Perceber-se como sendo o mesmo e contínuo no tempo e no
espaço;

Sentimentos
de Perceber que os outros reconhecem essa semelhança e
continuidade.
identidade
pessoal Kimmel e Weiner (1998) afirmam que, quanto mais
desenvolvido o sentimento de identidade, mais o indivíduo
valoriza o modo em que é parecido ou diferente dos demais e
mais claramente reconhece suas limitações e habilidades.

Quanto menos desenvolvida está a identidade, mais o


indivíduo necessita o apoio de opiniões externas para avaliar-
se e compreende menos as pessoas como distintas.
• Por crise ou exploração, Marcia (1966) entende o período de
tomada de decisão, quando antigos valores e antigas escolhas
são reexaminados, podendo ser de forma tumultuada ou
ocorrer gradualmente.
• Estudos posteriores, como os de Matteson (1972) e Bosma
(1994), reconhecem que a palavra crise foi bem definida por
Erikson (1972) e Marcia (1966), mas que muitas vezes é
utilizada focalizando uma rebeldia contra os pais, dentro do
ponto de vista estereotipado de que a adolescência é um
período de tempestade e tensão.
• Neste sentido julgam preferível utilizar a palavra exploração.
• Na segunda dimensão, comprometimento ou compromisso,
Marcia (1966) supõe que o indivíduo tenha realizado uma
escolha relativamente firme, servindo como base ou guia para
sua ação.
• O resultado desejado da exploração é o comprometimento
com algum papel específico, alguma determinada ideologia.
• O comprometimento é medido pelo grau de investimento
pessoal que o indivíduo expressa (Marcia, 1966, 1967).
• Os compromissos correspondem às questões que o indivíduo
mais valoriza e com as quais mais se preocupa, refletindo o
sentimento de identidade pessoal.
• Kimmel e Weiner (1998) resumem os
compromissos com que as pessoas
estão implicadas em três atitudes:

1. Atitudes ideológicas: valores e


crenças que guiam as ações;
2. Atitudes ocupacionais: objetivos
educativos e profissionais;
3. Atitudes interpessoais: orientação de
gênero que influencia as amizades e
relacionamentos amorosos.
• Medindo as duas variáveis - crise e comprometimento - Marcia (1966)
questionou os adolescentes sobre três temas: escolha profissional,
religião e política.
• Como resultado de seu estudo, propôs quatro estados de identidade:

1. Execução
2. Moratória
3. Difusão
4. Construção.
• No estado de Execução, o adolescente persegue metas
ideológicas e profissionais eleitas por outros (pais, figuras de
autoridade etc.). Não experimenta uma crise de identidade.
Pode ser o estado inicial do processo de formação da
identidade adulta, partindo dos valores infantis (Stephen,
Fraser & Marcia, 1992).
• No estado de Moratória, os comprometimentos são
postergados e o adolescente debate-se com temas
profissionais ou ideológicos. Está passando por uma crise de
identidade e não definiu suas escolhas
• No estado de Construção de identidade, o jovem faz suas
escolhas e persegue metas profissionais ou ideológicas.
Atravessou a crise e chegou ao comprometimento.
• No estado de Difusão de identidade, o adolescente não está
em meio a uma crise, embora possa ter havido uma no
passado, e não chegou a nenhum comprometimento. Pode
ter tentado lidar com estes temas ou os ignorado, mas não
tomou decisões e não está particularmente preocupado em
aceitar compromissos. Difusão de identidade pode
representar um estágio inicial no processo de aquisição da
identidade, no período da adolescência inicial, ou o fracasso
em chegar a um comprometimento depois de um período de
exploração.
Auto
conhecimento
e maturidade
profissional
• Quando um adolescente procura a Orientação Profissional,
vem buscar respostas às suas dúvidas e angústias, que por
vezes estão relacionadas com a falta de autoconhecimento ou
ainda por falta de maturidade profissional.
• Super (1995, citado em Neiva, 2010, p.204) refere “à
maturidade profissional, ao conjunto de comportamentos e
atitudes que um indivíduo deve empreender objetivando sua
inserção profissional, sendo que o nível de maturidade
corresponde ao lugar ocupado pelo mesmo no processo de
desenvolvimento”.
“Para atingir a maturidade de uma escolha profissional, é
preciso ter capacidade de desenvolver certas atitudes e o
alcance de determinados conhecimentos”.
(Neiva apud Levenfus, 2010, p.205)
• A autora classifica a maturidade para a escolha profissional
em duas dimensões:
1. Atitude
1. Determinação para a escolha profissional
2. Responsabilidade para a escolha profissional
3. Independência na escolha profissional.

2. Conhecimento
1. Autoconhecimento
2. Conhecimento da realidade educativa e socioprofissional.
• Neiva (2010, p.205) descreve “o autoconhecimento o quanto
o indivíduo sabe sobre os diferentes aspectos de sua pessoa
que são relevantes para a sua escolha profissional:
características pessoais, habilidades, interesses, valores entre
outros”.
• Muitas pessoas têm receio de se conhecer e passam fugindo
de si mesmas, com medo de se defrontar, sendo que muitas
não têm o conhecimento de que podem estar se conhecendo.
• É importante que cada um de nós conheça a si, pois o
autoconhecimento é o ponto de partida para o crescimento
emocional, intelectual e pessoal. Saber quais são os seus reais
valores.
• À medida que conheço melhor a mim, conheço melhor as
coisas que me cercam para isso é necessário observar do
cotidiano.
• Para o adolescente a fase da escolha se caracteriza por uma
fase de conflitos e mudanças.
• Neto (2005, p.51) descreve que o adolescente não sabe
direito quem ele é, pois está deixando de ser criança, mas não
sabe bem o que está se tornando, pois ainda não é um adulto.
• A O.P. vem de encontro a estes conflitos e angústias, para
auxiliar o jovem a pensar e refletir sobre o mundo que o
cerca, as suas dúvidas, incertezas e medos.
• Nesse sentido os encontros de orientação podem estar
centrados em dinâmicas de autoconhecimento, a influência
da família e a escolha do adolescente, auxiliar as pessoas a
realizar reflexões sobre si mesmo, são fatores que auxiliam o
adolescente em uma escolha mais segura, em relação ao seu
futuro.
PROCESSO DE
AVALIAÇÃO
PASSO A PASSO

Entrevista Rapport Aplicação de Aplicação de


técnicas instrumentos

Correção e Feedback Orientação de


tabulação de dados Carreira
Entrevista Simplificada

Interesses Profissionais:
Interesses Gerais: tudo o que fez,
levantamento total de todas as
faz e gostaria de fazer.
profissões cogitadas.

Vida Escolar: orientação para


estudos, relação com a escola, Vida Social: se é sociável,
colegas e professores, matérias participa da turma, se é querido,
de preferência, as com procurado por colegas, e
dificuldade e percepção sobre a apresenta características de
própria inteligência ou liderança.
dificuldade intelectual.
Entrevista Simplificada

Vida Familiar: constituição


familiar, o conhecimento de
Anamnese: focaliza o
cada membro de si e do outro,
desenvolvimento físico e
relações e opiniões sobre o
mental. Aspectos da saúde.
orientando. Se há pressões ou
sugestões profissionais.

Autoconceito: conceito sobre si Vida Religiosa: se tem religião,


mesmo, temperamento, como se relaciona com ela, se
caráter, se vive algum conflito, aceita, respeita ou tem algum
etc. problema.
Entrevista Simplificada
• Vida Sexual: verificar o processo de desenvolvimento
humano. Se tem problemas, dúvidas, etc.
• Vida Econômica: nível socioeconômico da família, se trabalhar
se esta satisfeito com a sua atividade e remuneração. Se vive
de mesada se esta satisfeito, como utiliza seu dinheiro e qual
sua relação com ele.
• Prospecções: aspirações, expectativas e desejos para o futuro.
O que espera obter, o que lhe bastaria e todos os planos.
• Roteiro de entrevista: monte o seu.
Escala de Maturidade para Escolha
Profissional - EMEP
• Objetivo: Avaliar o nível de maturidade para a escolha
profissional e detectar quais os aspectos que compõem a
maturidade são os mais e os menos desenvolvidos. A
escala avalia, além da Maturidade Total, cinco aspectos:
1. Determinação
2. Responsabilidade
3. Independência
4. Autoconhecimento
5. Conhecimento da Realidade Educativa e
Socioprofissional
População - EMEP
• A EMEP é indicada para indivíduos a partir do nono
ano do ensino fundamental.
• Pode ser utilizado com pessoas no ensino superior
para reorientação de carreira.
• Individual ou em grupo.
• Não existe limite de tempo.
• Média de 15 a 30 minutos.
Material - EMEP
• Manual
• Folha de Respostas
• Folha de relatório de resultados
• Crivo de avaliação
Normas - EMEP
• As normas são expressas em percentil e apresentadas em
nível escolar.
• Tabelas a partir do nono ano do ensino fundamental, até
o terceiro ano do ensino médio.
• No caso de reorientação profissional e de carreira para
pessoas já no ensino superior, usar a tabela do terceiro
ano do ensino médio.
Descrição de itens - EMEP
• Determinação: avalia quanto o individuo está definido e
seguro com relação a sua escolha profissional.
• Responsabilidade: avalia quanto o individuo preocupa-se
com a escolha profissional e empreende ações para
efetivação desta escolha.
• Independência: avalia quanto o individuo está definindo
sua escolha profissional de forma independente, sem
influenciar-se pelas ideias de outras pessoas.
Descrição de itens - EMEP
• Autoconhecimento: avalia quanto o individuo considera
que conhece os diferentes aspectos de sua pessoa para
escolha profissional.

• Conhecimento da realidade educativa e


socioprofissional: avalia quanto o individuo considera
que conhece os diferentes aspectos da realidade
socioprofissional e escolar.
Procedimento de Aplicação - EMEP
1. Distribuir folha teste
2. Solicitar o preenchimento dos dados de identificação.
3. Ler devagar e cuidadosamente as instruções junto com
orientando.
4. Solicitar que não escreva no quadro de resultado
5. Solicitar que vire a folha
6. Ler o item 01, utilizando-o como exemplo.
7. Em seguida, explicar: “Alguns frases estão construídas
na forma positiva, outras na negativa. Logo, para
facilitar a compreensão e decisão de qual modalidade
de resposta é a melhor corresponde a como você atua
ou pensa no presente momento, coloque no inicio de
cada frase, os termos relativos às possíveis respostas,
ou seja: Sempre, Frequentemente, Ás vezes,
Raramente e Nunca. Veja qual delas mais se aplica a
sua situação”.
8. Reforçar os seguintes aspectos:
a. deve usar o X para indicar a resposta
b. não deve registrar suas respostas na coluna de
pontos.
c. Caso haja equivoco pode apagar ou riscar a resposta
errada.
d. deve verificar, ao final, se todos os itens foram
respondidos, pois resposta em branco pode invalidar
o teste.
e. não existe limite de tempo para realizar o teste, mas
gasta-se em média de 15 a 30 minutos.
9. Certificar-se de que as instruções foram
compreendidas, resolver possíveis dúvidas e
retomar as instruções originais caso necessário.
10. Em caso de aplicação grupal se surgir dúvida
esclarecer que após o inicio, deve haver a solicitação
individual.
Procedimento de Avaliação - EMEP
• Passo 1: Verificar se todos os itens foram preenchidos.
• O teste será invalidado e consequentemente reaplicado,
nos seguintes casos:
– Se o sujeito não respondeu a cinco ou mais itens
– Se o sujeito deu respostas duplas a cinco ou mais itens
– Caso o sujeito deixe em branco ou dê respostas duplas a no
máximo quatro itens, deve-se atribuir a estes itens o valor 3 que
corresponde ao valor intermediário.
Procedimento de Avaliação - EMEP
• Passo 2: Converter os valores de resposta dados aos
itens negativos.
– Como alguns itens foram construídos no sentido
negativo indicando imaturidade, deve-se
converter o valor de resposta dado a estes itens
que somados aos valores positivos e que indicam
maturidade, componham uma medida de
maturidade, para isso utiliza-se o crivo na parte
Conversão de Itens Negativos.
– Coincidir os círculos vazados e nos espaços
vazados realizar a conversão dos itens.
Procedimento de Avaliação - EMEP
• Segue o seguinte quadro de conversão:
Valor de resposta original Valor de Conversão
1 5
2 4
3 3
4 2
5 1

• Passo 3: Transcrever os valores de resposta dados


aos itens positivos.
• Após a conversão completa-se a coluna
transcrevendo os outros valores positivos.
Procedimento de Avaliação - EMEP
• Passo 4: Cálculo da pontuação bruta de cada sub-escala e
da escala total.
– Iniciar pelo cálculo da pontuação bruta da sub-escala
Determinação, utilizando o crivo de avaliação, a parte
correspondente ao crivo da sub-escala Determinação.
– Espaço vazios correspondem a sub-escala.
– Somar os valores da resposta obtendo a pontuação
bruta.
– Registrar no espaço correspondente na parte frontal
da folha.
– Repetir o mesmo procedimento com a outras sub-
escalas.
Procedimento de Avaliação - EMEP
• Passo 5: Conversão de pontuação bruta em
percentil.
– Cada pontuação bruta deve ser convertida para
percentil.
– Seguir uma das 04 tabelas (9º ano E.F., 1º, 2º e 3º
ano do E.M.)
– Selecionar o quadro adequado ao nível escolar,
localizar a pontuação por sub-escala e verificar
qual o percentil.
Procedimento de Avaliação - EMEP
• Passo 5: Interpretação.
– A interpretação deve contemplar dois aspectos:
1. O desenvolvimento alcançado pelo sujeito até o
momento da aplicação da escala;
2. Os aspectos que ainda necessitam
desenvolvimento.
– A importância dessa escala está no inicio para
tomada de decisão do avaliando junto com a sua
implicação no processo.
– ESTUDO DE CASO
Avaliação de Interesses
Profissionais – AIP
• Desde 1930 os interesses profissionais são avaliados por
questionário.
• Discutia-se a relação entre interesse e preferência.
• Atitudes, valores, aptidões, sexo, motivações e variáveis
sociais, econômicas e familiares.
• Interesses são definidos como padrões de gostos,
indiferenças ou aversões com respeito a atividades
relacionadas a carreiras e ocupações.
Avaliação de Interesses Profissionais – AIP
• Interesses expressos: são aqueles diretamente revelados
de forma verbal ou escrita.
• Interesses manifestos: são passíveis de observação, pois
são relacionados às atividades diárias do sujeito, seja na
escola, seja no lazer.
• Interesses provados: se relacionam àquilo que a pessoa
demonstra conhecimento. O aprendizado de algo é fruto
daquilo que interessa.
• Interesses inventariados: similar aos interesses
manifestos, todavia apresenta escalas e pontuações.
• Falaremos de interesses inventariados em dez campos.
Campos de Interesse - AIP
A. CFM – Campo Físico/Matemático
B. CFQ – Campo Físico/Químico
C. CCF – Campo Cálculos/Finanças
D. COA – Campo Organizacional/Administrativo
E. CJS – Campo Jurídico/Social
F. CCP – Campo Comunicação/Persuasão
G. CSL – Campo Simbólico/Linguístico
H. CMA – Campo Manual/Artístico
I. CCE – Campo Comportamental/Educacional
J. CBS – Campo Biológico/Saúde
Descrição - AIP
• Livro de Exercício: 100 pares de atividades, totalizando
20 atividades de cada campo de tal forma que cada
campo seja confrontado com todos os outros campos e
com ele mesmo duas vezes.
• Folha de resposta: parte integrante do Livro de Aplicação.
Para cada atividade numerada, existe um espaço
correspondente na folha de respostas. Marcar no
quadrado conforme instrução.
• Crivo
• Protocolo de levantamento: composta de dados de
identificação, tabela de registro de interesses reais e
relativos, e totais por campo.
Aplicação – AIP
• Estabelecer o Rapport .
• Pedir ao orientando que escolha, entre cada par de atividade,
aquela que lhe desperta maior interesse, assinalando essas
preferência no respectivo espaço na folha de resposta.
• É permitido marcar as duas atividades do par, desde que
perceba gostar muito das duas.
• É proibido deixar um par em branco.
• Caso não goste de nenhuma, mesmo assim o orientando
deverá marcar aquela que comparada à outra, desperte maior
interesse. Aqui marque apenas a metade do quadrado.
• Explique melhor no quadro em um flip chart o processo de
marcação
Levantamento -AIP
• Contar as respostas Reais (quadrados pintados
completos) e Relativos (quadrados pintados pela
metade).
• Anotar os números reais e os relativos no quadro,
totalizar e tirar o percentil na tabela.
• Repassar os resultados para o gráfico, primeiro os Reais e
depois os Relativos no quadro de acordo com sexo.
• Analisar quantitativamente e qualitativamente.
Levantamento - AIP
• Análise quantitativa: o maior percentil
demonstra área de maior interesse.
• Análise qualitativa: média alcançada ou
superada com interesse real ou relativo.

• ESTUDO DE CASO
Fechando a OPC.

Reunião de dados e interpretação.

Orientação socioeducacional:
• O que é esse curso e o que se faz?
• Quais universidades disponibilizam esse curso?
• Possui possibilidade de sair de sua cidade e
estudar em outra?
• Qual a média do Enem?
• Qual a disponibilidade financeira de sua família
para investir em uma formação privada?
Fechando a OPC.
Quais rotinas de atividades possui esta profissão? Você possui
interesse em exercer essas atividades?

Quais o meios de ingresso no mercado de trabalho?

Onde está a maior possibilidade de empregabilidade?

Quanto é o salário médio?

Como é possível ascender na carreira?

Qual área de especialização atrai mais?


As
profissões
Técnicas das primeiras
recordações

Técnica da árvore
genealógica das profissões
Técnicas Técnica dos bombons para
trabalhar escolhas

Conhecendo as Profissões
com a Técnica R.O.
Técnica dos Bombons
• Material: uma caixa de bombons sortidos.
• Atenção: analisar o número de membros
participantes para que não haja número suficiente
de bombons para todos.
• Aplicação: o grupo deve estar sentado em círculo.
Abre-se a caixa e cada um tira um bombom, que
ninguém coma (ainda), e que depois iremos
conversar.
Técnica das Primeiras Recordações
• Trata-se de uma técnica projetiva capaz de trazer
pistas importantes sobre o sistema de crenças que
subjazem as problemáticas de carreira.
• Estudos no campo da memória humana compõem
um mosaico de perspectivas teóricas diversas.
• A memória não é um registro fiel de acontecimentos,
ao contrário, é um processo permeado de erros,
ilusões e distorções (Tulving, 2002)
Técnica das Primeiras Recordações
• A análise das PR tem se mostrado um recurso efetivo
para intervenções psicológicas de curta duração.
• A aplicação clínica da memória autobiográfica parte
da premissa de que as recordações de infância
referem-se a questões básicas não resolvidas ou
tarefas inacabadas prioritárias na agenda pessoal do
indivíduo (Bruhn, 1995).
• Deve-se partir do entendimento de que esses
registros mnemônicos revelam atitudes e crenças,
ficando em plano secundário a veracidade do
conteúdo recordado.
Técnica das Primeiras Recordações
• Consiste:
• Solicitar ao cliente que pense em sua vida antes da
idade de 10 anos, preferencialmente antes dos 7
anos, e que compartilhe a lembrança do primeiro
episódio que lhe vem a mente.
• Essa lembrança deve ser uma estória,
preferencialmente vivenciada pela pessoa e deve ser
narrada tal como um vídeo com inicio, meio e fim.
• O orientador deve anotar a memória à medida que é
narrada, usando as palavras do cliente.
Técnica das Primeiras Recordações
• Ao fim da narrativa o orientador deve fazer as
seguintes perguntas:
1. Se você puder definir um sentimento associado a
esse episódio como um todo, qual seria?
2. Se você puder congelar, tal como uma fotografia, a
parte mais vivida dessa memória, qual seria essa
imagem que permanece na tela da sua mente?
3. Qual o sentimento associado a essa imagem?
Técnica das Primeiras Recordações
• As lembranças podem ser vistas como técnica
projetiva de avaliação psicológica.
• Informam mais do que traços da
personalidade, elas oferecem uma visão
global do funcionamento do indivíduo.
• Ao analisar os episódios autobiográficos,
podemos sumarizar em três grandes
categorias:
Técnica das Primeiras Recordações
1. Quem sou eu? (O episódio informa sobre o
autoconceito do individuo. Mostra-se competente
ou não, amado ou rejeitado, fraco ou forte)
2. Quem são os outros? (Mostra as relações
estabelecidas entre o individuo e as demais pessoas
ao seu redor, se sente isolado ou acompanhado,
hostilizado ou acolhido)
3. Como é o mundo? O que é a vida? (O que pode
esperar de sua vida em geral, se a vida é uma
batalha contínua, competitivo para alcançar sempre
o primeiro lugar).
Técnica da Árvore Genealógica das
Profissões
• Objetivo: Investigar a genealogia das profissões na
família, a fim de conhecer sua influência na vida
profissional de um jovem e encontrar um sentido
para a profissão escolhida.
• Material: uma folha, lápis, apontador e borracha.
• Orientação: solicita-se ao orientando que construa o
genograma de sua família, anotando a profissão
relativa a cada parente.
Técnica R.O.
• Autoria de Nora Sturm, tem como objetivo
fundamental estimular, no adolescente, um contato
ativo com a informação através do uso de cartões
contendo nomes de profissões/ocupações.
• Instrução: “Ordene os cartões de acordo com as
semelhanças e relações que você pode encontrar
entre as ocupações que apresentam. De outro modo,
de acordo com o grau de parentesco entre estas
ocupações, forme, com elas, uma ou várias famílias”.
• Aplicação individual ou coletiva.
Técnica R.O.
• Objetivos:
1. Estimular um contato ativo com a informação.
2. Motivar e facilitar a tarefa de informação.
3. Ser um transmissor e avaliador de informação X Ser um
mero receptor de informação.
4. Reduzir as ansiedades através do manuseio dos cartões.
5. Contribuir para acelerar o processo de correção e
autocorreção da informação deficiente.
6. Permitir ao Psicólogo visualizar as mudanças das imagens
ocupacionais mantidas pelos adolescentes.
Técnica R.O.
• O kit desenvolvido para aplicação é composto de um
manual e cinco conjuntos coloridos de cartões, de
acordo com a possível futura trajetória do
orientando no sistema educacional brasileiro dividido
nas seguintes categorias:
• Ensino Superior, Ensino Tecnológico Superior,
Bacharelados Interdisciplinares, Educação
Profissional Técnica e Carreiras Militares.
Técnica R.O.
• Formas de aplicação: clínica individual.
1. Etapa: Estabelecer relações/laços de parentesco.
• Instrução: Em cada um dos cartões está escrito o nome de
uma ocupação. Faça de conta que cada cartão representa
uma pessoa. O que você deve fazer é estabelecer relações
entre as diferentes ‘pessoas’, como se tratasse de definir quais
são as famílias a que pertencem.
• A tarefa permite ao orientando entrar em contato com as
ocupações personificando-as.
• Se a tarefa é feita em silêncio, sugere-se que fale os motivos
que levam a formar aqueles grupos de cartões.
Técnica R.O.
2. Etapa: Descrição de imagem
• Instrução: Quando apresentamos um grupo de pessoas
descrevemos o que fazem, onde vivem, como vivem, a que
aspiram, a que se dedicam, e assim por diante. Agora, então,
peço-lhe que faça o mesmo com as famílias que formou.
• Nesta etapa, ludicamente se manifestam, de forma mais
direta, suas fantasias e suas imagens, embora costumem estar
distorcidas.
• Convém ressaltar que até as profissões desconhecidas
evocam significados.
Técnica R.O.
3. Etapa: Batismo
• Instrução: Pede-se ao orientando que batize cada família,
dando-lhes nomes e sobrenomes.
• Assim, podemos conhecer mais perto as categorizações que o
jovem fez.
• Se o jovem ‘batiza’ cada família com nomes pessoais (Pereira,
Santos, etc), podemos perguntar porque a escolha desses
nomes.
Técnica R.O.
4. Etapa: Festa em casa
• Instrução: Suponha que você dê uma festa em casa, para a
qual não pode convidar todas essas pessoas. Quais pessoas
você convidaria com certeza, quais você não convidaria e
quais você ficaria em dúvida entre convidar ou não?
• Estimulando um compromisso pessoal com a tarefa, induz
revelar seus interesses, gostos, preferências e aspirações
diante das profissões: conteúdos emocionais a respeito de sua
escolha futura.
• Se há estereotipia e/ou racionalização nas suas escolhas, nós
teremos conhecimento delas e poderemos interpretá-las.
Técnica R.O.
5. Etapa: Bater uma foto
• Instrução: Em determinado momento da festa, você vai bater
uma foto. Para tal, você irá distribuir os convidados como quiser.
• Entrega-se cartão com a ilustração do boneco.
• É possível, também, pedir para que o orientando imagine uma
conversa entre os vários profissionais convidados.
• É possível perceber características pessoais, interesses, gostos,
inclinações, simpatias e antipatias.
• Possibilidade de confrontação de imagens inconscientes a respeito
de profissões.
• Possibilidade de compreensão que certas profissões
desinteressantes na aparência, estão vinculadas a aspectos da
realidade que lhe interessam.
Técnica R.O.
6. Etapa: Carona para um profissional
• Instrução: A festa acabou! Todos estão indo embora. Como
os profissionais são de outra cidade, eles estão sem carona
naquele dia. Seu carro só tem lugar para uma pessoa. Quem
você convida para ir com você? O que vocês conversam no
caminho até a casa do profissional? Como você se sente? Por
que você escolheu esse profissional para dar carona e não
outro?
• Estamos diante de uma identificação do orientando com uma
profissão.
Técnica R.O.
• Variações na aplicação.
1. Grupos: Um grupo recebe o conjunto de cartões de
um nível educacional, lê a descrição da atividade
profissional (o verso do cartão) e o outro grupo deve
dar a resposta, se acertar ganha ponto.
• Atividade lúdica que amplia o campo de informações
sobre as profissões, sendo apropriada para
sensibilizar o grupo e motivar a buscar informações
mais detalhadas sobre as profissões.
Técnica R.O.
• Variações na aplicação.
2. Grupos: 10 a 15 pessoas.
• Material: quadro, pincel, ou flip chart, caneta hidrocor ou
computador acoplado a multimídia.
• Folhas sulfite para anotar cada exercício.
1. Etapa: listar profissões. Fazer um brainstorm de profissões
levantando cerca de 40 a 50 profissões para fazer uma lista
inicial. Anota-se tudo na lousa ou flipchart ou no
computador. Apresentar as profissões desconhecidas,
entregar as folhas sulfites e a atividade passa a ser individual
daqui por diante, seguindo as instruções da Técnica R.O.
descrita anteriormente.
Obrigado
altiere@fortioriconsultoria.com.br

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