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Valvopatias

- Anatomia

- Fisiologia

 Estenose: restrição å abertura


 Insuficiência: fechamento inadequado

- Semiologia

 Aortica: 2º EIC direita


 Pulmonar: 2º EIC esquerda
 Tricuspide: borda esternal esquerda baixa

 Mitral: ictus 5º EIC esquerda


 Acessorio:
- Bulhas

 B1: fecham M e T / abrem A e P


↕️sístole
 B2: fecham Ao e P / abrem M e T
↕️Diástole
 B3: sobrecarga de volume
 B4: sobrecarga de pressão – a forte contração atrial no final da diástole gera “barulho”
no ventrículo duro. “Bquatrio”. FA não tem B4.

- Valvopatias:

Estagio Definição
A Fatores de risco para valvopatia
B Valvopatia leve a moderada e assintomático
(doenca progressiva)
C Valvopatia grave e assintomatica
D Valvopatia grave e sintomatica

Indicacao cirurgica “classe I”: doenca grave sintomatica (D) ou ⬇️FE (alguns C)

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 ESTENOSES

1) Estenose mitral
 Causas: febre reumática

 Historia natural: “sobra” sangue no átrio, porque a valva não se abre totalmente.
Ocorre aumento de pressão no átrio esquerdo, podendo dilatar e aumenta a
pressão /volume do pulmão (congestão pulmonar).

 Quadro clinico:
o ⬆️AE: FA, rouquidão, disfagia
o Congestão: dispneia (pior com ⬆️FC, pois há menos tempo para diástole –
esvazia menos ainda)

 Exames complementares:
1) ECG: olhar para onda P em D2. Fica larga, pois demora para contrair
átrio.
 P larga > 100ms

 ⬆️AE: P- em V1 – índice de Morris

2) RaioX: ⬆️AE
o sinal do duplo contorno å direita
o Aumento do arco medio å esquerda
o sinal da Bailarina: compressão do brônquio fonte esquerdo
o Deslocamento posterior do esôfago em perfil (disfagia)

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3) ECO: área valvar < 1,5cm = grave (sintomática, estagio D/
assintomática com FER = caso cirúrgico)

 Exame fisico: ictus


o Sopro Diastólico: entre B2 e B1 do ciclo seguinte
o Ruflar diastólica (mitral aberta na diástole)
o Reforco pre sistólico: contracao do atrio
o B1 HIPERfonetica
o Estalido de abertura

 Tratamento:
o Medicamentoso: controle da FC (ex: betabloq)
o Intervenção: valvotomia percutânea com balão
Obs: score de Block > 8 = trocar valva

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2) Estenose aortica = não abre adequadamente na sístole
 Causas:
o Calcifica (degeneração): idoso
o Bicúspide (ma formação): jovem
o Reumática

 Historia natural:
- Afeta ventrículo esquerdo!
Dificuldade de ejeção do sangue.
Ventrículo tem que ficar mais forte =

dilatação.
 Quadro clinico: tríade da estenose aortica
1) Angina (⬆️da demanda)
2) Sincope (⬇️fluxo cerebral)
3) Dispneia – ICC (disfunção )

Obs: acontece nessa ordem.

 Exames complementares:
1) ECG: procurar sobrecarga de VE
o V5/V6: QRS alto!
o Inversão assimétrica de T (Strain)
– infra de ST

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2) RaioX:
o PA: em fase avacada, quando dilata VE
 ⬆️diametro transverso
 Deslocamento caudal da ponta
(mergulha...)

3) ECO: o principal exame, ma pouco cobrado em


prova
o Area valvar < 1cm2 = grave

 Exame fisico: 2EID


o Sopro sistolico
o Em diamante
o Irradia para as carótidas
o B4: sobrecarga de pressão
o Pulso parvus e tardus – mais fraco e mais longo
(⬇️amplitude e ⬆️duração )

 Tratamento
o Medicamentoso: insatisfatório – evitar bbloq/bloq canal de calcio..
o Intervenção: troca valvar
 Implante de prótese por cateter: se alto risco cirúrgico!

Estenose aortica + troca valvar!

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 INSUFICIÊNCIAS

1) Insuficiencia mitral = não se fecha adequadamente na sístole


 Causas:
o Crônica: prolapso
o Aguda:
 Endocardite
 Infarto
 Surto agudo de Febre reumática
 Historia natural: sangue volta para átrios, aumentando de tamanho.
o ⬆️AE + ⬆️VE (sobrecarga de volume = desenvolve IC)

 Exames complementares:
1) ECG: olhar para onda P em D2. Fica larga, pois demora para contrair átrio.
 P larga > 100ms

 ⬆️AE: P- em V1 – índice de Morris

2) RaioX: ⬆️AE
o sinal do duplo contorno å direita
o Aumento do arco medio å esquerda
o sinal da Bailarina: compressão do brônquio fonte esquerdo
o Deslocamento posterior do esôfago em perfil (disfagia)

3)ECO: fração regurgitante >50% = grave

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 Exame fisico: sopro entre B1 e B2, quando M não se fecha direito (sistole).
o Ictus desviado (VE aumentado)
o Sopro sistólico
o Holossistolico/ Em barra
o B3 (sobrecarga de volume)

 Tratamento:
o Medicamentoso: tratar insuficiência cardíaca
o Intervenção: reparo ou troca valvar

Obs: das 4, é a que menos cai em prova.

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2) Insuficiência aórtica: não se fecha perfeitamente durante a diástole- sangue volta
para o ventrículo.
 Causas:
o Crônica:
 Valva: reumáticas (incomum)/
Espondilite anquilosante
 Aorta (dilatação): aterosclerose /
Marfan
o Aguda:
 Valva: Endocardite
 Aorta: dissecção

 Historia natural:
o ⬆️VE (sobrecarga de volume – desenvolve ICC...)
Durante a diástole o VE recebe mais volume ( do átrio e da valva aorta que
não fecha)
o PA diastolica: isquemia/ dor torácica

 Exames complementares:
1) ECG: hipertrofia de VE
2) RaioX: hipertrofia de VE
3) ECO: fração regurgitante > 50% = grave

 Exame fisico: na diástole o sangue voltando d


aorta para ventrículo
o Foco aortico acessório – 3EIC esquerdo
o Protodiastolico – inicio da diástole
o B3 – sobrecarga de volume hipertrofia de VE
o O sangue que volta pode causar estenose mitral funcional –
Austin-Flint
o “Tudo pulsa na insuficiência aortica”
 Pulso de corrigan – martelo d’água
 Sinal de quinke- pulsação de leito ungueal
 Sinal e Müller – pulsação da úvula
 Sinal de Musset – pulsação da cabeça
 Tratamento:
o Medicamentoso: vasodilatador se sintomático (sangue vai e não volta)
o Intervenção: troca valvar

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