Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Re Vista Semana Academic A Domo Tica
Re Vista Semana Academic A Domo Tica
1 INTRODUÇÃO
2. AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL
1
CLP – Controlador Lógico Programável
Figura 1 – Micro CLP Logo da empresa SIEMENS.
Fonte: SIEMENS (2011).
2.2 DOMÓTICA
2
IHM -Interface Homem-Máquina é um equipamento que possibilita ao operador a monitoração e interação com
uma máquina ou sistema automatizado.
Figura 3 – IHM DOMO1000.
Fonte: Inrel (2011).
São sistemas capazes de executar funções que há pouco tempo pareciam ser
futuristas, como por exemplo, controlar e gerenciar toda residência através de um computador
ou telefone celular que tenha acesso à Internet. Nesse tipo de sistema, se torna possível a
integração de todos os subsistemas de uma residência, como Home Theater3, sinais de áudio e
vídeo de vários ambientes, cenários de iluminação, condicionamento de ar e climatização,
entre outros. Sendo assim, para que haja total integração, de uma forma simples e com o
menor custo possível, é necessário prever todo o cabeamento da residência antes de sua
construção, ou seja, ainda em fase de projeto (NETO; MENON, 2004).
3 MICROCONTROLADORES
Neste capítulo, será feita uma revisão sobre os microcontroladores PIC, Atmel
AVR, Basic Step, Holtek e a plataforma microprocessada Arduino.
4
Bootloader - Software que controla a comunicação com o PC gerenciando a memória para as
informações recebidas.
5
Firmware - Denominação referente ao software embarcado. É um conjunto de regras que rege o funcionamento
do sistema, sendo a essência de um sistema embarcado.
Figura 10 – IDE Arduino.
4 REDES DE COMUNICAÇÃO
Neste capítulo, será feita uma revisão sobre as principais redes de comunicação
usadas para projetos de automação residencial, como é o caso dos padrões RS-232, RS-485 e
da tecnologia PLC. Serão vistos também dois dos protocolos de comunicação mais usados na
automação residencial, o X-10 e o CEBus. Vale ressaltar que este trabalho trata apenas das
redes que usam “fios” como meio de comunicação. Sistemas “sem fio” como ZigBee, Wi-fi e
Bluetooth não serão vistos neste trabalho.
Se um sistema eletrônico qualquer consiste de vários dispositivos dispostos em
locais diferentes, e todos esses dispositivos necessitam trocar informações entre eles ou com
uma central de controle, certamente se faz necessário um meio de comunicação entre os
mesmos. Par trançado de cabos, sinal de rádio frequência e fibra ótica são exemplos de meios
de comunicação que podem ser utilizados para a troca de informações entre dispositivos
eletrônicos. Para que haja a troca de informações, os dispositivos devem estar conectados
entre si, ou seja, fazerem parte de uma rede de comunicação que os interliguem e lhes dêem a
capacidade de se comunicarem.
Logicamente, para escolher o meio de comunicação de uma rede de um sistema, é
necessário levar em consideração suas características e necessidades, como a velocidade de
transmissão das informações, a distância entre os dispositivos e a central de controle e o nível
de imunidade a ruídos e interferências. Tudo isso poderá definir se o meio de comunicação
será viável para o sistema, tanto operacionalmente quanto financeiramente.
A seguir será feita uma breve revisão sobre comunicação serial e sobre algumas
redes de comunicação usadas em automação residencial, tanto do ponto de vista de hardware
quanto de software.
Como pode ser visto na Figura 11, um canal de comunicação pode ser classificado
basicamente como canal simplex, canal half-duplex e canal full-duplex. Em um canal onde a
direção da informação transmitida é inalterada, o canal é referido como canal simplex. Um
exemplo de canal simplex é uma estação de rádio, porque ela sempre transmite o sinal para os
ouvintes e a transmissão inversa nunca é permitida. Existe também o canal half-duplex, onde
a direção da informação transmitida pode ser revertida, ou seja, a informação poderá fluir nas
duas direções, porém, nunca ao mesmo tempo. Um exemplo de canal half-duplex é uma
chamada rádio-telefônica, onde uma parte fala enquanto a outra escuta. Nestes sistemas a
frequência de transmissão e de recepção é mesma, ou seja, ou se transmite ou se recebe a
informação. Já no canal full-duplex, as informações transmitidas podem trafegar
simultaneamente no canal de comunicação em ambas as direções. Este canal pode ser visto
como dois canais simplex, um canal direto e um canal reverso, conectados nos mesmos pontos
(CANZIAN, 2011).
Figura 11 – Canais de comunicação.
Na Figura 12, pode ser visto como os bits são transmitidos serialmente em um
canal, o pacote de dados e sua taxa de transferência. A velocidade com que estas informações
são transmitidas pelo canal de comunicação é chamada de taxa de transferência (Baud Rate) e
é medida em transições elétricas por segundo. Como exemplo, na norma EIA232, a cada bit
transmitido ocorre uma transição de sinal elétrico, e a taxa de transferência e a taxa de bit (bit
rate) são idênticas. Desta forma, uma taxa de transferência de 9600 bauds corresponde a uma
transferência de 9600 bits por segundo, ou um período de aproximadamente 104µs (1/9600 s)
(CANZIAN, 2011).
Uma transmissão serial em um canal pode ser feita de forma síncrona ou de forma
assíncrona. Na transmissão síncrona, os pacotes de informação são enviados seguidos de uma
pausa, possivelmente com um comprimento de pausa variável entre pacotes, até que a
mensagem seja totalmente transmitida. Dois canais são usados, um para a transmissão de
dados e outro para informações de tempo (clock).
Nesta transmissão, o receptor deve saber o momento certo para ler os bits
individuais desse canal, saber exatamente quando um pacote começa a ser transmitido e
quanto tempo decorre entre a passagem de bits. Quando esta temporização for conhecida, o
receptor é dito estar sincronizado com o transmissor, e a transmissão dos dados torna-se
possível. Falhas de sincronismo entre transmissor e receptor durante a transmissão de um
pacote irá causar a corrupção ou perda dos dados. Já na transmissão assíncrona, a informação
trafega por um único canal, ou seja, não existe o segundo canal com informações de tempo. O
transmissor e o receptor devem ser configurados previamente para que haja comunicação. O
receptor terá que possuir um oscilador preciso que irá gerar um sinal de clock interno que é
igual (ou muito próximo) ao do transmissor. Em um protocolo serial simples, os dados são
transmitidos em pequenos pacotes de 10 ou 11 bits, onde 8 bits constituem a mensagem
propriamente dita e o restante para sinalização de inicio e fim de transmissão.
Quando o canal está em repouso, o mesmo permanece com um nível lógico “1”.
Um pacote de dados tem seu início sinalizado por um nível lógico zero (start bit), para avisar
ao receptor que uma transmissão foi iniciada. Este “start bit” inicializa um temporizador
interno no receptor, avisando-o que uma transmissão será iniciada e que será preciso pulsos de
clock. Como pode ser visto na Figura 13, seguido do start bit, 8 bits de dados são enviados na
taxa de transmissão previamente configurada, tanto no transmissor quanto no receptor, e por
fim, o pacote é concluído com os bits de paridade e de parada (stop bit).
Naquele
aquele tempo,
tempo a comunicação de dados compreendia a troca de dados digitais entre
um computador central (mainframe) e terminais de computador remotos, ou entre
dois terminais sem o envolvimento do computador. Estes dispositivos poderiam ser
conectados através de linha telefônica, e conseqüentemente necessitavam de um
conectados
modem em cada lado para fazer a decodificação dos sinais (SOUZA, 2011).
2011)
Uma rede PLC (Power Line Communication) é uma rede de comunicação capaz
de trafegar dados pela rede elétrica de uma residência. Por conter muitos ruídos, o tráfego de
dados em uma rede elétrica é quase impraticável, pois a mesma, inicialmente, não foi
desenvolvida para tal aplicação. Porém, com o avanço tecnológico e após várias pesquisas e
testes, foram desenvolvidas técnicas capazes de superar estes problemas referentes aos ruídos
e interferências, tornando viável o uso da mesma. Esta tecnologia utiliza os cabos da rede
elétrica para enviar e receber dados de sinais de controle, monitoramento e emergência,
usando sistemas ponto-a-ponto, dentro de um prédio ou residência, ou de um prédio para
outro, sem a necessidade de um cabeamento especifico para isto.
Esse tipo de modulação utiliza um trem de pulsos periódico como onda portadora
e varia-se alguma propriedade de cada pulso de acordo com o valor amostrado correspondente
do sinal da mensagem. As variações nos pulsos podem ocorrer na amplitude (como pode ser
visto na Figura 18), na duração e na posição. A informação é transmitida de forma analógica,
mas em instantes de tempo discretos.
Figura 18 – Modulação por pulsos em amplitude.
Fonte: LIMA (2004).
Existem diversos tipos de modulação por pulsos digital: unipolar sem retorno a
zero (NRZ), polar sem retorno a zero (NRZ), unipolar com retorno a zero (RZ), bipolar com
retorno a zero (BRZ) e Código Manchester. Podem ser visto na Figura 19 alguns exemplos
desses tipos de modulação (LIMA, 2004).
4.5.2 CEBus
Desde 1995, o padrão CEBus está sendo submetido ao ANSI para que seja
também um padrão ANSI e mundial, sob a denominação EIA-600. Sob esta denominação, o
padrão cobre três áreas: o projeto físico e a topologia da mídia da rede, um protocolo para
geração de mensagens e uma linguagem de comando comum (TRINDADE, 1998).
Para as rede PLC, a codificação dos símbolos "1", "0", "EOF" e "EOP" se faz por
NRZ (sem retorno a zero) e PWE (codificação por largura de pulso). O sinal resultante
(portadora) é acoplado à tensão AC da casa. A portadora, que corresponde ao estado
SUPERIOR, é uma forma de onda senoidal que varia linearmente de 203KHz a 400KHz em
19 ciclos, depois para 100KHz em 1 ciclo e volta para 203KHz em 5 ciclos, possuindo uma
duração total de 100µs. A ausência da portadora resulta num estado INFERIOR. No campo
preamble, usa-se os estados SUPERIOR e INFERIOR como descrito acima, sendo incluído
um espaço vazio de 14µs em cada estado para facilitar a detecção do campo. Nos campos
restantes, apenas o estado SUPERIOR é usado, com sua fase original (SUPERIOR 01) e
defasado de 180o (SUPERIOR 02) para representar os dois estados. A Figura 23 ilustra este
tipo de transmissão (TRINDADE, 1998).
Para o par-trançado, como é o caso das redes RS-485, utiliza-se um sinal bipolar
diferencial empregando três níveis de tensão para codificar os símbolos "1", "0", "EOF" e
"EOP". Os três níveis de sinal são usados para representar os dois estados (SUPERIOR e
INFERIOR). O estado SUPERIOR é representado pela presença de tanto uma tensão
diferencial positiva quanto negativa oscilando em torno da metade da tensão DC presente no
par-trançado. A falta de oscilação de tensão representa um estado INFERIOR. A Figura 24
mostra este tipo de transmissão (TRINDADE, 1998).
a) Topologia: barramento;
b) Utilização de 4 pares de fios (apenas 1 par funciona, mas pode ficar
incompatível com futuras especificações);
c) 152m por segmento (máximo);
d) 30 dispositivos por segmento (máximo);
e) distância entre 2 dispositivos quaisquer: 305m (máximo).
Este trabalho realizou uma ampla revisão teórica, buscando conhecer meios e
tecnologias que possam serem aplicadas a um projeto de Domótica. No segundo capítulo foi
feita uma revisão sobre automação residencial, com um breve histórico da automação
residencial, definição de Domótica e apresentado os principais tipos de sistemas de automação
residencial. Foram abordados no capítulo três, os microcontroladores, com uma breve
introdução, seus conceitos básicos e os principais tipos e fabricantes de microcontroladores
atuais.
No capítulo quatro foi feita uma revisão sobre redes de comunicação serial,
interfaces seriais RS232 e RS485, bem como uma abordagem de alguns protocolos de
comunicação utilizados nessas redes. Pode-se concluir então, que é possível projetar sistemas
para automatizar pequenas residências de classe média, utilizando soluções e tecnologias com
padrões abertos e de baixo custo, sendo possível o seu controle via rede local e Internet.
REFERÊNCIAS
LEAL, Renata. INFO EXAME – Viva na casa do futuro hoje. Disponível em:
<http://info.abril.com.br/noticias/tecnologia-pessoal/viva-na-casa-do-futuro-hoje-17012011-
2.shl>. Acesso em 22 de março de 2011.
NUNES, Renato Jorge Caleira. Análise comparativa de tecnologias para domótica. 2002.
Disponível em:<http://www.scribd.com/doc/26476683/02-JEACI02> Acesso em 10 de março
de 2011.
PINTO, Paulo Henrique. Funcionamento de um Controlador Lógico Programável (CLP).
2008. Disponível em: <http://www.pharmaster.com.br/artigos/docs/20080703_7439_F
uncionamento%20de%20um%20CLP.pdf> Acesso em 22 de março de 2011.
SILVA, Eduardo de Morais V; SOBRINHO, Fillipe Y Saad; AQUINO, José Adriany V de.
Protocolo RS485. 2006. Monografia (Ciência da Computação). Departamento de Ciência da
computação. Universidade de Brasília.
Disponível em: <http://www.cic.unb.br/~bordim/TD/Arquivos/G10_Monografia.pdf>.
Acesso em 28 de março de 2011.
SOUZA, Vitor Amadeu. Artigo Comunicação RS232 e RS485. 2011. Disponível em:
http://www.cerne-tec.com.br. Acesso em 27 de maio de 2011.